Existem muitos destinos que nos podem surpreender, sobretudo aqueles menos conhecidos e que são menos visitados, podendo facilmente nos surpreender; com cidades bonitas, pessoas acolhedoras, boa comida e muito para explorar em cidades pouco conhecidas do público em geral.
Vou falar sobre 9 destinos que gostei muito de conhecer, 3 mais a leste (Kiev, Minsk e Chisinau), 3 no báltico (Riga, Tallinn e Vilnius) e 3 nos balcãs (Skopje, Belgrado e Pristina); locais pouco explorados mas que merecem ser explorados, os preços são em conta e podem ser contemplados de forma bem mais tranquila sem multidões.
Skopje – Macedónia do Norte
Skopje, Capital do país sem nome, como eu lhe chamei no meu artigo, pois o nome oficial do país foi um processo difícil, devido a conflitos com uma região da Grécia, mas agora oficialmente temos a Macedónio do Norte.
A sua Capital Skopje, é um encanto, tem vários edifícios e monumentos que têm tanto de megalómanos, como de belos e imponentes, o centro da cidade está repleto de pontos de interesse: igreja Saint Clement of Ohrid; na praça principal, a praça Macedónia, fica a estátua do cavaleiro Alexandre o Grande; as pontes sob o rio Vardar (rio que acrescenta uma beleza extra a esta capital dos balcãs), como a ponte de pedra, a ponte Eye ou a ponte das artes; os imponentes e belos edifícios, como o Museu de Arqueologia, ou o edifício do ministério público; a madre teresa House; do outro lado do rio, fica ainda o old bazaar; a fortaleza e casa do governador; um pouco mais afastado temos no monte Vodno, a millenium Cross, podendo subir numa viagem barata de teleférico, ou caminhar pela encosta desde o ponto de bus; outro local que é fantástico (este fica já algo mais afastado, podendo ir de bus, o nº60, este leva cerca de 45 minutos) e merece sem dúvida uma visita é o desfiladeiro “Matka Canyon”, é um local excelente para relaxar e contemplar a sua beleza, uma volta de barco ou simplesmente tomar um café na margem é uma ótima actividade para um fim de tarde.
Para chegar até Skoje, temos já bastantes ofertas de voos low-cost para cidades europeias, a Easyjet tem ligação com Genebra, mas a Wizz air tem já uma grande oferta para várias cidades com as quais podemos fazer uma ligação barata com Portugal, outra opção é caso estejam pelos balcãs, podem fazer por meio terrestre ligações como Pristina ou Belgrado (no caso foi o que fiz).
O aeroporto de Skopje (SKP), fica a cerca de 25km da cidade, sendo que não existe transporte público, apenas táxi.
A cidade é bastante barata, é relativamente fácil comunicar, embora aqui o alfabeto aqui seja o cirilico, começa-se a ver muitas informações no alfabeto latino (romano) e em inglês, bem como pessoas a comunicarem em inglês; a cidade também é segura e tranquila, os transportes públicos ainda não estão muito desenvolvidos, mas consegue-se ir a todo o lado, têm um cartão recarregável, sendo fácil de usar.
Na Macedónia do Norte a moeda é o Denar (MKD) , 1€ – 61.6 MKD , o fuso horário é de mais 1h que em Portugal; o indicativo é +389 e o domínio de internet é . mk
Na Sérvia, além de muito para ver e boa comida, temos uma diversão noturna soberba, sobretudo na sua capital Belgrado. Tal como nas cidades por onde passa o rio Danúbio, este eleva a beleza da cidade, e claro, Belgrado não é excepção; toda a zona junto ao Danúbio é cheia de vida, ótima para simplesmente descansar e passear junto das margens, além de daqui se ter uma vista fantástica sobre a cidade, sendo ainda um dos seus cartões postais.
O museu Nikola Tesla; o templo Sveti Sava: a Assembleia Nacional; a fortaleza de Belgrado, onde dentro fica o parque Kalemegdan; a praça da república ou o Museu Nacional da Sérvia, são alguns dos locais a visitar, percorrer também o seu centro histórico ou o bairro boémio de Skadarlija irão complementar esta visita à capital da Sérvia.
Nota para a pequena cidade de Nîs, fui até aqui desde Belgrado, para posteriormente apanhar o voo para Milão, é uma simpática cidade, bonita, com uma zona fortificada e o rio Nisava, pode ser uma opção para fazer ligação até Belgrado.
Para Belgrado, temos voos para outras cidades Europeias (com as quais podemos fazer uma ligação em conta com portugal) pela Easyjet, Vueling ou Wizz Air (que tem uma oferta maior), podem ainda optar por outras cidades na Sérvia que possam ter ligações mais em conta. Do aeroporto de Belgrado (BEG), para o centro da cidade, são cerca de 18km, o bus A1 demora cerca de 30 minutos a fazer o trajeto, informações aqui.
A cidade apesar da grande animação noturna é segura e tranquila e achei que a comunicação é fácil, os preços são em também em conta, sobretudo se procurarmos locais menos turísticos. Para a Sérvia é necessário passaporte, recomendo que vejam no portal das comunidades mais informações.
O fuso horário da Sérvia é de mais 1 h que em Portugal, o alfabeto é o cirilico, embora seja comum o alfabeto latino (romano); a moeda usada é o Dinar (RSD), 1€ – 117 RSD ; o indicativo telefónico é +381 e o domínio de internet é .rs
Kosovo que é um país que nem muitos outros o reconhecem, é um dos países mais “novos” da Europa, talvez dos menos conhecidos nos balcãs, a verdade é que é uma simpática cidade que merece pelo menos um dia de visita, os preços são muito convidativos, sendo também uma cidade agradável muito acolhedora e com muita gente jovem.
Estive aqui um dia e meio, e depois segui de bus para Skopje, penso ser um bom plano para fazer um roteiro nos Balcãs.
O monumento Newborn (que assinala a independência do Kosovo, em 2008), a catedral da madre Teresa, o teatro Kombetar, a mesquita imperial, o palácio da juventude, a torre do relógio, a “peculiar” biblioteca Nacional (que em termos arquitectónicos é muito arrojada), são alguns exemplos do que temos para ver na capital Kosovar. Percorrer o centro histórico, ver as bancas de mercado no bazar ou ver alguma arte urbana é também algo a ter em conta, nota para um restaurante que vale a pena ir sendo um dos melhores do país e que tem preços muito em conta, o Liburnia.
Para Pristina temos voos low-cost desde cidades europeias como Genebra, Milão, Berlim, Dortmund,etc, as companhias Easyjet e Wizz Air penso que são as melhores opções para fazer estas rotas; desde o aeroporto de Pristina (PRN), até á cidade são cerca de 15km, quando eu fui a única opção era o táxi, mas agora existe uma linha de bus, que demora cerca de 22 minutos, custando apenas cerca de 3€, informações aqui.
Outra opção será por exemplo,de bus desde Skopje que são apenas cerca de 2h.
No Kosovo a moeda é o euro, o fuso horário é de mais uma hora que em Portugal, o indicativo telefónico +383 e o domínio de internet é. xk
Estive duas vezes na capital Letã, infelizmente na primeira vez não pude visitar tudo, pelo que fiz uma segunda visita, seguindo desta vez para a Estónia.
O centro histórico da cidade é património mundial da UNESCO e é um verdadeiro paraíso histórico, juntando a beleza do seu rio Duína, temos os ingredientes todos para ter um destino fantástico para conhecer.
A Catedral de Riga, a torre da pólvora, a praça Dome, a catedral S. Tiago, o Castelo, a Biblioteca Nacional, a ponte Vansu, a igreja de S. Pedro, o monumento e praça da Liberdade, o parque Bastejkalna, a Catedral da Natividade de Cristo ou uma ida ao mercado (onde além de compras, podemos ainda almoçar no interior do mesmo), são apenas alguns dos exemplos das inúmeras atrações que esta cidade tem para oferecer.
A cidade conta também com muita diversão noturna, contando com bons bares e com preços em conta, tendo também ofertas “gentleman club”.
Riga tem uma envolvência magnífica, com zonas de lazer com bonitos parques e o rio que acrescenta sempre uma beleza extra a esta cidade no Báltico.
Para Riga, temos voos desde várias cidades europeias em companhias low-cost, Ryanair e wizz air têm várias rotas, a companhia de bandeira é a Airbaltic, que oferece também boas ligações sobretudo para outros países do Báltico, fui para Vilnius a muito bom preço. Do aeroporto de Riga (RIX) até ao centro da cidade, são cerca de 10 km, podemos ir de bus, a linha nº 22, consulte o site transportes de Riga, aqui.
A cidade é tranquila e segura, é muito fácil comunicar e tem preços na generalidade em conta.
Na Letónia o fuso horário é de mais 2 h que em Portugal, a moeda é o euro, o indicativo telefónico é +371e o domínio de internet é .lv
À semelhança de Riga, estive duas vezes em Vilnius, sendo que na segunda vez, aproveitei para ver e descontrair em Trakai, esta pequena vila Lituana, oferece uma tranquilidade fantástica, além de toda a harmonia que aqui se vive junto água, temos um castelo que é fantástico, um castelo gótico, originalmente do século XIV, rodeado de água, tendo apenas o acesso terrestre para entrada do mesmo, o castelo é lindo na sua envolvência além de merecer a visita ao interior, uma volta de barco á sua volta também será uma actividade agradável, para chegar aqui desde Vilnius podemos ir de bus ou comboio, o bus acho mais prático, demora cerca de 30 minutos e tem bastantes horários, informações, aqui.
Trakai
Castelo de Trakai
A capital da Lituânia é um misto de moderno e antigo, com uma junção de edifícios vanguardistas e modernos dum lado do rio Neris, e do outro a zona histórica, dentro das muralhas e que é muito bonita, a calçada tradicional, um punhado de atrações como a igreja S. Ana, a Câmara Municipal, os Museus de Arte Contemporânea e de Arte Nacional, a igreja de St. “Paraskeva”, a rua “literatu” onde estão várias obras de arte, entre outros locais, no fim desta zona acolhedora, já perto do rio, ficam a Catedral de vilnius, bem como o torre da mesma (estas ficam separadas), aqui próximo, fica o monte onde se situa no topo a torre do castelo, uma imagem de marca da cidade, além de que nos oferece uma vista privilegiada sobre a cidade e é um cartão postal de Vilnius. Nota ainda para o bairro alternativo da cidade, o bairro Uzupis (que tecnicamente é uma “república” independente, como o bairro Christiania em Copenhaga).
Para chegar aqui, podemos ir pela Wizz Air (que tem a maior oferta de rotas) ou Ryanair, que oferecem ligações baratas com outras cidades europeias; o aeroporto de Vilnius (VNO), fica a apenas cerca 7km da cidade, o bus demora cerca de 20 minutos, linhas e informações, aqui.
A cidade é tranquila, é fácil comunicar e em termos de preços, diria que são semelhantes aos de Portugal. Na Lituânia, não precisamos de passaporte, o fuso horário é de mais 2 horas em relação a Portugal, a moeda é o Euro; o indicativo telefónico é +370 e o domínio de internet é : .it
Outra cidade lindíssima no Báltico é Tallinn, aqui vamos fazer uma verdadeira viagem no tempo e mergulhar no mundo medieval, o seu centro histórico é lindíssimo, convidando a caminhadas recheadas de muito para ver, sempre neste cenário que remete para uma viagem no tempo de volta ao tempo medieval. Além dos vários miradouros onde nos podemos deliciar com esta cidade medieval fantástica, temos muito para ver, começando pela joia da coroa, que é a Catedral Alexander Nevsky (simplesmente deslumbrante); a Câmara Municipal e a sua praça, onde fica bem próximo aquela que é das farmácias mais antigas da Europa, a “Raepteek”; a Praça da Liberdade: a Igreja S. Nicolau; as pontes da passagem S. Catarina; a igreja S. Olavo; a igreja S. João, e muito mais, isto além de percorrer estas calçadas sinuosas, as suas muralhas e torres onde em algumas destas podemos subir, tudo completa uma viagem que será soberba; já fora das muralhas ainda temos por exemplo o Museu Marítimo, o Museu da Energia, entre outros.
Dar um breve passeio fora das muralhas que abrigam este tesouro medieval, também será bastante agradável, vendo assim uma cidade completamente diferente, com bairros e uma vida completamente diferente; fora das muralhas tenho que dar um destaque especial, embora mais afastado (a cerca de 2.5km, podendo ir pela linha 1 do tram), temos de ver os jardins e o Palácio Kadriorg, é simplesmente lindíssimo; nota também o memorial Rusalka.
A cidade é super tranquila e segura, quase toda a gente fala inglês e os preços creio que serão como em Portugal.
Para chegar aqui podem ir de uma cidade europeia, onde temos ofertas pela Wizz Air e Ryanair, Bremen, Berlim, Barcelona, Milão, Viena, ou Roma, são algumas sugestões; outra opção é fazer mais que um país báltico através de bus, eu fui pela companhia de bus Lux Express e recomendo, fiz desde Riga e foi muito bom e a preços acessíveis; outra opção para completar a viagem, ou chegar aqui é apanhar um ferry para Helsínquia, a viagem demora cerca de 2h, no site direct ferries, podem ver as opções disponíveis para o trajeto.
O aeroporto de Tallinn (TLL), fica a cerca de 4km da cidade, o tram 4, ou o bus nº2 são as opções de transporte público, informações no site de transportes.
A moeda é o Euro, o fuso horário é de mais duas horas que em Portugal, o indicativo telefónico é +372 e o domínio de internet é .ee
A cidade de Kiev é simplesmente um encanto, adorei esta cidade, sobretudo pela beleza arquitetónica, foi uma verdadeira surpresa ao descobrir tanta coisa bonita que a capital Ucraniana tem para oferecer
A capital Ucraniana foi dos locais que mais excederam as minhas expectativas, um verdadeiro tesouro com muita coisa para ver, uma harmonia fantástica, sobretudo junto ao rio Dnipro, onde até temos uma praia fluvial e um parque repleto de diversões com área de lazer.
Monumentos como: o arco ” friendship of Nations arch”( além do seu parque envolvente que é fantástico); a praça da independência e a sua estátua; o Golden Gate; a catedral de S. Sofia de Kiev; o Mosteiro de S. Miguel (das cúpulas douradas); igreja St. Andrew’s, o bairro Podil, a igreja igreja de s.Andrew’s; o parque de arte urbana; o Museu de Chernobyl ( o museu é ótimo de visitar, caso tenham tempo e disponibilidade, fazer um tour até Chernobyl será por certo algo fantástico); a fortaleza de Kiev; o palácio Mariyinsky; o mosteiro de Kiev, a estátua de “motherland”; a casa do governo; o estádio olímpico; descer pelo funicular até junto do rio e comer algo junto deste, fazer um pequeno tour de barco no rio Dnipro, ou explorar um pouco mais da cidade, onde por exemplo temos ainda o encanto de algumas estações de metro, como a de Arsenala, são apenas algumas sugestões, acho que três dias será o ideal para conhecer esta encantadora cidade.
Achei a cidade tranquila e segura, as pessoas embora algo fechadas, achei-as muito acolhedoras, os preços são muito acessíveis, a comunicação não foi difícil, embora com pessoas mais velhas houvesse mais dificuldade, no entanto a maioria dos locais tinha informação em inglês.
Infelizmente dada a situação (em 2022), em que este país foi invadido, não existem voos para a Ucrânia, apenas espero que isto se resolva e que volte à normalidade, a Ucrânia é um país!!,com pessoas, cultura e identidade, ninguém merece morrer por ideologias políticas, ou por anexações contra a vontade do povo em causa, um desejo que brevemente possamos voltar a visitar Kiev e todas as outras cidades Ucranianas que lutam para se manterem firmes, fui muito bem recebido e tratado aqui, pelo que gostava de voltar… a todo o povo Ucraniano desejo tudo de bom.
O alfabeto usado é o Cirilo, o fundo horário é de mais 2h que em Portugal, a moeda usada é o Hryvnia Ucraniano (UAH), 1€- 36.8 UAH , o indicativo telefónico é: +380 e o domínio de internet é : .ua
Artigo de kiev ( o primeiro que escrevi para o site): Aqui
Friendship of Nations arch, Kiev
praça independência, Kiev
Golden Gate, Kiev
mosteiro S. miguel, Kiev
fortaleza Kiev
Minsk – Bielorrússia
Embora o processo de entrada na Bielorrússia, tenha sido algo burocrático, a verdade é que mereceu o tempo perdido nestes processos, a cidade é bonita, embora ainda não muito aberta ao turismo, a verdade é que tem bastante para ver e descobrir esta capital da Bielorrússia. Confesso que foi uma diferença grande entre aqui e Kiev, pois fiz as duas cidades de seguida, estilos diferentes, mas ambas merecem uma visita.
A cidade é relativamente pequena, pelo que a pé podemos ir facilmente à maioria dos locais, contudo o metro é fácil de usar (até porque é bem pequeno, tendo apenas três linhas); a Biblioteca Nacional é talvez o único local mais distante do centro, mas que merece uma visita, pois tem uma arquitetura singular bem moderno, ficando também numa área mais recente.
O estilo soviético está bem presente, com as avenidas longas e largas, bem como os seus edifícios, conta inclusive com uma estátua de Lenin, mesmo em frente à casa do governo da Bielorrússia, um edifício enorme, bem ao estilo soviético.
Entre outros, nesta cidade que nos pode surpreender, temos locais a visitar como: a praça da Independência; o bairro Trinity; a Catedral do Espírito Santo; a igreja (católica) de S. José, a Igreja Vermelha; a câmara municipal, o parque vitória, onde além de relaxar e desfrutar de um parque bem bonito, temos uma portão de entrada imponente e bem bonito ( monumento do triunfo); junto do parque vitória temos ainda o obelisco (monumento dos heróis) e o Museu da Grande Guerra; o palácio da República;a academia Nacional de Ópera ou o circo estatal são apenas alguns locais de destaque, creio que um dia inteiro será pouco para visitar tudo, temos bastante para ver sempre com muita conexão histórica.
Dada a situação atual em que o espaço aéreo da Bielorrúsia se encontra encerrado, será difícil chegar aqui por voo, pois não temos voos de e para a europa, nota para que, pelo menos na altura em que fui, tínhamos de entrar pelo aeroporto de Minsk, além de ter um formulário e comprovativo de seguro de viagem, informações podem ser obtidas no portal das comunidades.
A cidade é tranquila e segura e os preços são bastante acessíveis, pouca gente fala inglês, mas já se nota (notava), alguma abertura para o turismo e tentativa de falar inglês, bem como ter informações em locais turísticos. O alfabeto é o círilico e vi poucas informações em alfabeto latino; o Fuso horário é de mais 2h que em Portugal, a moeda é o rublo Bielorusso (BYN), 1€ – 2.5 BYN, o indicativo telefónico é +375 e o domínio de internet é : .by
Obelisco do monumento dos heróis da grande guerra, Minsk
Entrada do parque vitoria, Minsk
Biblioteca nacional, Minsk
Academia nacional de opera e ballet á noite, Minsk
Chisinau – Moldávia
Com quase toda a certeza, a Moldávia (Moldova), não será um destino que venha na mente de muita gente, mas a verdade é que pode ser uma agradável surpresa, a Moldávia é provavelmente o país mais pobre da Europa, contudo a sua capital tem muito para oferecer, além de muitos museus, parques e monumentos, acho interessante países e cidades que querem e em que se nota a sua tentativa de se abrirem para o turismo e se tornar mais globais.
Já se começam a ver bastantes informações em inglês e as pessoas tentam também falar inglês, embora seja sobretudo os mais jovens que o fazem, nota-se alguma falta de desenvolvimento mas temos muito para ver, locais como: monumento aos Heróis Komsomolist; Museu de Belas Artes (Hertza House); a Catedral da Natividade de Cristo, que fica bem próxima do cartão postal da cidade, o Arco do Triunfo; a torre da água (Museu da cidade); o Museu da História da cidade, o Museu Militar; a Òpera Nacional; temos ainda várias igrejas, sobretudo ortodoxas, e confesso que talvez das mais bonitas que já vi, a Igreja S. Teodora de la Sihla, ou a Igreja de S.Pataleon, são alguns exemplos, nota também para a igreja Católica Romana; Organ Hall (museu de belas artes); monumento aos Heróis Komsomolist; ver e desfrutar do parque Dendrarium, ou do parque Marea Morilor; o Monumentul Deportalitir, ou o Memorial Complex Eternity são alguns dos locais a conhecer nesta simpática e agradável cidade.
Outra actividade a fazer caso tenham tempo, é visitar Tiraspol, que é a capital do “autoproclamado país” da Transnístria, aqui ainda se vive quase que no tempo na união soviética, não pude ir, mas pessoas que estavam no meu hostel e que foram recomendam, pelo menos um par de horas. Destaque também para aquela que é a maior adega do mundo, a Adega de Cricova que conta com vários kilómetros subterrâneos e mais de 1 milhão de garrafas, fica a cerca de 15km da cidade.
Temos voos diretos desde Lisboa para Chisinau pela companhia de bandeira da Moldávia, a Air Moldova, contudo os preços como podem ser mais elevados podemos sempre em alternativa escolher uma ligação com outras cidades europeias, a Wizz Air tem bastantes rotas ( eu por exemplo fui desde Barcelona e regresso para Veneza-Treviso).
Desde o aeroporto de Chisinau (KIV) até ao centro da cidade são cerca de 13km (nota para que o trânsito é caótico), embora exista um bus que faz a ligação em cerca de 30-40 minutos, existe pouca informação e pelo que sei tinha pouca frequência, a melhor forma é de táxi, mas ou tentem negociar antes o valor, ou instalar a app YandexGo (uma espécie de Uber usado na Rússia e em países próximos).
O fuso horário da Moldávia é de mais 2 h que em Portugal, a moeda é o Leu Moldavo (LEI), 1€ – 19.7 LEI; o indicativo telefónico é +373 e o domínio de internet é: .md
O AP Adriana Beach Resort destinado a famílias é, considerado um dos melhores TI da região do Algarve. Fica a 5 minutos a pé da praia da Falésia com acesso directo.
Vilamoura situa-se a 3 km do Adriana Beach Resort. Está disponível um serviço de transporte gratuito para Albufeira, a 10 km. Encontrará o Aeroporto de Faro a 18km e, os Campos de Golfe Oceânico Laguna e Victoria a 12 km.
AP Adriana Beach Resort
Recepção do AP Adriana Beach Resort
Espaços comuns do AP Adriana Beach Resort
Acesso à praia da Falésia- AP Adriana Beach Resort
Jardins do AP Adriana Beach Resort
Acesso à praia da Falésia – AP Adriana Beach Resort
Praia da Falésia -AP Adriana Beach Resort
Praia da Falésia -AP Adriana Beach Resort
Área reservada do hotel na Praia da Falésia – AP Adriana Beach Resort
Praia da Falésia – AP Adriana Beach Resort
Acesso à Praia da Falésia – AP Adriana Beach Resort
Praia da Falésia ao amanhecer – AP Adriana Beach Resort
AP Adriana Beach Resort
Rodeado por amplos espaços verdes, com tudo incluído, está localizado a 300 metros da praia e, disponibiliza espreguiçadeiras e guarda-sóis gratuitos para os hóspedes. Possui 2 piscinas exteriores para adultos e 2 piscinas exteriores para crianças, comodidades desportivas e um spa com comodidades para massagens.
Piscina do AP Adriana Beach Resort
Piscina do AP Adriana Beach Resort
Segunda piscina do AP Adriana Beach Resort
Piscina do AP Adriana Beach Resort
Piscina- AP Adriana Beach Resort
Todos os seus quartos climatizados beneficiam de uma varanda ou de um terraço mobilados. Os quartos apresentam uma decoração luminosa e incluem televisão por satélite, um frigorífico e uma casa de banho privativa. O wi-fi gratuito está disponível por todo o resort.
Quarto twin superior – AP Adriana Beach Resort
Quarto twin superior – AP Adriana Beach Resort
Quarto twin superior – AP Adriana Beach Resort
Quarto twin superior – AP Adriana Beach Resort
Quarto twin superior – AP Adriana Beach Resort
AP Adriana Beach Resort
É servido diariamente um pequeno-almoço. O Adriana Beach Club alberga 3 restaurantes espaçosos que propõem uma variedade de cozinha portuguesa e internacional de muito boa qualidade. O restaurante Grill funciona mediante reserva diária. Os 2 bares ao ar livre têm mesas e cadeiras no terraço para banhos de sol, com vista para a piscina.
Restaurante buffet- AP Adriana Beach Resort
Restaurante buffet- AP Adriana Beach Resort
Pequeno-almoço buffet no AP Adriana Beach Resort
Pequeno-almoço buffet no AP Adriana Beach Resort
Restaurante buffet- AP Adriana Beach Resort
Restaurante Grill do AP Adriana Beach Resort
As comodidades englobam campos de mini-golfe, ténis, futebol, voleibol de praia e, um circuito de manutenção. Usufruirá também de uma sauna, de uma banheira de hidromassagem e de um ginásio, além de um serviço de aluguer de bicicletas. O hotel providencia diariamente entretenimento como música ao vivo, espectáculos diários e um clube infantil.
Actividades diárias no AP Adriana Beach Resort
Campos de Ténis- AP Adriana Beach Resort
Espaços desportivos no AP Adriana Beach Resort
Actividades desportivas no AP Adriana Beach Resort
Circuito de Manutenção no AP Adriana Beach Resort
Animação nocturna- AP Adriana Beach Resort
O MiniClub destinado a crianças dos 4 aos 8 anos dispõe de diversas actividades diárias, tais como: Jogos aquáticos, circuito desportivo, caça ao tesouro, pintura facial, entre outros.
Com uma excelente localização à beira-mar e acesso directo à Praia dos Salgados (2 minutos a pé), o VidaMar Resort Hotel Algarve, de 5 estrelas, disponibiliza quartos contemporâneos, piscinas e jardins verdejantes. A cidade de Albufeira está a 10 minutos de carro desde o hotel. A apenas 5 minutos de carro localiza-se o Campo de Golfe dos Salgados.
VidaMar Resort Hotel Algarve
Halll de entrada do VidaMar Resort Hotel Algarve
Passadiço que liga o VidaMar Resort Hotel Algarve à praia dos Salgados
Acesso à praia dos Salgados- VidaMar Resort Hotel Algarve
Praia dos Salgados- VidaMar Resort Hotel Algarve
Hall de entrada do VidaMar Resort Hotel Algarve
Os quartos elegantes do VidaMar apresentam janelas do chão ao tecto e um sofá-cama. As casas de banho têm uma cabina de duche com um chuveiro de efeito chuva.
Quarto superior vista mar do VidaMar Resort Hotel Algarve
Quarto superior vista mar do VidaMar Resort Hotel Algarve
Quarto superior vista mar do VidaMar Resort Hotel Algarve
Quarto superior vista mar do VidaMar Resort Hotel Algarve
Varanda do quarto superior vista mar do VidaMar Resort Hotel Algarve
Espaços exteriores do VidaMar Resort Hotel Algarve
Praia dos Salgados ao fundo e espaços exteriores do VidaMar Resort Hotel Algarve
O resort inclui o Restaurante Ocean, que apresenta uma variedade de cozinhas e opções de refeições. Os jantares temáticos, refeições para crianças, entre outros, numa completa oferta de serviços. O Restaurante Primadonna, no local, providencia refeições italianas.
Restaurante do VidaMar Resort Hotel Algarve
Pequeno-almoço no restaurante buffet do VidaMar Resort Hotel Algarve
Jantar buffet do VidaMar Resort Hotel Algarve
Restaurante buffet do VidaMar Resort Hotel Algarve
O VidaMar Resort Hotel Algarve dispõe de diversas actividades para umas inesquecíveis férias em família!
As comodidades do VidaMar incluem ginásio, cabeleireiro, o Mar Club (espaço para adultos, onde inclui uma piscina), um bar e o Vida Club (espaço para jovens) e, um clube infantil para crianças dos 4 aos 12 anos. Todos os dias no Kids Club dispõe de diversas actividades que fazem a alegria das crianças, tais como, a realização de um fantoche, pinturas em tecido, artesanato, pinturas faciais, entre tantas outras.
Ginásio do VidaMar Resort Hotel Algarve
Kids Club do VidaMar Resort Hotel Algarve
MarClub- Espaço reservado para adultos- VidaMar Resort Hotel Algarve
A bela e ampla piscina exterior de água salgada e todo o espaço circundante do VidaMar Resort Hotel Algarve, juntamente com as 2 piscinas para crianças, toalhas, espreguiçadeiras e chapéus de sol, num espaço de dimensão significativa, permitem-no viver momentos de lazer inesquecíveis!
Piscina principal do VidaMar Resort Hotel Algarve
Espaços exteriores do VidaMar Resort Hotel Algarve
Uma das piscinas exteriores do VidaMar Resort Hotel Algarve
Uma das piscinas exteriores do VidaMar Resort Hotel Algarve
Uma das piscinas exteriores do VidaMar Resort Hotel Algarve
Espaços exteriores do VidaMar Resort Hotel Algarve
Espaços exteriores do VidaMar Resort Hotel Algarve
Piscina exterior do VidaMar Resort Hotel Algarve
Bar de piscina do VidaMar Resort Hotel Algarve
O Osmos Wellness Center dispõe de diversos serviços de massagens, um circuito de Spa, sauna, banho turco, jacuzzi, piscinas interiores aquecidas. Um leque de ofertas à sua disposição, perfeito para recuperar as energias!
Piscina interior no VidaMar Resort Hotel Algarve
Osmos Wellness Center- VidaMar Resort Hotel Algarve
Osmos Wellness Center- VidaMar Resort Hotel Algarve
Osmos Wellness Center- VidaMar Resort Hotel Algarve
Osmos Wellness Center- VidaMar Resort Hotel Algarve
Osmos Wellness Center- VidaMar Resort Hotel Algarve
Osmos Wellness Center- VidaMar Resort Hotel Algarve
Todas as noites no hall de entrada do VidaMar Resort Hotel Algarve o entretenimento nocturno está presente, assim como um dos bares do hotel, onde poderá tomar um cocktail preparado pelos seus bartenders.
Música ao Vivo- VidaMar Resort Hotel Algarve
Bar no VidaMar Resort Hotel Algarve
As Autoestradas A2 e A22 encontram-se a 15 minutos de carro, com ligações para todo o Algarve e Lisboa. A recepção aberta 24 horas pode providenciar um serviço de transporte para o Aeroporto Internacional de Faro, localizado a 40 minutos de carro.
Vista de piscina à noite- VidaMar Resort Hotel Algarve
Vista de piscina à noite- VidaMar Resort Hotel Algarve
O VILA PARK Nature & Business Hotel está situado entre Sines e Santiago do Cacém na localidade de Vila Nova de Santo André.
Este hotel ecológico tem obtido reconhecimento através de diversos prémios de boas práticas ambientais. O Hotel Vila Park estabeleceu o seu compromisso de minimizar os impactos ambientais, promovendo a melhoria contínua de processos, através de diversas formas distintas.
VILA PARK Nature & Business Hotel
Prémios VILA PARK Nature & Business Hotel
Recepção do VILA PARK Nature & Business Hotel
VILA PARK Nature & Business Hotel
VILA PARK Nature & Business Hotel
Encontra-se a poucos minutos de carro das praias locais (10 minutos de Sines, 10 minutos da Lagoa de Santo André), e disponibiliza uma piscina exterior de água salgada.
Dispõe de um amplo jardim, com diversas actividades para crianças. Um parque infantil, mini-campo de basquetebol, um slide.
Piscina do VILA PARK Nature & Business Hotel
Piscina e jardim do VILA PARK Nature & Business Hotel
Piscina do VILA PARK Nature & Business Hotel
Parque infantil do VILA PARK Nature & Business Hotel
Todos os quartos do Vila Park estão equipados com ar condicionado, varanda ou acesso Wi-Fi gratuito em todo o hotel.
Quarto vista piscina do VILA PARK Nature & Business Hotel
Quarto do VILA PARK Nature & Business Hotel
Boas-vindas do VILA PARK Nature & Business Hotel
Varando do quarto vista piscina do VILA PARK Nature & Business Hotel
O Restaurante Mesa da Vila serve um generoso buffet de pequeno-almoço todas as manhãs. Para almoço e jantar, os hóspedes podem saborear a cozinha tradicional da região.
Para tomar uma bebida ou uma refeição ligeira, dispõe do Bar “Copus da Vila” com uma esplanada virada para a piscina.
Bar do VILA PARK Nature & Business Hotel
Esplanada do bar do VILA PARK Nature & Business Hotel
Restaurante do VILA PARK Nature & Business Hotel
Restaurante do VILA PARK Nature & Business Hotel
Os hóspedes podem alugar bicicletas para explorar a Costa Alentejana, ou realizar outras possíveis actividades na região.
O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina fica a 14 km do Vila Park e, o Badoca Safari Park a apenas 4,5km. A menos de 10km tem ainda diversos pontos de interesse em Santiago do Cacém, o seu castelo, o museu municipal ou as Ruínas Romanas de Mirobriga para uma viagem ao passado da região.
Espaços comuns do VILA PARK Nature & Business Hotel
VILA PARK Nature & Business Hotel
Jardim do VILA PARK Nature & Business Hotel
Vista da piscina à noite – VILA PARK Nature & Business Hotel
Quando se pensa em férias, a maioria de nós irá maioritariamente pensar em destinos de praia; seja um local com mais para ver em termos culturais ou onde podemos explorar mais além da zona de praias e dos hotéis, podendo por vezes ver alguns locais ou outras cidades nas proximidades, a verdade é que algo pretendido será sempre poder descansar em um destino com praia, para recarregar as baterias.
Eu pessoalmente e talvez tal como mais amantes de viagens como eu, em que nos corre nas veias a paixão de explorar e descobrir locais, cidades e países diferentes, muitas vezes não descansamos muito nas viagens pois o nosso objectivo é conhecer e explorar onde nos encontramos, no entanto, haverá sempre uma altura em que queremos descansar num destino de praia, quer para viajantes, ou para pessoas que simplesmente querem as merecidas férias para recuperar as energias dos dias agitados de trabalho; deixo algumas sugestões de alguns locais pelos quais passei, vejam também o artigo anterior que escrevi sobre destinos de praia menos conhecidos pela Europa.
Praia em Malta
Costa de la Luz – Espanha
(Huelva, P. Umbria, Antilla e Cádiz)
Obviamente que em Espanha haverá sempre bons destinos, quer seja devido à sua grande zona costeira ou claro a sua proximidade geográfica, o que fará com que no país vizinho seja sempre onde iremos encontrar bons destinos de praia.
A costa de la luz, que é a única zona costeira no sul que fica no oceano atlântico, vai desde a fronteira com o sul de Portugal (Algarve), desde a zona do Guadiana, e se estende até á zona de Tarifa, já próximo de Algeciras, junto de Gibraltar.
Esta que é a zona mais próxima com Portugal, oferece boas praias, sendo à semelhança do Algarve com águas mais quentes (que mais a norte no Atlântico) e neste caso com menos ondas devido à sua proximidade com o mar mediterrâneo.
A principal cidade desta zona é a cidade de Huelva, que embora em si não tenha praia, pois a praia de Huelva por assim dizer é Punta Umbria, que fica a cerca de 19km.
Numa das viagens que fiz á região da Andaluzia e costa de la luz, fiquei em Huelva, embora tivesse que me deslocar para ir para a praia, tinha também a vantagem de ter a possibilidade de conhecer várias praias, eu estive em Punta Umbría, La Antilla e já colado à fronteira em Ayamonte, que é também uma simpática e bonita cidade, que merece uma horas de visita. Além destes, outros locais de praia entre Huelva e a fronteira com Portugal são: El Portil, El Rompido, Islantilla, Isla Cristina e Isla Canela.
Além de Huelva outra cidade, esta embora não tão grande, já conta com praia e é uma cidade bastante típica desta região espanhola da Andaluzia, que é a cidade de Cádiz, com pequenas ruelas e um punhado de coisas para ver, além de um centro histórico bonito tem também boas praias, acho que Cádiz tem a vantagem de juntar tudo num só, no entanto se ficarmos em Huelva, temos a possibilidade de conhecer mais que uma só praia.
praia em Punta Umbría
praia em La Antilla
Todos os locais por onde estive eram tranquilos e seguros, para quem procura mais animação sem dúvida que Punta Umbría é o local ideal, os outros destinos mais próximos de Portugal são mais tranquilos, Cádiz também tem á volta muito que explorar; Tarifa é também uma boa opção, podendo ir até Gibraltar ou até apanhar o ferry para Tânger e conhecer Marrocos, pode ser um óptimo complemento à viagem.
Para aqui chegar penso que o melhor será ir de carro, pois a mobilidade será melhor, para Huelva podem como ir pela flixbus.
O sul de França tem também uma grande oferta de destinos para umas boas férias de verão, embora talvez os mais sonantes seja St. Tropez ou a cidade de Marselha, que é a segunda mais populosa de França, temos uma cidade que cada vez tem apaixonado mais turistas e com a vantagem de ficar próxima de outros locais de excelência, falo da cidade de Nice, na região de Côte d’azur.
Nice além é encantadora, no seu centro histórico,em Nice vieux ville, que é uma zona lindíssima, com as suas ruelas, algumas delas repletas de comércio, com destaque para a “cours Saleya”, casas coloridas e estreitas, igrejas, pequenas praças, um agradável passeio é o que vamos ter, comer a boa comida francesa, ou simplesmente um delicioso “croissant au chocolat” é algo ainda a fazer.
O espelho de água e a fountain of the sun, a Catedral de Notre Dame, subir até à colina do Castelo (e a sua fantástica cascata) e ver alguns dos seus museus são alguns dos locais a visitar em Nice.
placa de Nice
espelho de água Nice
cascata de água no Castelo Nice
praia Nice
Praia em Nice
A promenade des Anglais, que é avenida junto ao mar, é ótima para caminhar tendo vista para a cidade e o Castelo; embora a maioria das praias em Nice sejam em pequenas pedras (seixos) negras, gostei bastante.
Outra grande vantagem de Nice é a possibilidade de fazer algumas visitas a locais próximos e que têm uma beleza soberba, um deles será Cannes, a cidade famosa pelo seu festival internacional de cinema, vi pouco da cidade, mas pareceu-me bonita e as praias para mim são melhores, sendo já de areia, fica a cerca de 35 km de Nice.
O meu destaque vai, no entanto, para perderem um dia e visitar uma cidade e um país num só dia, Eze e Mónaco.
A vila medieval de Eze é fantástica, situada no topo de uma colina, fica apenas 15 minutos de comboio (13 km de carro), o centro histórico é soberbo e merece umas horas de visita, aqui por e simplesmente não há carros, as suas ruelas são super estreitas e têm um encanto fantástico, para chegar aqui (desde a estação de comboio) podemos ir de bus local que passa a cada hora ou subir a encosta, que demora cerca de 45 minutos, o bus desde Nice para já aqui próximo do topo.
vista no topo de Eze
Éze, rua na parte medieval
Mónaco, é um local fantástico, este principado além da sua beleza e exuberância tem muito charme, desde o palácio do príncipe, o casino de Monte carlo, o centro histórico, as vistas fantásticas com todos os vários iates ou museus como o museu japonês, são alguns dos locais a ver no Mónaco.
Vista do Palácio do Príncipe Mónaco
Para ir para Nice, temos Voos diretos desde o Porto pela Easyjet e de Lisboa pela Tap e Easyjet.
Do aeroporto para o centro da cidade podem ir de bus (12) ou tram (L2) site transportes Nice.
As ilhas Gregas estão sempre no topo dos desejos de muita gente, são pequenos paraísos espalhados entre mar Jônico, mar Mediterrâneo e mar Egeu,
A oferta é enorme, sendo várias as que serão um verdadeiro paraíso, para desfrutar de sol, praia e boa comida; começando por aquela que é talvez a joia da coroa, Santorini; temos ainda: Zakynthos, Corfu, Creta (que é a maior delas), Mykonos, Rhodes, Samos, Ios, entre outras.
Já tive a oportunidade de visitar Santorini e Corfu, são bastante distintas creio que a escolha entre estas ou entre as outras dependerá do tipo de férias; se vamos para ter diversão ou romantismo, se vamos sozinhos, com amigos ou em família,
Corfu é das ilhas mais verdes da Grécia, sendo bastante montanhosa, além deste cenário temos o seu centro histórico (cidade Corfu) que é bastante bonito, tem ainda a Fortaleza nova e a Fortaleza velha, alguns museus, a ilha “mouse Island” (fiquei aqui, na zona de Perama, ficando com uma vista privilegiada sobre esta ilhota); praias como as da zona de Paleokastritsa, Mirtiotissa, Arillas, ou La Grotta, entre outras; na maioria delas com o encanto de estarmos rodeados de montanhas, vegetação num ambiente tranquilo.
Santorini dispensa apresentações, aquela que é um símbolo do romantismo, é uma ilha encantadora, fiquei pela zona mais a sul, onde se concentram mais praias, na zona de Perissa/Perivolos, acho ótimo para aproveitar a praia. Obviamente que a cereja no topo do bolo será Oia, que é onde se diz poder ver o pôr do sol mais romântico do mundo, esta pequena vila é lindíssima, é o cartão postal da ilha, uma tarde inteira para ver as ruelas de casas brancas e cúpulas azuis, para depois contemplar o pôr do sol é algo fascinante.
Outras vilas como Pyrgos, Akrotiri, a sua capital Thira, ou uma volta de barco até às pequenas ilhotas, são mais alguns exemplos do que podemos ver em Santorini
Fortaleza Velha de Corfu
Corfu
Pelas pesquisas que fiz, não temos voos diretos de Portugal para nenhuma destas ilhas, contudo temos várias ofertas de companhias aéreas low-cost (ou obviamente, as de bandeira da Grécia e de cada país) em várias cidades Europeias com as quais podem fazer uma ligação rápida e barata, aproveitando para conhecer mais um novo destino.
As ilhas eram bastante tranquilas e seguras e era fácil de comunicar, achei a ilha de Santorini menos desenvolvida em transportes, mas em ambas há buses pela ilha e claro caso vão com mais alguém alugar carro será sempre boa opção; em termos de preços penso que serão sensivelmente os mesmos preços que em Portugal, talvez em hotéis haverá mais oscilação pois as ofertas aqui são mais variadas, sei por exemplo que em Santorini existem ofertas de hotéis com piscina privada em alguns quartos.
O fuso horário da Grécia é de mais duas horas que em Portugal, a moeda é tal como aqui o Euro; o indicativo é +30 e o domínio de internet é .gr
Malta é uma ilha fantástica, que muitas vezes recomendo a amigos, pois acho que reúne tudo o que procuramos num destino de praia e sobretudo podemos escolher cada zona sendo estas diferentes entre si e sobretudo não notei as massificações (sobretudo o que acontece em muitos locais com ingleses).
Podemos ver a sua bela capital La Valletta, várias outras cidades, onde destaco Medina, apanhar um ferry para Gozo, e ir até ilha mais pequena que é Comino; sim, embora se costume dizer “ilha de Malta”, na verdade este país é um arquipélago que conta com 11 ilhas e ilhotas, sendo que apenas três são habitadas, Malta, Gozo e Comino, sendo a Ilha principal a de Malta.
A vida noturna de Malta também é fantástica, a zona mais badalada é a de Paceville (cidade de St, Julians Bay), fiquei num hotel aqui perto, e a vida noturna aqui era excelente.
As praias são excelentes, acho que devemos conhecer mais que uma, quer seja de bus, ou aluguem um carro para conhecer a ilha, acho sem dúvida que devemos explorar a ótima oferta de praias que a ilha (ilhas de Malta, Gozo e ainda a mais pequena, a ilha de Comino) tem para oferecer, um pequeno paraíso no mediterrâneo, que tem praias fantásticas, deixo aqui o artigo do João (já publicado aqui no site) que fala sobres as melhores praias em Malta.
Acho sem dúvida que Malta tem ingredientes fortes para ser uma boa opção, não é apenas um destino só de praia, pois oferece cultura, belas paisagens, diversão e com a vantagem de ter preços acessíveis, sendo também de fácil comunicação e locomoção.
Malta
Malta
mais uma praia em Malta
La Valletta, Malta
Gozo, Malta
Temos voos diretos desde o Porto pela Ryanair, de Lisboa a rota pela Ryanair começa em novembro, a companhia Air Malta tem voos com escala desde o Porto, de Lisboa pelo que sabia tinha directo, mas agora ao pesquisar surgia com escala, contudo é outra opção.
O transporte em Malta é todo ele de Bus, achei que funciona muito bem, tem ligações quer paras as praias e entre cidades, bem como para o aeroporto (duas linhas que vão à maioria dos locais/cidades) e junto por porto onde se vai de ferry para Gozo, no site transportes Malta podem ver rotas e ter mais informações.
Achei na generalidade os preços como uma cidade de média dimensão em Portugal, todas as zonas me pareceram tranquilas e seguras, sendo também fácil comunicar, pois uma das suas línguas oficiais é o Inglês; nota para que aqui as tomadas, são de tipo G, como em Inglaterra.
O fuso horário em Malta é de mais 1h que em Portugal; a moeda é o Euro; o indicativo telefónico é +356 e o domínio de internet é .mt
As lindas e pitorescas pequenas cinco vilas Italianas na região da Ligúria, que compõem Cinque Terre, são um destino de sonho, uma beleza e charme que saltam à vista e nos deixam deslumbrados com estas vilas nas encostas do mar da Ligúria (junto do mediterrâneo).
Acho que é um destino com charme e romantismo e que poderá ser escolhido num âmbito mais romântico, de ficar encantado com as belas casas coloridas, as ruelas e pequenas praças, as montanhas íngremes onde ficam algumas vinhas, isto tudo com um pano de fundo azul do do mar.
As praias também são boas, contudo creio que não é o seu principal propósito, mas sim este cenário que parece ter saído de um livro de histórias.
As “cinque Terre”, são Monterosso al Mare, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore. todas ficam bem próximas, podem ir de bus ou comboio (eu pessoalmente recomendo o comboio, podem comprar o Cinque Terre treno, por um dia inteiro, sem limite de viagens, e que custa cerca de 18€ ,conta com acesso aos trilhos pedonais e podem usar os WC das estações sem pagar ) circulando entre as cidades, sendo as viagens rápidas , existe também trilhos que passam pelas encostas, ideal para quem gosta de caminhar e gosta de ver a natureza no seu esplendor.
Dependendo do vosso roteiro, podem vir desde La Spezia, ou desde Génova. Génova é a cidade com aeroporto mais próxima, sendo que depois daqui o comboio leva cerca de 1h. Já desde La Spezia, que foi a minha opção pois vim de Milão (podem obviamente vir de outras cidades italianas), de La Spezia para as vilas, são apenas 15-20 minutos, dependendo da vila em que vão parar.
Corniglia, Cinque Terre
Piazza Vittorio Emanuele II, Monopoli
Monopoli
Monterosso al mare, Cinque Terre
Manarola, Cinque terre
Manarola, Cinque terre
As Cinque Terre são super tranquilas e seguras, a comunicação é fácil, notei os preços algo elevados, mesmo para mim que fiquei em La Spezia, acho que pernoitar em pelo menos umas das vilas será fantástico.
Para chegar aqui, a cidade com aeroporto mais próxima é Génova, embora pelo que sei e numa breve pesquisa, ainda não temos voos diretos desde Portugal.
Temos ainda a opção de ir desde e para outras cidades italianas como Milão, Bolonha, ou mesmo Veneza, tendo voos diretos para aqui desde Portugal e depois como a linha de comboios de Itália, a Trenitalia é muito boa, podemos ir até La Spezia, que é a principal cidade desta região.
Em Itália, o fuso horário é de mais 1h que em Portugal, o indicativo é o + 39 e o domínio de internet é o .it
As ilhas baleares em Espanha são uma ótima opção para umas férias, para poder desfrutar do Mediterrêneo, tem excelentes praias, muita diversão e ótimos preços.
A ilha de Mallorca (usualmente chamada de Palma de Maiorca) é sem dúvida um destino de excelência, além de muito popular, sobretudo entre os jovens, pelas zonas de maior concentração de diversão noturna em Magaluf ou El Arenal, é um destino fantástico sobretudo pelas suas magníficas praias. Além da oferta mais massificada ao sul nas zonas de Calviá ou junto da capital, Palma; temos ainda zonas como a Cala d’Or ou Illetes, temos ainda outras também bem populares mais a norte, que são as zonas de Alcudia e Pollença. Creio que devemos conhecer mais que uma praia, independentemente da zona onde vamos ficar, os transportes são bons, têm as companhias de bus EMT, que asseguram os transportes em toda a ilha e também para o aeroporto; alugar carro será também sempre uma boa opção. Além destas praias fantásticas, podemos ainda perder uma manhã/ tarde, para ver a cidade/ capital da ilha, Palma de Maiorca, um agradável passeio, com bastante para ver.
Palma de Maiorca
Palma de Maiorca
Palma de Maiorca
As zonas de Magaluf e El Arenal são algo agitadas devido ao divertimento noturno, estive em Torrenova, que é ao lado de Magaluf, recomendo, pois é super tranquila
e boa praia, ficando próximo das zonas dos bares e da praia de Magaluf, deixo aqui o link do apartamento onde fiquei, em frente à praia e a um excelente preço.
vista da praia do apartamento (em Palmanova, junto de Magaluf)
Embora nessas zonas mais de loucura, aconteçam alguns excessos a ilha é tranquila e segura, também já fiquei na zona da marina e nada a apontar, o transporte público é bom, tendo várias rotas e ligações com o aeroporto.
Temos voos diretos desde o Porto pela Ryanair e de Lisboa pela Vueling, uma opção caso os voos sejam poucos, ou a preços mais elevados, é ir de até Madrid (por exemplo de bus, que é uma boa alternativa), pois daí partem vários voos diários para Maiorca.
A comunicação é fácil, pois além do espanhol o inglês é falado em todo quase todo o lado.
Em Espanha como sabemos a moeda é o Euro, o fuso horário é de mais uma hora que em Portugal, o indicativo é +34 e o domínio de internet é .es
A região da Apúlia em Itália (Puglia em italiano) é um destino versátil, que pode facilmente ser explorado quer num contexto cultural num city break, ou para desfrutar das suas praias, nesta região da Apúlia, que fica no “calcanhar da bota ” de Itália.
Apesar de ter ido em novembro, consegui ver esta região de forma tranquila, onde gostei muito de toda a oferta cultural que esta região tem para oferecer, e embora não tenha desfrutado da praia, deu para conhecer alguns locais onde temos boas praias e onde podemos desfrutar de umas férias de verão.
Uma vez que a linha ferroviária, é muito boa, poderão explorar esta zona facilmente de Comboio; apenas a ressalva, que para ver um destino que desde já recomendo, pois acho que é obrigatório, Alberobello (uma pequena vila lindíssima, com umas casas tradicionais com telhado cónico preto, os Trullis), para chegar aqui embora haja também comboio, caso venham desde Bari o bus é a melhor opção.
A sua principal cidade da Apúlia, Bari, é uma cidade que embora mais industrializada, tem um centro histórico bonito, é bastante cheia de vida e ainda possui algumas praias próximas.
Fortino Sant’Antonio, Bari
Alberobello
Alberobello (lado menos turístico)
Desde Bari, até á cidade mais no extremo da região, a cidade conhecida como a “cidade do barroco”, devido aos seus vários edifícios de estilo barroco, a cidade de Lecce, a cidade é bastante bonita, além da catedral e de outros edifício de estilo barroco, merece uma visita; Entre estas duas cidades podemos conhecer boa parte desta região, temos muitas ofertas, onde além de muito para ver temos praias muito boas, cidades em destaque são: Brindisi, Ostuni, Monopoli e Polignano a Mare, este último é o cartão postal da região ( a par de Alberobello), com uma praia fantástica, eu fui até Monopoli, que também recomendo, o seu pequeno e acolhedor centro histórico e a praia que parece bem tranquila, além de ter vista para este labirinto de ruelas que é um encanto conhecer.
centro histórico de Lecce
centro Histórico de Bari
Cala Porta Vechia, Monopoli
Uma região a conhecer no sul de Itália, achei a região barata, com boa gastronomia, a comunicação também é fácil e todos os locais são tranquilos e seguros.
Para chegar aqui, podemos ir desde o Porto ou de Faro pela Ryanair.
Do aeroporto de Bari para o centro da cidade podem usar o Tram, que é a forma mais rápida e com mais horários, podemos ainda ir pelo bus local (nº 16) ou pelo transfer da Trerravision.
No site de comboios de Itália, a Trenitalia, podemos comprar bilhetes de comboio entre as cidades e de bus para Alberobello.
ALGUNS DOS MANJARES PELO MUNDO – CONTINENTE AMERICANO
Texto & Fotos de Mário Menezes
Sou um grande comilão, aliás quem me conhece sabe disso logo desde os primeiros momentos que convive comigo. Até à idade da reforma jamais esquecerei o dia em que fomos almoçar, um grupo de colegas de trabalho, feijoada à Brasileira e dois deles pediram maruca cozida, ainda por cima com couve flor…Impressionou-me o grande poder de “sacrifício” que eles possuem! Eu não seria capaz, detesto peixe cozido e comê-lo junto a outros que se banqueteavam com feijoada à Brasileira, com farofa e tudo a que tinha direito, soaria a requintes de malvadez…mas eles já se devem ter arrependido da maruca pois como sou muito repetitivo, não me tenho calado com isso e a história já se alastrou a outros departamentos e até a empresas fornecedoras. Maruca já é um estribilho…Óbvio que o prazer da comida se paga, a curto prazo, na balança, uma das coisas que não conseguimos enganar, a outra é o espelho. Nas viagens que faço, ando muitos quilómetros a pé, desde manhã até ao deitar, pelo que mesmo com as asneiras que vou fazendo, acabo por desgastar as calorias ingeridas, inclusivamente até perco uns quilinhos…
As frases não são tão pouco da minha autoria mas concordo com elas: “somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos” e “viajar é a única coisa onde se gasta dinheiro, e nos torna mais ricos”. Quando vamos para fora, as nossas necessidades fisiológicas e alimentares mantêm-se inalteráveis. Elas são responsáveis pela maior fatia do custo das nossas viagens: alojamento e alimentação, mesmo tentando pernoitar em locais mais económicos e nos alimentarmos de fast food, portanto comer mal, o que em curtas escapadelas até se suporta. Mesmo assim, fast food também pode ser considerado como gastronomia e até pode ser bastante variado. Fast food é muito além dos McMenus que têm o mesmo sabor em qualquer parte do Mundo.
Uruguai, Mercado del Puerto de Montevideu
“Comemos para viver, não vivemos para comer” mas também “somos aquilo que comemos” e já li que “somos aquilo que viajamos”. Nas nossas viagens os hábitos alimentares inevitavelmente se modificam. Seja por fatores psicológicos, seja devido ao jet lag, seja devido à geografia, seja devido às nossas rotinas, seja devido ao que for viajar é uma excelente oportunidade de experimentar coisas novas, a gastronomia dos vários países é também cultural. Afinal “a experiência é a fonte de todo o conhecimento” e uma parte do meu orçamento é destinada a provar algo típico. Jamais numa viagem turística a qualquer país nos tornamos peritos na sua gastronomia, um livro de receitas típicas de qualquer um, é um “calhamaço”, mas o facto de citarmos nomes de diversas iguarias internacionais que provamos, já é um excelente começo!
Ao longo dos diversos países que visitei, procurei na medida do possível experimentar novos pratos, bebidas, sobremesas, enfim, novos sabores, dentro dos meus limites, orçamentais e também fisiológicos e até mesmo ideológicos. Se em relação à gastronomia do Velho Continente não faz muito sentido em referir, quando nos expandimos para fora do mesmo, por exemplo para a Ásia, a referência é obrigatoriamente a insetos, larvas, escorpiões, morcegos, ratos, cães ou gatos, por exemplo, como manjares de eleição. Não tenciono experimentar, embora existam viajantes que são capazes de o fazer e deste modo desfrutar ao máximo de tudo o que os países têm para oferecer. É verdade que os olhos também comem e comem sempre primeiro, foi das coisas em que nas minhas viagens aprendi à minha custa. Há coisas que depois de olhar à distância jamais conseguiria comer. É o nosso lado emotivo a funcionar, mas convém lembrar, se comemos para viver, estamos a desperdiçar um enorme recurso, os insetos pois são um excelente alimento, ricos em proteínas e fazem parte da alimentação de cerca de 2 mil milhões de pessoas no Mundo, praticamente um quarto de toda Humanidade. Certamente que as gerações vindouras na Europa e em outros países irão consumir insetos com a maior naturalidade, visto que o planeta não possui recursos para matar a fome a todos.
EUA, Nova Iorque, peixaria em Chinatown, peixe e marisco
A gastronomia é um prazer, mas não é o objetivo principal das minhas viagens. Em muitos países sentar-nos à mesa de um restaurante tem preços proibitivos, sendo o fast food o recurso mais em conta na maior parte dos dias. O tempo disponível, a vontade de aproveitar ao máximo as horas de sol, os horários das atrações turísticas, museus e monumentos, ou das atrações da natureza que em geral ficam distantes das cidades, ou mesmo dar um mergulho no mar, na piscina do hotel são fatores determinantes, pelo que ao jantar no final de um dia de grande reboliço, depois de passar pelo quarto do hotel, tomar um duche reconfortante e trocar de roupa, é a altura ideal para desfrutar do prazer de uma refeição “com dignidade” e se for seguida de um espetáculo o dia passado no estrangeiro ainda fica mais completo e memorável!
A gastronomia do Continente Americano tem fortes influências dos países da Europa e também das suas colónias em África, mas também do seu povo indígena. Aquilo que nós Europeus chamamos de Descobrimentos, os Americanos chamam outros nomes bem diferentes. O Continente Americano tem civilizações bastante antigas, que já existiam há muitos anos quando os Europeus lá chegaram, logo a gastronomia possui vários pratos milenares!
A street food (comida de rua) também é cultural e intrínseca desta parte do Mundo, nomeadamente na América Latina, tendo já dado origem a uma série (2ª temporada) da Netflix. Consumir ou não este tipo de comida fica ao critério do viajante. Há que pesar os dois lados da balança, a vontade de desfrutarmos daqueles locais ao máximo, dando azo à nossa experiência sensorial e a nossa saúde. Quando vamos a uma consulta de viajante somos aconselhados pelo médico a não consumir fruta descascada e bebidas com gelo…
Orgulho-me de pertencer a um país que tem provavelmente a melhor gastronomia do Mundo e que ainda não conheço na totalidade. “Em casa de ferreiro, espeto de pau” e confesso que só há cerca de 5 anos provei pela primeira vez choco frito em Setúbal! Papas de sarrabulho, cozido das Furnas e vitela de Lafões por exemplo, ainda não provei…
Argentina, acompanhamento de legumes assados
Seguem alguns dos pratos típicos de países que visitei no continente Americano, muitos que provei e que recomendo experimentar. Facilmente memorizarão os nomes, pois são bem mais fáceis que os nomes de pratos Asiáticos ou Europeus, e passarão no exame com distinção.
BRASIL
Visitei o Rio de Janeiro em 1999. É um local onde se come muito bem. Nessa altura era muito barato! Recordo-me, já depois da meia noite em Copacabana, entrar num restaurante e comer uma pizza com uma bebida e ter pago menos do que em Lisboa pagaria por uma bifana numa roulote…Sim, as pizzas fazem parte da gastronomia, tendo sido levadas para “Terras de Vera Cruz” por imigrantes Italianos, e são deliciosas!
O meu destaque vai para as frutas tropicais, excelentes, docinhas, como por exemplo a manga, a papaia, o mamão, entre outras. Os sucos espremidos na hora eram uma delícia. Também a cana de açúcar é utilizada para sucos, o caldo de cana. Tal como o guaraná, o fruto do guaranazeiro, uma planta que existe na Amazónia, possuidor de uma grande quantidade de cafeína. A água de coco, geladinha, bebida através do fruto, com uma palhinha também é deliciosa.
Impossível não esquecer a cachaça, não é água.., é aguardente produzida da cana do açúcar, através de um processo de fermentação e destilação do caldo de cana fresco. A caipirinha é a bebida nacional! Feita com cachaça, lima, gelo picado e açúcar mascavado! De docinha e geladinha que é, facilmente se bebem várias sem nos apercebemos que já estamos a cometer excessos, e só quando nos levantamos é que vemos o efeito que nos causou a bebida! Muitas vezes é erradamente feita com açúcar branco, não é tão gostosa mas sobe ainda mais rápido à cabeça!
Falo muito em picanha e feijoada à Brasileira. Tal como cá, no Brasil a picanha que comi foi sobretudo em restaurantes que vendiam ao quilo. À chegada lembro-me de ter comido, em Copacabana, picanha feita na pedra. Com feijão preto, farofa e arroz. Feijoada à Brasileira só comi em Portugal! E até já fiz em casa, basta ir ao youtube, é fácil!
Muito mais haveria a dizer da gastronomia do Brasil, a moqueca e o bobó, por exemplo, são pratos típicos de peixe ou de marisco, mas para os conhecer terei um dia de voltar. Tal como a piranha, um peixe carnívoro perigosíssimo existente nos rios das regiões tropicais…
O meu saudoso primo Luiz, que este ano partiu rumo à eternidade, já não estará por lá, mas para sempre guardo na memória, entre outros momentos que passamos, ele vinha regularmente a Portugal, de um jogo do Benfica na Luz e de um do Flamengo no Maracanã, de um almoço, uma mariscada na Barra da Tijuca e da nossa última refeição no Rio de Janeiro em Copacabana.
Brasil, Rio de Janeiro, mariscada com a minha mãe e o meu saudoso primo Luiz
Brasil, Rio de Janeiro, bebendo ága de coco no Calçadão de Copacabana
CUBA
Se no Brasil temos a cachaça, em Cuba temos o rum. Também produzido da cana de açúcar, através de um processo de fermentação e destilação do caldo de cana cozido, chamado de melaço, um dos principais subprodutos da indústria do açúcar. O processo permite atingir maiores graduações alcoólicas. Após a destilação, o produto passa à fase de envelhecimento, em barris de carvalho, utilizados normalmente na produção de bebidas como o whisky. Bacardi é a marca de rum mais conhecida internacionalmente. A família Bacardi, de industriais, era oriunda de Santiago de Cuba. Fugiu para a Flórida quando o Comunismo tomou conta dos acontecimentos. O Estado Cubano apropriou-se das instalações fabris e continuou aí a produção de rum, mas a marca “Bacardi” não pode utilizá-la. Assim o rum produzido em Cuba é da marca “Havana Club” pois o de marca “Bacardi” passou a ser produzido na Flórida. “Havana Club” é a marca de rum produzida em Cuba, mais conhecida no estrangeiro, mas o melhor rum é o da marca “Santiago”. Vários cocktails são fabricados com rum, sendo a “Cuba libre” (rum e coca cola) um dos mais afamados! Assim como o “mojito”. Em Cuba, todos visitam Havana. Tomei um mojito na “La Bodeguita del Medio” e deixei a minha marca na parede! Escrevi o que trazia na alma e no coração, pois daí a dois dias iria soprar as 30 velas. Cuba foi a minha primeira viagem de aniversário, um ciclo que terminou 15 anos depois.
Comer lagosta do Mar das Caraíbas é obrigatório para quem viaja para esta parte do Mundo. Cozida, grelhada ou de outras formas que seja preparada, porém apesar do preço ser apelativo, a qualidade do marisco oriundo de águas quentes, é muito aquém do oriundo de águas frias.
Os turistas que viajam para as Caraíbas, fazem sobretudo férias em regime TI (Tudo Incluído) em resorts junto das praias, onde as refeições (não as lagostas, que normalmente são por encomenda e pagas à parte…) são consumidas em buffets com sistema de self service. Cuba, é também chamada a Pérola das Caraíbas, o seu Regime não impede mas condiciona de certo modo que o turista conheça profundamente o país, cuja realidade é muito diferente das praias de sonho e dos hotéis de luxo que vemos nos postais turísticos. Daí que o meu conhecimento da gastronomia nacional não vai muito além do que referi.
Cuba, bebendo um mojito e fumando um charuto Montecristo n5, em Havana na Bodeguita del Medio!
EUA-Estados Unidos da América
Passear nos EUA é um sonho, mas ir a restaurantes, subentenda-se para ser servido à mesa, pode ser um pesadelo! Os custos da alimentação elevados, normalmente, as listas de preços à entrada, não mencionam as taxas de serviço e os impostos, logo a conta será bem mais alta do que o expectável, e como se isso não bastasse, há que contar, como é usual no Continente Americano, com as gorjetas que são “quase” obrigatórias. O valor varia, 10%,15% ou 20% do total da conta, consoante o nível de satisfação do cliente com o serviço: bom, muito bom ou excecional. Quando pedimos a conta e pretendemos pagar com cartão, o empregado pergunta imediatamente quanto pretendemos deixar de gorjeta (tip) para introduzir no terminal de pagamento o total acrescido da mesma. Esses valores em geral, aparecem descritos no final da fatura, quanto é 10%, 15% ou 20%. Não deixar gorjeta ou deixar 2 ou 3 dólares é considerado rudez…”Mas não gostou do serviço? Algum problema?” É o que ouvimos em seguida do empregado fazendo cara de poucos amigos! Embora nos EUA os salários sejam considerados elevados, no setor da restauração eles são tidos como dos mais baixos, e as gorjetas são uma parte importante dos rendimentos desses trabalhadores. Os locais sabem disso e nem questionam, e muitas vezes quando visitam Portugal, acabam por deixar gorjetas consideradas por nós como muito elevadas! O ato de deixar gorjeta no Continente Americano foi levado pelos Ingleses em 1830 e mantém-se nos dias de hoje, faz parte das boas maneiras, não só nos restaurantes como em diversas atividades, como por exemplo nos táxis, nos hotéis e aos guias turísticos! Dar gorjeta até aceito, mas jamais esses valores de 10% a 20% que eles impõem.
TGI Friday´s é uma cadeia de restaurantes Americanos, que existem um pouco por todo o Mundo. Depois de o ter feito em Estocolmo, em Chicago jantei num deles. A carne dos EUA é de enorme qualidade, por cá pode ser encontrada, e foi jantando um bife que me despedi simbolicamente deste país! Nos EUA a idade mínima para consumir bebidas alcoólicas é 21 anos e também é a idade mínima para aceder num local onde servem bebidas alcoólicas. Por aqueles lados eu devo ter uma aparência bem mais jovem, pois foi-me pedido a identificação para confirmarem a minha idade! O passaporte não o tinha comigo, mas o meu cartão de cidadão de Portugal, acabou por fazer prova. Para a próxima irei experimentar os bifes do Michael Jordan e a pizza ao estilo Chicago que mais parece uma quiche…
EUA, Chicago, um dos restaurantes de Michael Jordan
EUA,bife ao jantar no TGI Friday´s
Alternativa aos restaurantes com serviço de mesa, existem os self services, com preços mais económicos e onde é mais fácil “fugir” à gorjeta ou pelo menos a essas percentagens exorbitantes. Mas atenção, em qualquer estabelecimento em que não haja serviço à mesa, junto da caixa de pagamento encontraremos lá uma caixinha com a palavra “tips” em letras bem visíveis!
Talvez por isso os EUA sejam a pátria do fast food. É o fast food que domina a nossa alimentação diária quando fazemos turismo neste país. Fast food é um conceito lato e vai muito além dos hamburgers e dos cachorros. Nos EUA há fast food de vários países do Mundo, como por exemplo do Médio Oriente, Turquia e Líbano, da Itália (pizzas à fatia), da Ásia ou do México. A comida é tudo menos saudável, muitas vezes a batata frita é de péssima qualidade, os refrigerantes são vendidos em sistema “refill” (enche-se as vezes que quisermos) e tudo é carregado de molhos. Isto explica porque a maior parte dos Americanos são obesos, pois começam cada vez mais cedo a consumir fast food acompanhada de litros de refrigerantes! Impressiona ver as crianças a encherem copo atrás de copo nas máquinas de refrigerantes refill…
Comer um hot dog (cachorro quente) na rua em Nova Iorque é tradicional, que o diga o Crocodilo Dundee! Não só nos filmes mas na vida real, é habitual vermos executivos de fato e gravata a pedirem um “hot dog” e irem a correr para apanhar metro, a comê-lo pelo caminho. O hamburger é outra das iguarias mundialmente célebres! O nome é inspirado na cidade de Alemã de Hamburgo de onde se julga serem as suas origens, supostamente trazido por imigrantes oriundos dessa parte da Alemanha, para os EUA, na primeira metade do século XIX. Atualmente o hamburger é uma sandwich existente em quase todos os países do Mundo, sendo as famosas cadeias Burger King e McDonalds as mais conhecidas! É tradicionalmente feito com carne de vaca, mas consoante os costumes e tradições pode ser de frango, de carneiro ou mesmo veggie! Acompanhada com batata frita e refrigerantes (menu) é uma tradicional refeição económica das mais pedidas no Mundo inteiro! Existem, contudo, hamburgers servidos no pão, com outros ingredientes (queijo, alface, etc) e também no prato, ou em ambos, com algum requinte, tornando-se uma refeição tipicamente Americana tal como os nossos estereótipos.
Taco Bell uma cadeia Americana, de fast food Mexicano, que entretanto chegou a Portugal. Numa destas casas, na 8th Av, ainda antes de deixar as malas no hotel, fiz minha primeira refeição em Nova Iorque, ao almoço, depois de uma longa viagem desde Amesterdão que se iniciou ainda antes do romper da aurora. Nesse dia, almocei duas vezes! A primeira foi a bordo, um voo com cerca de 8 horas, e ainda serviram um gelado ao lanche, e depois, atrasando o relógio 6 horas após aterrar, já era quase hora de almoço! Nachos, tacos e burritos, mataram-me a fome! Atenção que burritos não tem nada a ver com carne de burro como já presenciei, há quase um quarto de século, uma pessoa, exclamar, assim que leu a ementa de num restaurante Mexicano em Albufeira, “pelo menos são sérios, dizem que servem carne de burro”! Burritos Mexicanos são fast food de eleição por exemplo em Nantes, vá-se lá saber porquê…Talvez pelo mesmo motivo que “mariachi” é uma palavra Mexicana de origem Francesa (mariage)…
A American Chinese food faz parte do roteiro gastronómico de qualquer turista. A comida Chinesa, servida em restaurantes Chineses fora do continente Asiático apareceu pela primeira vez nos EUA, na segunda metade do século XIX, em São Francisco. É baseada na comida Cantonesa pois grande parte da comunidade Chinesa no estrangeiro é originária da província de Cantão, sendo confecionada com as devidas adaptações ao gosto ocidental e com os ingredientes que se conseguem ter disponíveis nesses países de outros continentes. A American Chinese food atingiu o seu auge de popularidade nos anos 1980. O dia de Natal nos EUA é um dia em que por tradição muitas famílias consomem comida Chinesa! Por exemplo, o chop suey que pedimos num restaurante Chinês na realidade foi inventado em terras do Tio Sam, tal como os crepes Chineses, chamados de egg rolls que também foram adaptados ao ocidente, contendo carne de porco e vegetais, replicando os spring rolls que contêm somente vegetais e se consomem na Ásia.
Muitas vezes os restaurantes Chineses (e não só…) abusam dos glutamatos monossódicos, componentes químicos (género de caldos knorr) que intensificam o sabor dos alimentos, sendo prejudiciais à saúde. A Síndrome do restaurante Chinês foi descoberta em 1968 pelo médico Robert Ho Man Kwok, quando constatou que sempre que comia em restaurantes Chineses sofria durante algumas horas de dor de cabeça. A causa desses sintomas não era o molho de soja pois também o utilizava em casa, mas sim, os tais “pozinhos de perlimpimpim” que os restaurantes utilizam na cozinha…Sintomas como dor no peito, dormência em torno da boca, sensação de inchaço facial ou transpiração também podem ser associados à Síndrome do restaurante Chinês.
Nova Iorque possui uma Chinatown onde além da “American Chinese food” existem outras especialidades Asiáticas, certamente adaptadas ao local. No dia do meu 41º aniversário escolhi um restaurante Vietnamita para almoçar. Um almoço no Chinatown foi um prenúncio que no ano seguinte iria estar a comemorar o meu aniversário na capital desse país e provar a verdadeira comida Chinesa e não a American Chinese…
Chinatown é um bairro muito interessante, onde existem lojas que vendem marisco, peixe fresco e na rua ainda consegui encontrar cocos, ao beber a sua água recordei a minha estada na Tailândia no ano anterior e nas suas praias e também o Brasil.
EUA, NY, Chinatown, bebendo água de coco
EUA, Nova Iorque, peixaria em Chinatown
EUA, Nova Iorque, peixaria em Chinatown, marisco
Ao pequeno almoço os Norte Americanos comem pão do tipo bagel, feito de massa de farinha de trigo fermentada, em forma de anel, cortando-o na horizontal. De bagel também se fazem torradas. O bagel pode ser recheado com manteiga, compota ou outros componentes mais elaborados, tornando-se uma sandwich típica de fast food, tal como a baguette. O bagel é originário da Polónia, tendo sido levado para os EUA através de Judeus deste país que imigraram para os EUA no final do século XIX, principalmente para a região de Nova Iorque. A partir de 1910 o begel popularizou-se. Foi Harry Lender que fundou a primeira fábrica de bagels fora de Nova Iorque, em 1927, e também foi o responsável por vender bagels congelados para supermercados.
As panquecas também são tradicionais ao pequeno almoço, assim como os waffles. Há documentos históricos que comprovam que as panquecas têm origem na Idade da Pedra. Em França acabaram por dar origem aos crepes da Bretanha. Foram os Europeus que levaram a receita para as colónias Americanas no final do século XVIII, sendo então feitas com farinha de trigo sarraceno ou farinha de milho.
Thomas Jefferson, um dos primeiros presidentes Americanos, era louco por panquecas, ou melhor, pankakes, em Inglês, porque aglutina a palavra pan (frigideira) com cake (bolo), feitas pelo seu cozinheiro Honore Julien, Francês, especializado em sobremesas. Isso contribuiu para a popularização das panquecas! Ao longo dos anos, as panquecas passaram a ser servidas com toppings, por exemplo mel e xaropes.
Os wafles são de origem Belga, cuja principal diferença das panquecas é a forma onde a massa é cozinhada, fazendo lembrar favos de mel. Em Chicago no hostel onde fiquei alojado, em certos dias existia a possibilidade de cozinhar e fazermos os nossos waffles ao pequeno almoço.
EUA, waffles e bagel ao pequeno almoço
Originários dos EUA e muito divulgados por toda a América do Norte, são os marshmallow, doces industrializados, de consistência esponjosa, feitos de açúcar ou xarope de milho, clara de ovo batido, gelatina e goma arábica, sendo tradicionalmente assados numa fogueira.
Em Nova Iorque o meu local preferido é o DUMBO em Brooklyn. Quando lá forem façam uma pausa no “One Girl Cookies”, uma pastelaria, e provem as suas especialidades. Podem pedir também um “cofee”, apesar dos Americanos não saberem ao certo o que é um bom café, digam que é “small one”…
Os EUA são um país gigantesco, onde apenas passei 8 dias. Apesar de serem a pátria do fast food e não possuírem uma História tão rica como a Europa, têm muito mais que anseio visitar e descobrir, onde a gastronomia também se inclui, nomeadamente o tradicional peru do Dia de Ação de Graças que adoraria provar!
EUA, refeição num self service
EUA, Hamburger servido no pão e no prato, acompanhado de batata frita
EUA, fast food Libanês, donner no prato com Tabulé e homus, sopa de lentilhas e pão pita
EUA, donner, fast food Turco
EUA, Comida Vietnamita, almoço no dia do meu 41º aniversário
EUA, Comida Vietnamita, almoço no dia do meu 41º aniversário
EUA, American Chinese food, destacando-se o chop suey e os egg rolls
CANADÁ
O Canadá foi um país que me recebeu de braços abertos. Fiquei 4 dias com pessoas amigas muito hospitaleiras onde me trataram como um familiar. Não tivesse anos antes estado em Copenhaga e ter feito amizade com o Mário, um luso Canadiano, atualmente aposentado de comissário de bordo da Air Canada, não teria tido o convite para conhecer este país maravilhoso!
Em relação à gastronomia terei de destacar o icewine, vinho fabricado a partir de uvas congeladas. Este vinho doce, com pouca graduação alcoólica (cerca de 11%) é normalmente servido para acompanhamento de sobremesas ou mesmo dos famosos marshmallows assados numa fogueira. Niagara on the lake, uma pequena cidade plantada à beira do Rio Niágara e do Lago Ontário, salta para as bocas do Mundo todos os anos em Janeiro devido ao “Ice wine fest”. Um festival dedicado ao vinho “icewine” que ali é produzido. Para o festival toda a cidade está engalanada e as adegas, com destaque para a Peller Estates, são o ponto de visita, tendo a possibilidade do visitante provar em cada uma a sua especialidade vinícola.
Canadá, Niagara on the lake, adega Peller Estates
Canadá, marshmallow na fogueira
Canadá, icewine entre amigos
Foi no Canadá que provei pela primeira vez um prato tipicamente Estadunidense! A Jayne, uma moça com origens na Eslovénia, um país que espero em breve visitar, e tal como o filho mais velho, falam Português corretamente! Foi em casa da Jayne e com sua família e amigos que tive a honra de ser convidado para jantar jambalaya e tão bem me soube recordar o filme do saudoso Robin Williams, Mrs. Doubtfire que se vestia de avozinha, a hilariante cena do restaurante! Desde que vi esse filme que estava desejoso de provar esta iguaria! Típica de Nova Orleans e de todo o Estado de Louisiana (EUA), é de grosso modo, uma versão da paella Espanhola, interpretada pelos Americanos. O prato tem influências na culinária da África Ocidental, daí o picante, França e obviamente Espanha.
Entretanto,a Jayne e o marido, Richard, já vieram a Portugal, e foi um enorme prazer tê-los levado provar choco frito em Setúbal e sardinha assada, bacalhau e cherne na Costa da Caparica! Anos antes levei a Pina a provar o arroz de feijão do Zé dos Cornos! Viajar é isto, fazer amizades pelo Mundo fora!
Além do icewine, o poutine, foi outra especialidade Canadense que fiquei a conhecer. Originário da Província do Quebec, feito com batata frita, queijo fundido, coberto com um molho de carne. É o ideal para retemperar as forças e nos aliviar do frio, sobretudo nos dias em que se praticam desportos de neve como por exemplo no Snow Valley Ski Resort, em Barrie, onde fiquei os 4 dias!
Canadá, jantar Jambalaya, com amigos
Muitas vezes os Canadianos ao pequeno almoço optam por refeições abastadas, com bacon e ovos estrelados. É normal num país frio que isto aconteça e também por se tratar de um país com influências Britânicas. Nós Portugueses não temos esse hábito de lautas refeições ao acordar e optamos por coisas mais leves, ao jeito de um pequeno almoço continental. Apesar da rivalidade (saudável) entre EUA e Canadá, muitas vezes devido a questões ideológicas, existem muitas semelhanças entre eles, nomeadamente na alimentação. Os marshmallows por exemplo, mas também os bagels e as panquecas também fazem parte da gastronomia Canadiana, que eles se orgulham de possuir e dar a provar a quem os visita. Nas panquecas, nos waffles e até nos bagels, os Canadianos colocam por cima xarope de ácer, o “maple syrup”. Trata-se de um xarope feito com a seiva das árvores “ácer”. As florestas da Província do Quebec geram quase três quartos do xarope de ácer do Mundo. A bandeira do Canadá exibe no centro uma folha de ácer, o que mostra a importância deste néctar que enche de orgulho os Canadianos, os torna conhecidos no Mundo e o seu sabor jamais será esquecido pelos visitantes.
À semelhança dos EUA, o Canadá também é um país gigantesco. Acerca dos quatro dias que lá passei, conseguir falar tanto da sua gastronomia, que certamente vai muito além disso, não é nada mau!
Os apreciadores destas especialidades Norte Americanas, do Canadá e dos EUA, nomeadamente as salsichas dos hot dogs, os marshmallows, as panquecas, o xarope de ácer, os bagels e até diversos molhos por lá utilizados, posso adiantar que por cá, a cadeia de supermercados Lidl por diversas ocasiões coloca-as à venda. Poderão experimentar pela primeira vez, dar a provar aos vossos familiares e no meu caso, com esses sabores recordo as viagens que fiz por esta parte do Mundo.
Canadá, pequeno almoço
ARGENTINA
O país encantou-me e nas duas semanas que lá passei, a gastronomia foi parte importante. Atenção que não se trata de um destino de férias barato e ir a restaurantes não foge à regra. O nível de preços é de acordo com o poder de compra dos turistas (“gringos”) Norte Americanos e Paulistas que existem em abundância.
Quando ouvimos a palavra Argentina é impossível não associarmos a carne! A carne Argentina é tida como uma das melhores carnes do Mundo. A carne de vaca é aromática e deliciosa assim como o cordeiro Patagónico. Até a carne de porco, que é o parente pobre, é suculenta e tenrinha!
A Argentina é somente o 8º maior país do Mundo, com um território cerca de 30 vezes superior ao de Portugal. A Pampa Sul Americana, que vemos do ar quando nos preparamos para aterrar em Buenos Aires, possui um área cerca de 8 vezes superior à de Portugal, ocupando além da zona central da Argentina, parte do sul do Brasil e todo o Uruguai. A palavra pampa é originária de línguas indígenas e significa planície. São muitos quilómetros quadrados de planícies verdejantes e férteis, constituindo um bioma que proporciona as melhores condições para a criação de gado! Animais criados livremente em enormes pastagens, fazendo pouco esforço para se alimentarem, logo não desenvolvem músculo, o que produz uma carne macia, ao invés da criação intensiva que abunda na Europa, onde os animais são forçados a permanecer em espaços curtos, restringindo a liberdade de movimentos, sendo alimentados com farinhas, muitas vezes de origem animal, e com aplicação de hormonas para acelerarem o seu crescimento. As vacas loucas afinal apareceram na Europa…
Angus e Hereford são as raças predominantes dos bovinos criados na Argentina. Raças de origem Britânica, que se adaptam na perfeição a climas frios e ao solo plano da Pampa. São abatidos entre os 20 e 24 meses de vida, a altura tida como ideal, pois se o animal é muito novo, a carne ficará sem sabor, se ele é muito velho, o corte será duro.
Argentina, cordeiro Patagónico frito, com molho de natas e cogumelos
Argentina, cordeiro Patagónico assado de forma tradicional
A Argentina possui uma quantidade de cabeças de gado, cerca de 54 milhões, maior que o da sua população, que são cerca de 45 milhões de pessoas! Em média, o consumo anual de carne ronda os 45 Kg per capita. Atenção que o facto de se tratar de um país caro para os turistas, isso não o torna como um país rico, e nem toda a população aufere rendimentos que lhe permitam viver dignamente, logo, a média é isso mesmo, “há um frango para cada um, tu comes dois e eu não como nenhum”. O custo da carne no talho, apesar de ser tido como baixo para os nossos padrões, para os ordenados deles, é considerado elevado.
Argentina, vinho nacional
Argentina, tapa de cuadril
Argentina, tapa de cuadril
Argentina, talho vendendo carnes
Quem visita a Argentina jamais esquecerá o nome dos cortes da carne de bovino: bife chorizo, ojo de bife, tira de asado, costilla, lomo e tapa de cuadril são apenas alguns. Se estiverem em Buenos Aires e quiserem comer a melhor carne tida por lá, recomendo-vos o restaurante Cabana las Lilas em Puerto Madero, um dos bairros mais caros da cidade. Contem com uns 60€/pax por um jantar com entradas, carne, acompanhamentos, na Argentina são cobrados à parte, arroz, batatas (por lá chamam-se papas) ou legumes assados, e vinho. O local marcou para sempre a minha vida, pois foi o escolhido para o jantar do meu 45º aniversário, onde até me ofereceram bolo! Existem restaurantes bem mais económicos na cidade, mas este pode ser tido como um local para ocasiões especiais.
Argentina, Puerto Madero, Restaurante Cabana las lilas, jantar do meu 45ºaniversário, ojo de bife
Argentina, Puerto Madero, Restaurante Cabana las lilas, jantar do meu 45ºaniversário, até teve direito a bolo de oferta
O Deserto da Patagónia, ocupa a zona sul, possui uma área aproximadamente 7 vezes superior à de Portugal, é o maior deserto Argentino e o 7º maior deserto do Mundo. É o habitat natural de diversos animais, nomeadamente a coruja-buraqueira, o guanaco, o tatu pigmeu, a puma, a raposa cinzenta patagónica ou a iguana do deserto e arbustos, onde se destaca o calafate, que segundo consta, quem provar as suas bagas pretas, um dia voltará! Na Argentina provei um gelado de calafate. Gelados também são o forte da gastronomia do país, influência dos Italianos que por lá andaram.
O gado Ovino é também oriundo da Patagónia, onde as condições ideais para a sua criação se encontram reunidas. Os cordeiros são filhos de ovelhas e é uma carne muito utilizada na gastronomia da Argentina, nomeadamente no sul, à semelhança da Nova Zelândia (o maior consumidor no Mundo), da Sérvia, da Grécia, da Turquia, da Índia, ou dos EAU, os tais onde as religiões impõem que o de porco é impuro e que a vaca sagrada.
O cordeiro Patagónico carateriza-se pelo seu sabor intenso. Todas as partes do animal podem ser aproveitadas. Necessita de um longo tempo de cocção no churrasco, cerca de sete horas. Segundo eles, o segredo para o churrasco perfeito é ter muita paciência e tempo para prepará-lo, sendo a pressa a grande inimiga da carne saborosa. A forma de levá-lo ao fogo também é fundamental. O cordeiro deve tradicionalmente ser assado inteiro, preso por um espeto metálico em forma de cruz, numa fogueira no chão. O espeto deve ser fincado no chão perto da fogueira acesa.
Em Ushuaia, cidade mais a sul do planeta, é obrigatório provar o cordeiro Patagónico assado como manda a tradição e acompanhado de legumes assados. Recomendo o restaurante “Casimiro Biguá”.
Em Ushuaia, se visitarem a Estância de Harberton, terão a oportunidade de prová-lo guisado, em forma de sopa. Mais a norte, em Calafate, provei o cordeiro Patagónico grelhado, com molhos de natas e cogumelos.
A Argentina possui uma enorme costa oceânica, sendo possuidora também de uma boa oferta de peixe e marisco, sobretudo em Ushuaia. A pescada (atenção que o nome refere-se a inúmeros peixes do tipo teleósteos) que nos chega congelada é oriunda dessas águas, assim como o camarão selvagem de cor vermelha, sendo indicado para fritar por ser mais mole que o camarão oriundo de outras águas, no entanto é selvagem e muito do camarão, dessa gama de preços, que cá chega provém de aquacultura de países Asiáticos e da Venezuela. A santola é o marisco mais pedido por Ushuaia, sendo também de cor vermelha, muito diferente da que vemos por cá. Não vim embora do Fim do Mundo sem a provar, e comi-a numa cazuela de mariscos, um género de ensopado, mas posso adiantar que não foi o marisco que me deixou saudades na Argentina!
A Milanesa é uma especialidade tipicamente Sul Americana muitíssimo apreciada! A América do Sul foi um dos muitos locais que recebeu imigrantes da Europa, em tempos em que o Velho Continente estava longe de ser considerado como um paraíso. Muitos chegaram de Itália, de Milão e de Nápoles, certamente! Estas duas cidades que nada têm em comum, são rivais em tudo o que possamos pensar, mas parece que acabaram por se unir na gastronomia. Milanesa é um panado, frito, de vitela ao qual se junta por cima outros ingredientes, como se fosse uma pizza cuja massa é o panado! É acompanhado de batata frita, tornando-se uma belíssima bomba calórica! Escolhi uma Milanesa à Napolitana, que leva queijo mozzarella, fiambre e tomate, um prato que é um verdadeiro contra senso para quem conheceu essas cidades. Parece que lá no Fim do Mundo se conseguiram unir! Interessante que descobri este prato por mero acaso, na chegada a Ushuaia. Nesse dia acordei às 5 da manhã para apanhar o avião em El Palomar, Buenos Aires e só tinha comido uma caixinha de bolachas baunilha desde aí. Depois de deixar a mala no quarto do hotel, a meio da tarde, entrei num snack bar para pedir qualquer coisa. Vi então lá escrito “Milanesa à la Napolitana”, nem sabia o que era ao certo… Decidi pedir e enquanto aguardava comecei a ficar intrigado com o nome. Depois de pesquisar na internet lá descobri que tinha acertado em cheio. Quando publiquei no Facebook, a foto foi um sucesso. Uma moça Argentina, professora primária, que conheci à chegada a Buenos Aires fez logo o comentário “Milanesa a la napolitana..Lo mejor!!!”. E era mesmo!!! Nesse dia já nem comi mais nada…Se forem a Ushuaia, aqui vai o local onde vos recomendo ir, caso cheguem ao Fim do Mundo com o estômago vazio: “El Mercado”.
Argentina, Milanesa à Napolitana
Argentina, Milanesa à Napolitana
As empanadas são outro dos símbolos da gastronomia Argentina e também de vários países Sul Americanos. Cada um fá-las de maneira diferente, nomeadamente a massa. No Brasil são chamadas de pastéis. São de facto pastéis, em forma de meia lua, semelhantes aos nossos pastéis de massa tenra, com o recheio mais diversificado, podendo ser de carne, de queijo e fiambre, de legumes, de peixe ou mesmo de marisco. As empanadas são de origem Espanhola, serviam para os trabalhadores do campo e para os viajantes levarem consigo no farnel. A palavra “empanar” pode significar “transformar em pão”. A empanada Galega é uma especialidade conhecida há vários séculos, e talvez tenha sido o mote para as outras de além mar. Empanadas são ideais para uma pausa a meio de um passeio, e nestes dias perdi a conta às que comi.
Argentina, empanadas com vinho branco
O choripan é um género de fast food económico e tradicional. É isso mesmo, chouriço e pão. Uma salsicha toscana (lá chamada de chorizo) assado, servido no pão, sendo temperado com salsa criolla, um molho feito com cebola, pimentos picantes, tomate picados e misturados com um preparado de vinagre e azeite, e chimichurri, um molho picante, à base de salsa, coentro, alho, cebola, tomilho, oregãos, pimenta vermelha moída, pimentão, louro, pimenta preta, mostarda em pó, aipo, vinagre e azeite. Felizmente foi com um choripan que me despedi da Argentina…no dia seguinte ia perdendo o voo de regresso a casa!
Argentina, loja de choripan
Argentina, choripan
Para “desenjoar” dos prazeres da carne, as pizzas são uma excelente alternativa. Uma herança Italiana espalhada por todo o Mundo, no entanto no Continente Americano, a pizza é tida como gastronomia dos vários países, pois a mesma sofreu adaptações aos gostos dos locais, sendo consumida em grande escala. Em Buenos Aires, tive o prazer de jantar com a Inês e a sua mãe. A Inês, que vai regularmente a Buenos Aires, é de origem Argentina e Arménia, é minha vizinha no Algarve sendo proprietária de uma loja que vende artesanato de vários locais do Mundo.
Argentina, pizza tradicional
Argentina, pizza tradicional
Argentina, jantando pizza com a Inês e sua mãe
Argentina, jantando pizza com a Inês e sua mãe
Apesar da Argentina ser um país da América do Sul, as frutas tropicais não são o seu forte, pois as que existem são importadas do Brasil. Há no entanto a cereja, a mesma que chega cá a preços proibitivos no Inverno, por lá é possível comê-la em Janeiro, quando é Verão no Hemisfério sul, apesar de já se encontrar em acabamento, pois lá como cá, a época da cereja ocorre de meados da primavera até aos primeiros meses do Verão. O preço da cereja é semelhante ao praticado por cá à época da mesma. Em Puerto Iguazú, dado se tratar de uma região de clima tropical e ser fronteira com o Brasil, já é possível encontrarmos as tais frutas docinhas e saborear os seus sucos. Docinho na Argentina é o tradicional doce de leite!
Argentina, frutaria vendendo cerejas
Em vinho e cerveja, a Argentina é um verdadeiro paraíso! Diversas marcas de vinhos, sobretudo das regiões de Mendoza e de Salta são a escolha nos restaurantes para acompanhar as refeições. De cerveja, também existem diversas marcas, sendo a “Quilmes” a mais conhecida no estrangeiro, mas não é nem de perto a melhor!
A Argentina também não prima pelo café, mas o mate é a bebida nacional, sendo o Papa Francisco um dos seus grandes apreciadores, basta pesquisar no Google! No sul do Brasil é chamado de chimarrão. Trata-se de um chá de erva-mate, também chamada de congonha, que provém de uma árvore da família das aquifoliáceas, originária da região subtropical da América do Sul. É bebido num recipiente também assim chamado, de mate, onde se adiciona à erva, água a 70ºc, pisado tudo com uma colher própria, a “cucharra de mate”, que também serve para sorver a bebida. É como um cachimbo, um cachimbo da paz, o que a torna bebida social onde vários partilham o mesmo mate, isto nos tempos em que o COVID era uma miragem!
Por falar em café, não posso deixar de referir o Café Tortoni, localizado no número 825 da Av. de Mayo. Aqui fiz questão de tomar um café, 45 anos depois da hora em que vim ao Mundo. O Café Tortoni foi fundado em 1858, sendo em 1880 transferido para o endereço atual. Por ali ao longo da história passaram muitas figuras do panorama Argentino, diversos intelectuais, políticos e artistas. Um local chique e requintado digno de tornar Buenos Aires, como a Paris da América do Sul.
Argentina, santola, imagem no Museu do Fim do Mundo
Argentina, legumes assados
Argentina, guisado (sopa) de cordeiro Patagónico
Argentina, guisado (sopa) de cordeiro Patagónico
Argentina, costilla e chorizo (salsicha toscana)
Argentina, costilla e chorizo (salsicha toscana)
Argentina, cordeiro Patagónico
Argentina, cordeiro Patagónico frito, com molho de natas e cogumelos
Argentina, cordeiro Patagónico
Argentina, cerveja nacional
Argentina, cazuela de mariscos, com santola
Argentina, cazuela de mariscos, com santola
Argentina, Café Tortoni em Buenos Aires, na hora em que vim ao Mundo ao fim de 45 anos
Argentina, bife chorizo, primeira refeição na Argentina
Argentina, bife chorizo e chorizo (salsicha toscana)
CHILE
A gastronomia nacional não foi o forte do meu programa nesta semana de estada no país, no entanto ainda consegui provar algumas especialidades. Na Patagónia Chilena provei finalmente as bagas pretas do calafate, logo um dia irei aqui voltar, segundo reza a tradição!
A gastronomia Chilena possui especialidades de influência Europeia e indígena, oferecendo vários pratos de peixe e de marisco. Por cá, os apreciadores de pescada preferem a Chilena, mesmo sendo a mais cara, que chega congelada às nossas lojas. Peixes provenientes das águas frias que banham o sul do país e também da restante costa, pois por esses lados, o Oceano de Pacífico só mesmo de nome, sendo para banhos perigosíssimo e gelado!
A carne de boa qualidade é importada, nomeadamente da vizinha Argentina, mas também do Brasil e do Uruguai, países que possuem condições mais propícias à produção de uma carne de excelência, mesmo assim, no Chile fazer um churrasco familiar é tradicional. Lomo a lo pobre foi o prato tradicional que experimentei. Trata-se de um lomo (corte bovino) coberto com um ou mais ovos estrelados e batatas fritas. Não sei se a carne era ou não importada da Argentina, mas soube-me bem!
As empanadas Chilenas também são deliciosas, tal como as da Venezuela que tive oportunidade de provar em Valparaiso.
Chile, empanadas Venezuelanas
Chile, chicha morada, especialidade peuana
O ceviche, sendo o prato nacional e inclusivamente considerado parte do património cultural do vizinho Peru, no Chile é consumido em grande escala, sobretudo nas estâncias balneares, como é o caso de Vina del mar, onde tive oportunidade de provar por duas vezes. É um prato cuja primeira versão remonta há cerca de 4 mil anos. O ingrediente principal é o peixe cru ou o camarão, marinado em suco de limão, de lima ou de outro citrino. O peixe é cozinhado pelo próprio ácido cítrico contido no suco. Outros ingredientes obrigatórios são a cebola e o piri-piri ou pimenta. Algas, milho, batata-doce, salsa, coentros e outras ervas verdes aromáticas também se utilizam. A acompanhar o ceviche, nada melhor que uma chicha morada, uma bebida preparada a partir de milho de cor roxa, chamado de maiz morado, que é rico em antioxidantes. É fervido com casca de fruta e especiarias e depois adocicada, sendo servido fria ou gelada.
Chile, ceviche
Chile, ceviche
Pisco sour é a bebida nacional, um cocktail que leva limão, açúcar, pisco (aguardente), clara de ovo e cubos de gelo. Tive oportunidade de provar em boa companhia, com um conjunto de turistas, muito simpáticas. Duas Russas, a Nina e a Olga, de Moscovo e uma Chilena de Santiago, a Alejandra. Conhecemo-nos junto ao Monumento ao Vento em Puerto Natales, conversamos imenso sobre viagens, a Olga e a Nina correram o país de Norte a Sul, estavam de partida para o Rio de Janeiro, e acabamos por ir a um bar ali nas proximidades, numa altura em que começou a chover, coisa que ali ocorre diariamente. Engraçado que eu e a Alejandra, já nos tínhamos cruzado na noite anterior quando à chegada de uma viagem de Autocarro desde a Argentina, já a horas tardias fui jantar pizza (também faz parte da gastronomia Chilena) provavelmente no único local aberto para matar a fome!
Chile, pisco sour num brinde internacional – Rússia, Chile e Portugal
Além do pisco sour, vinho e cerveja também fazem parte da carta de bebidas do país. A cerveja abunda em grandes quantidades, várias marcas todas deliciosas, usando o lúpulo proveniente da Cordilheira dos Andes como matéria prima. O vinho também é um delírio. À semelhança da Argentina, o Chile possui vinhos de qualidade Mundial, herança dos Espanhóis, que aproveitaram o solo fértil, e o clima propício, nas proximidades da Costa, Vina del Mar é disso exemplo, para trazerem as castas de Espanha.
Chile, vinhos nacionais à venda numa loja em Vina del mar
Chile, sopa de peixe e marisco
Chile, peixes do Oceano Pacífico
Chile, lomo a lo pobre
Chile, carne
URUGUAI
Da lista dos mais de 50 países estrangeiros que visitei constam vários onde nem 24 horas permaneci. O Uruguai é um deles, tendo a sua capital, Montevideo sido o local onde permaneci. A jornada foi sobretudo dedicada ao futebol, mesmo assim ainda fui a tempo de provar as famosas carnes do “Mercado del Puerto”. Quem gosta de carne, encontrará certamente o paraíso! Um mercado em que as lojas são churrasqueiras e são várias por lá espalhadas. A carne é deliciosa e o aconselhado é a “tira de asado” e só me arrependo de não ter comido mais. Foi talvez o melhor local para comer carne, de todos os que estive nessas 3 semanas de estada na América do Sul
O Uruguai também possui mais cabeças de gado que habitantes. A sua carne bovina tem o mesmo nível de qualidade que a da Argentina. Existem algumas diferenças nas tradicionais formas de a cozinhar. Uma “parrillada” Argentina é feita com carvão, já no Uruguai, eles preferem o tradicional fogo de chão, usando mais lenha em brasa do que carvão, inclusivamente as churrasqueiras usam bastante lenha. Outra diferença, existe no tempero, os Argentinos usam sal grosso, já os Uruguaios preferem o sal fino.
Com mais tempo no Uruguai muita coisa faria, entre as quais passar uns dias em Punta del Este, onde em 1940 foi criado o prato nacional, o chivito. Uma sandwich de carne com outros ingredientes, por exemplo a mozzarella, o presunto e o tomate, geralmente coberta com molho de maionese e servida com batatas fritas e salada russa. Um dia que voltar ao Uruguai, terei de experimentar…
Antes de vir embora, entrei num daqueles cafés do centro de Montevidéu e pedi um copo de vinho Uruguaio, para provar mais um néctar dos Deuses de um novo país estrangeiro. Longe da fama e da qualidade dos vinhos Argentinos e Chilenos, mas serviu perfeitamente para daquela forma me despedir do Uruguai.
Uruguai, Mercado del Puerto de Montevideu, tira de asado
Uruguai, Mercado del Puerto de Montevideu,churrasqueiras, usando lenha como é usual por lá
Uruguai, Mercado del Puerto de Montevideu,churrasqueiras, usando lenha como é usual por lá
Dos diversos países do continente Americano, do Paraguai desconheço a gastronomia pois foi um país onde poucas horas permaneci e nem me recordo de lá ter comido. O ambiente de Cidade del Este já nos tira a fome…
Destas especialidades todas, apenas das carnes faria a minha alimentação diária, aliás já fiz! Não trocava a minha sardinha assada pela carne da América do sul, apesar de muitas vezes também entrar nos meus churrascos caseiros, pois é fácil adquiri-la por cá refrigerada, o que não sendo igual, aproxima-se bastante.
Até me ajeito bem na cozinha (doces não…) e já reproduzi em casa alguns pratos que provei lá fora, no entanto estas carnes são facílimas de fazer. Na internet existem diversos vídeos que ensinam a fazer pratos estrangeiros mas também pratos nacionais como por exemplo o Sabor Intenso. Nacionalismos à parte, obviamente Portugal possui a melhor gastronomia do Mundo! Ainda recentemente tive oportunidade de dar uns passeios pelo Norte, pela Nazaré, pelo Alentejo, e pelo Algarve, pela Ria Formosa, de Tavira a Faro, passando por Olhão até Cacela, por Vila do Bispo e banquetear-me com excelentes manjares. Para não falar da Pampilhosa da Serra que me encheu as medidas!
E agora com o Verão à porta vou-me banqueteando em casa perto da Praia da Falésia com a sardinha assada, o meu prato de eleição, com o meu record cifrado em 18!
Uruguai, vinho nacional, um copo para marcar a minha despedida do país
Para concluir, vou voltar a falar da maruca! Quando mostrei as fotos das carnes Sul Americanas que comi por lá, um colega meu, uma das chefias do RSB, que conhece bem a história, ele disse-me logo, “Mário, qual maruca? Maruca não calça neste campeonato, isto é, Liga dos Campeões!!!”
PURE MONCHIQUE HOTEL (ALGARVE) – ENTRE A SERRA E O MAR
Pelo interior da região do Algarve (Portugal), descubra a natureza genuína em plena serra de Monchique, a 15 Km de Portimão, onde encontrará o Villa Termal Caldas de Monchique.
Situada na tranquila localidade de Caldas de Monchique, o complexo Villa Termal Caldas de Monchique SPA Resort, é um convite a revitalizar o corpo e mente num local isolado em plena harmonia com a Natureza.
Praia dos 3 Castelos- Portimão
Cegonhas na Serra Algarvia- Monchique
Cegonhas na Serra Algarvia- Monchique
As Caldas de Monchique, são conhecidas pela riqueza das suas águas e propriedades curativas existente desde a época da ocupação Romana. Já em 1495, D. João II visitava as Termas para tomar banhos e recuperar da sua doença. No século XX foi um local de visita da aristocracia portuguesa.
No Villa Termal Caldas de Monchique SPA Resort encontrará hotéis, bar, restaurante, loja de artesanato, piscina exterior e um spa com água termal para os seus tratamentos. Os elegantes quartos estão decorados com peças dos séculos XVIII e XIX.
A piscina exterior está rodeada por um jardim verde e espreguiçadeiras. Além de relaxar na sauna ou no banho turco, os hóspedes podem realizar piqueniques e desfrutar de caminhadas ou passeios de bicicleta de montanha, no Parque Nacional da Serra de Monchique.
Villa Termal Resort- Monchique (Algarve)
Villa Termal Caldas de Monchique SPA Resort
Villa Termal de Monchique
Villa Termal Caldas de Monchique Spa Resort
Piscina exterior do Villa Termal Caldas de Monchique Spa Resort
Piscina Exterior- Pure Monchique Hotel
Villa Termal Caldas de Monchique Spa Resort
Villa Termal Caldas de Monchique Spa Resort
Villa Termal Caldas de Monchique Spa Resort (
Villa Termal Caldas de Monchique Spa Resort
Villa Termal Caldas de Monchique Spa Resort
Renovado em Abril de 2022, o Pure Monchique Hotel faz parte da Villa Termal Caldas de Monchique SPA Resort. Entre as comodidades acima referidas, o complexo dispõe de wi-fi gratuito, recepção 24 horas, quartos climatizados e pequeno-almoço buffet.
Pure Monchique Hotel (Algarve)
Recepção do Pure Monchique Hotel
Bar do Pure Monchique Hotel
Espaços comuns do Pure Monchique Hotel
Espaços comuns do Pure Monchique Hotel
Sala de Jogos do Pure Monchique Hotel
Bar_Restaurante e sala de pequeno-almoço do Pure Monchique Hotel
Villa Termal Resort- Vista da varanda do Quarto superior- Pure Monchique Hotel
Quarto tipologia superior- Pure Monchique Hotel
Quarto superior- Pure Monchique Hotel
Água de Monchique- PH9,5
Quarto superior- Pure Monchique Hotel
Quarto superior- Pure Monchique Hotel
Quarto superior- Pure Monchique Hotel
Quarto superior- Pure Monchique Hotel
SPA TERMAL
A água proveniente dos solos da Serra de Monchique é bicarbonatada, sódica e rica em flúor. O seu PH alcalino de 9.5 é um caso raro de água alcalina no país e, que colocam esta água num patamar especial face a outras fontes naturais em Portugal. O sabor diferenciador de outras águas (mais adocicado), tem uma particularidade da sensação de um toque “aveludado” que se sente ao tocar na pele e na boca. As propriedades alcalinas desta água são óptimas na prevenção e cura de doenças.
As Termas de Monchique situadas a 200 metros do hotel, oferecem uma vasta gama de programas e tratamentos de beleza e saúde. Um verdadeiro centro de reabilitação de corpo e mente.
Indicações terapêuticas: Afecções das vias respiratórias (asma, bronquite, rinite, sinusite, alergias, etc) e músculo-esqueléticas (tensão muscular, artrite, tendinite, reumático, deformações na coluna vertebral, etc).
Spa Termal- Villa Termal Caldas de Monchique Spa Resort
Morada:Villa Termal Caldas de Monchique SPA Resort
Regressar a um local que nos deixou boas memórias há muitos anos, causa um interessante e agradável sentimento nostálgico. A vida de um viajante pode ter muitas experiências como esta. Assim aconteceu com Paris e mais recentemente com Londres, onde voltei ao fim de quase 24 anos e 48 novos países estrangeiros pisados, entre os quais o vizinho País de Gales e a Irlanda. Um regresso com muita emoção que serviu para passar os 4 dias de um fim de semana prolongado, em Junho, adquirindo com mais de um ano de antecedência a viagem, por cerca de 70€, aproveitando um voucher da Easyjet, de uma viagem para a Suíça, cancelada devido à pandemia.
Tower Bridge vista desde a London Bridge, 1998. Voltei quase 24 anos para tirar outra no mesmo local
Tower Bridge vista desde a London Bridge, 2022.Foto no mesmo local que em 1998
Regressar a Londres, numa altura em que nos é exigido passaporte para entrar no Reino Unido, serviu para passear pelas ruas da cidade e desfrutar do melhor que ela nos tem para nos oferecer de forma gratuita: observar os monumentos e visitar alguns dos museus nacionais, que se encontram na lista dos mais importantes e visitados museus do Mundo. Não perdi a oportunidade de assistir a um espetáculo na West End, a um preço excelente dada a antecedência que adquiri o bilhete, online, por 10 Libras mais de um ano antes. Estes 4 dias passados em Londres, complementaram a minha estada em 1998, durante uma semana. Londres é uma cidade gigantesca, com muito para ver e fazer, pelo que voltar é sempre uma hipótese a considerar, numa época em que viajar de avião custa bem menos que outrora. Desta vez, os voos custaram-me menos de metade.
Abadia de Westminster
Londres, à escala Europeia até pode ser considerada uma metrópole, mas não uma cidade bonita. Nesse aspeto, na Europa há muitas a ganhar-lhe com larga vantagem, Praga, Budapeste, São Petersburgo, Paris ou Veneza, são alguns exemplos das que conheço. Sem contar com Lisboa, como é óbvio!
Westminster Bridge, Elizabeth Tower e Casas do Parlamento. Ao longe a sede da MI5, os serviços de segurança Britânicos
Taxis, uma imagem de marca- Londres
À semelhança de Tóquio ou Nova Iorque, Londres conquista-nos porque tem um charme, uma atmosfera, uma vida própria, um dinamismo, que a carateriza e a torna como um local único, de visita obrigatória. É isso que a coloca ano após ano, juntamente com Paris, no rol das duas cidades mais visitadas do Velho Continente e entre as 5 cidades mais visitadas do Mundo! Londres é cosmopolita, clássica, conservadora e moderna ao mesmo tempo. Os típicos táxis, os autocarros vermelhos de dois pisos e as cabines telefónicas tradicionais, agora convertidas em wifi, são algumas das suas imagens de marca que o tempo jamais apagará. E o que dizer da rede de metropolitano? Chamado de Tube devido à configuração dos túneis e dos comboios, a mais antiga do Mundo, inaugurada ainda no século XIX, uma das mais extensas, contando atualmente com 11 linhas, 402 Km e 272 estações, muitas com decoração de estilo “retro”, algumas onde se acede de elevador à plataforma, outras com longos corredores de sentido único e escadas rolantes, e muitas onde se cruzam mais de 4 linhas, tudo bem sinalizado, fácil de utilizar, onde, acreditem, dificilmente nos perdemos. Jamais esqueceremos o anúncio repetidas vezes ouvido dos altifalantes, “please, mind the gap”!
Autocarros vermelhos de dois pisos, uma imagem de marca. Ao fundo o Strata, o primeiro edifício do Mundo com turbinas eólicas
Estação de metro de Piccadilly circus, entrada
Estação de metro,decorada em estilo retro com corredores de sentido único para acesso às plataformas de duas linhas
Estação de metro, plataforma
Estação de metro, sinalização em estilo retro
A cidade foi fundada por Romanos, no século I, na altura chamava-se “Londínio”. Os Romanos falavam Latim, no entanto os habitantes locais falavam a língua Celta de onde deriva a língua Britânica, que não é uma língua Latina. Nós por cá tivemos os Mouros e não falamos Árabe… A língua Britânica, que desde a tenra idade aprendemos na escola, aguça-nos o desejo de visitar a capital do Reino Unido! Os filmes lá rodados, os diversos heróis, de James Bond a Mr Bean, tal como Nova Iorque, ou Valeta e vários pontos de Malta, colocam Londres na rota dos locais com os cenários dos filmes da nossa vida, que queremos viver na primeira pessoa, sobretudo desde 1999, quando “Notting Hill” virou filme da moda.
O bairro de Notting Hill, passados mais de 20 anos desde a estreia do filme homónimo, ainda é um enorme local de romaria. O número 142 da Portobello Rd, onde funciona uma loja de souvenirs turísticos, no “grande ecrã” sediava a famosa loja de livros de viagens, “The travel book cº”, onde William Thacke e Anna Scott, personagens a quem Hugh Grant e Julia Roberts deram corpo, iniciaram uma linda história de amor, daquelas que todos nós sonhamos ter, mas que só se vêem nos filmes. A loja onde aproveitei para tirar fotos à porta e ter visitado o seu interior, foi também fonte de inspiração para escrever este artigo de viagem. A famosa porta azul, melhor dizendo uma réplica da que foi utilizada no filme, pois a original foi leiloada para caridade, encontra-se numa das ruas transversais à Portobello Rd, o número 280 da Westbourne Park Rd. Ali vivia William, dono da loja de livros de viagens. As cenas no interior da casa foram feitas em estúdio, e as exteriores, sobretudo aquelas com os paparazzis, permanecerão para sempre na memória de quem elegeu Notting Hill como o filme da sua vida. Notting Hill, em tempos só sabia da sua existência devido a uma estação de metropolitano, desta vez fez parte do programa, sem contudo ter tido oportunidade de ver famoso mercado de rua, o “Portobello road market” em funcionamento.
Notting Hill, Portobello rd – Londres
Notting Hill, Portobello rd, 142. A loja eternizada no cinema – Londres
Notting Hill, Portobello rd, 142. A loja eternizada no cinema- Londres
Notting Hill, Portobello rd, 142. A loja eternizada no cinema – Londres
Notting Hill, Westbourne Park Rd, 280. O local onde existiu a famosa porta azul eternizada no cinema. Agora existe esta cópia
Em 1998, viajei com a minha mãe, aterramos no Aeroporto de Heathrow e seguimos de metro para o centro da cidade, ficamos alojados em Kensington, onde à chegada fomos deixar a mala no hotel. Desta vez, viajei sozinho, de mochila às costas, dormi num hostel perto de Russell sq, sacrifiquei-me e fiquei num dormitório, tal como aconteceu em Cardiff, em Bruges e no Luxemburgo o que em curtas escapadelas, para poupar nos custos, acaba por valer a pena. Aterrei no Aeroporto de Gatwick e segui de comboio para a estação de London Bridge, o meu local de partida e chegada ao centro da cidade. A mesma fica a poucos metros do Rio Tamisa, que banha Londres e a divide em duas partes: Norte e Sul. A estação de London Bridge, encontra-se na zona Sul, muito perto de uma das pontes que atravessa o Rio Tamisa, a London Bridge, onde aproveitei para tirar uma das fotos onde o tinha feito em 1998 com vista para a Tower Bridge, um dos símbolos da cidade. A zona Sul, não é tão densamente servida pelo Tube, possui menos atrações turísticas daí ser menos visitada que a sua congénere Norte, apesar de atualmente possuir modernos edifícios, “The Shard” por exemplo, mais distante o “Strata”, o primeiro edifício do Mundo com turbinas eólicas e também a famosa “London Eye”, a Roda do Milénio, uma atração turística com preços proibitivos, o que vai atraindo cada vez mais turistas junto à margem sul do Tamisa. Seja em que margem for, um passeio junto ao Rio Tamisa, em Londres, é um dos momentos altos da vida de qualquer viajante.
Tower Bridge vista desde a London Bridge
Tower Bridge – Londres
Tower Bridge – Londres
The Shard visto desde a Millennium Bridge – Londres
Caminhando pela margem sul, passando junto do HMS Belfast, um antigo navio de guerra que se encontra ancorado, em direção a Oeste, atravessando a Tower Bridge chegamos à Torre de Londres, um local histórico que visitei em 1998. Uma fortaleza real que de momento guarda as Jóias da Coroa Britânica. Um local com uma história sombria, pois ao longo de 900 anos foi utilizado como prisão, para onde ia parar quem ofendesse o monarca. As condições de sobrevivência eram horríveis, sendo os prisioneiros torturados antes de serem executados. Entramos então no Centro Financeiro, um dos mais famosos do Mundo, também chamado de “Bairro da Bolsa”, “City of London” ou de “Square Mile” pois a sua área é aproximadamente uma milha quadrada. Nessa área encontram-se sediadas diversas empresas de serviços financeiros, em muitos prédios de arquitetura futurista. No 35º andar, a 160 metros de altura, em um desses prédios, encontra-se o Sky Garden, um jardim onde é obrigatório ir. Desfrutar de uma vista panorâmica da cidade de Londres de forma gratuita, em 1998, só era possível desde Hampstead Heath, uma zona verde localizada a norte, numa colina com cerca de 100 metros de altitude, em Hampstead, um bairro ligado à classe rica da sociedade Britânica. Lá do alto é possível observar ao longe a imensidão da cidade, vislumbrar a zona da Square Mile, nos dias de hoje bastante modificada com o aparecimento de novos edifícios com arquitetura futurista, prolongando-se pela linha do horizonte até Greenwich, outro local onde estive em 1988, ainda o Cutty Sark não tinha ardido e o Canary Wharf nas Docklands, era o edifício mais alto da Europa. Hoje existem diversos pontos onde podemos desfrutar, em plena zona central, de uma vista panorâmica da cidade, sendo o Sky Garden, um deles, que nos oferece gratuitamente (mas convém marcar antecipadamente a hora da visita online) uma experiência soberba e inesquecível. É recomendado lá ir ao pôr do Sol. Esta foi a minha primeira paragem prevista no programa que ocorreu ao início da tarde no dia da chegada.
Torre de Londres
Zona Sul Londrina vista desde o Sky Garden
Tower Bridge vista desde o Sky Garden
Square Mile e Greenwich vistas desde o Sky Garden
Square Mile com destaque para o Sky garden
Sky Garden- Londres
Também visível lá do alto do Sky Garden, a Catedral de São Paulo que fica ali perto. Um dos edifícios mais emblemáticos da cidade. É devido à sua existência que Londres não possui arranha céus na zona central, pois a vista das zonas históricas para a Catedral de São Paulo não pode ser obstruída. Esta Catedral Anglicana foi construída em 1710 no local onde sempre existiram templos religiosos. Ali existiu um dólmen e posteriormente um templo Grego. Este templo foi substituído pela igreja mais antiga da Inglaterra, construída no ano 604. Dada a sua construção em madeira, foi um dos diversos edifícios afetados pelo incêndio de 1666. Reconstruída em diferentes ocasiões acabou por se tornar naquele enorme edifício. Ali foram levadas a cabo as cerimónias do casamento do Príncipe Carlos com a Princesa Diana, e do funeral de Winston Churchill. A sua arquitetura destaca-se pela enorme cúpula visível a larga distância, sobretudo desde a Millennium Bridge (que não existia em 1998) de onde é um regalo tirar fotos, o que dias depois marcou o final da minha viagem.
Catedral de São Paulo
Catedral de São Paulo e Millennium Bridge
Catedral de São Paulo
Mais a Oeste, quando atravessamos a Westminster Bridge, encontramos outro dos símbolos da cidade, provavelmente o mais famoso, o relógio mais conhecido em todo o Mundo, o edifício que por todo o lado tem servido de modelo a outros, a Elizabeth Tower, assim se passou a chamar em 2012 para marcar o Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II. A torre contém o maior relógio de 4 lados do Mundo. Big Ben, apesar de ser assim erradamente chamada a torre, é de facto o nome dado ao seu enorme sino com quase 14 toneladas, cuja melodia que emite dando horas, é famosa em todo o lado. Todos os anos assistimos nas televisões, à entrada no ano novo em Londres, o mesmo horário de Lisboa, marcado pelo toque do Big Ben, na altura em que a outra metade do planeta já se encontra no ano seguinte. Junto à torre (Big Ben) localizam-se as Casas do Parlamento, onde estão instaladas as duas Câmaras do Parlamento do Reino Unido: a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes. Atravessar a Ponte de Westminster, uma das várias que atravessa o Rio Tamisa, e contemplar este monumento e o seu enquadramento na paisagem é o momento mais marcante de uma viagem a Londres. Em 1998 ainda não existia a tal Roda do Milénio, o London Eye, que hoje se tornou outro dos emblemas paisagísticos justificando assim uma ida à margem sul.
Nas imediações do Parlamento, além da Abadia de Westminster, um dos importantes edifícios religiosos, de arquitetura Gótica, onde vários monarcas foram coroados, existem diversos edifícios governamentais, a residência oficial do Primeiro Ministro, atualmente é Boris Johnson, no número 10 da Downing St, uma rua que recentemente se encontra encerrada a pedestres por razões de segurança. Também “The Household Cavalry Museum” onde é possível ver o render dos guardas e até posar com eles à distância.
London Eye
Elizabeth Tower (Big Ben) e Casas do Parlamento visto desde a Westminster Bridge
Cabine telefónica, uma imagem de marca, tal como a Elizabeth Tower (Big Ben)
Downing Street
The Household Cavalry Museum- Londres
Trafalgar Sq, a dois passos, uma das praças mais famosas em todo o Mundo, ostentando vários edifícios importantes e no centro a estátua de Nelson, um antigo oficial da Marinha Real Britânica, para muitos, o maior génio em estratégia naval de sempre, que perdeu a vida ao serviço da pátria, na batalha de Trafalgar, levada a cabo no Mar Mediterrâneo, perto do Estreito de Gibraltar, impedindo que Napoleão conseguisse alcançar o domínio sobre o Canal da Mancha e por essa via conquistasse a Inglaterra.
Trafalgar sq, Igreja St Martin-in-the-Fields
Trafalgar sq, estátua de Nelson – Londres
Ir a Londres, é fulcral uma passagem pelo Piccadilly Circus, o cruzamento mais famoso. Um local mágico onde confluem diversas ruas onde de dia é um prazer ver as suas montras e fazer compras, conforme o poderio económico de cada um. De noite com as luzes de néon, o ambiente é encantador, e nas suas imediações com aquelas suas ruas carregadas de vida, sobretudo o Chinatown (Bairro Chinês) com as suas ruas iluminadas com luzes vermelhas que me fizeram sentir novamente na China ao fim de mais de 5 anos! Vermelho, mas em sentido figurado, é o Soho, o bairro associado à “má” vida noturna (e diurna…) mas também cheio de restaurantes de luxo, bares e teatros, ou não se trate de um dos centros nevrálgicos da West End. A zona onde se concentram grande parte dos cerca de 250 teatros da cidade, sendo o equivalente Europeu à Broadway Norte Americana. A West End engloba a Oxford Street, a Mayfair, a Marble Arch, a Leicester Square, e Covent Garden que a limita a este e o Piccadilly Circus que a limita a oeste. A sul é limitada pela Trafalgar Square, e pela Tottenham Court Road a norte. Assistir a um musical da West End é garantia de desfrutar de um espetáculo mundialmente grandioso e carismático. Apesar dos preços serem elevados, comprando com antecedência os bilhetes podemos ficar surpreendidos com as pechinchas que conseguimos encontrar! O Fantasma da Ópera, Os Miseráveis, O Rei Leão, Chicago, são alguns dos famosos musicais em cartaz.
Piccadilly circus- Londres
Chinatown – Londres
Soho – Londres
Tive oportunidade de ver ao vivo no Teatro Aldwych o musical “Tina”. Com antecedência superior a um ano, comprando online, consegui garantir um dos 4 bilhetes mais baratos, pela módica quantia de 10 Libras! Era para a última fila, mas via-se relativamente bem, na penúltima fila, não havia muita diferença a não ser nos preços que já eram de 35 Libras! O musical trata da biografia de Tina Turner, desde as suas origens humildes em Nutbush no Tennessee (EUA), os problemas e abusos, nomeadamente de violência doméstica que sofreu durante o casamento com Ike Turner, a forma como ultrapassou todos os obstáculos e se tornou rainha do Rock ‘n’ roll. A história termina quando a sua carreira atinge o apogeu, em 1988, ao cantar no Rio de Janeiro para cerca de 200.000 pessoas no Estádio Maracanã. Tina Turner, agora cidadã Suíça, octogenária, em breve vai retirar-se em definitivo da vida artística. Este musical, que está sendo exibido em várias cidades, vem no seguimento do filme Tina (2021), um documentário sobre a vida da artista que marca o seu final da carreira.
Além dos Musicais, a Ópera é outro dos espetáculos da West End. Londres possui uma das 5 salas de ópera consideradas entre as melhores do Mundo, tendo em conta a sua conceção e acústica, o seu reportório e os artistas habituais, a Ópera Real de Covent Garden. As outras 4 são a Ópera de Viena, o Teatro Scala de Milão, a Ópera Nacional de Paris e o Teatro Colón de Buenos Aires. Os bilhetes mais baratos começam nas 11 Libras, apesar da visibilidade para o palco ser reduzida, é certamente uma oportunidade de conhecer por dentro o edifício e desfrutar de um espetáculo grandioso, mesmo que não sejamos apreciadores. “Sansão e Dalila” estava em exibição quando lá passei, no dia da chegada. Até poderia ter ido e ainda havia bilhetes dos mais baratos, no entanto optei por ir passear de noite pelas ruas por onde não andava há muitos anos…
Teatro Aldwych, cartazes do musical Tina – Londres
Teatro Aldwych- Londres
A Inglaterra é uma Monarquia. “God save the Queen” é a letra do seu hino. A importância que é dada pelo povo aos monarcas é altíssima, à semelhança das Monarquias do Norte da Europa. Ainda recentemente o país parou para prestar homenagem à Rainha Isabel II que comemorou o Jubileu de Platina. O Palácio de Buckinghan é a residência oficial da monarca e da sua corte. Mais distante, em Kensington,separados enormes áreas verdes, como por exemplo o Hyde Park, um enorme local de romaria nos dias de sol, algo que em Londres, uma cidade sombria e com muito nevoeiro, é raro, encontra-se o Palácio de Kensington. É atualmente a residência oficial de outras personalidades ligadas à Monarquia, entre as quais o Duque e a Duquesa de Cambridge: William, o filho de Carlos e Diana, e Kate, sua esposa. Diana, que foi chamada de “Princesa do povo” também ali viveu, na opulência mas não na felicidade, e o seu fim de vida, em Agosto de 1997, foi marcado por uma tragédia, para muitos ainda por explicar. Em 1998 ainda se colocavam flores à porta do Palácio de Kensington. Diana perdeu a vida juntamente com Dodi Al Fayed, em Paris, com quem teria um caso amoroso, fugindo aos paparazzis despistou-se a alta velocidade. Dodi, filho de Mohamed Al Fayed proprietário dos Harrods, uns grandes armazéns de artigos de luxo, situados em Knightsbridge que visitei em 1998 tendo simbolicamente adquirido um saco de pano, azul, com o logotipo “Harrods” bem destacado!
Knightsbridge, Armazéns Harrods, 2022
Kensington, Exibition Rd
“Kensington and Chelsea”, assim é chamado este distrito (borough) que é tido como a zona mais rica da cidade, onde abundam propriedades de luxo de vários milhões de Libras. Chelsea, o bairro mais “fino” de Londres, também é famoso por sediar um clube de futebol que nas últimas décadas cresceu à custa de muito investimento de um multimilionário Russo, tornando-se uma potência do futebol internacional.
Inglaterra foi onde o futebol nasceu há mais de um século. É o país que neste momento possui o campeonato nacional mais importante e competitivo do Mundo, a Premier League. Mesmo a League One (segunda divisão) tem uma enorme competitividade e é carregada de estrelas. Com muitos clubes históricos, possuidores de palmarés invejáveis, alguns com troféus internacionais, e com muitos adeptos que presenciam os jogos, enchendo estádios, entoando cânticos e vibrando como em mais nenhuma parte do Mundo pode ser visto.
Londres sedia 17 clubes com enorme historial carregado de conquistas e possuidores do seu próprio estádio. Além desses estádios existe o majestoso Wembley, provavelmente o palco mais importante do Mundo. Para visitar esta listagem seriam precisos vários dias e no mínimo uns 400€!
O futebol faz sempre parte das minhas viagens. Já visitei imensos estádios de futebol pelo Mundo fora, já assisti a jogos de futebol, já prestei tributo a Maradona e a outros heróis e até uma ministros do Desporto e da Segurança, já passaram ao meu lado quando visitei a Polónia.
Em 1998 tive oportunidade de visitar o Wembley, o antigo, entretanto demolido dando lugar ao atual, um recinto ultra moderno, e ainda consegui entrar em Stamford Bridge, casa do Chelsea, entretanto remodelada, e ver uns minutos de um jogo do campeonato, contra o Newcastle, sem pagar. Consegui ver o Alan Shearer, a estrela do campeonato, David Beckham e Michael Owen ainda emergiam, Gascoigne começava a entrar em decadência e Cantona já se tinha retirado no ano anterior, vivendo agora em Lisboa e assume ser adepto do Sporting!
Antigo Estádio de Wembley, 1998
Stamfor Bridge, 1998
Desta vez, estádios de futebol não estiveram na agenda, mas estiveram antigos futebolistas. Tive o prazer de conhecer pessoalmente o Idalécio Rosa. Depois de conversarmos no Facebook na página “Velha Guarda da Bola”, dedicada a antigas glórias, combinamos nos encontrar em Londres, onde ele vive. Um grande centralão com quase 2 metros de altura, que passou pelo nosso campeonato. Jogou no Braga, Rio Ave e Nacional, entre outros clubes. Um enorme prazer ter ido tomar café com tão ilustre personalidade. Atualmente encontra-se fora do mundo do futebol, vivendo no anonimato, com a família, há cerca de dez anos por aqueles lados, construindo uma carreira profissional em diversas áreas ligadas à gestão de equipas no setor da restauração e dos edifícios empresariais. Engraçado, a quem pedimos para tirar a foto, quando me ouviu falar em Benfica, questionou logo se éramos Portugueses. Mal ele imaginava de quem um nós se tratava…
O Idalécio, a viver há tantos anos em Inglaterra, já é “British gentleman” e um cidadão do Mundo e também já se tornou um seguidor dos Amantes de viagens. Benfiquistas, Sportinguistas e Portistas não esquecerão os golos que o Idalécio lhes marcou, como aquele ao Preud’homme na 1ª jornada de 1996/97, ao serviço do Braga, os anos negros do meu clube, no último minuto que nos tirou dois pontos! Os Benfiquistas que não se lembrem, basta pesquisarem no YouTube…
Com o Idalécio Rosa, uma antiga glória do futebol Português, que vive em Londres
Além de futebol e espetáculos da West End, Londres é uma cidade com uma enorme oferta lúdica e cultural. Possui diversos monumentos, palácios e museus listados entre os melhores e mais visitados do Mundo. Dos cerca de 50 museus e galerias existentes na cidade, existem diversos que são de entrada gratuita desde o ano de 2001, nomeadamente os museus nacionais, no entanto é necessário reservar com antecedência online. Para visitar todos, ou parte desses museus gratuitos de Londres, serão necessários vários dias. Uma visita rápida, que não se torne enfadonha, digamos assim, dura cerca de 3 horas. Em 4 dias que passei em Londres, visitei 6 museus. À semelhança de outros museus que visitei em outros países, tive a oportunidade e o privilégio de ter passado algum tempo junto de algumas das obras de arte mais famosas do Mundo ou de outros artefatos que fizeram História. Não me tornei um “expert” no assunto, mas em todos eles aprendi algo e saí um pouco mais culto e informado do que entrei!
A listagem dos Museus Londrinos que visitei fica assim:
Visitei-o em 1998, voltaria de boa vontade, porém os valores exorbitantes dos bilhetes e as outras coisas planeadas na minha agenda, tiraram-me fora essa ideia. Quem pretende visitá-lo pela primeira vez, nem sequer deve pensar duas vezes, pois irá concluir que as libras gastas foram muito bem empregues, e é uma coisa que se faz uma vez na vida!
Museus de cera existem muitos pelo Mundo fora, mesmo com a chancela “Madame Taussaud´s” , mas como este, localizado em Londres, não existe nenhum! Funciona desde 1884.
Tudo começou em 1835 quando Marie Tussaud estabeleceu a sua primeira exposição de figuras de cera em Londres, tal foi o sucesso que até hoje se mantém.
Ali podemos ver de perto figuras de cera que representam à escala real muitos famosos, do mundo das artes, do desporto, da família real, da política e até mesmo criminosos famosos! É também possível viajar através do tempo, a bordo de um dos táxis pretos e reviver a História de Londres.
Guardo para sempre as minhas fotos (na altura de rolo…) com Eric Cantona, Jurgen Klinsmann e Bill Clinton, numa altura em que se falava de uma tal estagiária da Casa Branca chamada Mónica…
Inaugurado em 1917, este museu de guerra é uma enormidade, sendo considerado como dos melhores a nível mundial. O Reino Unido participou em diversos conflitos na História da Humanidade com destaque para as duas Grandes Guerras. O material bélico lá exposto inclui diverso armamento, destacando-se a artilharia pesada, os tanques, as bombas e até aviões.
Impressionante a forma como se encontram reconstituídas as trincheiras da I Guerra Mundial, que nos transporta no tempo e nos faz reviver como personagem o filme 1917 (2019). Também é impressionante o mural de Saddam Hussein construído com diversos mosaicos, possivelmente trata-se de um troféu de guerra trazido do Iraque aquando da participação do Reino Unido na I Guerra do Golfo nos anos 90. A área dedicada ao Holocausto é arrepiante, sobretudo para quem já visitou locais horríveis como campos de concentração construídos pelos Nazis com vista ao extermínio do seu semelhante.
O Terrorismo e as suas consequências não deixa de estar representado, por exemplo com de peças da estrutura metálica do World Trade Center, recuperadas dos escombros, após os ataques de 11/9/2001. O nascimento e expansão do Comunismo na Europa e pelo Mundo, também é referenciado ou não fizesse parte da História e não tivesse sido implementado em contexto de guerras, revoltas sociais e crises económicas.
A minha “carreira militar” não passou de um dia e meio, fui à inspeção e passei à Reserva territorial, não sou entendido em assuntos bélicos, não tenho conhecimento para tirar o máximo proveito de um museu com estas características, se assim fosse teria de lá passar vários dias, mas posso afirmar que até hoje foi o melhor museu de guerra que visitei. A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.
Apesar da sua localização já ser a alguns quilómetros, deste museu faz parte um anexo, o “Churchill War Rooms” e o Museu de Wiston Churchill. Aqui a entrada custa 29 Libras, que inclui a visita às salas usadas pelo gabinete de guerra comandado pelo Primeiro Ministro, Winston Churchill durante a II Guerra Mundial, que se encontram preservadas e restauradas, por onde se escreveu História. Apesar do custo exorbitante, o que me tirou essa ideia fora, é conveniente reservar atempadamente.
A RAF-Royal Air Force é a força aérea independente mais antiga do Mundo. Teve papel preponderante em diversos conflitos armados em que o Reino Unido entrou. Este museu aeronáutico expõe ao longo de diversos hangares uma enorme quantidade de máquinas voadoras utilizadas nesses conflitos armados e o seu material bélico. Grande destaque para o hidroavião da II Guerra Mundial, o “Short Sunderland MR5” onde podemos entrar e explorar o seu interior. Os amantes da aviação necessitarão de passar aqui alguns dias, e tirarão certamente bem mais partido do que eu, pois apenas aqui passei 2 horas. Localiza-se em Colindale, na zona 4, acessível de metro, portanto já fora da zona central pelo que há que ter esse fator em conta. A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.
Este museu foi fundado em 1753, tendo sido o primeiro museu nacional público do Mundo. É atualmente um dos 5 museus mais visitados a nível mundial e em muitos anos tem sido a atração turística mais visitada a nível nacional. O visitante fica apoderado de um certo sentimento de revolta quando aqui chega. A Inglaterra foi um dos países com colónias pelo Mundo inteiro, à semelhança de Portugal, Espanha ou França. A Inglaterra é uma ilha, Napoleão por exemplo, nunca a conseguiu conquistar, mas ao longo da História, os Ingleses conquistaram muita coisa e muito do que ali se encontra é oriundo dessas conquistas. O seu acervo, que segundo eles, é património da Humanidade, é constituído por cerca de 8 milhões de peças, no entanto apenas uma pequena parte se encontra exposta. Da arte antiga dos 5 continentes, destaco a exposição de múmias do Egito e as Mármores de Elgin que os Gregos reivindicam serem suas, pois pertenciam ao Parthenon, os frisos dos capitéis, levados da Grécia para a Grã-Bretanha em 1806 por Thomas Bruce. Muito material proveniente do Parthenon pode ser visto no Museu da Acrópole em Atenas, onde certamente se verão menos Gregos para visitar, do que os Gregos para recuperarem aquilo que foi deles…
A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente. Existem exposições temporárias cuja entrada é paga, cerca de 20 Libras.
Localizado na Exhibition Rd, uma rua que dá acesso a vários museus, em Kensington, é um dos mais visitados do país. À semelhança de outros de igual temática espalhados pelo Mundo, contém uma sala central que alberga um gigantesco esqueleto de um dinossauro. A exposição, com mais de 70 milhões de objetos e espécies relacionadas com o Mundo Natural, aborda a Terra e as diferentes formas de vida que surgiram e evoluíram no nosso planeta. Charles Darwin, um naturalista, geólogo e biólogo é figura central.
Construído em 1880 para receber uma grande coleção de esqueletos, fósseis e plantas que até então formavam parte do Museu Britânico. Ao longo do tempo a coleção do museu foi crescendo e em 1986 absorveu o Museu Geológico, que estava nas redondezas. A exposição de pedras semipreciosas é brutal! Das minhas viagens, as pedras semipreciosas compõem vários souvenirs. Procurei e encontrei entre outras, a rodocrosita da Argentina e o lápis lazúli do Chile que me fizeram reviver a última grande viagem! O museu é excelente, no entanto na minha opinião não supera o de Nova Iorque. A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.
Localizado ao lado do Museu da História Natural, desde 1928, alberga mais de 300 mil objetos que formam as coleções de ciência, tecnologia, indústria e medicina mais completas do Mundo.
Grande destaque para a máquina de vapor de Newcomen (1712), a máquina calculadora de Babbage (1832) e o módulo de comando de Apollo X (1969).
Ao longo dos sete pisos estão expostos carros, aviões, motores, turbomáquinas e diversas invenções que marcaram a História. As áreas desde o início da informática até a evolução da medicina, a história das viagens espaciais e o avanço das telecomunicações são impressionantes.
O museu é excelente, no entanto não me impressionou tanto como o Deutsches Museum que visitei em Munique. A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.
Localizada em Trafalgar sq, este enorme museu de arte expõe cerca de 2300 pinturas que datam de meados do século XIII ao início do século XX. Obras de Rembrandt, Caravaggio, Picasso e Van Gogh são das mais procuradas. Os entendidos em arte necessitarão de passar ali várias semanas. No meu caso foi uma volta rápida pelos corredores. A “Ceia em Emaús”, “David com a cabeça de Golias” e o “Rapaz Mordido por um Lagarto”, são as obras de Caravaggio, expostas. Junto a estas as que vi o ano passado em Malta, “A Decapitação de S. João Baptista” e “São Jerónimo escrevendo” e quem sabe se um dia me sai um automóvel num concurso de televisão! E o que dizer de “Dois caranguejos” de Van Gogh? Só faltava mesmo uma cerveja bem gelada!!!!
A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.
Trafalgar sq, Galeria Nacional- Londres
Galeria Nacional, Van Gogh, A cadeira de Van Gogh com cachimbo, 1888
Galeria Nacional, Mulher com um livro, Picasso, 1932
Galeria Nacional, Claude Monet, O Museu em Le Havre, 1907
Galeria Nacional, Caravaggio, Rapaz Mordido por um Lagarto, 1594
Galeria Nacional, Caravaggio, A Ceia em Emaús, 1601
Galeria Nacional- Londres
Em relação à gastronomia, afirmar que Inglaterra, e, por conseguinte, os restantes países pertencentes ao Reino Unido, não possuem é consensual e nem sequer é ofensivo. Os Britânicos são os primeiros a reconhecer este facto, sobretudo quando visitam o nosso país, refiro-me àqueles que se interessam por fazer turismo diferente do turismo da bebedeira e dos desacatos…
Nas Ilhas Britânicas a cultura dos pubs é fortíssima. Ao final do dia estão cheios. As pessoas saem do trabalho, pois a vida por lá começa e acaba bem cedo, assim como a vida noturna, e dirigem-se aos pubs! Ao final da tarde é comum a enorme romaria e qualquer turista terá um enorme prazer em fazer o mesmo! O ambiente num pub é descontraído, amistoso e divertido, apesar de muitas marcas de cerveja lá servidas não serem de boa qualidade para os nossos padrões, sem gás e servidas à temperatura ambiente…
O “pint”, que corresponde a 568 ml, é certamente a unidade de medida fora do Sistema Internacional (SI) mais conhecida no Mundo inteiro. Entrar num pub e pedir um “pint” de cerveja à pressão, ou para os mais equilibrados, um “half pint”, é tradicional.
As refeições servidas nos pubs são também as mais tradicionais no Reino Unido. Além do fish and chips (peixe frito com batata frita) há pratos de carne de vaca e de frango. Os bifes, preparados de diversas formas são bastante apreciados em Terras de Sua Majestade, daí os seus habitantes serem por nós alcunhados de “Bifes” e “Bifas”, estas últimas sobretudo no Algarve…
O fish and chips é um prato com reminiscências do século XIX, quando a pesca por arrasto no mar do Norte se desenvolveu, e deste modo tornou-se fácil encontrar um alimento barato e de preparação rápida para a classe operária. Dos vários peixes utilizados nesta iguaria, o bacalhau é um deles, apesar de muitos estabelecimentos de forma fraudulenta usarem peixe panga, proveniente do Vietname, vendendo assim “gato por lebre”.
Dos bifes, experimentei o British steak & ale pie, e o famoso Sunday roast, o típico manjar de almoço Domingueiro. Duas refeições típicas de pubs, o primeiro trata-se de uma torta recheada com bife estufado, leia-se mais molho que carne, servido com batata frita e legumes cozidos, o outro trata-se de bife grelhado acompanhado também de legumes cozidos (mas servidos num prato separado) e Yorkshire pudding que é uma espécie de pão, feito com farinha, ovos e leite, assado em formas de metal, as mesmas que são usadas para fazer queques, untadas com gordura. Os pratos são acompanhados com o molho “chippie sauce” servido numa pequena caneca. Trata-se de um molho castanho escuro, feito com tomate, melaço, tâmaras, maçãs, tamarindo, especiarias, vinagre e por vezes passas.
Sunday Roast – Londres
Sunday Roast- Londres
Fast food Indiano
Comida Libanesa
British steak & ale pie
Em Londres podemos provar especialidades, não só da Europa como de vários cantos do Mundo, Portugal incluído, mesmo em forma de fast food, Asiática em grande escala, sobretudo Indiana e Chinesa, e até mesmo de países que não temos qualquer intenção de visitar, como a Somália por exemplo. Nos mercados, nomeadamente no Borough Market junto à estação de London Bridge, podemos encontrar muitos alimentos frescos, peixe, carne, frutas, até mesmo frutas do Sudeste Asiático como o durian, e também “street food”.
Borough Market, loja de especiarias
Borough Market, talho
Borough Market, peixaria
Borough Market, frutas do Sudeste Asiático
Borough Market, frutas do Sudeste Asiático, Durian
Foi junto ao Borough Market que me encontrei com o André Louçã. O tempo era pouco, pois para ele era dia de trabalho, combinamos no Facebook e aproveitamos a sua hora de almoço para no paredão junto ao Tamisa, com vista para a Catedral de São Paulo desfrutarmos de um mini piquenique, à boa maneira local, típico dos dias solarengos! Ele comeu paella e eu caril de frango. O André é Algarvio, foi meu colega dos tempos em que praticavamos Krav Maga, ali para os lados da Alameda D. Afonso Henriques. Nesse tempo, o André que é cerca de 12 anos mais novo que eu, era um jovem que estudava Engenharia Informática no Instituto Superior Técnico, entretanto formou-se e há cerca de dez anos vive em Londres, onde na sua área já tem uma carreira consolidada e de sucesso. Também adora viajar pelo Mundo, já constituiu família, e o seu filho com pouco tempo de vida já foi por exemplo ao Hawaii. O André há muito que se tornou um British, até no sotaque se nota, mas sobretudo na mentalidade, aberta, tolerante e evoluída, tal como no Norte da Europa, muito diferente da Lusitana mesquinhez e das pessoas invejosas que por cá encontramos em todo o lado!
Com o André Louçã, engenheiro informático, meu antigo colega de Krav Maga, que vive em Londres
O André e a filha do Idalécio, que se formou recentemente em psicologia forense, são apenas dois dos muitos jovens altamente qualificados que certamente passarão o resto das suas vidas a viver e trabalhar no estrangeiro, onde poderão auferir um nível salarial condizente com aquilo que estudaram e com a profissão que exercem. E assim Portugal vê passar ao lado a geração mais qualificada de sempre. Só os políticos demagogos afirmam que os jovens e menos jovens, com grandes qualificações, pretendem voltar para Portugal e quem os elege acredita nesse “conto do vigário”!
Em 1998, Londres já era uma cidade extremamente cara, e hoje continua a sê-lo! De todos os locais em que entretanto estive, posso assegurar que nenhum deles a alcançou. No Reino Unido os salários atingem padrões elevados comparativamente aos países do Sul da Europa. Londres tem um custo de vida muito superior às outras cidades e por conseguinte os salários são mais elevados. A título de exemplo, um salário anual de 30 mil Libras é considerado um salário baixo!
Para o turista, o custo das deslocações, os transportes, apesar de muitos percursos no centro da cidade se fazerem caminhando, a alimentação, uma refeição económica facilmente atinge os 25€ , o alojamento, mesmo num dormitório de 6 camas (2 beliches), ronda os 40€/noite, são as maiores parcelas dos seus gastos. Porém é possível no restante fazer umas férias mais em conta. Caminhar pelas ruas por enquanto não se paga, e há muita coisa para ver! A cultura, como referi anteriormente, o facto dos museus nacionais serem gratuitos, e os espetáculos na West End ser possível com antecedência conseguir excelentes preços, são oportunidades que não se devem desperdiçar. Visitar locais onde a entrada é paga, por exemplo museus, palácios e monumentos custa em média de 25 Libras para cima, sendo uma opção de cada um em função do tempo disponível e de quanto pretende gastar.
Aviso, loja só aceita pagamento em cartão
Geladaria. Os pedidos e pagamentos são feitos de forma automática nestes ecrãs disponíveis
A Libra é uma moeda mais forte que o Euro e isso influi imenso nos custos de uma estada no Reino Unido, nomeadamente em Londres, a cidade mesmo para os Ingleses é considerada cara! Resta referir que muitos estabelecimentos de restauração e bebidas já não aceitam pagamentos a dinheiro vivo (cash), só dinheiro de plástico (card e contactless). E muitas vezes os pedidos e pagamentos são feitos de forma automática em ecrãs disponíveis, recolhendo-se depois o artigo no balcão, chamando pelo nome, que é introduzido no sistema. Duas novas expressões, “cashless” e “money friendly”, esta última fui eu que inventei! A Pandemia criou novos hábitos na vida das pessoas que vieram para ficar, como o teletrabalho que existe em larga escala, sendo os escritórios utilizados pontualmente para reuniões.
Muito mais há a dizer de Londres. Para isso terei de voltar mais vezes, seja de passagem ou no regresso de outras paragens pelo Mundo fora, ou seja, numa altura em que decida ali passar mais uns dias.
“I LOVE LONDON”
Trafalgar sq, 1998
Torre de Londres, 1998
Hampstead Heath, 1998
Foto em 1998, voltei quase 24 anos para tirar outra no mesmo local
Alguns destinos de praia menos conhecidos pela Europa
Texto & Fotos de António Ribeiro
Escolher um destino para as férias de verão (praia), nem sempre é uma tarefa fácil; quer seja pelo orçamento, se vamos com amigos ou em família, se pretendemos conhecer um pouco mais além só da praia, etc.
Deixo aqui algumas sugestões de locais menos conhecidos na Europa por onde passei, bem como algumas dicas.
sunset in Burgas
Burgas, Nessebar / Sunny Beach e Varna – Bulgária
A costa do mar negro que apesar de não ser a primeira escolha por certo, é no entanto um local a ter em conta, esta zona costeira da Bulgária oferece boas praias, preços em conta e permite ainda explorar as cidades num âmbito mais cultural e histórico, um dos destaques vai para Nessebar, que é uma cidade-museu, deslumbrante que é inclusive património mundial da Unesco desde 1983.
A cidade de Varna que é a terceira maior cidade da Bulgária e oferece bastante para ver, tendo um centro histórico bonito, e claro contando ainda com praia; Burgas é também uma simpática cidade costeira, sendo a que fica mais perto de Nessebar (1h de bus, cerca de 35km), de salientar também, talvez aquele que é o ponto mais conhecido desta região, que é Sunny Beach, esta zona que fica junto de Nessebar (cerca de 5km, embora esteja ligado em toda a zona costeira) e que é considerada a “nova Magaluf”, ou a “Ibiza Oriental” é sem dúvida um local de muita animação, embora seja uma zona apenas com hotéis, apartamentos e vários bares, a verdade é que adorei esta zona, além de boa praia tem uma animação fantástica.
Sunny Beach, Bulgária
Nessebar, Bulgária
Nessebar, Bulgária
Para chegar aqui podem fazer como eu,e ir até à capital Búlgara Sofia, seguindo depois de Bus ou comboio, para Burgas ambos demoram cerca de 6h; contudo quer Burgas ou Varna têm aeroporto, temos voos baratos para outras cidades Europeias; Wizzair, Ryanair e Easyjet, são algumas das companhias que operam nestes aeroportos.
A moeda na Bulgária são as Levas (BGN), 1€ é cerca de 2 BGN; o indicativo telefónico é: +359; o fuso horário é de mais 2h que em Portugal e o alfabeto é o Cirílico.
São zonas calmas e tranquilas (um pouco mais de loucura em sunny beach, mas nada de especial).
Montenegro é um país a ter em conta nas férias de verão, é um local barato, que ainda não tem uma massificação de turismo, o que torna a estadia mais calma podendo usufruir de tudo de forma mais intensa.
Além da beleza do mar adriático as paisagens de Montenegro tem um encanto pelas sua várias montanhas e pequenas ilhas tornando um cenário diferente do que na maioria da vezes vemos num destino de praia, mesmo que a areia em algumas praias, não seja tão fina, a verdade é que é achei ser um prazer conhecer toda esta zona costeira e desfrutar das praias rodeadas de montanhas e a água do mar adriático.
Sveti stefan, Montenegro
Embora o mais conhecido e destino badalado seja Kotor, sendo que inclusive alguns barcos de cruzeiro passam aqui, fui até Tivat, que é uma cidade portuária muito simpática e acolhedora, ficando num hostel muito bom numa zona mais montanhosa, Hostel Anton, ótimo para relaxar.
Para quem procura mais diversão, uma descoberta que fiz e fiquei deslumbrado foi Budva, além de ter das melhores praias e também um centro histórico muito bonito, sendo que fica entre muralhas e merece pelo menos uma tarde para ver e percorrer estas ruelas; junto de Budva, acerca de 9 km do centro (cerca de 6km junto da costa, sendo que é fácil apanhar um bus local para aqui) temos aquele que é um dos cartões postais de Montenegro, “Sveti Stefan”, que é uma ilhota (com uma pequena ligação por terra) e que é um resort de 5 estrelas, parece uma mini aldeia numa pequena ilha, (os preços para dormir aqui são muito muito elevado) o cenário é absolutamente deslumbrante, podem ainda ir às praias junto da entrada do complexo. Embora Kotor seja um destino mais popular, estes são mais dois a acrescentar a este “jovem” País dos Balcãs, Montenegro..
Nightlife em Budva
Para chegar aqui podem ir até Podgorica, a capital Montenegrina, que tem voos baratos para várias cidades Europeias; Wizzair e Ryanair são algumas companhias que operam aqui; outra opção é ir, ou caso se visitarem Dubrovnik (Croácia), que fica a uma viagem de cerca de 3h de bus.
A moeda de Montenegro é o Euro, o indicativo é +382, o fuso horário é de +1h do que Portugal e o domínio de internet é: .me.
As cidades são seguras e tranquilas, a comunicação é fácil sendo que facilmente encontramos alguém que fale inglês.
A Croácia é um país que além de também ter preços convidativos, tem um leque de oferta de destinos de praia enorme; Split, Zadar, Pula, Rijeka, isto sem contar com as várias ilhas como por exemplo Hvar (a ilha de maior diversão), são apenas alguns dos destinos que a Croácia tem para oferecer, podendo desfrutar de boas praias na costa do mar adriático., bem como muito para conhecer.
Uma das ilhas em frente a Dubrovnik
Estive apenas em Dubrovnik, aquando da minha viagem também a Montenegro e Bósnia Herzegovina; a cidade que ficou ainda mais conhecida devido à série “Guerra dos Tronos”, é um verdadeiro tesouro medieval; o centro histórico rodeado por muralhas é um encanto, a pedra calcária com uma forte presença dá uma beleza significativa a este centro histórico. Dubrovnik é um destino onde além desta bonita cidade podemos descobrir várias praias a seu redor, algumas mais pequenas, mas muito acolhedoras, algumas num cenário quase que parece rural, talvez o encanto sobretudo seja por não ser simplesmente uma faixa costeira de areia, repleta de hotéis e bares.
Acho sobretudo um bom destino para se juntar com outras cidades na Croácia ou às suas ilhas próximas, uma visita a Mostar na Bósnia Herzegovina, ou até Montenegro, ou ainda alugar um carro para explorar mais à sua volta.
Dubrovnik
Dubrovnik visto de cima
Para ir para Dubrovnik temos voos baratos de várias cidades Europeias; Vueling, Wizzair, Ryanair, Easyjet e Volotea, são algumas das companhias que operam neste aeroporto. Obus vai do aeroporto para a cidade demora cerca de 30 minutos e custa em torno dos 8€.
A moeda da Croácia é a Kuna, 1€ – 7.5 HRK (Kn), o indicativo telefónico é +385, o fuso horário é de + 1h que Portugal e domínio de internet é: .hr
A cidade é tranquila e segura, a comunicação é fácil sendo que a grande maioria das pessoas falam bem inglês.
Para quem procura tranquilidade, talvez até sobretudo para quem vai com crianças, os nossos vizinhos Espanhóis, têm uma pequena jóia por descobrir, La Manga del mar menor; é uma extensão de terra, como que um pequeno troço, com cerca de 22 km de comprimento e que basicamente divide o “mar menor”, do mediterrâneo.
O mar menor é um enorme lago de água salgada, com águas cristalinas, pouco profundas e sem ondas, com a particularidade de devido a estes fatores as suas águas se tornarem bastante quentes; ideal para quem quer relaxar desfrutar num ambiente tranquilo e relaxar em águas quentes.
É um local peculiar, não só pela sua geografia, mas por também por proporcionar a sensação de águas que lembram um destino tropical, bem como o facto de que esta faixa de terra que tem cerca de 100 metros de largura, permitir por exemplo, ao estar numa zona central, ficarmos a cerca de 50 metros do mediterrâneo e a outros tantos (ou menos) do mar menor, algo fantástico.
Confesso a surpresa ao conhecer toda este cenário bem diferente e claro sobretudo pela temperatura da água, a minha amiga Teres (que conheci em Benidorm e me aconselhou este destino, e que aproveito para agradecer, “gracias Teres”), que já aqui veio algumas vezes, aconselha também ir até á parte do lado do mar menor (do outro lado de La Manga), por exemplo em mar de crystal.
Para chegar aqui penso que a melhor forma é de carro, quer pela facilidade de chegar, quer para posteriormente poder percorrer esta zona; embora Múrcia tenha aeroporto, sendo o mais próximo, o aeroporto que oferece voos diretos para Portugal, é o de Alicante, sendo que daqui até La manga, são cerca de 128 km e pelo que vi o bus obriga sempre a ir a Múrcia.
Notei que aqui é uma zona menos massificada com turismo “de Ingleses”, sendo a sua maioria locais e turistas espanhóis.
Em Espanha a moeda é o Euro, o fuso horário é de mais 1h que em Portugal, o indicativo telefónico é+34 e o domínio de internet é: .es
A ilha de Chipre, uma pérola no mediterrâneo e que muita gente pode desconhecer é um destino fantástico no mar mediterrâneo, que tem praias fantásticas e muito para ver nesta que é a terceira maior ilha do mediterrâneo; é um local “fora da Caixa” que vale a pena ter em conta para um destino de praia. Não devemos, no entanto, ficar apenas por uma cidade, pois a ilha tem muito para ver e tem praias soberbas.
Estive em três das maiores cidades costeiras, Larnaca, Limassol e Pafos (paphos), acho que todas merecem uma visita, pois além de distintas tal como toda a ilha do Chipre têm muito para oferecer, quer a nível cultural (desde as rotas de vinhos, aos centros históricos),quer claro para desfrutar de boas praias numa ilha com boas temperaturas durante boa parte do ano.
Pafos
Praia em Limassol
Larnaca é a principal porta de entrada no Chipre, a cidade é grande e tem boas praias, um castelo e zona velha interessantes, aqui próximo, a cerca de 45 minutos de bus (45 km), fica talvez a cidade turística e mais famosa, Ayia Napa ( eu não pude ir, mas tem uma praia deslumbrante). As praias urbanas de Larnaca, têm areia fina e um pouco escura, mas são muito tranquilas, além claro do maravilhoso mar mediterrâneo, a zona junto da praia de Finikoudes é muito movimentada, sobretudo de noite, com vários bares e restaurantes.
Limassol
Limassol
Limassol, tem nas suas redondezas mais para ver, sobretudo para quem gosta de vinho, temos por aqui perto pequenas vilas vinícolas, embora toda a ilha de Chipre seja um forte produtor de vinho e claro existem várias rotas para conhecer as produções. Achei a cidade um pouco menos “concentrada”, com a zona velha, a zona de festa e eventos junto do porto e a zona de praias mais afastadas entre si, no entanto interessante pois essas áreas eram distintas.
Pafos, que é a cidade da deusa grega Afrodite, é mais para mim a mais aconchegante, embora não tenha achado tão vasta na oferta cultural do centro histórico, tem para mim as melhores praias (como não estive em ayia napa, não posso comparar com esta), sobretudo aquela que para mim foi a melhor, a praia Corália (Coral Bay), acho que aqui seria uma boa praia para passar mais que um dia; nota ainda para a praia afrodite, que apesar de ser de pequenas pedras (“cascalho”), é muito bonita e tem o seu imponente e belo rochedo.
praia afrodite em cascalho
Em Pafos, para ir da cidade para Coral bay, ou a praia afrodite, podem ir facilmente desde o terminal de bus, informações no site de transportes.
Podemos circular entre as cidades facilmente de bus pela companhia Intercity buses, os preços são acessíveis; rotas, horários e preços aqui.
Larnaca e Pafos têm aeroportos, temos voos de várias cidades Europeias por companhias low-cost: Easyjet; Ryanair; Wizzair e Vueling, podem sempre aproveitar e ficar um dia numa outra cidade para fazer escala, acho valerá a pena para conhecer esta ilha do mediterrâneo.
Todas as cidades são super tranquilas, é muito fácil comunicar, nota para que aqui as tomadas são como no Reino Unido (tal como no trânsito).
A moeda no Chipre é o Euro, o indicativo é +357, o fuso horário do Chipre é de mais duas horas que em Portugal e o domínio de internet é : .cy
A Polónia não é de todo um país que será facilmente associado a um destino de praia, no entanto a surpresa pode ser grande assim que conhecemos a sua zona balnear mais conhecida na sua zona costeira do mar báltico, bem próximo de Gdansk (que é uma cidade lindíssima e que merece pelo menos um dia inteiro, para conhecer esta charmosa cidade), onde ficam dois ótimos destinos de praia, Sopot e Gdynia.
Adorei em especial Sopot, um local muito tranquilo, com um centro bonito e agradável, a zona de praias é muito acolhedora, tem um paredão (a entrada é paga mas é barata) que rompe entre as duas praias pelo mar báltico, contando com ofertas de passeios de barco, restaurante e bar.
A Opera Lesna que é uma ópera e sala de espetáculos ao ar livre, com uma arquitetura muito bonita; o Museu de Arqueologia ou o Aqua Park são algumas das atrações que ainda podem ver em Sopot.
Gdynia é uma cidade maior que Sopot, uma cidade mais cheia de vida, também um zona portuária e pela minha percepção tem mais indústria e não será talvez tanto turística; como aqui tive menos tempos, fiz uma visita mais breve; a zona do porto/marina, onde também tem uma zona de praia muito boa, alguns monumentos de arte urbana, o Museu Naval, o Museu da Imigração ou o Aquarium de Gdynia, são alguns dos locais que também merecem visita.
Gdynia, Polónia
Gdynia, Polónia
Para chegar aqui temos de ir até Gdansk, onde fica o aeroporto; temos voos de várias cidades Europeias, wizzair, Ryanair e Easyjet são das que têm maior oferta ( eu fui até colónia na Alemanha seguindo depois para Gdansk, no regresso fui por Londres).
De Gdansk para Sopot, o comboio demora cerca de 20 minutos (eu optei pelo comboio pois tinha mais horários), o bus também é outra opção sendo o tempo de viagem sensivelmente o mesmo, em ambos as opções os bilhetes são baratos (menos de 5€ no bus e pouco mais de 1€ no comboio). De Sopot para Gdynia são apenas mais 10 minutos de comboio e cerca de 20 de bus.
As cidades são tranquilas e seguras, não tive problemas de comunicação, sendo fácil encontrar alguém que fale inglês.
A moeda na polónia é o Zloty, PLN, 1€ – 4.5 PLN, o fuso horário da Polónia é de mais 1 hora que em Portugal; o indicativo telefónico é +48 e o domínio de internet é .pl
Sopot, Polónia
Sopot, Polónia
Sopot, Polónia
San Sebastian – Espanha
O país basco é um destino que provavelmente muita gente não considera, quer seja para um “city break”, ou para uma ida à praia. San Sebastian é um destino a ter em conta numas férias de verão, situado na baía de Biscaia, ao norte de Espanha, já próximo de França; além de ter um bonito centro histórico percorrendo estas ruelas, onde entre outro temos entre outros o Museu San Telmo, Palácio dos Congressos ou a Basílica de santa Maria del Coro; o magnífico monte Urgull, em que daqui além de uma soberba vista para toda a cidade fica o especial destaque para aquela que é a jóia da coroa e o seu cartão postal a Playa de la Concha, uma praia magnífica, muito conhecida sobretudo pelas suas fortes ondas, sendo muito popular entre surfistas.
Vista da Playa de la Concha no monte Urgull
Além de uma bonita praia, outra coisa a ter em conta é o facto de San Sebastian ter uma ótima gastronomia (sendo um dos locais em que há mais restaurantes com estrelas Michelin), podem comer as deliciosas e variadas pequenas entradas, que por aqui se chamam de “pintxos”.
Casa Consitorial de San Sebastian
Para chegar aqui a melhor forma é voar para Bilbao, para Bilbao temos voos diretos pela Vueling do Porto e de Lisboa, e pela Volotea temos voos do Porto; do centro de Bilbao para San Sebastian o bus demora cerca de 1h e 15 minutos e os bilhetes em torno dos 7-12€ eu fui pela Alsa podem ir também desde o aeroporto de Bilbao pela companhia Pesa o bilhete custa 17€ e demora cerca de 1h e vinte minutos. (aqui têm os horários).
Em Espanha a moeda é o Euro, o fuso horário é de mais 1h que em Portugal, o indicativo telefónico é+34 e o domínio de internet é: .es
A Riviera Albanesa, foi talvez um dos destinos que mais me apaixonou, um verdadeiro paraíso. Penso que todas as pessoas a quem falei deste destino (e provavelmente o mesmo irá acontecer a quem ler este artigo), quando lhes falava da Albânia achavam estranho, mas ao verem as fotos simplesmente ficam deslumbrados.
Muito sinceramente deixei esta sugestão para o fim para mostrar que por vezes os destinos mais badalados são muitas vezes os melhores; praias deslumbrantes, calmas e com preços super baratos, não é difícil comunicar, um verdadeiro paraíso escondido que vai surpreender todos.
Não há muito para falar, simplesmente desfrutar destas soberbas praias, tendo ainda a cereja no topo do bolo que é na parte cultural, podendo conhecer um parque que é património mundial da Unesco, o Parque Nacional Butrint, fica somente a 5km de Ksamil, podem chegar aqui facilmente de bus local.
Parque Butrint, Albania
Butrinit National Park
Butrinit National Park
Ksamil…Ksamil é simplesmente um paraíso, escolham um hotel, ou um dos inúmeros alojamentos locais e desfrutem das praias soberbas, uns passeios de barco até às pequenas ilhas, relaxar numa “gaivota” alugada desfrutando destas águas cristalinas e calmas, uma bebida numa esplanada contemplando todo este cenário que parece ser de um destino tropical, mas que fica bem mais perto, num país dos Balcãs.
Ksamil, Albania
Ksamil, Albania
Ksamil, Albania
Sarandë que é a cidade principal, já se nota mais vida e movimento, a concentração turística é maior, vários apartamentos, alojamento local, hotéis, comércio, etc; tem também boas praias e tem alguma oferta cultural, nota ainda para um local que merece uma visita, o Blue Eye, uma bonita fonte de água, que forma como que uma pequena lagoa e que tem uma beleza singular. De Sarandë para Ksamil, o bus local demora cerca de 15-20 minutos e passa a cada hora.
Sarandë, é também onde fica o porto de onde partem e chegam os barcos vindos de Corfu (ilha na Grécia), pois é a melhor forma de aqui chegar, uma lancha rápida demora cerca de 30 minutos, custando cerca de 20€ por trajeto (depende da época do ano, temos pelo menos 3 operadoras Ionionseaways; Finikas-lines; Sarrisline podem fazer uma pesquisa num agregador como o direct ferries existe ainda a possibilidade de um ferry, onde podem levar carro.
Sarande, Albania
Para chegar a Corfu podem chegar aqui desde cidades Europeias como: Milão, Roma, Genebra,Londres, Paris, Barcelona, entre outras onde podem chegar às mesmas de forma fácil e barata desde Portugal; as companhias low-cost Vueling, Volotea, Ryanair, Easyjet,e Wizzair, são algumas das que têm voos para Corfu.
Outra opção será ir até à Capital Albanesa, Tirana, daqui podem percorrer toda a maravilhosa riviera albanesa, desde Durës, passando por Vlorë e chegando até Sarandë, além de claro poder encontrar recantos entre montanhas e praias que além de deslumbrantes, não estão cheias de turistas e podem ser contempladas de forma relaxada, e de claro no surpreender e fazer pensar como nunca nos tínhamos lembrado da Albânia como um destino de verão.
Esta opção será melhor caso aluguem carro e se tiverem tempo, pois desde Tirana até Sarandë são cerca de 4h (270 km) de viagem devido às suas estradas, que não são ainda tão desenvolvidas, mas assim poderão conhecer todos os encantos desta zona costeira.
Embora sejam cidades não tão desenvolvidas, é relativamente fácil comunicar, super tranquilo e seguro, um conselho seja talvez utilizarem dinheiro, pois será muito mais fácil em muitos locais, pois muitos (pelo menos quando eu fui), ainda não aceitam cartão bancário.
A moeda na Albânia é o LEK (ALL), 1€ – 119 LEK; o indicativo telefónico é +355 e o domínio de internet é: .al
OS ENCANTOS DA RIA FORMOSA: UM DIA POR CACELA VELHA
(que terminou em Monte Gordo)
Texto & Fotos de Mário Menezes
Depois de Tavira, Olhão e Faro, uma ida a Cacela conclui em beleza as nossas viagens à Ria Formosa. Locais onde voltar é sempre um prazer pois há imenso para descobrir, explorar e desfrutar.
A pandemia mudou os nossos hábitos de viagens e agora que virou moda visitar aldeias típicas de Portugal, Cacela Velha é uma delas. Uma aldeia amuralhada, construída numa elevação arenítica, uma arriba fóssil com cerca de um milhão de anos, de frente para a Ria Formosa, já no concelho de Vila Real de Santo António. É considerada por muitos como a zona mais bela da Ria Formosa. Por aqui começa (ou termina, conforme o ponto de vista…) o Parque Natural da Ria Formosa, recentemente eleito como uma das 7 maravilhas de Portugal, que se prolonga por cerca de 60 Km, até ao concelho de Loulé.
Cais de Fábrica, barcos para acesso à Praia da Fábrica
Cacela Velha vista desde a Praia da Fábrica, destacando-se a Igreja Matriz
Cacela Velha vista desde a Ria Formosa desde o barco de acesso à Praia da Fábrica, destacando-se a Igreja Matriz
Cacela Velha, entrada na aldeia amuralhada
Ria Formosa junto a Cacela Velha
Cacela Velha, Igreja Matriz
Cacela Velha, Ria Formosa vista desde as muralhas
Cacela Velha, Igreja Matriz, interior
Cacela Velha, Igreja Matriz
A zona foi ao longo da História um ponto de passagem de navegadores Gregos e Fenícios. Mais tarde, Romanos e Muçulmanos também por aqui passaram, estes últimos no ano 713. Cacela, situa-se na região que se chamou “Al Gharb”, agora chamado Algarve, consta-se já se ter chamado de “Hisn-Kastala”, “Qastallat Dararsh”, “Cacetalate” ou “Cacila” que significa prado ou pastagem de gado, derivando daqui o seu nome atual. Em 1240 foi conquistada pelos Lusitanos, passando desde aí para o nosso domínio. Não foi D. Afonso Henriques mas sim, D. Sancho I, seu filho, o rei que se seguiu, que foi o primeiro rei a ser proclamado “Rei de Portugal e dos Algarves”, em bom Português, correram os Mouros daqui para fora em definitivo!
O pequeno povoado percorre-se numa caminhada de poucos minutos. Do casario, pintado maioritariamente de branco, destaca-se a Igreja Matriz, construída em 1518, e as muralhas do Castelo, de onde a vista para a Ria Formosa é encantadora. Para oeste e para o concelho de Tavira ou mais para o lado, para este, avistamos as concorridas praias, desde Manta Rota até Monte Gordo no concelho de Vila Real de Santo António. Existe também uma fortaleza que se encontra ocupada com um quartel da GNR.
Cacela Velha, fortaleza
Cacela Velha, casario
Cacela Velha, escadaria de acesso à Ria Formosa
Descendo por uma escadaria, podemos aceder às águas quentes da Ria Formosa. Apesar de se tratar de um local com pouca profundidade, a zona possui correntes, pelo que é necessária cautela. Nessas proximidades, encontramos o Cais de Fábrica, uma pequena vila piscatória, conhecida também por sediar um restaurante especializado em frutos do mar, de onde é possível aceder de barco, através de uma curtíssima travessia, à Ilha de Cacela. Aí encontramos a Praia da Fábrica de onde podemos caminhar pelo areal até à Praia de Cacela. À semelhança das outras praias das ilhas da Ria Formosa, a paisagem é dominada pelas dunas, por um extenso areal, passadiços de madeira, existindo também um estabelecimento de restauração e bebidas.
Cacela Velha, Ria Formosa, a este, vista desde as muralhas
Cacela Velha, escadaria de acesso à Ria Formosa, aviso, protejamos a natureza!
Deixando esta calmaria e rumando a Oeste, a Manta Rota é a próxima paragem. Aqui se inicia o areal que termina na foz do Rio Guadiana, em Vila Real de Santo António. Um dos locais prediletos dos turistas que escolhem o Algarve para passar férias de Verão. A praia da Manta Rota localiza-se no extremo oriental do Parque Natural da Ria Formosa, estando englobada numa localidade que contém diversos hotéis, restaurantes e cafés. A seguir a Manta Rota, Altura, com a sua praia, agora servida por passadiços de onde é possível fazer grandes caminhadas. A seguir, a Praia Verde, assim chamada por ser circundada por um pinhal que constitui uma área protegida.
Praia de Manta Rota
Praia de Manta Rota
Praia de Manta Rota
Praia de Altura – Algarve
Praia de Altura
Praia de Altura
Praia da Fábrica- Algarve
Praia Verde – Algarve
Finalmente Monte Gordo. Aqui passei férias de Verão há longos anos, de 1992 a 1994. Desta vez, a minha passagem serviu para recordar velhos tempos. O enorme areal, os hotéis, o parque de campismo onde fiquei alojado, o casino, ainda lá permanecem, mas muita coisa já desapareceu e muita coisa mudou. A Casa Espanhola, um restaurante que marcou a minha vida, ainda as viagens para a Ásia eram uma miragem e já eu tinha essas experiências de férias (já contei a história da paella a muitos…) em pleno sul da Europa. A discoteca Zoom, o Amnésia e o Companhia Limitada, locais que marcavam as noites, até alta madrugada, já não existem. A pandemia acabou com o resto…Até mesmo com o Paddy ‘s, um pub de estilo Britânico onde se cantava no Karaoke, “Should I stay or should I go” quase todos conseguiam. Resta o Agostinho, o Mota e pouco mais… As amizades por lá feitas já há muito que perdi o contacto. Mas Monte Gordo não deixou de ser um belíssimo destino de férias, com água do mar bem mais quente que no resto do Algarve, e a dois passos de Espanha, Ayamonte, onde ainda compensa ir atestar o carro e fazer compras na Mercadona.
Monte Gordo – Algarve
Praia de Monte Gordo
Monte Gordo, casino
Monte Gordo, Parque de campismo
Monte Gordo, Verão 1993
Monte Gordo,Verão 2022
A Ria Formosa também é famosa pela sua gastronomia, sendo muitos dos seus pratos baseados nos produtos provenientes da própria Ria Formosa, nomeadamente peixes e mariscos entre os quais os bivalves, onde se incluem as ostras. Os chocos à Algarvia, as cataplanas e as caldeiradas, o arroz de lingueirão, o polvo preparado de várias formas e até mesmo a carne de porco à Alentejana, que muitos desconhecem ser oriunda da Ria Formosa.
Verão na Costa Blanca e passagem pela Costa Cálida, Espanha.
Texto & Fotos de António Ribeiro
O sul de “nuestros hermanos”, tem uma vasta oferta e sendo que se encontra geograficamente mais perto e bastante acessível é sempre uma excelente opção para destinos de férias, sobretudo no verão.
A Costa Blanca, vai sensivelmente desde Torrevieja, até Denia, (antes da zona de Valência), um pouco antes fica a Costa Cálida, que fica na zona de Múrcia e Cartagena; na Costa Cálida fui àquela que é provavelmente é a joia da coroa, La Manga (la manga del mar menor), que é um paraíso escondido e que devem considerar numa próxima viagem. Na Costa Blanca, além da famosa e popular Benidorm, fiz umas ainda umas paragens por Altea e Fonts d’Algar.
Igreja Nuestra Señora del Consuelo, Altea- Espanha
Nesta viagem apesar de ter ido sozinho acabei por me encontrar com mais amigos que também por ali estavam a recarregar baterias, desde já um obrigado a eles e em especial ao meu “parceiro de bar”, que também me acompanhou na viagem a Tenerife.
O foco e base da viagem foi Benidorm, contudo encontramos vários outros locais de relevo que elevaram a fasquia para quem visitar a Costa Blanca (e costa Cálida), não fiquem apenas por Benidorm, alarguem horizontes e conheçam um pouco mais pois os encantos são muitos, e sim eu e os meus amigos encontrámos alguns, mas há mais a descobrir.
Embora que sendo um destino sobretudo para aproveitar o sol e a praia, não podemos deixar de aproveitar para explorar mais de toda esta região, além da proximidade linguística e geográfica que facilita, devemos conhecer mais, pois viajar é algo que nos enriquece e nos torna mais completos, cultos e cheios de memórias; ao saber que quer seja no nosso país, ou em qualquer outro ao redor do mundo há sempre recantos e lugares únicos em que devemos aproveitar a oportunidade para conhecer, para ver, desfrutar e mais tarde recordar.
playa Poniente, Benidorm- Espanha
Benidorm
Apesar de popular, a verdade é que nunca tinha ido até Benidorm; perdoem-me a comparação, mas apesar dos seus vários blocos de apartamentos e hotéis bastante altos, que faz lembrar uma espécie de Miami, tendo a comparar Benidorm a Albufeira, desculpem a comparação, algo que até nem sou favorável, mas caso queiram ter uma referência é a que me ocorre.
Benidorm é um destino popular quer para público mais jovem ou de idade mais avançada; a maior parte da “vida” deste destino fica na Playa de Levante, sensivelmente a meio da praia fica a maior zona de concentração de bares, bem ao estilo britânico (tal como vemos no Algarve sobretudo como em Albufeira).
A zona velha da cidade (Old Town), é também uma zona muito movimentada, tanto devido à sua vida local, como também com muitos turistas a desfrutarem desta zona antiga e mais tradicional de Benidorm. A zona da praia de Poniente, que está em expansão, é ligeiramente mais barata e a minha perceção é que é mais frequentada por pessoas de mais idade e turistas espanhóis.
No geral achei Benidorm um bom local de férias para férias de verão, boa praia, bons preços, diversão, fácil comunicação, fácil de chegar; recomendo sobretudo para quem quer sobretudo um local para quem quer um local próximo e que ofereça um pouco de tudo.
Uma das referências de Benidorm, bem como um dos cartões postais daqui é o miradouro, “balcón del Mediterráneo” , que separa as praias de Levante com, Poniente (com uma salvaguarda, para aquela que para mim é uma das melhores, senão a melhor praia, que fica colada ao miradouro, do lado de poniente, a Playa del Mas Pas.), daqui a vista além de fantástica proporciona fotos excelentes.
A praia de Levante é melhor junto do miradouro, onde não temos rochedos, pois há zonas de “rocas”, embora não estejam soltas (apenas como que fosse o fundo da praia) podem não ser tão agradáveis, no entanto toda esta praia é muito boa e claro o mediterrâneo tem sempre um charme e encanto superior.
Benidorm, playa Levante – Espanha
Benidorm, playa Levante- Espanha
Benidorm, playa Levante – Espanha
A verdade é que além do seu centro histórico em que podemos dar uma caminhada e contemplar um pouco do mesmo, com ruas tradicionais e acolhedoras, o Parc l’Aigüera, algumas pequenas igrejas e museus não temos muito de propriamente turístico para ver aqui, no entanto temos locais de destaque aqui perto; além destes que vos vou falar (onde estive) referência desde logo para um dos mais famosos que é Guadalest, esta bonita aldeia (“pueblo”), merece uma visita, esta aldeia fortificada, fica no topo de uma montanha e conta com vários tours para visita, fica a cerca de 20 km de Benidorm; tours pelas ilhas (isla de Benidorm e Isla de Tabarca); para quem não conhece, pode ainda fazer uma visita a Valência ou, mais perto Alicante.
Obviamente que Alicante é também um Local a ter em conta, não só por ser um local de referência, de fácil acesso para quem está em Benidorm, mas também pela sua vasta oferta; alguns dos locais que podemos ver em Alicante que são de maior destaque são: o Castelo de Santa Bárbara um castelo num cume a cerca de 166 m de altura, sendo uma das maiores fortalezas de Espanha (entrada grátis); a Basílica de S. Maria, que é a igreja mais antiga da cidade; fazer umas compras, ou simplesmente ver o Mercado central de Alicante; o Museu Arqueológico; o Museu de Arte Contemporânea, são alguns dos locais que merecem uma visita nesta cidade.
Sendo também Alicante uma zona de praias, podemos ainda mergulhar em algumas das suas praias como: a playa de San Juan ou a playa del Postiguet.
Existem ainda parques aquáticos para quem quer uma diversão diferente, há dois que se destacam, o Terra Mítica e o Aqualândia, ambos ficam a poucos km da praia de Levante, podendo aqui ter uma tarde cheia de emoção, sobretudo caso venham em família e queiram dar um pouco de adrenalina aos mais pequenos, ou claro a vocês mesmos e/ou num grupo de amigos.
Benidorm, playa Poniente- Espanha
vista para a playa de Poniente, Benidorm- Espanha
balcón del Mediterráneo, Benidorm
balcón del Mediterráneo, Benidorm
Altea
Altea é uma bonita cidade que fica a sensivelmente 11 km de Benidorm, subindo até a parte mais alta e mais antiga, parece que fazemos uma viagem e estamos num cenário totalmente diferente, com casas todas caiadas de branco, ruelas sinuosas mas belas, um cenário romântico e descontraído para nos relaxar de forma bem diferente de um comum destino de praia.
Penso que em Altea não é um local em que tenhamos muitos pontos turísticos ou de grande relevo, mas sim por toda esta incrível envolvência; o foco é sem dúvida a Igreja Nuestra Señora del Consuelo uma bonita igreja com duas cúpulas azuladas e a torre do sino que se destacam no horizonte, tendo também um interior muito imponente e bonito. Nesta que é a praça principal, além de um bonito miradouro que contempla uma bela vista sobre a praia, vêm convergir talvez as ruas mais bonitas da cidade.
Simplesmente ter o prazer de percorrer as ruelas de casas brancas, com pequenas lojas de artesanato, lojas de arte, restaurantes, etc, sempre bem decoradas no exterior e com um interior quase que inalterado e muito tradicional, é um verdadeiro encanto, por momentos fez-me lembrar os “trulli” de Alberobello em Itália.
Depois de vaguear pelas bonitas ruelas de Altea, podemos descer desta zona elevada em que temos uma vista privilegiada sobre o mar e descendo até á praia, vamos constatar que aqui a praia é de pedra; pequenas pedras brancas (acho que há uma pequena zona em que foi colocada areia), não sendo do mais confortável é no entanto interessante esta praia de pequenas pedras brancas, que difere em muito de Benidorm e do resto que por aqui fica, mas não prejudica a beleza do local.
Altea- Espanha
interior da Igreja Nuestra Señora del Consuelo, Altea- Espanha
Altea- Espanha
Altea- Espanha
Altea- Espanha
Praia em Altea- Espanha
Altea, junto ao mar
Fonts d’Algar
Uma simpática Espanhola que conheci em Benidorm (com a qual criei amizade), falou-me de Fonts d’Algar e dado que estávamos a planear a ida Altea, estas bonitas cascatas ficavam a apenas cerca de 20 minutos, pelo que seria (e foi) uma ótima ideia.
Antes de mais nota para que esta zona tem uma forte produção de Nêspera (“Nispero”) uma das cooperativas (que é das maiores exportadoras mundiais) é a Cooperativa Agrícola de Callosa d’en Sarrià fica a apenas cerca de 4 km das cascatas de Fonts d’ Algar; podem fazer uma visita á mesma, ou ver as plantações aqui á volta, além da nêspera, o limão, laranja e abacates também são outras das plantações nesta zona (ao longo da estrada até aqui, vão ver as plantações , sobretudo é visível onde várias estão cobertas com um rede para proteger do sol intenso); junto da entrada para fonts d’algar vão ver nos restaurantes e cafés além destes deliciosos “nisperos” alguns outros produtos feitos com esta fruta, como compotas, fruta em calda e vários licores.
Fonts d’Algar fica próxima da sierra de Bernia, em Callosa d’en Sarrià; estas deslumbrantes cacatas do rio Algar (que em árabe significa “gruta”) são fantásticas; assim que entramos e vemos a sua cascata principal, que é simplesmente imponente e com uma força de queda de água incrível faz logo sentir esta beleza natural, podemos subir e percorrer alguns trilhos, com cerca de 1.5km junto rio. Não é permitido em muitas zonas ir para o rio, devido às suas fortes correntes e também de salientar que estas águas são muito frias.
Mesmo que tal como nós tenha sido uma visita breve, valerá sem dúvida a pena.
Saliento também que junto da entrada das cascatas existem restaurantes e cafés (e também um parque de campismo mais à frente), e existem piscinas em alguns deles, podendo complementar a visita caso tenham mais tempo (penso que pelo menos em alguns, caso almocem por lá a entrada é grátis).
Nota ainda para que aqui bem próximo das cascatas ( a cerca de 1.5km), temos um parque temático, o Dino Park.
Fonts d’Algar (cascata principal)- Espanha
Fonts d’ Algar- Espanha
Lago rosa de Torrevieja
O lago rosa de Torrevieja (ou salinas de Torrevieja) é um local muito peculiar e único (numa breve pesquisa vi existem muito poucos no mundo e na Europa apenas junto do mar negro, na Ucrânia além deste) sendo uma preciosidade que merece uma breve visita para ver este lago rosa; este fenómeno deve-se à elevada concentração de sal e microalgas existentes no lago.
Como já referi, as concentrações de sal aqui são enormes, pelo que tal como no mar morto, a sua salinidade fará com que fiquemos sempre a “flutuar”.
Nestas salinas fica a maior a maior produção de sal na Europa e as únicas que usam meios flutuantes para a sua extração, existem montanhas de sal com cerca de 20 metros de altura. O tom pode ser mais ou menos forte, consoante o local, o ângulo e o reflexo da luz, nas fotos não utilizei filtros para alterar a cor do lago, é assim sem filtros; apesar de ter sido de passagem para La Manga achei este local único e fantástico.
Existe uma oferta de um comboio turístico que passa pelo lago, custa cerca de 9€ e dura 1h mais informações no site de turismo de Torrevieja.
Poder visitar locais únicos é sempre bom, acho que quer seja nesse comboio, uma breve visita, ou mesmo ver a zona onde fica a extração de sal e as montanhas de sal, são experiências que valerão por certo a pena.
lago rosa Torrevieja- Espanha
lago rosa Torrevieja- Espanha
La Manga
Graças a uma recomendação de um colega de trabalho do meu amigo David, o roteiro de viagem levou-nos até La Manga e…tenho de admitir… fantástico!!, absolutamente fantástico, sobretudo pela temperatura da água do lado do “mar menor”.
La Manga del mar menor é uma zona balnear na Costa Cálida junto de Cartagena, na região de Múrcia ( a cerca de 75 km) ; é uma extensão de terra com cerca de 22 km de comprimento (a largura cerca de 100, mas vai diminuindo sobretudo no final), e que fica entre o mediterrâneo e uma espécie de lago de água salgada que é chamado de “Mar Menor”. As suas praias além de calmas e sem a massificação de turismo, têm ainda a vantagem de a zona não estar voltada de forma vincada para o público britânico foi algo que a todos nós nos agradou, do lado do mar mediterrâneo por si só a água já era quente e com pouca ondas, assim que entramos na quente água do mar menor, simplesmente todos ficamos fascinados como podíamos ter esta água quente e tranquila; um paraíso para relaxar.
Almoçamos na zona inicial de la manga, onde fica a zona com mais vida e onde os jovens locais se encontram; aqui parece ser uma zona mais animada desde logo pelo que vimos na praia e segundo o que um local no disse aqui próximo ficam bares e uma discoteca; almoçamos no Date al Gusto um local de take way que serve comida muito boa, comemos na esplanada ao lado pelo e pelo que vimos é um local popular aqui, recomendamos.
Desculpem não me alongar tanto sobre la manga, mas a verdade é que a magia deste local é sem dúvida enorme; os dois mares em que la manga se situa, poder mergulhar no mediterrâneo, andar uns metros e ir até ao mar menor em que temos uma água quente e que parece que estamos numa praia tropical, é simplesmente fantástico.
Percorremos esta faixa de terra no meio de dois mares, até `zona de “Veneziola”, onde a estrada “acaba” junto de uma bonita e muito inclinada ponte, com várias casas com barco “á porta”, e onde os dois mares se juntam. Na volta desfrutamos da playa de Podrimel do lado do mediterrâneo, e depois a talvez uns 70 – 80 metros, atravessando a estrada, já no mar menor, fomos a uma pequena praia junto de um bar (onde estavam também várias motos de água e barcos), tivemos um prazer indescritível ao entrar nestas águas quentes, calmas e pouco profundas também deste que é o mar menor, um verdadeiro encanto.
Cabo de palos, las islas menores, mar de cristal, as ilhotas que ficam no mar menor, os desportos náuticos; alugar uma mota de água ou ofertas de passeios de barco que por esta zona é apenas algo do que podemos fazer e ver ao desfrutar deste local soberbo.
Viagens Felizes
La Manga, lado do mediterrâneo- Espanha
La Manga, a pequena praia no mar menor- Espanha
ponte na zona de Veneziola, La Manga- Espanha
Dicas e Notas:
O fuso horário de Espanha é de mais uma hora que em Portugal, como sabem a moeda é o Euro, recomendo que levem em numerário, pois na maioria dos atms têm taxas, para levantamentos mesmo com Revolut ou similares (usemos cartões apenas pagamentos).
O indicativo é +34; o domínio de internet é: .es
Nas zonas de bares, convém algum cuidado devido ao excesso por parte dos jovens que já se encontram com mais álcool no organismo, mas nada de relevante, Benidorm (bem como nos outros locais) são tranquilos e sem nada a temer.
Para chegar a Benidorm há inúmeras formas, mas eu penso que as três seguintes serão as melhores:
O aeroporto mais próximo é de Alicante, temos voos diretos desde o Porto pela Ryanair; de Lisboa temos voos diretos pela tap e pela Ryanair (a partir de outubro; a rota existia anteriormente, mas foi suspensa até outubro)
Do aeroporto de Alicante para Benidorm podem ir diretamente pela companhia de bus Alsa, que tem vários horários com ligações diretas, o tempo de viagem é cerca de 45 minutos (faz paragens na estação de bus e na av. Europa), caso estejam em Alicante centro, daqui além de terem bus (também pela Alsa), existe o Tram,linha 1 (em Benidorm o Tram pára na estação intermodal, que fica da estação de bus central).
Caso vão por terra, Madrid será sempre uma referência (exceto claro para quem está na zona sul de Portugal), no meu caso que estou em Viseu, fui de bus até Madrid, até aqui (ou de outros pontos como o Porto, ou Guarda ), temos ofertas das companhias Alsa que faz a parceria com a nossa Rede Expressos, ou da Flixbus.
vista do miradouro em Altea- Espanha
Chegando à capital espanhola (podem até chegar aqui também de avião), podemos ir de comboio pela Renfe, aqui as opções são várias, sendo que iram sempre até Alicante (existe uma combinação com o bus, mas não creio que compense, pois partem bus todas as horas desde Alicante), os comboios rápidos (com sorte antecedência podem encontrar bons preços ) demoram cerca de 2h e 30 minutos e depois de Alicante até Benidorm são cerca de 45 minutos; a outra opção é ir de Bus, na estación sur até Benidorm (sem ter de trocar de bus) eu optei por bus pois é direto e acaba por ficar mais barato; embora toda programação seja muito pessoal e complexa, apenas deixo umas dicas.
Para chegar a Altea caso não tenham carro, podem apanhar o bus nº 10 que parte do centro de Benidorm (aqui fica o link com os horários e a rota), leva cerca de 1h pois faz várias paragens, a forma mais rápida é de Tram, linha 9, (em Altea, o Tram pára na parte mais baixa da cidade, já junto das praias; em Benidorm parte da estação intermodal) a viagem demora apenas cerca de 15 minutos.
Em Fonts d’algar o bilhete de entrada para adulto custa 4€ (penso que podem guardar pertences num pequeno cacifo), em época baixa como era o caso fechava às 18h, e época alta às 20h;pelo que nos foi dito e constatamos efetivamente, n entrada, a verdade é que nunca encerra, sendo que entramos na mesma, pois ja passava das 18h, de notar no entanto que sem ninguém nem com serviço nenhum a funcionar (apenas o WC) e obviamente o tempo para a visita era menos; no site oficial, podem consultar horários e informações gerais.
Não é permitido ir a banhos no lago rosa de Torrevieja, existem placas com a informação, uma vez que esta é uma área protegida contudo várias pessoas o faziam, um conselho apenas que caso o façam levem um garrafão de água para no fim tirar o sal, apenas com a mão ao fim de alguns segundos note o sal entranhado, por isso lavar-se no fim será aconselhável.
Caso não tenham carro podem chegar aqui de Bus, desde Alicante até Torrevieja, ficando depois a cerca de 2 km do centro da cidade; (caso estejam em Benidorm, têm de ir até Alicante); a companhia é a Costa Azul, do Grupo Avanza.
Para la Manga será mais difícil ir sem ser de carro (caso estejam em Benidorm), numa breve pesquisa, se estiverem em Alicante terão sempre de ir até Múrcia, trocando depois em Cartagena, ou de Múrcia até Cabo Palos, no entanto caso optem por fazer aqui todas as férias a programação será diferente.
ALGUNS DOS MANJARES PELO MUNDO – CONTINENTE ASIÁTICO
Texto & Fotos de Mário Menezes
Sou um grande comilão, aliás quem me conhece sabe disso logo desde os primeiros momentos que convive comigo. Até à idade da reforma jamais esquecerei o dia em que fomos almoçar, um grupo de colegas de trabalho, feijoada à Brasileira e dois deles pediram maruca cozida, ainda por cima com couve flor…Impressionou-me o grande poder de “sacrifício” que eles possuem! Eu não seria capaz, detesto peixe cozido e comê-lo junto a outros que se banqueteavam com feijoada à Brasileira, com farofa e tudo a que tinha direito, soaria a requintes de malvadez…mas eles já se devem ter arrependido da maruca pois como sou muito repetitivo, não me tenho calado com isso e a história já se alastrou a outros departamentos e até a empresas fornecedoras. Maruca já é um estribilho…Óbvio que o prazer da comida se paga, a curto prazo, na balança, uma das coisas que não conseguimos enganar, a outra é o espelho. Nas viagens que faço ando muitos quilómetros a pé, desde manhã até ao deitar, pelo que mesmo com as asneiras que vou fazendo, acabo por desgastar as calorias ingeridas, inclusivamente até perco uns quilinhos…
As frases não são tão pouco da minha autoria mas concordo com elas: “somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos” e “viajar é a única coisa onde se gasta dinheiro, e nos torna mais ricos”. Quando vamos para fora, as nossas necessidades fisiológicas e alimentares mantêm-se inalteráveis. Elas são responsáveis pela maior fatia do custo das nossas viagens: alojamento e alimentação, mesmo tentando pernoitar em locais mais económicos e nos alimentarmos de fast food, portanto comer mal, o que em curtas escapadelas até se suporta. Mesmo assim, fast food também pode ser considerado como gastronomia e até pode ser bastante variado. Fast food é muito além dos McMenus que têm o mesmo sabor em qualquer parte do Mundo. Às vezes até são bons para “desenjoar” das comidas picantes e com temperos intensos. Uma pizza ou um hamburger, ao fim de alguns dias nestas latitudes sabe muito bem…
Japão, Tóquio, máquina de pedidos de pratos em restaurante económico
Japão, Osaka, carne Wagyu nas ementas dos restaurantes
“Comemos para viver, não vivemos para comer,” mas também “somos aquilo que comemos” e já li que “somos aquilo que viajamos”. Nas nossas viagens os hábitos alimentares inevitavelmente se modificam. Seja por fatores psicológicos, seja devido ao jet lag, seja devido à geografia, seja devido às nossas rotinas, seja devido ao que for viajar é uma excelente oportunidade de experimentar coisas novas, a gastronomia dos vários países é também cultural. Afinal “a experiência é a fonte de todo o conhecimento” e uma parte do meu orçamento é destinada a provar algo típico. Jamais numa viagem turística a qualquer país nos tornamos peritos na sua gastronomia, um livro de receitas típicas de qualquer um, é um “calhamaço”, mas o facto de citarmos nomes de diversas iguarias internacionais que provamos, já é um excelente começo!
Ao longo dos diversos países que visitei, procurei na medida do possível experimentar novos pratos, bebidas, sobremesas, enfim, novos sabores, dentro dos meus limites, orçamentais e também fisiológicos e até mesmo ideológicos. Se em relação à gastronomia do Velho Continente não faz muito sentido em referir, quando nos expandimos para fora do mesmo, a referência é obrigatoriamente a insetos, larvas, escorpiões, morcegos, ratos, cães ou gatos, por exemplo, como manjares de eleição. Não tenciono experimentar, embora existam viajantes que são capazes de o fazer e deste modo desfrutar ao máximo de tudo o que os países têm para oferecer. É verdade que os olhos também comem e comem sempre primeiro, foi das coisas em que nas minhas viagens aprendi à minha custa. Há coisas que depois de olhar à distância jamais conseguiria comer. É o nosso lado emotivo a funcionar, mas convém lembrar, se comemos para viver, estamos a desperdiçar um enorme recurso, os insetos pois são um excelente alimento, ricos em proteínas e fazem parte da alimentação de cerca de 2 mil milhões de pessoas no Mundo, praticamente um quarto de toda Humanidade. Certamente que as gerações vindouras na Europa e em outros países irão consumir insetos com a maior naturalidade, visto que o planeta não possui recursos para matar a fome a todos.
A gastronomia é um prazer, mas não é o objetivo principal das minhas viagens. Em muitos países sentar-nos à mesa de um restaurante tem preços proibitivos, sendo o fast food o recurso mais em conta na maior parte dos dias. O tempo disponível, a vontade de aproveitar ao máximo as horas de sol, os horários das atrações turísticas, museus e monumentos, ou das atrações da natureza que em geral ficam distantes das cidades, ou mesmo dar um mergulho no mar, na piscina do hotel são fatores determinantes, pelo que ao jantar no final de um dia de grande reboliço, depois de passar pelo quarto do hotel, tomar um duche reconfortante e trocar de roupa, é a altura ideal para desfrutar do prazer de uma refeição “com dignidade” e se for seguida de um espetáculo o dia passado no estrangeiro ainda fica mais completo e memorável!
Orgulho-me de pertencer a um país que tem provavelmente a melhor gastronomia do Mundo e que ainda não conheço na totalidade. “Em casa de ferreiro, espeto de pau” e confesso que só há cerca de 5 anos provei pela primeira vez choco frito em Setúbal! Papas de sarrabulho, cozido das Furnas e vitela de Lafões por exemplo, ainda não provei…
Japão, Tóquio, sashimi
Japão, Tóquio, ramen, gyosas fritas e arroz
A minha entrada na era dos 40 ́ s levou-me à descoberta de um novo continente, a Ásia, aquele que é tido como o mais fascinante e multicultural de todos. À Ásia quem vai não volta igual, à Ásia todos devemos ir pelo menos uma vez na vida, são algumas das frases que os viajantes proferem, e sou forçado a concordar. Em tudo este continente difere da Europa, por exemplo a nível cultural, étnico e obviamente gastronómico. Cores, cheiros e sabores são típicos da comida do extremo oriente. A street food (comida de rua) é cultural e intrínseca desta parte do Mundo, tendo já dado origem a uma série da Netflix. Consumir ou não este tipo de comida fica ao critério do viajante. Há que pesar os dois lados da balança, a vontade de desfrutarmos daqueles locais ao máximo, dando azo à nossa experiência sensorial e a nossa saúde. Quando vamos a uma consulta de viajante somos aconselhados pelo médico a não consumir fruta descascada e bebidas com gelo…Na Ásia as leis relacionadas com a segurança alimentar estão muito aquém das exigidas na Europa e por cá, com o seu cumprimento fiscalizado pela ASAE que fecha restaurantes em catadupa.
Para terminar, sobretudo para nós Europeus, vão preparados para as idas à casa de banho, muitas delas serão certamente urgentes e repentinas e levem medicação para uma situação de diarreia continuada, conforme o médico vos prescreverá na consulta do viajante. O nosso organismo não está preparado para esta quantidade de temperos e também o nosso sistema imunitário reage rapidamente (e ainda bem) às “agressões” que lhe fazemos, sobretudo com alimentos que não terão o nível de higiene nas suas diversas etapas, desde a produção, retalho até ao nosso prato, expulsando o mal. Tudo isto, associado aos efeitos do jet lag e das longas horas de voo é um cocktail explosivo. Levem tudo na desportiva, pois a casa de banho também é cultural na Ásia. Viajar neste continente fez-me bastante curioso neste tema, tornando-me muitas vezes repetitivo e incompreendido! A solução mais barata é o chuveirinho, que é usado em larga escala na Ásia, no Japão são as modernas washlets, e tem uma enormíssima utilidade. Compreenderão isso muitíssimo bem se lembrarem de dois ditos populares, um do passarinho que come pedras e o outro sobre a pimenta ser refresco!
Apesar destas contrariedades e riscos, nos países Asiáticos que visitei, só me apetece dizer, mas que bem se come por lá! É inconfundível a sensação de caminharmos por aquelas ruas carregadas de gente e sentirmos o aroma daquelas especiarias no ar a abrir-nos o apetite! A comida Asiática não é propriamente de nos enfartar, sobretudo porque nos pratos, a carne é utilizada em pequenas quantidades, pelo que eles estão sempre a comer!
Seguem alguns dos pratos típicos de países que visitei no continente Asiático, muitos que provei e que recomendo experimentar. E se tentarem memorizar alguns nomes passarão no exame com distinção.
TAILÂNDIA
Banguecoque foi a minha porta de entrada neste país e por conseguinte neste continente. A cidade onde soprei 40 velas é um marco histórico na minha vida, também de viajante.
A Tailândia é um paraíso gastronómico. A comida Tailandesa encontra-se entre as mais afamadas do Mundo. No tocante às frutas, a zona do sudeste Asiático possui frutas únicas no Mundo. O durian é a fruta rainha! As mangas (ali são bem mais docinhas) , as mini bananas, os mini ananases, o mangostão, a jaca, o rambutan ou a pitaya (conhecida por dragon fruit) até se conseguem encontrar algumas por cá, a preços altíssimos obviamente, mas o durian, terão mesmo de lá ir se quiserem provar. A fruta com um odor repugnante, mas com um sabor fenomenal, é infernal! “No durian” é uma das proibições mais famosas nesta zona do Mundo e com o valor das coimas muitas vezes lá mencionadas. É proibido transportar o fruto nos transportes públicos ou levá-lo para os hotéis pois o cheiro nauseabundo demora a passar. Duran liofilizado é possível comprar em saquetas e trazer de recordação de viagem, mas a fruta jamais, pois o seu cheiro denunciar-vos-ia de imediato. Infelizmente em Portugal não vos deixariam entrar (questões de saúde pública) com um carregamento de fruta da Tailândia na vossa bagagem, mesmo desconhecendo o estado em que a mesma cá chegaria depois de uma viagem tão longa. Nos outros países não me posso pronunciar, vi diversas turistas Russas, a comprarem grandes carregamentos de fruta para levarem de volta às suas terras, algures pela Sibéria. Consumir fruta seja fresca, seja em sucos preparados ali mesmo à nossa frente, é um dos prazeres do viajante por esta parte do Mundo. Ao pequeno almoço, nos hotéis muitas dessas frutas estão lá no buffet, a pitaya por exemplo aparece descascada e partida, e também sucos naturais de outras frutas e até saladas de frutas.
De Banguecoque às profundezas da Tailândia a experiência gastronómica é constante. Além da fruta, o marisco também abunda no país, com o camarão em grande destaque, em Phuket podemos comer lagosta. As especiarias são parte integrante da gastronomia Tailandesa e visitando um mercado podemos ter uma experiência organolética quase perfeita. O arroz também ocupa lugar de destaque, sendo o país o maior produtor mundial deste cereal, conhecido como arroz Tailandês jasmim devido ao seu gosto e aroma adocicado, apresentando-se húmido e macio depois de cozido. Atente-se para a forma como estes produtos, incluindo a carne são vendidos por aquelas paragens, “this is Asia” assim me respondeu um turista estrangeiro quando lhe expliquei que os bivalves devem ser vendidos vivos e por conseguinte cozinhado vivos! Além das especiarias, o picante tem presença assídua nos pratos e o agridoce é muitas vezes presença nos molhos.
Tailândia, Banguecoque, restaurante Indiano
Tailândia, Banguecoque, Pad Thai, acompanhado por um suco de frutas
Tailândia, Banguecoque, insetos e escorpiões fritos
Tailândia, Banguecoque, insetos e escorpiões fritos
Tailândia, banguecoque, caril Tailandês com arroz, acompanhado por uma cerveja Singha
Tailândia, Banguecoque, água de coco
Certamente nunca vão esquecer o nome da sopa mais famosa, a sopa tom kha gai que é preparada com frango e leite de coco, aipo, galanga (gengibre Tailandês), erva-príncipe e obviamente a malagueta. Assim como a sopa tom yum, com mariscos, de sabor agridoce, e também leva no seu caldo galanga, erva príncipe e malagueta!
O pad thai é talvez o prato mais conhecido do país, muitas vezes servido nas bancas de comida de rua. É feito com noodles (massa) de arroz ou não, iguaria que foi introduzida no país pela China há vários séculos. A origem do prato é desconhecida, remontando ao século XX. Há quem a atribua a Plaek Pibulsonggram, primeiro ministro na década de 1930, como forma de galvanizar o nacionalismo Tailandês, à custa de produtos Chineses, os noodles, há quem atribua à II Guerra Mundial, que causou escassez de arroz, tendo os noodles passando a serem largamente utilizados. Cozinhado num wok (frigideira típica Asiática) mistura carne de porco, frango, camarão, vegetais, ovo mexido e diversas especiarias, tudo salteado.
Os pratos de caril (mistura de especiarias) são bastante apreciados, sendo chamados no Ocidente como caril Tailandês, obviamente acompanhados de arroz Tailandês. Os spring rolls (rolos primavera) encontram-se espalhados por todo o Mundo, mas a sua origem é o sudeste Asiático. Um género de mini crepes de massa de arroz ou de trigo, recheados com vegetais finamente cortados, fritos e molhados num molho agridoce antes de serem comidos como entrada ou como snack. Além destas especialidades que por cá também conseguimos experimentar, saliento as refeições que fiz num restaurante Indiano em Banguecoque e num restaurante Coreano que funcionava em modo “barbecue”, em que era colocado na mesa um grelhador onde íamos grelhando pequenas quantidades de carne à medida que comíamos, molhando nos molhos.
Em Phuket, na última noite, ao jantar, não perdi a oportunidade de provar uma lagosta grelhada acompanhada com arroz Tailandês frito, semelhante ao arroz chau chau, e deste modo marcar a minha despedida em grande deste antigo Reino do Sião.
Resta mencionar que os Tailandeses comem com garfo e colher, sendo a colher usada na mão direita e é ela que leva a comida à boca. Em outros países Asiáticos, um garfo e uma colher é muitas vezes entregue aos estrangeiros quando vão a restaurantes e não estão muito familiarizados com os pauzinhos.
Quanto às bebidas, a cerveja é largamente consumida, apesar de não morrer de amores pela cerveja Tailandesa, posso citar as marcas LEO, Tiger, Singha e Chang. Note-se que a Tailândia é um país tido como acessível para viajar, incluindo a alimentação. No entanto, ir a restaurantes é bem mais caro que em Portugal e as bebidas alcoólicas são caras!
Insetos não podem faltar neste país, passeando em Banguecoque, pela celebérrima Rua Khosam, de noite, ali encontramos as famosas bancas dos petiscos. Tudo frito, larvas, gafanhotos, baratas, é só escolher. Também os escorpiões! No meu caso foi só para fotografar, mas encontrei um casal de turistas Britânicos que diziam que aquilo é do melhor, sobretudo as larvas, que se parecem batata frita palha, com cerveja é maravilhoso! Também vi muitos turistas a comprarem escorpiões fritos e tirarem fotos a trincá-los. Eu não tive coragem… foi aqui que assimilei a máxima, de que os olhos também comem e comem sempre primeiro!
Resta referir que um dos tais que comeu maruca naquele dia memorável, é praticante de muay thai e vai regularmente à Tailândia fazer estágios, sendo um bom conhecedor da gastronomia deste país! Importar maruca para a Tailândia pode ser um bom negócio, sobretudo quando os lutadores têm de perder peso rapidamente para poderem competir em determinados escalões. Fica a dica!
Tailândia, Mercado flutuante de Damnoen Saduak,, comida de rua
Tailândia, Kanchanaburi, durian
Tailândia, Phuket, jantar de despedida, lagosta com arroz frito
Tailândia, Chiang Rai, sucos de frutas à venda no mercado
Tailândia, Chiang Rai, mini ananases à venda no mercado
Tailândia, Chiang Rai, mariscos bivalves à venda no mercado
Tailândia, Chiang Rai, comida de rua
Tailândia, Chiang Rai, comida de rua
Tailândia, Chiang Rai, arroz à venda no mercado
Tailândia, Chiang Mai, Restaurante Coreano de barbecue
Tailândia, Banguecoque, sopa Tom yum
EAU – EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
Dois terços da população desta nação do Médio Oriente é de origem estrangeira, a que se juntam os milhões de turistas internacionais que anualmente a visitam. Tratando-se de um país Islâmico, é normal que a gastronomia seja influenciada por este facto, no entanto, duvido que a maior parte dos turistas a conheçam. Passei aqui 3 dias, um “stopover” no regresso de umas férias na Tailândia. Dubai e Abu Dhabi foram os locais que visitei. Quando percorria aquelas ruas, o ambiente fez-me desacreditar que estava nas Arábias, tal a quantidade de estrangeiros que via. Grande parte dos turistas optam por hotéis de luxo, onde a experiência gastronómica é sobretudo internacional e de alta cozinha.
Os habitantes dos EAU provêm de países do Subcontinente Indiano, da Ásia Ocidental e do Sul, nomeadamente do Irão, da Arábia Saudita, do Paquistão, do Bangladesh, da Índia, de Omã ou das Filipinas. O facto deste país ser banhado pelo Golfo Pérsico, tornou os frutos do mar como um dos produtos alimentares de eleição ao longo dos séculos. O arroz também ocupa lugar de destaque e as carnes de cordeiro e carneiro são as preferidas, em detrimento da cabra e da vaca. Carne de porco, obviamente que não é consumida, dado ser considerada impura pela religião Islâmica. Também devido à mesma, a carne terá de ser do tipo halal, que em Árabe significa “legal” ou “permitido”, ou seja, abatidos segundo os Rituais Islâmicos. O abate Halal deve ser realizado em separado do não halal, sendo executado por um Muçulmano mentalmente saudável e conhecedor dos fundamentos do abate de animais no Islão. As normas básicas referem que serão abatidos somente animais saudáveis, aprovados pelas autoridades sanitárias e que estejam em perfeitas condições físicas, que deverá ser proferida antes do abate a frase “Em nome de Alá, o mais bondoso, o mais Misericordioso” e os equipamentos e utensílios utilizados devem ser próprios para o abate halal. A faca utilizada deve ser bem afiada, para permitir uma sangria única que minimize o sofrimento do animal, o corte deve atingir a traqueia, o esófago, artérias e a veia jugular, para que todo o sangue do animal seja escoado e ele morra sem sofrimento. Num país onde as religiões impõem as leis, existem inspetores que acompanham todo o processo de abate, sendo os responsáveis pela verificação dos procedimentos determinados pela Sharia. Além do abate, todo o preparo, processamento, acondicionamento, armazenamento e transporte devem ser exclusivos para os produtos halal, que obrigatoriamente são certificados e rotulados como tal.
Os turistas que optam por alojamento mais económico, como foi o meu caso, na zona antiga das cidades, por exemplo na Deira do Dubai, terão oportunidade de provar iguarias do Subcontinente Indiano, pois por ali existem muitos negócios de hotelaria e restauração cujos proprietários são oriundos desta zona do globo. Existem diversos restaurantes onde é possível provar iguarias Paquistanesas como por exemplo, o Kebab seekh, um espeto de carnes misturadas com ervas aromáticas, e o biryani, um arroz preparado com especiarias e carne, em quantidades abundantes. Por incrível que pareça, estando num dos países mais luxuosos do Mundo, nestas zonas conseguimos comer muito bem, em quantidade e qualidade pagando pouco mais de 10€ por uma refeição. Já nos “malls”, os shoppings gigantescos, a alimentação é bem mais cara, mesmo o fast food, podendo aqui encontrar-se por exemplo iguarias Libanesas como o shoarma, o tabbouli (salada), o húmus (puré de grão de bico cozido, com especiarias), semelhante ao que encontramos por cá na cadeia Joshua’s Shoarma Grill.
Atente-se para o facto de tradicionalmente muitos habitantes dos EAU comerem com as mãos, acompanhando a refeição com naan (pão Indiano). Aos estrangeiros, os restaurantes fornecem talheres: garfo e colher.
Existem também fast food de rua com iguarias Americanas ou do Médio Oriente como é exemplo o donner kebab e o shoarma de frango e até mesmo os hamburgers.
Quanto às bebidas alcoólicas, não devemos esquecer que se trata de um país Muçulmano. A lei dos EAU não proíbe em absoluto, permitindo em determinadas condições o seu consumo, por exemplo nos hotéis de luxo a preços exorbitantes (e consta-se que mesmo assim é proibido consumir…) ou a estrangeiros residentes que para as adquirirem, em lojas autorizadas, para consumir em casa, terão de possuir uma autorização governamental e para isso e pagar uma anuidade. Atenção que o consumo de bebidas alcoólicas na rua é considerado um delito e como tal é punido, assim como na estrada a tolerância é zero para a taxa de alcoolemia.
Restaurante tradicional em Deira- Dubai
Doçaria tradicional no Dubai
CHINA (Macau e Hong Kong incluídos)
Hoje só me arrependo de ter visitado China, por ter sido apenas duas semanas. Uma das razões era exatamente a ideia errada que tinha da sua gastronomia. De partida para a China, mentalizei que durante esses dias iria comer mal, tudo à base de McDonalds e afins. Nada mais errado! McDonalds nesses dias só serviu para o pequeno almoço!
Os Chineses têm a fama (e o proveito) de comerem cães, gatos, macacos e tantos outros animais como o pangolim e o morcego que recentemente começaram a ser falados devido ao COVID19. Um país com cerca de 1500 milhões de habitantes, é normal que uma pequena percentagem (mesmo assim já são alguns milhões consideráveis…) consuma esses alimentos, e isso é insignificante. A China é um país encantador e com uma gastronomia fabulosa!
Engraçado que num dos primeiros dias, com muito frio, já de noite, cansado e cheio de sono com os efeitos do jet lag ainda latentes, entrei num restaurante e vi a foto dos pratos na parede, e escrito em carateres Chineses o nome deles. Ali ninguém falava Inglês, na China Continental por vezes nos restaurantes temos esse problema, mas aqui o que me valeu foi uma das pessoas que me passou um smartphone com a aplicação de tradutor de Inglês para Mandarim. Eu então escrevi se a carne era “pork” ou “beef” e eles lá me explicaram que era “pork”. Então agradeci, e em seguida pedi o prato e também pedi para escrever no smartphone “sorry, but I know in China people eat dogs, but I don’t want to eat”. Risada geral! Eles então me explicaram que isso não é verdade, quem come cães são os Coreanos. Mais tarde contei isso, a um Chinês de uma loja, cá em Portugal e ele explicou-me que os cães na China comiam-se, mas era no tempo do Mao Tse Tung! Os Chineses são um povo afável e muito humilde e admiram muito os estrangeiros que os visitam, basta ver as solicitações que temos na rua para posar com locais e as crianças quando nos olham muito espantadas, daí pensar que não levaram a mal a minha falta de vergonha!
A gastronomia da China é das mais importantes no panorama Mundial, com muita pena minha não pude desfrutar da mesma durante mais tempo e em mais locais. A China é um país gigantesco e jamais em duas semanas poderei afirmar que sou conhecedor da gastronomia Chinesa, no entanto aquilo que provei, adorei! Ah, e não comi cães nem gatos nem nada disso! Pelo menos que eu saiba…afinal “com papas e bolos que se enganam os tolos”! Sinceramente pelo que vi, não acredito que comam cães em todo o lado e em grande escala. Vi muitas vezes pessoas a passearem cães, como animais de estimação e até mesmo de raça chow-chow, que diziam por cá que são os que eles preferem no prato, pois “chow-chow” significa para nós que “bom para comer” como é o caso do arroz chow-chow…Arroz todos nós sabemos que é a base da alimentação na China e é um dos acompanhamentos prediletos.
China, Pequim, dumplings, na forma cozidos a vapor (zhengjiao) e em sopa (tangjiao)
China, Pequim, dumplings, na forma cozidos a vapor (zhengjiao) e em sopa (tangjiao)
China, Macau, cerveja nacional
China, Jinshanling, Grande Muralha, cerveja Yanjing
China, Hong Kong, comida de rua
China, Hong Kong, comida de rua, beef offal
China, Hong Kong, comida de rua, bagbagis
China, Hong Kong, comida de rua
Desde pequeno vou a restaurantes Chineses com regularidade e gosto imenso. A comida servida em restaurantes Chineses fora do continente Asiático apareceu pela primeira vez nos EUA, na segunda metade do século XIX, em São Francisco. É baseada na comida Cantonesa pois grande parte da comunidade Chinesa no estrangeiro é originária da província de Cantão, sendo confecionada com as devidas adaptações ao gosto ocidental e com os ingredientes que se conseguem ter disponíveis nesses países de outros continentes, pois “quem não tem cão caça com gato”… A “American Chinese food” atingiu o seu auge de popularidade nos anos 1980. O dia de Natal nos EUA é um dia em que por tradição muitas famílias consomem comida Chinesa! Por exemplo, o chop suey que pedimos num restaurante Chinês por cá, ele na realidade foi inventado em terras do Tio Sam, tal como os crepes Chineses, chamados de egg rolls que também foram adaptados ao ocidente, contendo carne de porco e vegetais, replicando os spring rolls que contêm somente vegetais e se consomem na Ásia.
Muitas vezes os restaurantes Chineses (e não só…) abusam dos glutamatos monossódicos, componentes químicos (género de caldos knorr) que intensificam o sabor dos alimentos, sendo prejudiciais à saúde. A Síndrome do restaurante Chinês foi descoberta em 1968 pelo médico Robert Ho Man Kwok, quando constatou que sempre que comia em restaurantes Chineses sofria durante algumas horas de dor de cabeça. A causa desses sintomas não era o molho de soja pois também o utilizava em casa, mas sim, os tais “pozinhos de perlimpimpim” que os restaurantes utilizam na cozinha…Sintomas como dor no peito, dormência em torno da boca, sensação de inchaço facial ou transpiração também podem ser associados à Síndrome do restaurante Chinês.
Em Pequim é impossível não referir o pato à Pequim. Na cidade são consumidos em média 3 mil patos diariamente. As suas origens remontam ao século XIV, no período da dinastia Yuan. No século XV, durante a dinastia Ming, a capital mudou de Nanquim para Pequim e o pato assado continuou a ser uma das iguarias famosas da corte, e ao mesmo tempo muito apreciado pelo povo.
O pato utilizado, é de raça pato Imperial de Pequim, é alimentado à força e mantido numa uma gaiola pequena, pois a sua inatividade fá-lo engordar e produzir uma carne mais tenra. O pato é morto com seis semanas, com a cabeça e pescoço deixados intactos, as tripas são removidas e a parte inferior é costurada. Posteriormente é inflado com ar, o que fará com que a sua pele se separe da gordura, estique e posteriormente ganhe crocância, devido também aos temperos com especiarias e molhos que lhe darão uma cor avermelhada, depois de assado.
Existem diversas formas de o assar. Em Pequim, o primeiro restaurante a servir a iguaria foi o Bian Yi Fang, localizado nas imediações da Rua Qianmen, que abriu durante o reinado do imperador Jiajing (1522 a1566) e que usa o método mais tradicional de assar os patos, dentro de um forno fechado com grelhas horizontais, com madeira a arder, aquecendo o forno com o fogo de palha de sorgo. Os patos são colocados a assar quando o fogo se apaga, apanhando apenas o calor das paredes, o que faz com que a pele fique tostada, mas a carne continue tenra e gostosa no fim do assado. Outro método de assar patos, é usado desde o reinado do Imperador Qianlong (1711 a 1799), sendo o pato colocado num espeto que se vai virando, sendo semelhante à forma tradicional de assar leitão. Em 1864, o Restaurante Quanjude foi fundado em Pequim por Yang Quanren. Ele desenvolveu uma nova técnica de assar os patos, colocando-os pendurados em ganchos acima do fogo num forno aberto, aquecido com o fogo de madeiras rijas e aromáticas, principalmente de árvores de fruto, como a tamareira da China, a pereira ou o pessegueiro. Esta é nos dias de hoje a forma mais conhecida de confecionar o pato à Pequim, pelo que o Restaurante Quanjude é famoso no Mundo inteiro.
O Bian Yi Fang e o Quanjude são os restaurantes mais procurados que servem pato à Pequim. O Restaurante Quanjude que tive oportunidade de visitar, localiza-se na Rua Qianmen. Trata-se de um restaurante requintado e caro, sendo necessário marcação antecipada, dada a elevada procura. Contudo, pela Qianmen existem diversos restaurantes que servem a iguaria com requinte e tradição, e foi essa a minha opção. Comi pato à Pequim, na capital da China, por duas vezes, a última no dia do meu 42º aniversário. E de cada uma das vezes posso dizer que dei conta de um pato (um patinho…)! O pato à Pequim é um dos pratos que é possível consumir por cá nos restaurantes Chineses, porém fica muitíssimo aquém do que me serviram em Pequim, sobretudo nos acompanhamentos. Imagine-se se eu tivesse ido a um destes dois restaurantes…foi pena, mas fica a dica a futuros viajantes.
O pato após sair do forno é tradicionalmente fatiado à nossa frente e servido. Um cozinheiro experiente consegue largas dezenas de fatias fininhas, podendo a pele ser saboreada junta ou separada da carne. As fatias são enroladas em panquecas mandarim (pequenas massas de crepes de trigo) cozidas no vapor, juntamente com vegetais (pepino em juliana e cebolinha entre outros), molhadas em molho tian mian jiang (de feijão doce) e comidas à mão ou com pauzinhos. Os pauzinhos Chineses são utensílios, largamente utilizados há mais de 3 mil anos, e por acaso até me ajeito bem com eles. Já as sopas são comidas com colheres Chinesas, diferentes das nossas, possuindo um cabo curto e grosso, sendo utilizadas desde o tempo da dinastia Shang, ou seja, há cerca de 4 mil anos!
Os dumplings também chamados de gyozas são outras das iguarias prediletas dos turistas. Consumidos em todo o país e sobretudo na altura do Ano Novo Chinês, e também em diversos países Asiáticos, há largas centenas de anos. Trata-se de pastéis de massa de trigo, tipo ravioli, recheados com carne, frutos do mar ou legumes. Podem ser do tipo shuaijiao (cozidos em água), ou zhengjiao (cozidos ao vapor) em panelas de bambu semelhantes a uma peneira, ou jianjiao (fritos) ou mesmo tangjiao (servidos em sopa). Comidos com os pauzinhos, depois de passar pelos molhos, picantes também, são um regalo. Normalmente são servidos como entrada, mas também podem ser consumidos como refeição, como é o caso de um restaurante nas imediações da Praça Tiananmen que vende uma enorme variedade de dumplings.
O lamen (sopa de noodles) é também um regalo. Nos dias frios é ideal para aconchegar o estômago. Noodles são consumidos na China há mais de 4 mil anos. Podem ser de trigo ou de arroz. Consta-se que foi Marco Polo que trouxe a ideia para Itália, das suas viagens à China e assim terá nascido o spaghetti! Existem diversas variedades de sopas de noodles, são super aromáticas, pois são carregadas de especiarias e temperos e o cheiro sente-se à distância. Podem levar carne, frango, legumes, algas ou outros ingredientes. É ótimo, mas pelo que referi acima, preparem-se, pois, repentinamente podem ter de procurar uma casa de banho…Xangai, uma megalópole gigantesca, também é uma cidade considerada como cidade da alta cozinha Chinesa com vários restaurantes caros. Refeições económicas (na casa dos 10€) fiz várias vezes na zona no centro financeiro de Lujiazui onde todos os dias passava, sobretudo na zona pedonal junto aos arranha céus, e também nas imediações da Rua Nanquim, dos jardins Yuyuan ou do Bund. A forma como muitos destes restaurantes funciona é particular, faz-se o pedido na caixa e o pré pagamento, entregam-nos uma tabuleta com um número, escolhe-se um lugar numa mesa, mesmo numa mesa com dois lugares à frente de uma outra pessoa desconhecida, coloca-se a tabuleta na mesa e mais tarde vão lá entregar os produtos pedidos.
Na China existem as famosas barracas de petisco, assim chamados por cá aos mercados que vendem comida estranha para os nossos hábitos, as tais espetadas com gafanhotos, escorpiões, casulos de bicho da seda, e também outros bichos que eles consomem. Por incrível que pareça não as consegui encontrar, talvez por não ter feito o trabalho de casa convenientemente, talvez por ser Ano Novo Chinês, as cidades estavam mais descongestionadas, mesmo assim, tive a sorte de passear sem grandes multidões sobretudo nos transportes públicos e quando visitei a Muralha da China tive-a quase só para mim!
Após deixar Pequim onde faziam -13ºc, fui para Xangai, 1200 Km a Sul, 5 horas de comboio de alta velocidade, onde faziam 5ºc, em seguida viajei 1800 Km a sul, 7 horas de comboio de alta velocidade, e Guangzhou foi a paragem seguinte onde as temperaturas se aproximavam dos 20ºc , em direção a Hong Kong e Macau, onde as temperaturas já atingiam os 23ºc. Nesses locais mais amenos, e bem mais congestionados, pude deparar com comida de rua e também lojas de venda de frutas, nomeadamente as pitayas, amarelas também e carambolas. Em Xangai havia provado as kishu mikan, um citrino semelhante à nossa tangerina, mas bem mais pequena e bastante docinha que por acaso é oriunda do sul do país.
Por Hong Kong e Macau, a comida de rua existe em grande abundância. Algumas das iguarias com bom aspeto, outras nem por isso, sobretudo pela aparente falta de higiene. Quem ali vive é normal comprar para levar para casa…O bagbagis chamou-me a atenção, não para provar…a palavra, de Língua Ilocana, uma das línguas faladas nas Filipinas, significa intestino. É isso mesmo, intestinos de porco fritos e crocantes, parecendo-se com as nossas farturas, só pelo odor à distância conseguimos adivinhar o que é, além do mais parecia recheada com algo…Os adeptos da dobrada à Portuguesa ou dos callos à la Madrilena terão aqui uma forte aposta! E se apreciarem miudezas, beef offal (miudezas de vaca guisadas) também poderão experimentar. Se tiverem coragem, pois os olhos comem sempre primeiro…e o nariz também!
Em Hong Kong a minha estada foi curta, em Macau, foi ainda mais curta, pelo que a parte gastronómica foi um pouco sacrificada. Os preços dos restaurantes nestas duas Regiões Administrativas Especiais são bem mais caros que na China Continental, ou não se trate de cidades que se encontram entre as mais caras do Mundo. Cidades que na altura do Ano Novo Chinês, estavam cheias de turistas ao contrário das da China Continental. Hong Kong é um encanto, um local único, onde milhões de pessoas de vários pontos do Mundo, sobretudo da Ásia, se cruzam e como é óbvio a gastronomia é multicultural. E deliciosa também…A minha primeira refeição em Hong Kong foi Singapore mei fun, um prato com noodles fritos à moda de Singapura, afinal em Singapura o Mandarim é língua oficial. Noodles de arroz, temperado com caril em pó, molho de soja, tudo frito com ovo, camarão, carne de porco e legumes, bastante crocante, ou não seja cozinhado num wok. A última refeição, a poucas horas do voo para Frankfurt de regresso a casa, foi num restaurante Sul Coreano, um bibimbap, o famoso prato de arroz branco mesclado com vegetais e carne, com temperos e especiarias, preparado numa tigela de pedra vulcânica, sendo uma refeição repleta de sabores. Coreia do Sul e Singapura são dois dos meus desejos por realizar, e isto até pode ter sido um prenúncio de que isso pode acontecer em breve…
Em Macau é impossível não referir o pork chon bun e os Portuguese egg tarts, os nomes que chamam às nossas bifanas e aos nossos pastéis de nata, que se vendem junto das ruínas de S. Paulo. A comida Macaense, certamente que tem muito que se lhe diga, mas eu nada mais posso referir, além do gelado de durian (que saudades da Tailândia!!!!), dos bakkwa que são tabletes de cor avermelhada, feitas com carne seca e depois grelhada, de vaca, de porco ou de carneiro, curada com açúcar, sal, molho de soja e especiarias e obviamente as bolachas Macaenses que trouxe para casa!
A China é um enorme produtor Mundial de vinho. Vi à venda nos supermercados, mas não provei. Foi pena, pois não tem muita expressão no Ocidente. Infelizmente cá não consigo encontrar. O baijiu é somente a bebida destilada mais consumida no Mundo, com teor alcoólico entre 35% e 60%, sendo produzida de grãos como arroz, painço e sorgo! A cerveja Chinesa posso citar as marcas Yanjing, Tsingtao e obviamente, Macau.
China, Macau, ementa de um restaurante
China, Macau, Pork chon bun. as nossas bifanas assim chamadas por lá
China, Macau, Portuguese egg tarts, os nosso pastéis de nata assim chamados por lá
China, Pequim, cerveja Yanjing
China, Xangai, pequeno almoço no Mc Donalds
China, Pequim, pato à Pequim
China, Pequim, pato à Pequim, set completo
INDIA
As minhas origens paternas Goesas foram a maior motivação para visitar a Índia. O país tirando Goa, Mumbai e o Taj Mahal, para mim foi bastante sofrível. Da gastronomia deste país sou um enorme apreciador, como digo na brincadeira, já antes de vir ao Mundo eu já comia comida Indiana, nomeadamente goesa. A minha mãe afirma que a minha avó paterna cozinhava bem melhor os restaurantes Indianos que hoje existem em catadupa, mas na altura isto há cerca de 50 anos, não havia nada. Tirando os percalços com as idas repentinas à casa de banho que ela provoca, adorei o que comi por lá e categoricamente afirmo que valeu a pena sacrificar o mal que me fez pelo bem que me soube. Hoje faria tudo outra vez, ou ainda pior! Nessas duas semanas, as corridas para as casas de banho eram rotina diária. Jamais esqueço, a mais crítica, no voo que fiz de Varanasi para Nova Delhi, durante a descida, após a refeição quente de comida Indiana que serviram, tive de correr para o WC, ainda a tempo, pois as luzes avisadoras de apertar o cinto estavam prestes a acender! Sentado lá dentro do exíguo WC, sem conseguir despachar-me só ouvia “plim…plim…plim”, avisando para apertar os cintos pois iriamos em breve aterrar! E mal o avião aterrou e consegui desembarquei, “ó pernas para que te quero”, fui novamente a correr para a casa de banho mais próxima. Felizmente que o desembarque era por manga!
Para percebermos os conceitos da gastronomia desta região do Mundo, recuemos a 1498 quando Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia. Os Portugueses chegaram a todo o lado. Da Índia vieram para a Europa, através das rotas comerciais, as especiarias, como por exemplo, a pimenta, o gengibre, a canela, o cravinho e a noz-moscada. Devido a isso, a nossa gastronomia (ao contrário da Espanhola) é rica em temperos e usa muitas especiarias. Os manjares Indianos possuem diversas combinações de especiarias e temperos picantes, com as proporções certas, constituindo os molhos aquilo que chamamos de caril, onde é guisado borrego, frango ou legumes. Um cozinheiro experiente sabe jogar com as especiarias corretas, combinando-as nas devidas proporções e constituir um prato, assim como um pianista sabe tocar nas teclas certas no piano e produzir música.
Tikka masala, madras, korma, balti, jalfrezi, vindaloo, xacuti são alguns dos nomes dessas combinações de especiarias com molhos, sendo algumas originárias da Índia, outras do Reino Unido (onde residem milhões de Indianos) e outras, nomeadamente as duas últimas de Goa com influência da cozinha Portuguesa. Vindaloo por exemplo é uma mistura do nosso molho de vinha d’ alhos com especiarias Indianas. Os pratos de caril são famosos em todo o Mundo fazendo parte do seu cardápio gastronómico, não só na Ásia como nas Caraíbas, em Moçambique ou na África do sul.
Grande parte do país é veggie, por exemplo, Varanasi e Jaipur, cidades que visitei. As religiões predominantes, Induismo e Islamismo, a primeira afirma que a vaca é sagrada e a segunda que o porco é impuro, condicionam a nossa escolha em muitos locais, sendo o borrego muito utilizado. Apesar disso, em Goa é possível comer carne de vaca e de porco! Os pratos vegetarianos também são deliciosos, eu não sabia o que era e aquilo sabia-me bem! Tudo carregado de picante e com diversas especiarias tornam a comida Indiana como exótica e única. Os restaurantes fast food como por exemplo o Burger Kingservem hamburgers de frango, vegetarianas ou de carneiro, portanto nada de vaca ou de porco!
Índia, Goa, vindaloo de frango e tandoori de borrego com arroz basmati
Índia, Goa, sopa Indiana com naam
Índia, Goa, água de coco
Índia, Goa, abacaxis
Índia, Agra, sopa Indiana
O tandoori é o prato mais famoso internacionalmente. Pode ser de frango, carne ou de vegetais, assados no tandoor, um forno, tradicionalmente uma espécie de vaso de barro de grandes dimensões, parcialmente enterrado onde se cozinham muitos alimentos, assim como vários tipos de pão Indiano, o naam ou o chapati. Antes de serem colocados no forno, a carne ou os vegetais são marinados com diversas especiarias e muitas vezes também com iogurte. Tandoori, é bem menos calórico que os tradicionais pratos de caril conhecidos. A carne muitas vezes pode ser moída e misturada em rolinhos com especiarias antes de ser colocada a assar. Muitos restaurantes em vez do tradicional forno utilizam um grelhador plano aquecido nos bicos do fogão e o prato é servido à mesa com isso. O naam, é delicioso, de trigo sem fermentação, sendo fofo e maleável, temperado com alho (garlic naan). O chapati, é do tipo estaladiço e consumido normalmente como entrada, com molhos onde se destaca o molho verde, picante, feito de coentros e hortelã.
O naam serve para levar a comida à boca, embora, aos estrangeiros seja fornecidos um garfo e uma colher.
O arroz basmati, conhecido pelo seu aroma, é presença obrigatória à mesa. Seja apenas cozido ou na forma de arroz pilau, que passa por um processo de fritura com diversas especiarias adicionadas, contendo também legumes, sendo de grosso modo a versão indiana do arroz chau chau que por cá é consumida nos restaurantes Chineses.
Sopas também existem por lá uma enorme variedade, e muitas delas com as especiarias dos pratos de caril, adotando os seus nomes. Em relação às frutas, há que referir que a Índia é um paraíso de frutas tropicais. Abacaxis, mangas, pitayas e goiabas, por exemplo, são algumas das que podemos encontrar por lá em mercados de rua. Assim como é possível beber água de coco ou suco de cana de açúcar.
Em relação às bebidas, o chá é a bebida nacional, sendo o masala chai o mais importante de todos, que mistura especiarias e ervas aromáticas. Num país com tanto calor, a cerveja não pode ser descurada! Apesar de muitos Indianos não consumirem bebidas alcoólicas devido a motivos religiosos, acompanhando as refeições com lassi, uma mistura de iogurte, água e especiarias, há marcas de cerveja bastante saborosas como por exemplo a cerveja Cobra, mundialmente conhecida e que até facilmente se consegue encontrar por cá. Posso destacar também a Kingfisher e a Goa King’s Beer.
Ao falar de restaurantes na Índia é imperdoável não referir o Leopold Cafede Mumbai. O local fica muito perto do Hotel Taj Mahal Palace e à semelhança deste é famoso internacionalmente. Nestes dois locais e na estação de Chhatrapati Shivaji, ocorreram os atentados de 2008, da forma horrível como são retratados nos filmes “Hotel Mumbai” e “The Attacks of 26/11”, vitimaram muitos inocentes. No Leopold Cafe as marcas das balas ainda estão presentes nas paredes como forma de memorial às vítimas. O Leopold cafe é muito procurado pelos amantes do romance “Shantaram”, de Gregory David Roberts inspirado em acontecimentos autobiográficos e se aguarda pela estreia da série homónima. O enredo fala de Lin, que cometeu uma série de roubos em 1978 devido ao seu vício das drogas, tendo sido sentenciado a cumprir pena de prisão, conseguindo escapar. Chegou a ser considerado o homem mais procurado da Austrália. Ao chegar à Índia, distante da família e dos amigos, ele começa uma jornada corajosa rumo a redenção e encontra uma nova vida no submundo das favelas, bares, entre os quais o Leopold Cafe.
O Leopold Cafe foi fundado por Iranianos em 1871. Cafés Iranianos são muito populares na Índia e este encontra-se entre os mais importantes de Mumbai. Muitos Iranianos emigraram para a Índia Britânica nos séculos XIX e XX e os seus descendentes ainda por lá vivem, possuindo negócios, como é o caso dos cafés Iranianos. Na Índia é possível saborear pratos Persas deliciosos. Não provei nada do Irão no Leopold Cafe, mas no Cafe Universal, junto ao hostel onde fiquei alojado, tive o prazer de experimentar o ghemeh bademjani, um guisado de berinjela, tomate e cordeiro e o ghormeh sabzi, um prato que existe há mais de 5 mil anos, um guisado de ervas (salsa, alho Francês ou cebolinha e coentros) e cordeiro. O Irão é um dos países que está na minha lista de desejos, pelo que tenho lido, pesquisado na internet e mais recentemente pela sua gastronomia, que pela pequena amostra que tive, imagino que deve ser uma coisa maravilhosa!
No Leopold Cafe tive o prazer de jantar no dia em que passaram 43 anos que vim ao Mundo. Metade de um caril com frango que uma turista Coreana me ofereceu (devo ter cara de comilão!!!) e aquilo para ela deveria ser muito (Incrível!!!!!) ou de tão picante que era, ela não conseguiu acabar (normal!!!) e biryani vegan que pedi, pois biryani de borrego já conhecia de outras paragens. O meu aniversário (26/1) coincide com o dia nacional da Índia, um dia em que não se vendem bebidas alcoólicas, um dos três feriados nacionais onde se aplica essa “lei seca”. O Leopold Cafe é também famoso pelas cervejas que serve, mas nesse dia tive de beber coca cola. No dia seguinte voltei para provar o tandoori de borrego. Aí sim, cerveja a acompanhar.
A restaurantes Indianos vou regularmente, a minha mãe, curiosamente gosta bem mais que eu. Adoro comida Indiana e adoro fazer uma pausa com uma chamuça (uma das heranças Goesas presente na nossa gastronomia) e uma imperial. Na Índia, as chamuças por vezes são de formato diferente do nosso, que é triangular. Quanto aos picantes, eu estou habituado, não senti muita diferença. Um prato de caril, é sobretudo molho, com uns bocadinhos de carne, já todos sabemos que na Ásia eles não consomem grandes quantidades de carne, logo para matar a fome de um tipo do meu calibre, são precisos dois, pelo menos! Aproveitava e pedia dois tipos de caril diferentes, e de carnes diferentes, ou de vegetais, e deliciava-me, não sabia ao certo qual o melhor, qual gostava mais, mas saia bem saciado da mesa! Quanto aos molhos, já sabem as consequências, o caminho que vos indicarão em seguida. Quando peço um caril, como o mínimo do molho, apenas o que vem agarrado à carne e mais um pouco por cima do arroz, e também para molhar o naam, e isso já me faz consequências digestivas relevantes. Impressionante que vi lá os Indianos reparem todo aquele molho com naam… Num dos tours que fiz em Goa, almocei na companhia de um casal recém-casado, oriundo do Estado de Punjab. Muito amáveis, por sinal. Ficaram espantados porque eu não rapava o molho… eu lá tive que lhes explicar que nós Europeus, o nosso organismo não está tão preparado como o deles para aqueles temperos que eles comem, e começam logo ao pequeno almoço…
Para terminar, deixo uma sugestão. Restaurantes Indianos existem imensos, e na Índia as coisas não são muito diferentes de cá, sobretudo especialidades Goesas. Se quiserem provar comida Indiana veggie, da “Incredible India” aconselho-vos uma visita à Cantina Indiana da Comunidade Hindu em lisboa.
Índia, pequeno almoço a bordo de um voo da Air Índia, Mumbai-Varanasi
India, Mumbai, tandoori vegan com arroz basmati
Índia, Mumbai, Leopold cafe, tandoori de borrego acompanhado com naam e molho verde
Índia, Mumbai, Byriani vegan, caril com frango e naam. Bolo de aniversário!
Índia, Mumbai, byriani de borrego, acompanhado com naam
Índia, Agra, caril e arroz basmati
JAPÃO
O país é uma enorme loucura. Completamente transcendente. A sua gastronomia não foge à regra! O Japão encontra-se entre os países mais caros do Mundo, obviamente o custo da alimentação não é barato, encontrando-se ao nível da média dos países ricos da Europa. É possível fazer refeições económicas, sem bebidas alcoólicas por 15/20€ e provar muitas especialidades típicas. E muitos desses restaurantes económicos, a forma como funcionam é interessante. Entramos, tiramos um ticket numa máquina automática de vending, os japoneses têm máquinas de vending para tudo, sentamos no balcão pela ordem correta e esperamos pelo menu. Interessante no Japão, sempre que nos sentamos à mesa num restaurante é-nos servido um copo com água! Um requinte este país!!!!! Também é engraçado à porta dos restaurantes estarem expostos os pratos da mesma forma como são servidos, não com comida mas com uma imitação feita com um material não comestível. No Japão os produtos que consumimos são de origem biológica, daí o seu preço ser elevado, nomeadamente a fruta.
Em restaurantes a oferta é gigantesca, por exemplo, só Tóquio possui cerca de 60.000 restaurantes, quase o triplo de Nova Iorque. Há oferta para todos os preços e para todos os gostos. Passear por aquelas ruas movimentadas, iluminadas com néones, e sentir os aromas exóticos daqueles pratos que estão a ser preparados nas cozinhas é uma experiência sensorial única que jamais esqueceremos. Passear por Tóquio pelas ruelas de Shibuya ou Shinjuku é ver, ouvir e cheirar o país do Sol Nascente.
Mesmo no Japão, as regras de segurança alimentar, aparentemente não são tão rigorosas como na Europa, tenho a ideia que se a nossa ASAE irrompesse por muitas daquelas cozinhas, fechava muita coisa….não é demais referir novamente, atenção aos molhos e temperos picantes da comida Nipónica. Apesar de saborosíssima, o corpo pode não se adaptar a ela nos primeiros dias. Juntamente com o jet lag, com o efeito das diferenças de pressão no corpo proveniente das longas horas de voo, é um autêntico cocktail explosivo que por pouco não me deixou ficar mal no primeiro dia quando regressei do Monte Fuji! Felizmente foram situações agudas, até foi engraçado e não comprometeram a agenda prevista. Casas de banho no Japão existem em diversos locais públicos, gratuitas, limpas e ultramodernas, só por isso vale a pena comer picantes…
Os Japoneses são os maiores consumidores de peixe do Mundo. Outrora visitar o famoso Mercado de peixe de Tsukiji em Tóquio era uma experiência sem igual. Visitantes chegavam pela madrugada e assistiam de perto, a poucos metros, aos leilões dos atuns. Um atum rabilho chega a ser transacionado por alguns milhões de Euros. Os leilões são autênticos rituais e em poucos segundos há várias licitações, e em poucos minutos já estão vários atuns transacionados. Este mercado infelizmente encerrou e o turista jamais poderá sentir ao perto essa atmosfera tradicional. O Mercado de peixe de Toyosu veio substituir o de Tsukiji, novas, modernas e gigantescas instalações industriais, localizadas a cerca de 4Km. É possível assistir aos leilões, mas ao longe, lá do alto através de um vidro, o que não é a mesma coisa! Para isso, é necessário chegar muito cedo, pelas 4h30 da manhã, altura em que ainda não estão transportes públicos a circular, somente o táxi, um meio de transporte muito caro no Japão. Indo a horas mais tardias (7h da manhã) é possível visitar as instalações que são abertas ao público, localizadas fora das áreas de laboração, inclusivamente o local onde se assistem aos leilões, a exposição interpretativa e as lojas que vendem enormes facalhões para cortar atuns, e claro, os restaurantes de peixe, onde pelas 9h da manhã já se almoça! Diga-se de passagem, que, para comer peixe (cru, pois claro!!!) obviamente ali é certamente o melhor local do Mundo. Nesse dia não resisti a almoçar tão cedo!
Sushi é uma das comidas Japonesas mais conhecidas no Mundo inteiro. O sushi tem origem numa antiga técnica de conservação de peixe em arroz avinagrado. Da forma que é conhecido atualmente tem cerca de 200 anos, os rolinhos de peixe e arroz com algas e legumes que se comem com pauzinhos, coloca-se um pouco de gengibre e molha-se em shoyu (molho de soja) ou em molho teriyaki (composto por açucar mascavado, gengibre ralado, shoyu, saquê, vinagre e amido de milho) e também em wasabi, um tempero extremamente picante, em pasta, feito da planta wasabia Nipónica, cultivada nos frescos planaltos de Amagi, na península de Izu, Shizuoka, Hotaka e Nagano. O consumo de peixe cru é muito perigoso, podendo causar sérios problemas à nossa saúde, no imediato, a curto ou médio prazo, pelo que longe de casa devemos evitar. No Japão é difícil resistir, tendo em conta que estamos num país do primeiro Mundo, o risco é muito menor. O sashimi, é indissociável do sushi e consiste em peixe cru finamente cortado, sendo utilizados, por exemplo, o atum, o bonito (sucedâneo do atum), o salmão, o pargo, o robalo ou o saury do Pacífico. Acompanhado com arroz Japonês, um tipo de arroz gelatinoso, e misoshiru (sopa de miso) uma sopa quente, preparada com soja, hondashi (tempero à base de peixe bonito), tofu, cebolinha e por vezes com legumes. Os amantes do peixe cru, no Japão poderão dar largas à sua paixão, sobretudo porque sashimi e sushi são largamente consumidos, sendo facilmente encontrados em restaurantes, inclusivamente económicos, em centros comerciais por exemplo. Consta-se que os Japoneses também consomem shashimi de carne e de frango!
O ramen é outro dos pratos Japoneses espalhados pelo Mundo. “Ramen shop” um filme de 2018 descreve bem o significado dessa iguaria para eles. Diz-se que os Japoneses nada inventaram, pegaram nas coisas que outros inventaram e melhoraram-nas. No Japão, Sapporo é considerada o berço do ramen, mas este prato tem origem na China, onde se chama lamen, as tais sopas de noodles, outrora um prato simples da classe trabalhadora. O ramen até se come com uma colher de sopa Chinesa e com pauzinhos. Trata-se de uma sopa, com noodles chineses, cuja base são caldos que demoram horas a preparar. As especiarias, legumes, carne ou mariscos que pode conter tornam-no diferente de local para local. A montagem final do prato torna-o esbelto e apelativo ao consumo (os olhos também comem) à semelhança de muitos pratos Japoneses cuja aparência visual faz abrir o apetite, e isso conjugado com os aromas exóticos, são combinações perfeitas. Ramen, de vários tipos, ingredientes e sabores, existem em quase todo o lado. Assim como as gyosas, no Japão predominam as gyosas fritas, sempre acompanhadas de arroz, grandes quantidades que cozinham em arrozeiras, aparelhos elétricos próprios para cozer arroz, e depois aquecem, não em micro-ondas mas num outro aparelho elétrico próprio com circulação de jatos de ar quente.
Japão, Tóquio, máquina de pedidos de pratos em restaurante económico
Japão, Tóquio, kibi dango
Japão, Tóquio, yakitori e Kushiage
Japão, Tóquio, última refeição em solo Nipónico
Em Sapporo não esquecerei uma situação engraçada. Quando voltava do estádio, chegado ao centro da cidade andava à procura de um local para almoçar. Entrei por um “underground pedestrian overpass” e encontrei um self service algures por lá. Tinha bom aspeto. Estranhei o ambiente, era muita gente de negócios (nada de turistas estrangeiros) e supostamente funcionários da Câmara Municipal, pois o edifício era ali perto. Eu perguntei “City hall workers?”, mas ali falavam mal Inglês não devem ter percebido, eles sorriam diziam “yes, yes”. O local era aberto ao público. Acabei sem saber, por ir parar ao refeitório da Câmara lá do sítio. Fui muito bem atendido e a comida era muito boa, comi uma refeição completa, e com fruta fresca, e mais “grave” é que paguei praticamente o mesmo que pago num qualquer refeitório da CMLisboa onde trabalho….
Okonomiyaki é um nome a não esquecer! No meu caso, por ser a última refeição que comi no Japão, e só há pouco descobri o que na realidade comi! Okonomi significa “o que você quer” e yaki significa “grelhado” ou “frito”. Trata-se de uma panqueca ou omelete, com vários ingredientes, feita com farinha, contendo caldo de vegetais ou ovos e repolho finamente picado, e na maior parte dos casos, de cebolinho, cebola, carne (geralmente de porco), polvo, lula, camarão, vegetais ou queijo e regado com finas tiras de maionese. Katsuobushi foi o nome que, ao fim de muito pesquisar na internet, descobri o que eram afinal aquelas coisas de cor castanha que se mexiam em cima da omelete, e por isso não consegui comer até ao fim…ninguém me soube explicar ao certo o que era, no restaurante ainda perguntei às pessoas ao lado “it moves, is it alive? what´s this?”, mas em vão! Tratam-se de lascas de peixe bonito seco, de tão finas que são mexem imenso…as yakitori (espetadas grelhadas de frango) e as Kushiage (espetadas grelhadas de carne) e o sushi foram a minha salvação…horas depois estava de regresso a casa, um voo totalmente noturno de 12h30 até Paris onde acabei por jantar novamente, e claro, dormir! Quem viajar do Extremo Oriente para a Europa, se embarcar no avião por volta da meia noite, irá jantar e tomar o pequeno almoço por duas vezes, uma em terra e outra no ar!
Yakisoba, outro prato saboroso, feito na chapa, onde se fritam em óleo de gergelim, noodles Chineses, repolho, cenoura, cebola e outras verduras, carne de bovino em tiras e peito de frango em cubos, tudo regado com molho de soja ou molho teriyaki
O Japão é um paraíso de cerveja facilmente citamos as marcas Asahi, Sapporo, Kirin ou Suntory que são excelentes e por cá facilmente encontramos algumas.
Em Tóquio, nas imediações do Nissan Crossing, no distrito da Ginja, na Ginza Lion podemos desfrutar de uma refeição típica numa cervejaria ao estilo Nipónico. Tempura por exemplo, é um dos petiscos que os Nipónicos consomem com cerveja. Foram os Portugueses que levaram a ideia para o país do Sol Nascente, as pataniscas de bacalhau que eles adaptaram a vegetais e mariscos. Já agora, em Japonês, “obrigado” diz-se “arigato’!
Além da tempura, nos pratos fritos, destaca-se o karaage, internacionalmente conhecido por “Japonese fried chicken”. Trata-se de frango frito num óleo leve. A carne é primeiramente temperada com shoyu, alho, gengibre, saquê, e depois passada por farinha de trigo temperada ou amido de milho. Pode ser servido em forma de donburi, ou seja, numa tigela, em cima de arroz ou vegetais, levando um molho fervente por cima da carne.
Mabo dofu, é um prato tradicional do Japão e da China, onde é chamado de mapo tofu, tendo nascido em 1254 próximo da cidade chinesa Chengdu. O prato é tradicional, com as as devidas adaptações ao gosto Nipónico, em Hiroshima, a cidade destruída pela guerra nuclear, renasceu das cinzas e hoje é tida como um paraíso gastronómico! De peixe e frutos do mar, mas também de okonomiyaki. O mabo dofu tem sabor agridoce, consistindo em tofu colocado num molho picante, oleoso e vermelho brilhante, à base de fava fermentada, pasta de pimenta e feijão preto fermentado, juntamente com carne de bovino picada. É acompanhado com arroz.
Takoyaki é uma especialidade de comida de rua de Osaka, provar é uma das coisas tidas como obrigatórias para quem visita o Japão! Junto ao Castelo de Osaka, não perdi a oportunidade de experimentar, embora não tenha ficado apreciador. Takoyaki significa “polvo frito ou grelhado”, sendo um bolinho redondo, semelhante a uma panqueca, temperada com uma massa muito mole, quase líquida, vertida numa chapa quente, especial para Takoyaki, sendo recheado com pedaços cortados de polvo pequeno, tenkasu (raspas de tempura, gengibre picado e cebolinha.
Em viagens é normal fazermos loucuras, no Japão a minha foi provar fugu, o peixe possuidor de um veneno letal, mais forte que o cianeto, para o qual não existe antídoto. Para o servir, os cozinheiros passam por uma formação de 3 anos e os restaurantes têm de exibir em local visível a licença. Tirei uma foto com o cozinheiro para a posteridade. O fugu é consumido no Japão mas também por exemplo no Brasil, no entanto, pelos vídeos que vemos no youtube, os cuidados são muito aquém dos tidos no Japão, onde, mesmo assim, existem pessoas que morrem por consumirem fugu que não foi preparado por um profissional qualificado. Fugu no Brasil é chamado de baiaku, baiagu, sapo-do-mar ou peixe-balão, este último pelo facto do peixe ao sentir-se ameaçado auto inflar-se, aumentando imenso de volume. Os fugus são uns peixinhos lindos que encontramos em aquários na entrada dos restaurantes que servem a iguaria, apesar da sua aparência inofensiva, tratam-se do segundo vertebrado mais venenoso do planeta, ficando atrás apenas de uma rã, a phyllobates terribilis, existente em algumas regiões da Colômbia.
No Japão o fugu chega vivo à cozinha dos restaurantes, o cozinheiro começa o preparo dando-lhe um golpe com um cotel por forma a separar os maxilares, evitando assim ser mordido. Depois, as barbatanas são retiradas, assim como a boca e as narinas. A fase seguinte é eliminar a pele, as vísceras e os olhos do peixe que são extremamente venenosos e devem ser removidos e descartados com bastante cuidado. O peixe, até esta fase, ainda continua vivo, pois ainda se mexe! Se o cozinheiro se cortar por acidente enquanto manipula um fugu, em poucos segundos ele poderá apresentar sérios problemas cardiorrespiratórios e morrerá em poucos minutos. O preparo do fugu demora cerca de uma hora, e o cozinheiro passa mais de metade desse tempo a eliminar completamente qualquer vestígio de sangue que possa estar presente na carne, pois também contém muitas toxinas. Um quarto do peso de um fugu, consiste em órgãos e estruturas venenosas, sendo o seu descarte outra situação crítica a ter em conta, pois existem casos de animais e pessoas sem abrigo que já morreram depois de consumirem esses dejetos por acidente. Assim, os restaurantes são obrigados a deitar tudo fora em lixos especiais que são lacrados com cadeados. Depois de limpa e completamente livre de substâncias tóxicas, a carne do fugu é servida num “set”, uma parte é cortada em fatias extrafinas, um sashimi que se consome com pauzinhos molhando os bocadinhos nos respetivos molhos, outra é servida frita, com limão parecendo-se com filetes, e outra parte cozida com legumes e vegetais finamente cortados. A maior loucura é mesmo os cerca de 60€ que custa a brincadeira, nada que não possamos fazer uma vez na vida. Aliás, eu esperava que fosse bem mais caro e por isso não iria experimentar, mas penso que há fugus bem mais caros pois existem diversas variedades. A experiência valeu por si só, posso dizer que fui ao Japão, comi fugu e estou cá para contar! O gosto (come-se…) não é nada de especial e que queiramos repetir! Muitos Japoneses nunca provaram, por exemplo o guia do tour que fiz ao Monte Fuji, disse logo, quando lhe perguntei se tinha provado, “eu não, isso é para ricos”! Fugu é perigoso, a maruca cozida é bem mais seguro…e barato!
Japão, Osaka, licença do restaurante que serve fugu
Japão, Osaka, fugus no aquário do restaurante
Japão, Osaka, fugu
Japão, Osaka, fugu, set completo
Japão, Osaka, fugu, sashimi
Japão, Osaka, fugu, frito
Japão, Osaka, fugu, ementa do restaurante
Japão, Osaka, cozinheiro de fugu no restaurante…a ele devo o facto de estar vivo!
A outra loucura, mas esta somente ao nível do preço é o bife de Kobe. Um churrasco no Japão é uma experiência única, pois o país é possuidor da melhor carne do Mundo! Repito, do Mundo! No Japão há muitos anos era proibido matar animais para consumo, sobretudo por motivos religiosos (Budismo), logo os bovinos da raça Wagyu há séculos eram utilizados apenas para trabalho no cultivo do arroz. O que os Japoneses perderam durante tantos anos…
A carne de vaca da raça Wagyu possui um sabor mais suave e único, muitíssimo suculenta (parece que se derrete na boca) o que torna a experiência de degustação inesquecível e irrepetível fora do Japão. A sua suculência e maciez, advêm do seu marmoreado, a distribuição da gordura entre as fibras, formando um entremeado de carne e gordura.
Os bovinos da raça Wagyu que produzem o bife de Kobe são alimentados à base de grãos especiais, maçãs e cerveja, pois de acordo com os criadores, a cerveja estimula o apetite e faz com que eles comam mais. Além da alimentação, eles são tratados com muitos luxos, por exemplo, com acupuntura, escovados diariamente com saquê para eliminar insetos e parasitas, tapetes térmicos para dormirem durante o Inverno, massagens para relaxar e música clássica.
O preço do Kg começa nos 200€, podendo subir por aí fora pois existem restaurantes que servem 100 gramas por valores na ordem dos 500€! Apesar de tudo, nem toda a carne Wagyu é considerada como bife de Kobe, podendo existir variantes como Bungo, Matsusaka e Ohmi, obviamente mais económicas. Na casa dos 60€ já se consegue jantar um churrasco de carne da raça Wagyu, ou de várias carnes com porco também, que também é deliciosa, e à semelhança da carne bovina, é totalmente diferente da que comemos por cá!
Em Osaka tive o privilégio de provar estas iguarias, a primeira vez, na companhia de um casal de Hong Kong, que conheci dias antes em Quioto e nos reencontramos ocasionalmente pela Namba. Muito simpáticos, ele Alemão e ela Cantonesa! Já tinha jantado e passava da meia noite e ainda fui comer churrasco. Na Namba a vida não para…
Tanto no fugu como num churrasco, a experiência vale pela degustação, não pela grande quantidade que é servida. Obviamente que sustentar-me com isto no Japão seria pior que alimentar um burro a pão de ló!
Num churrasco, a carne vem crua para a mesa, em pequenos bocados e é colocada pelo cliente a assar num braseiro existente nas mesas que é aceso à distância, depois com os pauzinhos é comida não sem antes ser passada pelos molhos, de soja e de wasabi, acompanhado com arroz Japonês. Em Tóquio, na última noite ao jantar, repeti a experiência carnal, tendo ficado marcado como o jantar de despedida do Japão! A última loucura…
Carne Japonesa, mas em forma de menu, não em churrasco, também comi em Sapporo, na companhia de uma amiga Americana que no ano anterior conheci na Índia e do seu marido Japonês, e nos reencontramos durante o Snow fest.
Nas lojas e nos mercados podemos ver diversos produtos à venda, além da carne bovina da raça Wagyu (que pena não ter ali a minha casa com o meu braseiro!!!), também peixe, sardinhas inclusivamente, fruta e zuke, também chamado de tsukemono, os picles tradicionais Nipónicos, onde se destacam os Nara zuke, picles especiais de Nara feitos com borras de saquê, um resíduo que se obtém na produção do saquê, a bebida nacional, cujas primeiras técnicas de o fabricar são de Nara. Uma bebida fermentada sendo produzida a partir de arroz, água e kōji (um fungo).
Doces Japoneses também são famosos, sendo tido como mais saudáveis e menos calóricos que os doces ocidentais. O kibi dango é um doce comido nas barracas de rua nas proximidades do Templo de Asakusa em Tóquio. São bolinhos feitos de farinha de milho e arroz, cozidos e depois revestidos com Kinako (farinha de soja integral torrada e moída). Em grande parte da doçaria Nipónica, a matcha é a matéria prima mais importante, trata-se do broto (semente do arbusto) do chá verde, moído, existindo diversos bolos feitos de matcha. Gelados inclusivamente de matcha são uma excelente forma de fazer uma pausa a meio do dia quando passeamos. Trouxe alguns bolos comigo na bagagem, comprei no aeroporto, assim como a própria matcha solúvel em água e também chá verde. Matcha também é usada para fabrico dos famosos chocolates Kit kat, assim como o wasabi!
A Ásia tem muito mais que ver e descobrir e provar. A gastronomia Coreana anseio por provar “in loco”. Taiwan também está na minha lista de desejos sobretudo para um dia jantar no seu “Modern Toilet Restaurant”! Pode ser mesmo num meu aniversário! In Asia, a toilet trip, a toilet birthday? Why not????!!!!
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Japão, Hiroshima, misoshiru e karaage servido em forma de donburi
Japão, Hiroshima, mabo dofu
Obviamente que dessas especialidades todas, não faria a minha alimentação diária. Até me ajeito bem na cozinha (doces não…) e já reproduzi em casa alguns pratos que provei lá fora, incluindo receitas Asiáticas, algumas num wok que tenho cá em casa. Na internet existem diversos vídeos que ensinam a fazer pratos estrangeiros, mas também pratos nacionais como por exemplo o Sabor Intenso. Nacionalismos à parte, obviamente Portugal possui a melhor gastronomia do Mundo! No último ano tive oportunidade de dar uns passeios pelo Norte, pela Nazaré, pelo Alentejo e pelo Algarve, pela Ria Formosa, de Tavira a Faro, passando por Olhão por Vila do Bispo e banquetear-me com excelentes manjares. E agora com o Verão à porta vou banquetear-me em casa perto da Praia da Falésia com a sardinhada, o meu prato de eleição, com o meu record cifrado em 18!