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Alojamento no Porto

CONHECER O PORTO

 

PORTO

Dizem que o Porto é cinzento, tristonho, que lhe falta aquela luz que o Tejo dá a Lisboa. Tem dias! E mesmo nesses dias não perde o encanto. Mas ontem, quando abri a janela, debruçada sobre o Douro, o sol beijou-me o rosto. Um sol com cheiro a mar. O casario da Ribeira, ergueu-se diante do meu olhar, em todo o seu esplendor. Na minha varanda, os amores-perfeitos, respiravam frescura, as últimas gotas do orvalho da alvorada. Nas ruas já se sentia o bulício do fim-de-semana. Entre os trausentes, haviam dezenas de turistas, que se amontoavam à porta das lojas de artesanato, e aqui e ali iam espreitando as ementas, comerciantes, que acabavam de compor as montras, e peixeiras de cesta à cabeça a fazer as últimas entregas da manhã.

Por volta da hora de almoço, os fogareiros saltaram para a entrada das casinhas muitas delas transformadas em restaurantes típicos. Cheirava a peixe grelhado, como na minha aldeia. E o cheiro parecia não incomodar os estrangeiros, aliás atrevo-me a dizer que vêm à procura destes cheiros, desta genuinidade tão característica da Invicta.

—Texto de Vera Ribeiro—

Rua de Santa Catarina - Porto

Rua de Santa Catarina – Porto

Quais os pontos principais a conhecer no PORTO?

A cidade do Porto situada a norte de Portugal, tem uma localização fantástica junto da foz do Douro.

Com um conjunto arquitectónico de grande importância, a cidade do Porto tem obtido cada vez maior reconhecimento mundial pela sua diversidade cultural, histórica (uma das cidades mais antigas da Europa) e com um centro histórico composto por casas típicas e ruelas que tornam este um cenário de enorme beleza. A boa gastronomia da região do Porto é também uma referência.

Aqui encontra um breve roteiro de 03 dias, com algumas das atracções principais para uma escapadela à cidade Invicta.

Porto através da margem de Gaia

Porto através da margem de Gaia

 

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Dia 1

CENTRO DO PORTO

Caso opte pelo hotel recomendado, saiba que o Grande Hotel de Paris, de estilo Belle Époque, é o hotel mais antigo do Porto e situa-se apenas a 400 metros da Estação Ferroviária de São Bento. O hotel disponibiliza quartos com um mobiliário de época e varandas privadas com vistas sobre o centro do Porto.

Avenida dos Aliados

No centro da cidade invicta, a Avenida dos Aliados é a mais importante do Porto.

É palco de todos os grandes eventos da cidade.

Avenida dos Aliados - Porto

Avenida dos Aliados – Porto

Torre dos Clérigos

A Igreja dos Clérigos no seu estilo barroco é um dos símbolos da cidade. A sua Torre pode ser vista através de vários pontos da cidade.

CLÉRIGOS

Torre dos Clérigos

 

Livraria Lello

Uma das mais belas livrarias do mundo. Inaugurada em 1906 apresenta um estilo neogótico.

Um local surpreendente pela sua enorme beleza.

Livraria Lello e Irmãos

 

Estação de S. Bento

 O átrio principal faz desta uma das estações mais belas do mundo.

As paredes da entrada da estação são compostas por painéis de azulejos de incríveis pormenores.

ESTAÇÃO S.BENTO

Estação de S.Bento

 

ESTAÇÃO S.BENTO

Azulejos da Estação de S.Bento

 

Leitaria do Paço

A sua pastelaria de cariz artesanal, confecciona desde 1920 os famosos Éclaires recheados com Chantilly, entre os quais se destaca o Éclair de Chocolate, registado como o Doce do Porto.

Rua de Sta. Catarina

É a artéria mais comercial da Baixa do Porto. O centro comercial Via Catarina pela decoração ao estilo das ruas típicas do Porto merece uma visita.  O Café  Majestic, inaugurado em 1921 é um dos principais pontos turísticos da rua de Santa Catarina. A Capela de Santa Catarina ou das Almas é uma referência que deve visitar.

RUA DE SANTA CATARINA

Rua de Santa Catarina

 

Café Santiago 

Para provar um dos principais pratos típicos do Porto, o café Santiago (frente ao Coliseu) tem uma das melhores francesinhas da cidade.

Mercado do Bolhão

É o mercado mais emblemático da cidade, existente no local desde 1850.

O mais importante mercado da cidade.

Mercado do Bolhão

 

Dia 2

CAIS DA RIBEIRA / CAVES DO VINHO DO PORTO

Sé Catedral

Situada no centro do Porto, é um dos monumentos mais antigos da cidade e dos monumentos românicos mais importantes do país.

Palácio da Bolsa

O Palácio da Bolsa foi construído em 1842 com diversos estilos arquitectónicos.

Igreja de S.Francisco

A Igreja de São Francisco é um monumento gótico, com uma excelente decoração barroca no seu interior. Possui a mais bela talha dourada de toda a Europa. A descida às catacumbas é obrigatória.

Igreja de São Francisco

 

Cais da Ribeira

O Cais da Ribeira do Porto é um dos locais mais antigos e típicos da cidade. Actualmente é um local repleto de bares e restaurantes, de onde poderá apreciar a bela ponte D.Luís, os barcos rabelos ou a visualizar a margem de Vila Nova de Gaia. Um passeio de barco pelo rio Douro é uma opção possível.

RIO DOURO

Ribeira do Porto

 

Ponte D. Luís

Estrutura metálica com dois tabuleiros, construída entre os anos 1881 e 1888, ligando as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia.

Ponte Dom Luís

 

Cais de Gaia

Durante largos séculos, o Cais de Gaia foi o porto fluvial de exportação  de diversas mercadorias, sendo uma das principais, o Vinho do Porto. Local com diversos bares, restaurantes e as famosas Caves do Vinho do Porto.

Caves do Vinho do Porto

A região do Douro, com os seus magníficos socalcos fazem parte da mais antiga região demarcada de vinho nomundo e a única que pode  produzir vinho do Porto.

PORTO

Vista panorâmica do Porto através de Vila Nova de Gaia

 

Visite umas das várias caves possíveis existentes à mais de 200 anos, conhecendo a sua história e provando os paladares distintos do Vinho do Porto. As caves Sandeman ou a Ferreira do Porto são alguns exemplos de caves mundialmente famosas.

Dia 3

FOZ DO DOURO

Palácio de Cristal

O Palácio de Cristal e os seus jardins foram projectados no século XIX. Uma das mais belas vistas panorâmicas da cidade e do rio Douro.

Foz do Douro

No lado ocidental da cidade situa-se a Foz do Douro. Local onde o Douro se encontra com o Oceano Atlântico. Passeie pela margem do Rio Douro e aprecie a paisagem numa das diversas esplanadas na zona.

Sea Life

Um espaço de lazer dedicado à vida marinha.

Museu do Vinho do Porto

Foi o primeiro museu do país em 1833 pelo rei D.Pedro IV.

Retrata a história do famoso Vinho do Porto.

Casa da Música

Na Rotunda da Boavista, entre o centro histórico e a Foz, encontra a Casa da Música.

Autoria do famoso arquitecto holandês Rem Koolhaas.

Casa da Música

 

Mercado do Bom Sucesso

O Mercado do Bom Sucesso foi recentemente reabilitado, apresentando-se agora com um novo conceito onde poderá degustar o melhor da gastronomia nortenha.

Museu de  Arte Contemporânea da Fundação Serralves

A Fundação de Serralves alberga a Casa de Serralves, o parque e os jardins, e o Museu de Arte Contemporânea que foi desenhado pelo arquitecto Siza Vieira.

PORTO

Vista panorâmica do Porto

 

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Portugal

CONHECER SINTRA

 

SINTRA, com a sua imponente serra salpicada de palácios, igrejas e quintas senhorais, que se estende em ondas de verde até ao oceano. O fascínio dos aglomerados urbanos da Vila Velha, da Estefânia e das aldeias que dão colorido à charneca saloia, constitui um local privilegiado por excelência, de inegável beleza e interesse cultural e natural.

Elevada a Paisagem Cultural do Património da Humanidade, atribuída pela UNESCO em 1995, Sintra é um imenso livro aberto cheio de imagens do passado, emolduradas numa Natureza fascinante.

 

Sintra-on-Map-of-Region-of-Lisbon

 

10 Razões para visitar SINTRA…

1) Sintra, Património Mundial- Localizada numa serra granítica, a menos de meia hora de Lisboa, Sintra beneficia de um microclima único, razão por que, desde a ocupação romana, foi procurada para veraneio de reis e aristrocatas que construíram e plantaram em Sintra palácios, jardins e florestas de valor incalculável e de vista incontornável.

2) Serras de Sintra- Em Sintra respira-se verde. O verde das escarpas agrestes da Serra  que envolve a Vila, ao mesmo tempo deminadora e protectora. Podemos visitar o Convento dos Capuchos, o Parque da Pena, o Parquer de Monserrate e o Parque da Liberdade.

3) Quinta da Regaleira- É um dos mais surpreendentes monumentos da serra. Da floresta luxuriante emerge um palácio fascinante, entre o neo-gótico, o neo-manuelino e o neo-renascentista, esculpido, no início do século XX.

4) Praias- A beleza natural de Sintra desce da serra até ao mar. O recorte do litoral esconde baías verdadeiramente surpreendentes que as águas frias e intempestivas do Atlântico foram sonegando à rocha secular. Para deleite de todos quantos não dispensam um mergulho revigorante ou dos mais arrojados que enfrentam o azul profundo. Para igual prazer dos que se entregam ao lento caminhar no marulhar espumosos das ondas ou tão só ao desfrute dos raios de sol.

5) Eléctrico de Sintra- O eléctrico de  Sintra é muito mais do que um meio de transporte. Tudo começou na segunda metade do século XIX, quando o caminho de ferro chegou a Sintra…

6) Palácio Nacional de Sintra- No centro histórico, duas chaminés brancas, cónicas, elevam-se simetricamente: são o Ex-libris da Vila, símbolo do Palácio Nacional de Sintra ou Palácio da Vila. De origem árabe, foi sendo moldado pela reconquista cristã: aos traços mudéjares alaram-se linhas góticas e manuelinas. Único sobrevivente dos paços reais medievais, acolhe um acervo ímpar de azulejaria e hispano-mourisca. É um monumento nacional desde 1910.

7) Palácio Nacional da Pena- O Palácio NAcional da Pena, expoente máximo da arquitectura romântica, é o sonho tornado realidade de um rei artista, D.Fernando de Saxo-Coburgo-Gotha, consorte de D.Maria II. Numa surpreendente harmonia , convivem, como que ao acaso, estilos tão diferentes como o neo-manuelino, o neo-gótico e o neo-árabe. O interior rivaliza em beleza e opulência. Erguido entre 1839 e 1885, o Palácio Nacional da Pena  é, desde 2007, uma das sete maravilhas de Portugal. Mas, acima de  tudo, uma maravilha que Portugal oferece ao  mundo.

8) Cabo da  Roca- O Cabo da Roca, para os  geógrafos, é o ponto mais ocidental do continente europeu. Para os poetas, o ponto onde a terra acaba e o mar começa. A paisagem é agreste, como que a espreitar o abismo, penhascos descem até ao bater incessante das ondas, vigiadas do alto de um farol. Como testemunho da presença em tão carismático lugar, o visitante pode adquirir um certificado no posto de turismo local.

9) Gastronomia e Vinhos- O património gastronómico de Sintra igaula o monumental e o paisagístico em riqueza e diversidade. Dos pratos de carne, salientam-se o Leitão de Negrais, a Carne de Porco às Mercês, o cabrito e a vitela  assada. O litoral da região de Sintra é abundante em peixe fino, marisco e moluscos. Na doçaria, o destaque vai, inevitavelmente, para as Queijadas de Sintra, doce ancestral que vem, pelo menos, desde a Idade Média. Todavia, outros há que merecem ser provados, os Travesseiros, os Pastéis da Pena, as Nozes de Colares e os Fofos de Belas. A acompanhar qualquer refeição,  indispensável é o Vinho de Colares, sobretudo na sua famosa casta Ramisco, um dos primeiros da gloriosa carta de vinhos de Portugal.

10) Castelo dos Mouros- O Castelo dos Mouros, construção militar árabe do século VIII, sobreviveu ao tempo e hoje permanece como miradouro, mas de uma paisagem deslumbrante que se divide entre  a serra, a vila e o mar.

 

Conheça um pouco mais dos surpreendentes monumentos de SINTRA:

 

Castelo dos Mouros

O Castelo dos Mouros é uma fortificação militar testemunho da presença islâmica na região, de edificação provável entre os séculos VIII e IX e ampliado depois da reconquista. Sobranceiro à Vila de Sintra, a sua função era de atalaia, garantindo a proteção de Lisboa e arredores.

Foi adquirido e restaurado como ruína medieval, também ao gosto romântico da época, por D. Fernando II.

O Castelo apresenta uma planta irregular e é constituído por uma dupla cintura de muralhas. A muralha interior apresenta um adarve, ameias e o reforço proporcionado por cinco torreões. Destacam-se, no seu interior, a cisterna, abastecida por águas pluviais e a Torre Real.

Do alto das suas muralhas é possível admirar uma paisagem única, com a vila de Sintra em primeiro plano e estendendo-se até ao oceano Atlântico. Permite avistar, ao longo da linha de costa, a Praia das Maçãs e a Ericeira e, também, Mafra e a serra de Sintra, coberta de verde e pontuada por belas quintas, românticos chalets e interessantes palácios.

Decorrem atualmente escavações arqueológicas que têm vindo a esclarecer muitas questões sobre a história da presença humana neste local e constituem também uma atração, dado que podem ser acompanhadas pelos visitantes.

 

Coordenadas: 38º47’31″N / 9º25’9″ W

Preços e Horários – Informação AQUI.

Aberto todos os dias do ano (exceto 25 de dezembro e 1 de janeiro). Os preços estão sujeitos a alterações.

Sintra- Portugal

Castelo dos Mouros @ credits_PSML_Emigus

 

Convento dos Capuchos

O “Convento dos Capuchos” ou “Convento da Cortiça” foi fundado em 1560 por D. Álvaro de Castro, conselheiro de Estado de D. Sebastião, com o nome de Convento de Santa Cruz da Serra de Sintra. É notável pela extrema pobreza da sua construção, que materializa o ideal da Ordem de São Francisco de Assis, e pelo uso extensivo da cortiça na proteção e decoração dos seus pequenos espaços.

Abandonado em 1834, com a extinção das ordens religiosas que o regime liberal determinou, foi adquirido pelo Conde de Penamacor e, mais tarde, por Francis Cook.

Edificado no respeito pela harmonia entre a construção humana e a construção divina, funde-se com a natureza, indissociável da vegetação e incorporando na construção enormes fragas de granito. Diz-se que Felipe I de Portugal (II de Espanha) depois de visitar Sintra e o Convento dos Capuchos, em 1581, terá comentado que em todos os seus reinos havia dois sítios de que mais gostava: o Escorial pela sua riqueza e o Convento dos Capuchos por ser tão pobre. “De todos mis reinos, hay dos sitios que mucho estimo, el Escorial por tan rico y el Convento de Santa Cruz por tan pobre”. A mata que o rodeia foi, durante séculos, acarinhada e mantida pelos religiosos que habitaram o Convento, tendo sobrevivido à gradual desflorestação da serra de Sintra. Constitui, assim, um exemplo notável da floresta primitiva da serra de Sintra, sendo essencialmente constituída por carvalhos caducifólios, com elementos do maquis mediterrânico, associados a uma grande profusão de fetos, musgos e plantas epífitas e trepadeiras que tudo envolvem e recobrem num denso emaranhado vegetal.

Pela sua raridade, estado de conservação e porte de muitos exemplares, esta mata representa um importante valor natural que importa salvaguardar.

 

Coordenadas: 38º46’59″N / 9º26’09” W

Preços e Horários – Informação Aqui.

Aberto todos os dias do ano (exceto 25 de dezembro e 1 de janeiro). Os preços estão sujeitos a alterações.

Convento dos Capuchos @ credits_PSML_Emigus

Convento dos Capuchos @ credits_PSML_Emigus

 

Palácio Nacional de Queluz

Residência real de duas gerações de monarcas, a cerca de 15 minutos de Lisboa, o Palácio Nacional de Queluz constitui um conjunto patrimonial de referência na arquitetura e no paisagismo portugueses, e contém um importante acervo que reflete o gosto da corte nos séculos XVIII e XIX, percorrendo o Barroco, o Rocaille e o Neoclássico.

A sobriedade das fachadas exteriores do palácio contrasta com as fachadas de aparato, voltadas para o interior, prolongadas por parterres de broderie em buxo num enquadramento de dezasseis hectares de jardins. Os jardins desenvolvem-se ao longo de eixos, animados por jogos de água e pontuados por estatuária inspirada na mitologia clássica. No interior destacam-se as salas de aparato, tais como a Sala do Trono, a Sala da Música e a Sala dos Embaixadores, os aposentos reais e a capela cuja obra de talha dourada de inspiração Rococó viria a tornar-se uma importante referência na região de Lisboa.

O Palácio Nacional de Queluz foi concebido como palácio de verão, entre 1747 e 1789, por iniciativa do segundo filho de D. João V, D. Pedro de Bragança, a quem pertencia a Casa de Campo de Queluz, antiga residência dos Marqueses de Castelo Rodrigo. Esta quinta integrava a Casa do Infantado, de que D. Pedro de Bragança era 3º Senhor, criada em 1654 por alvará do Rei D. João IV a favor dos segundos filhos dos Reis de Portugal, que reunia património confiscado a partidários dos Filipes após a Restauração da independência em 1640. Com o casamento de D. Pedro com a sobrinha, que veio a subir ao trono em 1777 como D. Maria I, D. Pedro tomou o título de Rei D. Pedro III, passando o Palácio de Queluz a residência real. Este faustoso Paço, marcado por influências francesas e italianas nos interiores e nos jardins era, então, palco de sofisticados festejos estivais a que acorria a corte de D. Pedro III e D. Maria I.

Após a morte de D. Pedro III em 1786 e do Príncipe Herdeiro D. José dois anos depois, D. João VI é aclamado Príncipe Regente em 1792, devido à débil saúde mental de sua mãe, D. Maria I. Aquando da invasão de Portugal pelas tropas napoleónicas, a capital de Portugal foi transferida para o Rio de Janeiro em 1807.

Quando D. João VI regressa a Portugal em 1821, realoja-se em Queluz, deixando no Rio de Janeiro, como regente, o seu filho mais velho D. Pedro o qual, em 1822, proclamou a independência do Brasil, de que foi aclamado Imperador com o título de D. Pedro I. Com a morte de D. João VI em 1826, D. Pedro é proclamado Rei de Portugal (como D. Pedro IV) mas abdica deste trono na sua filha mais velha D. Maria da Glória. D. Miguel, irmão mais novo de D. Pedro, com o apoio da mãe, vem a acusá-lo de traição por ter separado o Brasil de Portugal e proclama-se Rei de Portugal. D. Pedro IV, abdica então do império do Brasil no seu filho mais novo (o imperador D. Pedro II do Brasil) e volta a Portugal para lutar pelos direitos da sua filha ao trono. Seguiu-se uma trágica guerra civil que terminou em 1834 com a ascensão de D. Maria II ao trono e o exílio de D. Miguel na Alemanha. D. Pedro IV morreu quatro dias depois, a 24 de Setembro, no Palácio de Queluz, no mesmo quarto (o chamado Quarto de D. Quixote) e na mesma cama onde havia nascido 36 anos antes.

 

Coordenadas: 38º47’51″N / 9º23’26” W

Preços e Horários – Informação Aqui.

Aberto todos os dias do ano (exceto 25 de dezembro e 1 de janeiro). Os preços estão sujeitos a alterações.

Queluz- Portugal

Palácio Nacional de Queluz @ credits_PSML_Emigus

 

Parque e Palácio Nacional da Pena

Implantados no topo da serra e fruto do génio criativo de D. Fernando II, príncipe de Saxe-Coburgo e Gotha e rei consorte casado com a Rainha D. Maria II, o Parque e o Palácio da Pena são o expoente máximo, em Portugal, do Romantismo do séc. XIX, e o mais importante polo da Paisagem Cultural de Sintra – Património Mundial. Construído a partir de 1839 em torno das ruínas de um antigo Mosteiro Jerónimo erigido no século XVI por D. Manuel I, e que D. Fernando adquiriu, o palácio incorpora referências arquitetónicas de influência manuelina e mourisca que produzem um surpreendente cenário “das mil e uma noites”. Em torno do palácio, o Rei plantou, com espécies vindas de todo o mundo, o Parque da Pena (85ha) que é o mais importante arboreto existente em Portugal. Depois de visitar a Pena, o compositor Richard Strauss escreveu: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Conheço a Itália, a Grécia e o Egito e nunca vi nada que valha a Pena. É a coisa mais bela que tenho visto. Este é o verdadeiro jardim de Klingsor – e, lá no alto, está o castelo do Santo Graal.”

O convento quinhentista adquirido por D. Fernando II exerceu sobre o Rei um enorme fascínio, radicado na sua educação germânica e no imaginário romântico da época que a serra, e a valorização estética das ruínas, atraíam. O projeto inicial era, apenas, a recuperação do edifício para residência de verão da família real, mas o seu entusiasmo levou-o a decidir-se pela construção de um palácio prolongando o convento.

No parque, traduzindo a expressão da estética romântica e aliando a busca do exotismo à impetuosidade da natureza, o Rei desenhou caminhos sinuosos que conduzem o visitante à descoberta de locais de referência ou de onde se desfrutam vistas notáveis: a Cruz Alta, o Alto de Sto. António, o Alto de Sta. Catarina, a Gruta do Monge, a Fonte dos Passarinhos, a Feteira da Rainha e o Vale dos Lagos. Ao longo dos caminhos, com o seu interesse colecionista, plantou espécies florestais nativas da Europa e de muitas regiões distantes, em especial da América do Norte, da Ásia e da Nova Zelândia e Austrália: faias, sequoias, tuias, fetos arbóreos, metrosíderos magnólias, rododendros e cameleiras. O arvoredo enquadra pavilhões e pequenas edificações, compondo um cenário de inigualável beleza natural mas, também, de grande relevância histórica e patrimonial.

Aberto todos os dias do ano, é possível desfrutar deste riquíssimo património natural, através de percursos livres ou orientados, numa experiência inesquecível.

 

Coordenadas: 38º47’16″N / 9º23’15” W

Preços e Horários – Informação Aqui.

Aberto todos os dias do ano (exceto 25 de dezembro e 1 de janeiro). Os preços estão sujeitos a alterações.

 

Sintra- Portugal

Palácio Nacional da Pena @ credits_PSML_Emigus

 

Palácio Nacional de Sintra

O Palácio Nacional de Sintra, situado no centro histórico da Vila, foi habitado durante quase oito séculos por monarcas portugueses e pela corte. Era muito utilizado, sobretudo durante a Idade Média, para apoio durante os períodos de caça, como refúgio por ocasião de surtos de peste na capital ou durante os meses de verão, devido ao clima mais ameno da vila.

O edifício reúne vários estilos arquitetónicos em que sobressaem os elementos góticos e manuelinos, sendo fortemente marcado pelo gosto mudéjar – feliz simbiose entre a arte cristã e a arte muçulmana – desde logo patente nos exuberantes revestimentos azulejares hispano-mouriscos. Também no acervo das coleções expostas nos seus interiores são evidentes os testemunhos artísticos da multiculturalidade que marcou as artes decorativas portuguesas do século XVI ao século XVIII.

O Paço de Sintra é pela primeira vez referido por Al-Bacr, geógrafo árabe do século X, juntamente com o castelo que lhe faz face no alto da serra. Em 1147, na sequência da conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques, dá-se a rendição dos almorávidas de Sintra, pondo fim a mais de três séculos de domínio muçulmano. Aproximadamente na situação do atual palácio, no chamado Chão da Oliva, situava-se então a residência dos governadores mouros (walis), de que hoje nada resta.

A configuração atual do Palácio Nacional de Sintra resulta essencialmente das campanhas de obras promovidas por D. Dinis (1261-1325) − responsável pela construção da Capela −, D. João I (1356-1433) − que organiza os seus aposentos em torno do Pátio Central erguendo a atual Sala dos Cisnes, a mais antiga Sala de aparato dos palácios portugueses, e salas anexas − e D. Manuel I (1469-1521), que acrescenta ao palácio a imponente Sala dos Brasões, cuja cúpula ostenta as armas de Dom Manuel, de seus filhos, e de setenta e duas das mais importantes famílias da Nobreza, e a Ala Nascente. O edifício foi seriamente afetado pelo grande terramoto de 1755, após o que foi reconstruído, mantendo a silhueta que hoje apresenta a partir de meados do século XVI.

A revolução de 1910 vem pôr um fim abrupto à utilização do Paço de Sintra como residência real, sendo a Rainha D. Maria Pia, viúva do Rei D. Luís, a última a habitar o palácio, daqui partindo para o exílio.

 

Coordenadas: 38º47’51″N / 9º23’26” W

Preços e Horários – Informação Aqui.

Aberto todos os dias do ano (exceto 25 de dezembro e 1 de janeiro). Os preços estão sujeitos a alterações.

 

Sintra- Portugal

Palácio de Sintra @ credits_PSML_Emigus

 

Alojamento na região:

(Favor clicar na designação pretendida para obter mais informações)

Classificação Designação Morada Telefone
Hotel- 1 estrela Oceano Av. Eugene Levy, 52 – Praia das Maçãs 219292399
Hotel – 2 estrelas Hotel Ibis Rua da República da Coreia – EN 249 – Abrunheira 211582730
Hotel – 2 estrelas Hotel Nova Sintra Largo Afonso de Albuquerque, 25- Sintra 219230220
Hotel – 2 estrelas Hotel Sintra Jardim Travessa dos Avelares, 12- Sintra 219230738
Hotel – 2 estrelas Hotel Vip Inn Miramonte Av. do Atlântico, 155 – Colares 219288200
Hotel – 3 estrelas Hotel Arribas Av. Alfredo Coelho, 28 – Praia Grande- Colares 219289050
Hotel – 4 estrelas Hotel Tivoli Sintra Praça da República- Sintra 219237200
Hotel – 4 estrelas Pestana Sintra Golf Resort & Spa Hotel Quinta da Beloura – Rua Mato da Mina, 19- Sintra 210424300
Hotel – 4 estrelas Sintra Boutique Hotel Rua Visconde de Monserrate, 48- Sintra 219244177
Hotel – 5 estrelas Hotel Tivoli Palácio de Seteais Rua Barbosa du Bocage, 8- Sintra 219233200
Hotel – 5 estrelas Lawrence’s Hotel R. Consiglieri Pedroso, 38-40- Sintra 219105500
Hotel – 5 estrelas Penha Longa Hotel & Golf Resort Estrada da Lagoa Azul – Linhó 219249011
Pousada Histórica Pousada D. Maria I Largo do Palácio Nacional de Queluz 214356158
TER Quinta do Rio Touro Quinta do Rio Touro – Azóia- Colares 219292862
TER – Casa de Campo Quinta Verde Sintra Estrada de Magoito, 84 – Casal da Granja 219616069
TER – Casa de Campo Solar do Magoito Rua do Carregadouro, 2, 2A e 2B – Magoito 917524762
Turismo de Habitação Casa Miradouro Rua Sotto Mayor, 55- Sintra 219107100
Turismo de Habitação Quinta de São Thiago Estrada de Monserrate- Sintra 219232923
Turismo de Habitação Villa das Rosas Rua António Cunha, 2 – 4- Sintra 219100860

 

Para informação sobre Cafés & Restaurantes, obtenha a informação AQUI.

Calendário de Festas, Feiras e Romarias de Sintra» Festas e Feiras

 

Outras informações:

www.cm-sintra.pt

www.sintraromantica.net

www.parquesdesintra.pt

 

 

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Lisboa- Portugal

ESPLANADAS E MIRADOUROS DE LISBOA

 

Com vista para o rio ou da cidade, no topo de um edifício ou em jardim, conheça algumas das melhores esplanadas de Lisboa.

 

1) Sky Bar- Hotel Tivoli

Situada no último andar do Hotel Tivoli Lisboa, tem um bela vista panorâmica da cidade. No verão as noites de quinta a sábado são animadas por Dj´s.

Av.da Liberdade, 185- www.tivolihotels.com

Sky Bar do Hotel Tivoli

Sky Bar do Hotel Tivoli

 

2) Le Chat- Janelas Verdes

É um dos locais ideais para assistir ao pôr-do-sol.

Jardim 9 de Maio, Janelas Verdes- www.lechat-lisboa.com

Le Chat

 

3) Clube Ferroviário- Santa Apolónia

Um terraço com vista para o Tejo, equipado com um palco para concertos, cinema entre outros eventos de verão.

Rua de Santa Apolónia, 59 – clubferroviarioblog.com

Clube Ferroviário de Santa Apolónia

Clube Ferroviário de Santa Apolónia

 

4) Portas do Sol- Alfama

Tem uma panorâmica sobre Alfama e considerada a maior esplanada de Lisboa.

Largo das Portas do Sol, Beco de Santa Helena

portasdosol.biz

Esplanada das Portas do Sol

Esplanada das Portas do Sol

 

5) Miradouro de Santa Catarina (Adamastor)

Próximo do Bairro Alto- Santa Catarina

Miradouro Adamastor ou de Santa Catarina

Miradouro Adamastor ou de Santa Catarina

 

6) Miradouro do Castelo

Castelo de S.Jorge

Miradouro do Castelo de S.Jorge

Miradouro do Castelo de S.Jorge

 

7) Miradouro do Elevador de Santa Justa

Entre o Rossio e o Chiado

Elevador de Santa Justa

Elevador de Santa Justa

 

8) Miradouro da Graça

Próximo do Castelo de S.Jorge

Miradouro da Graça

 

9) Miradouro do Padrão dos Descobrimentos

Em Belém junto ao rio Tejo

Rosa-dos-Ventos a partir do topo do Padrão dos Descobrimentos

 

10) Miradouro de Santa Luzia

Próximo do Castelo e das Portas do Sol

Miradouro de Santa Luzia

 

11) Miradouro do Jardim de São Pedro de Alcântara

No Bairro Alto

Miradouro e jardim de S.Pedro de Alcântara

Miradouro e jardim de S.Pedro de Alcântara

 

12) Miradouro do Jardim do Torel

Calçada do Lavra- Avenida da Liberdade

Miradouro do Jardim do Torel

Miradouro do Jardim do Torel

 

13) Miradouro dos Terraços do Carmo

Liga o Largo do Carmo à Rua Garrett

Miradouro dos Terraços do Carmo

Miradouro dos Terraços do Carmo

 

14) Parque Eduardo VII

Marquês de Pombal

Parque Eduardo VII

Parque Eduardo VII

 

15) Miradouro da Rocha Conde de Óbidos 

Rua Presidente Arriaga – Estrela

Miradouro da Rocha Conde de Óbidos

Miradouro da Rocha Conde de Óbidos

 

 

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ALDEIAS DE GOURIM E DRAVE

 

ALDEIA DE GOURIM E DRAVE (PORTUGAL)

Na serra de S. Macário e da Freita, visitei a Aldeia de Gourim em Março de 2014.

Foi uma das experiências mais intensas que tive. Na altura escrevi este texto que agora partilho com vocês.

No caminho que faço encontro lugares indiscritíveis, perdidos no tempo e no espaço, como a Aldeia de GOURIM. Uma aldeia abandonada e em ruinas, cujo acesso se faz por um estradão de terra batida. Aldeia que outrora se desenvolveu devido à extracção mineira.

Agora é um lugar místico, único, onde caminhamos sem destino…abandonado mas que com a presença da Casa Margou (www.casamargou.pt) encontramos a possibilidade de desfrutar de momentos eternos, abundantes, momentos de encontros e reencontros, momentos de encorajamento, de meditação.

 

Aldeias de Gourim e Drave

Aldeia de Gourim

 

Um lugar onde procuramos mais um pouco da nossa essência e nos confrontamos com os “venenos” da consciência. Um lugar que nos faz sentir que estamos no lugar certo no momento certo, que a realização vem do balanço entre o dar e receber…um lugar que na primavera parece o arco iris, onde as montanhas ficam pintadas de amarelo, lilas, branco, verde, onde cheiramos as flores da urze e da carqueija, onde desfrutamos da natureza em toda a sua plenitude, sentimos a caricia do vento e ouvimos as águas do riacho tranquilizar a nossa alma.

No momento de ir embora agradecemos a existência deste local, destes momentos e das pessoas que caminham ao nosso lado, caminhamos em frente com a sabedoria de que tudo o que unirmos em consciência em consciência receberemos e com a certeza de um dia voltar.

 

Aldeias de Gourim e Drave

Serra de São Macário

 

Aldeia de Drave pode deixar o carro no cruzamento para Gourim e ir a pé. Até lá a estrada tal como para Gourim é tipo caminho de cabra.

Prepare-se para a descer todos os santos ajudam! A subida é dura. Mas vale a pena.

A aldeia mágica de Drave. Parece uma aldeia retirada de um conto de fadas! Uma aldeia misteriosa e encantadora, desabitada há cerca de 15 anos, situada entre as serras de São Macário e da Freita. Não há electricidade, água canalizada, rede de telemóvel ou mesmo estradas que permitam o acesso por automóvel.

Pode acampar e refrescar-se nas águas frias e azuladas que por ali passam.

 

Aldeias de Gourim e Drave

Aldeia de Drave

Visitei a aldeia em 20 de Junho de 2015, com uma pessoa que tinha acabado de conhecer e que nunca mais vi até hoje. Agora pensando nisso, acho que tudo ficou em Drave…Drave guarda os instantes que passámos naquela aldeia, tal como guarda as alegrias, os segredos, as tristezas daquelas gentes que habitaram aquela Aldeia Mágica!

Pouco falámos…pouco fiquei a saber daquela pessoa que se mostrou disposta a acompanhar-me a Drave. Foi notório que estávamos ali os dois para sentirmos Drave e escutarmos o nosso “Eu”.

Recomendo a visita a esta Aldeia. Levem a tenda de campismo, um violão e fiquem por lá uma noite!

Os escuteiros tem-se dedicado à reconstrução da aldeia e inclusive existe um documentário que fala sobre Drave “Uma montanha do tamanho do Mundo”.

 

Aldeias de Gourim e Drave

Aldeia de Drave

 

– Texto e imagem de Cláudia Videira –

www.facebook.com/claudia.videira.25

mirasol@sapo.pt

 

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ALDEIAS DE XISTO DA FIGUEIRA

 

Momentos de SER e ESTAR na Aldeias de Xisto da Figueira e arredores

Naquele fim de semana apetecia-me estar sozinha.

Sair do quotidiano “maluco” para me obrigar a descansar ..a ouvir-me a mim própria..a sentir o meu Eu…apetecia-me andar descalça na natureza, deitar-me e quem sabe rolar por alguma planície!

Não podia escolher melhor um bungalow da Azenha perto da Praia Fluvial do Malhadal, a cerca de 8km de Proença a Nova.

E querem saber de um episódio engraçado. O rapaz da receção deu-me quase todas as indicações utilizando o termo “vocês isto” ..vocês aquilo”..até que eu o chamei à atenção e lhe disse : “pode falar no singular pois estou sozinha “ e ele respondeu “ ah desculpe é que ninguém vem sozinho e então daí o habito de explicar no plural “…pronto e lá continuou por um bom bocado vocês isto..voçês aquilo!

Nos meses de verão dizem as gentes de lá que aquele lugar é animado.

Eu estava no meio do nada, sem uma viva alma por perto, mesmo em frente da minha “casinha” havia um riacho com uma queda de água. Rapidamente deixei os meus pertences no quarto e fui explorar/fotografar aquele lugar…

Era tudo o que procurava… sentei-me naquelas pedras em frente à queda de água, tirei as sapatilhas e as meias e senti aquelas águas frias mas límpidas. Aqueles momentos foram únicos..momentos de presença.

 

aldeia xisto

Casa do Açude – Eventur – Malhadal

 

A cerca de 200m tinha a praia fluvial do Malhadal, outro pequeno paraíso, onde tem um trilho que acompanha o rio.

Caminha-se sem destino…sem pensamentos, apenas o Aqui e Agora.

aldeia xisto

Praia fluvial do Malhadal

 

Claro que no meio deste lugar silencioso e de extrema beleza o telemóvel não foi desligado e troquei algumas mensagens com uma pessoa amiga que me perguntava se preferia estar sozinha.

Não prefiro estar sozinha mas por vezes gosto muito de estar, ouvir-me a mim própria, parar para ouvir a minha respiração e abraçar-me.

Parece louco não?! Mas foi o que fiz por ali..é o lugar ideal para conversarmos com o nosso EU.

E nem sempre estarmos com alguém significa estarmos acompanhados. Hoje escolho quem está comigo, seja em que momento for… e para além disso penso ter espírito de viajante, ou seja, ir e estar sozinha não é obstáculo para ir onde quer que seja.

No domingo acordei a ouvir o som da chuva no riacho, abri a pequena janela que dava para o rio e contemplei aquele cenário por minutos e voltei para a cama saboreando o calor que estava por baixo daquelas cobertas. O Bungalow tem recuperador a lenha, micro-ondas, fogão e lavatório.

Depois da preguiça passar, resolvi comer qualquer coisa e fui até à Aldeia de Xisto da Figueira.

Esta Aldeia vale a pena perder-se por ali…para amantes de trilhos da natureza aquela região é repleta deles.

Para quem gosta de fotografia, pode perder-se em detalhes e nas ruelas daquela aldeia recuperada e que ainda no seu centro tem várias casas que servem de alojamento para o gado.

aldeia xisto

Aldeia de Xisto da Figueira

 

Para quem gosta de gastronomia não pode perder o único restaurante naquela Aldeia, Casa da Ti Augusta e que convém marcar se for durante o fim de semana. Pratos típicos como o Maranho e o Cabrito são um exemplo.

aldeia xisto

Casa da Ti Augusta

 

Ali perto tem a Praia Fluvial da Froia que vale muito a pena a paragem e um mergulho e ficar ali por instantes apenas contemplando a natureza.

Depois de ter todos os sentidos mais que apurados e de me ter “amado” estava na hora de seguir caminho até ao meu “poiso” habitual…

Mas parece que o dia ainda não tinha terminado…passei uma placa que dizia “ Covas do Alvito”, uma placa que pela cor e características indicava ser uma aldeia recuperada. Já tinha andado cerca de 3 km e a pensar na placa que tinha deixado para trás. Foi mais forte que eu e voltei para trás.

Até chegar lá tive de parar 2 vezes e perguntar a uns velhotes onde era…vale muito a pena, mas não arrisquem ir de carro (moto, Bike ou a pé). São 2km de estrada estreita e terra batida e não há sitio para fazer inversão de marcha.

Eu arrisquei e fui de carro..vai-se lá saber porquê.

E então o que encontrei?

Covas do Alvito é um lugar desabitado, longe de tudo e de todos, com a passagem de um ribeiro, cerca de 5 casas de xisto recuperadas e com detalhes interessantes. Uma aldeia com um magnetismo indiscritível.

Subi a um monte para fotografar e começou a chover..corri para o carro e quando ia entrar detive-me ali…naquele espaço onde me apeteceu cometer uma loucura..apeteceu-me e cometi ! Abri os braços, rodopiei  até não conseguir equilibrar-me mais ..sentindo a chuva naquele lugar onde ninguém vai e onde tudo está !

E foi o meu momento intenso de final de viagem!.Ficar Louco de vez enquando é necessidade básica para permanecer são !

 

 

– Texto e imagem de Cláudia Videira –

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Parques e Reservas Naturais de Portugal

10 LOCAIS NA SERRA DA ESTRELA

 

LOCAIS A VISITAR NA SERRA DA ESTRELA

 

1 – Praia Fluvial de Loriga

Em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, na Vila de Loriga situa-se a Praia Fluvial de Loriga, única situada num vale glaciário. Maravilhosa para quem gosta de natureza e serenidade. É muito procurada pelas suas águas puras brancas e cristalinas. Esta praia foi ainda umas das finalistas das “7 Maravilhas – Praias de Portugal”, na categoria de Praias Fluviais e recebeu, um galardão de ouro, atribuído pela Quercus.

 

serra da estrela

Praia Fluvial de Loriga

 

Aqui em Loriga quem gosta de caminhadas tem o trilho Garganta de Loriga que não pode perder!!

A Garganta de Loriga é um dos sete vales de origem glaciária que existem na Serra da Estrela. Subir este vale, desde a vila de Loriga até à Torre. É uma das mais maravilhosas experiências de montanha a realizar na Serra. São 1400 metros de desnível acumulado para usufruir da natureza na sua plenitude e “sentir” o prazer de chegar a pé ao ponto mais alto de Portugal Continental!

Grau de Dificuldade: Moderado

Duração: 7 a 8 horas – Distância: 11km

Desnível Positivo Acumulado: 1400m – Percurso Linear

 

Garganta de Loriga

Garganta de Loriga

 

A nível Gastronómico nesta Vila aproveite e prove a “Broa de Loriga”, os recentes e deliciosos chocolates da Panificadora Louripão e o famoso Bolo Negro!

 

2 – Aldeia de Cabeça

A Freguesia de Cabeça é uma das aldeias de montanha, fica a cerca de 20 km da Cidade de Seia e a 530 metros de altitude.

Em finais de Novembro até 5 Janeiro decorre na aldeia a festa intitulada “ Cabeça -Aldeia Natal”.

A festa é a única no país em termos de decoração, todos os materiais usados são retirados da natureza. Videiras, pinheiros, Giestas são apenas algumas das matérias prima usadas para enfeitar a aldeia, que fica com um visual completo com a utilização das Luzes. Cabeça é também a primeira Aldeia Led de Portugal.

Todo este trabalho de decoração de Natal é efetuado pelos moradores da Aldeia, que naquela altura abrem as portas de suas casas para receberem os visitantes.

 

serra da estrela

Aldeia de Cabeça

 

Nesta aldeia pode fazer a Rota dos Socalcos, uma das rotas da rede

de percursos pedestres das Aldeias de Montanha.

Percurso Linear .

Inicio e Termino: junto à Igreja da Cabeça

Extensão : 2830 m; Grau dificuldade : Fácil

 

serra da estrela

Aldeia de Cabeça

 

3 – Poço da Broca

Cascata do Poço da Broca é uma queda de água situada na Aldeia da Barriosa – Vide, que fascina pela sua beleza e envolvente, proporcionando também uma agradável praia fluvial.

Tem um ótimo restaurante localizado junto à cascata com o nome de Guarda Rios.

 GPS: N40º 17.604 – W007º 45.207

 

Aldeia da Barriosa

 

Estando por aqui visite também uma aldeia logo junto ao poço da broca, que tem o nome de “Frádigas”.

Frádigas é uma pequena aldeia , situada no Parque Natural da Serra da Estrela e nas proximidade dos limites da Serra do Açor. É uma das anexas da Freguesia da Vide.

A boa gastronomia do cabrito, e da chanfana e trutas do rio,

o bom vinho e jeropiga convidam a uma visita.

Ao lado das Frádigas tem a aldeia do Aguincho. O Aguincho é uma aldeia marcada pelo silêncio, por uma magnífica paisagem, uma pequena praia fluvial e o Viveiro das Trutas.

Aqui pode pernoitar num Alojamento Local – «Refúgio da Estrela» ou na «Casa do Galvão».

 

serra daestrela

Aldeia do Aguincho

 

4 – Praia Fluvial da Lapa dos Dinheiros

A praia fluvial de Lapa dos Dinheiros situa-se na Aldeia da Lapa dos Dinheiros. Localizada numa paisagem magnífica e ostentando o galardão de praia acessível tem vigilância.

O relevo acidentado do vale faz com que a ribeira forme, nas imediações, uma sucessão de pequenas cascatas. Também o souto da Lapa, para além do conjunto valioso de castanheiros centenários, alberga uma biodiversidade elevada.

Partindo da ponte, um caminho pedonal dá acesso ao buraco da Moura e a um miradouro sobre as quedas de água da Caniça. O buraco da Moura constitui um sistema cavernícola natural originado pelo deslizamento e acumulação de grandes blocos graníticos, que formaram um complexo sistema de salas e galerias.

Para chegarmos a esta praia podemos fazer com carro ou então trilho pedestre a partir da Nª Srª do Desterro.

Na Nª Srª do Desterro existe um Restaurante muito bom “ A Margarida”. Uma solução seria começar cedo, iniciando o percurso a partir daqui até à praia fluvial da Lapa dos dinheiros, passando pelas cascatas da caniça e cova da moura.

Se for no verão dá um mergulho e volta para cima, aproveita e almoça na “Margarida” e continua o percurso de carro até à Serra da Estrela- Lagoa comprida por uma estrada secundária.

Nesta aldeia existe um alojamento – Turismo de Natureza – “Casas da Lapa”.

 

5 – Vale do Rossim

Praia Fluvial mais alta de Portugal, que se situa nas Penhas Douradas.

Conta com algumas infraestruturas de apoio. No local existe um bar/lounge com música, restaurante.

Se quiser pernoitar por lá, tem o Vale do Rossim Eco Resort , que para além do tradicional espaço de campismo, tem também yurts, tendas de origem mongol.

 Para além da esplanada do bar e suas espreguiçadeiras pode ainda fazer canoagem,

slide, gaivotas e trilhos pedestres.

 

serra da estrela

Lagoa do Vale do Rossim

 

Este espaço natural é tanto belo no verão como no inverno! A paisagem é única e apaixonante. Do vale do rossim andando um a pé em direção à lagoa comprida consegue assistir a um pôr do sol adorável!

Nesta zona das Penhas douradas não deve perder o Miradouro do Fragão do Corvo.

 

6 – Museu do Pão

Localizado em Seia, é um espaço que vale uma visita.

Os mais novos poderão não só observar o ciclo do pão e o seu processo de feitura, mas também manipular a própria farinha, aliando a componente pedagógica à lúdica.

Os mais graúdos podem apreciar a arquitetura e o espaço envolvente, saborear e comprar os produtos regionais à venda (não deixe de comprar o pão do sabugueiro) e “sentir” um pouco o espaço sentando-se no bar do Museu (vale a pena sentar-se tomar um chá ou café contemplando o espaço).

Se pernoitar por Seia não deixe de conhecer o espaço Ego – Bar que também serve comidas rápidas e que tem uma decoração única!

 

serra da estrela

Museu do Pão

 

Para pernoitar tem a Quinta do Crestelo, Hotel Camelo e mais económico referencia a Residencial Mira Sol (www.residencial-mirasol.net).

 

7 – Covão da Ametade

É uma dos locais mais belos da Serra da Estrela. Em todas as estações do ano este local se transforma mantendo a sua beleza única.

Está localizado no início do Vale Glaciário do Zêzere. Atualmente é no Covão da Ametade que o rio Zêzere toma corpo. É uma zona bastante atrativa devido à vegetação envolvente maioritariamente composta por bétulas, planta esta que tem a particularidade de criar um ecossistema com uma grande biodiversidade.

É um espaço com algumas infraestruturas como casas de banho e churrasqueiras, podendo acampar por aqui. Este local é procurado pelos desportistas de inverno e de montanha que optam por começar nesta zona as suas caminhadas e escaladas ao longo dos covões e formações rochosas que terminam junto ao Cântaro Magro.

 

8 – Vale Glaciar do Zêzere

Finalista das 7 maravilhas naturais de Portugal, o Vale Glaciar do Zêzere faz-se percorrer pelo seu interior ao longo da Rota do Glaciar.

É possível fazer o trilho Rota do Glaciar onde é possível contemplar o Vale Glaciar do Zêzere, um dos melhores exemplos da modelação da paisagem pelos glaciares, em forma de “U”. Apesar de se tratar de um vale glaciar e por isso muito aberto, as encostas são muito íngremes.

Aproveite e visite o Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere. A principal atração do Centro Interpretativo é um simulador que recria uma viagem de balão/dirigível ao longo do Vale Glaciar do Zêzere. Um passeio onde o visitante se deslocará virtualmente sobre a área, património natural, com uma extensão de 13 quilómetros, com pontuais recuos no tempo e saltos de milhares de anos.

 

Serra da Estrela

Serra da Estrela

 

Vale muito a pena uma visita a este local, uma cascata com cerca de 10 metros, situado em Manteigas.

Eu fiz um percurso acompanhado, através da empresa “Trilhos de Ideias”. Apaixonante!

Para quem tiver tempo e se quiser aventurar, existe um percurso pedestre (2,5km) que rodeia o Poço do Inferno. Mais informações sobre percursos em Manteigas – www.manteigastrilhosverdes.com.

 

10 – Vale da Candeeira

Os amantes da natureza, caminhadas e fotografia não podem perder este vale. É um vale suspenso, de origem glaciar, sobre o  Vale Glaciário do Zêzere. Está localizado a uma quota de 1450 metros de altitude.

O vale Glaciário da Candeeira é provavelmente o mais intocado grande espaço da nossa

Serra da Estrela.

Um espaço de eleição para as pastagens de altitude, daqui não se avistam estradas, nem outras construções. Acessível apenas a pé e por trilhos de montanha. Trilho a iniciar a partir do Covão d’Ametade – Manteigas.

 

VENHA VISITAR A NOSSA SERRA DA ESTRELA!

 

Serra da Estrela – O ponto mais alto de  Portugal Continental.

Como chegar?

Automóvel- Autoestrada A1 a Norte. A Sul pela A23. Por Espanha através da A25.

Comboio- Intercidades da Beira Alta e Beira Baixa (www.cp.pt)

Autocarro- Ligações diárias através da rede de expressos (www.rede-expressos.pt)

 

Serra da Estrela

 

Estância de Ski- Serra da Estrela (www.skiserradaestrela.com)

tel: 275 314 727

GPS: N 40º19’50.24″ / O 7º36’54.11″

 

– Texto de Cláudia Videira –

email :mirasol@sapo.pt

www.facebook.com/claudia.videira.25

 

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NA MELHOR ESTRADA DO MUNDO

 

NA MELHOR ESTRADA DO MUNDO

É a melhor estrada do mundo para a prática da condução, dizem os entendidos. Liga Vila Nova de Gaia a Vila Nova de Foz Coa, com a particularidade de juntar três destinos considerados Património da Humanidade – o centro histórico do Porto, o Alto Douro Vinhateiro e as pintura rupestres do Coa.

Ficámo-nos pelos 27 km que nos levaram até ao Pinhão. Para lá da Régua a estrada segue o percurso do rio, que se espreguiça a seu belo prazer no vale profundo. Nas encostas há vinha e olival. Quintas gigantescas, algumas bastante conhecidas,  abertas ao enoturismo, onde se produzem os melhores vinhos do país.

Do outro lado do Douro segue o comboio, a escassos metros da água, nas escarpas rochosas, de traçado irregular. Por vezes perco-o de vista, quando entra terra adentro nos túneis escavados na encosta. O destino, tal como o nosso é o Pinhão.

 

—Texto de Vera Ribeiro—

Escritora. Produtora de conteúdos. Jornalista de viagens.

Crónicas em nmeumundo.blogspot.com.

 

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GLAMPING

 

GLAMPING

O mês mais querido do ano está a chegar ao fim. Mas, para o último fim-de-semana de Agosto guardámos uma sugestão repleta de glamour e tranquilidade, antes do regresso às rotinas. 

Combina o conforto e o requinte de um hotel de cinco estrelas com o contacto com a natureza. Melhor parece-nos impossível. Dormir com a porta aberta. Fazer do céu, o seu tecto. Beber um chá quente, debaixo de uma chuva de estrelas. Praticar ioga. Percorrer trilhos seculares. Observar a fauna e a flora. E repousar, são algumas das opções, que os novíssimos acampamentos de luxo têm para lhe oferecer.

Acampar deixou de ser sinónimo de carregar a casa ás costas. De montar e desmontar a tenda. De partilhar espaços exíguos e a casa de banho. Aliás “a grande diferença entre campismo eglampismo está nas acomodações”. Os alojamentos vão desdes os Yurts (Tendas da Mongólia), às Tendas Safari ( África-do-Sul), aos Tipis ( tendas dos índios) e aos Eco-PODS ( tendas construídas com materiais recicláveis). No interior das tendas encontra uma cozinha totalmente equipada, casa-de-banho e camas bastante mais confortáveis do que os tradicionais sacos-cama.

Em Portugal já existem acampamentos de luxo, de Norte a Sul. Os preços variam entre os 30 e os 160 euros por noite. Fique a conhecer todas as opções, aqui. 

 

Natura Glamping – Serra da Gardunha

glamping

Glamping

 

—Texto de Vera Ribeiro—

Escritora. Produtora de conteúdos. Jornalista de viagens.

Crónicas em nmeumundo.blogspot.com.

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Arocua Geopark- Arouca Geoparque

NO CORAÇÃO DO PAIVA

 

NO CORAÇÃO DO PAIVA

– “Chocalhos? Não me lembro da última vez que ouvi chocalhos. Há gado aqui? Nas margens do rio? Em liberdade? Onde? ”

– “Oh minha filha, aqui, o tempo parou. Há meia dúzia de casas na aldeia e pouco mais. Lembraram-se de construir esse caminho de madeira, rio acima. Anda para aí muita gente. Queira Deus que não afugentem o gado e deixem lixo por todo lado.”

Percorri o Vale do Paiva com o olhar, ainda incrédula. No fundo da encosta, na margem oposta, lá estavam elas, as cabras serranas a matar a sede. Em dias quentes, como o de hoje, descem o monte à procura de água.

O meio dia aproximava-se a passos largos, quando saímos de Espiunca. Na praia fluvial já havia gente a abrir as cestas e a estender as toalhas de linho, no pequeno areal. Estava na hora do piquenique.

O sol, abrasador, espreguiçava-se pelas escarpas rochosas, que desenham o traçado irregular do Passadiço, obrigando os caminhantes a reforçarem a ingestão de líquidos e a paragens mais frequentes. Nada que nos intimidasse. Havia muita sombra.
Os primeiros quilómetros do percursos fazem-se em terreno plano, a escassos metros da água, onde a vegetação alta é abundante. Por vezes o passadiço é interrompido por caminhos de terra batida, que já ali existiam. A mata é densa. A terra seca e poeirenta dificulta a caminhada, mas a extensão dos trilhos é curta.
Retomamos o Passadiço, construído em madeira de pinho tratado e ancorado em ferro no maciço rochoso. Há quem almoce por aqui. Nas grutas cavadas na rocha pelo tempo, Nas margens, quando acessíveis. Ou junto às quedas de água. Na margem oposta avistam-se pescadores, audazes, literalmente debruçados sobre o Paiva. Homens da terra, que conhecem a serra como a palma das mãos e as manhas do rio, que ora corre tranquilamente, ora serpenteia revolto no fundo do desfiladeiro.

Passadiços do Paiva

Estamos a caminhar há quase duas horas. Aproximamos-nos da praia fluvial do Vau, finalmente. O areal é pequeno. Acastanhado e poeirento. Recortado por pedregulhos que se prolongam rio adentro. O sol espreita aqui e ali, entre as sombras enormes que os chorões projectam sobre o areia. Os banhos não são aconselháveis, mas há gente na água. O caudal do rio, extremamente baixo, permite travessias, mas há perigo de queda. O leito está coberto de lodo.
É a nossa vez de estender a toalha e de aconchegar o estômago. Trouxemos pão da serra, enchidos e queijo. Vinha mesmo a calhar uma cesta a seguir. Mas não nos podemos demorar, dizem que há mais de 500 degraus para subir.
Uma ponte! Há uma ponte suspensa sobre o rio, a escassos metros da praia. Um miradouro de ambos os lados. E meninos do rio. Aqui também há meninos do rio. E ninguém lhes paga para se atirarem à água. Fazem-no ao desafio.

Ponte suspensa nos Passadiços do Paiva

A sombra escasseia à medida que subimos em direcção à Garganta do Paiva. O percurso é íngreme. A vegetação rara e rasteira. A longa subida que dá acesso à escadaria serpenteia pela serra. Parece não ter fim. Há quem decida voltar para trás. E quem não se dê por vencido.
Uma vez alcançados os degraus de madeira, é precisa coragem para subir ao topo, depois de quase três horas de caminhada. Do miradouro…ah, do miradouro podemos abraçar Vale do Paiva.
A praia fluvial do Areinho fica a cerca de dois quilómetros. O percurso é descendente, mas há quem, tal como eu, prefira inverter o sentido e regressar a Espiunca.
O areal da praia fluvial de Espiunca continua repleto de gente. Há bolo caseiro à venda e fruta fresca. Pedimos uma fatia e sentamo-nos a dois ou três palmos da água. O som dos chocalhos…outra vez o som dos chocalhos! Levanto os olhos e lá vão elas, as cabras serranas, monte acima, indiferentes à nossa presença.

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Passadiços do Paiva

Como se deslocar até aos Passadiços do Paiva?

Os Passadiços do Paiva localizam-se na margem esquerda do Rio Paiva, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro, Portugal. Os acessos são efectuados pelas extremidades dos mesmos, podendo o percurso ter o seu início em Espiunca (coordenadas GPS: 40°59’34.67″N    8°12’41.19″W) ou no Areinho (coordenadas GPS: 40°57’9.68″N    8°10’33.05″W).

PORTUGAL

Distrito de Aveiro

 

—Texto de Vera Ribeiro—

Escritora. Produtora de conteúdos. Jornalista de viagens.

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