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15 Jun

OS ENCANTOS DA RIA FORMOSA: UM DIA POR OLHÃO

 

Os encantos da Ria Formosa: um dia por Olhão

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Impossibilitado de voar para o estrangeiro há mais de um ano, durante o qual já sofremos dois confinamentos, passear pelo nosso país tornou-se uma boa alternativa. Desde Maio último, quando desconfinamos,  tenho aproveitado os fins de semana para com o meu carro dar umas voltas!  Há sempre algo a descobrir e muitas coisas ficam até relativamente perto de nós. O provérbio “em casa de ferreiro, espeto de pau” acaba por ter algumas aplicações nas nossas vidas pois um viajante acaba, sem se aperceber, por tornar-se um cidadão do Mundo e esquecer que o seu país ainda tem muito que se lhe diga!

 

Olhão e Ilhas -Vistas do ar

 

Fuzeta-Praia da Fuzeta(ria) e a foz da ria que dá o nome à terra

 

Passo férias no Algarve, perto da Praia da Falésia, onde possuo um apartamento, e ainda existem belíssimos e importantes locais nesta região que não conheço! Foi o caso da Ilha de Olhão, a de Armona. A outra, ao lado, a Ilha da Culatra que já pertence ao Município de Faro, ficará para breve!

A Olhão, já tinha ido diversas vezes. Duas delas, há mais de 20 anos, ao Festival do Marisco que anualmente ali decorre. O marisco da Ria Formosa é apreciado em grandes quantidades e bem regado com cerveja, cuja caneca da edição de cada ano, estava incluída no preço de entrada e acabava por servir de recordação. Dado o mesmo ocorrer durante o mês de Agosto, o afluxo de visitantes é estrondoso e não é fácil arranjar espaço para comermos em condições.

A Olhão, no ano 2000 cheguei a ir entregar a documentação para um concurso de ingresso na Câmara Municipal, que acabei por não ter ido prestar as provas, pois entretanto havia desistido da ideia de ir viver para o Algarve para trabalhar a 40 Km de casa.

 

Olhão-Estátua em homenagem às operárias conserveiras, junto a uma das fábricas de conservas

 

A Olhão, já fui ver futebol, o meu amado Benfica, no malfadado ano de 2013, quando liderava o campeonato, ganhar 2-0 ao Olhanense, o clube de Aníbal Cavaco Silva, no Estádio José Arcanjo onde apareci em direto e em grande plano na SportTV a comemorar efusivamente um dos golos! Um estádio onde em épocas anteriores o meu clube perdera pontos e em um dos jogos Pablo Aimar havia sido expulso!

 

Olhão-Estádio José Arcanjo, onde outrora se disputavam jogos da I Liga

 

Olhão-Estádio José Arcanjo, onde outrora se disputavam jogos da I Liga

 

Escusado será dizer que por Olhão já passei diversas vezes a caminho de outras paragens, tanto pelas ruas da cidade, como pela EN-125,  ao largo pela Via do Infante, e até mesmo de avião a caminho de outras paragens mais longínquas!

 

Ria Formosa-Viveiros de ostras

 

Depois de no Verão de 2020 ter conhecido a Ilha de Tavira, agora recentemente, aproveitando a minha estada no Algarve nas semanas dos feriados de Junho, quando os bares às 22h30 encerravam, as noites tornaram-se mais curtas e os dias maiores, foi a vez de visitar a zona de Olhão e pela primeira vez a Ilha de Armona.

 

Olhão-Cais de embarque para as Ilhas de Armona e da Culatra

 

Olhão-Barco a caminho da Ilha de Armona

 

Olhão, a terra a que os Árabes chamavam de “Al-Hain”, que significa fonte nascente, tem raízes históricas ligadas às Invasões Francesas, mas é conhecida sobretudo pela sua união com a Ria Formosa. A sua indústria piscatória e conserveira também está patente mas é sobretudo por ser um belíssimo destino turístico de veraneio que é procurado.

Em Olhão podemos passar um dia que jamais esqueceremos. As suas praias na Ilha de Armona são um destino maravilhoso. Acessíveis de carreiras regulares de barcos, desde a zona ribeirinha da cidade, nas imediações dos Mercados, por um preço em conta.

A Ilha de Armona é pertença do Parque Natural da Ria Formosa. Desembarcando chegamos às suas praias voltadas para a Ria, onde ao longe vemos os povoados. E, daqui, desde a Praia de Armona (ria), percorrendo os seus trilhos, encontramos as suas praias voltadas para o mar, acessíveis depois por passadiços que percorrem as suas dunas. Praias em estado selvagem com muito menos afluxo que as de romaria tradicional. A Praia de Armona (mar) onde chegamos, é assim chamada e localiza-se no extremo ocidental da ilha.

A Ilha de Armona possui nas proximidades do cais de embarque, e ao longo dos trilhos, diversas habitações, um parque de campismo com bungalows e também uma boa oferta de restaurantes. Esta zona constitui  a parte que é menor, ou seja, a parte habitada da ilha. Na sua maior parte, a selvagem, reina a fauna local sendo por exemplo, possível encontrarmos camaleões.

 

Ilha de Armona-Cais de embarque na Praia da Fuzeta (mar)

 

Ilha de Armona

 

Ilha de Armona-Acesso à Praia de Armona (mar) pelas dunas

 

Ilha de Armona-Praia da Fuzeta (mar)

 

Ilha de Armona-Praia de Armona (mar)

 

A cerca de 12Km, de Olhão, encontramos a Fuzeta. Escreve-se com “z”, pois o nome deriva da palavra “foz”. Ali existe uma ria a desaguar na Ria Formosa. Esta vila piscatória possui uma praia, a Praia da Fuzeta (ria) vulgarmente conhecida pela “Praia dos tesos”. Ali perto existem carreiras fluviais (empresa Harmonia) que por um preço muito em conta nos levam à Praia da Fuzeta (mar), na Ilha de Armona, lado oposto à praia de Armona (mar), na tal parte selvagem da ilha.

 

Praia da Fuzeta (ria) conhecida por Praia dos tesos

 

Ilha de Armona – Praia da Fuzeta (mar)

 

Ilha de Armona-Praia da Fuzeta (mar)

 

Da Fuzeta, e também de Olhão, podem fazer-se passeios turísticos pela Ria Formosa, nos inúmeros operadores existentes, perto dos respetivos cais de embarque, que nos levam por exemplo à Praia da Barra da Fuzeta no extremo oriental da Ilha de Armona. Também existem serviços de táxis (barcos) que transportam a título privado passageiros de e para as ilhas, sendo o preço (por cabeça) em conta se utilizado por grupos.

 

Fuzeta-Ria que desagua na Ria Formosa

 

Olhão é famosa pela sua gastronomia, sendo muitos dos seus pratos baseados nos produtos provenientes da Ria Formosa, nomeadamente peixes e mariscos entre os quais os bivalves. O Arroz de lingueirão é rei!  Saliente-se que a carne de porco à Alentejana, por incrível que pareça, é oriunda desta zona Algarvia. Os cozinheiros assim passaram a chamar ao prato cuja carne usada era de porcos do Alentejo, muito mais saborosa, pois eram alimentados a bolotas, contrariamente aos porcos do Algarve que eram alimentados com restos de peixe. Depois foi só juntar-lhe as amêijoas da Ria Formosa.

 

Arroz de lingueirão

 

Espetada de tamboril

 

Olhão é uma cidade que nos marca, mesmo sem a conhecermos, pois segundo a sabedoria popular “ser de Olhão” e “jogar no Boavista” são duas regras cada vez mais importantes para sobrevivermos neste Mundo cada vez mais povoado por gente interesseira, mesquinha e oportunista!

 

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