Uma das coisas que gastamos dinheiro e ficamos mais ricos é certamente viajar. É um dos maiores prazeres que a vida nos pode proporcionar. A vida são as férias que a morte nos concede, é curta a nossa passagem pelo Mundo, é muito incerta e muito precária. Cada viagem que fazemos estamos a aproveitar os melhores momentos que a vida nos pode proporcionar. Uma das coisas que posso dizer que sou grato à vida é pelas viagens que tenho feito e os mais de 50 países estrangeiros que visitei.
Ao contrário de outras coisas que podemos comprar, uma viagem é investimento que fazemos num “produto” do qual apenas podemos desfrutar por um tempo determinado, horas, dias ou semanas. Uma viagem, é um “produto” que se esgota em pouco tempo. Ficam as memórias que guardaremos para sempre, as amizades que fazemos e também os souvenirs que trazemos como lembrança.
Bonecas, Lituania, Letónia, Estónia, Finlandia e Alemanha
Bonecas, Países baixos, Suécia (mais alta) e Irlanda (mais pequenas)
Loja de souvenirs em Praga, especializada em matriosksa
Maneki Neko, China
Ovo Fabergé, Rússia
Paisagem de Valeta, cerâmica, Malta
Quando viajo, não me sobra muito tempo, nem muito espaço na bagagem para compras, elas nem sequer são objetivo principal, mas dos diversos países que visitei, alguns mais que uma vez, tento trazer algo para que me possa lembrar. Mesmo que seja uma t-shirt que muitas vezes até uso no dia a dia, um porta chaves ou íman para o frigorífico (por acaso até trago mais com intuito de oferecer) ou mesmo algo para comer ou beber, mesmo comprado à última hora no aeroporto a caminho da porta de embarque. Seguindo o conselho que a minha mãe me deu há muitos anos, tento trazer uma boneca de porcelana, ou de plástico, dos países que vou visitando. A minha coleção já possui algumas dezenas! De Malta trouxe mesmo uma sereia!
Boneca, Bélgica
Boneca, Bulgária
Boneca, China
Boneca, Dinamarca
Boneca, Emirados Árabes Unidos
Boneca, Espanha
Boneca, França
Boneca, Hungria
Boneca, Índia
Boneca, Itália
Boneca, Japão
Boneca, Luxemburgo
Boneca, Moldávia
Boneca, País de Gales
Boneca, Roménia
Boneca, Rússia
Boneca, sereia de Malta
Boneca, Sérvia
Boneca, Tailândia
Além das bonecas e dos bonecos (haja igualdade!!!!) que vou trazendo, destaco as matrioskas. Um tradicional brinquedo Russo que é composto por uma série de bonecas, feitas geralmente de madeira, colocadas umas dentro das outras, da maior, que fica no exterior até a menor que em geral é maciça, pintadas, podendo sê-lo de forma tradicional, como as que trouxe (ofereceram) da Rússia, ou alusivas a vários temas como por exemplo desportistas ou políticos, como as que comprei em Praga numa loja no centro da cidade que apenas vende matrioskas. A lenda destas famosas bonecas Russas está relacionada com a fertilidade: Num rigoroso inverno, Serguey, um carpinteiro que ganhava a vida talhando objetos, estava com dificuldade para encontrar bons pedaços de madeira, pois todos os que encontrava pela frente estavam apodrecidos pela humidade. Após um dia inteiro de buscas, cansado e com muito frio, no regresso a casa ele encontrou um pedaço de madeira que lhe chamou a atenção pela sua qualidade. Então decidiu esculpir uma boneca com ele. A sua obra ficou tão bonita que ele optou por não vendê-la e batizou-a como “Matrioska”, diminutivo de “Matryona”, palavra que possui a raiz Latina “mater”, que significa “mãe”. Todos os dias pela manhã ele cumprimentava-a com um: “bom dia Matrioska”. Um belo dia, a boneca respondeu-lhe, “bom dia Serguei”. Surpreendido, mas não assustado, ficou feliz por ter alguém com quem conversar. O tempo foi passando e Serguei percebeu que a Matrioska estava triste, ao perguntar-lhe o motivo foi surpreendido pela resposta, ela desejava ter um filho. Ele avisou-a “terei que te abrir e isso será doloroso”. E ela disse: “Na vida, as coisas importantes requerem um pequeno sacrifício”. Serguei, então construiu uma réplica mais pequena e lhe chamou de Trioska. O tempo foi passando e o instinto maternal também tomou conta de Trioska e Serguei concordou que ela também teria um filho, que se chamaria Oska. Mais tarde, Oska também pediu um descendente e após suas insistência ele fez mais uma boneca. Mas desta vez de sexo masculino, para que o desejo de maternidade acabasse ali. Ele fez o “bebé” e desenhou-lhe rapidamente um bigode e chamou-lhe “Ka”, garantindo que seria homem. Então colocou Ka, dentro da Oska. A Oska dentro da Trioska e a Trioska dentro da Matrioska!
Além das matrioskas, da Rússia, e da Ucrânia certamente, destacam-se outros souvenirs: O samovar. Trata-se de um utensílio culinário utilizado para aquecer água e servir chá, sendo muito apreciado pelos czares. O samovar é frequentemente citado na literatura russa do século XIX, em obras de Tolstoi, Dostoievski e Máximo Gorki. Atualmente é muito utilizado em hotelaria e restauração e empresas de catering em eventos, substituindo a garrafa térmica, com café, chá, chocolate, leite e todo o tipo de bebidas quentes. Os samovares mais comuns, apresentam-se decorados e são fabricados em latão. Existem outros fabricados em prata, com ou sem ornamentos, sendo os de uso profissional de linhas mais simples. Os ovos Fabergé eram tradicionalmente feitos de ouro, diamantes e outras pedras preciosas. Eram normalmente encomendados pelos Czares para oferecerem às Czarinas na Páscoa. Atualmente é possível comprar réplicas destes objetos muito mais baratas. O ovo é um símbolo bastante antigo, anterior ao Cristianismo, que representa a fertilidade e o renascimento da vida. Os ovos de madeira pintados com motivos religiosos, são outros dos souvenirs de eleição da Rússia, assim como diversos objetos de madeira, como por exemplo guarda jóias ou colheres de cozinha.
Quadro, Cuba
Tribo do Pescoço de Girafa, Tailândia
Alce, Canadá
E por falar em objetos de madeira, o souvenir mais importante da Suécia é o cavalo de Dalarna. A origem desta figura remonta ao século XVIII, presumindo-se que foi inventado por carpinteiros ou por soldados, na região de Dalarna. Tradicionalmente é um cavalo de madeira, pintado em cor vermelha, mas existem em diversas cores. O cavalo de Dalarna está para a Suécia como o galo de Barcelos está para Portugal.
Se na Suécia é o cavalo, já na Croácia o burro é rei. O burro da Dalmácia. Nesta região litoral, este animal é muito apreciado sobretudo pela sua capacidade de trabalho, mesmo sob pressão, carregando mercadoria, fazendo-o incansávelmente. Jakša Fiamengo famoso poeta e escritor croata, refere-se ao mesmo nas suas obras.
Burro da Dalmácia
Não muito longe, ainda na zona do mar Báltico, nos Países Bálticos o gato é dos animais muito apreciados, em Riga por exemplo é o símbolo da cidade e é um dos souvenirs de eleição, gatos em madeira ou em outros materiais! Mas são os souvenirs de âmbar o mais importante por aquelas paragens Bálticas onde se inclui também o norte da Polónia e São Petersburgo na Rússia. Aquela resina fóssil que existe há milhões de anos e pode ser encontrada naquelas florestas, serve para fabricar jóias de diversos modelos e feitios.
Na Noruega, o Troll é o souvenir tradicional. Trata-se duma criatura mítica com poderes humanos, podendo aparecer tanto sob a forma de um gigante horrendo como na forma de pequena criatura. Diz-se que habita nas florestas e nas montanhas, em cavernas ou grutas subterrâneas, possui cauda como os animais, sendo também maldoso e estúpido. Na literatura nórdica o troll aparece em diversas formas, a mais conhecida com orelhas e nariz enormes, sendo-lhe atribuídas características, tais como a sua transformação em pedra quando exposto à luz solar, e ainda a sua perda de poder ao ouvir o badalar de sinos das igrejas.
Noruega
Troll, Noruega
Troll, Noruega, na entrada de uma loja de souvenirs. Não resisti a uma selfie
Nos países da costa do Mar Adriático, que fizeram parte da antiga Jugoslávia, abundam objetos (brincos, colares, etc) feitos com coral vermelho, apanhado ali a poucas milhas das zonas do litoral. Não é barato!
Burro e gato, Croácia
Colar
Boneca da Croácia
Boneca da Eslovénia
Boneca de Montenegro
Assim como as lindíssimas imagens esculpidas em madeira que encontramos nas lojas de souvenirs em Kotor.
Imagens esculpidas em madeira, Montenegro
Quanto ao gato, souvenirs relacionados a ele existem um pouco por todo o Mundo.
Por exemplo, em Kotor, no Montenegro, o gato é um animal cultural e as ruas da cidade estão povoadas com estes felinos, e obviamente, os souvenirs alusivos, abundam, para todos os gostos e preços.
Gato de Kotor
Na Ásia, por exemplo, o gato da sorte é um dos souvenirs mais importantes. O Maneki Neko assim chamado, é o Gato da Sorte ou o Gato do Dinheiro é uma escultura Asiática comum, na maior parte das vezes feita em cerâmica, que se acredita que trará boa sorte ao seu dono. Tradicionalmente é um Bobtail Japonês a acenar com uma pata levantada, e é muitas vezes colocado em lojas, restaurantes, salas de Pachinko (jogo de azar no Japão) e de outros negócios, quase sempre à entrada. Algumas das figuras são elétricas, funcionam a pilhas ou são alimentadas por energia solar, e efectuam um pequeno movimento de pata, a acenar. A pata direita levantada supostamente atrai dinheiro, enquanto uma pata esquerda levantada atrai clientes. O Maneki Neko pode ter cores diferentes. O amarelo dourado é o mais usual mas também há o preto e o branco! Além do Japão e da China, a Rússia, a Letónia, a Turquia, a Tailândia e a Argentina foram países que fizeram aumentar os meus “souvenirs felinos”. Já na Índia, os elefantes são souvenirs de eleição. A imagem do elefante Indiano faz parte de diversas casas e ambientes de trabalho, sendo-lhe atribuído um poder específico e milenar capaz de afastar energias negativas e ainda atrair sorte a quem o possui.
Bonecas, Ucrânia
Bonecos, Cuba
Bruxas Galegas e bonecos Asturianos Espanhois, matrioskas Russas e o cavalo de Dalarna Sueco
Souvenirs de animais símbolos das terras não faltam pelo Mundo fora. Se por exemplo em Berlim e Madrid o urso é o animal associado, já em Liverpool, é o pássaro “Liver” (Liver bird). Este pássaro encontra-se representado no emblema do Liverpool FC. Um pássaro mítico, metade corvo-marinho e metade águia. Ele segura uma alga marinha (“laver” em Inglês) no bico, que deu origem ao nome (“liver”) através de um trocadilho pois o sotaque do povo nativo de Liverpool é muito cerrado. Dizem as lendas que, os dois pássaros Liver que estão no topo das duas torres do famoso edifício “Royal Liver Building” da zona portuária, são um casal, cujo macho contempla o mar da Irlanda para cuidar dos marinheiros, enquanto a fêmea cuida das mulheres e crianças deixadas na cidade, ou outra versão, é a fêmea que fica de frente para o mar para ver os marinheiros voltarem em segurança para casa, enquanto o macho olha para a cidade para se certificar de que os bares estão abertos. Um dia, este casal de pássaros vai decidir voar para longe juntos e esse dia marcará o fim da cidade de Liverpool!
Guarda de Londres
Pássaro Liver, Liverpool
Diversos souvenirs decorativos que quase toda a gente compra, também tenho na coleção. A Torre Eiffel de Paris, o Burj Khalifa, os hotéis Burj Al Arab e Jumeirah beach, do Dubai, a Estátua da Liberdade, de Nova Iorque, o Manneken Pis de Bruxelas, os canais de Amesterdão, o Castelo de Neuschwanstein da Baviera e as canecas de cerveja de Munique, o alce do Canadá que é um dos animais mais representativos da nação, o Menino Jesus de Praga, esculpido em cristal da Boémia, as bruxas da Galiza, a fallera de Valência, trajada com os típicos trajes festivos das Fallas que anualmente são lá celebradas, o touro preto símbolo da Espanha devido à tourada, espetáculo banido da Catalunha, onde o caganer é tradicional sendo comum encontrar famosos nessa posição, uma paisagem de Valeta com as suas típicas varandas nas ruelas, em cerâmica, um leque e uma mini cortina do Japão, com o mapa do país do Sol Nascente e, um Guarda de Londres e um boneco escocês de kilt e gaita de foles e um globo de neve do Liechtenstein que também é típico da Suíça, apesar da “filha” de Arnold Schwarzenegger em “A verdade da mentira” não ter achado piada nenhuma, são alguns que destaco.
Romã, Istambul
Samovar, Rússia
Torre Eiffel de Paris e Burj Khalifa do Dubai
Escócia
Liechtenstein, globo de neve
Barcelona, Caganer
Valência, fallera
Quadros e fronhas para almofadas também vou trazendo, estas últimas são mais fácil de transportar, trouxe de Istambul e de Budapeste por exemplo, mas os quadros que trouxe de Cuba, a viagem onde entrei nos 30 anos, são importantíssimos por esse motivo e onde destaco o da Bodeguita del medio de Havana!
Almofada, Budapeste
Almofada, Istambul
Na Grécia não podermos esquecer os souvenirs alusivos aos bacanais! No tempo da Grécia antiga, a práticas sexuais eram levadas ao extremo. A pedofilia, que nos dias de hoje é um crime hediondo, naqueles tempos, segundo eles, era consentida e por isso aceite como normal. As doenças sexualmente transmissíveis não eram o que são nos dias de hoje, e os bacanais eram práticas correntes. Todos nós sabemos que essas práticas faziam parte do modo de vida dos Gregos. Essas práticas de sexo em grupo, entre homens, eram comuns. Os Gregos tinham a convicção que os melhores guerreiros eram aqueles que tinham uma maior união entre si, o que era importante num campo de batalha, logo nesse cenário, eles nunca se abandonariam. E que melhor do que um bacanal para fortalecer o espírito de equipa? Os Gregos, tal como os Romanos, reclamam o título de pioneiros dos bacanais e nos apresentam com orgulho os souvenirs alusivos, que por lá se vendem nas lojas. Limitado pelo espaço na mochila, os bacanais (pratos cerâmicos pintados) ficaram por lá, e acabei por trazer apenas um pote cerâmico com o Zeus pintado, o qual considero ter sido o meu talismã, pois alguns dias depois de regressar a casa, fechei um negócio que estava em curso há meses.
Burj Khalifa, Burj al Arab e Jumeirah Beach Hotel do Dubai
Canais de Amesterdão, Países Baixos
Canecas de cerveja, Munique
Castelo de Neuschwanstein, Alemanha
Cavalo de Dalarna, Suécia
Cristal da Boémia com o Menino Jesus de Praga
Dromedário,Marrocos
Elefante, Índia
Estátua da Liberdade, Nova Iorque
As pedras semipreciosas são uma das minhas paixões! Tudo começou por razões do foro familiar, quando decidi utilizar uma parte do último dinheiro que há muitos o meu pai me pagava mensalmente por obrigação judicial, uma pensão de alimentos, no tempo de estudante do ISEL, para comprar um objeto que o pudesse guardar para sempre. No dia em que fiz 22 anos, comprei então um obelisco de quartzo rosa. Mais tarde nas viagens que comecei a fazer, tentei sempre trazer algo feito com pedras semi preciosas, pois por paragens longínquas de onde são oriundas, os preços são bem mais baratos que por cá.
A última grande viagem que fiz passei pela Argentina e pelo Chile, dois paraísos de pedras semipreciosas. A pedra nacional da Argentina é a rodocrosita que é extremamente cara. No Chile é o lápis-lazúli, cujo preço é inferior à rodocrisita. Comprei um pinguim feito com pedras semipreciosas, de lápis-lazúli e um pouco de rodocrosita (bico). Além de pássaros em pedra também comprei budas, gatos e até mesmo dromedários! Destaco a catatua que em 1999 trouxe do Brasil, apoiada numa ametista, na altura chamada a pedra do Milénio.
Buda feito com pedra semi preciosa, Tailândia
Catatua feita com pedras semi preciosas, destacando-se a ametista, brasil
Gato feito com pedra semi preciosa, malaquite, Rússia
Pássaro feito com pedras semi preciosas, Argentina
Pinguim feito com pedras semi preciosas, lápis-lazúli e com o bico de rodocrosita, Chile
E muitas das vezes que navego na internet, escrevo estes textos e acedo às redes sociais, faço-o através da minha tablet Huawei que trouxe da China, e por acaso nela consigo até ver os vídeos das entrevistas que dei em direto para as TVs à entrada do Estádio da Luz, nos dias dos jogos do Benfica!
Que esses dias de glória voltem rapidamente assim como a rotina das viagens para longe, das memórias inesquecíveis e dos souvenirs tradicionais, de pedras semipreciosas e não só!
Pampilhosa da Serra, Walking weekend 2022, um grande fim de semana
Texto & Fotos de Mário Menezes
Devo estar destinado a conhecer o meu país à entrada dos meses de Junho. Depois do ciclo das viagens de aniversário que iniciei em 2005 e interrompi em 2021, ter entrado na “era” das pequenas escapadelas a cidades Europeias em 2010, e das viagens no Outono “à maneira Maltesa” e “também profundamente Maltesa”, em 2021, é com enorme satisfação que dedico também crónicas de viagens profundamente Portuguesas a todos os amantes de viagens.
Já visitei mais de 50 países estrangeiros e em Portugal há tantos recantos que não conheço. O concelho de Pampilhosa da Serra que pela primeira vez visitei no último fim de semana de Maio de 2022, é um desses recantos (leia-se, encantos) do nosso Portugal profundo e maravilhoso. Exatamente há um ano atrás, dizia o mesmo de Trás os Montes. Em 2009 por esta altura fui passar 4 dias na Ilha da Madeira, por recantos onde regressei quase 22 anos depois.
A pequena vila de Pampilhosa da Serra é uma das 8 freguesias do Município, que possui uma área de 396,46 Km2, portanto cerca de 4 vezes a área da cidade de Lisboa. A vila possui pouco mais de mil habitantes, pertence ao distrito de Coimbra, encontrando-se já na província da Beira Baixa. É banhada pelo Rio Unhais, um dos afluentes do Rio Zêzere (que é afluente do Rio Tejo), possuindo nas suas margens, desde 2010 uma praia fluvial com utilização sazonal condicionada pelo fecho de um açude, o que ocorre em Junho. O concelho é sobretudo rural e montanhoso, sendo as suas áreas florestais utilizadas para instalação de torres eólicas para produção de energia elétrica, que em conjunto com as barragens (centrais hidroelétricas) contribuem para que a eletricidade consumida seja oriunda apenas de energias renováveis, tornando a Pampilhosa da Serra um “concelho verde”.
A Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra encontra-se entre as que apresentam melhor saúde financeira, pagando em poucos dias aos fornecedores, e também é considerada como das que melhores condições de trabalho proporcionam aos seus funcionários. O seu departamento de turismo, possui colaboradores de excelência e são uns enormes embaixadores da vila e da região. Foi um enorme prazer ter convivido com eles.
O concelho da Pampilhosa da Serra encontra-se na rota das Aldeias do Xisto, contribuindo com duas para a lista: A Aldeia do Xisto de Fajão e Aldeia do Xisto de Janeiro de Baixo.
Pampilhosa da Serra e Pedrógão Grande são concelhos vizinhos, pelo que recordar os incêndios de 2017 que causaram inúmeros danos, materiais e humanos, nunca é demais. Sobretudo para que coisas dessas não se repitam!
Pampilhosa da Serra
Pampilhosa da Serra, Monumento aos Bombeiros
Pampilhosa da Serra, Monumento ao Emigrante
Pampilhosa da Serra, Igreja Matriz
Pampilhosa da Serra , Câmara Municipal
Pampilhosa da Serra
Pampilhosa da Serra
O turismo obviamente é uma aposta fortíssima do Município, levando a cabo anualmente a “Walking weekend”, um festival de caminhadas, tido como o melhor a nível nacional, que oferece passeios pedestres por vários pontos do concelho, diversas atividades lúdicas e desportivas e o melhor da gastronomia (leram bem, o melhor!!!). Condicionado pelas festividades clubísticas que nos últimos anos me têm ocupado o mês de Maio, pois sou um ferrenho adepto do Benfica, tradicionalmente o mês dos jogos do título e as romarias ao Marquês de Pombal, e também devido à pandemia, a visita à Pampilhosa da Serra na altura da “Walking weekend” foi sendo adiada. Não me recordo ao certo como tive conhecimento deste festival, julgo que pela internet pois além dos “Amantes de viagens” sigo outro blog, “O nosso olhar do Mundo”, do meu amigo Vítor Martins, um grande viajante, ainda maior que eu, proprietário da Ótica Maxivisão em Vila Nova de Poiares, empresa muito vocacionado para causas sociais em vários países do Mundo. Também visito anualmente a BTL-Bolsa de Turismode Lisboa onde o Município da Pampilhosa da Serra se faz representar fortemente. Foi a primeira vez que participei em caminhadas e posso afirmar que fiquei a gostar!
Cartaz do evento Walking weekend 2022
Deslocarmo-nos à Pampilhosa da Serra para participar na “Walking Weekend” é garantia de um fim de semana inesquecível e memorável, de pura diversão, cultura, atividade física, passeios e boa comida.
Das diversas caminhadas que nos é possível inscrever, escolhi uma com cerca de 10 Km para o primeiro dia (Sábado), o Caminho do Xisto da Barragem de Santa Luzia, e outra com cerca de 5Km, para o segundo dia. Caminhadas que são acompanhadas por guias, experientes e conhecedores da natureza, pertencentes aos quadros do Departamento de turismo da Câmara Municipal e também à empresa organizadora de eventos “Epic land”, um dos patrocinadores.
Caminho do Xisto da Barragem de Santa Luzia, Vidual de cima
Caminho do Xisto da Barragem de Santa Luzia, Vidual de cima
O Sábado teve início pela manhã junto ao Mercado Municipal, onde na noite anterior nos foi servido um cocktail de boas vindas pela organização, e daí seguimos de autocarro em direção à Barragem de Santa Luzia. A mesma foi inaugurada em 1942, mas a sua construção demorou 11 anos, sendo a obra levada a cabo pela Companhia Eléctrica das Beiras. Localizada na freguesia de Fajão-Vidual, no Rio Unhais, sendo muitíssimo mais pequena do que as que visitei em outras paragens, em 2020 no Paraguai e mais recentemente no Alqueva mas não deixa de ser interessante, sobretudo pelas atividades que proporciona e pela sua envolvente natural. A sua bacia hidrográfica tem superfície de 50 km2, recebendo também água da Barragem do Alto Ceira, canalizada através de um túnel de derivação com cerca de 7 km de comprimento. Com a abertura da época balnear, a sua praia fluvial é certamente um regalo!
Caminho do Xisto da Barragem de Santa Luzia, paisagens
Caminho do Xisto da Barragem de Santa Luzia, paisagens
Saímos da Praia fluvial de Santa Luzia, localizada em Casal da Lapa, atravessando o paredão da barragem, para a outra margem, é possível ver bem ao fundo a Serra da Estrela. A caminhada seguiu durante cerca de 4 horas, por trilhos e mato, com paisagens deslumbrantes. Destaca-se no percurso a passagem, após subirmos, pelo Vidual de Cima, local que nos proporciona vistas panorâmicas maravilhosas. Descendo, encontramos as ruínas de um antigo lagar de azeite e o Poço do Caldeirão, com as suas águas cristalinas, uma pequena cascata onde nos podemos banhar. Regressamos novamente para junto das margens da albufeira, caminhando junto à água, atravessamos o paredão e chegamos ao ponto de partida para um almoço fausto e reconfortante!
Caminho do Xisto da Barragem de Santa Luzia, Poço do Caldeirão
Caminho do Xisto da Barragem de Santa Luzia, paisagens
A tarde foi passada próximo da Barragem do Cabril, em Vilar da Amoreira, na sua praia fluvial nas margens do Rio Zêzere. A Barragem do Cabril é uma das maiores barragens Portuguesas, originando por isso uma das maiores reservas de água doce do nosso país. O local é muito procurado para atividades náuticas, e obviamente para relaxar e respirar ar puro, pois a envolvente é rodeada de pinheiros bravos, eucaliptos, acácias e oliveiras, constituindo a maior mancha florestal da Europa. Após fazer a digestão do fausto almoço não resisti a banhar-me naquelas águas, agora com muito menos profundidade devido à seca que este ano tem assolado o nosso país e que inclusivamente fez aparecer uma aldeia submersa há mais de 60 anos, a Aldeia do Vilar. Após um lanche reconfortante no bar da praia, com porco no espeto, caia a noite, e a hora do jantar. Servido mesmo ali ao lado! Ainda a tempo de ver a 2ª parte da final da Champions (este ano começou com atraso de 30 minutos…) no bar da praia. A noite terminou quase de madrugada, com uma subida de balão de ar quente, deu para sentir as emoções do que poderá ser um voo numa máquina voadora deste género, para um dia que regresse à Turquia visitar a região da Capadócia, famosa pelos voos em balão.
Vilar da Amoreira, jantar
Vilar da Amoreira, subida em balão de ar quente
Vilar da Amoreira, subida em balão de ar quente
Para a manhã do dia seguinte tinha planeado fazer a caminhada dos 18 Km, a Rota do Rio Unhais. Esta rota, também se inicia na Praia fluvial de Santa Luzia, depois desenvolve-se junto ao leito do Rio Unhais, terminando na vila de Pampilhosa da Serra, proporcionando paisagens sublimes ao longo do percurso. Acabei por desistir dessa ideia e optar por algo mais leve. Foi pena quando me inscrevi, e fi-lo com bastante antecedência, não ter optado por uma das caminhadas aquáticas, aquela que se iniciava no Poço do Caldeirão e incluía saltos para a água, passagens por tobogãs e rappel. Acabei por fazer o percurso interpretativo “Aldeia das Cabras, do Mel e do Medronho” com 4km mas muitíssimo interessante. A manhã, desta vez começou fresca e nebulosa, teve o mesmo ponto de partida, junto ao Mercado Municipal, de onde seguimos de autocarro até perto do Soeirinho, no início da CM1416, de onde iniciamos a caminhada até Moradias. O nevoeiro foi nossa companhia no início da caminhada, junto das torres eólicas que só eram visíveis ao perto. Alguns quilómetros mais à frente, o nevoeiro ia levantando e a temperatura ia subindo, e já se avistava ao longe a vila da Pampilhosa da Serra. A caminhada contou com a participação de um apicultor experiente, mas a minha fobia de abelhas impediu-me de visitar um apiário, pelo que fiquei só pelas plantações dos medronheiros e pelas cabras. Também não houve muitos corajosos a visitar o apiário, mas nas cabras estávamos lá todos! À semelhança de paragens mais longínquas, na Índia onde tirei selfies com vacas, e com cervos no Japão onde incluo uma das suas ilhas, que é sagrada, em Moradias, não resisti a fazer o mesmo com as cabras! Estes animais, em comum têm uma coisa, são dóceis e inofensivos, mas mesmo assim não tenciono tornar-me veggie! A Aldeia das Cabras, onde terminamos a caminhada, é um projeto que nasceu após os fogos de outubro de 2017, que reativa a caprinocultura, numa lógica comunitária, garantindo a sua valorização económica e a valia ambiental pela manutenção florestal em contexto de pastoreio. Fomos por lá muito bem recebidos, tivemos a honra de provar algumas iguarias típicas da região, as filhós acabadinhas de fritar, o mel de urze e o medronho! E daqui, seguimos diretos no autocarro até à Praia Fluvial da Pampilhosa da Serra, onde com um belo churrasco serrano demos por encerrado este excelente fim de semana.
percurso interpretativo “Aldeia das Cabras, do Mel e do Medronho”, pastagem de cabras e ovelhas
percurso interpretativo “Aldeia das Cabras, do Mel e do Medronho”, pastagem de cabras e ovelhas
percurso interpretativo “Aldeia das Cabras, do Mel e do Medronho”, Aldeia das cabras
percurso interpretativo “Aldeia das Cabras, do Mel e do Medronho”, Aldeia das cabras
percurso interpretativo “Aldeia das Cabras, do Mel e do Medronho”, Aldeia das cabras
percurso interpretativo “Aldeia das Cabras, do Mel e do Medronho”, Aldeia das cabras
Nesta região, de todas as deliciosas iguarias que provei, e que referi anteriormente, destaca-se a chanfana, os maranhos e a tigelada.
Praia fluvial de Santa Luzia
Praia fluvial de Santa Luzia
Pampilhosa da Serra, praia fluvial, churrasco serrano
Pampilhosa da Serra, praia fluvial, churrasco serrano
Porco no espeto
A chanfana é um prato de origem popular tradicional, feita à base de carne de cabra, já velha, assada dentro de caçarolas de barro preto em fornos a lenha, mergulhada em vinho tinto, alho, folhas de louro, pimenta, colorau e sal.
Chanfana
Os maranhos consistem em pequenos sacos feitos de bucho de cabra, recheados com carne de cabra, presunto e arroz, temperados com hortelã, colorau e salsa, entre outros temperos, tudo regado em vinho branco. Depois de cosidos (atenção que é com “s”) os saquinhos são cozidos (com ” z”) em água.
Maranhos
A tigelada é um doce tradicional, feito num tacho de barro vidrado, onde são bem batidos ovos, açúcar e casca de limão, juntando-se depois o leite. Retira-se a casca de limão e o tacho vai para o forno de lenha bem quente. Retirado do forno, o tacho é colocado na mesa, sendo a tigelada cortada em fatias diretamente para os pratos. Não leva canela.
Tigelada
Filhós
Na Pampilhosa da Serra passei um fim de semana para sempre recordar. Não sei se pelas caminhadas, pelas paisagens ou pela comida. E eu que sou um grande comilão só posso dizer: mas que bem se come por lá! Até mesmo o churrasco serrano, ao contrário de muitos churrascos que tenho ido, a carne era suculenta e deliciosa e o arroz de feijão era ao nível do que servem no Zé dos Cornos em Lisboa.
Também comi, pela primeira vez, punheta (de bacalhau..) e no caminho, passei com o meu carro, pela Picha e pela Venda da Gaita!
Pampilhosa da Serra, praia fluvial, churrasco serrano, carne grelhada e batata frita
Pampilhosa da Serra, praia fluvial, churrasco serrano, arroz de feijão
Punheta de bacalhau e bacalhau com broa
Viajantes, já sabem, para o ano ponham na vossa agenda, Walking weekend na Pampilhosa da Serra!
ALGUNS DOS MANJARES PELO MUNDO – CONTINENTE EUROPEU
Texto & Fotos de Mário Menezes
Sou um grande comilão, aliás quem me conhece sabe disso logo desde os primeiros momentos que convive comigo. Até à idade da reforma não me hei-de esquecer de uma situação: fomos almoçar, um grupo de colegas de trabalho, feijoada à Brasileira e dois deles pediram maruca cozida…Impressionou-me o grande poder de “sacrifício” que eles possuem! Eu não seria capaz, detesto peixe cozido e comê-lo junto a outros que se banqueteavam com feijoada à Brasileira, com farofa e tudo a que tinha direito, soaria a requintes de malvadez…mas eles já se devem ter arrependido da maruca pois como sou muito repetitivo, não me tenho calado com isso e a história já se alastrou a outros departamentos e até a empresas fornecedoras. Maruca já é um estribilho…Óbvio que o prazer da comida se paga, a curto prazo, na balança, uma das coisas que não conseguimos enganar, a outra é o espelho. Nas viagens que faço ando muitos quilómetros a pé, desde manhã até ao deitar, pelo que mesmo com as asneiras que vou fazendo, acabo por desgastar as calorias ingeridas, inclusivamente até perco uns quilinhos…
As frases não são tão pouco da minha autoria mas concordo com elas: “somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos” e “viajar é a única coisa onde se gasta dinheiro, e nos torna mais ricos”. Quando vamos para fora, as nossas necessidades fisiológicas e alimentares mantêm-se inalteráveis. Elas são responsáveis pela maior fatia do custo das nossas viagens: alojamento e alimentação, mesmo tentando pernoitar em locais mais económicos e nos alimentarmos de fast food, portanto comer mal, o que em curtas escapadelas até se suporta. Mesmo assim, fast food também pode ser considerado como gastronomia e até pode ser bastante variado. Fast food é muito além dos McMenu’s que sabem ao mesmo em qualquer parte do Mundo. Às vezes até são bons para “desenjoar” das comidas picantes e com temperos intensos.
“Comemos para viver, não vivemos para comer” mas também “somos aquilo que comemos” e já li que “somos aquilo que viajamos”. Nas nossas viagens os hábitos alimentares inevitavelmente se modificam. Seja por fatores psicológicos, seja devido ao jet lag, seja devido à geografia, seja devido às nossas rotinas, seja devido ao que for, viajar é uma excelente oportunidade de experimentar coisas novas, a gastronomia dos vários países é também cultural. Afinal “a experiência é a fonte de todo o conhecimento” e uma parte do meu orçamento é destinada a provar algo típico. Jamais numa viagem turística a qualquer país nos tornamos peritos na sua gastronomia, um livro de receitas típicas de qualquer um, é um “calhamaço”, mas o facto de citarmos nomes de diversas iguarias internacionais que provamos, já é um excelente começo!
Ao longo dos diversos países que visitei, procurei na medida do possível experimentar novos pratos, bebidas, sobremesas, enfim, novos sabores, dentro dos meus limites, orçamentais e também fisiológicos e até mesmo ideológicos.
A gastronomia é um prazer, mas não é o objetivo principal das minhas viagens. Em muitos países sentar-nos à mesa de um restaurante tem preços proibitivos, sendo o fast food o recurso mais em conta na maior parte dos dias. O tempo disponível, a vontade de aproveitar ao máximo as horas de sol, os horários das atrações turísticas, museus e monumentos, ou das atrações da natureza que em geral ficam distantes das cidades, ou mesmo dar um mergulho no mar, na piscina do hotel ou mesmo nas Termas de Széchenyi em solo Magiar, são fatores determinantes, pelo que ao jantar no final de um dia de grande reboliço, depois de passar pelo quarto do hotel, tomar um duche reconfortante e trocar de roupa, é a altura ideal para desfrutar do prazer de uma refeição “com dignidade” e se for seguida de um espetáculo o dia passado no estrangeiro ainda fica mais completo e memorável!
Orgulho-me de pertencer a um país que tem provavelmente a melhor gastronomia do Mundo e que ainda não conheço na totalidade. As amizades que vou fazendo além-fronteiras, quando as reencontro em Portugal, faço questão que conheçam a nossa gastronomia. A nossa sardinha assada por exemplo já é conhecida na Rússia…
Seguem alguns dos pratos típicos de países Europeus que visitei, muitos que provei e que recomendo experimentar. E se tentarem memorizar alguns nomes passarão no exame com distinção.
Turquia, Istambul, delícias Turcas
Turquia, Istambul, suco de romã vendido na rua
INGLATERRA
Afirmar que Inglaterra, e, por conseguinte, os restantes países pertencentes ao Reino Unido, não possuem gastronomia é consensual e nem sequer é ofensivo. Os Britânicos são os primeiros a reconhecer este facto, sobretudo quando visitam o nosso país. Por aqueles lados, a cultura dos pubs é fortíssima, ao final do dia estão cheios, as pessoas saem do trabalho (a vida por lá começa e acaba bem mais cedo…) e é uma enorme romaria. O “pint”, que corresponde a 568 ml, é certamente a unidade de medida fora do Sistema Internacional (SI) mais conhecida no Mundo inteiro. Entrar num pub e pedir um “pint” de cerveja à pressão, ou para os mais equilibrados, um “half pint”, é tradição. Existem várias marcas de cerveja Britânicas, muito sinceramente algumas são fraquíssimas, quase sem gás, pouco frias e até parecem mortas. “Em Roma sê Romano” e nenhum turista resiste ao final de um dia entrar e sentir a atmosfera de um pub tipicamente Britânico e beber uma “jola” como se diz em bom Português…
As refeições servidas nos pubs são também as mais tradicionais no Reino Unido. Além do fish and chips (peixe frito com batata frita) há pratos de carne de vaca e de frango. Os bifes, preparados de diversas formas são bastante apreciados em Terras de Sua Majestade, daí os seus habitantes serem por nós alcunhados de “Bifes” e “Bifas”, estas últimas sobretudo no Algarve…
O fish and chips é um prato com reminiscências do século XIX, quando a pesca por arrasto no mar do Norte se desenvolveu, e deste modo tornou-se fácil encontrar um alimento barato e de preparação rápida para a classe operária. Dos vários peixes utilizados nesta iguaria, o bacalhau é um deles, apesar de muitos estabelecimentos de forma fraudulenta usarem peixe panga, proveniente do Vietname, vendendo assim “gato por lebre”.
Dos bifes, experimentei o British steak & ale pie, e o famoso Sunday roast, o típico manjar de almoço Domingueiro. Duas refeições típicas de pubs, o primeiro trata-se de uma torta recheada com bife estufado, leia-se mais molho que carne, servido com batata frita e legumes cozidos, o outro trata-se de bife grelhado acompanhado também de legumes cozidos (mas servidos num prato separado) e Yorkshire pudding que é uma espécie de pão, feito com farinha, ovos e leite, assado em formas de metal, as mesmas que são usadas para fazer queques, untadas com gordura. Os pratos são acompanhados com o molho “chippie sauce” servido numa pequena caneca. Trata-se de um molho castanho escuro, feito com tomate, melaço, tâmaras, maçãs, tamarindo, especiarias, vinagre e por vezes passas.
Daquilo que percebo de cozinha e depois de há uns anos, ter conhecido a Susan, uma Australiana Escocesa, em Amesterdão, de ter estado com ela em Lisboa e levá-la a provar, entre outras coisas, um cozido à Portuguesa, recordo que ela afirmou que nunca tinha comido nada tão delicioso e que a comida na Escócia não tinha sabor. Agora conclui facilmente que este tipo de comida de pub, que é basicamente o mais consumido no Reino Unido, certamente é feita com produtos congelados. Um pub foi obviamente concebido para servir bebidas alcoólicas, e as refeições que por lá são servidas, é natural que a matéria prima seja à base deste tipo de produtos, fáceis de armazenar por longos períodos de tempo e para confecionar aqueles pratos adequa-se na perfeição. Ir a um pub para comer uma refeição também é um ritual, mesmo sabendo de antemão o que nos irá ser servido, e não deixa de ser um enorme prazer para qualquer turista que visite o Reino Unido.
Apesar do Reino Unido não possuir gastronomia, em Londres podemos provar especialidades de vários cantos do Mundo, mesmo em forma de fast food, incluindo de países que não temos qualquer intenção de visitar. Nos mercados, nomeadamente no Borough Market junto à estação de London Bridge, podemos encontrar muitos alimentos frescos, peixe, carne, frutas, até mesmo frutas do Sudeste Asiático como o durian! Em Londres, os preços da alimentação são estupidamente caros, resta ao turista decidir onde e como quer gastar as suas Libras!
Inglaterra, Londres, Borough Market, carne
Inglaterra, Londres, Borough Market, frutas do Sudeste Asiático
Inglaterra, Londres, Borough Market, frutas do Sudeste Asiático-Durian
Inglaterra, Londres, Borough Market, peixaria, tamboril, preço 25£ o Kg
Inglaterra, Londres, Borough Market, peixaria
Inglaterra, Londres, British steak & ale pie
Inglaterra, Londres, British steak & ale pie
Inglaterra, Londres, comida Libanesa
Inglaterra, Londres, ementa que mostra pratos de fish and chips
Inglaterra, Londres, fim de tarde num pub
Inglaterra, Londres, Sunday roast
Em Liverpool o prato típico chama-se “scouse”, sendo a razão pela qual os habitantes da cidade são alcunhados de “scoucers”, e a língua Inglesa por lá falada dado ser tão difícil de compreender, devido ao sotaque característico, ser chamada de “scouse”, e por muitos considerada com um dialeto, pois tem palavras diferentes da língua de Shakespeare que aprendemos na escola! O prato “scouse” é um guisado, feito de pedaços de carne, geralmente bovina, com batatas, cenouras e cebola, que está associado à zona portuária da cidade. Enquanto por cá os guisados, associados às zonas portuárias, aos pescadores e marinheiros, são feitos com sobras de peixe e chamados de “caldeiradas”, por aqueles mares provavelmente os peixes são de tamanhos bem maiores e os guisados são de carne, das sobras que se encontram em terra. Em Liverpool o scouse é rei, sendo fácil de encontrar em qualquer pub ou bar. O nome de scouse é derivado da palavra “lobscouse” que por sua vez é originário de “lapskaus” originária das línguas norueguesa.
Inglaterra, Liverpool, Scouse
Inglaterra, Liverpool, Scouse
Inglaterra, Liverpool, Sunday roast
Inglaterra, Liverpool, Sunday roast
ESCÓCIA
Impossível não associar este país ao whisky, a sua bebida nacional, existindo por lá, cerca de 140 marcas. A bebida é taxada de forma altíssima, por questões de saúde pública e assim evitar que os mais novos consumam. Uma garrafa pode custar alguns milhares de Libras, mas em algumas destilarias, é possível provar um copo por muito menos. Muitas marcas não se encontram facilmente em Portugal, pelo que fiz questão de provar uma delas. Blair Athol, foi o que experimentei, apenas para marcar o momento, pois não sou entendido no assunto. Para isso seria necessário estudá-lo a fundo e investir algum tempo e dinheiro a visitar destilarias, pois existem diversos tipos de whisky de diversas regiões produtoras.
Haggis é o prato nacional. Trata-se de bucho de ovelha cozido, recheado com as suas miudezas (coração, fígado e pulmões) ligadas com farinha de aveia, sebo, cebola, sal e especiarias. É proibida a importação de pulmões de ovelha nos EUA, para enorme desgosto dos americanos de origem escocesa lá residentes, que ficam por isso privados de desfrutar a sua iguaria predileta! Haggis pode aparecer como topping de outros pratos, hamburgers por exemplo, ou servido em cima de puré de nabos ou de batata, o haggis, neeps and tatties. “Address to a haggis”, é um famoso poema de Robert Burns que homenageia esta iguaria.
Haggis aparece no recheio do chicken balmoral, um peito de frango, depois envolto em bacon e servido com whisky ou molho de pimenta.
Scotch pie, é uma tarte recheada com carne de carneiro picada, carne bovina ou mesmo carne de cordeiro.
Escócia, Glasgow, scotch broth
Escócia, Glasgow, Haggis, neeps and tatties
Escócia, Glasgow, chicken Balmoral
Escócia, Edimburgo, whisky
Escócia, Edimburgo, whisky, 3800 Libras a garrafa
Escócia, Edimburgo, scotch pie
Escócia, Edimburgo ,hamburger com haggis forma de topping
Escócia, Edimburgo ,hamburger com haggis forma de topping
Stovies, é um guisado de carne e batata. O verbo “to stove” é o equivalente na língua local, a “to stew” na língua inglesa, que significa estufar. É confecionado lentamente numa panela fechada com gordura (banha ou manteiga) e com outros líquidos, como leite, caldo ou geleia de carne.
Além da sopa de tomate, a scotch broth é uma das sopas mais tradicionais, feita geralmente com cevada, carne de cordeiro, de carneiro ou de vaca, batatas, leguminosas secas, repolho e alho francês.
Escócia, Glasgow, sopa de tomate
Escócia, Glasgow, stovies
Escócia, Glasgow, scotch pie
IRLANDA
É voz corrente afirmar, de forma depreciativa, que o Reino Unido não tem gastronomia, mas os Irlandeses afirmam que o seu país tem! Eles há muito que saíram do Reino Unido…
Ao falarmos de Dublin é impossível não referir a cerveja Guinness, que é preta, sendo considerada como a rainha de todas as cervejas, e por ali há várias marcas. Não sendo um apreciador deste tipo de cerveja (prefiro loiras), durante a minha estada em Dublin bebi todos os dias Guinness e naquele ambiente soube-me sempre bem. Cerveja de barril, pois por cá quando compro cerveja Guinness de lata ou de garrafa, não me sabe bem! A cerveja Guinness é quase única e exclusivamente produzida com matéria-prima da região, sobretudo a água do Rio Liffey, das suas nascentes nas Montanhas Wicklow. O malte e a levedura também são de origem Irlandesa. O lúpulo é importado da Chéquia.
O whisky também reina por lá. O whisky Irlandês, o Jameson, é produzido, primeiramente através de fermentação, processo semelhante ao fabrico da cerveja, sendo a matéria prima a cevada e o malte, e posteriormente por destilação, sendo que o whisky Irlandês é destilado por 3 vezes, ao passo que o whisky Escocês é apenas destilado uma vez. O Whisky Irlandês é usado para fazer o Irish coffee, o famoso café Irlandês, misturando-se num cocktail, com café quente e açúcar, levando creme batido por cima, e também o Baileys Irish Cream.
Comecei este texto com bebida pois a gastronomia do país é indissociável dos pubs, algo cultural no povo Irlandês. Consumir refeições num pub é típico! A batata que foi introduzida no país, na segunda metade do século XVI, é consumida em grande escala e os guisados são os pratos mais comuns, pois são indicados para enfrentar o clima frio e chuvoso. O Irish lamb stew, é um guisado de borrego servido num pote, é o prato nacional. Existe também o Irish beef Guinness stew, um guisado típico de carne de vaca com puré de batata. A Irish style farmhouse vegetable soup, uma sopa de legumes, também é típica. A manteiga e o pão fatiado são sempre colocados na mesa. Tudo delicioso, mas nada barato. Dublin é uma cidade cara. A Irlanda é uma ilha e os salários praticados estão ao nível dos mais altos da Europa, mas contrariamente às minhas expetativas, na Irlanda comi bem!
Irlanda-Dublin-Irish lamb stew
Irlanda-Dublin-Whisky Jameson
Irlanda-Dublin-Irish beef Guinness stew
IRLANDA DO NORTE
Pertencente ao Reino Unido, mas à semelhança da Irlanda, em termos gastronómicos possui alguns pratos típicos que são um regalo provar. “A Good Day Starts with a good Breakfast” é uma expressão popular por aqueles lados e todos sabemos bem o seu significado. Ao pequeno-almoço é consumido o prato mais emblemático do país. O Ulster fry, a fritada de Ulster, a região mais a norte do país. É constituído por toucinho, ovos, salsichas, sendo tradicionalmente tudo frito em banha. Acompanha com tomate, pedaços triangulares de pão com fermento e pão de batata, um pão achatado preparado numa fritadeira, com batata, farinha e soro de leite coalhado. Pode também incluir batata frita, feijão, cogumelos, outros tipos de pão, panquecas e um tipo de morcela, conhecida localmente como black pudding. Se estiverem por Belfast, para provarem o Ulster fry, aconselho vivamente o Maggie Mays mas preparem-se para esperar pela mesa pois o local é muito concorrido. Serão amavelmente recebidos por uma jovem e simpática equipa que vos tratará muito bem, sobretudo se forem Portugueses, país cujos proprietários da casa têm bastante apreço.
Irlanda do Norte, Belfast, fish and chips
Irlanda do Norte, Belfast, Ulster fry
Irlanda do Norte, Belfast, a simpática equipa do Maggie Mays que me serviu o Ulster fry
Irlanda do Norte, Belfast, sopa de legumes
Em Belfast, existe o presunto tradicional, o Belfast ham. É fabricado com a perna do porco desossada, salgada, depois fumada sobre turfa ou zimbro o que lhe confere um sabor picante e caraterístico. Belfast ham and cabbage é um prato que poderá ser pedido, trata-se do presunto servido com repolho. Sopas de legumes, ensopados de borrego também são tradicionais por lá, assim como o fish and chip, pratos consumidos em larga escala na Irlanda e na Grã Bretanha.
Irlanda do Norte, Belfast, Belfast ham and cabbage
FRANÇA
É considerada a rainha da gastronomia Mundial. Os seus vinhos e os seus queijos são apreciados em todo o lado. O queijo não pode faltar numa mesa, já Asterix dizia que “un bon repas sans fromage, c’est une bête qui n’a qu’un oeil, c’est un oiseau sans plumage, une forêt sans écureuil“. Quanto ao vinho, Bordéus é considerada como a capital Mundial. Vinhos e queijos internacionais, Franceses incluídos, conseguimos facilmente encontrar em qualquer hipermercado, nos dias de hoje com a pertença à União Europeia tudo chega facilmente até nós e a preços acessíveis.
Gastronomia Francesa é associada à “haute cuisine”, cuja capital é Lyon. A cidade é tida como o coração gastronómico de França, pois nela encontramos diversos restaurantes que oferecem experiências gastronómicas de famosos chefes e também com estrelas Michelin.
A França, acumula o título de país mais visitado do Mundo, com o de destino gastronómico de eleição, porém grande parte dos turistas que a visitam, além da baguette e do croissant ou do brioche, pouco mais conhecem. Os preços dos restaurantes estão entre os mais caros da Europa. Passear por Paris com uma baguette debaixo do braço e uma bebida em lata na mão é uma das imagens de marca dos turistas. Quanto ao fast food, destaque para a cadeia de restaurantes “Nebab” que lideram o mercado do donner kebab. No prato com batata frita e salada, ou no pita (pão) conforme foi inventado na Alemanha pela comunidade Turca lá residente, é uma iguaria largamente difundida pelo Mundo fora e uma das opções que nos permite “matar a fome” a preços acessíveis.
Pratos tipicamente Franceses, no seu país, já experimentei alguns: A bouillabaisse Marselhesa. Uma sopa de peixe, um género de caldeirada. À semelhança das nossas caldeiradas, a bouillabaisse foi criada por pescadores que após separarem os peixes para a venda, usavam as sobras para fazer um ensopado, utilizando também ervas aromáticas da região, as ervas de Provence por exemplo. A bouillabaisse é servida num prato de sopa, acompanhado de pão torrado, rouille (molho feito com gema de ovo, azeite, pão ralado, alho, açafrão e pimenta caiena) e queijo Gruyère ralado. É gostosa. Recomendo. Mas atenção. É cara, muito cara e vale pela experiência. Para matar a fome de um tipo com o meu calibre eram preciso umas 3, pelo menos. Sustentar-me a bouillabaisse em Marselha, é pior que “sustentar um burro a pão de ló”! A cidade possui diversos restaurantes na zona do Porto Velho que servem a famosa bouillabaisse, assim como diversos peixes e mariscos.
O cassoulet, um género de feijoada, prato típico da Occitânia, nomeadamente de Toulouse. Além dos típicos temperos da região, normalmente o prato leva carnes salgadas e lentamente cozidas na sua própria gordura (confit) nomeadamente confit d’oie (de ganso) ou confit de canard (de pato), assim como salsichas, linguiça, carne de porco, de perdiz ou de cordeiro.
Os crêpes, assim se escreve em Francês, são uma especialidade típica da Bretanha. Estando por Rennes é possível escolher um dos muitos restaurantes que servem este manjar. Foi por aquelas terras que os crêpes foram criados, depois do trigo sarraceno ter sido introduzido no século XII. Dali se deram a conhecer em todo o Mundo, com as devidas adaptações. Os crêpes de farinha branca só apareceram no início do século XX, quando a farinha de trigo se tornou acessível, tal como o açúcar. A farinha branca é usada somente na confeção da massa dos crêpes doces. A massa dos crêpes salgados é de trigo sarraceno, daí ser escura. Estes são recheados por dentro e por fora, podendo levar por cima, queijo, molho de tomate, ervas aromáticas, ovos estrelados ou bacon. O crêpe é tradicionalmente acompanhado de uma poiré, assim se chama a sidra, que é uma bebida regional, sendo confecionada por aqueles lados com sumo de pêra fermentado, em vez do sumo de maçã.
Mais a norte, já na Normandia, quem visita o Monte St Michel é tradicional provar os moules-frites, mexilhões confeccionados numa panela com azeite, temperos e salsa, acompanhados de batatas fritas. No restaurante onde provei, o mexilhão era de excelente qualidade, não tive quaisquer problemas, apesar de ser uma das coisas que é arriscado comer longe de casa. Moules-frites, é um prato de origem Belga, mas segundo algumas sondagens é o segundo prato preferido dos Franceses, só perdendo para o magret de canard, um prato de peito de pato, crocante, acompanhado por molhos doces.
Em relação à doçaria, posso recomendar o gâteau Nantais” que é semelhante ao nosso pão de ló, mas humedecido com rum e limão, e o fondant baulois que é um delicioso bolo de chocolate, duas especialidades típicas de Nantes. Se viajarem apenas com mochila e sem mais nada, podem adquirir estas especialidades no aeroporto, nas freeshops antes de se dirigem à porta de embarque.
França, Marselha, bouillabaisse
França, Marselha, bouillabaisse
França, Lyon, donner kebab
França, Toulouse, cassoulet
França, Monte St Michel, moules-frites
França, Monte St Michel, moules-frites
França, Monte St Michel, poiré
França, Rennes, crêpe
Em Bordéus, além do vinho, não esquecer de provar o Canelé de Bordeaux. Durinhos por fora e fofinhos no interior, semelhantes a um pudim, este doce é composto de massa aromatizada com rum e baunilha e coberto por uma crosta caramelizada. Julga-se que a sua origem ocorreu há uns séculos atrás no Convento da Anunciada, localizado no centro da cidade. É um símbolo da cidade de Bordéus e da região da Occitânia.
França, Bordéus, canelé de Bordeaux
França, Bordéus, canelé de Bordeaux
ESPANHA
De longe o país estrangeiro que mais vezes visitei. Já perdi a conta! Apesar de vizinhos e nos considerarem como “nuestros hermanos”, a gastronomia apesar de se enquadrar na dieta mediterrânica, é diferente da nossa. Ao contrário dos muitos países europeus que visitei, onde vários deles possuem pratos comuns na sua gastronomia, saindo de Portugal não encontramos nada igual na mesa. Isso faz da nossa gastronomia como única, e talvez a melhor do Mundo porque muita da sua matéria-prima só existe no próprio país, o peixe, por exemplo, que só existe com essa qualidade nas nossas águas frias e Atlânticas, e consumimo-lo poucas horas depois de pescado!
Espanha, presunto, jamon como eles chamam, é um habitual
Espanha, Madrid, cocido à la Madrilena
Espanha, não era de todo um país que considerava que se comesse bem. Quanto mais visito Espanha mais me vou adaptando ao modo deles comerem…tenho ideia que os Espanhóis não comem, eles petiscam! Apesar da língua ser parecida com a nossa, quando lemos a carta de um restaurante em Espanha temos sempre dificuldade em escolher. Os nomes não são assim tão óbvios.
Espanha, Sevilha, adobo sevillano
São tapas, raciones, bocadillos ou montaditos e as refeições muitas vezes são “dos platos” que no fundo são dois pires! O jamon (presunto) é excelente, o do tipo Ibérico chega a custar umas centenas de Euros o kg, assim como os enchidos. Pedir uma “tábua” acompanhada por uma “caña de cerveza” da marca Cruzcampo, Estrella Damm ou Mahou é um regalo! Em Madrid, e não só, o “Museo del Jamon” é o local ideal para desfrutar, por exemplo, uma tapa, pa amb tomàquet, que é isso mesmo, pão com tomate, uma especialidade catalã. O pão mais consumido é sobretudo do tipo baguettes de trigo.
A paella é o prato mais famoso. Já tive oportunidade de provar num restaurante em Benicasim, um povoado pertencente à Comunidade Valenciana, região de onde este prato é oriundo. A paella original não é a paella com mariscos. Existem diversas variações do prato, pois o original é confecionado em lume de lenha, com verduras, condimentos, como o açafrão e carne, incluindo a de coelho e também caracóis, não misturando carnes e mariscos. O prato vai sendo adaptado ao gosto dos visitantes nacionais e internacionais, existindo diversas casas que servem a iguaria ao estilo de comida rápida. Existe também o arròs negre (arroz negro) preparado de forma semelhante à paella, que leva mariscos, chocos e o negro é oriunda da tinta destes últimos. Longe da sua região, tive oportunidade de o provar em Sevilha, no La Paella. Arroz como acompanhamento não parece ser muito usado, além da paella desconheço mais pratos que sejam confecionados com arroz. Para confecionar paella, o arroz que deve ser utilizado é o “arroz bomba”, que tem um grão mais curto e mais arredondado, sendo oriundo da zona do Parque Natural de La Albufera.
Espanha, Sevilha, arròs negre
Espanha, Sevilha, churreria
Na Andaluzia, os calamares são manjar tradicional. Se forem feitos com lulas são excelentes, no entanto a pota é mais usada e muitas vezes fritos em óleos já “massacrados”. Dos diversos peixes fritos (choco incluído) que se consomem, experimentei o adobo sevillano, que é feito com cação marinado, sendo passado por farinha antes de ser frito.As especialidades andaluzas incluem o famoso gaspacho, uma tradicional sopa fria e parece-me ser das poucas sopas existentes. “Adoro isso, a minha sogra mima-me com calamar, choco, puntillita y boquerone” diz um amigo meu cuja namorada é sevilhana e que por lá passa grandes temporadas!
Espanha, Sevilha, churros com chocolate quente
Espanha, Sevilha, confecionando paelhas num restaurante de comida rápida
Em Oviedo provei a fabada asturiana, típica das Astúrias. Um género de feijoada, com feijão fava (fabes) mas muito aquém de carnes e enchidos, acompanhado com sidra, servida para os copos com a garrafa colocada no alto. Nas Astúrias, o cordeiro também é rei, assado no forno, mas sem temperos como nós fazemos, assim como a parrilla (assado de carnes no carvão) que em 2006 foi a minha refeição do dia de Natal. Os callos à la madrilena não tenciono experimentar, um guisado feito com tripas, tradicionalmente de porco ou vaca, embora atualmente se use cordeiro. Sardinha assada é tradicional em Santander, servida nos restaurantes junto da praia do Sardinheiro, no entanto é assada na plancha (chapa) em vez de ser no carvão como nós gostamos e que as faz libertar aquele fumo com aroma característico. E é sardinha Cantábrica, de mar não do oceano…Na Galiza, sobretudo nas Rias Baixas, perto de Pontevedra, o mexilhão é consumido em larga escala, pois a região é o maior produtor Mundial deste bivalve. Mariscadas também são típicas em terras Galegas.
Espanha, Sevilha, paelhas num restaurante de comida rápida
Espanha, Sevilha, paelhas num restaurante de comida rápida
A carrillada, é a parte da bochecha do porco, cozinhada e adocicada em molho de vinho. Confesso que para matar a fome a um tipo do meu calibre, eram precisas mais duas, pelo menos! Em Valência, após pedir e pagar cerca de 15€ por este prato, tive muitas saudades de uns rabos de bacalhau à minhota, que me serviram em Alcântara num restaurante de um amigo de um colega meu!
O tradicional cocido à la madrilena foi a última iguaria que experimentei. Esperei mais de 20 anos por esse momento! Se estiverem num dia de Inverno por Madrid, num Domingo, o local ideal é a “Taberna La bola”em pleno centro histórico. É necessária a marcação, pois o local tem imensa procura, sendo conhecido por servir o melhor cocido à la Madrilena do Mundo. Semelhante ao nosso cozido à Portuguesa, é cozinhado num pote em brasas, leva enchidos, vegetais e grão. É servido primeiramente a sopa, portanto o caldo da cozedura e posteriormente as carnes com molhos e pickles. Recomendo, mas sem entrarem em comparações nacionalistas do género “o nosso é que é bom”! Tudo tem o seu tempo e o seu lugar.
O torrão de Alicante é provavelmente o doce mais famoso, assim como o merengue madrileno e as tortas de Santiago de Compostela. Torrão consome-se sobretudo no Natal, sendo nos dias seguintes ao mesmo, a melhor altura para o adquirir nos supermercados, pois encontra-se a preço de saldo! Existem várias variedades de torrão, além do tradicional em amêndoa, há por exemplo o de amendoim, de chocolate ou mesmo com pistachio, e também bolos recheados com torrão.
Espanha, bolos recheados com torrão
Churros, um género de farturas, mas mais fininhas, que se molham em chocolate quente são tradicionais em toda a Espanha. Fazer uma pausa numa churreria é obrigatório!
Os vinhos espanhóis são considerados dos melhores do Mundo, podendo ser encontrados à venda em muitos países. Quando vou a Espanha de carro, além de encher o depósito, trago sempre um belo carregamento de vinhos sobretudo das regiões da Rioja e da Catalunha!!! E de cerveja também, pois prefiro as marcas espanholas às nossas! No Mundo inteiro o vinho Jerez é provavelmente o vinho espanhol mais conhecido, chamado pelos britânicos de “cherry”. Trata-se de um vinho licoroso, produzido na região de Jerez de La Frontera, possuindo uma história com mais de 3 mil anos! O sabor que o caracteriza é muito diferente do nosso docinho vinho do Porto…
Espanha, Sevilha, salada de gambas
Espanha, garrafa de vinho Jerez
BÉLGICA
A Bélgica este pequeno país onde o Neerlandês é falado a norte e o Francês a sul, sendo falado também o Alemão, é um paraíso de cerveja! Há mais de 3 mil marcas diferentes. Cerveja, wafle, chocolate, mexilhão e batata frita é provavelmente o que os estrangeiros conhecem da gastronomia deste país. Pouco mais relevante deve existir…
Julga-se que a batata frita foi ali inventada. Batatas Belgas, conhecidas em todo o Mundo, as friet (ou frites) são consumidas também na rua como fast food, vendidas em quiosques especializados chamados de fritkot (ou frituur). Secas, crocantes por fora e macias por dentro, são um regalo. O segredo é o tipo de batata, a “bintje” que possui alta quantidade de amido e permite uma boa resistência ao cozimento, sem absorver muito óleo. São lavadas em água fria e depois secas num pano antes da fritura. E quanto à fritura aqui vai o verdadeiro segredo. É feita em gordura bovina e não em óleo vegetal, e em duas etapas: num primeiro banho, mais demorado, a uma temperatura de 130ºc, a operação que se chama bringir. Depois disso, a batata descansa, arrefece e na hora de servir é frita novamente a 180ºc até dourar. Esta é a razão porque muitas fritadeiras das cozinhas industriais são duplas. Uma parte para bringir e a outra para fritar! Quando compramos no supermercado batata frita congelada, ela é também chamada de batata pré frita, pois após a primeira fritura ela foi congelada. A importância da batata frita é tão grande neste país que existe um museu a ela dedicado, o Frietmuseum em Bruges.
O prato Nacional são os mosselen-friet chamados assim em grande parte do país que fala a língua a língua Neerlandesa, mas são também chamados de moules-frites no lado Francófono.Tal como em França são mexilhões confecionados numa panela com azeite, temperos e salsa, acompanhados de batatas fritas, Belgas pois claro!
Em relação aos doces, os wafles, por cá conhecidos por gaufres, e assim também chamada pelos Francófonos, são um regalo. Esta iguaria mundialmente famosa é um género de panqueca de massa doce, podendo ser recheada por cima com gelado, chocolate ou qualquer outro sabor. O chocolate Belga deu-se a conhecer ao Mundo no século XVII, e desde aí que é imperdoável um turista não o comprar. É inclusive vendido a peso em diversas lojas especializadas, nomeadamente em Bruxelas junto à Grand Place. Quanto à cerveja aconselho uma ida ao Delirium a dois passos da Grand Place, o bar que vende a maior variedade de cervejas do Mundo e é isso mesmo, faz jus ao nome, um verdadeiro delírio!
Bélgica, Bruxelas, bar Delirium, o paraíso da cerveja
Bélgica, Bruxelas, chocolataria, geladaria, e loja de wafles
Bélgica, Bruxelas, wafle
PAÍSES BAIXOS
A gastronomia não é o seu forte. Muito à base de fritos onde as batatas Belgas, as tais batatas que são fritas duas vezes, abundam. O Dutch snack é o mais popular, um conjunto de snacks fritos que se temperam em molhos, entre os quais o croquete, que é tipicamente Neerlandês e entrou há muitos anos na nossa alimentação! Os muitos restaurantes de gastronomia Indonésia são a melhor parte, ou não fosse a Indonésia uma antiga colónia Neerlandesa. Em Amesterdão podemos provar o verdadeiro nasi goreng, estando bem longe da Ásia! As cervejas de inúmeras marcas sabem sempre bem para acompanhar qualquer refeição ou mesmo numa esplanada, dos muitos cafés que existem na cidade. Tomar café também é tradicional, sendo normalmente, nos países de Benelux, servido com uma bolacha.
Países Baixos, Amesterdão, donner kebab e batatas Belgas
ITÁLIA E SAN MARINO
ITÁLIA e SAN MARINO
Adorei o país, e desde 2007 que o tenho visitado por diversas vezes. É um museu a céu aberto. San Marino e o Vaticano, os dois enclaves, também são locais soberbos, cada um à sua maneira, mas em relação ao último duvido que alguém prove a gastronomia local, se é que ela existe, ou se esse conceito é ali aplicável…aliás, já li algures que “comer no Vaticano é assunto polémico que varia de Papa para Papa. Alguns, comeram como reis, outros condenaram a gula, e fizeram da fome uma penitência ou forma de contato com a espiritualidade“.
Duas coisas me desiludiram inicialmente: a antipatia dos Milaneses, o que ao longo dos anos parece ter desaparecido, e a gastronomia sobretudo porque neste aspeto as minhas expectativas eram altíssimas! As últimas vezes que visitei Itália “fiz as pazes” com ambas! A Itália é conhecida como o país da “pizza” e da “pasta”. Sobretudo esta última, explicaram-me num restaurante que dá muito trabalho a confecionar. Não é como nós fazemos cá, ao comprar molhos enlatados no supermercado e aquecê-los no micro-ondas. Confecionar um molho “pesto”, um “carbonara”, ou lá o que for, demora algum tempo!
Nápoles, peixe vendido na rua
Nápoles, pizza
A pizza, considerado o maior embaixador gastronómico do país, em muitos locais parecia ser tratado como um prato de terceira categoria! A pizza é uma especialidade napolitana, que tradicionalmente é redonda e de massa fina e estaladiça. Em Nápoles existem outros géneros de pizzas, por exemplo, o ripieno conhecido por cá como calzone e a pizza frita, como o nome indica é frita, ao invés de ir ao forno, tal como um pastel! Ainda por Nápoles, provar o spaghetti alla puttanesca é obrigatório, um prato inventado por aqueles lados, em meados do século passado, a pasta é feita com tomate, azeite, azeitonas, anchovas, pimenta, alcaparras e alho. A palavra “puttanesca” deriva da palavra “puttana” que significa prostituta, pelo que se julga que o prato pode ter sido inventado num dos muitos bordéis que existiam no Quartieri Spagnoli, famoso bairro com ruas estreitas, onde existem muitos restaurantes, mas também muitas lambretas em alta velocidade…
Nápoles, spaghetti alla puttanesca, 1º prato
Nápoles, panado, 2º prato
Ercolano, pizza fritta
Ercolano, pizza fritta
A pinse, é uma especialidade romana, que é algo muito semelhante à pizza, mas com a massa mais fofa, com um tempo de cozedura maior e com formas diferentes, sendo muitas vezes vendida à fatia. Além das tais fatias de pizza ou pinse que se podem comer pedido ao balcão, conheço a piadina romagnola, típica especialidade da região de Emilia-Romagna e da República de San Marino, um “wrap”, portanto uma massa fina de pão branco, que era tradicionalmente cozida num prato de terracota, chamado “teggia” ou “testo” na língua local, atualmente é utilizado o grelhador elétrico, sendo servido fechado e recheado com queijo, vegetais, presunto, por exemplo. Também na onda o “take away”, se estiverem por Milão, nomeadamente no Navigli, não deixem de provar a arancina, especialidade siciliana, um pastel de arroz frito, com um diâmetro com cerca de 10 cm, recheado com carne picada de tomate, queijo mozzarella, ervilhas ou outros ingredientes. Visitar a Sicília está nos meus planos, pelo que na devida altura farei as devidas considerações. Itália é um país com uma enorme linha de costa, o peixe também é parte da gastronomia. Se estiverem em Peschiera del Garda, próximo do Lago di Garda, poderão saborear uma fritada de peixe no Frittodivino, serão certamente bem atendidos pelos proprietários, naturais de Verona. Servida num copo de papel, contém várias variedades de peixe frito, como por exemplo sardinhas, lulas, polvo, camarão ou bacalhau. Itália tem uma enorme linha de costa pelo que peixe não falta nas bancas e nos mercados em cidades próximas do mar!
Itália, Rimini, pinse
Itália, Rimini, pinse
Quem visita Itália irá certamente tentar distinguir as denominações dadas aos estabelecimentos de restauração: Ristorante, trattoria, tavola calda, tavola fredda, rosticceria, pizzaria ou osteria são apenas algumas. Sentar à mesa, sobretudo no Norte, sai caro, então em locais como Veneza, nem é bom pensar! É cobrado “coperto”, ou seja, uma taxa por utilizar os talheres (deve rondar os 3€). Além disso, é também cobrada uma taxa de serviço (pode passar de 10%) sobre o valor total. O que se come, e a forma como se come, nos restaurantes em Itália difere dos restaurantes Italianos fora do país! A pasta e a carne ou o peixe são servidos separadamente, ou seja, pagam-se dois pratos. Eles comem primeiro um e depois o outro e não um a acompanhar outro. Existe também o “antipasti” que pode ser por exemplo uma salada (caprese ou panzanella por exemplo) ou um queijo “mozzarella bufallina” que é consumido antes do primeiro prato. Normalmente a pasta é isso mesmo, massa e molho. O segundo prato são uns pedacitos de carne enfeitados! As bebidas alcoólicas são caríssimas! O primeiro prato pode custar por exemplo 15€ e o segundo 25€, é fazer as contas. Em Portugal os restaurantes nos últimos tempos têm aumentado brutalmente os preços, pelo que quem atualmente visita Itália já não nota assim uma diferença tão grande, como eu notei em 2007, tempos em que por 5€ em Portugal se comia uma refeição completa…
Nápoles, mozzarella bufallina, antipasti
Itália, Rimini, pasta de frutos do mar, 1º prato
Itália, Rimini, pasta de frutos do mar, 1º prato
Itália, Rimini, espetadas mistas de peixe, 2º prato
No dia do meu 33º aniversário almocei num restaurante americano, o Road house na Estação Roma Termini, um grande bife e a foto está guardada para a posteridade! Repeti a experiência mais vezes noutras paragens, de comemorar o aniversário estrangeiro a banquetear-me com um grande bife! Nada a ver com comida italiana, em que os nós os dois andávamos de costas voltadas, pelos motivos que expus…
Itália, Lemoncello
Os gelados foram dos melhores que comi na vida! E no inverno eram muito baratos! Em países onde a influência histórica da Itália é sentida, os gelados também são excelentes. O torroncino (semelhante ao torrão de Alicante) e os chocolates é algo que devemos comprar para trazer para casa e deste modo recordar umas férias maravilhosas. O vinho italiano também é famoso, sendo o Chianti que é produzido na região da Toscana, o mais conhecido pelo Mundo fora.
Gelados italianos
O Limoncello, um licor de limão produzido no sul do país, nomeadamente nas regiões de Campânia e da Sicília, é uma das bebidas mais famosas. Mas é Sorrento que afirma que fabrica o melhor de todos, sobretudo pela qualidade dos limões da região. Em Sorrento existem inúmeras lojas onde poderão provar esta maravilhosa bebida. Se viajarem de avião com bagagem de mão, e dada a limitação de líquidos a transportar, poderão adquirir bebidas no aeroporto antes de embarcarem, no entanto se viajarem de automóvel, não foi o meu caso, poderão atestá-lo com umas belíssimas garrafas. Recomendo a cadeia de lojas Tesori di Sorrento e Signorvino paraísos de garrafas, onde amavelmente me ofereceram algumas provas. Tanto vinho italiano como cerveja italiana já provei, dentro e fora de Itália, nomeadamente o Chianti! A cerveja italiana mais famosa é provavelmente a Birra Moretti, mas há outras excelentes marcas que dificilmente encontramos fora de Itália, inclusivamente oriundas das ilhas.
Nápoles, torrão de limoncello
Sorrento, loja de limoncello
É impossível não referir o café expresso. Ao que parece foram os Italianos que inventaram esta forma de produzir café. Já tive em casa uma máquina dessas da marca “Minimoka”. A dita cuja chegou a tirar mais de dez cafés num dia só para mim. Já desde os 11 anos de idade que tenho o hábito de ir a um café e pedir uma bica, sem açúcar. Uma “italiana” é uma bica mais curta, e de facto em Itália é mesmo assim que servem o café!
Nápoles, café expresso, reparem o tamanho
Itália, Verona, loja de vinhos
Itália,Peschiera del Garda, fritada mista de peixe
San Marino, piadina romagnola
San Marino, piadina romagnola
Itália-Roma-almoço do meu 33º aniversário
Tagliatelli à Bolonhesa
Birra Moretti- Itália
ALEMANHA
Ao contrário de Franceses, Espanhóis ou Italianos, os Alemães são uns alarves a comer! Ao contrário das minhas expetativas em relação à comida na Itália, na Alemanha eram baixas. Nada mais errado! Na Alemanha come-se muito bem! Tal como em qualquer país do Centro e Leste Europeu, incluindo os países Bálticos. Um dos países onde o porco é rei! A cerveja é rainha! Por lá existem mais de mil marcas diferentes! Cada cidade tem a sua cerveja tradicional! Munique é a capital Mundial da cerveja! Cervejas servidas em canecas, algumas com 1 litro, chamadas de “mass”! A dunkle (escura), a helles (amarela) e a weiss, uma cerveja de trigo de cor de gema de ovo.
Tanto na Alemanha como em muitos países Europeus, a salsicha é uma das iguarias mais consumidas, não só mas também como fast food. Por exemplo em Berlim a currywurst faz parte da história da cidade. Uma salsicha de porco cortada às rodelas e temperada com ketchup e caril que tem conquistado há décadas o gosto dos Alemães e de quem visita a Alemanha. Sempre que aterrei na Alemanha, comer uma currywurst tornou-se um hábito, uma tradição! Além da currywurst, as salsichas Frankfurter würstchen, Nürnberger rostbratwurst, bratwurst, bockwurst ou weisswurst (branca) têm grande saída.
Jantar numa cervejaria típica Alemã é algo tradicional e imperdível! Recomendo vivamente uma ida à Berliner Republik. O eisbein (joelho de porco) é um dos pratos mais solicitados! Também o schnitzel (panado de porco). O sauerkraut (repolho fermentado), as batatas assadas e a mostarda, são acompanhamentos tradicionais. Doses bem aviadas e bem regadas são ali servidas. E os clientes, locais e estrangeiros, sempre animados e sempre a levantar canecas! Os Alemães são muito divertidos e afáveis, ao contrário dos Italianos de Milão. E por falar em cervejaria, o que dizer da Hofbräuhaus que é de longe a mais famosa! Por lá o bretzel (pão em forma de nó) é um símbolo, e ótimo para acompanhar a cerveja, assim como o obatzda (creme de queijos picante). O haxen (pernil de porco assado), acompanhado por kartoffelpüree (puré de batata), kartoffelknödel (pastel de batata) ou rotkohl (repolho roxo) é outro dos pratos com enorme saída.
Dada a enorme Comunidade Turca residente no país, a Alemanha também é um paraíso de comida Turca, com diversos restaurantes típicos, muitas vezes concentrados em ruas e bairros, que servem pratos deliciosos e económicos.
Caso queiram banquetear-se com um grande bife, não esqueçam a cadeia de restaurantes Block House.
A berliner não poderia ser esquecida. Ela é guarnecida com doce de frutos vermelhos. Foi a berliner que deu origem às nossas bolas de Berlim. A receita foi trazida para o nosso país durante a II Guerra Mundial por refugiados Judeus, tendo sido adaptada ao gosto Lusitano.
Alemanha-Munique-prato misto de salsichas com salada e kartoffelpüree na Hofbrahaus-acompanhado por uma wiessbier.
Alemanha-Berlim-einsbein com batata assada e sauerkraut acompanhado por uma weissbier
Alemanha, Colónia, currywurst, a minha tradição sempre que vou à Alemanha
Alemanha, Colónia, haxen com sauerkraut
Alemanha, Frankfurt, Frankfurter würstchen
ÁUSTRIA
A gastronomia Austríaca é semelhante à Germânica, ou não se trate de países com a mesma língua, vizinhos e com uma História que se cruzou…Hitler, por exemplo, nasceu na Áustria. Essa foi a ideia que fiquei deste país, onde passei apenas 3 dias em Viena, portanto muito menos do que na Alemanha onde percorri várias cidades como por exemplo Munique, Berlim, Hamburgo, Colónia e Frankfurt.
Viena é famosa pelas suas salsichas chamadas de Wiener würstchen, tradicionalmente consumidas em quiosques na rua, os chamados Würstelstand. O Wiener schnitzel, um panado de porco que originalmente é frito em banha uma das iguarias prediletas do Imperador Francisco José que era um “bom garfo”. Já a sua mulher, a Sisi tinha demasiadas preocupações com o peso e com as calorias que consumia. Essa encaixava mais em maruca…
Quanto à doçaria, a sachertorte é a especialidade mais famosa, pois desde 1832 que é fabricada! Um bolo de chocolate famoso, servido num café “fino” pertencente ao luxuoso Hotel Sacher. Ir a Viena é obrigatório provar uma sachertorte assim como para quem visita Lisboa, provar um Pastel de Belém!
Áustria-Viena-sachertorte
Áustria-Viena-Wiener-schnitzel
CHÉQUIA e ESLOVÁQUIA
A gastronomia nesta zona da Europa (Centro e Leste) é excelente e os preços são económicos. Mas desenganem-se, apesar do nível salarial ser inferior, ir a restaurantes por estes lados não sai mais barato que em Portugal! Pelo contrário, bem mais caro! A gastronomia destes países que há pouco mais de 30 anos formavam um único, a Checoslováquia, julgo que é quase igual, tal como as línguas o são. Países dos quais só conheci as capitais: Praga onde fiquei 3 noites, e Bratislava apenas uma.
A carne de porco é consumida em grande escala, o pečené vepřové koleno, assim chamado na Chéquia, e na Eslováquia pečené bravčové koleno, que é um joelho de porco assado, é um dos pratos nacionais. Se forem para esses lados, peçam um por mim que não se arrependerão…a menos que sejam apreciadores de maruca cozida! Peças com mais de 1Kg, servidas com legumes, mostarda e molho picante, acompanhado com fatias de pão escuro. A cerveja Checa é um regalo. Sempre servida em canecas de 1/2 litro em diante! Das melhores do Mundo, para mim é a melhor! Inúmeras variedades. Mesmo quem não é apreciador de cerveja, delicia-se com a cerveja Checa quando visita o país. Dado tratar-se de um país montanhoso, o lúpulo que ali se produz torna este néctar super aromático. Marcas internacionais, como a Guinness, importam o lúpulo deste país. Além da cerveja, os vinhos Checos e Eslovacos também são deliciosos.
Nas bancas de comida de rua na Praça Venceslau de Praga as salsichas destacam-se pelos seus vários tamanhos e diversos sabores.
No Centro e Leste da Europa é típico o tatarák (bife tártaro) assim se chama nestes dois países. Composto por carne de vaca crua, finamente picada com uma faca, misturada com vários condimentos e servida com uma gema de ovo crua. Não arrisquei experimentar longe de casa comer isto, com muita pena minha…
Chéquia-Praga-salsichas à venda
Chéquia-Praga
Chéquia-Praga-pečené vepřové koleno
POLÓNIA
À semelhança dos vários países da Europa central na Polónia, porco também é rei. E à semelhança dessa zona geográfica do Velho Continente, na Polónia também comi muito bem. Żurek é a sopa nacional. Ótima para enfrentar o frio Invernal. O seu caldo é feito à base de levedura de centeio e de pão de centeio, complementado com salsichas, pedacinhos de toucinho frito, ovo cozido ou batatas cozidas. O pierogi (género de ravioli) é provavelmente o prato mais famoso do país, pois qualquer Polaco nos pergunta se já experimentamos. Também zrazy (bifes enrolados), kotlet schabowy (similar ao schnitzel), golonka (joelho de porco guisado), Żeberka w miodzie (entrecosto com mel) e diversos pratos de borrego, acompanhados com batata assada e bigos (género de sauerkraut) ou mesmo com kasha (cereais cozidos) e czerwona kapusta (repolho roxo) foram algumas das especialidades que experimentei.
Na doçaria existem as pączek, um género de bola de Berlim, ótimas para acompanharmos com um café e fazermos uma pausa numa tarde de longo trabalho turístico! Vodka é a bebida Nacional, sendo reclamado pelos Polacos como a melhor vodka do Mundo. Bebida, cujo nome deriva da palavra russa “voda”, que significa “água” pois tradicionalmente é inodora, incolor e insípida. Bebe-se gelada de um trago e é um excelente aperitivo e não abusando, ajuda-nos a suportar as temperaturas invernais. A Polónia não é famosa pelos seus vinhos, eles têm pouca expressão. Quanto à cerveja existem diversas marcas famosas como por exemplo a Tyskie.
Polónia-Varsóvia-pączek
Polónia-Cracóvia-kotlet schabowy acompanhado com bigos e batata assada
Polónia, Gdansk. golonka com bingos e batata assada, acompanhado por uma cerceja Tyskie
Polónia-Cracóvia-zurek
Polónia, Poznan, zrazy acompanhaco com kasha e czerwona kapusta
Em Budapeste além da cidade, a gastronomia também me encantou. Neste país, é a carne de vaca que ocupa grande destaque, ao contrário de outros países Europeus onde o porco é rei. Além do bife strogonoff que pode ser comido por lá, o goulash é um dos pratos nacionais. Um guisado com carne de vaca e paprika. Na Hungria cozinha-se com “imensaaa paprika” e de vários tipos, mais ou menos picantes. Sempre acompanhado por um bom vinho ou por uma cerveja, bebidas que na Hungria abundam em quantidade e qualidade.
Na doçaria destaca-se o kürtőskalács, o doce mais antigo deste país. Um pastel em forma cilíndrica que é obtido através de massa enrolada, cozido no forno, e muitas vezes sobre brasas. É sempre motivo para fazermos uma pausa e entrar numa “pastelaria fina” ou “menos fina”, e para provar esta iguaria, recomendo a “Molnár’s kürtőskalács”.
Visitando o Mercado Central de Budapeste, que fica num dos extremos da Rua Váci, constatamos tratar-se de um mercado “sui generis” para os nossos padrões Lusitanos, pois o peixe fresco não figura. Ali abundam carnes e enchidos, especiarias, vegetais frescos e peixe congelado. Já expliquei a pessoas Húngaras o significado da nossa expressão Lusitana “peixeirada”!
A palinka, bebida destilada de frutas, é a bebida nacional, que não convém abusar e deve tomar-se sempre antes das refeições.
Mercado Central-Budapeste
Langos de Perú – Budapeste
Sopa Goulash – Budapeste
RÚSSIA
Nos dias de hoje falar da Rússia é politicamente incorreto. O país foi (esperemos que volte a ser) um excelente destino de viagens, talvez o mais importante da Europa, pelo menos a nível cultural (museus, monumentos e o ballet) é certamente.
A gastronomia Russa também é um encanto. Viajando pelo Centro e Leste da Europa e também pelos Países Bálticos, já é possível provar algo típico Russo, como por exemplo as suas sopas borsh e solyanka coisa que fiquei fã desde a primeira vez que experimentei. Sobretudo no Inverno são ideais para aconchegar o estômago. Solianka é uma sopa tradicional baseada em picles de pepinos, com carne, peixe ou cogumelos, e outros vegetais. A caraterística principal desta sopa é ser salgada, devido aos picles, e daí derivar o seu nome pois “sal” em língua Russa diz-se “sol”. Ao contrário das nossas sopas Mediterrânicas, na generalidade leves e à base de legumes, nestas zonas da Europa as sopas são mais pesadas, como se fosse a sopa da pedra… Borshtem reminiscências na Ucrânia, sendo confecionada com beterraba que lhe dá um forte coloração vermelha, repolho, cenoura, pepino, batata, cebola, tomate, cogumelos e carne, vinagre (ou limão) e até mesmo feijão. Antes de a consumir, coloca-se uma colher de sopa de nata e bebe-se um shot de vodka gelado, de um trago.
O meu prato preferido é o shashlik. São espetadas de carne de porco que foram colocadas a marinar durante várias horas com diversos temperos que somente naqueles países sabem fazer…existem inclusivamente espetos próprios e grelhadores próprios para este tipo de assado. Originário do Cáucaso, este prato nos seus primórdios era confecionado com borrego. Na Rússia a batata (kartoshka) é acompanhamento de eleição sendo base de diversos pratos como por exemplo o vareniki (massa recheada com batata) ou o draniki (panqueca de batata e cebola). A kasha também é um dos acompanhamentos prediletos. A salada Russa existe mesmo e sobretudo a população Russa do sexo feminino é enorme consumidora de saladas, como por exemplo a vinegret composta de beterraba, batata, cenoura, picles e ervilha! As mulheres Russas estão entre as mais belas do Mundo, são muito vaidosas e cuidam muitíssimo da sua imagem e da sua linha. Já os homens são mais shashlik… Os pelmeni (género de ravioli) são deliciosos, têm origens Siberianas e são consumidos em larga escala.
O povo Russo é muito hospitaleiro e se um dia tiverem a sorte de tomar uma refeição em casa de uma família tradicional, irão provar muitas das iguarias típicas, sobretudo as de conservas que vos irão colocar na mesa como por exemplo o holodets (gelatina de carne) e também diversos peixes fumados.
O chá é uma tradição Russa, o país é um dos maiores consumidores a nível Mundial. Tradicionalmente feito num samovar que além das matrioskas, é um souvenir de eleição. Na Rússia, Tula é a cidade do samovar e há um ditado Russo que menciona “não tragas o teu samovar para Tula”, quer dizer, se fores a uma festa onde vão estar muitas mulheres bonitas, não tragas a tua mulher…
O caviar beluga (o preto) feito com ovas de esturjão do Mar Cáspio, é um artigo de luxo que custa umas centenas de Euros mas existe o caviar amarelo que é feito com ovas de salmão ou de outros peixes mais económicos. Normalmente é servido em blini (tortilhas de farinha de trigo) acompanhadas por vodka! Em São Petersburgo, eles chamam de pankekas ao que nós chamamos de crepes, não os de trigo sarraceno originais, crêpes de França, mas cuja massa de trigo branco é recheada interiormente de carne, legumes ou cogumelos, feitos no momento.
Vodka é naturalmente a bebida nacional. O vinho Russo até existe, tendo pouca expressão, mas o espumante Russo é famoso! A cerveja Baltika é muito conhecida e por cá facilmente pode ser encontrada. Muitos Russos não consomem bebidas alcoólicas, inclusivamente muitos restaurantes não as possuem na carta. Há muitos sucos deliciosos de bagas como por exemplo o mirtilo, ideais para acompanhar muitas refeições, sobretudo em cantinas tradicionais. Doces, chocolates e até gelados são tradicionais, sobretudo os primeiros, que existem em grande escala sendo recorrentemente usados para ofertar, e até são facilmente encontrados por cá, em supermercados de produtos de artigos dos países do Leste Europeu, como por exemplo o Mix Markt.
Rússia, Moscovo, caviar amarelo com vodka
Rússia, Moscovo, refeição com uma família tradicional Russa
Rússia, Moscovo, shashlik. Com amigos Russos
Rússia, Moscovo, caviar Beluga
Rússia, Moscovo, espumante Russo
Rússia, Moscovo, peixe fumado
Rússia, Moscovo, samovar
UCRÂNIA
A gastronomia da Ucrânia e da Rússia são praticamente a mesma coisa. As razões Históricas explicam tudo. Os apreciadores de comida Russa têm na Ucrânia a sua “praia”!
A kotleta po-kiyevs’ki (frango à Kiev) é o prato Nacional Ucraniano, apesar da sua autoria ser reivindicada pelos Russos. Uma especialidade com influência Ocidental, supostamente Francesa, já com alguns séculos de existência. A receita atravessou fronteiras e oceanos, sendo por exemplo no Brasil muito apreciada. Trata-se de peito de frango desossado e recheado, sendo depois panado e então frito. Normalmente é recheado com manteiga de alho e ervas, apesar de também se utilizar entre outros ingredientes, o presunto, o salmão ou o queijo.
Existem outros pratos de carne, bem apresentados e saborosos, cujos nomes não consegui descobrir. E claro, a cerveja Baltika também existe!
Ucrânia, Kiev, borsh
Ucrânia, Kiev, prato de carne bem enfeitado!!!
MOLDÁVIA
Mais um país que pertenceu ao grande império da URSS e também à Roménia. A sua cozinha tem obviamente influências Soviéticas como também Romenas ou no país não sejam faladas essas duas línguas! Pode ser considerado o país mais pobre da Europa, no entanto, na minha curta estada em Chisinau vi restaurantes, cafés e bares com bastante requinte.
A mamaliga, o acompanhamento típico de inúmeros pratos de guisados de carne, feito de uma papa sólida, amarelada, de farinha de milho, já consumida pelos camponeses, muito antes de ser inventado o pão, e a zeama, um género de canja de frango, dois pratos nacionais que os seus habitantes têm muito orgulho de possuir na sua rica gastronomia.
A Moldávia é um país pequeno, visto do ar é verde, sendo sobretudo agrícola e vinícola, possuindo a maior adega do Mundo, as Minas de Cricova. Vinhos Moldavos são muito apreciados, de grande qualidade e facilmente podem ser encontrados em Portugal nas lojas de artigos dos países do Leste Europeu, como por exemplo o Mix Markt.
Moldávia, Chisinau, mamaliga
ROMÉNIA
A gastronomia Romena tem influências Gregas, Italianas, Turcas e dos países dos Balcãs Na minha curta estada em Bucareste reencontrei-me com uma amiga Romena que me convidou para jantar sarmale. O prato predileto das famílias Romenas na noite de Natal. É um prato que existe com diversos nomes pela Europa fora e preparado de diversas formas consoante os gostos que variam com a geografia. Por exemplo, na Sérvia chama-se sarma, na Bulgária, sarmi e por cá são as salsichas frescas enroladas em couve. A palavra “sarma” tem origem na palavra turca “sarmak”, que significa embrulhar. Na Roménia o prato é composto de repolho enrolado em carne picada, podendo levar temperos como orégãos ou manjericão, arroz ou legumes, sendo depois assado no forno. Normalmente é acompanhado por mamaliga, batata ou pão.
A sopa típica é a ciorbă de burtă que por acaso provei! Sim, é feita com tripas, coisa que evito, mas ofereceram-me e sou bem-educado! Afinal nunca digas que “desta água não beberei”! As miudezas dos animais têm grande destaque na alimentação destes povos, pois no tempo do Comunismo foram privados de muitos bens e recursos, a carne, por exemplo. A “chicha” era para os “capatazes” do Comité Central como foi o caso de Ceausescu… A ciorbă de burtă é uma sopa que demora várias horas a confecionar, o caldo é esbranquiçado, onde cozem tripas de carneiro ou de vitela cortadas em pedaços grandes, sendo depois engrossado com mujdei (molho picante), vinagre e pimenta. Covrigi são especialidades de pão redondo semelhantes aos bretzel Alemães, podendo encontrar-se na rua à venda sendo consumidos como fast food, por vezes até recheados.
A Roménia também é famosa pelos seus vinhos, mas a bebida Nacional é a palinka, à semelhança da Hungria. Razões históricas provavelmente…o Império Austro Hungaro ocupou parte da Roménia.
Não gosto de me referir a países como Leste pois isso é depreciativo, aliás nos meus artigos já expliquei isso. A Roménia fechou um ciclo de países do Centro e Leste Europeu que visitei. Não esquecer que Europa vai até ao Cazaquistão, albergando uma parte deste, e os Romenos fazem questão que o seu país seja considerado como central no velho Continente! O meu ritual de despedida, digamos, desse “Leste Europeu” foi banquetear-me com um grande bife! A esse Centro e Leste Europeu, acabei por voltar em Outubro de 2022, só não o fiz antes devido à maldita pandemia…
Bucareste, Roménia, Covrigi
BULGÁRIA
Um dos países que menos tempo passei, conheci um pouco da capital, Sófia e tive oportunidade de provar uma especialidade, o shashlik. Um nome de um prato bastante é universal nesta zona da Europa. Uma espetada de carnes, em espeto de madeira, contendo também especiarias e pimentos vermelhos, cozinhada nas brasas.
A Bulgária é um país grande, obviamente para conhecer melhor a sua gastronomia seriam precisos mais dias. A gastronomia Búlgara tem influências dos Balcãs e do antigo império Otomano. A influência deste último pode observar-se por exemplo nos doces, semelhantes às delícias Turcas como por exemplo o baclava.
Muitos pratos têm como base os cereais (principalmente trigo e milho) plantados no vale do Rio Danúbio e também o arroz.
Após a minha curta passagem por Sófia e ter achado os Búlgaros pouco simpáticos (contrariamente aos Sérvios) fiquei com desejo de um dia conhecer melhor a Bulgária e as estâncias Balneares do Mar Negro e quem sabe, também as estâncias de Ski! Aproveitarei para conhecer melhor a sua gastronomia, do que vi, já deu para ter ideia que por aqueles lados se come muito bem…
Bulgária, Sófia, shashlik
Bulgária, Sófia, doces tradidionais
ANTIGA JUGOSLÁVIA (SÉRVIA, MONTENEGRO, ESLOVÉNIA, CROÁCIA…)
A Jugoslávia foi uma grande nação, que ocupava a maior parte da Península Balcânica, e começou a desmoronar-se no início da última década do século passado. Hoje são vários os países que se formaram com esse desmoronamento. Todos de menor tamanho que Portugal continental, apesar disso não deixam de possuir as suas semelhanças e diferenças. As gastronomias desses países terão certamente influências e julgo serem indissociáveis. Tendo já visitado alguns desses países, sou “forçado” a referir especialidades gastronómicas dos outros que ainda não visitei…
Por Belgrado, em 2014 tive uma curta passagem, tendo a cidade marcado o meu último aniversário de trintão. Capital Sérvia, país de bastantes influências Muçulmanas, pelo que a carne de borrego é muito usada nos seus pratos. Foi um dos pratos de borrego que tive oportunidade de provar. Mas foi na minha mais recente viagem a esta parte do Mundo que me fez aumentar sobremaneira o meu portfólio gastronómico dos Balcãs.
Ao longo da História, os Impérios Otomano e Austro Hungaro também trouxeram influências. Talvez por isso, os kürtőskalács sejam um dos doces prediletos e a sachertorte (ou qualquer imitação) também consegue ser encontrada, assim como as delícias Turcas, como o baklava ou lokum, ou o pão do tipo pita, por lá chamado de somun, que é colocado na mesa!
Čevapčiči é um nome a fixar para quem vier para estes lados. Na Bósnia e Herzegovina é o prato nacional, mas é consumido em larga escala pelos Balcãs. Nos locais turísticos deve ser dos pratos mais pedidos, sendo também dos mais baratos das cartas dos restaurantes! Trata-se de rolinhos de carne moída, moldada em pequenas salsichas com cerca de 2,5 cm de diâmetro e 5 cm de comprimento, tradicionalmente de carne de vaca e borrego, misturada com cebola e alho salteados, clara de ovos, sal e paprika. Depois de moldados e deixados por várias horas no frigorífico, são colocados em espetos, os “kabobs” de forma transversal e podem ser cozinhados grelhados no carvão, num grelhador elétrico, no forno, ou ainda fritos num tabuleiro com gordura, até ficarem escuros. São normalmente servidos dentro de um somun (pita) acompanhados de cebola picada, malaguetas frescas e ajvar relish, um condimento à base de pimentos vermelhos assados, berinjela grelhada e alho. A sudzukica, uma salsicha fabricada com carne bovina e diversos condimentos, também é uma especialidade muito apreciada, podendo ser consumida justamente com čevapčiči, fazendo deste modo um prato misto de carnes.
As sopas tradicionais Bósnias, os “goulash Bósnios” são muitíssimo saborosos e ricos. É o caso da bosanaki ionec que há centenas de anos está nas mesas de ricos e pobres. Enquanto os ricos preparavam o prato com mais carne e outros ingredientes caros, os pobres usavam o que estava disponível. Os ingredientes típicos são carne bovina, cordeiro, repolho, batatas, tomates, cenouras, salsa, alho e grãos de pimenta. Muitos vegetais ou carnes diferentes podem ser usados. Trata-se de um guisado que é preparado por camadas de carne e legumes alternando-as até que a panela esteja cheia. Originalmente eram utilizados potes de cerâmica colocados numa lareira ou em uma cova no chão. A begova čorba, é uma sopa de legumes com frango também muito popular, levando ingredientes como ovo, arroz e natas. As sopas Bósnias são bem mais ricas que as suas congéneres Croatas. Pelo território Croata, constando nos menus dos restaurantes, sopas de peixe, de galinha ou de carne, é só praticamente o caldo que é servido…mas mesmo assim não deixam de ser saborosas e aconchegantes. A influência marítima (Adriático) ao invés da continental, a Bósnia é um país montanhoso, influenciam naturalmente na diferença gastronómica!
Montenegro, Kotor – Pequeno almoço tradicional
Montenegro, Kotor – Njeguski stek
Eslovénia, Maribor – Burek
Eslovénia, Liubliana, salsicha kranjska klobasa e sopa ričet
Eslovénia, Liubliana, gastronomia Bósnia-Pleskavica servido com cebola picada e urnebes
Eslovénia, Liubliana, gastronomia Bósnia-Čevapčiči,sudzukica, servido dentro de um somun acompanhado de cebola picada e ajvar relish
Eslovénia, Liubliana, gastronomia Bósnia-Baklava e café ao estilo Bósnio, servido como manda a tradição, e acompanhado de um lokum
Eslovénia, Bled – Kremna rezina
Pleskavica é um tipo de hamburger, muito popular pelos Balcãs, sendo um dos pratos nacionais da Sérvia. Um grelhado que consiste em uma mistura de carne picada de porco, vaca e cordeiro. É servido com cebola, kajmak (natas fervidas), e urnebes, uma mistura de queijo branco, kajmak, malagueta, sal e outras especiarias. Se passarem por Liubliana, capital Eslovena, recomendo vivamente o restaurante Sarajevo ́84 onde as especialidades Bósnias fazem furor. Além de serem bem servidos, a decoração irá transportar-vos no tempo até à antiga Jugoslávia! E quando pedirem o café, serão surpreendidos por algo típico e ancestral, o café Bósnio, que é tradicionalmente servido derramando-o de uma pequena caneca de bronze numa pequena xícara chamada fildzan. O café também é acompanhado por uma tigela de açúcar com cubos e alguns doces turcos, tradicionais.
Na Eslovénia e na Croácia as influências Austríacas e Italianas são notórias. As pizzas, por exemplo, são divinais! Pastas, escalopes de vitela e de porco (schnitzel) também se encontram nas cartas dos restaurantes. A carne de porco é consumida em grande escala, pois aqui é a religião Católica que prevalece, logo o porco não é impuro! A kranjska klobasa é a salsicha nacional, já com mais de 100 anos de existência! Em Liubliana, onde é considerada como a especialidade local, não pude deixar de provar, numa das famosas lojas, a Klobasarna! A salsicha é feita com carne de porco, bacon incluído, condimentada com sal marinho, tradicionalmente oriundo das salinas de Sečovlje, alho, salitre e pimenta preta. Além da salsicha, a sopa “ričet” lá servida, completou o meu cardápio gastronómico Esloveno nesse dia. Uma sopa grossa, contendo cevada,feijão, batata, cenoura, salsa, aipo, alho francês, tomate, cebola e alho. Na Croácia também se serve ričet, o que em tempos era uma das rações servidas aos prisioneiros! Outra sopa que pode lá ser encontrada é a jota, popular na Península da Ístria, tanto na parte Eslovena como na Croata. É feita de feijão, repolho fermentado (chucrute) e nabo, batatas, bacon e entrecosto.
No dia seguinte, junto ao Lago Bled, provei os famosos bolos Kremna rezina. A maioria dos locais chamam-lhe de kremšnita, derivado da palavra alemã “cremeschnitte”, traduzindo significa “fatia de creme”. O bolo é associado à antiga monarquia Austro Húngara, no entanto, sua origem exata é desconhecida. É muito popular em toda a Europa Central e nos Balcãs em várias formas, todas incluindo uma base de massa folhada e creme de nata. A receita deste bolo foi trazida para o Hotel Park, localizado na margem do Lago Bled, em 1953 por Ištvan Lukačević, chefe da confeitaria do hotel. Lukačević, era originário da Sérvia, onde um bolo semelhante já era conhecido.
Croácia, Zagreb – Marinirana svinjska rebra na žaru
Croácia, Zagreb – Buncek
Croácia, Split- Pequeno almoço tradicional
Croácia, Skradin – Porco no espeto e Peka
Croácia, Korenica – Raznici acompanhado de blitvita sa krumpirom
Croácia, a famosa geladaria Sladoledarna Dubrovnik
Estando numa onda de comida rápida não podemos esquecer o burek. Originário da Turquia mas é pelos Balcãs que reina. Trata-se de um folhado tradicional de massa enrolada, fina, recheado com carne, legumes ou queijo. É tradicional ser consumido ao pequeno almoço tal como ovos e omeletes.
Na Croácia, peka é o prato nacional. Trata-se de um assado, de carne (borrego ou vitela), peixe ou polvo, misturado com legumes e azeite, tradicionalmente feito em brasas sob uma cúpula em forma de sino. Este método de cozimento antigo resulta em comida leve, tenra e deliciosa. Leva cerca de 4 horas para ficar pronto, pelo que os restaurantes apenas fazem por encomenda e no mínimo para 4 pessoas. Infelizmente não pude provar…
Kuhanibuncek, é por lá chamado ao pernil de porco, muito semelhante ao comido em outras paragens na Europa central, assim como os acompanhamentos, que eles acrescentam feijão guisado. Também há o porco no espeto, chamado de odojak na ražnju, o entrecosto preparado à maneira Americana, chamado de marinirana svinjska rebra na žaru, as bifanas de porco grelhadas, num espeto, chamadas de raznici que podem vir com o acompanhamento blitvita sa krumpirom ou seja couve com batata. No Montenegro, o porco também dita as suas ordens. Njeguski stek é um dos pratos nacionais. A receita foi inventada na cidade de Njegus, famosa pelo seu presunto. Assim surgiu a ideia de rechear um schnitzel frito com queijo duro, picles e presunto. Presunto e queijo também se podem adquirir por estas paragens. Foi nisso que gastei as minhas últimas Kunas, a moeda atual em circulação na Croácia, em Janeiro de 2023, o Euro já circulará também por este país!
A Croácia também inclui na sua gastronomia pratos de peixe, nas cartas dos restaurantes facilmente encontramos marisco, calamares, e até mesmo sardinha, por lá chamadas de srdela!
Não poderia deixar de referir os gelados! A influência Italiana faz-se sentir em grande escala e a qualidade assim o comprova. Em Dubrovnik há uma famosa gelataria, a “Sladoledarna Dubrovnik”, mesmo no início da Stradun, em frente ao convento e igreja Franciscana! A casa está na mão da mesma família há várias gerações, sendo famosa pela forma como os gelados são servidos, com malabarismos, porém o Sena, o tal funcionário malabarista, precisava de descansar, pois passou o Verão a fazer malabarismos com bolas de gelado! Mas a simpatia e qualidade e boa disposição, continua por lá e até algumas palavras em língua Portuguesa poderemos trocar com os funcionários!
Vinhos e cervejas pelos Balcãs, existem diversas marcas, e provar é obrigatório. Na Eslovénia a marca de cerveja líder é a Union. A rakija, é semelhante à palinka, e convém não abusar! Rakija é uma bebida consumida em larga escala por esses países. Além da rakia existem outras bebidas espirituosas de alta graduação alcoólica (40%) inclusivamente feitas com pimenta, pelo que duvido que haja valentões que abusem destas últimas!!
Vinho da Eslovena, e bebidas espirituosoas, com a rakija em destaque
Queijo, vinho e presunto Croata
Cerveja dos Balcãs
LITUÂNIA
O Norte da Europa, sobretudo nesta zona dos Países Bálticos possui muitos encantos, a começar pelo Inverno.
Os 3 países, têm muito para ver, descobrir e degustar. A Lituânia é o maior de todos. A sua gastronomia obviamente devido a razões históricas e geográficas tem influência de países como a Polónia, Alemanha e Rússia. Por exemplo, a versão Lituana do pierogi e do pączki é muito semelhante à Polaca. A base da alimentação é a batata e daí advém o prato nacional, o cepelinai. Tratam-se de bolinhos grandes feitos com uma mistura de massa cozida e crua de batata recheada com carne, sendo apresentados com bacon e molho de creme azedo. É um prato que demora bastante tempo a elaborar. Típica refeição de dias invernais. Este prato foi concebido para alimentar famintos trabalhadores e fornecer sustento durante essa altura do ano, onde até a água do mar congela!
Quem visitar o Trakai, deve provar o kibinai, um tradicional pastel recheado de carne de carneiro e cebola. Não tive tempo de provar pois a minha visita ao Trakai foi muito condicionada pelos horários dos autocarros de regresso a Vilnius. Era o dia do meu 37º aniversário, teria de almoçar em Vilnius e seguir para Riga. Nesse dia pedi bolo de sobremesa, pelo menos de nascença era Lituano…
Pratos de carnes, de borrego também, são tradicionais por estes lados, assim como sopas, de peixe incluídas.
Lituânia, Vilnius, cepelinai
Lituânia, Vilnius, o meu bolo de aniversário
Lituânia, Vilnius, prato de borrego
Lituânia, Vilnius, sopa de peixe
LETÓNIA
Riga, onde passei 3 dias, sendo considerada a mais cara das 3 capitais Bálticas, não é uma cidade cara comparativamente a outras paragens do Norte da Europa, no entanto a alimentação, a vida noturna e os souvenirs têm preços ao nível da Europa dos altos salários! Em termos de alimentação, vemos nos restaurantes do centro da cidade, pessoas muitíssimo bem aperaltadas, e também lindas mulheres Letãs, ostentando smartphones de última geração e poderíamos dizer que estamos em Cascais! A diferença eram os -17ºc no exterior…A quantidade de turistas estrangeiros que fazem de Riga a “meca da vida noturna” e a “Banguecoque da Europa” (infelizmente) faz aumentar o preço destes bens e serviços!
Os restaurantes self services, dos quais destaco o Lido que não fica muito distante do centro Histórico, são uma excelente alternativa tornando as refeições mais económicas. Leia-se mais económicas, não são baratas! Ali abundam os pratos Russos como por exemplo o pelmeni, o shashlik e as sopas borch e solyanka. O prato nacional é chamado pelēkie zirņi ar speķi sendo composto por ervilhas cinzentas e bacon, que por acaso provei nesse self service.
A grande quantidade de Russos que compõem a população deste país influencia na escolha gastronómica. A gastronomia Letã além de influências Russas tem influências dos países limítrofes. A carne e os produtos agrícolas são a base da alimentação, estando presentes em quase todos os pratos, embora o peixe, como é óbvio, também existe, inclusivamente fumado. Não esquecer que no Inverno o mar congela! Uma visita ao Mercado Central faz parte do roteiro turístico de Riga pois é considerado o maior mercado e bazar da Europa! Os preços por lá dos alimentos são tudo menos baratos.
Letónia, Riga, Mercado Central
Letónia, Riga, Mercado Central
ESTÓNIA
A gastronomia deste país, que é um enorme arquipélago, banhado pelo Mar Báltico, tem influências da sua História milenar e das várias invasões que sofreu durante vários anos. A culinária Nórdica, da Rússia e da Alemanha teve ali grande influência. Russos por aqueles lados não são bem-vindos, sendo mesmo escorraçados quando se sentam à mesa dos restaurantes…pratos Russos não devem ser fáceis de encontrar por lá, ao contrário da Letónia! A gastronomia da Estónia é baseada na carne, no peixe e nas batatas, mas também existem diversas saladas.
Várias cervejarias famosas, ao estilo Germânico, existem pelo centro Histórico de Tallinn onde é um enorme prazer comer uma faustosa refeição sobretudo no Inverno. O joelho de porco na frigideira é rei! Acompanhado com batata, obviamente, o meu vinha acompanhado por uma espécie de farinheira recheada de batata, e mulgikapsad (género de sauerkraut) e claro, bem regado por uma cerveja artesanal!
Ao contrário da cerveja, o vinho não é uma bebida comum nos Países Bálticos. Há, contudo, o “vinho quente” em vários pontos da Europa, até em Portugal já encontramos nos mercados de Natal. Na Estónia chama-se glögi, uma bebida quente, mistura de vários licores e especiarias. O licor Vana Tallinn de sabor parecido, mas cremoso, e que se bebe frio e pode ter uma graduação alcoólica até 50%.
Estónia, Tallinn, glögi
Estónia, Tallinn, joelho de porco na frigideira, acompanhado com batata servida em forma de farinheira e mulgikapsad
Estónia, Tallinn, cervejaria típica ao estilo Germânico
NORUEGA
A Noruega é dos países mais caros do mundo, pelo que ir a restaurantes é garantido sair depauperado! O fast food e street food são os recursos mais comuns, mesmo assim é tudo menos barato. Por exemplo, uma refeição com um menu no Burger King ronda os 20 Euros. Donner kebab, pizzas e os cachorros do 7-Eleven (uma cadeia de lojas de conveniência) foram o meu manjar quase diário. Estes últimos começam nos 5€! Mesmo ir ao supermercado temos garantida uma conta grande na caixa, por exemplo, por uma garrafa de água de 1,5l paguei cerca de 3,5€. O custo da alimentação é o maior entrave de uma viagem ao país dos fiordes representando uma enormíssima fatia do nosso orçamento!
À Noruega todos associamos o bacalhau que é rei nas nossas mesas. Bacalhau é o nome comum de cerca de 60 espécies migratórias do género “Gadus”, pertencente à família “Gadidae”. O bacalhau original, o tal que conhecemos, é da espécie “Gadus morhua” sendo encontrado por aqueles mares frios do norte da Europa. É geralmente de tamanho pequeno, embora alguns exemplares possam atingir os 100 kg de peso e quase dois metros de comprimento.
Noruega, Bergen, Mercado do peixe
Noruega, Bergen, Mercado do peixe, sopa de peixe
Noruega, Bergen, Mercado do peixe, salsichas e hamburgers de alce
Noruega, Stavanger, peixaria
Noruega, Stavanger, diversos tipos de salsichas à venda no talho
Noruega, Stavanger, bifes de baleia
Noruega, queijo e enchido tradicionais, este último com carne de porco e carne de baleia
No país do bacalhau, o mesmo atinge preços exorbitantes, um simples rabo de bacalhau na peixaria custa cerca de 10€! O salmão também não foge à regra, a Noruega é o maior seu maior produtor mundial, sendo este peixe ali criado, apreciado nos quatro cantos do mundo, no Japão por exemplo, nos restaurantes de sushi! Além de bacalhau, salmão, arenque, os peixes daquelas águas mais conhecidas, é possível também encontrar outros bem familiares, como o rodovalho, um peixe que os Portuenses completam facilmente a rima!
Carne de baleia, é um dos manjares mais conhecidos. A Noruega é o único país do mundo em que o seu consumo é permitido. O mercado de peixe de Bergen é um paraíso gastronómico, do género “street food”, de peixe e marisco, mas também de outras iguarias como por exemplo hamburgers de alce ou mesmo paella! Além da carne de baleia, ali provei uma sopa de peixe e um bolo de bacalhau, que em nada tem a ver com os nossos pastéis de bacalhau. Foi um local onde tirei muitas fotos, e tive oportunidade de falar com muitos dos seus vendedores das bancas de comida, arrisco-me a dizer que nenhum é noruguês, mas a simpatia para com os visitantes, mesmo os que mais fotografam e menos consomem, é extraordinária!
Por falar em cachorros, as salsichas por estes lados abundam. Destaco a elgpølse, as chamadas salsichas de alce pois contêm esta carne na sua composição. Salsichas com carne de porco existem também em abundância, sendo tradicional no verão, muitas famílias fazerem churrascos nas praias, nas ilhas e nos jardins. Fritert fisk med fries é assim que se chama ao peixe frito, o bacalhau, com batata frita.
Noruega, Tromso, Fritert fisk med fries
Noruega, Oslo, elgpølse (salsicha de alce)
Noruega, Bergen, Mercado do peixe, refeição de carne de baleia (wale)
Noruega, Bergen, Mercado do peixe, refeição de carne de baleia (wale)
Noruega, Bergen, Mercado do peixe, rabos de bacalhau
Noruega, Bergen, Mercado do peixe
Noruega, Bergen, Mercado do peixe, bolos de bacalhau
Noruega, Bergen, Mercado do peixe
Noruega, Bergen, Mercado do peixe
Noruega, Bergen, bacalhau à venda
Quanto à doçaria, o rømmegrøt é tido como um dos pratos tradicionais. “Rømme” significa azedo. É feito com creme azedo, leite integral, farinha de trigo, manteiga e sal, sendo assim uma papa que depois é polvilhada de canela, com consistência grossa e sabor adocicado. Aprendi o nome, provei, mas não fiquei apreciador!
Por ter tido oportunidade de visitar a Noruega e poder ter provado algumas das suas tradicionais iguarias, posso dar-me por duplamente feliz! Destaco naturalmente um bife de baleia. Confecionado na chapa, grelhado, servido depois com manteiga, alho e especiarias, foi um verdadeiro regalo, daquelas coisas que merecem ser experimentadas pelo menos uma vez na vida. O tombo foi de 40 €!
Noruega, Bergen, rømmegrøt
DINAMARCA
Na Dinamarca imperam os alimentos provenientes de agricultura biológica. Copenhaga é uma cidade muito cara, sobretudo a alimentação posso afirmar que custa sensivelmente o dobro de países como por exemplo a Alemanha! Ao passar pelas lojas do centro de Copenhaga e observarmos o preço dos alimentos ficamos chocados! Não esquecer que na Dinamarca, em todos os produtos, sejam ou não alimentares, 25% é IVA…
Devido à emigração de origem Turca e Síria, a gastronomia destes países também está presente em muitos restaurantes de fast food, donner kebab por exemplo, e são muito procurados pelos Dinamarqueses, mesmo em take away! No Inverno deve chegar a casa frio, mas eles devem gostar na mesma, das batatas fritas também! A minha primeira refeição em Copenhaga foi uma pizza, as outras foram donner que comi num fast food na Strøget e salsichas na estação de comboios. Mas não deixei de provar o prato nacional, o smørrebrød. Um género de pequenos canapés feitos com pão de forma escuro, chamado rugbrød, cobertos com diversos tipos de recheios, tais como saladas, frango, atum, pasta de fígado, rodelas de tomate, carne de bovino, salmão ou arenque. O smørrebrød é uma das sandwiches mais célebres do Mundo, estando incluída nesta lista o donner kebab (foi inventada na Alemanha, não esqueçam) e a nossa francesinha (que por acaso tem origens Gaulesas…). Matar a fome a um tipo do meu calibre com smørrebrød na Dinamarca deve ser pior que “sustentar um burro a pão de ló”, pelo que a iguaria serve perfeitamente para fazer uma pausa a meio da tarde. Para isso, as salsichas Dinamarquesas são também típicas, sendo a rødpølse que é de côr vermelha e a medisterpølse de côr esbranquiçada, tidas como as salsichas nacionais. São compridas. Até dá a impressão que por aqueles lados no Norte da Europa, eles se orgulham do tamanho das salsichas que servem. Ainda bem que ali na Dinamarca são grandes, pois uma refeição daquelas, salsicha, pão e ristede løg (cebola frita) , acompanhado com uma cerveja, custa em Copenhaga sensivelmente o dobro do que custaria numa cidade Alemã qualquer. Quando Deus criou o Mundo foi justo, pois imagine-se se as salsichas Dinamarquesa fossem do tamanho das salsichas de Nuremberga, quanto ia custar o lanche…
E por falar em cerveja, a Carlsberg é a marca da cerveja nacional. Fundada em 1847 por J.C. Jacobsen com a intenção de homenagear seu filho Carl. A Dinamarca é um país plano, e uma pequena elevação já pode ser considerada um monte (“berg”, em Dinamarquês) logo nome “Carlsberg”, significa “Monte de Carl”.
Dinamarca, Copenhaga, Carlsberg
Dinamarca, Copenhaga, smørrebrød
Dinamarca, Copenhaga, medisterpølse
Dinamarca, Copenhaga, Restaurante Português
Dinamarca, Copenhaga, preço da alimentação, a carne
Dinamarca, Copenhaga, preço da alimentação, o pão
SUÉCIA
Estocolmo não é capital mais cara da Escandinávia, Copenhaga e Helsínquia são bem mais e Oslo ainda não conheço, mas sei que ganha a todas. Na Suécia o preço da alimentação é naturalmente caro, por exemplo, um pão do tamanho de um pão alentejano tradicional, no supermercado, custava cerca de 6€, pelo que os Suecos em geral, fabricam o seu próprio pão em casa.
Na Suécia o salmão é rei no prato. Em Estocolmo é possível pescá-lo em plenos canais da cidade, sem pagar impostos ou licenças. O smörgåsbord é o manjar nacional. Composto por um buffet livre com vários pratos de peixe, onde arenque e salmão não podem faltar. Também as Köttbullars, as almôndegas Suecas de carne fazem parte da gastronomia nacional. Uma especialidade que se julga ter origem Persa, mas na realidade está espalhada por vários países. As cadeias de restaurantes Americanos, como o T.G.I Friday’s não faltam em Estocolmo, onde os pratos de carne, com grandes bifes, não podem faltar. Os Suecos são grandes consumidores de carne, muita dela provém da Argentina, mas também de café, do qual são tidos como os maiores consumidores do Mundo. O álcool na Suécia é muito caro, mas é engraçado que à mesa a cerveja é servida em garrafas de 1 litro!
Visitando as nossas lojas do IKEA é possível adquirir no seu supermercado diversos produtos alimentares de origem Sueca ou no seu restaurante consumir alguns pratos.
Obviamente que quem visita um país desta parte do Mundo não tem grandes expetativas gastronómicas, mas visitar o Bar do gelo em Estocolmo e naquele ambiente tomar uma bebida é uma experiência única. Este é mesmo um verdadeiro bar de gelo! Ali o gelo é translúcido e incolor, pois provém da natureza, do Norte da Suécia, transportado em blocos como de cimento se tratasse, e depois colocado ali como tijolos, uns por cima dos outros. Não se trata de gelo fabricado em máquinas frigoríficas industriais, pois esse é branco e opaco.
Suécia-Estocolmo-Bar do gelo
Suécia-Estocolmo-cartazes convidativos à pesca de salmão pelos locais é livre de impostos
FINLÂNDIA
O país é grande e a minha estada nem 24 horas foi. Gastronomia Finlandesa tem certamente muito que se lhe diga, sobretudo as salsichas de rena que eles consomem no norte do país perto do Círculo Polar Ártico. A Helsínquia, que fica no sul, resumiu-se a minha curta passagem pela Finlândia, a cidade não justifica uma estada muito superior à que fiz, pois além de ser muito cara não nos encanta pela beleza. À chegada, já de noite, donner foi a minha refeição. Dado o Sueco também ser língua oficial em Helsínquia, por lá é possível encontrar nos restaurantes o smörgåsbord, sendo o mesmo também consumido a bordo dos ferries que fazem a travessia para Tallin.
Chamou-me atenção nas ruas, as bancas de venda de peixe, onde o salmão naturalmente sobressai. E os preços também…
O álcool na Finlândia ainda deve ser mais caro que na Suécia, uma garrafa de whisky novo, em 2012, no aeroporto, custava 45€, mas é recorrente vermos pessoas a adormecer nos bares e restaurantes com uma caneca de cerveja na frente!
Finlàndia, Helsínquia, mercado de peixe
TURQUIA
A gastronomia do Médio Oriente também faz parte do panorama gastronómico Europeu. Em Istambul a cidade onde a Europa encontra a Ásia, somos encantados com magia sensorial e o nosso paladar também é cúmplice neste ritual. As especiarias saltam de um bazar gigantesco, o Bazar das especiarias, para os pratos dos restaurantes. A comida Turca que provei por lá, já era sobejamente conhecida para mim, os kebabs e as espetadas de carne, chamadas de brochetas, com pita (pão turco) e arroz, é deliciosa e os baclavas chamados de delícias Turcas (Turkish delight), a que a letra da música “Istanbul not Constantinople” refere “now it’s Turkish delight on a moonlit night” acabadinhas de fazer são super doces, suculentas e tenrinhas. A comida Turca existe um pouco por toda a Europa, sobretudo na Alemanha, assim como os doces, mas ali tem de facto o seu supremo sabor. A sopa tradicional, considerada a rainha de todas as sopas, que tive oportunidade de provar, a mercimek çorbas, conhecida como sopa de lentilhas que é tradicionalmente praparada com lentilhas vermelhas, cebolas, tomates, pimentos, tomate e hortelã seca. Istambul, foi a cidade em todo o Mundo onde encontrei restaurantes mais baratos que em Lisboa, mas longe da Praça Taksim. Nessa zona a comida em regime self service, tanto para locais (business lunch) como para turistas, abunda, sendo mais caro, mesmo assim, é uma forma também de rentabilizar o tempo a caminho de outras paragens.
A romã, é um souvenir que quem visita a Turquia deve trazer. Traz felicidade e dinheiro! De acordo com a Bíblia, as romãs foram trazidas por espiões enviados à Terra Prometida, após os Judeus abandonarem o Egipto, como amostra de fertilidade. Além disso, o fruto estaria presente nos jardins do Rei Salomão e em Roma era usada em cultos e cerimónias. Os povos Árabes salientavam os poderes medicinais dos seus frutos e como alimento. Beber sumo de romã, ali acabadas de espremer, é típico nas ruas de Istanbul e nenhum turista fica indiferente.
Um dia que voltar a esta megalópole Euro Asiática terei de ir a um dos restaurantes da Ponte de Gálata, um dos locais onde o pôr do sol nos encanta como em poucos lugares, provar as famosas cavalas. Além de obviamente de provar tanta coisa que ficou por conhecer…
Na Turquia, o chá também é tradicional, servido em recipientes típicos e também feito num samovar, diferentes dos samovares Russos, sendo também um dos souvenirs deste país. É um regalo beber um chá na esplanada do balcão do Palácio Topkapi, com vista para o Bósforo e para os dois continentes (Europa e Ásia) e é uma das coisas únicas que se podem fazer no Mundo!
Ao falar da Turquia à minha cabeça vem logo a ideia do “O Expresso da meia noite”, o filme da minha vida! Uma das cenas marcantes, quando o Americano na prisão descobre através de outros presos, que lhe explicam que o que fez, traficar haxixe e ser apanhado no aeroporto em flagrante, é um crime gravíssimo e que iria passar muitos anos a comer feijão antes de voltar a comer um hamburger. Possivelmente numa prisão Turca não se deve comer bem, pois a comida Turca é deliciosa, mas certamente uma infame prisão como aquela não é o sítio indicado para viver na Turquia!!!! Outra cena, o Americano quando o pai o visita na prisão, e lhe explica que a comida Turca é ruim, que ele foi logo a correr para a casa de banho que a partir disso iria somente comer no hotel. Como eu compreendo essa ruindade! Erei explicar melhor quando escrever sobre as comidas no Continente Asiático e a sua relação direta com corridas às casas de banho…Afinal Istambul também fica na Asia, mas por acaso, só comi no lado Europeu!!!!!
Turquia, Istambul, donner kebab de frango e de borrego
Turquia, Istambul, mercimek çorbas
Turquia, Istambul, chávena tradicional de chá
Turquia, Istambul, delícia Turca , baclava (no prato)
Turquia, Istambul, um chá com vista para o Bósforo
Turquia, Istambul, refeição num self service perto da praça Taksim
Turquia, Istambul, donner kebab
Turquia, Istambul, brochetas
Turquia, Istambul, donner kebab cozinhado em brasas
Turquia, Istambul, brochetas
GRÉCIA
Em pleno Outono de 2019, vi-me Grego por 4 dias, mas não me vi Grego para comer bem! A gastronomia deste país tem parecenças com a Italiana, a dos Balcãs e a do Médio Oriente. Obviamente razões hitóricas e geográficas. O Império Grego ocupou o espaço que atualmente pertence a esses países.
A Grécia é um paraíso vinícola e gastronómico. Jamais esquecerei os nomes de mussaka, o prato nacional, semelhante à lasanha Italiana, a massa é feita de batata, originalmente entremeada com carne de carneiro, berinjelas e tomate, sempre condimentado com azeite, cebola, ervas e fortemente temperado com pimenta ou malagueta; de souvlaki, espetadas de carne e vegetais, temperadas com diversas especiarias, podendo ser comidas enroladas no pita; de gyros, o nome significa “girar”, é semelhante ao kebab turco mas com diferentes temperos, ou de kleftiko, borrego cozinhado em papel de pergaminho. Existem também guisados com carne de búfalo e petiscos com queijo feta, o tal usado na salada Grega.
Quanto à doçaria, o que dizer do gelado de iogurte Grego com nozes e mel? Os doces são semelhantes às delícias Turcas, os baklavas por exemplo cuja origem é disputada por vários povos do Médio Oriente, Gregos incluídos. Por cá, a cadeia de supermercados LIDL, regularmente vende produtos de origem Grega, incluindo doces e gelados de iogurte com mel e nozes. Crepes Gregos, doces, também existem como sobremesa.
De todos os vinhos, destaco o vinsanto, que é feito com uvas secas, com que os padres usam nas missas, e o uzo, a bebida Nacional que não convém abusar…Trata-se de uma bebida destilada com base no anis, transparente e incolor, mas fica com aspeto leitoso quando é misturada com gelo ou água. Rakija também se bebe por lá. Normal, os Balcãs ficam local ali ao lado…
Quanto à cerveja, Mythos e Volkan foram as que provei. Vinho Grego podem provar logo na viagem para Atenas, caso optem pela Aegean, peçam uma garrafinha de vinho Grego, branco ou tinto, com a vossa refeição e desfrutem do mesmo a 10 mil metros de altitude e 900km/h de velocidade!
Grécia, Atenas, souvlaki
Grécia, Atenas, mussaka
Grécia, Atenas, cerveja Grega Mythos
Grécia, Atenas, kleftiko
Grécia, Santorini, cerveja Grega Volkan
Grécia, Santorini, peixe fresco à venda na rua
Grécia, Santorini, gyros
Grécia, Santorini, vinhos Gregos
Grécia, Santorini, petisco de queijo feta
Grécia, Santorini, guisado de búfalo
MALTA
A gastronomia Maltesa é excelente! Tem influências dos vários povos que ao longo dos séculos invadiram este arquipélago: Sabores Muçulmanos, Britânicos, Italianos, entre outros, fazem sentir-se no palato, muitas vezes combinados entre si, mas também é possível provar especialidades internacionais, nomeadamente Turcas, Americanas, dos Balcãs ou mesmo do Reino Unido, ao qual Malta pertenceu até 1964.
O English breakfast é uma das especialidades Britânicas além do fish and chips, fast food composto por peixe frito com batata frita, que pelas nas ruas de Londres e de outras cidades Britânicas, abunda. Desta vez iniciei-me no pequeno almoço, pela primeira vez na vida pedi um English breakfast, aproveitando o facto de ter de tomar o pequeno almoço fora, pois não estava incluído na minha tarifa de alojamento. English breakfast e continental breakfast são das primeiras frases que aprendemos na escola quando nos iniciamos nos estudos da língua de Shakespeare! English breakfast, ao despertar, já tentei e não consigo comer, mas depois de umas horas acordado e de me movimentar para outros locais mais distantes, de Pembroke para Valeta por exemplo, à chegada, já sabe muito bem e alimenta para longas horas. Quanto ao fish and chips não simpatizo…
Em Gozo as especialidades de rosticeria Siciliana abundam. Visitando a cidade de Victoria, capital desta ilha, sentimo-nos na Sicíla, mesmo que nunca lá tenhamos ido, não só, mas também devido aos inúmeros restaurantes Sicilianos lá existentes e à grande parte dos habitantes que falam Italiano!
Comida Turca consumi em abundância em Malta, deliciosos grelhados mistos de carnes com muitos temperos tradicionais. O filme da minha vida, “O Expresso da meia noite” foi rodado em Malta, apesar da ação se realizar na Turquia, e foi um regalo jantar no Mercado Central de Valeta, comida Turca, no local onde cenas do filme foram feitas, como se do Grande Bazar de Istambul se tratasse!
Em Malta, obviamente consome-se peixe, mas o fenek, assim se chama o coelho, é rei, pois consta-se existirem por lá, mais de 100 pratos! Além dos guisados de coelho, os de żiemel (carne de cavalo) também estão presentes em força. Duas carnes que não consigo comer! As tais por “motivos ideológicos” como eu costumo dizer… O pastizzi e o qassatat, dois tipos de folhados típicos, recheados com queijo ricota, legumes ou frango, são ideais para uma pausa ao lanche. Pratos tipicamente Malteses, experimentei o bragjoli, um guisado de bifes enrolados e recheados, e o polvo Maltês que por lá se chama qarnita, tal como coelho ou cavalo, são pratos cozinhados de várias formas e carregados de aromas exóticos, notando-se a influência Árabe.
A marca de cerveja mais famosa é a CISK fabricada pelo grupo Farson, e também existem vinhos Malteses.
Malta, Rabat, pastizzi qassatat e cerveka Cisk
Malta, Gozo, Victoria, rosticeria Siciliana
Malta, Sliema, mista de carnes Turca
Malta, Sliema, English breakfast
Malta. 3 cidades, pastizzi e cerveja Farson
Malta, Valeta, peixes na montra de um restaurante
Malta, Valeta, bragjoli
Malta, comida Turca
Malta, Valeta, English breakfast
Malta, Valeta, Qarnita
Dos diversos países Europeus que visitei, além da Finlândia que refiro em cima, nada típico provei, na Suiça tirando os chocolates Suiços que comprei no aeroporto e no Luxemburgo. Também no Liechtenstein, nada típico provei. Suiça e Liechtenstein destacam-se pelo exorbitante preço da alimentação, onde um donner no prato custa cerca de 25€, mas fica a promessa de um dia provar o famoso fondue de queijo.
Em Andorra, no Natal de 2003, provei excelentes costoletas de novilho, na altura devido às “vacas loucas” não se vendiam em Espanha e eram “desviadas” para o Principado! Obviamente do Vaticano e do Mónaco desconheço a gastronomia (se é que existe no primeiro…) pois foram dois países onde não comi sequer!
Anseio imenso conhecer a gastronomia da Geórgia, neste momento está entre as 6 que mais quero provar “in loco”. As outras 5 são a do México, a da Namíbia, a de Moçambique, a de África do Sul e a da Coreia do Sul.
PORTUGAL
Obviamente não poderia deixar de referir a gastronomia do meu país. Para mim e para muitos, nomeadamente quem o visita, é a melhor do Mundo! Não pretendo influenciar ninguém mas visitem Portugal e tirem as vossas conclusões.
O peixe da nossa costa é sem dúvida o melhor do Mundo. Em consumo de peixe só os nipónicos nos superam! Peixe proveniente da Costa Oceânica, portanto de águas frias, o que justifica o seu sabor e a sua qualidade. Porém o nosso peixe, tirando aquele que é exportado para o Japão, o atum, é adequado ao consumo interno e não à exportação. Diferente das espécies de grande porte que vivem nas águas que banham os países nórdicos, onde o salmão e o bacalhau são reis. Bacalhau também é rei na mesa dos portugueses, os maiores consumidores do Mundo, havendo dezenas de formas de o preparar. Pratos de bacalhau há imensos. A sardinha assada, é rainha sendo consumida em grande escala no Verão. É o meu prato predileto. Também a um bom arroz de tamboril, não resisto. Com picante! Tal como o sável frito com açorda de ovas, em Vila Franca de Xira em março, ou mesmo as enguias em Alcochete todo o ano, e claro, o choco frito em Setúbal.
Em relação às carnes, o cozido à Portuguesa e a feijoada, sobretudo no Inverno são do melhor para aconchegar o estômago. Na Madeira a espetada de carne é um must, tal como a Francesinha no Porto, obrigatório para quem visita essas regiões. E tanto mais haveria para dizer…
Vinhos portugueses, também são dos melhores do mundo, verdes ou maduros, brancos ou tintos, apesar da sua fama não ser idêntica aos seus congéneres franceses, Italianos ou mesmo Espanhóis, não sendo fácil encontrá-los em lojas da especialidade pelo mundo fora. Mas o vinho do Porto é internacionalmente famoso! Um vinho licoroso tal como o Moscatel de Setúbal.
Quanto à doçaria, ela é interminável, desde o Pastel de Belém, internacionalmente famoso na sua versão de pastel de nata, os ovos moles de Aveiro ou mesmo os doces finos do Algarve. O Algarve também produz as melhores laranjas do mundo!
Portugal, alguns pratos de bacalhau
Portugal, alguns pratos de bacalhau
Portugal, alguns pratos de bacalhau
Portugal, amiga Australiana privando pela primeira vez cozido à Portuguesa
Portugal, amiga russa provando caracois pela primeira vez
Portugal, amigos do Canadá provando choco frito pela primeira vez
Portugal, amigos do Canadá provando pela primeira vez o entrecosto com arroz de feijão do Zé dos Cornos
Portugal, arroz de cabidela
Portugal, arroz de tamboril, um dos meus dotes culinários
Portugal, choco frito
Portugal, cozido à Portuguesa
Portugal, enguias com colegas de trabalho
Portugal, ensopado de enguias
Portugal, espetada da Madeira
Portugal, feijoada
Porto- Francesinha
Portugal, o melhor peixe do Mundo, no mercado ou na grelha num restaurante
A ilha de Tenerife é a maior ilha do conjunto das ilhas canárias, as ilhas espanholas junto de Marrocos, este arquipélago de ilhas vulcânicas é formado por Tenerife, Gran Canaria, Fuerteventura, Lanzarote, La Palma, Gomera e El Hierro (estas duas últimas mais pequenas).
Tenerife é maior ilha tendo cerca de 2.000 km quadrados e quase um milhão de habitantes, tanto eu como o meu colega que me acompanhou nesta viagem, ficámos surpreendidos com o desenvolvimento, indústria/serviços e rede de estradas na ilha; apenas na zona mais a sul onde ficamos, na costa Adeje, foi onde notámos uma maior densificação do turismo, com muitos hotéis, bares e restaurantes, no entanto ao longo do que podemos conhecer no resto da ilha, além de achar que cada local tem identidade própria, a “notoriedade” turística não era tão evidente (talvez só mesmo em ver muitos carros de rent-car).
Foi uma escapadinha “low-cost” com um amigo, para aproveitar um pouco de sol, praia e ainda conhecer um pouco da ilha; o que se tornou uma agradável surpresa com paisagens bonitas e algumas atrações que nos surpreenderam bastante.
Lago Martianez, Puerto de la Cruz
Basicamente a ilha é como se estivesse dividida em dois; norte e sul, contando também com dois aeroportos internacionais, justamente Norte e Sul.
A Zona Sul é a mais turística, a chamada de Costa Adeje (maior destaque para a Playa de las Américas e Los Cristianos), essencialmente com uma oferta de praias e capacidade hoteleira maiores, ficando aqui uma vasta oferta de hotéis, apartamentos turísticos e uma cultura mais virada para o turismo. A norte, além da sua Capital, Santa Cruz, ficam próximas ainda as cidades de Puerto de la Cruz e La Laguna.
O principal ponto da ilha é o Vulcão El Teide, aquele que é o ponto mais alto de Espanha ,este Vulcão que ainda se encontra ativo é um vulcão que tem uma impressionante altura de 3718 metros; aqui ficam próximas as cidades de Santiago del Teide e Los gigantes, esta zona fica mais a sul embora já fora da costa Adeje e de toda a oferta mais de oferta turística para férias de verão.
Embora a zona sul seja melhor para desfrutar de praia, e de por norma ter melhor clima e maior oferta hoteleira, é sem dúvida a zona norte a mais bonita ( não considerando a zona do Vulcão); acho que o melhor (dependendo obviamente do tipo de viagem), será fazer como nós e ficar pela zona sul, aproveitando da praia, alugando depois um carro, para explorar a ilha, o ideal seriam dois dias com o carro.
Ficámos num empreendimento chamado Laguna Park 2, que era uma espécie de aldeamento com vários apartamentos, tinha piscina, bar e animações; acho que tem um bom custo benefício, ficámos em regime de tudo incluído; é relativamente grande e tem umas boas vistas.
Percorremos algumas das praias aqui nesta zona, embora a Playa de las Américas seja a mais famosa, a que sem dúvida gostámos mais foi a Playa de las vistas, não só por ser grande, ou por esta ser já de areia branca, mas verdade é que a harmonia aqui nos cativou bastante; tenho de dar aqui um especial destaque para aquele que foi o melhor bar onde estivemos, o Casablanca disco club, que fica num pequeno centro comercial, mesmo em frente à praia, aqui na sua maioria é gente local (só se ouve Espanhol por aqui), boa música e um ambiente excelente, recomendamos!)
A playa de Torviscas, que era das mais próximas do nosso Hotel era também muito agradável, indo até à famosa Playa de las Américas (sempre com muitos surfistas), praias como a de la Pinta,El Bobo e Troya também eram bem agradáveis, todas elas de estilo vulcânico, com areia preta e pedras.
Santa Cruz Tenerife
Deixo aqui alguns dos locais que visitámos e algumas sugestões de outros locais a não perder quando visitarem Tenerife:
Vulcãoel Teide, este que é o ponto mais alto de Espanha e o terceiro maior vulcão em actividade, é a referência de Tenerife; para visitar o vulcão antes de mais recomenda-se o uso de roupas quentes, gorro, luvas e um casaco quente, temos de lembrar que estamos a mais de 3500 metros de altitude.
O ponto de partida para o Vulcão é em Las Cañadas del Teide, que é também um parque nacional nesta bela paisagem vulcânica, existem 8 trilhos para descobrir.
De Cañadas del Teide ( El Portillo) fica o teleférico que sobe até á estação de La Rambleta (a mais de 3500 metros de altitude), o teleférico é relativamente caro, custando cerca de 29€, existe uma parte em que requer uma autorização grátis mas que requer a inscrição, no site oficial do Vulcão podem obter mais informações e comprar os bilhetes e ou actividades; podem também comprar uma excursão diretamente aqui.
Para chegar até junto do funicular, em El Portillo, podem ir de bus desde a Costa Adeje, pela linha 342, demora cerca de 2h, de carro demora cerca de 1h e 5 minutos, cerca de 70 km.
Santa Cruz Tenerife, a capital de Tenerife é uma cidade bem grande, em que parece nada ter a ver com uma ilha turística, tem obviamente um bom punhado de atrações turísticas e parece ter uma vida mais agitada, tem já um estilo de uma normal grande cidade, sendo a cidade bastante grande, acho que tendo um mapa offline como o maps.me é o ideal para “picar” os principais pontos a visitar na cidade; embora a visita tenha sido curta pois o tempo não era o melhor, destaco alguns locais: logo junto da central de bus temos um bonito edifício vanguardista, o Auditório de Tenerife (do arquiteto Santiago Calatrava, autor da cidade das artes em Valência), no centro histórico, destaque desde logo para aquele que para mim é o mais bonito, a praça de Espanha, uma grande praça com um grande lago redondo, aqui fica o ponto de turismo e as já típicas letras com o nome de cada cidade “santa Cruz”, um clássico para uma bonita foto. Aqui junto ficam o monumento a Los Caídos e a fortaleza de Castillo de San Cristóbal, e todos os belos edifícios que culminam das ruas com esta praça.
praça Espanha, Santa Cruz Tenerife
Outro local que gostámos também, foi o parque Garcia Sanabria, onde podemos ver um agradável espaço verde, com alguns cactos que parecem árvores (com vários “ramos”), e relaxar um pouco; o Mercado Nossa senhora de Africa; A Iglesia Nuestra señora de la Concepción; Espacio de las artes de Tenerife – TEA; o Museu das Belas Artes; oMuseu da Natureza, são apenas algumas sugestões do que podem ver na capital da ilha, desfrutem de um café, uma “cerveza” (“caña” caso seja pequena ou “jarra”, cajo sejam as que nós chamamos canecas), ou uma outra bebida e desfrutem da cidade, viajar também é isto desfrutar de cada momento em cada local; a tranvia pode ainda ser uma boa ideia (se tiverem carregado o cartão de transportes com o dia inteiro, as viagens estão incluídas) para ver a cidade.
Parque Garcia Sanabria, Santa Cruz Tenerife
Mercado N. S. Africa, Santa Cruz Tenerife
Outro local, que será talvez o mais famoso da cidade e um dos cartões postais de Tenerife, é a Playa de las Teresitas, não tivemos oportunidade de visitar esta mítica praia de Tenerife, embora a maior concentração de praias seja na Costa Adeje, esta é realmente uma praia de excelência, fica a cerca de 10 km da cidade, podem ir de bus pela linha 910 desde a central ( intercambiador), até à estação las Teresitas.
Auditório, Santa Cruz Tenerife
Los Gigantes, é uma pequena povoação, que tem umas piscinas naturais fantásticas, as paisagens neste rochedos são soberbas, descobrimos por recomendação onde alugamos o carro e sem dúvida que valeu a pena, não visitamos o centro da povoação, mas só este belo miradouro (“point of view”) e a descida para as piscinas valeu a pena, para ser perfeito faltava apenas estar calor para poder dar um mergulho na piscina natural; recomendamos vivamente, as fotos falam por si.
Los Gigantes, Tenerife
piscinas naturais los Gigantes
Masca, é uma pequena povoação perdida nas montanhas a noroeste da ilha, perto da cidade de Santiago del Teide, (caso tenham tempo, Santiago del Teide também pode ser mais um local para fazer uma visita),em vez de seguir à direita em direção ao vulcão Teide, seguimos para o lado esquerdo, onde temos uma sinuosa estrada que rasga e serpenteia várias montanhas, neste percurso vamos encontrar paisagens e miradouros fantásticos, aliás a magia deste local penso que é mesmo todo este percurso com estas paisagens de tirar o fôlego; descendo até a esta pequena aldeia, onde podemos ainda ver uma igreja, penso que um pequeno museu e trilhos onde podemos caminhar por estas bonitas encostas.
Viemos aqui aconselhados por um membro do staff do Hotel, vale muito a pena, contemplar estas vistas, daqui seguimos em direção a Garachico, que nos levou cerca de 30 minutos (25km), vendo ainda mais alguns belos miradouros, embora a parte melhor tenha sido desde Los Gigantes (quando começamos a subir desde perto de Santiago del Teide).
esplanada num café na zona de Masca, Tenerife
Masca, Tenerife
Garachico, é mais uma bonita vila que merece visita, sobretudo pelas suas piscinas naturais na entrada da vila; na entrada da vila, fica um parque de estacionamento, e aqui junto a este, além de uma pequena praia, fica uma espécie de doca com algumas obras de arte urbana, e mais na extremidade temos uma bonita vista para as piscinas naturais e o centro da vila.
A vila é pequena, tem entre outros no centro histórico, a igreja de Nuestra Señora de los Angeles e o Convento de la Inmaculada Concepción; caminhar um pouco pelo centro histórico bem como junto da marginal e ir às piscinas naturais, será algo que valerá a pena fazer.
Garachico, Tenerife
Garachico, Tenerife
Puerto de la Cruz, aqui o destaque vais sem dúvida para o Lago Martianez, foi dos locais que mais nos surpreendeu, e ao qual não conseguimos resistir, mesmo não estando o tempo ideal para ir a banhos fomos contemplar esta maravilha. O lago é um enorme complexo com várias piscinas (água salgada), uma delas é enorme, com um restaurante no meio, como se fosse uma ilha, foi desenhado pelo artista César Manrique, um artista de outra ilha Canária, Lanzarote.
Os bilhetes custam 5.5€ neste site, embora não seja o oficial, o mesmo tem toda a informação.
Puerto de La Cruz
Puerto de La Cruz
Além do lago a seu lado fica a praia Martianez, com areia preta e algo rochosa, embora muito agradável; seguindo pela avenida pedonal, que passa ao lado do lago, indo em direção ao centro histórico, temos paragem obrigatória (praticamente logo a seguir ao lago ), na praia de San Telmo, praia esta que fica nas rochas parecendo quase umas piscinas naturais; a igreja Ermita de San Telmo, fica também nas proximidades. Neste ponto começamos a subir ligeiramente para o centro histórico, embora apenas tenhamos visto a bonita igreja de N. Señora de la Penã de Francia (pois ficamos algum tempo no lago Martianez), este centro histórico de Puerto de La Cruz pode ser melhor explorado; a igreja de San Francisco, o Museo del Pescador, a bateria de santa Bárbara ( uma espécie de miradouro com um canhão e que oferece uma vista fantástica), plaza del Charco, Museo Naval, o Museu Arqueológico, o Jardim das Orquideas (aqui quando íamos visitar estava para fechar e não foi possível, penso que está aberto apenas das 09:30-14:30, os bilhetes custam 4€) ou os antigos fornos de cal (“hornos de cal”), são alguns exemplos do que podem ver nesta cidade, caso o tempo seja suficiente, uma boa caminhada dará para conhecer melhor Puerto de la Cruz.
Lago Martianez, Puerto de la Cruz
Lago Martianez, Puerto de la Cruz
La Laguna (o nome completo é San Cristobal de la Laguna), foi a antiga capital da ilha, é património mundial da UNESCO; é uma cidade muito bonita, talvez tendo em conta apenas a cidade, terá sido a mais bonita, as ruas na parte histórica são apenas pedonais (para estacionar o melhor será um parque pago), tornando assim melhor a experiência de conhecer esta cidade, as casa estão num estado de conservação perfeito, embora seja visível em algumas que contam com vários anos, a verdade é que parecem que foram terminadas uns dias antes, um pormenor é que não existe nada de publicidade agressiva ou algo que tire estética nas fachadas, a título de exemplo até um banco numa das ruas apenas tinha as letras para o identificar, não tendo cores ou publicidades visíveis no exterior.
Além de contemplar a harmonia desta simpática cidade, com estas casas com as fachadas a manter a antiguidade (algumas que se mantêm como no século XV) e muito coloridas, podemos ver ainda a Catedral de La Laguna, uma bonita catedral de estilo neogótico, este edifício foi erguido em 1915; mais à frente seguindo pelas ruas paralelas que vão dar à plaza de la concepcion e aqui fica a Iglesia de la Concepción, esta que foi a primeira paróquia da ilha de Tenerife a sua torre em pedra é um destaque neste centro histórico; o Convento de Santa Catalina; o Museo de historia y Antropología; o Museo de las Ciencias, são alguns dos exemplo do que podemos ver nesta simpática cidade, acho que é um centro histórico ideal para uma caminhada contemplando todas estas casas coloridas e com as fachadas imaculadas, é um encanto ver estas ruas, uma verdadeira viagem no tempo.
La Laguna, Tenerife
La Laguna, Tenerife
interior catedral de La Laguna
Sendo Tenerife uma ilha relativamente grande, temos ainda mais para explorar, outros locais que merecem uma visita em Tenerife, e que merecem maior destaque são: Anaga, esta zona montanhosa onde o local em destaque é o Parque Rural de Anaga e que é Reserva da Biosfera (pela UNESCO), é um local ideal para quem gosta da natureza e de caminhar, existem alojamentos (entre eles um Hostel, com dormidas desde cerca de 15€) para quem queira pernoitar e ficar em harmonia com a natureza, o parque fica a apenas cerca de 18 km a norte de La Laguna.
Güímar, é outro local a visitar, nesta povoação a cerca de 28 km da capital de Tenerife, destacam-se as Pirâmides de Güímar, umas pirâmides em pedra, como que com degraus, parecidas com as que se podem encontrar no Peru ou no México.
A cerca de 25 km de Puerto de la Cruz, descendo para o subterrâneo, outro local de importância é a gruta Cueva del Viento é uma formação vulcânica a qual podemos aceder, conta com quase 18 km de labirintos e as visitas duram cerca de 2h, os bilhetes custam 20€.
Nos extremos da ilha, contamos com alguns miradouros/faróis nos quais se pode contemplar uma bela vista para o oceano Atlântico: Punta del Teno, Punta del Hidalgo e Punta de Anaga.
Embora não considere que os parques aquáticos não sejam propriamente uma atração específica de cada local, é impossível não associar o Siam Park ou o Loro Park numa viagem a Tenerife.
O Siam Park é considerado dos melhores do mundo e é o maior da Europa, tem vários escorregas em tubos, oferecendo muita adrenalina num estilo e decoração tailandesa; os bilhetes gerais custam 40€ por adulto, fica na Costa Adeje.
O Loro Parque é mais voltado para os animais, sendo um zoológico com cerca de 13,5 hectares, sendo também considerado um dos melhores da Europa; fica em Puerto de la Cruz; os bilhetes custam 40€ por adulto. Podem combinar os bilhetes dos dois parques, o bilhete combinado, fica em 70€ por adulto.
Falando de parques nota também para o parque aquático Aqualand Adeje, que ficava próximo do nosso hotel, embora não seja tão famoso e tão grande, parecia ser também bastante grande e os bilhetes são bem mais baratos, custando online 28€.
Costa Adeje, Tenerife
Acho que Tenerife é uma ótima opção para umas mini-férias, em que podemos desfrutar de bom clima, praia e podendo ainda explorar um pouco da ilha; com montanhas, o vulcão Teide, piscinas Naturais, o lago Martianez (para uma tarde/dia neste fantástico enorme complexo de piscinas), uma diversidade grande nos vários locais e cidades, viajar é uma paixão enorme, por isso partam à descoberta, aproveitem cada local, cada momento, pois essas memórias serão algo que sempre nos ficaram gravadas na mente e o prazer de as poder viver e recordar mais tarde é algo nos enche o coração.
Viagens Felizes
Dicas e Notas:
Temos voos diretos do Porto para Tenerife Sul, pela Ryanair; desde Lisboa para Tenerife Norte, pela Vueling e para Tenerife Sul, pela Ryanair e TAP.
O aeroporto Norte de Tenerife – aeroporto de Los Rodeos (TFN), fica a cerca de 6km de La Laguna e a cerca de 14 de Santa Cruz, podendo em ambos utilizar a linha 20 de bus.
O Aeroporto Sul de Tenerife – aeroporto Reina Sofia (TFS) fica a cerca de 20 km da Costa Adeje, um táxi pode custar entre 25€ e 30 €; a paragem de bus, fica em frente ao terminal das chegadas, é fácil de identificar, temos a linha 111, 343, a express airport (demora cerca de 40 minutos) que é a linha 40 e a linha 711 que opera durante a noite, a viagem custa cerca de 3€ ( + adquirir o cartão).
Informações e linhas dos bus para os aeroportos aqui.
A rede de transportes é muito boa, apesar de ser essencialmente de Bus, tendo também Tranvia (metro de superfície) pelo menos em Santa Cruz e La Laguna; a empresa TITSA é a empresa que opera na ilha, os bus são bons e com várias linhas, (por exemplo de Costa Adeje para Santa Cruz, o 110, que é o mais rápido, demora cerca de 1h; o 111 vai de Adeje até ao aeroporto Norte, passando também entre outro pelo aeroporto norte), podem comprar o cartão recarregável por apenas 2€, carregando depois pela viagem, ou um dia inteiro (um dia inteiro fica em 10€), penso que caso vão apenas às principais cidades e para os aeroportos, seja a melhor opção (nós fomos até santa Cruz e usámos nas viagens de e para o aeroporto sul).
Para ir até ao vulcão, podem também consultar pois existem bus para a zona do teleférico, as linhas 342 (desde Adeje) e a linha 348 (desde Santa Cruz).
Alugar carro será muito provavelmente algo a fazer para explorar a ilha, isto embora os transportes sejam bastante bons em toda a ilha, nós apenas tivemos o carro por um dia, achámos que o ideal seriam dois dias; notem que muitas rent a car não fazem reservas por menos de dois dias, bem como ficará mais barato (por dia), caso alguem por dois ou mais dias.
As médias andavam nos 45-49€ um Fiat Panda, conseguimos um Seat Ibiza por 50€ e fizeram o aluguer só por um dia, foi um pouco de sorte confesso; tentem reservar pela manhã do dia anterior, ou talvez dois dias para garantir o carro pretendido. Nota apenas para a gasolina 95, que é bem mais barata que em Portugal, andava em torno de 1.4€ / litro.
sunset na Playa de las vista, costa adeje, Tenerife
Pelos locais onde estivemos pela ilha pareceu ser sempre tranquila e segura, onde ficamos mais tempo, na costa Adeje; talvez apenas na zona dos bares (“Veronicas”) havia os habituais e normais excesso de bebidas dos jovens turistas, mas algo tranquilo e foi sempre foi sem problemas, andámos sempre tranquilamente durante o dia e a noite.
Embora Tenerife pertença a Espanha, o fuso horário (devido à sua localização) é o mesmo que em Portugal; a moeda é o Euro, o indicativo de Espanha é +34 e o domínio internet: .es
A comunicação aqui é fácil, além de muita gente falar inglês, toda a gente com quem falámos, mesmo que quando o nosso Espanhol não era o melhor as pessoas conseguiam perceber e falavam da melhor forma a nós também compreendermos.
Recomendo levarem algum dinheiro, pois em todas as caixas ATM eram aplicadas taxas, mesmo com Revolut, sendo estas de bancos espanhóis ou as chamadas turísticas, as taxas iam de 2.95€ a 3.95€; embora na maioria dos locais e até mesmo em táxis e bus poderem usar o cartão, caso precisem de dinheiro (“efectivo”), convém levar algum com vocês, evitando a taxa de levantamento.
Malta é um país pequeno, mas com muito para ver e conhecer! O perfeito equilíbrio entre praia e cultura.
A capital Valletta, Mdina, Rabat, Popeye Village, Ilhas de Gozo e Comino, são os pontos principais de interesse em Malta.
Na nossa recente visita, realizamos uma volta completa à ilha principal (e as ilhas de Gozo e Comino) em busca das MELHORES PRAIAS DE MALTA. Concluímos que as mais famosas praias do país, encontram-se na costa ocidental até ao extremo norte da ilha de Malta, em Mellieha.
Na lista seguinte apresentamos as nossas eleitas, como sendo aquelas que pelas suas características naturais, apoios de praia e acessos, são as que merecem a sua visita durante umas férias por Malta.
Marsaxlokk- Malta
Marsaxlokk- Malta
#1 Lagoa Azul (Blue Lagoon) – Ilha de Comino
A melhor praia de Malta! De indescritível beleza, esta praia mundialmente famosa, somente não é perfeita pelo seu pequeno areal (quase inexistente) e, pelo excesso de turistas. Tem diversos apoios de praia e, poderá aqui chegar através de um pequeno barco numa viagem curta ou embarcar numa espécie de pequeno cruzeiro, desde algumas cidades próximas.
Blue Lagoon- Comino- Malta
Blue Lagoon- Ilha de Comino- Malta
Blue Lagoon- Ilha de Comino- Malta
Ilha de Comino- Malta
Ilha de Comino- Percurso do passeio de barco
#2 Baía de Ramla (Ramla Bay)- Ilha de Gozo
De águas pouco profundas é a praia principal que encontrará na ilha de Gozo e, que merece todo o nosso destaque.
Ramla Bay- Ilha de Gozo- Malta
Ramla Bay- Ilha de Gozo- Malta
#3 Baía Paraíso (Paradise Bay) – Noroeste da ilha
No extremo mais a noroeste da ilha de Malta, próximo do porto de Cirkewwa (onde existem os ferries para Gozo e Comino) fica localizada a Paradise Bay. Umas das melhores praias que poderá encontrar em toda a ilha!
Paradise Bay- Malta
Paradise Bay- Malta
#4 Baía Dourada (Golden Bay) – Noroeste de Malta
Uma das mais belas praias da ilha. Com excelentes apoios de praia, oferece diversos desportos aquáticos, bem como dispõe de um restaurante.
Golden Bay- Malta
Golden Bay- Malta
#5 Baía Għajn Tuffieħa (ou Riviera Bay) – Noroeste de Malta
A zona à beira-mar de Għajn Tuffieħa forma uma curva à volta do areal das praias da Baía Dourada e Riviera, com a Torre de Għajn Tuffieħa, do século XVII, num promontório. Do miradouro de Għajn Tuffieħa, avista-se uma magnífica paisagem.
Baía Ghanjn Tuffieha- Malta
Baía Ghanjn Tuffieha- Malta
#6 Desfiladeiro Wied IL- Ghasri – Ilha de Gozo
O desfiladeiro Wied IL- Ghasri na ilha de Gozo faz parte da nossa lista, devido à sua beleza natural. Uma pequena praia de rochas, que convida a belos banhos num cenário idílico.
Desfiladeiro Weid Il-Ghasri- Gozo- Malta
Desfiladeiro Weid Il-Ghasri- Gozo- Malta
Desfiladeiro Weid Il-Ghasri- Gozo- Malta
#7 Anchor Bay – Popeye Village
Ninguém fica indiferente à beleza da cor das suas águas! Com a Popeye Village como pano de fundo e as suas águas calmas, é um dos locais perfeitos para realizar mergulho.
Popeye Village, também conhecido como Sweethaven Village, é um grupo de edifícios de madeira rústica em Anchor Bay , no canto noroeste da ilha mediterrânea de Malta, próximo da vila de Mellieha. Foi construído para o filme produzido em 1980 de Popeye, pela Paramount Pictures e Walt Disney.
Popeye Village- Malta
Anchor Bay – Popeye Village
Popeye Village- Malta
Pontos de interesse:
– Valetta-
A cidade de Valetta, capital do país, com mais de 450 anos de história, foi um importante ponto de passagem das rotas comerciais do mundo antigo. É constituída totalmente por muralhas. É de destacar a Co-Catedral de St. John’s.
Valletta- Malta
Co-Catedral de St Johns- Valletta- Malta
Co-Catedral de St Johns- Valletta- Malta
– Mdina-
A fortificada e antiga capital de Malta, é um dos pontos de interesse a conhecer em Malta. Percorra as suas ruas e, visite alguns dos locais históricos, assim como a parte antiga de Rabat frente à fortificação de Mdina.
Mdina e Rabat- Malta
Mdina e Rabat- Malta
-Ilha de Gozo & Comino-
Gozo é uma ilha no Mar Mediterrâneo, parte da República de Malta, e a segunda maior ilha em extensão territorial do arquipélago que forma aquele país. Na pequena ilha de Comino, encontrará a bela Blue Lagoon, um dos ex-líbris de Malta!
Podemos fazer uma travessia de ferry para a pequena ilha de Comino. Os ferries partem no extremo mais a noroeste da ilha de Malta, no porto de Cirkewwa; o ferry para Gozo (porto de Mgarr), demora 25 minutos e, para Comino aproximadamente 15 minutos.
Viajar é um bom motivo para fazermos coisas que habitualmente não fazemos. Assistir a espetáculos é uma delas. Sejam eles lúdicos, desportivos, culturais ou de outra qualquer natureza que até pode ferir sensibilidades. Como diz o provérbio popular, “em Roma, sê Romano”, assim, ao longo das minhas viagens faço questão de viver em parte os países que visitei e de forma lúdica enriquecer um pouco o meu portfolio cultural. Aqui vai uma listagem de alguns espetáculos que é possível ver ao vivo pelo Mundo fora. Alguns tive essa oportunidade, outros limitei-me a visitar os locais onde esses espetáculos são levados a cabo, na esperança de um dia lá ir ver um espetáculo ao vivo e a cores.
Futebol
É o desporto rei e sem dúvida que é o maior espetáculo do Mundo.
Nas minhas viagens é tradição visitar estádios de futebol, daí a sua existência em larga escala temporal e espacial extensivo a todos os continentes onde estive. Assistir a jogos de futebol, nem tanto. Ver ao vivo um clássico do futebol Mundial é um desejo, porém nem sempre estive nesses locais no dia e hora em que esses eventos ocorrem e também os preços elevados dos mesmos e a escassa oferta de bilhetes condiciona. Mesmo assim, já tive oportunidade de ver ao vivo jogos de futebol no Brasil e em Itália. Dois jogos do Flamengo, no Maracanã no Rio de Janeiro, em Julho de 1999, e dois jogos do Milan no San Siro, em Milão, em Janeiro de 2007, um jogo da Roma e outro da Lazio no Olímpico de Roma em Janeiro de 2008. Posso afirmar com enorme satisfação que já vi jogar ao vivo Romário, entre outras estrelas, como Francesco Totti, Andrea Pirlo, Kaká, Paolo Maldini ou Filippo Inzaghi e também uma “obra prima” assinada por Aleksandar Kolarov que entrou na História recente do futebol como qualquer grande golo.
Futebol- Estádio San Siro-Milão-Itália
Futebol – Loja AS Roma-Roma-Itália
Futebol Roma – Estádio Olímpico-Itália
Na Itália e no Brasil, os preços para ir ao futebol eram bastante acessíveis. Só para ver ao vivo aquelas vedetas mais que justificava o valor pago, quanto mais para as ver jogar! Até mesmo na Alemanha onde os supermercados da cadeia “Lidl”, em Berlim em 2010, vendiam bilhetes para os jogos do Hertha a 9,99€! Isso não me motivou, pois com -13ºc não era convidativo. O jogo Hertha-Borussia de Monchengladbach ficou 0-0, e nessa noite, encontrei adeptos da equipa forasteira em enorme confraternização na Berliner Republik. Na Alemanha acompanhar as equipas nos jogos fora é tradição e nas estações de comboio de longo curso é normal vermos pessoas trajadas com adereços das cores dos seus clubes do coração.
Bilhete de futebol. Estádio San Siro, Milão, Itália
Bilhete de futebol. Estádio San Siro, Milão, Itália
Bilhete de futebol. Estádio Olímpico, Roma, Itália
Bilhete de futebol. Estádio Olímpico, Roma, Itália
Bilhete de futebol. Estádio Maracanã, Rio de Janeiro, Brasil
As minhas idas ao futebol no estrangeiro já me deram alguns segundos de fama na SIC-Notícias, pois o tema foi por várias vezes considerado como o “Email da semana” do programa “Tempo extra”, com o jornalista Rui Santos, em direto, a referir-se ao meu testemunho dos preços praticados nesses países para ir ao futebol em comparação com Portugal, onde no meu caso, pago mais de 300€ (Quotas e Red pass) por ano para ver os jogos do Benfica do nosso campeonato, no meu lugar no Estádio da Luz, e mesmo assim é o mais barato.
Por cá, jogos do Benfica em casa e fora, e por vezes até de outros clubes, e obviamente da Seleção Nacional também sou frequentador habitual.
Futebol, estádio da Luz – jogo do Benfica
Futebol, estádio da Luz – jogo do Benfica
Futebol, estádio da Luz – jogo do Benfica
Futebol, estádio da Luz com Paulo Futre
Futebol, Estádio da Luz, Lisboa em dia de jogo do Benfica, com o António José Ribeiro, outro Amante de viagens
Futebol, Estádio da Luz, Lisboa em dia de jogo do Benfica, com o Vítor Martins, outro Amante de viagens
Futebol, Estádio de Alvalade, Lisboa em dia de jogo da Seleção Nacional
Futebol Americano
A modalidade nada me diz, nunca vi ao vivo embora já tenha participado num “open day” dos “Lisboa Devils”, sim por cá tem pouca expressão, mas pratica-se…
Seria injusto referir os desportos com milhões de adeptos no Continente Americano sem referir o futebol Americano, por lá chamado de “football”, o desporto rei nos EUA. A final do Super Bowl é um acontecimento gigantesco e visto em todo o mundo. Um dos maiores nomes da modalidade, O.J. Simpson, que também brilhou no cinema, saiu do estrelato e caiu em desgraça tendo passado pelo mundo do crime, após ser considerado inocente num homicídio em 1994, anos mais tarde, passou uma temporada atrás das grades, condenado por assalto. O crime é como o Sol, quando nasce é para todos…
Em Chicago, o Estádio Soldier Field é a casa dos Chicago Bears e dos Chicago Fire Football Club este último não é clube de “football” mas sim de “soccer”, assim chamado o futebol por terras do Tio Sam. Desse estádio só recordo mesmo o “soccer”. Ali foram jogadas partidas do Mundial de 1994.
Futebol Americano. Estádio Soldier´s field, Chicago, EUA
Basebol e futebol Americano. Estádio Rogers Centre, Toronto, Canadá
Basebol
O jogo em si não me diz nada. Não percebo patavina! Mas posso dizer que já tive oportunidade de ver ao vivo um pouco de um jogo de basebol. Dizem que uma partida pode durar horas. Para mim alguns minutos foram mais do que suficientes. Em 2005, em Santiago de Cuba, no Estádio Guillermon Moncada, tive a oportunidade de presenciar. Os bilhetes tinham um preço meramente simbólico.
Mais tarde tive oportunidade de visitar dois estádios ultramodernos, que se transformam para poderem receber diversas modalidades. Em 2016 visitei o Estádio Rogers Centre, em Toronto no Canadá onde atua a equipa de basebol dos Toronto Blue Jays e de futebol Americano dos Toronto Argonauts. Em 2019 visitei o Sapporo Dome, em Sapporo no Japão. Ali atuam as equipa Hokkaido Nippon-Ham Fighters de basebol e a Hokkaido Consadole Sapporo de futebol. Na altura da minha visita ambos os estádios estavam em “modo basebol”.
Basebol e futebol. Sapporo Dome, Sapporo, Japão
Basebol e futebol. Sapporo Dome, Sapporo, Japão
Basebol e futebol. Sapporo Dome, Sapporo, Japão
Basquetebol
Nos EUA os jogos da NBA são um encanto, tanto a nível jogado como pelo espetáculo criado à volta de um mega evento que é uma partida destas. Transmitidos pelas televisões para todo o Mundo, conquistam audiências cujos números atingem valores astronómicos. Não sou apreciador da modalidade, mas ver ao vivo um jogo da NBA se tiver oportunidade é algo que não deverei descartar. Na minha passagem por Nova Iorque e por Chicago não foi possível pois nesses dias não se jogou por lá qualquer partida de basquetebol. Ficam as memórias e as fotos tiradas para a posteridade na entrada de ambos os recintos, em Nova Iorque no Madison Square Garden onde atuam os New York Knicks em no United Center em Chicago onde atuam os Chicago Bulls. Neste último, estátua de Michael Jordan considerado como o melhor jogador de todos os tempos desta modalidade, localizada na entrada, é ponto de romaria de muitos turistas.
Basquetebol e Hóquei sobre o gelo. United Center, Chicago, EUA
Basquetebol. United Center, Chicago, EUA
Hóquei sobre o gelo
Nos EUA, a NHL é o maior campeonato do Mundo. Alguns jogos são disputados nos mesmos pavilhões onde se disputam os jogos da NBA, sendo estes rapidamente transformados. Os jogos da NHL, também são campeões de audiências televisivas e transmitidos para todo o Mundo. O United Center de Chicago é o pavilhão em que se disputam os jogos da NHL dos Chicago Blackhawks. A transformação desse pavilhão de basquetebol para hóquei sobre o gelo faz-se em apenas duas horas. Cá fora, junto da estátua de Michael Jordan encontramos as estátuas de Bobby Hull e Stan Mikita, antigas estrelas da NHL. Em Nova Iorque, no Madison Square Garden, no dia da minha chegada realizava-se um jogo da NFL dos New York Rangers. Poderia ter ido ver mas não fui, pois ver ao vivo um jogo desta modalidade foi um desejo realizado anos antes. Na Alemanha aquando da minha passagem por Munique em 2009, vi ao vivo um jogo dos “EHC Red Bull München” que na altura se chamava “Eishockeyclub HC München 1998” no Olympia Eishalle, um pavilhão multiusos que se localiza no complexo do Parque Olímpico. O resultado ficou 3-1 favorável à equipa da casa e aqui pode ser visto o resumo do jogo.
Hóquei sobre o gelo. United Center, Chicago, EUA
Hóquei sobre o gelo. United Center, Chicago, EUA
Hóquei sobre o gelo-Olympia Eishalle-Munique-Alemanha
Hóquei sobre o gelo. Madison Square Garden, Nova Iorque, EUA
Râguebi
Na Nova Zelândia, país que espero um dia visitar, é o desporto rei. Conhecida como “All Blacks”, a Seleção Nacional, na qual alinhou a super estrela Jonah Lomu, maravilha o Mundo com os seus jogos. Jonah Lomu, jogador de râguebi ao nível de Cristiano Ronaldo no futebol, partiu deste Mundo aos 40 anos, devido a doença. Além da Nova Zelândia e de vários países do Hemisfério sul, o râguebi é desporto rei, por exemplo, no País de Gales. É caso para dizer, “Três pontos para o País de Gales”!!!!
Cardiff é uma das capitais Mundiais desta modalidade que segundo os seus apreciadores, é “um jogo de guerreiros, jogado por cavalheiros”. O Estádio Principality é um dos seus míticos palcos. É a casa da Seleção Galesa de Râguebi. Seleção que já venceu o Torneio das Seis Nações por várias vezes e algumas delas só com vitórias. Este estádio possui tecnologia avançada, sendo o segundo na Europa a possuir teto móvel (o primeiro foi o Amsterdam Arena) e o segundo maior do Mundo com essa característica (o maior fica no Texas).
Não sou apreciador de râguebi, mas fica a dica. Os entusiastas têm aqui um local de culto, além da visita ao estádio, podem também visitar a loja oficial da Seleção Galesa de Râguebi.
O País de Gales possui uma Liga de Râguebidesde o ano 1907. Cardiff possui mais de 20 equipas sendo 4 profissionais. Junto ao Estádio Principality, encontramos o Estádio Cardiff Arms Park onde a equipa Cardiff Rugby Football Club, o maior clube da cidade, disputa os seus jogos em casa.
Na Irlanda, em Dublin, o Estádio Aviva é utilizado para futebol e para râguebi, sendo a casa das Seleções Nacionais da Irlanda, de futebol e de râguebi. Neste país nem o futebol nem o râguebi são os desportos com mais adeptos, no entanto o primeiro leva vantagem. Dublin possui cerca de 30 equipas de râguebi, apesar de nenhuma se encontrar entre as que possuem mais troféus. A Irlanda em conjunto com a Irlanda do Norte, possui uma Liga de Râguebi com 50 equipas divididas em 5 divisões.
Râguebi-Futebol-Gaélico e Curling.-Estádio Aviva
Râguebi. Estádio Principality, Cardiff, País de Gales
Futebol gaélico e Hurling
Ao falarmos da Irlanda, seria injusto não referirmos estas duas modalidades, que são os desportos mais populares. Ambas são jogadas em recintos com dimensões semelhantes ao futebol sendo o hurling considerada a modalidade mais rápida sobre relva. O Croke Park é o local mais importante onde as finais destes torneios são jogadas. Tem capacidade para mais de 80.000 espetadores fazendo dele o quarto maior estádio da Europa e o maior que não é usado para futebol. Os adeptos das equipas que se defrontam assistem aos jogos todos juntos e não existem problemas de segurança como nos jogos de futebol. Quem estiver interessado em saber mais sobre essas modalidades recomendo vivamente a visitar Dublin e o Croke Park.
Râguebi-Futebol-Gaélico e Curling.-Croke Park-Dublin-Irlanda
Muay Thai
O desporto rei na Tailândia é sem dúvida o Muay Thai, sendo Banguecoque a sua capital Mundial. Para assistir aos combates em Banguecoque, os preços praticados para estrangeiros são exorbitantes sendo o Estádio Rajadamnern e o Estádio Lumpinee tidos como os melhores locais. Porém longe de Banguecoque é possível assistir a combates de Muay Thai por preços mais em conta. Por exemplo em Chiang Mai no Thaphae Boxing Stadium, mas também certamente com lutadores menos famosos e sobretudo para turista ver e satisfazer a sua curiosidade, inclusivamente apostar nos vencedores e até posar com os lutadores, sejam eles masculinos ou femininos.
Muay thai. Thaphae Boxing Stadium, Chiang Mai, Tailândia
Muay thai – Chiang Rai -Tailândia
Muay thai. Thaphae Boxing Stadium, Chiang Mai, Tailândia
Cartaz de combates de Muay thai. Thaphae Boxing Stadium, Chiang Mai, Tailândia
Bilhete de Muay thai. Thaphae Boxing Stadium, Chiang Mai, Tailândia
Ópera
Foi uma namorada que tive que me fez ter interesse em ver um espetáculo de ópera ao vivo. Ela comigo, também começou a ver futebol no estádio e na TV… Futebol não é cultura, ao contrário de espetáculos desta natureza. As relações acabam, mas as ideias prevalecem e não fosse este meu relacionamento passado, jamais me ocorreria nas minhas viagens ir a este tipo de espetáculos ou mesmo visitar os edifícios onde eles são levados a cabo.
Reconheço que uma ópera é um espetáculo grandioso, apesar da minha cultura geral não atingir este patamar e quando assisto não consigo tirar o máximo proveito. Os preços dos bilhetes em Portugal, a quem nunca foi, também não incentivam a ir. Ir à ópera é também um ritual da classe média alta. O “dress code” deve ser apropriado, inclusivamente os casacos devem ser deixados nos bengaleiros e os foyers servem vinho, champanhe e canapés nos intervalos. Ainda não entrei sequer no Teatro São Carlos, mas já assisti a espetáculos de ópera levados a cabo no Meo Arena e no Campo Pequeno, o que não é a mesma coisa de um espetáculo de ópera que é levado a cabo numa sala de ópera, uma sala de espetáculos concebida para receber um espetáculo dessa natureza, com a acústica indicada, e não um recinto multiusos adaptado.
Não sou perito em temas culturais como ópera, tal como não sou em museus ou em monumentos mas como nós só conhecemos aquilo que experimentamos, hoje posso afirmar que esse tempo despendido foi bem empregado e alguma coisa aprendi. Tal como visitar museus e monumentos, assistir ao vivo a uma ópera são formas excelentes de nos divertirmos e simultaneamente nos enriquecermos.
Atualmente a internet é uma ferramenta com enorme utilidade por onde a informação circula em forma de som, vídeo, imagem ou texto à velocidade da luz. Antes de assistirmos ao vivo a uma ópera, devemos fazer um estudo prévio de algumas horas sobre a récita, sobre as “árias” e sobre o conteúdo do “libreto”, o seu enquadramento histórico, social e geográfico. Muitas obras já foram transpostas para o Cinema como por exemplo a Carmen de Bizet ou o Onegin de Tchaikovsky. Recomendo vivamente esta última pois o filme baseado na obra homónica é interessantíssimo, fácil de compreender e nada enfadonho!
Ópera – Teatro Scala-Milão-Itália
Ópera-Teatro Nacional-Praga-Chéquia
Ópera-Teatro Nacional-Praga-Chéquia
Ópera. Teatro Colón, Buenos Aires
Ópera. Ópera Nacional, Riga, Letónia
Ópera. Ópera Nacional, Riga, Letónia
Ópera. Opera Nacional de Paris, França
Ópera – Ópera de Viena-Áustria
Ópera – Ópera de Roma-Itália
Ópera. Ópera de Kiev, Ucrânia
Se visitarem a Croácia, nomeadamente Zagreb, onde estreou em 1876 a ópera “Nikola Šubić Zrinski”, se tiverem oportunidade de a ver ao vivo, farão algo grandioso. Uma obra desconhecida fora do país, mas de enorme orgulho nacional Croata, sendo a sua ária “U boj, u boj!” uma conhecida canção nacionalista. Espetáculo com legendas em Inglês, muito fácil de compreender.
Teatro Nacional Croata, Zagreb
Teatro Nacional Croata, Zagreb
Bilhete de ópera. Teatro Nacional Croata, Zagreb
Teatro Nacional Croata, Zagreb
Teatro Nacional Croata, Zagreb
Ópera é basicamente um espetáculo que mistura teatro e música, sendo os diálogos cantados, as árias, algumas muito bonitas e famosas. Nasceu na Itália no século XVI. Quase todas as capitais possuem pelo menos uma sala de ópera. Tendo em conta a sua conceção e acústica, o seu reportório e os artistas habituais, as 5 salas de ópera mais importantes do Mundo são a Ópera de Viena, o Teatro Scala de Milão, a Ópera Real de Covent Garden em Londres, a Opera Nacional de Paris e o Teatro Colón de Buenos Aires. Já passei à porta de todos e já tive oportunidade de visitar o interior de alguns destes locais de culto, mas em nenhum destes ainda assisti a ópera.
Ópera Real de Covent Garden, Londres, Inglaterra
Ópera Real de Covent Garden, Londres, Inglaterra
Ao longo das minhas viagens, além de Zagreb, Roma, Praga, Budapeste, Riga, Belgrado,Kiev e Oslo foram locais onde assisti ao vivo a espetáculos de ópera nas respetivas salas. Não se encontrando entre as 5 melhores do Mundo, não deixam de ser locais de culto e de grande romaria. Nos países do Centro e Leste Europeu é possível desfrutar destes espetáculos, tidos como de grande qualidade e pagando preços praticados por cá ao nível de um bilhete de cinema. E também não deixei de passar pelo foyer nos intervalos para beber champanhe ou vinho originário desses países!
E mesmo em outros locais tidos como caros, por vezes ver este tipo de espetáculo, consegue-se por preços simbólicos, comprando o bilhete online com a devida antecedência.
E por falar em ópera, fica o meu desejo de um dia visitar a Ópera de Sydney, não para assistir a espetáculos, mas pelo edifício em si. Entretanto pude contentar-me com o Grande Teatro Nacional de Pequim, na minha viagem à China em 2017. Este teatro pela sua grandeza de construção e da sua arquitetura, mesmo não sendo tão famoso, rivaliza com a sala de espetáculos da Oceânia.
Para já, a Opera de Oslo entrou no meu cardápio. Um edifício que está para a capital norueguesa como os restantes estão para essas cidades. Ver a ” Tosca” por menos de dez euros, foi um verdadeiro presente. Apesar dos lugares serem em pé, a visibilidade era perfeita, bem como a acústica e as duas horas de duração do espetáculo passaram a correr. Recondita armonia!!!!!
Fui ver a Tosca vestido como um verdadeiro “tosco”. Nesse dia viajaria de noite para Trondhein, tinha a mala a guardar no hostel, e não tive qualquer hipótese de me vestir mais condignamente tendo em conta a ocasião. Fiz questão na véspera me informar se poderia ir à ópera assim vestido, sem qualquer problema, resposta pronta que tive do staff!
Ópera de Oslo, Noruega
Ópera de Oslo, Noruega
Ópera de Oslo, Noruega
Ópera de Oslo, Noruega
Ópera de Oslo, Noruega
Ópera de Oslo, Noruega
Bilhete de Ópera Nacional, Kiev, Ucrânia
Bilhete de Ópera. Teatro Nacional, Praga
Bilhete de ópera. Teatro Nacional, Belgrado, Sérvia
Bilhete de ópera. Teatro da ópera de Roma, Itália
Bilhete de ópera. Ópera Nacional, Riga, Letónia
Bilhete de Ópera. Ópera Nacional Budapeste, Hungria
Bilhete eletrónico. Ópera de Oslo
O Teatro San Carlo em Nápoles também é uma excelente sala de ópera, com mística e história. O nosso Teatro São Carlos foi construído tendo como inspiração o Teatro Scala de Milão e o Teatro San Carlo de Nápoles! Tive oportunidade de assistir a um concerto de música clássica, e não perdi a oportunidade de me maravilhar com os seus sumptuosos interiores!
Teatro San Carlo, Nápoles
Teatro San Carlo, Nápoles
Teatro San Carlo, Nápoles, bilhete
Teatro San Carlo, Nápoles
Flamenco
Assim como o fado está para Portugal, o flamenco, tal como a tourada, são símbolos da cultura espanhola. É a alma da Andaluzia. Consta-se que apareceu no bairro de Triana em Sevilha e daí se expandiu para toda a Espanha, por via da emigração. Madrid e Barcelona são outras das cidades onde assistir um espetáculo num tablao, assim se chama as casas onde são levados a cabo, é tradicional numa visita a Espanha. Em 2010 foi declarado património cultural imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A música, a guitarra, o canto, a dança, o sapateado, fazem parte. As origens remontam às culturas hebraicas, israelitas, ciganas e mouriscas, sendo notadas as influências árabes e judaicas. Os trajes dos artistas são tradicionais, nomeadamente os femininos. Paco de Lucía, Pepe de Lucía, Sara Baras, Belén Maya, Tomatito, Niña Pastori são alguns dos nomes de artistas famosos associados aesta arte.
Em Sevilha existem imensos tablaos, sendo difícil a escolha. É um espetáculo que dura cerca de uma hora, custa cerca de 25 Euros, preço elevado, a pensar nos turistas! Quando visitei Sevilha, a minha escolha para assistir a um espetáculo de flamenco foi o Teatro Flamenco de Triana e julgo que foi acertadíssima. Convém marcar com antecedência pois a procura é muito elevada.
Flamenco, Teatro Flamenco de Triana em Sevilha
Flamenco, Teatro Flamenco de Triana em Sevilha
Flamenco, Teatro Flamenco de Triana em Sevilha
Flamenco, Teatro Flamenco de Triana em Sevilha
Flamenco, Teatro Flamenco de Triana em Sevilha
Ballet
Nos países da antiga URSS o ballet é o espetáculo cultural mais importante, seguindo-se a ópera bem de perto.
Uma viagem à Rússia não fica completa sem assistirmos ao vivo a uma sessão de ballet, mesmo que não sejamos apreciadores e conhecedores dessa arte. Nos intervalos, ir a um dos requintados “foyers” brindar com um cálice de champanhe Russo é um verdadeiro ritual! Quando visitei a Rússia, um Euro comprava 40 Rublos. Agora compra bem mais…
Em São Petersburgo, existe uma das catedrais do ballet Russo. Mundialmente famoso, o Teatro Mariinsky, o Kirov como era chamado no tempo em que a cidade se chamava Leninegrado. Ali estrearam grandes obras como “O Quebra-Nozes” de Tchaikovsky e brilharam grandes artistas como Mikhail Baryshnikov. E sobre este grande nome, a “7ª arte Hollywoodesca” não se esqueceu, quando no tempo da “Guerra fria”, quatro anos antes da queda do Muro de Berlim, ali se passou a ação do filme “O Sol da meia noite “, cujas cenas no seu interior foram na realidade rodadas no nosso Teatro São Carlos. Imortalizado pela sua banda sonora, “Say you, Say me”, o filme retrata a história de um bailarino Soviético exilado nos EUA que tem um acidente de avião ao sobrevoar a Sibéria. Sobrevive e é aprisionado pelo KGB e obrigado a exercer a sua profissão na URSS. Acaba por conseguir fugir durante um espetáculo em pleno Teatro Mariinsky. As cenas do filme passadas no exterior, com Leninegrado como pano de fundo, e que retratam este celebérrimo edifício, com destaque da fuga final, foram na realidade filmadas fora da URSS, nomeadamente em Helsínquia e sobrepostas com as imagens recolhidas por uma equipa que andou por Leninegrado a filmar vários locais, incluindo o edifício do Teatro Mariinsky!
A outra catedral do ballet Russo, apesar de mais recente, é o Teatro Bolshoi em Moscovo. Os bilhetes eram bem mais caros que no Teatro Mariinsky onde se conseguiam preços de ingressos por 25€, na internet com antecedência. No site oficial desta sala Moscovita, os bilhetes alcançavam as centenas de Euros e só seria possível adquiri-los por preço relativamente razoável (cerca de 50€) à porta na candonga dos agentes. No palco do Teatro Bolshoi foi pela primeira vez levado à cena o “Lago dos cisnes” de Tchaikovsky. Quem esteve em Moscovo entenderá muito bem porque ir ao Bolshoi é caro. Ao contrário do Teatro Mariinsky de São Petersburgo, o imponente edifício do Teatro Bolshoi encontra-se, perto do Kremlin, numa imponente praça, ladeado por imponentes ruas, a Petrovka por exemplo, onde abundam as lojas de luxo como destaque para o Tsum, a segunda loja mais cara da Rússia.
As companhias de ballet sediadas quer no Bolshoi quer no Mariinsky fazem (pelo menos faziam, e esperemos que voltem a fazer…) digressões pelo Mundo fora. Numa dessas digressões, a Paris, no tempo da Guerra fria, em 1961, o bailarino Rudolf Nureyev que fazia parte da companhia do Kirov desertou do regime Soviético, quando se preparava para regressar à URSS, pediu asilo político em pleno aeroporto de Paris. O filme “Corvo Branco” relata esse episódio da sua vida. Depois disso, Rudolf Nureyev viveu ao máximo a vida capitalista Ocidental e da alta sociedade, com todos os luxos que o dinheiro pode comprar, sendo inclusivamente apontado como um dos amantes de Freddy Mercury. Faleceu vítima de SIDA em 1993 com 54 anos, encontrando-se sepultado em França.
Ballet e Ópera. Ópera de Kiev, Ucrânia
Ballet. Ópera de Kiev, Ucrânia
Ballet- Ópera Estatal-foyer-Praga-Chéquia
Ballet. Teatro Bolshoi, Moscovo, Rússia
Ballet. Teatro Mariinsky, São Petersburgo, Rússia
Ballet. Teatro Mariinsky, São Petersburgo, Rússia
Ballet. Teatro Nacional Maria Bieșu, Chisinau, Moldávia
Ballet. Teatro Nacional Maria Bieșu, Chisinau, Moldávia
Na Moldávia, em Chisinau, em tempos capital de uma República Soviética mas que em breve se prepara para se tornar mais uma capital da União Europeia, na sua avenida principal, a “Stefan cel Mare” encontramos o Teatro Nacional Maria Bieșu, a sede do Ballet Nacional da Moldávia que faz digressões pelo Mundo esgotando muitas salas com semanas de antecedência e que por cá podemos ver anunciados nos cartazes sobretudo na época Natalícia, com bilhetes nada baratos e sem qualquer acompanhamento de orquestra, atuando os bailarinos ao som de música gravada.
A Moldávia, como qualquer país do Leste Europeu é possuidor de um património cultural riquíssimo, onde desde a tenra idade as crianças são educadas para o apreciarem e respeitarem. Estes tipos de espetáculos, encontram-se entre os de melhor qualidade que podemos desfrutar quando viajamos pelo Mundo. Visitar a Moldávia é uma oportunidade única na vida ver ao vivo o Ballet Nacional da Moldávia, património daquela nação, atuando em conjunto com a sua orquestra. Depois de adquirir, por pouco mais de 5€, o bilhete para os melhores lugares da sala, o viajante depara-se que aterrou num paraíso cultural onde espetáculos de qualidade ímpar, podem ser desfrutados quase gratuitamente.
Em Kiev, em tempos a terceira cidade da URSS e que em breve será mais uma capital da União Europeia, encontramos a Ópera de Kiev, uma das mais importantes do Mundo, com Historial ligado à Revolução Bolchevique. Ali foi assassinado Piotr Stolípin, Presidente do Conselho de Ministros (equivalente a primeiro-ministro da Rússia) do reinado do último Czar Nicolau II, conforme nos relata a série “Os Últimos Czares” da Netflix. Aqui fica sediado o Ballet Kiev que também corre o Mundo em diversas digressões. À semelhança de Chisinau, os preços são ridiculamente baixos para os nossos padrões.
São Petersburgo, Chisinau, Kiev, Vilnius, Praga e Hamburgo foram os locais onde aproveitei para ver ao vivo ballet, com preços bem simpáticos, e como não me canso de referir, não sendo apreciador nem conhecedor dessa arte, dei por muito bem empregue o tempo e o dinheiro gasto. Em boa hora segui o conselho de um colega meu, que é apreciador destes espetáculos e cuja filha com quase 12 anos de idade é praticante.
Bilhete de ballet. Ópera Estatal, Hamburgo, Alemanha
Bilhete de ballet. Ópera Nacional Maria Bieșu, Chisinau, Moldávia
Bilhete de ballet. Ópera Nacional, Vilnius, Lituânia
Bilhete de ballet. Ópera Nacional, Kiev, Ucrânia
Bilhete de ballet. Teatro Mariinsky, São Petersburgo, Rússia
Em Ljubljana assisti a um espetáculo de menor duração, uma peça infantil, “Picko in packo”, mesmo não sendo acompanhado por orquestra não deixou de ser interessante. Em São Petersburgo, Chisinau, Kiev, Vilnius, Praga e Hamburgo já assisti a algo mais completo, ou seja espetáculos acompanhados com orquestra. Em todos esses locais tive oportunidade de assistir ao vivo a espetáculos de ballet, com preços bem simpáticos, e como não me canso de referir, não sendo apreciador nem conhecedor dessa arte, dei por muito bem empregue o tempo e o dinheiro gasto. Em boa hora segui o conselho de um colega meu, que é apreciador destes espetáculos e cuja filha de 12 anos de idade é praticante de ballet.
Bilhete de ballet. Companhia Nacional Eslovena de Teatro, Opera e Ballet
Ballet. Companhia Nacional Eslovena de Teatro, Opera e Ballet
Ballet. Companhia Nacional Eslovena de Teatro, Opera e Ballet
Concerto de música clássica
Viena é a capital Mundial da música. Em direto de Viena, todos os anos assistimos ao Concerto de Ano Novo na televisão, que ocorre no Musikverein. Transmitido para todo o Mundo, o Concerto termina sempre ao som da marcha “Radetzky” de Johann Strauss (pai) com o público presente na sala acompanhando com palmas. Situa-se na Ringstrasse, a poucos metros do edifício da Ópera de Viena, é a sede da Orquestra Filarmónica de Viena, considerada a melhor do Mundo. No interior, a sua famosa Sala Dourada, é considerada uma das 3 melhores salas de concerto do Mundo, juntamente com a Concertgebouw de Amesterdão e a Carnegie Hall de Nova Iorque. Para visitar o interior do Musikverein a melhor forma é mesmo assistir a um concerto, pois as visitas guiadas não são diárias. Os bilhetes para os concertos podem ser obtidos online, com antecedência, o que se recomenda, dada a enorme procura.
Na minha passagem por Viena não perdi a oportunidade de ver ao vivo um concerto no Musikverein, apesar de não ser um espetáculo barato.
Tal como ópera e ballet, concertos de música clássica, além destas salas de “concert hall”, também são levados a cabo em salas de ópera ou teatros, como aquele que tive oportunidade de assistir em Nápoles, no Teatro San Carlo.
Concerto de música clássica – Musikverein- Viena-Áustria
Concerto de música clássica – Musikverein- Viena-Áustria
Assistir a um concerto de música clássica é uma forma tradicional de entrar num novo ano. No dia 1 de janeiro um pouco por todo o Mundo este “ritual” é levado a cabo, sendo o de Viena o mais famoso e importante. Em Loulé, tenho por hábito assistir no Cineteatro Louletano ao Concerto de Ano Novo pela Orquestra do Algarve. Recomendo vivamente a quem estiver na região por esses dias. Marquem com antecedência pois a procura é alta!
Cineteatro Louletano, em dia de Concerto de Ano Novo
Cineteatro Louletano, em dia de Concerto de Ano Novo
Musical
Um género que mistura música e teatro e que em muitos países é o espetáculo cultural mais importante.
Tal como uma viagem à Rússia (Moscovo e/ou São Petersburgo) não é completa sem uma ida ao ballet, uma visita aos EUA, por exemplo a Nova Iorque não fica completa sem assistirmos ao vivo a um musical na Broadway.
Broadway é o nome de uma avenida Nova Iorquina, com 53 Km, que atravessa os distritos (boroughs) de Manhattan e Bronx, cruzando a Times Square. É nas imediações do “Centro do Mundo” que se concentram os 41 teatros, todos com mais de 500 lugares e alguns com mais de 1000. É a esta concentração de teatros, tanto por essa avenida como pelas ruas transversais, que constituem um bairro de teatros, a que chamamos também de Broadway. Com cerca de 14 milhões de espetadores anuais, a Broadway torna Nova Iorque a capital cultural dos EUA.
Vários filmes deram origem a musicais, como por exemplo “Misery”, com Bruce Willis encarando a personagem do escritor Paul Sheldon, baseado numa obra de Stephen King que nos causa arrepios. E vários musicais deram origem a filmes, como por exemplo “Chicago”, ambientado à cidade de Chicago, que também possui um zona de entretenimento como a “Broadway” cujo teatro mais famoso é o “Chicago Theatre” esse musical estreou em 1975. Uma sátira à sociedade dos anos 20, nomeadamente à corrupção na aplicação da justiça aos criminosos. Afinal o crime faz parte da História dos EUA…
Num dos maiores teatros da Broadway, o Teatro Majestic encontra-se em cena desde 26 de Janeiro de 1988 o “Fantasma da Ópera”. Considerado o rei dos musicais, pois é o espetáculo que está há mais tempo em cartaz, encontrando-se por isso inscrito no “Guinness Book of Records” desde 2012, destronando o “Cats”. Viajar é a melhor prenda de aniversário e o dia em que soprei as 41 velas tornou-se ainda mais memorável em Nova Iorque ao “soirée”. A música temática deste musical, que por sinal comemora o aniversário de estreia na Broadway no mesmo dia em que eu comemoro a data em que vim ao Mundo, tornou-se o “hino” desta minha viagem aquela que Frank Sinatra um dia alcunhou como “a cidade que nunca dorme”.
Nova Iorque é uma das cidades mais caras do Mundo e assistir a um musical na Broadway não foge à regra. Existem bilhetes de última hora com desconto que se podem adquirir nas bilheteiras no centro da Time Square, e online, reservando com antecedência conseguem-se preços muito interessantes. Os cerca de 40€ que despendi com alguns meses de antecedência, foram muitíssimo bem empregues e pode ser considerado como uma verdadeira pechincha!
Musical. Chicago Theatre, Chicago, EUA
Musical. Broadway, Teatro Majestic, Nova Iorque, EUA
Musical. Broadway vista de Times Square, Nova Iorque, EUA
Musical. Broadway vista de Times Square, Nova Iorque, EUA
Bilhete de Musical. Browadway, Nova Iorque, EUA
Em Londres, a zona de West End concentra grande parte dos cerca de 250 teatros existentes na cidade, sendo o equivalente Europeu à Broadway Norte Americana. A mesma engloba a Oxford Street, a Mayfair, a Marble Arch, a Leicester Square, o Covent Garden que a limita a este e o Piccadilly Circus que a limita a oeste. A sul é limitada pela Trafalgar Square, e pela Tottenham Court Road a norte. Ir a Londres ver um musical da West End é garantia de desfrutar de um espetáculo mundialmente grandioso e carismático. Apesar da cidade ser caríssima, comprando com antecedência os bilhetes podemos ficar surpreendidos quão baratos eles podem sair!
Quando visitei Londres, onde não ia há quase 24 anos e tive oportunidade de ver ao vivo no Teatro Aldwych o musical “Tina”. Com antecedência superior a um ano, comprando online, consegui garantir um dos 4 bilhetes mais baratos, pela módica quantia de 10 Libras! Uma verdadeira pechincha! Era para a última fila, mas via-se relativamente bem, na penúltima fila, não havia muita diferença a não ser nos preços que já eram de 35 Libras! O musical trata da biografia de Tina Turner, desde as suas origens humildes em Nutbush no Tennessee (EUA), os problemas e abusos, nomeadamente de violência doméstica que sofreu durante o casamento com Ike Turner, a forma como ultrapassou todos os obstáculos e se tornou rainha do Rock ‘n’ roll. A história termina quando a sua carreira atinge o apogeu, em 1988, ao cantar no Rio de janeiro para cerca de 200.000 pessoas no Estádio Maracanã. Tina Turner, agora cidadã Suíça, já soprou mais de 80 velas, em breve vai retirar-se em definitivo das luzes da ribalta. Este musical, que está sendo exibido em várias cidades, vem no seguimento do filme Tina (2021), um documentário sobre a vida da artista.
Musical, West End, Teatro Aldwych, Londres, Inglaterra
Musical, West End, Teatro Aldwych, Londres, Inglaterra
Musical, West End, Teatro Aldwych, Londres, Inglaterra
Na Polónia, em Wrocław, o majestoso edifício da Opera Wrocławskasobressai no centro da cidade. Trata-se de uma das maiores e mais importantes salas de ópera do país. Ali tive a oportunidade de assistir ao musical “Um Violista no Telhado”, adquirindo o bilhete online, com cerca de um mês de antecedência, custou cerca de 23€, o que se pode considerar um preço muito interessante. Este musical fez sucesso na Broadway, tendo dado origem a um filme, o “Fiddler on the Roof” em 1971. Uma comédia de costumes, sobre uma comunidade judaica, cuja ação é passada em Anatevka, na antiga Rússia Czarista.
Musical. Opera Wrocławska, Wrocław, Polónia
Musical. Opera Wrocławska, Wrocław, Polónia
Musical. Opera Wrocławska, Wrocław, Polónia
Musical. Opera Wrocławska, Wrocław, Polónia
Bilhete para o musical na Opera Wrocławska, Um violinista no telhado
Por cá poderão ir ao Teatro Politeama em Lisboa, onde Filipe La Feria leva a cabo regularmente grandes espetáculos musicais.
Musical, Teatro Politeama, Lisboa, posando com o encenador Filipe La Feria
Musical, Teatro Politeama, Lisboa, posando com o encenador Filipe La Feria
Musical, Teatro Politeama, Lisboa, posando com o encenador Filipe La Feria
Tango
Buenos Aires respira futebol sediando pela sua área metropolitana diversos clubes grandes. O tango e a ópera completam a oferta cultural da cidade, iniciando-se a temporada desta última para lá de Março.
Uma viagem à Argentina não fica completa sem assistirmos a um espetáculo de tango. Este estilo musical que se dança a par, nasceu, nos bordéis segundo algumas teorias, por estes lados banhados pelo Rio La Plata, nas imediações de Buenos Aires e Montevideo. “La comparsita” é a mais famosa, mas também “Por una cabeza” e por falar em Buenos Aires, “Mi Buenos Aires querido” ou “Caminito”. O maior artista foi Carlos Gardel que está para o tango como a nossa saudosa Amália Rodrigues está para o fado.
Dançar o tango mistura o drama, a paixão, a sensualidade, a agressividade ao som de uma música que apesar de tristonha é apaixonante. Sendo na maioria das vezes dançada com uma rosa na boca, apresenta o papel da mulher como de submissão sendo o homem o dominador.
Num passeio (de dia, pois de noite é perigoso…) pelo bairro do Caminito, também famoso pelo futebol, o Boca Juniors onde brilhou Maradona, é possível nas esplanadas assistirmos à dança do tango, no entanto, a melhor escolha para desfrutar deste espetáculo tipicamente Argentino, uma gala de tango, é ir uma casa de espetáculos, com decoração e ambiente tradicional, onde o tango é figura de destaque.
O “Señor Tango” é tido como o melhor local, segundo os Argentinos. Assistir a uma gala de tango, mesmo não sendo um espetáculo barato, convém reservar com antecedência dada a enorme procura de turistas, sobretudo do continente Americano. Localizado em Avellaneda, que é conhecida por ser uma das capitais do futebol, pois possui dois clubes, vizinhos e rivais, que já ganharam a Taça Intercontinental, Racing e Independiente, cujos estádios se situam a poucos metros de distância um do outro. A cidade de Avellaneda fica às portas de Buenos Aires, a cerca de 10 km do Obelisco da Avenida 9 de Julho.
O “Señor Tango” proporciona um espetáculo grandioso, que pode incluir um jantar, que enche qualquer Argentino de orgulho. Ao som de uma orquestra, os bailarinos fazem brutais passes de dança fazendo as companheiras se parecerem com bonecas de borracha. E no final uma homenagem à eterna Evita Perón, ao som de “Não chores por mim, Argentina” com a bandeira nacional desfraldada e o público a aplaudir de pé.
Tango. Señor Tango, Avellaneda, Argentina
Tango. Señor Tango, Avellaneda, Argentina
Circo
O circo é um espetáculo grandioso que encanta pessoas de todas as idades. Embora por cá este tipo de espetáculos ocorra em tendas itinerantes que vão percorrendo o país ao longo do ano, fixando-se nas grandes cidades na altura Natalícia, nos países de influência Soviética existem mesmos locais onde os espetáculos de circo são levados a cabo.
O circo também é património cultural desses países. Por exemplo, na Letónia, o Circo de Riga proporciona excelentes espetáculos a preços acessíveis. Também com animais, e onde até os gatos são artistas! Os cães também… Em 2012 quando visitei os Países Bálticos tive oportunidade de ver ao vivo um espetáculo de circo.
Por cá as associações protetoras dos animais têm feito de tudo para impedir que eles sejam usados em espetáculos de circo. Desconheço como as coisas se vão processando pela Europa, mas a sociedade evolui. Com ou sem animais, em qualquer lugar, o Circo não deixará de nos maravilhar!
Circo. Circo de Riga, Letónia
Circo. Circo de Riga, Letónia
Bilhete de circo. Circo de Riga, Letónia
Circo na Rússia, cartaz. Os gatos são artistas.
Cabaret
Paris é um encanto e a sua oferta cultural é extraordinária e para todas as bolsas.
O cabaret é um típico género teatral, que nasceu em França, com música instrumental ou cantada, dança, recitação ou drama. Também podem incluir a apresentação de humoristas, ilusionistas ou mímicos. Distingue-se pelo local onde o espetáculo decorre, que pode ser um pub, um casino, um restaurante ou uma “boite” com um palco para apresentações. É normalmente orientado para um público adulto, sendo muitas vezes precedido de um jantar com requinte.
O espetáculo de Cabaret mais famoso em todo o Mundo é levado a cabo no Moulin Rouge. Localizado na Av. Clichy, descendo na estação de metro de Pigalle, o local é conhecido como o “Bairro Vermelho” de Paris, uma zona tida como de prostituição, onde também existem várias casas de strip tease e sex shops e outras casas de Cabaret, menos famosas.
O Moulin Rouge proporciona um espetáculo que transporta o espetador para o ambiente boémio da “Belle Époque”, um período de cultura cosmopolita na História da Europa, que começou em 1871, e durou até ao início da Primeira Guerra Mundial, em 1914.
O Moulin Rouge é um local de romaria de turistas de todo o Mundo, sendo tido como de visita obrigatória. Ir a Paris não fica completo sem uma ida a um espetáculo no Moulin Rouge, porém dados os preços dos espetáculos serem “à grande e à Francesa” e a sua localização no “Quartier Pigalle”, a esmagadora dos turistas, limita-se a tirar uma foto à porta, durante o dia, e ir embora para bem longe…
Cabaret. Moulin Rouge, Paris, França
Teatro
O teatro é um espetáculo encantador. Mesmo que não falemos a língua, podemos desfrutar de bons momentos.
Em Budapeste, o Teatro de comédia marca presença. O teatro Vígszínház apresenta espetáculos muito divertidos, mesmo sendo falados em língua Húngara podemos passar momentos agradáveis. Em 2010 quando visitei Budapeste, vi por menos de 10€, “As Bodas de Fígaro”, em versão adaptada ao teatro da célebre Ópera cómica de Mozart.
Em Hamburgo, a Reeperbahn é famosa pelo deboche, mas também possui muitos locais de nível cultural. Esta rua que também pode ser considerada, em parte, uma “Broadway Alemã”, destaca-se o Operetta Haus um teatro de musicais famoso, onde já foram levados à cena, por exemplo, o “Cats” e o “Mamma Mia”, o Pulverfass Cabaret onde decorrem espetáculos em ambiente de “Cabaret” e o Imperial Theater que exibe peças cujo conteúdo se baseia no crime.
Grande Teatro Nacional, Pequim , China
Bilhete de Teatro.Teatro Vígszínház, Budapeste, Hungria
Teatro de Revista
Cantava o saudoso ator José Viana (Ora Viva, RTP, 1987) que “é a piada revisteira quando a vida está mais feia, não traz dinheiro à carteira mas é uma forma porreira de rir de quem nos chateia”. Este género teatral composto por vários “sketchs” que incluem momentos musicais, de dança e de humor visando sobretudo a crítica social e política, nasceu em França na segunda metade do século XVIII, mas em Portugal, a chamada Revista à Portuguesa, tem enorme expressão, que atingiu o seu máximo na segunda parte do século passado. Mesmo no tempo da Ditadura, a sátira revisteira era corrente, sendo Salazar alcunhado de Santo António. O Parque Mayer era considerado como a Broadway de Lisboa, pois possuía vários teatros onde a Revista era cartaz. Os tempos mudaram, as televisões com vários canais a transmitir futebol em “prime time”, os clubes de vídeo e mais recentemente o “streaming” têm tirado de forma continuada espetadores ao teatro. Ir à Revista ao Parque Mayer é uma tradição cada vez mais comum em pessoas com mais de 60 anos, fazendo disso um ritual, sobretudo as senhoras, vestindo casacos de pele, calçando luvas e até usando binóculos. Recentemente uma moça Canadiana, que também viaja no aniversário, com quem fiz amizade em Nova Iorque em circunstâncias adversas, à chegada ao aeroporto JFK com os efeitos da tempestade Jonas ainda a dificultarem a nossa mobilidade, passou por Lisboa, a caminho de outras paragens, encontramo-nos e fiz questão de a convidar para assistir a uma Revista à Portuguesa no Parque Mayer. Um espetáculo que sou apreciador e frequentador. Mesmo não falando a língua, é possível passar uns momentos divertidos, pois os momentos musicais, nomeadamente o Fado também fazem parte do espetáculo.
Bem longe de Lisboa, em Bucareste também é possível assistir a este tipo de espetáculos. Em 2014 quando lá estive, teria ido de boa vontade, os preços eram acessíveis, mas não tive tempo de o fazer e limitei-me a fotografar os cartazes e falar com as pessoas da bilheteira no “Teatrul de revista Constantin Tanase”. Afinal somos todos povos latinos do sul da Europa e certamente, tanto na Roménia como em Portugal, a sátira social terá os mesmos motivos. Resta saber como seria o Ceausescu e a sua mulher Elena retratados na Revista à Romena, mas os políticos que se lhes sucederam além das contas bancárias no estrangeiro deverão certamente ter mais motivos para serem retratados nesses espetáculos.
Fica um conselho em forma de pedido aos leitores viajantes, se forem a Bucareste, façam isso por mim, vão à Revista!
Teatro de Revista à Portuguesa, Teatro Maria Vitória, Lisboa
Teatro de Revista à Portuguesa, Teatro Maria Vitória, Lisboa
Teatro de Revista à Portuguesa, Teatro Maria Vitória, Lisboa
Teatro de Revista à Portuguesa, Teatro Maria Vitória, Lisboa
Espetáculo de Gueixas
O Japão é um encanto e quem busca ancestralidade neste moderno país, na sua antiga capital Quioto encontra um dos seus perfeitos locais. Esta antiga capital do Império é a cidade originária das gueixas. Em Gion, o bairro é famoso pela existência das mesmas, mas infelizmente nem uma vi quando por lá andei…
Se visitarem o Japão em abril, é, contudo, possível assistir a um espetáculo em que as gueixas (geiko) participam, assim como as aprendizas de gueixa (maiko). O Miyako Odori é o local onde esses espetáculos que fazem o viajante recuar no tempo são exibidos.
Espetáculo de Gueixas. Quioto, Japão
Teatro Japonês
Existem quatro tipos de teatro tradicional Japonês: No, Kyogen, Kabuki e Bunraku. O Kabuki é o mais famoso, cujas origens remontam ao início do século XVII. Nessa altura parodiavam-se temas religiosos com danças sensuais. Em 1629, o Kabuki foi proibido pelo governo. O espetáculo passou a ser encenado então por rapazes que interpretavam papéis femininos. Atualmente o teatro kabuki tornou-se um espetáculo popular que combina realismo e formalismo, música e dança, mímica, encenação e figurinos, implicando numa constante integração entre os atores e a plateia. Em Quioto, existe um local famoso, o Teatro Minami-za onde os espetáculos de Kabuki são levados a cabo sendo considerado um dos teatros mais importantes do país.
Teatro Japonês. Teatro Minami-za, Quioto, Japão
Sumô
Ao falar do Japão não poderia esquecer um dos seus desportos mais populares, sendo o único país onde é praticado a nível profissional. Tóquio é considerada a capital do sumô, pois pela sua área metropolitana, realizam-se 3 dos 6 mais importantes torneios anuais.
Considerado como arte marcial, este desporto de combate de contato, possui um historial com centenas de anos. Durante a luta, um dos lutadores (rikishi) tenta forçar o outro para fora de um ringue circular (dohyō) ou tocar o solo com qualquer parte do corpo que não as solas dos pés. Os praticantes desta modalidade são reconhecidos pelas suas dimensões e pesos, e infelizmente, cada vez mais, pelas suas vidas fora do ringue, com diversos escândalos que estão a prejudicar a sua reputação. Os rituais ancestrais impostos aos iniciantes de sumô também não ajudam…
Os combates são levados a cabo em salões de sumô (kokugikan) sendo o Ryōgoku Kokugikan o mais famoso e importante, com capacidade para receber mais de 11 mil espetadores, possuindo uma arquitetura de estilo “retro”. Localiza-se no bairro de Ryōgoku, na margem do Rio Sumida, na cidade também assim chamada, pertencente à área metropolitana de Tóquio.
Quando estive em Tóquio decorria um torneio de sumô, porém os combates ocorreram durante a tarde, além dos preços dos bilhetes não serem propriamente convidativos para quem não é apreciador, pelo que desisti da ideia de ir assistir. Toda a informação sobre a modalidade, torneios e bilhetes pode ser vista no site oficial.
Sumô. Estátua de um lutador em Osaka, Japão
Fórmula 1
Quase sem querer já visitei um dos locais onde decorre um Grande Prémio!
Uma escapadela à Cote d´Azur tem de incluir obrigatoriamente uma passagem pelo Mónaco. O segundo Estado soberano mais pequeno do Mundo, terra de milionários, um paraíso fiscal, dominado por uma Monarquia onde não faltam escândalos, é também conhecido pelo Casino de Monte Carlo e pelo Grande Prémio de Fórmula 1 que se realiza anualmente. Trata-se de um circuito urbano, onde se destaca o túnel Larvotto. Além de podermos atravessar esse túnel a pé, ao passearmos pelas ruas desta pequena nação, visitamos todos os pontos da pista onde o famoso Grande Prémio é realizado, incluindo as curvas sinuosas, os troços junto à marina e junto ao casino. Podemos inclusivamente posar com a estátua de Juan Manuel Fangio, piloto Argentino que dominou a primeira década deste desporto motorizado.
Se visitarem o Mónaco em finais de Maio, princípios de Junho e tiverem amigos que vivam por lá, com sorte poderão desfrutar de um lugar na varanda do seu apartamento com vista para o Grande Prémio! Ou quiçá, a bordo de um iate privado…
Fórmula 1, Mónaco
Fórmula 1, Mónaco
Fórmula 1, Mónaco
Tourada
Não percebo do assunto, não sou um acérrimo aficionado, não me desgosta ver e não pretendo alimentar polémicas, apenas pretendo contar as minhas experiências das viagens. A tourada é mais uma, encontrando-se nos meus registos como o primeiro espetáculo a que assisti ao vivo no estrangeiro.
O touro bravo é uma espécie criada nos campos, em ganadarias próprias, com vista à lide. Pesa cerca de 500Kg e possui uma altura de ombros com cerca de 1,5 m. É o único bovino que quando se sente ameaçado, investe e ataca ferozmente, com intuito de matar quem lhe invade o território. Não fosse a tourada, esta espécie há muitos anos estaria extinta, tal como a espécie da qual é descendente, os auroques (bos primigenius), um animal primitivo, que habitava em liberdade nos bosques da Europa, Ásia e África, pesava cerca de uma tonelada e possuía uma altura de ombros superior a 2 m. Os auroques desenvolveram-se na Índia há cerca de 2 milhões de anos, chegaram à Europa há 250 mil anos, e extinguiram-se em 1627.
A imagem do touro bravo é um dos símbolos nacionais de Espanha. As bandarilhas são uns dos souvenirs que os turistas adquirem. A “festa brava” é um espetáculo considerado em vários países como património cultural protegido por lei, nomeadamente nas regiões Espanholas da Andaluzia e de Madrid, contrariamente à Catalunha e às Ilhas Canárias onde este tipo de espetáculos foi banido. Além de Espanha, em diversos países Latinos, a tourada existe em larga escala, esgota praças, muitos turistas de todo o Mundo assistem, sendo também transmitida pelas televisões, cada vez mais exclusivamente em “pay TV” e “pay per view”. No Peru, Colômbia, México e Equador, por exemplo, a tourada também é cultural. Em Portugal o espetáculo também possui tradições em diversas regiões, porém uma corrida de touros à Portuguesa é diferente de uma corrida de touros à Espanhola. Os defensores dos animais consideram a tourada como tortura e defendem que nos dias de hoje não faz sentido a existência desse espetáculo sangrento. Concordo em absoluto!
A tourada é uma espécie de luta até à morte entre um ser humano e um touro bravo enraivecido, onde nem sempre ganha o primeiro. Poderá ter reminiscências nos espetáculos sangrentos que eram levados a cabo no Coliseu Romano por volta do ano 80. Há registos Históricos, ainda mais antigos que mencionam a luta entre o homem e o touro, como sinal de bravura do primeiro. A natureza humana não mudou, apesar da sociedade ir evoluindo. A necessidade do ser humano, presenciar espetáculos sangrentos, ou ir ao futebol insultar o árbitro ou os adeptos dos outros clubes, segundo os entendidos em psicologia, são formas de catarse e deste modo canaliza-se a agressividade para outras coisas, evitando-se por exemplo, bater no cônjuge, nos filhos, no polícia, no professor, no chefe ou no patrão. As maiores feras estão muitas vezes nas bancadas…
Já tive oportunidade de assistir ao vivo a espetáculos de tourada em Espanha. No longínquo ano de 1994 durante umas férias em Monte Gordo, as primeiras com carta de condução, dei um pequeno “salto” a Huelva, a “La Merced” e satisfiz um desejo de infância de assistir a uma tourada onde o touro é morto na arena no final da lide. Mais tarde repeti a experiência em Huelva, Sevilha e Bilbao. Já vi tourear ao vivo grandes figuras, como Enrique Ponce, El Juli, Jesulín de Ubrique, Espartaco, Finito de Córdoba ou Juan Padilla. Este último no Campo Pequeno onde aproveitei para tirar uma foto com ele. Padilla, já retirado, era conhecido porque na arena enfrentava o perigo sem limites, tendo ficado cego de uma vista numa colhida durante uma lide, sendo alcunhado de “El Pirata” devido à pala que usava.
A Praça de touros de Las Ventas, em Madrid, é considerada a mais importante do Mundo. Quem quiser ser alguém na arte tauromáquica, terá que triunfar neste redondel. Em Sevilha, a Real Maestranza é outra das importantes praças. Dela não se esqueceu Bizet quando compôs a ópera “Carmen”, cujo enredo relata a paixão de uma cigana por um toureiro de nome Escamillo. Estas duas praças de touros possuem os respetivos museus tauromáquicos que exibem esculturas, quadros e diversos artefatos relacionados com esta arte, nomeadamente vestes de famosos toureiros como por exemplo Manolete. Manolete foi talvez o melhor matador de todos os tempos, tendo morrido na arena. A cabeça da vaca, a mãe do touro que o colheu mortalmente, encontra-se exposta no museu da Real Maestranza. Alguém teve de a matar para não dar à luz outro touro assassino. Cabeças de “touros assassinos” estão expostas no museu tauromáquico de Las Ventas.
Uma corrida de touros, assim chamada também à tourada, é acompanhada por música, com vários “pasodobles” interpretados por uma banda. Em Las Ventas a banda não toca durante a lide pois o público entende que se a lide é fraca não merece música e se é boa não necessita. Nas restantes praças de touros, a banda toca durante a parte principal da lide, quando ela é boa, muitas vezes a pedido do público, assim como no início do espetáculo (o passeio) e quando os artistas são ovacionados.
Os pintores Pablo Picasso, Francisco Goya e Eugenio Lucas Velázquez estão entre os mais famosos aficionados da tourada, tendo a mesma sido retratada nas suas obras que podem ser vistas no Museu do Prado. Amália Rodrigues também era uma grande aficionada, e a tourada era referida em vários dos seus fados como por exemplo “Sangue Toureiro” e “Lisboa Antiga”.
Tourada. Praça de Touros La Merced, Huelva, Espanha
Posando com Padilla, antigo toureiro Espanhol
Billhete de tourada. Praça de Touros La Merced, Huelva, Espanha
Bilhete de tourada. Praça de Touros Vista Alegre, Bilbao, Espanha
Bilhete de tourada. Praça de Touros Real Maestranza, Sevilha, Espanha
A Catalunha baniu as touradas, esta antiga praça de touras atualmente é um Shopping
A Catalunha baniu as touradas, esta antiga praça de touras atualmente é um Shopping
O LABRANDA Riviera Hotel & Spa encontra-se a 1,5 km do Terminal de Ferry de Cirkewwa e a 3 km da Praia de Mellieha. Há uma paragem de autocarro a 100 metros, para acesso a Valletta e ao Aeroporto de Malta em cerca de 40-50 minutos.
LABRANDA Riviera Hotel & Spa
Situado numa das áreas mais bem preservadas do norte da ilha de Malta com uma vista privilegiada para a Baía de Marfa e para as ilhas de Gozo e Comino, criando uma atmosfera idílica de relaxamento.
Os hóspedes têm acesso a diversos serviços, incluindo 2 piscinas exteriores, 1 piscina interior, um centro completo de SPA (com um conjunto alargado de terapias e tratamentos estéticos) e ginásio.
Piscinas exteriores- LABRANDA Riviera Hotel & Spa
Piscinas exteriores- LABRANDA Riviera Hotel & Spa
LABRANDA Riviera Hotel & Spa
Piscina interior- LABRANDA Riviera Hotel & Spa
Ginásio – Zona de SPA – LABRANDA Riviera Hotel & Spa
LABRANDA Riviera Hotel & Spa
LABRANDA Riviera Hotel & Spa
O hotel dispõe também de diversos restaurantes que apostam na qualidade do serviço:
Mirasol
O principal restaurante oferece uma seleção variada de pratos preparados com paixão e orgulho servidos com um sorriso amigável em modo buffet.
Mirasol – LABRANDA Riviera Hotel & Spa
Mirasol – LABRANDA Riviera Hotel & Spa
Mirasol – LABRANDA Riviera Hotel & Spa
Mirasol – LABRANDA Riviera Hotel & Spa
Byblos Lebanese
Desfrute de uma autêntica experiência Libanesa. Descubra o sabor do médio oriente com pratos inspirados pela cozinha tradicional Libanesa. A decoração típica, cadeiras coloridas e candeeiros criam uma atmosfera luminosa e acolhedora para uma verdadeira e agradável experiência gastronómica.
Osteria Tropea
Experimente os sabores italianos com pratos preparados com paixão e cuidado, utilizando os melhores e mais frescos ingredientes do mercado.
Animais de estimação até 25 kg são bem-vindos. Verifique as situações específicas no momento da reserva.
LABRANDA Riviera Hotel & Spa
É a opção acertada, com uma boa relação qualidade / preço, para quem procura principalmente usufruir das mais belas zonas balneares da ilha. Está localizado perto da Paradise Bay, Vila do Popeye ou da Golden Bay. Adicionalmente, os barcos para Gozo e Comino partem muito perto do hotel.
Como a ilha é pequena, e para quem não dispensa visitar Valletta, Mdina e Rabat, os transportes públicos bem perto do hotel são uma boa opção.
A minha visita à Geórgia, foi a três cidades muito distintas, Tbilisi, da qual já falei anteriormente e mais estas que são a segunda e terceira maiores cidades da Geórgia, Batumi e Kutaisi.
Percorri uma grande parte deste país pelas suas estradas, uma parte já modernizada e nova, mas grande parte dela ainda com claro subdesenvolvimento junto das artérias rodoviárias, no entanto achei interessante ver toda esta parte mais profunda, digamos que mais rural, em que os locais vivem, em que cada um entra e sai do minibus (Marshrutka) em todo o lado, as casas e cafés junto das estradas locais, etc, fez-me lembrar quando era mais novo e vivia na minha aldeia natal.
Ambas as cidades merecem uma visita, embora desde Tbilisi existam vários tours em várias cidades mais próximas, caso venham para a Geórgia através do aeroporto de Kutaisi (acho o mais simples e barato), vale a pena conhecer quer Kutaisi, como ir até ao mar negro conhecer a sua cidade costeira de maior influência, Batumi.
estátua Medeia , Batumi
fonte Neptuno e Teatro de Drama, Batumi
Batumi Piazza
Batumi Piazza
Igreja de S. Nicolau, Batumi
Batumi
Achei Batumi uma cidade muito diferente quer de Kutaisi ou de Tbilisi; no centro da cidade notei uma modernidade e maior globalização, parecia uma cidade mais “futurista” que as outras por onde passei e estive, estas pareciam mais autênticas, digamos assim. Claro que tal como a maioria das cidades costeiras, estas ficam mais voltadas para o turismo, uma maior diversidade cultural e aqui em Batumi notei muito isso.
Esta foi também uma das coisas que acabei por gostar mais na cidade, uma cidade mais vibrante, embora eu tenha ido em março, o que é época baixa, notava-se uma vida mais agitada com mais pessoas nas ruas, vida noturna e praças num estilo “mais europeu”; acredito que seja uma experiência boa vir aqui no verão, para desfrutar da sua praia e ir a banhos no mar negro.
A principal atração desta cidade junto ao mar negro, é a sua avenida junto ao mar, a Batumi Boulevard, esta bonita avenida pedonal junto do mar (e da praia, que mesmo sendo de pedras, é agradável), tem cerca de 7km de extensão, neste espaço agradável junto da praia, com espaços verdes, cafés, bares e restaurantes, que por certo verão devem dar à avenida uma vida frenética, repleta de pessoas e diversão; aqui na Batumi boulevard, também se concentram algumas das outras principais atrações a visitar na cidade.
No início da avenida, junto do terminal de passageiros do porto de Batumi, nota para a Torre Chacha, uma torre com um relógio, com cerca de 25 metros de altura; o seu nome chacha é devido a uma bebida georgiana com este nome, a torre tem 4 fontes e delas sai (gratuitamente) esta bebida, pelo que li é durante cerca de 10 minutos, pelas 19h, uma vez por semana; quando estive parecia não estar a funcionar, acredito que poderá ser só durante o verão.
Batumi Boulevard
Batumi Boulevard
Mais á frente, aquela que é uma imagem de marca da cidade, a estátua Ali & Nino, uma fantástica estátua metálica com cerca de 7 metros de altura em que um homem e uma mulher num movimento se “beijam” (e passam um pelo outro o movimento é agradável de ver”, foi criado por Tamara Kvesitadze sendo uma homenagem ao romance com este mesmo nome de Kurban Said, é o cartão postal da cidade e sem dúvida vale a pena ver.
estátua Ali & Nino, Batumi
estátua Ali & Nino, Batumi
Fica ainda aqui perto um bonito (e penso que tradicional) farol e uma roda gigante, esta estava em funcionamento, não sei os valores de entrada, mas vi em alguns locais que rondam os 3 GEL, menos de 1€.
Também aqui bem próximo fica aTorre do alfabeto é uma torre de estrutura metálica, com cerca de 145 metros de altura e que tem o alfabeto georgiano à sua volta; achei a torre muito bonita, sobretudo de noite quando se ilumina com vários led’s de várias cores, é possível subir à torre , na época alta, o preço é 10 GEL; esta zona mais ampla junto da torre é conhecida como parque Miracle.
Torre Chacha, Batumi
torre do alfabeto e farol, Batumi
Caminhando pela simpática e bonita Batumi boulevard temos algumas estátuas de arte urbana, algumas como : ” The first love“, “me you and Batumi“, “boots” ,”man with heart“, “Woman on a Bike” entre outros; Alguns espaços verdes dão ainda mais harmonia a esta zona da cidade e destaque para a fonte dançante, uns jactos de água num lago na parte sul da boulevard, quando eu fui estava desligada, mas pelo que vi e li, de noite a iluminação em várias cores e as várias direções dos jatos de água dão uma beleza adicional (penso que também conta com som), tem uma ponte que atravessa este lago, que dá um cenário ainda melhor.
O teatro de verão (summer theater), é uma réplica do teatro original em madeira, construído em 1949 e que sofreu um incêndio em 1998, este foi construído em 2013.
Além de relaxar junto ao mar,ou mesmo fazer algum desporto nesta bonita e arranjada avenida, nota ainda para mais dois pontos de interesse: as colunas de Batumi (Batumi Colonnades), foram concluídas em 1934, são umas colunas brancas num estilo italiano e o “fantasy octopus”, uma obra de arte em mosaico com um polvo e alguns outros animais marinhos, com pequenos pedaços pedaços de mosaicos coloridos (faz lembrar as obras de Gaudi em Barcelona, perdoem-me a comparação), é uma obra muito bonita, criada pelo pintor Georgiano Zurab Kapanadze, nota só para a presença de alguns hotéis de luxo como o Marriott e o Hilton aqui perto.
Do outro lado desta zona (e da boulevard) fica o parque 6 de maio (o parque central) é um grande e agradável parque com o lago Nuri, onde podemos ver pessoas a praticar desportos náuticos e a relaxar em família neste espaço verde na entrada para o centro da cidade; junto do parque fica o Batumi Dolphinarium este aquário foi inaugurado em 1966 e conta entre outros com espetáculos com golfinhos, os bilhetes gerais custam 20 GEL, cerca de 6€.
Batumi Dolphinarium
No centro da cidade de Batumi podemos ao explorar o mesmo (onde temos um misto de construções mais tradicionais e alguns mais modernos, num estilo mais ocidental), vamos descobrir um punhado de atrações, destaco alguns que gostei mais, A Batumi Piazza, uma praça de estilo italiano, com bares e restaurantes e o mosaico central em mármore que é dos maiores do estilo na Europa, junto da praça fica a Igreja de S. Nicolau, uma bonita igreja ortodoxa, que data de 1865.
Outra das principais praças de Batumi (talvez a mais importante) é a Europe Square, uma bonita praça, palco de manifestações e eventos de relevo, destaque para além dos seus edifícios envolventes de beleza relevante (como o Mcdonald ́s, considerado dos mais bonitos), a estátua Medeia (vem da mitologia Grega,está na praça desde 2007, é uma coluna alta em pedra com a estátua no topo), não muito longe daqui da praça Europa (Junto também do meu hotel). fica o circo de batumi.
A Catedral da virgem Santa Maria, conhecida também como apenas a catedral de Batumi, é uma grande e bonita catedral ortodoxa de estilo neogótico, com três cúpulas, foi construída em 1897, confesso que só descobri a catedral por causa do maps.me (no mapa offline da cidade) e recomendo visitar, achei muito bonita e imponente.
estátua first love na Batumi Boulevard
praça Europa, Batumi
Destaques ainda para a Mesquita central de Batumi (a única mesquita sobrevivente, datando de 1860); o Teatro de Drama de Batumi e á frente deste a fonte Neptuno; o cinema Apollo; a batumi Tower, que é o edíficio mais alto de Batumi, com cerca de 200 metros de altura (tem o pormenor de ter uma mini roda gigante), é actualmente um hotel, o Museu Arqueológico, Museu de arte e Museu Ajara ( no link têm informaçõres sobre estes e outros museus da cidade)
O parque aquático (europark), Peace Casino e Casino internacional, são mais alguns locais que podemos conhecer num contexto mais lúdico. Podemos ainda, caso o tempo seja suficiente, explorar um pouco mais, ir por exemplo ao mercado local (a cerca de 2km do centro), para ter uma experiência mais autêntica, ou caminhar um pouco, pois há sempre alguma igreja, jardim, obra de arte urbana que podemos ver por certo ficar deslumbrados.
arte urbana,Batumi (me you & Batumi)
fantasy octopus, Batumi
lago Nuri, no parque 6 de maio, Batumi
Batumi- Geórgia
Batumi- Geórgia
Catedral da virgem Maria ( catedral de batumi)
No início do centro da cidade, (onde parou o bus vindo de Tbilisi) nota para o Argo cable car, um teleférico com cerca de 2.5km de comprimento e liga esta zona da cidade junto ao mar com a colina Anuria (a cerca de 250 metros de altura) e aqui fica um complexo de lojas restaurantes e cafés, a viagem de ida e volta custa cerca de 15 GEL, menos de 5€ e demora cerca de 15 minutos.
O jardim Botânico embora mais afastado pode ser uma bela visita, este fica a cerca de 8km da cidade, podem ir de táxi (na app bolt fica a cerca de 7 GEL, perto de 2€, alternativamente os mini bus 15, 40 e 31 vão até lá), foi fundado em 1912 e tem mais de 1km quadrado de extensão; os bilhetes gerais custam 15 GEL, menos de 5€. Ainda mais afastado que o jardim botânico, a cerca de 12 km, fica a fortaleza Gonio, uma fortaleza romana.
Kutaisi
Kutaisi é uma cidade que achei mais tradicional, não tão moderna como Batumi ou com tanta vida como Tbilisi; embora no passado tenha tido grande variedade cultural, com comunidades Russas, Arménias e Judaicas, esta cidade que é capital legislativa do país, tendo aqui o parlamento desde 2012 (caso venham de carro podem ver este belo edifício vanguardista, fica a cerca de 5km do centro da cidade); achei uma cidade simpática que está a desenvolver com a ajuda do aeroporto que recebe bastantes voos de destinos europeus graças a várias rotas da low-cost Wizz Air.
Chegando ao centro de Kutaisi, o destaque claro está vai para a imponente e enorme Catedral Bagrati, a catedral fica numa elevação do outro lado do rio, a colina UK’ imerioni; a catedral além de muito bonita (com os telhados esverdeados), é enorme e por dentro temos melhor essa percepção,a catedral data do século XI e é património da UNESCO. Daqui temos uma vista privilegiada sobre Kutaisi, para chegar aqui podemos subir uma escadaria e uma rua que vão desde junto da ponte velha (ponte com umas correntes), ficando a uma caminhada de 10 minutos, vale a pena.
Depois de admirar a catedral, podemos descer pelo outro lado (onde passam as viaturas) e descemos até junto do Jardim Botânico de Kutaisi, embora não seja muito grande achei agradável e dou um destaque para algo que achei engraçado, é uma espécie de mini capela dentro do tronco de uma árvore, um carvalho com centenas muitos anos, o bilhete custou (salvo erro) 2 GEL.
Catedral Bagrati, Kutaisi
jardim botânico Kutaisi, capela na árvore
Mosteiro Ghelati, Kutaisi
O centro de Kutaisi tem uma atmosfera simpática com o rio Rioni, que dá mais vida à cidade, as suas pontes mais conhecidas são a Ponte Branca (construída em 1852, posteriormente restaurada em 1970 após a sua destruição, é a única ponte exclusivamente pedonal ) e a Ponte Vermelha (construída na fábrica da torre eiffel), junto desta ponte fica o Mercado de Kutaisi, além de podermos apreciar o mercado local, com os seus produtos locais de produtores e pequenos comerciantes, temos para contemplar na sua entrada um enorme e bonito mural, esculpido em pedra.
Rio rioni
O coração da cidade é o seu parque, aqui além de algumas estátua e o seu agradável espaço de descontração ficam aqui próximas algumas das principais atrações no centro da cidade, desde logo a Fonte Colchis, fica no centro da principal praça, a Tsentraluri Moedani (ao cimo do parque), é uma fonte bonita e muito ornamentada, com 30 estátuas douradas, réplicas de objetos de objetos arqueológicos; em frente fica o Teatro Meskhishvili um dos teatros mais antigos da Europa; numa rua lateral próxima do teatro, fica também o Museu Nacional da glória militar.
Teatro Meskhishvili e fonte Colchis, kutaisi
Ópera Kutaisi
monumento glória ao trabalho, Kutaisi
A uma curta caminhada do Teatro, fica ainda uma bonita igreja de destaque, a Catedral da Anunciação (igreja Khareba), é uma bonita igreja de estilo gótico-barroco, construída em meados do século XIX, é ortodoxa embora já tenha sido católica.
Descendo o parque vamos encontrar o Teatro da Ópera estatal, este novo edifício foi erguido em 1969, tendo este teatro uma grande importância na história da ópera na Geórgia.
Indo na direção da ponte Branca temos o teleférico que sobe até ao parque de diversões Besik Gabashvili, algumas diversões como uma roda gigante, uma mini torre Eiffel, carrinhos de choque, entre outros; para além das diversões é um local verde para relaxar ou fazer exercício, a travessia neste antigo teleférico custa 2 GEL, funciona das 12h-20h (estava fechado, acredito que só funcione na época de verão).
Junto do ponto do teleférico (do lado da cidade), destaque ainda para o palácio dos reis Okros Chardakhi, onde os reis georgianos passavam algum tempo, a casa por fora é bastante bonita, quando eu fui estava fechada, talvez devido a ser fim de semana e ser época baixa, mas parece ser uma agradável visita.
Catedral Bagrati, Kutaisi
Catedral Bagrati, Kutaisi
glory Park, Kutaisi
Outros locais de destaque no centro da cidade são: a grande sinagoga (uma das três na cidade); outras igrejas como por exemplo a igreja armênia de S. Jorge; o Glory park; junto da câmara municipal, está uma escultura em homenagem à glória ao trabalho (arte de estilo soviético, foi terminado em 1981 ; o Museu Histórico do estado de Kutaisi ( a entrada era 3 GEL, por dentro é agradável e bem cuidado); explorar a pé a cidade tem encanto mais junto do rio Rioni, que embora bastante largo, o curso de água não é muito, mas é bonito ver toda a formação rochosa e o curso de água, sobretudo na ponte branca onde as fotos têm um encanto maio; caminhar pelo centro histórico é muito agradável, descobrir alguma arte urbana, tomar café em alguns locais mais típicos, ou beber um vinho georgiano irá por certo complementar a visita.
Mais afastado da cidade, a cerca de 15 km do centro, fica outro local de destaque, o Mosteiro Ghelati, tal como a catedral Bagrati é património da UNESCO, foi fundado por David o construtor, por dentro achei fascinante, com várias pinturas no teto e paredes, tem vários edifícios sendo o principal é o mais bonito;
podemos chegar aqui de Marshrutka, estas saem junto do teatro e na placa tem a foto do mosteiro, faz algumas paragens (onde os locais saem) e não fica muito tempo até regressar, embora seja suficiente para visitar, um táxi custa cerca de 22 GEL , menos de 7€ ida e volta;
Caso vão de carro, ou táxi podem fazer um breve desvio e visitar também o Mosteiro Monastery.
mural, junto do mercado Kutaisi
Catedral Anunciação Kutaisi
Apesar de eu não ter visitado (época baixa e estar a chover, pois era algo que gostava), podem ainda fazer pelo menos dois ou três tours de destaque em Kutaisi, sobretudo se forem em época alta ou em grupo.
A Caverna Prometeu tem uma extensão de 1.5km e profundidade de 40 metros, sendo das maiores da Europa, ficam a cerca de 20 km do centro da cidade, o bilhete custa 23 GEL, cerca de 7€.
O outro local é o desfiladeiro Okatse Canyon, este já fica mais afastado, a cerca de 50km acho que aqui um tour organizado, de grupo ou privado será mais adequado (no caso da caverna, podem simplesmente ir até lá e fazer a visita).
Outro desfiladeiro popular é também oMartvili Canyon (o bilhete geral custa 17.5 GEL, com barco acresce 15 GEL).
Como já referi no artigo anterior de Tbilisi, a cozinha Georgiana é muito boa, em Batumi, penso que até foi onde comi melhor, no restaurante Mamapapuri (próximo da praça Europa) em kutaisi, no Baraqa e o Agerari, ambos próximos da fonte Colchis; Karcho, Chanaxi, Lobiniani com fiambre/bacon, salsichas mistas e os famosos Khachapuri e os Kinkali são algumas das iguarias que provei por aqui.
Vou deixar uma referência para um doce peculiar, mas muito bom, vão ver por vários lados uma espécie de fumeiros pendurados em bancas e lojas, mas na verdade são doces tradicionais, os Churchkhela, basicamente é um fio que segura miolos de nozes no interior e por fora uma espécie de melaço vai pingando sobre o mesmo, ficando no final uma espécie de goma algo rija com a noz no interior, é muito bom, os melhores que comi foi numa barraquinha junto á estátua Ali & Nino.
vale a pena descobrir estas e outras cidades na Geórgia, eu estive nas três maiores cidades, mas a oferta é variada, Gori, Borjomi, Kakheti, Mtskheta, Svaneti e Mestia, são só algumas das cidades que podem conhecer neste país do Cáucaso.
Viagens Felizes
palácio eis Okros Chardakhi, Kutaisi
ponte Branca, Kutaisi
palacio okros chardakhi
Mosteiro ghelati
Dicas e notas:
O fuso Horário da Geórgia é de mais 4 horas que em Portugal, o indicativo é: +995 e o domínio de internet é: .ge
Para entrar na Geórgia não é preciso visto, basta Passaporte ou cartão de cidadão.
A moeda oficial é o Lari (GEL), 1€ – 3.46 GEL, aconselho usarem um cartão como o Revolut, para evitar taxas, existem várias casas de câmbio, algumas até com boas taxas, caso levem euros (ou outra moeda).
Embora o alfabeto georgiano seja único e bem difícil de compreender, existem na maioria dos locais uma segunda linha de texto em alfabeto latim, ou com tradução para inglês.
Aconselho usarem apps de táxis, como a Bolt ou Yandex go (penso que uber aqui não existe), são mais práticos e fáceis para saber o valor, por norma estes condutores falam inglês.
Barraquinha com os doces churchkhela, Kutaisi
A central de bus de Batumi, fica a cerca de 3km do centro da cidade, quando vim pela MetroBus georgia, o bus parou um pouco mais á frente, junto ao teleférico ( Argo cable car), mas quando fui de Marshrutka, para Kutaisi, foi mesmo da central de bus
A estação de comboio de Batumi fica junto da estação de bus; uma viagem de táxi (no caso pela Bolt), daqui para o centro da cidade fica em torno dos 6 Gel, menos de 2€.
O comboio de Tbilisi para Batumi é a forma mais rápida e cómoda, os bilhetes custam 25 GEL (na segunda classe), que são sensivelmente 7€; o comboio rápido demora 5h e 45 minutos (um de manhã, outro à tarde e pelo que li na época alta existe um terceiro), é moderno e confortável; tentem reservar com antecedência (sobretudo na época alta), eu deixei para o dia anterior e havia apenas na classe executiva, pelo que fui de bus, caso optem por esta opção, eu fui pela empresa metrobus este demora um pouco mais de 6h e meia e custa 36 GEL (um pelas 12:00h e outro perto da meia-noite). os bilhetes de comboio podem ser adquiridos com a app TKT.ge ou site oficial de comboios.
De batumi para Kutaisi, a melhor forma é de Marshrutka ( o comboio para aqui não é o mesmo que para Tbilisi, sendo mais lento e mais antigo), a viagem demora pouco mais de 3h e custa cerca de 15 GEL (menos de 5€), dentro da central de bus de Batumi perguntem pelos mini-bus que vão para Kutaisi, ficava na entrada do lado direito, mas nada está sinalizado.
Em Kutaisi, a estação de bus é a pouco mais de 3km do centro de Kutaisi, o bus para o centro é o bus nº1 mas a melhor forma é de táxi, que fica em torno dos 7 GEL, cerca de 2€.
Marshrutka, de batumi para Kutraisi
O aeroporto de Kutaisi, tem sido um enorme ponto de entrada na Geórgia, uma vez que acolhe várias rotas da companhia aérea low-cost húngara, Wizz Air; daqui partem várias ligações para cidades Europeias, Barcelona, Milão, Viena, Paris, Berlim, Roma, entre outras. O aeroporto fica a pouco mais de 25 km do centro da cidade, para chegar até aqui (para kutaisi), não há transporte público, um táxi custa em torno 20-25 GEL (cerca de 7€) e demora cerca de 25 minutos.
O aeroporto de Batumi fica a cerca de 7km do centro da cidade, um aeroporto relativamente recente e que foi renovado, tem crescido bastante e tem voos para a Turquia, Ucrânia, Israel, Azerbaijão entre outros, dado ser uma cidade costeira levará por certo a um aumento na procura desta cidade.
ALGUMAS DAS MELHORES ATRAÇÕES DA NATUREZA PELO MUNDO
Texto & Fotos de Mário Menezes
Dos mais de 50 países que visitei, as cidades e povoados, os museus foram momentos altos. As atrações da natureza também não deixaram de o ser, apesar de terem sido em número muito menor, sobretudo na Europa, o continente onde os museus mais importantes do Mundo predominam e também os monumentos que escreveram História, tudo o que os turistas procuram quando viajam de longe para o “Velho Continente”. Fora da Europa predominam as megacidades e as mega atrações da natureza.
Aqui segue uma lista das que visitei e que considero como as mais importantes.
Parte da fronteira natural entre o Canadá e os EUA, no lado Leste da América do Norte, é formada por um conjunto de grandes cataratas localizadas no Rio Niágara. É local que merece uma estada de vários dias, podendo visitar em ambos os lados, no entanto aquele que é tido como o mais grandioso é o Canadiano onde tive oportunidade de estar. Na cidade de “Niágara falls”, também conhecida como “Cidade dos namorados” dada a beleza envolvente. Com vários hotéis, restaurantes e casinos onde passar uns dias é certamente uma experiência inesquecível, de dia e de noite quando as cataratas são iluminadas, e até mesmo no Inverno em dias em que as suas águas congelam. Quando nos aproximamos do ponto de observação mais importante (segundo os Canadianos) onde o som das quedas de água chega a ser ensurdecedor, encontramos uma placa com o poema “Oda al Niágara”, escrito pelo poeta Cubano, José María Heredia, a quem aquela beleza da natureza foi fonte de inspiração para a sua alma.
O Canadá foi um país que me recebeu de braços abertos e além das Cataratas do Niágara jamais esqueço os brindes com “icewine” com ilustres Canadianos, amizades pelo Mundo fora que fiz ao longo da minha vida de viajante.
A Argentina foi o país onde as atrações da natureza mais me impressionaram. Quis o Destino que exatamente quatro anos após ter visitado as Cataratas do Niágara, visitasse as Cataratas de Iguazú. Tal como as outras, são parte da fronteira natural de dois países, Brasil, onde se chamam de “Iguaçu” e da Argentina onde se chamam de “Iguazú”. Do lado Argentino a vista para as cataratas é tida como mais grandiosa e a panorâmica é mais completa, o que não significa que do lado contrário não mereça uma visita, pois também é tido como grandioso. Infelizmente não o fiz pois, para visitar qualquer dos lados, é necessário um dia. Escolhi o lado Argentino e optei passar o outro dia no Paraguai que também foi bastante proveitoso.
Puerto Iguazú, a cidade fronteiriça onde confluem Argentina, Brasil e Paraguai é onde os turistas ficam alojados. Fica situada a 20 Km do Parque Nacional Iguazú, do qual as cataratas fazem parte. Visitar o Parque Nacional e observar as várias quedas de água, onde sobressai a Garganta do Diabo, com 150 m de largura e 80 m de altura, é passar um dia na selva, caminhando por quilómetros de passadiços e trilhos, vendo ao perto quatis, macacos, tucanos, borboletas, aranhas e serpentes. O calor e a humidade são elevadíssimos, o suor encharca a roupa e as tempestades tropicais, com trovoada e chuva torrencial são frequentes.
A História por aqueles lados foi escrita com sangue. O filme “A Missão” relata como Espanhóis e Portugueses, com o Marquês de Pombal a comandar um dos lados, dividiram entre si aquele território, expulsando os Índios Guarani e os missionários Jesuítas lá instalados. O que nós Europeus chamamos de Descobrimos, os Sul americanos chamam de extermínio e ocupação pelo que este tema que na Europa é abordado com regozijo e presunção, por aqueles lados deve ser abordado com cautela.
A beleza deste local é soberba, tendo a esposa de Roosevelt quando ali esteve, ter dito “poor Niágara!!!…
Cataratas de Iguazu – Parque Nacional Iguazú – Argentina
Cataratas de Iguazu- Argentina
Sítio das Três Fronteiras – Puerto Iguazú – Argentina
No Mundo há diversas fronteiras triplas e esta é uma das mais famosas e mais belas. No “Sítio das 3 Fronteiras”, em Puerto Iguazú, que pertence à província Argentina de Misiones, confluem Argentina, Brasil e Paraguai. É ali que o Rio Iguaçu desagua no Rio Paraná. Fica localizado a cerca de 20 Km do Parque Nacional Iguazú. O ponto exato onde os 3 países confluem fica no meio da água, sendo possível aceder ao mesmo através de passeios fluviais organizados. Da margem contrária fica a cidade Brasileira de Foz do Iguaçu, pertencente ao Estado do Paraná e do lado Paraguaio, atravessando o Rio Paraná, fica a região chamada de “Departamento do Alto Paraná”. Cada lado possui um marco fronteiriço pintado com as cores das respetivas nações e ambos merecem uma visita. O local onde se situa o marco do lado Paraguaio é o “parente pobre”, no entanto desde 2016 o local tem vindo a reunir condições para atrair visitantes e em breve ainda mais, com a abertura da Ponte da Integração Brasil-Paraguai. Localiza-se a cerca de 16 Km de Cidade del Este, uma cidade “dos duros” e um paraíso de compras e de contrabando. É o local mais procurado pelos visitantes do Paraguai.
Visitei somente o lado Argentino, pois para aceder ao lado Brasileiro é necessário apanhar um autocarro que nos leva até Foz do Iguaçu, pela Ponte Tancredo Neves, não sem antes ser necessário as formalidades fronteiriças e alfandegárias e depois para aceder ao local do marco fronteiriço é necessário transbordo.
Sítio das Três Fronteiras – Argentina
Sítio das Três Fronteiras – Argentina
Sítio das Três Fronteiras – Argentina
Deserto Patagónico – Argentina
Com uma área de aproximadamente 673 mil km2, trata-se do maior deserto Argentino e o sétimo maior deserto do Mundo. A área é habitat natural de diversos animais, nomeadamente a coruja-buraqueira, o guanaco, o tatu pigmeu, a puma, a raposa cinzenta patagónica ou a iguana do deserto e arbustos, onde se destaca o calafate, que segundo consta, quem provar as suas bagas pretas, um dia voltará! Quem visita a Argentina e segue para a Patagónia, chega ao Deserto Patagónico mal aterra em El Calafate e depara-se com um cenário digno dos filmes de cowboys.
Na Patagónia Argentina, a zona austral do país, na província de Santa Cruz, a cerca de 80 km de El Calafate, em pleno Deserto Patagónico, situam-se os Glaciares. Grandes e espessas massas de gelo formadas em camadas sucessivas de neve compactada e recristalizada, de várias épocas, em regiões onde a acumulação de neve é superior ao degelo. Os glaciares, que existem em vários países, constituem o maior reservatório de água doce do planeta.
O Glaciar Perito Moreno é mundialmente famoso. O nome homenageia Francisco Pascasio Moreno, cientista, um herói nacional, cujos seus estudos ajudaram a definir as fronteiras Chilena e Argentina pela via da paz. A sua superfície é igual à cidade de Buenos Aires, sendo possível observá-lo ao perto, desde os passadiços do Parque Nacional Perito Moreno ou dos barcos que percorrem o Lago Argentino, os seus 5 Km de comprimento por 60 m de altura. Uma estrutura natural, de cor branca e alguns tons de azul, que está em permanente mutação, com desprendimentos constantes que se podem ver e escutar, num cenário que nos transporta à Idade do gelo.
Para visitar o Parque Nacional Perito Moreno é necessário pagar entrada e dada a sua imensidão, só é possível em tour ou alugando um automóvel, sendo esta a solução mais económica para grupos.
Glaciar Perito Moreno – Parque Nacional Perito Moreno – Argentina
Ainda na Patagónia, mas na Grande Ilha da Terra do Fogo, chegamos literalmente ao fim do Mundo! A Terra é redonda, nós conhecemo-la pelos planisférios e a Terra do Fogo fica lá mesmo em baixo, quase fora do mapa. A ilha é metade Argentina e metade Chilena. Ushuaia é a sua capital, é considerada como a cidade mais austral do planeta e é ponto de partida para explorar a Antártida Argentina a bordo de cruzeiros e também várias ilhas do Canal Beagle que banha a cidade. A cerca de 12 km localiza-se o Parque Nacional da Terra do Fogo. Acessível de comboio, o “Tren del Fin del Mundo” mas não obrigatoriamente por este meio de transporte de preço exorbitante, pois a famosa estrada RN3 cujos seus 3.074 Km terminam no seu interior. O transporte ferroviário mais austral do Mundo, em que tempos transportava os prisioneiros do antigo Presídio de Ushuaia o trabalho na floresta, hoje transporta turistas, pelos 7Km que restam dessa linha. O Parque Nacional possui trilhos por onde se caminha, observando paisagens surpreendentes, rios, lagos e montanhas com neve no alto que nunca derrete.
A entrada no Parque Nacional da Terra do Fogo é paga, sendo recomendável visita-lo em tours organizados ou alugando uma viatura, apesar de existirem por lá carrinhas (é caro!!!!) que efetuam transportes de turistas entre vários pontos do seu interior, o que alivia um pouco das enormes caminhadas. Caso pretendam aceder de comboio, dada a enorme procura, convém reservar o bilhete com antecedência e o mesmo já inclui a entrada no parque.
Parque Nacional da Terra do Fogo – Ilha da Terra do Fogo – Argentina
Parque Nacional da Terra do Fogo – Ilha da Terra do Fogo – Argentina
Canal Beagle – Argentina
Quem visita Ushuaia, fazer um passeio de barco pelo Canal Beagle, a fronteira Marítima da Argentina com o Chile, é obrigatório. A experiência é encantadora, sendo possível observar ao perto diversas ilhas, que são habitat natural de pássaros, lobos marinhos, cormorões e pinguins, uma delas contém o Farol “Les Eclaireurs”, um dos mais importantes e fotografados do Mundo, e ao longe na Ilha Chilena de Navarino, Puerto Williams, o local habitado mais a sul do planeta. Em Puerto Williams residem cerca de 50 habitantes, logo não pode ser considerado como cidade, e para gáudio dos Argentinos, Ushuaia não deixará de ser considerada a cidade mais austral do Mundo, pois tem mais de 50 mil habitantes. A Argentina é um dos poucos países do Mundo onde é possível observar pinguins em estado selvagem. Existem passeios que permitem desembarcar na Ilha Martillo e percorrer os seus trilhos, convivendo de perto com estas aves curiosas e afáveis. No entanto, depende da coragem dos visitantes, primeiro em despender as verbas pedidas e depois em suportar o clima de verão austral, que mais parece o Inverno Europeu, viajando de barco pneumático por aquelas águas geladas e ventosas e depois caminhar pela ilha. A Argentina é um país maravilhoso, mas nada barato!
Canal Beagle – Ilha Martillo – Argentina
Canal Beagle – Argentina
Fiordes Chilenos – Patagónia Chilena – Chile
O Chile também é um país em que a natureza nos encanta. É um dos poucos países do Mundo em que existem fiordes. Fiordes definem-se como entradas de mar entre altas montanhas rochosas, originada por erosão causada pelo gelo de antigos glaciares. Para explorar os Fiordes Chilenos é necessário fazer um cruzeiro de vários dias, entre Puerto Natales, que se localiza na Província de Última Esperança que pertence à Região de Magalhães e Antártica Chilena e Puerto Montt na Região dos Lagos. Um cruzeiro a bordo de um cargueiro adaptado a hostel. A minha passagem por este país foi de apenas uma semana, no entanto consegui explorar um pouco, quiçá do mais importante, do muito que o Chile tem para oferecer. A Região dos Lagos consegui observar do alto quando voava para Santiago, quanto a Puerto Natales, é a porta de entrada para explorar a Patagónia Chilena, ou seja, toda esta região. A parte norte da Patagónia, o Deserto da Patagónia, a parte mais árida fica no território da Argentina, enquanto a parte sul, com florestas e fiordes, fica no Chile. A Cordilheira dos Andes que separa as duas Patagónias. Passeando por Puerto Natales, é possível observar alguns Fiordes Chilenos. Puerto Natales é banhada pelo Fiorde Última Esperança, nome que lhe foi atribuído pelo navegador Juan Ladrillero em 1557, porque sentiu que era nessa direção que era sua última chance de chegar ao Estreito de Magalhães.
O Parque Nacional Torres del Paine pode ser considerado a parte Chilena do Parque dos Glaciares, do lado da Argentina onde se situam os enormes bancos de gelo e o Glaciar Perito Moreno. As visitas a ambos se complementam, embora este seja por muitos considerado como o melhor parque nacional da América do Sul. É um local cheio de lagos de cor azul intensa, cataratas, riachos e o relevo agreste, onde se destacam os 3 penhascos assim chamados de Torres del Paine, o ex-libris da visita. A fauna e a flora também marcam presença, podendo mesmo observar-se bandos de avestruzes, condores andinos, flamingos, pica-pau de Magalhães, rebanhos de guanacos, uma espécie de camelo andino, e se tivermos sorte, um felino, pois de dia estão a dormir e é de noite que saem para caçar.
Uma enorme zona protegida, localizada a cerca de 80 Km de Puerto Natales, que só é possível visitar em tour, ou alugando um automóvel, à semelhança do seu congénere Argentino, sendo esta a solução mais económica para grupos. As entradas nos Parques Nacionais são pagas, mas aqui os estrangeiros pagam muitíssimo mais, o único contra- cerca de 33 Dólares, no entanto vale cada cêntimo pago!
A cerca de 25 Km de Puerto Natales existe um monumento natural constituído por cavernas habitadas em tempos por milodontes, animais já extintos, mamíferos com cerca 200 Kg de peso e 3 m de altura, que existiam naquela região do Mundo há mais de 10 mil anos. O percurso por trilhos pelo seu interior e a vista desde a entrada para o Fiorde Eberhard só por si justificam a visita.
Cueva del Milodón – Puerto Natales (arredores) – Chile
Cueva del Milodón – Puerto Natales (arredores) – Chile
Estreito de Magalhães – Punta Arenas – Chile
Punta Arenas é a capital e a maior cidade da Região de Magalhães e Antártica Chilena. Sendo banhada pelo Estreito de Magalhães é ponto de partida para explorar a Antártida Chilena a bordo de cruzeiros. À semelhança do Canal Beagle possui diversas ilhas com fauna e flora próprias, com destaque para a Ilha Magdalena onde existe uma colónia de pinguins.
É o Estreito de Magalhães que marca a vista do alto da cidade. Desde Cerro de la Cruz é possível observar um pequeno troço dos seus cerca de 600 km onde os Oceanos Atlântico e Pacífico se juntam.
Fernão de Magalhães, navegador Português foi o primeiro Europeu a navegar pelo estreito em 1520, durante sua viagem de circum-navegação, tendo ali entrado no dia 1 de novembro, daí ter sido inicialmente chamado de Estreito de Todos os Santos. Camões não se esqueceu deste local no fim do Mundo, sendo citado na sua obra “Os Lusíadas” como “estreito que mostrou o agravado lusitano”.
Estreito de Magalhães – Punta Arenas – Chile
Punta Arenas-Vista desde o Cerro de la Cruz para o Estreito de Magalhães-SUL
A “Duna 45 Sossusvlei” é a duna mais famosa do Mundo, encontra-se na Namíbia, país que ainda não visitei, no entanto, no Chile na área metropolitana de Valparaíso, a cerca de 4Km de Reñaca, famosa praia da estância balnear de Viña del Mar, junto ao Oceano Pacífico, que por aqueles lados é gelado e perigoso, a localidade de Concón é famosa também pelas suas dunas. Dos cerca de 50 ha de dunas que se estendem junto à costa, apenas cerca de 20 ha estão protegidos, pois o restante já foi invadido por prédios de apartamentos, ou não se trate de uma zona turística de veraneio. Em 1993 o local foi declarado como Santuário da natureza, mas já era tarde para travar os negócios imobiliários…
O local é oficialmente chamado de Campo dunar da Ponta de Concón. Estas dunas foram criadas há cerca de 25 milhões de anos por fatores climáticos e geográficos que hoje não podem ser reproduzidos. Apesar da sua localização ser costeira, a separá-las do Oceano existe um penhasco, o que as torna únicas.
É possível caminhar por elas e ir até ao cimo dos seus cerca de 30 metros, e também praticar desportos radicais como por exemplo o “sandboarding”. A vista sobre o Pacífico é deslumbrante, e no meu caso tornou o dia em que pela primeira vez me banhei no Oceano Pacífico, um dia ainda mais especial.
O Rio de Janeiro que visitei em 1999 certamente continua lindo. Além do Morro do Corcovado, onde o Cristo Redentor abraça a Cidade Maravilhosa, o Morro do Pão de Açúcar e o Morro da Urca são os outros locais mais visitados, sendo os cartões-postais desta cidade. O Morro da Urca é o mais baixo, sendo ambos acessíveis por teleférico. Lá do Morro do Pão de Açúcar, a vista para a Baía de Guanabara, Copacabana, Ipanema e Leblon, Botafogo e também para a cidade de Niterói marcam-nos para o resto da vida. São estes os motivos que tornaram o Rio de Janeiro como a cidade mais bonita que visitei.
Morro do Pão de Açucar e Morro da Urca – Rio de Janeiro – Brasil
Morro do Pão de Açucar e Morro da Urca – Rio de Janeiro – Brasil
Triângulo Dourado – Tailândia
No norte da Tailândia, a cerca de 70 Km de Chiang Rai confluem 3 países: Laos, Myanmar e Tailândia. Uma fronteira tripla famosa no Mundo inteiro, também pelos piores motivos. O local onde o Rio Ruak se encontra com o Rio Mekong, e como é óbvio a fronteira localiza-se no meio da água. Aquela paisagem é apenas uma pequena parte de uma região que possui cerca de 950.000Km² e engloba partes daqueles 3 países e também do Vietname. Uma das regiões onde a papoila dormideira abunda, tornando-a propícia ao fabrico de ópio, um produto que dá origem à morfina que tem inúmeros fins medicinais sobretudo no tratamento da dor. Da morfina produz-se a heroína, também chamada diamorfina. Um produto proibido em quase todo o Mundo e classificado como narcótico. No sudeste Asiático os crimes relacionados com os narcóticos são severamente punidos. Pena de morte e longas penas de prisão em condições insalubres. Posse, consumo e tráfico são considerados por estes lados crimes graves. No Norte da Tailândia existem permanentes controlos policiais nas estradas com vista a detetar o transporte deste estupefaciente. O Triângulo Dourado foi até ao início do Século XXI o maior produtor Mundial de heroína, sendo ultrapassado pelo Afeganistão, onde o tráfico financia grupos terroristas.
A visita ao Triângulo Dourado é um dos momentos altos de umas férias na Tailândia.
Triângulo Dourado – Tailândia
Triângulo Dourado – Tailândia
Maya Bay – Tailândia
A Tailândia é, não só, mas também um destino de praia. Maya Bay é provavelmente a mais famosa. Localizada numa das Ilhas “Phi Phi”, a de “Phi Phi Lee”
onde se acede de barco desde Phuket em tours organizados que nos levam a várias ilhas.
No filme “A Praia”, Leonardo Di Caprio, encara “Richard”, um Americano aventureiro com objetivo de fugir à rotina citadina, chega à Tailândia. Após um voo desgastante de muitas horas, exausto, e de mochila às costas, encontra uma pensão barata em Banguecoque, na Rua “Khosan”. Por aqueles lados encontra alguém que lhe mostra um mapa que localiza uma praia paradisíaca onde o Mundo pára. Juntamente com um casal Francês, viaja por terra e mar até ao Sul da Tailândia e acaba por dar de caras com este paraíso e com uma comunidade que lá vivia secretamente e de onde ninguém saia. No entanto, esse segredo acabara de ser revelado. O paraíso tornou-se numa prisão dourada de onde acontecesse o que acontecesse ninguém poderia sair vivo.
As filmagens ocorreram em Maya Bay. A produtora pretendia plantar 200 palmeiras para dar um lhe dar mais tropical. As organizações ambientalistas insurgiram-se contra este facto. Obteve autorização para plantar apenas 60, mas acabou por plantar 73. No final das filmagens tudo foi colocado como dantes e as palmeiras removidas.
Esse filme catapultou a Tailândia para a ribalta e essa praia que em tempos era um local de sossego, tornou-se um local de romaria. O excesso de turismo e as consequências nefastas para a natureza, determinou que as autoridades Tailandesas decidissem encerrá-la e assim se manteve durante 3 anos e meio para proteção da natureza e do ecossistema. Recentemente reabriu ao turismo. Ter tido a oportunidade de a visitar e de ali tomar um banho foi um dos momentos mais altos das minhas viagens.
Maya Bay – Tailândia
Maya Bay – Tailândia
Rio Ganges – Varanasi – Índia
O Rio Ganges é um dos principais rios do subcontinente Indiano, e um dos vinte maiores do Mundo em caudal. Tem um enorme simbolismo na cultura Indiana, atraindo milhões às suas margens. A História daquelas civilizações é indissociável do Rio Ganges. O rio é considerado sagrado pelos Hindus. Varanasi, que se localiza nas suas margens, é a cidade mais antiga do Mundo. É ali que os Hindus desejam morrer, cremados a céu aberto e com as cinzas jogadas no Rio Ganges. Muitos Hindus na fase terminal da vida deslocam-se a Varanasi para ali morrerem, serem cremados e as suas cinzas serem deitadas no Rio Ganges. Quem aprecia o tema das Religiões, talvez se sinta ali no paraíso. Quer queiramos quer não, sejamos ou não crentes, o tema Religião é cultural e também controverso. Facto é que são as religiões que atrasam o desenvolvimento das sociedades. E Varanasi com o seu Ganges é um exemplo vivo e atual!
O Rio Ganges é um rio carregado de excrementos, onde desaguam esgotos, inclusive a partir de um hospital que atende tuberculosos, assim como detritos de diversas fábricas. Também é recorrente por lá, aparecerem cadáveres humanos a boiar, pois segundo a religião Hindu, muitos deles não deverão ser cremados e devem ser assim jogados ao rio. Isso não impede os locais de beberem a sua água e se banharem por lá. E até alguns turistas bebem chá com água do Rio Ganges. Convencidos que por ser proveniente de um rio sagrado não faz mal, pelo contrário! E convencidos que a fervura torna aquela água própria para consumo. Sem mais comentários…
Em Varanasi é possível assistir à Cerimónia de adoração ao Ganges, um ritual de grande beleza cénica, que cada vez é mais comercial do que ancestral, assim como à Cerimónia do nascer do Sol no Ganges.
A Índia é um país com coisas interessantes, mas a “Incredible” não me convence.
Aqui fica o Rio Ganges, como atração da Natureza, mas sobretudo pelos valores que lhe são incutidos pelo Homem…
Rio Ganges – Varanasi – Índia
Rio Ganges – Varanasi – Índia
Rio Ganges – Varanasi – Cerimónia de adoração – Índia
Lagoa Azul – Ilha de Comino – Malta
Malta é um arquipélago, porém apenas 3 das suas ilhas são habitadas: Malta (a principal), a Ilha de Gozo e a Ilha de Comino. A Ilha de Comino é considerada uma reserva natural e é uma ilha “quase” deserta com cerca de 5 habitantes. Possui, no entanto, uma unidade hoteleira. Na sua paisagem agreste, que é possível percorrer caminhando pelos trilhos, sobressai a Lagoa Azul. Um local onde as águas do mar aparentam de facto serem de cor azul! A areia das praias em Malta é escura, daí que as águas do Mar Mediterrâneo por aqueles lados aparentam serem negras! Naquele local, as águas do mar são de facto mais claras, parecendo mesmo de cor azul turquesa! A praia da Lagoa Azul possui um areal minúsculo com rochas. Banhar-se nas águas mornas da Lagoa Azul é um dos objetivos de quem visita Malta. Naquelas águas já se banhou Brooke Shields em 1980 pois o filme “A Lagoa Azul” teve ali filmagens. Também Madonna, em 2002 ”Ao Sabor das Ondas”. “Troia” em 2004 e “O Conde de Monte Cristo” em 2002 foram outras obras cinematográficas que tornaram aquela pequena praia famosa em todo o Mundo.
Lagoa Azul – Ilha de Comino – Malta
Lagoa Azul – Ilha de Comino – Malta
Santorini – Grécia
A Grécia é o maior arquipélago da Europa. É um dos locais paradisíacos à face da terra. Atenas, a sua capital, apesar de grande, não necessita de muitos dias para ser visitada, mas para conhecer bem o país, é necessário fazer um cruzeiro de algumas semanas.
Santorini é talvez a ilha mais famosa e mais visitada de todas as Ilhas Gregas. Um dia em Santorini pode começar em Fira, desfrutando das vistas maravilhosas para o Mar Egeu, onde as águas azuis contrastam com as casas brancas do povoado, percorrendo os passadiços até ao Rochedo Skaros na zona Oeste. Ao perto vemos as Ilhas de Nea Kamen e de Thirassia. Ao final do dia, Oia, a Norte de Fira é o destino mais procurado, pois é o local em que o pôr-do-sol é considerado o mais bonito da Ilha.
Santorini não prima pelas praias, mas a praia Kamari, que fica a Este destaca-se pelo facto de ser bastante pitoresca, apesar da sua areia ser de origem vulcânica. Por lá pode ser visto um pequeno arco no extremo sul da praia que segundo a lenda, são os restos do santuário dedicado a Poseidon.
Santorini – Grécia
Santorini – Grécia
Santorini – Grécia
Lago Galvė-Trakai-Lituânia
A Lituânia é o maior dos países Bálticos e o que se localiza mais a sul. Visitar qualquer um deles é um prazer. No Inverno é uma experiência única, pois sendo países verdes, nessa altura tudo é branco. O Lago Galvè é um dos destinos turísticos mais famosos dos países Bálticos. Localizado a cerca de 30 Km da capital Vilnius, é famoso pelo seu Castelo Trakai, cartão postal da Lituânia. Erguido no século XIV utilizado pelo Grande Duque da Lituânia no início do século XV teve grande importância estratégica ao longo da História. Situa-se numa das 21 ilhas banhadas pelo Lago Galvè. Trakai também é o nome da cidade que faz parte do Parque Histórico Nacional de Trakai. De Verão é uma zona de picnics e atividades náuticas. De encontro de famílias também, pois engloba uma área verde enorme onde se respira ar puro. No Inverno também tem a sua beleza. Os lagos estão brancos e congelados, o que para um turista da Europa do Sul é algo raro.
Lago Galvė-Trakai-Lituânia
Castelo de Trakai
Jurmala – Letónia
Banquisa, no dicionário, diz que é água do mar congelada, que começa a formar-se aos -2°C. Uma palavra que entrará certamente na linguagem corrente de quem visite os Países Bálticos no Inverno. Jurmala, nos tempos da “Cortina de ferro” considerada a “Riviera Francesa da URSS”, é a estância balnear de excelência de Riga, capital Letã, distando desta cerca de 30Km e sendo acessível de comboio suburbano por um preço muito barato. Uma região verde, ou não seja a Letónia o país onde, em 1510 a primeira árvore de Natal foi decorada. Uma praia que se junta numa floresta, de onde sobressaem zonas urbanizadas com moradias de luxo, cada vez mais fruto de investimento de Russos abastados, etnia que constitui uma grande parte da população deste país. Majori é a praia mais central da Região. É também o nome da estação de comboio onde todos os turistas e locais descem para desfrutar de um belo dia de praia.
Quem visita o Norte da Europa não o faz certamente para passar umas férias na praia, mas Jurmala é um excelente passeio para quem visita Riga, em qualquer altura do ano. No Inverno é possível experimentar uma caminhada sobre as ondas do mar, em estado sólido, formadas mesmo à beirinha do areal gelado. Desfrutar da linha do horizonte, onde converge o branco do mar Báltico e o azul do céu é um momento inesquecível e que marcará para sempre um dia de praia “sui generis”.
A Abadia do Monte Saint-Michel localiza-se numa Ilha ao largo da Normandia que também é uma atração turística. A França vista do ar é verde e naquele local, além da ilha, pouco mais existe a não ser a natureza a perder de vista: o mar e a vasta zona rural das regiões da Normandia e da Bretanha. As suas marés altas são por si um fenómeno. A ilha encontra-se ligada ao continente por um istmo natural que ficava submerso quando a maré enchia. Recentemente foram levados a cabo vários trabalhos por forma a permitir a construção de uma ponte que permite aos visitantes o acesso à ilha por estrada e por um deck de madeira. Com a maré baixa, é possível efetuar passeios organizados com guias experientes e conhecedores da região, pelos seus terrenos pantanosos com areias movediças, sendo uma atividade com bastantes adeptos. Sozinho não é permitido pois é perigoso! Esse caminho até à ilha, chamado de “La traversée”, era percorrido pelos peregrinos há centenas de anos. Quando falamos na Abadia do Monte Saint-Michel associamos imediatamente a sua vista panorâmica sobre a ilha e sua envolvente, do alto dos seus 80 metros, até onde é possível subir. As vistas, para o Canal da Mancha, para as duas regiões, Normandia e Bretanha e para as areias movediças que cercam a ilha que podem ser observadas com a maré vazia, são soberbas. Lá do alto conseguimos observar várias pessoas caminhando por aquelas areias movediças em grupos organizados.
Ilha do Monte Saint-Michel
Ilha do Monte Saint-Michel
Lago de Como – Como – Itália
Como, nos arredores de Milão, é um local imperdível para quem visita a capital da Lombardia. Cercado pelos Alpes, o Lago de Como é o terceiro maior lago da Itália. A forma em Y invertido deste lago de origem glaciar é particular. A sua profundidade máxima de 410 metros torna-o como um dos lagos mais profundos da Europa. A região é famosa por ser residência de muitos abastados, como por exemplo George Clooney e José Mourinho quando treinava o Inter de Milão. É possível subir no funicular até Branate e daí observar a vista panorâmica que também alcança a Suíça.
O Lago de Como marca para sempre a minha vida pois visitei-o no dia em que pela primeira vez vi nevar.
De tantas cidades e países onde estive, só em Nápoles me senti inseguro. Quem viu os filmes Italianos no final dos anos 80 e início dos anos 90 “Mery per sempre” e “Ragazzi fuori”, e mais recentemente o filme e a série “Gomorra”, ao chegar à cidade sente que entrou nesses cenários e com as personagens incluídas. Viajar no comboio suburbano “Circumvesuviana” ao cair da noite, é uma experiência aterradora, ao nível da Linha de Sintra nos anos 90. O verdadeiro “comboio dos duros”!
Nápoles é uma cidade pitoresca mais bonita ao longe que ao perto. O Vesúvio domina a paisagem. Um vulcão, o único da Europa continental a ter entrado em erupção nos últimos cem anos, embora atualmente esteja adormecido. Localiza-se a cerca de 10 km do centro da cidade e também perto da costa. A base é acessível de comboio “Circumvesuviana” (fica o aviso) que segue para Pompeia. O Vesúvio é conhecido pela erupção no ano 79 que resultou na destruição das cidades Romanas de Pompeia e Herculano.
Encontra-se integrado no Parque Nacional do Vesúvio sendo possível subir por ele de teleférico e desfrutar da vista sobre a cidade e sobre a região de Campânia. São projetos que tenho para o futuro. Em 2008 na minha curta passagem por Nápoles limitei-me a ver ao longe este monstro da Natureza. Terei de ganhar coragem para conhecer melhor a “capital do Sul de Itália” e seus arredores, que são tidos como lindíssimos.
Vesúvio-Nápoles
Lago de Garda – Itália
Trata-se do maior lago do país ocupando uma área com cerca de 370 km² ao longo de três regiões: Lombardia, Veneto e Trentino-Alto Adige. Contém 5 ilhas, e diversas localidades nas suas margens, que totalizam cerca de 155 Km, sendo Sirmione e Peschiera del Garda duas das mais visitadas. Visitei-o fazendo um “stopover” nesta última, na viagem de comboio de Milão para Verona, mas o Lago de Garda justifica lá passar um dia inteiro, podendo efetuar-se cruzeiros pelo mesmo.
Alguém já se deu ao trabalho de os contar, e no Mundo existem 134 fronteiras triplas. Esta foi uma das 3 que visitei e também foi a primeira. O local não tem a beleza natural das outras que já mencionei, mas não deixa de ser um local de romaria em Basileia. Dreiländereck assim chamado em Alemão, a língua oficial falada naquela parte da Suíça, é o nome do monumento colocado junto ao Rio Reno, que marca a junção dos 3 países: Alemanha, França e Suíça, apesar desse ponto exato onde eles se juntam, ser no meio da água, à semelhança das outras fronteiras triplas que visitei.
É normal no Verão, os amantes da natureza ali fazerem piqueniques e sentarem-se à beira do rio para apreciarem a vista tranquila e a passagem do tráfego fluvial que é bastante intenso pois trata-se de um ponto de trânsito estratégico de muitas trocas comerciais de matérias-primas.
Estando em Basileia, é possível fazer um passeio a pé e visitar 3 países em pouco tempo. Caminhando cerca de 2 km desde o Dreiländerec, passamos a fronteira de “Weil am Rhein Grenze” para a Alemanha e depois caminhando mais 500 m cruzamos a Ponte dos Três Países e chegamos a França!
O Dreiländereck é um símbolo geográfico e um monumento pela paz pelo que nunca é demais referir numa altura como esta…
Dreiländereck-Basileia-Suiça
Monte Fuji – Japão
O Japão além das megacidades e da sua tecnologia ultramoderna é também um destino de férias no meio da natureza e de viagens do tipo aventura. É possível organizar uma viagem de várias semanas ao Japão, longe das suas áreas urbanas. O Monte Fuji, é o maior símbolo do Japão, é um vulcão inativo, e a montanha mais alta do país com os seus 3776 m. Uma das religiões dominantes no Japão é a do Xintoísmo que atribui a elementos da natureza forças místicas, daí o Monte Fuji ser considerado por aquele povo, como um lugar sagrado, onde residem os espíritos mais antigos. O seu topo é coberto de neve, praticamente todo o ano.
Os visitantes em geral visitam o Monte Fuji desde Tóquio que se localiza a cerca de 130 Km. Existem 10 estações visitáveis, que o dividem. Os tours que transportam turistas, não vão além da 5ª estação (2300 metros de altitude) e no meu caso não foi além da 4ª. Para subir mais alto, somente em trekkings organizados, que demoram várias horas durante alguns dias, e existem somente no período de Verão quando não existe neve no topo. É necessário equipamento especial e boa condição física para um desafio destes. Em qualquer das estações, dos seus observatórios, a paisagem a perder de vista, da zona do Parque Nacional Fuji-Hakone impressiona e tirar fotos com ele também é tradição.
O Monte Fuji é visível ao longe, tanto em Tóquio como quando viajamos no “Shinkansen” a caminho de outros destinos mais longínquos.
Monte Fuji – Japão
Monte Fuji – Japão
Hakone – Japão
Hakone é uma cidade montanhosa que, regra geral, é visitada no mesmo tour desde Tóquio, de um dia, ao Monte Fuji. No tour que fiz, foi o programa da parte da tarde. É um local famoso pelos seus lagos, suas montanhas, seus locais termais e pelas vistas que proporciona sobre o Monte Fuji. É possível navegar e efetuar passeios pelo Lago Ashi e subir no teleférico até Komagatake. Lá do alto é um prazer desfrutar das vistas sobre o Lago Ashi, e também sobre o Oceano Pacífico já na linha do horizonte.
Esta região do Parque Nacional Fuji-Hakone que engloba Hakone e o Monte Fuji merece uma estada de alguns dias para desfrutar ao máximo do que tem para nos oferecer e sobretudo para nos carregarmos de bem-estar e de energia positiva. E foi essa energia positiva que trouxe da natureza Nipónica que me proporcionou um dia de aniversário memorável a viajar por estes lados.
Hakone – Lago Ashi – Japão
Hakone – Lago Ashi – Japão
Floresta de bambu de Arashiyama – Quioto – Japão
Quioto por estar tão integrada na natureza e pelos seus templos, é talvez a cidade mais bonita do Japão. Muitas cidades pelo Mundo fora recriam o “Jardim Japonês” mas depois de visitarmos Quioto, qualquer Jardim Japonês é apenas mais um jardim.
Arashiyama é um nome indissociável de Quioto. Localizado a cerca de 30 minutos do centro da cidade, é um bairro assim chamado e que deve esse nome à montanha onde subimos e desfrutamos da vista panorâmica sobre a cidade.
A sua Floresta de bambu é famosa em todo o Mundo. A mesma ocupa uma área de 16 km² e é um dos ambientes naturais mais bonitos de todo o Japão, não só pela sua beleza cénica, mas também por devido ao som que o vento produz quando sopra através do seu denso bambuzal, estando por isso incluída pelo Ministério do Meio Ambiente na lista sua lista das “100 paisagens sonoras do Japão”. Ouvir os sons da natureza, é tipo dos Japoneses, inclusivamente vendem-se nas lojas CD´s com várias horas desses sons, apesar de nos tempos atuais estarem à distância de um click numa plataforma Youtube ou Spotify. Os sons da natureza também são utilizados em toques de smartphones ou até emitidos pelas colunas sonoras, quando carregamos no botão “privacy” das washlets ultramodernas que equipam os WCs. “Only in Japan” um slogan tão bem entendido por quem lá esteve!
Além da Floresta de bambu, Arashiyama também é famosa pelos seus simpáticos macacos de raça Japonesa, também conhecidos por macacos de neve, que vivem no parque Iwatayama e pelo seu complexo de jardins (Japoneses, pois claro!!!) onde se situa o Templo Tenryuji o mais importante do bairro.
Sapporo é a capital da Ilha de Hokkaido. Anualmente milhares de viajantes são atraídos à cidade para presenciar o “Snow fest” um festival de estátuas de neve e de gelo que decoram as suas maiores ruas e fazem as delícias de miúdos e graúdos. Hokkaido é muito mais que Sapporo, sendo considerada a “Suíça do Japão”, apesar da sua área ser o dobro dessa Confederação Helvética. Uma das mecas dos desportos de Inverno, tendo Sapporo sido sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1972.
O Monte Moiwa, com 531 m de altura, onde se acede de teleférico, oferece uma vista panorâmica da cidade de Sapporo, da Baía de Ishikari no Mar do Japão, que separa o Japão da Rússia, e das montanhas ao redor, isto tudo, como é óbvio num dia céu limpo. Querer “o sol na eira e a chuva no nabal” é literalmente o desejo de um viajante que esteja por Sapporo em visita ao Festival da neve. A vista do Monte Moiwa será de neve e branca até ao horizonte, mas isso não deixa de tornar o local extraordinário e de visita obrigatória. O cume do monte é o lar da personagem e famosa (pelo Japão…) mascote “Mo-risu” que provavelmente já o encontramos em neve ou em gelo no meio do festival.
Na língua nativa dos indígenas Ainu, o nome original era “Inkarushibe”, que significa “o lugar onde nós sempre subimos e de lá observamos”. A montanha é composta por uma floresta, a primeira floresta de Hokkaido a ser declarada monumento natural, e abriga espécies únicas, como o abeto Ezo e as tílias Moiwa.
Monte Moiwa – Sapporo – Japão
Monte Moiwa – Sapporo – Japão
Mount Moiwa, vista para a cidade ao início da subida no teleférico
Ilha de Miyajima – Japão
Numa altura em que o desejo de paz para o Mundo é uma constante seria imperdoável não incluir a Ilha de Miyajima. É visitada em conjunto com Hiroshima sendo acessível a partir desta de comboio suburbano e depois de ferry boat. Seu nome original é “Itsukoshima” que significa “onde Deus reside”.
A Ilha de Miyajima é um local considerado sagrado pelos Nipónicos. Um local de culto da religião do Xintoísmo, onde parece que a paz paira no ar. Percorrendo todos os locais e templos, com a companhia dos Cervos, animais sagrados tidos como mensageiros dos Deuses dessa religião. Estes simpáticos animais circulam livremente pela ilha, onde a natureza e os templos religiosos coabitam em perfeita harmonia. Sobressai ao longe a Porta Tori, símbolo da religião do Xintoísmo, mais famosa do Japão, porque fica já dentro do mar. Mesmo com a explosão da bomba atómica em Hiroshima, que fica a poucos quilómetros, os templos da Ilha de Miyajima não foram destruídos. Os japoneses acreditam que foram os Deuses que a protegeram.
Visitar Hiroshima deixa-nos um profundo apelo à paz, e é o complemento mais que perfeito, é visitar a Ilha de Miyajima.
A poucos quilómetros da, turisticamente, mais importante cidade Polaca, as minas de sal mais antigas do Mundo. Declaradas como Património da Humanidade pela UNESCO em 1978. Foram exploradas ininterruptamente desde o século XIII até aos nossos dias.
As minas, famosas pela “Catedral subterrânea de sal da Polónia”, encontram-se a 327 metros de profundidade e possuem centenas de quilómetros de galerias, ao longo das quais há câmaras e capelas com lindas figuras esculpidas que ilustram a história da Exploração mineira do sal.
As visitas ao seu interior são guiadas, e incluem o passeio através de 3,5 Km de galerias, mostrando 22 câmaras com lagos subterrâneos, antigas ferramentas e máquinas e diferentes esculturas e baixos-relevos feitos por mineiros com blocos de sal.
O momento alto é a visita à Capela de Santa Cunegunda da Polónia (Święta Kinga) , uma impressionante sala de 54 metros de comprimento que conta com uma bela decoração feita simplesmente à base de sal. Ali o visitante era recebido com música e efeitos de luzes. A estátua do Papa João Paulo II e a da Última Ceia também sobressaem.
Visitas turísticas a minas, também existem em Portugal, em Loulé por exemplo, mas, falo por mim, depois de ter visitado as minas Polacas não visitarei as minas Algarvias pois os preços de entrada são exorbitantes.
Quem visitava a Jugoslávia procurava sobretudo maravilhas da natureza: praias e parques nacionais. Elas continuam a existir, porém encontram-se agora em vários países, que outrora foram antigas repúblicas Jugoslavas! A Eslovénia foi uma delas. Hoje é um pequeno país, mas com uma beleza natural ímpar, sendo necessários vários dias para o explorar!
Este lago, localizado no município de Bled, a cerca de 60 Km da capital, Liubliana, é uma das suas imagens de marca e um dos seus destinos turísticos mais concorridos. Trata-se de um lago, de origem glaciar, rodeado pelos Alpes Julianos, que contêm o Monte Triglav, visível desde as suas margens. O Monte Triglav é o ponto mais alto da Eslovénia, com 2864 m, encontrando-se desenhado na sua bandeira nacional.
O Lago Bled possui cerca de 2,1 Km de comprimento, 1,4 Km de largura, 6 Km de margens, e 30 m de profundidade máxima. Emerge nas suas águas cristalinas, a Ilha de Bled com vários edifícios, sendo a Igreja de Peregrinação dedicada à Assunção de Maria construída perto do final do século XVII, o principal. Ali não é permitida a navegação a embarcações motorizadas, pelo que os típicos barcos a remos, chamados de “pletnas” são utilizados para transporte. Nas suas margens, lá no alto, existe o Castelo de Bled, o castelo mais antigo da Eslovénia, que proporciona as melhores vistas sobre todo este local místico que transmite magia. A visita ficará completa se provarmos um copo de vinho Esloveno que se pode adquirir numa loja (adega) dentro do castelo, e também os famosos bolos “Kremna rezina” que se vendem em quase todos os cafés e restaurantes das imediações.
A visita superou as expetativas que eram altíssimas, daí ter posto o nome de Bled ao meu gatinho, que adotei semanas antes de viajar. Espero um dia voltar, mas no Inverno, e contemplar a paisagem coberta de um manto branco.
Postojna é uma pequena cidade localizada entre Liubliana e a fronteira com a Itália, em direção a Trieste, distando cerca de 50 Km de ambas. Alberga a maior gruta visitável da Europa. Aberta ao público desde 1818, possui cerca de 20 km de galerias, dos quais, cerca de 5 Km são visitados num tour normal. O acesso ao interior da gruta é feito de comboio elétrico, que percorre uma ferrovia com cerca de 3,5 Km. A visita, que dura cerca de uma hora, segue posteriormente em passo acelerado ao longo de cerca de 1,5 Km pelas suas galerias iluminadas, terminando num hall, que possui capacidade para albergar cerca de 10 mil pessoas. Esta ala, possui uma acústica excelente, sendo por diversas vezes utilizada para eventos musicais, onde atuam orquestras sinfónicas, tenores e solistas famosos. Além das estalactites e estalagmites que se podem observar, sabendo que foram esculpidas gota a gota durante milhares de anos, a gruta é habitat natural de diversas espécies, sendo o proteus, também conhecido como “bebé do dragão”, o mais famoso!
Liubliana, Lago Bled e a Gruta de Postojna são os principais pontos turísticos da Eslovénia. Tudo locais encantadores, no entanto neste último sentirão que o turismo de massas, com tendência a crescer exponencialmente, está a impedir que consigamos desfrutar desta maravilha da natureza, onde a entrada é chorudamente paga, conforme desejaríamos.
A Croácia é famosa pelos seus Parques Nacionais (PN), já no tempo da Jugoslávia muitos estrangeiros os visitavam. Ao todo são 8 os PN, sendo o Parque Nacional dos Lagos Plitvice (PNLP) o maior e considerado o mais importante e também aquele que há mais tempo é classificado como PN. Situado no interior do país, a cerca de 150km da capital Zagreb, é muitas vezes visitado num “bate volta” desde aí. Porém, caso a nossa intenção for efetuar uma viagem pela Croácia, entre Zagreb e o litoral (Split ou Dubrovnik), recomendo ficar alojado em Korenica(*), pequena vila distando cerca de 16 Km de uma das duas entradas. Dada a sua enorme dimensão, cerca de 300 km², existem vários percursos possíveis de fazer pelo seu interior, sendo o principal e mais comum, com cerca de 4 Km, caminhando pelos seus passadiços, utilizando as ligações de barco entre vários pontos, une as duas entradas do PNLP. Nesse percurso, fazemos nos dois sentidos, necessitamos de pelo menos 6 horas, portanto um dia completo no PN, podemos observar diversas quedas de água, em forma de cascata e lagos de cor azul e verde. O parque possui 16 lagos, 12 superiores e 4 inferiores, com diversas tonalidades, conectados por cascatas de vários tamanhos. A água provém do Korana.
(*) Alojamento económico, sugiro o “Falling Lakes Hostel” em Korenica. O hostel dispõe de serviço de transfer para o PNLP com saída às 8h e regresso às 16h, e proporciona atividades de “hijing”, onde destaco o passeio de 2,5h ao pôr do sol, que é possível fazer após o regresso. Interessante que a rececionista era Portuguesa pelo que serão muito bem acolhidos!
O segundo Parque Nacional mais importante do país é famoso pelas suas cataratas. Estamos na Europa, o continente que prima mais pela História, museus, monumentos e palácios, nem tanto pelas maravilhas da natureza. Após visitar os PN na Argentina e Chile, senti que estava perante uma réplica das Cataratas de Iguazu, mas não deixou de ser um dia muito bem passado, ainda mais prazeroso que o da visita ao PNLP. Situado nas proximidades de Skradin, a menos de 100 Km de qualquer cidade costeira, nomeadamente Split ou Zadar, pelo que é possível visitar num bate volta desde uma delas. Porém, caso a nossa intenção for efetuar uma viagem pela Croácia, entre Zagreb e o litoral (Split ou Dubrovnik), recomendo ficar alojado em Skradin (*), uma pequena cidade nas margens do rio Krka, turisticamente muito interessante. De Skradin, o acesso ao interior do Parque Nacional de Krka (PNK) é feito de barco. A área do PNK, é cerca de 109 km², portanto, muito inferior à do PNLP, sendo tudo mais concentrado num espaço menor. O percurso pelos passadiços é circular e mede cerca de 3 Km. Necessitamos de 3 horas para o explorar e é possível fazer no final um passeio de barco à Ilha de Visovac, localizada no Lago Visovac que alberga um famoso mosteiro Franciscano.
O PNK é famoso pelas suas quedas de água, sendo a Skradinski buk a mais importante de todas, que resulta da junção das águas dos rios Krka e Čikola.
(*) Recomendo ficar no Hotel Skradinski Buk, com excelente serviço e uma excelente relação preço/qualidade.
Parque Nacional de Krka – Croácia
Parque Nacional de Krka – Croácia
Parque Nacional de Krka – Croácia
Terras Altas (Highlands) e Lago Ness – Escócia
O Norte da Europa é caraterizado por paisagens verdejantes, de povoamento deserto e a perder de vista. As Terras Altas da Escócia (Highlands) não fogem à regra. Montanhas, planícies e lagos, o clima característico com céu nublado e queda de chuva miudinha são uma constante. Diversos castelos fazem parte do mapa e por esses lados foram rodados alguns filmes e séries, “The Braveheart” e “Outlander” são exemplos. A região cuja capital é Inverness, foi até ao século XVIII um sistema feudal de famílias, conhecidos por clãs escoceses. Até ao século XIX possuía grande concentração de habitantes, no entanto o aparecimento da Revolução Industrial causou a migração massiva para áreas urbanas, hoje a densidade populacional é de 8 pessoas por quilómetro quadrado. Para explorar a região são necessários alguns dias, no entanto a maior parte dos turistas que visitam a Escócia, visitam as Terras Altas em tours de um dia desde Edimburgo ou Glasgow, as maiores cidades. Foi o meu caso, e julgo que foi suficiente para ter uma panorâmica bastante razoável da região.
A principal atração é o Lago Ness, um lago com cor escura, por esse facto conhecido como Lagoa Negra, de enorme profundidade, o ponto máximo encontra-se a 230 metros. Não sendo propriamente um lago bonito como por exemplo o Lago Bled na Eslovénia, a visita vale pela sua mística. Consta-se que por lá habitou um ser cripto zoológico conhecido como Monstro do Lago Ness, carinhosamente chamado de “Nessie”, já explorado por Hollywood, um filme 1954 de terror a preto e branco, por cá chamado “O Monstro da Lagoa Negra”. Este filme serviu para o Estado Português, através da sua televisão estatal, a RTP, em 1985 fazer a maior fraude de sempre aos seus telespectadores, com a venda de óculos 3D que não passavam de uns óculos de cartolina e papel celofane de duas cores. Iria ser uma experiência única de cinema em 3 dimensões, mas acabou por ser um enorme fiasco.
Quanto ao monstro, segundo os Escoceses, conseguem vê-lo no lago, mas primeiro bebam uma garrafa de whisky!
Terras Altas – Lago Ness – Escócia
Terras Altas – Lago Ness – Escócia
Terras Altas – Lago Ness – Escócia
Terras Altas – Escócia
Terras Altas – Escócia
Terras Altas – Escócia
Fiordes – Noruega
A Noruega destaca-se por ser um destino de exploração da natureza. Na língua norueguesa todos conhecemos a palavra “fjord”. Ela foi adotada no mundo inteiro para descrever essa maravilha da natureza. Se mais dias passasse na Noruega, a lista das melhores atrações da natureza pelo mundo, iria aumentar. A base da maior parte das atrações da natureza do país são os fiordes e a sua envolvente. Na Noruega existem mais de mil fiordes, pelo que neste texto apenas refiro os que visitei ou pude observar de perto ou ao longe. Era Junho e a companhia do Sol da meia noite não me faltou, um dia quem sabe se voltarei para estas latitudes, no Inverno, para ver auroras boreais.
Qualquer visita a este país, mesmo que se cinja à sua “feíssima capital”, sim, Oslo é mesmo o parente pobre, inclui a passagem ou observação de fiordes. A cidade de Oslo encontra-se num deles, o Oslofjorden, sendo o mesmo retratado pelo pintor Edvard Munch na sua mais famosa obra “O grito”. Trondheim idem para o Trondheimsfjorden. Tromso localiza-se numa ilha, a Tromsøya dentro de outro fiorde, mas Balsfjorden e Malangsfjorden são os fiordes mais importantes nas suas proximidades. Sydspissen, é ponto o extremo oeste de Tromsøya que proporciona belíssimas vistas para toda a envolvente natural dos fiordes circundantes, sendo juntamente com o Lago Prestvannet, os locais prediletos para observar o Sol da meia noite, obviamente condicionado à existência de céu limpo. A meio da Ponte Sandnessund também é possível observar o Sol da meia noite!
Cruzeiro pelos fiordes entre Bergen e Flam, Noruega
Cruzeiro pelos fiordes entre Bergen e Flam, Noruega
Cruzeiro pelos fiordes entre Bergen e Flam, Noruega
Cruzeiro pelos fiordes entre Bergen e Flam, Noruega
Fiorde de Oslo, Noruega
As cidades de Bergen e de Stavanger são pontos de partida para explorar muitos fiordes, fazendo cruzeiros ou utilizando por via marítima carreiras regulares. Destaca-se o Sognefjord situado no caminho entre Bergen e Flam. Trata-se do fiorde mais profundo (1,308 m) e mais comprido (205 Km) do país. Seguindo por via marítima de Bergen para Stavanger, passamos junto do Hardangerfjorden.
Navegar por um fiorde é ler um poema a três dimensões, é ser atingido por uma seta do cupido. Aqueles cenários possuem uma mística e uma magia que é impossível descrever por palavras, só mesmo vivendo na primeira pessoa os acontecimentos, podemos ter ideia da grandiosidade do local. Tudo transcendeu as minhas expectativas!
Trømso, meia noite no Lago Lago Prestvannet
Trømso, sol da meia noite visto da Ponte Sandnessund
Trømso, Sydspissen, Noruega
Monte Fløyen e Monte Ulriken (Bergen) – Noruega
Bergen bem como toda a sua envolvente natural pode ser observada do alto destas duas montanhas. É possível aceder ao cimo das mesmas caminhando por trilhos. Fløyen é a mais próxima do centro da cidade, o seu ponto de observação fica a 400 m fazendo uma escalada durante cerca de uma hora. Para subir a Ulriken teremos de nos deslocar a Montana, a 5 Km do centro da cidade, local servido por autocarros de carreira regular, e daí aceder ao seu ponto de observação localizado a 643 m fazendo uma escalada com cerca de 1 hora e meia que inclui a subida de 1.333 degraus. Para subir a Fløyen, podemos fazê-lo de funicular, e a Ulriken de teleférico, no entanto os preços destes meios de transporte são bastante elevados, as escaladas proporcionam lindas vistas e existem muitos turistas a fazê-las. Os pontos de observação dos montes Floyen e Ulriken, complementam-se e são ambos de visita obrigatória. Estão ligados por trilhos, uma caminhada com cerca de cerca de 14 km. Dizem que fazê-la no Verão ao pôr do sol (que é quase à meia-noite) é uma experiência memorável.
Bergen e a sua envolvente vistas do Monte Ulriken, Noruega
Bergen e a sua envolvente vistas do Monte Fløyen, Noruega
Bergen e a sua envolvente vistas do Monte Fløyen, Noruega
Bergen e a sua envolvente vistas do Monte Ulriken, Noruega
Bergen e a sua envolvente vistas do Monte Ulriken, Noruega
Bergen e a sua envolvente vistas do Monte Ulriken, Noruega
Montanha Storsteinen – Tromsø – Noruega
Tromsø fica localizada na ilha de Tromsøya, separada pela Ponte Sandnessund, e toda a sua envolvente natural pode ser observada do alto desta montanha, na plataforma de observação a 421 m. É possível aceder ao cimo da mesma caminhando cerca de 1 hora e meia por trilhos, alguns deles mesmo em junho ainda contêm neve. O início da subida para a montanha começa nas ruas junto à Catedral do Ártico, onde chegamos após caminharmos 2 Km desde o centro da cidade, atravessando a Ponte Sandnessund. Daqui desenvolve-se depois para um caminho de montanha, com cerca de 1300 degraus. Existe um teleférico que efetua o percurso, no entanto o preço é bastante elevado, a escalada proporciona lindas vistas e existem muitos turistas a fazê-la.
Fiorde de Tromso, visto desde o alto da Montanha Storsteinen, Noruega
Fiorde de Trondheim, Noruega
Preikestolen, visto em navegação pelo Lysefjord, Noruega
Cascata Kjosfossen – Aurland – Noruega
Localizada junto da Flåmsbana uma das linhas de comboio mais pitorescas do mundo, que liga Flåm a Myrdal, trata-se de uma cascata com cerca de 225 metros, sendo a sua energia em parte aproveitada para alimentar essa ferrovia. Recebe anualmente quase 900.000 visitantes, o que a torna num dos locais mais visitados da Noruega. A foto que tirei com a queda de água fazendo efeito de arco-íris foi das mais bem conseguidas da viagem.
Cascata Kjosfossen, Aurland, Noruega
Preikestolen – Noruega
Preikestolen cujo nome em língua norueguesa se traduz por “púlpito do pregador ou “púlpito de rocha” é uma falésia com de 604 m de altura sobre o Lysefjord, assim chamado pois o seu nome significa “fiorde da luz”, devido ao granito que lhe dá cor. O ponto de partida para o explorar é acessível por via rodoviária desde Stavanger, distando desta cerca de 40 km, atravessando o Túnel Ryfylke, com 14 Km e a cerca de 300 m abaixo do fundo do mar. Desde o ponto de partida é necessário caminhar 4 Km pelos trilhos da montanha, o que dura aproximadamente 2 horas, mas é um passeio maravilhoso podendo observar-se diversas cascatas e o lago Tjødnane onde é possível nadar.
Navegando pelo Lysefjord, podemos observá-lo desde a sua base, no entanto é do seu alto que as vistas são de cortar a respiração, daí já ter sido considerado como o melhor miradouro do mundo.
Preikestolen, é talvez o mais importante e icónico púlpito da Noruega, felizmente que é o mais fácil de aceder. Para aceder a Trolltunga serão necessárias entre 8 e 12 horas de caminhada e a Kjerag entre 6 a 10 horas.
A Geórgia é um destino que embora não seja muito popular para a maioria das pessoas, é sem dúvida um destino que para muitos apaixonados por viagens faz parte da sua lista de desejos, um destino com muito para descobrir, neste país no Cáucaso.
O país em si tem muito para ver e conhecer, com várias cidades descobrir, penso inclusive que essa é a verdadeira magia da Geórgia, não nos limitarmos só a uma cidade, explorando este país com muito para oferecer, ou por exemplo descobrir a Geórgia juntamente com a Arménia e/ou o Azerbaijão, chegando assim até ao mar Cáspio.
As cidades para conhecer são bastantes embora algumas se destaquem mais, muitas podem ser alcançadas em tours desde a sua capital Tbilisi, outras mais junto ao lado do mar negro, onde temos a segunda maior cidade, Batumi e a terceira maior Kutaisi; eu estive nestas três maiores cidades (no próximo artigo falarei de Batumi e Kutaisi).
Algumas das cidades de maior destaque além da capital, de Batumi e Kutaisi, que podemos ainda conhecer neste país perdido entre o mar negro e as montanhas do Cáucaso (na chamada a Eurásia), são: Borjomi (cidade termal, muito verdejante, onde é captada a água mineral com o mesmo nome e que é um dos produtos mais exportados da Geórgia); Gori (cidade onde nasceu Josef Stalin onde fica também o seu museu); Saveti e Mestia (duas cidades no meio das montanhas do Cáucaso, ideal para o contacto com a natureza); Kakheti (a cidade que é conhecida como o berço da vitivinicultura, pois a Geórgia reclama para si ter começado a produção de vinho) e Mtskheta (uma das cidades mais antigas do país, tendo sido já a sua capital, é também património da UNESCO e tem a ainda a beleza de juntar a confluência de dois rios).
Tbilisi
teleférico, Junto á fortaleza, Tbilisi
Fortaleza Narikala nohorizonte,Tbilisi
liberty square, Tbilisi
Em 2020 abriu uma rota da Ryanair para a capital Tbilisi, rota esta que teve vários cancelamentos devido à pandemia e até agora não voltou a surgir; a alternativa mais fácil e barata é o aeroporto de Kutaisi, uma das bases da companhia aérea Wizz Air, que oferece voos a bons preços para várias cidades europeias como: Barcelona, Milão, Vienna, Paris, Berlim, Roma, entre outras; o aeroporto é moderno embora não muito grande, tem ligação entre os voos com serviço de Bus para Tbilisi e Batumi.
Eu fui de Barcelona, pois a facilidade e preço desde Portugal para aqui é muito em conta, Milão também é uma boa alternativa, façam a conjugação dos voos. Chegando ao aeroporto de Kutaisi, temos um bus (duas operadoras) que vai demorar cerca de 4 h até a Tbilisi.
rio junto aos banhos, Tbilisi
centro histórico Tbilisi
Tbilisi é uma cidade apaixonante, com uma harmonia de antigo e histórico com a irreverência e modernidade, gosto deste género de cidades em que o contraste se nota na paisagem, com um corte do antigo com a modernidade. O rio Kura, rio este que eleva a beleza da cidade e onde podemos também fazer uma bela viagem de barco e contemplar Tbilisi e as sua encostas no ponto mais baixo da cidade; é aqui junto ao rio, que temos uma presença de maior concentração destas construções vanguardistas, começando logo por aquela que é a sua foto postal, a Ponte da paz, uma ponte pedonal em estrutura metálica toda revestida em vidro, projetada pelo arquiteto italiano Michele de Lucchi e que foi terminada em 2010, esta ponte além da sua beleza e a sua arquitetura singular, ganha uma beleza soberba de noite quando se ilumina com os seus inúmeros led´s.
Numa das extremidades da ponte da paz, temos o Rike park, neste bonito espaço verde temos o Air balloon, onde podemos fazer voos panorâmicos na cidade, o voo demora cerca de 15 minutos, custa 35 GEL (cerca de 10€); neste parque fica também um edifício vanguardista e de design arrojado, é o centro de exposições e teatro musical “studio Massimiliano & fuksas”, uma espécie de dois tubos em estrutura metálica e vidro, têm realmente uma arquitetura fora de série, e de uma beleza fantástica, no alinhamento da sala de exposições e teatro musical, mais acima, na parte mais elevada fica um outro edifício imponente, o Palácio Presidencial.
I love tbilisi
o palácio da rainha Darejan Dadiani , Tbilisi
Igreja Kasheveti de S. George, na avenida Rustaveli, Tbilisi
basílica Anchiskhati, Tbilisi
centro histórico Tbilisi
Temos ainda neste extremo do parque uma escadaria que sobe até a outra parte mais elevada da cidade, onde temos um miradouro, com uma vista privilegiada para a parte antiga da cidade, com o destaque no topo para a fortaleza Narikala e a imponente estátua da Mãe Georgia. Junto às margens do rio Kura, destaque ainda para mais dois edifícios de arquitetura moderna, a casa do ministério da justiça, que é um enorme edifício que concentra também outros serviços de utilidade pública, um edifício enorme e com uma arquitetura bonita, foi inaugurado em 2011; junto da ponte da paz fica também o casino “Shangri”, junto ao rio nota ainda para as suas pontes como a Nikoloz Baratashvili ou a Metekhi e entre outros, o parque Dedaena.
Novamente junto ao parque Rike (onde fica a paragem do teleférico que sobe para a fortaleza), fica a Praça da Europa e junto desta, fica o palácio da rainha Darejan Dadiani (um bonito palácio em pedra, arredondado e com uma varanda para a praça da Europa e o rio), aqui perto, mais junto da ponte Metekhi, fica numa elevação sob o rio, a estátua do Rei Vakhtang da Ibéria, a estátua virada para o rio e para a parte velha da cidade, nesta parte elevada, quase que isolada, dá uma imponência fantástica; nesta mesma elevação, fica junto da estátua, a Igreja da virgem Maria de Metekhi, uma bonita igreja ortodoxa que já foi reconstruída várias vezes devido às destruições devido às invasões.
arte urbana, Tbilisi
rio junto aos banhos, Tbilisi
Subindo agora deste lado rio (lado contrário do centro histórico), vamos caminhar cerca 1.5 km e vamos para um dos locais de maior destaque da cidade, um ponto turístico, que à semelhança da estátua da Mãe Georgia, ou da fortaleza Narikala, é um ponto que se vê facilmente no horizonte em toda a cidade, a bonita e imponente Catedral de Sameba, também conhecida como catedral da santíssima trindade, a catedral é linda e imponente, enorme mesmo, tem uma altura de cerca de 86 metros (até ao topo da cruz) e é uma das maiores catedrais ortodoxas do mundo (salvo erro a terceira maior), tem uma área envolvente muito agradável e o seu interior tal como a percepção que temos no exterior é de uma imponência e beleza soberbos, a catedral foi consagrada pelo patriarca em setembro de 2004.
De regresso à praça da Europa, atravessamos a ponte Metekhi e entramos então no centro histórico de Tbilisi.
Igreja da virgem Maria de Metekhi e estátua rei Vakhtang, Tbilisi
O seu centro histórico é excelente para desbravar, as ruelas sinuosas, as suas casas com as varandas típicas, bem características, como se fossem feitas depois da casa com uns suportes extra; infelizmente um pouco degradado, contudo o seu encanto está na autenticidade, na verdadeira essência do povo e da sua cultura, são este tipo de pormenores que apaixonam nas viagens, não é só ter um grande número de atrações. Ir a um bar ou um restaurante nas suas esplanadas, vaguear pelas ruas ouvindo a “minha música” nos fones (mesmo que neste caso com neve), são experiências que encantam e tornam as memórias das viagens fantásticas.
Entre outros locais que podemos ver na parte histórica da cidade temos, desde logo um dos símbolos da cidade, que é a torre do relógio esta bonita torre construída em 2010 por Rezo Gabriadze, além da beleza da torre tem o pormenor de a cada hora sai da janela um anjo que bate com um martelo no sino; ainda existe um pequeno teatro mecânico de marionetes que representa o ciclo da vida, é às 12h e 19h, ao lado fica o teatro de marionetes, os preços andam entre os 10-20GEL.
Junto da torre destaque também para a basílica Anchiskhati, é a mais antiga igreja de Tbilisi (século VI), notando-se no seu exterior e interior, com tons mais carregados e menos iluminação, achei particularmente interessante.
torre do relógio, Tbilisi
Junto da ponte Metekhi, fica o letreiro “I love Tbilisi” e aqui junto deste, o mercado de Meidan (Meidan Bazar), é um bazar subterrâneo, é lindíssimo, com muitos produtos tradicionais e souvenirs, merece sem dúvida a visita nem que seja só para ver esta preciosidade; bem próximo daqui também fica a Catedral de S. Jorge, o teu telhado esverdeado e cónico sobressai quando estamos na fortaleza, dando uma imagem postal da cidade, é uma igreja armênia do século XVI.
Outra bela igreja ortodoxa em Tbilisi é a catedral Sioni, é a catedral patriarcal, é de grande importância para os georgianos, pois abriga a santa cruz do padroeiro do país, S.Nino.
Na sua principal avenida “Shota Rustaveli” (que era um famoso poeta Georgiano e que é um símbolo da nação), vamos encontrar além da sua própria beleza desta avenida de estilo soviético, vários museus e lugares de destaque, a avenida vai desde a praça da liberdade (que é das principais praças da cidade, com uma estátua no centro de S. George) até junto da estátua de Rustaveli e de uma de arte urbana que é uma bicicleta gigante (ambas junto da estação de metro Rustaveli); na avenida ficam: a Ópera e Ballet Nacional; a Galeria Nacional (conhecida como galeria azul, pois a sua fachada é azulada) ; passamos por mais um parque urbano, o “9 april Park” e junto deste mais uma bonita igreja ortodoxa,a Igreja Kasheveti de S. George; do outro lado da avenida, fica o imponente Parlamento da Geórgia; o Museu de Arte Moderna; o Museu Nacional da Georgia e o Museu Georgiano de Belas Artes, são alguns dos locais de maior importância nesta que é principal artéria da cidade.
Parlamento da Geórgia, Tbilisi
Ponte da paz, Tbilisi
ponte da paz, Tbilisi
Destaque ainda para mais um punhado de locais a visitar neste centro histórico: o parque Leonidze, Museu da Literatura, várias igrejas ortodoxas (como por exemplo a Surb Nshan) que podemos encontrar pela cidade e uma outra que é a Catedral Católica, o Memorial dos Heróis, o Memorial aos soldados Georgianos mortos na guerra (um memorial que tinha a presença de dois guardas em sentido junto dele), o Museu do Vinho, uma parte da muralha antiga de Tbilisi, várias estátuas de arte urbana e por exemplo arte em grafitti em passagens subterrâneas; podemos descobrir mais ao caminhar pela cidade, descarregar um mapa offline e ir vendo aqueles que for possível é a melhor forma de explorar Tbilisi, eu recomendo dois dias para uma visita completa.
área junto da Catedral de Sameba, tbil
O vilnius park, é mais um parque agradável na cidade, este fica junto do funicular que dá acesso ao parque Mtatsminda, que é outro local em destaque, é um parque de diversões na montanha com o mesmo nome (onde fica também a torre de TV), é um local agradável com muita harmonia com natureza e que oferece uma boa quantidade de atrações e diversões, eu adorei a visita, uma vez que estava coberto de neve e mesmo tendo as atrações fechadas, tinha a magia que a neve traz a qualquer local, dando um cenário fantástico, tendo também uma visita de toda a cidade coberta de neve.
Ao fundo do parque, temos ainda mais uma bela igreja, a igreja Mama Daviti (aqui estão sepultados alguns escritores e artistas importantes do País) podendo descer depois daqui novamente para o centro da parte velha da cidade.
parque Mtatsminda, coberto de neve, Tbilisi
parque Mtatsminda com neve, Tbilisi
parque Mtatsminda
No topo da montanha, (atrás da parte velha da cidade), temos o grande destaque para a fortaleza de Narikala, a melhor forma é acessar pelo teleférico, embora tenha trilhos para chegar até aqui ( descer num deles proporciona bonitas vistas sobre a cidade), a fortaleza remonta ao século IV e é dividida em duas secções, dentro de uma parte da fortaleza, fica a igreja de S.Nicolau, junto à fortaleza ficam ainda o Jardim Botânico, eu como aquando da minha visita estava a nevar e estar tudo coberto de neve , optei por não visitar, a entrada custa 4 GEL( pouco mais de 1€)
Aqui próximo, a cerca de 100 metros, fica a imponente e bonita estátua Mother of Georgia (Mãe da Geórgia), uma estátua de alumínio, com cerca de 20 metros de altura, numa das mãos tem uma espada para proteger a cidade, na outra uma tigela com vinho para receber quem vem como amigo.
banhos ( sulfur baths)
banhos ( sulfur baths)
Os banhos termais (Sulfur Baths), é algo que não pode faltar na visita a Tbilisi, os banhos de enxofre estão ligados à história da cidade, a maioria das casas de banhos, estão na zona de Abanotubani (junto ao rio,na parte velha, próximo também da igreja de S. Jorge e do “I Love Tbilisi” um banho reconfortante nestas águas quentes termais é uma experiência que se deve fazer, basicamente e muito resumidamente temos dois tipos de banhos, os privados em que reservamos um “quarto”,para nós ou um determinado grupo de pessoa; e os públicos, em que a entrada é individual e os banhos são partilhados com outras pessoas (separação de género); os banhos privados (por pessoa), andam entre 70- 90 GEL/hora ( entre cerca de 20€ e 26€), já os públicos ficam apenas entre 5 e 10 GEL /hora( menos de 3€), salvo erro paguei cerca de 8 GEL, já com a toalha; eu acabei por fazer o público embora não seja o mais confortável é mais autêntico (daí ter escolhido um dos banhos mais antigos), e como estava sozinho não achei interessante fazer sozinho num quarto, recomendo sobretudo os banhos privados para casais ou famílias, pois a privacidade é melhor.
Os mais conhecidos, são desde logo aquele que é o mais imponente, e que se destaca nesta zona, junto da ponte e do pequeno rio, como que uma fachada de uma mesquita, o Balneário Chreli-Abano, outro destaque vai para o bath Nº5 , foi a este que eu fui, é dos mais antigos; o Gulo; Myrzoyev e Royal bath, são alguns daqueles que pelo que vi são dos mais badalados.
Podem ainda fazer uma massagem e esfoliação Kisi (os preços andam entre 10 e 20 GEL respectivamente dependendo do banho, qualquer uma pode ser feita quer seja público ou privado);
Na maioria dos banhos convém reservar sobretudo para os privados, eu no banho nº 5 , não foi necessário para os públicos.
banhos ( sulfur baths)
centro de exposições e teatro musical studio Massimiliano & fuksas
meidan Bazar
Mais afastado do centro da cidade podemos ver alguns locais interessantes como: o lago de Tbilisi, o parque aquático, o lago Lisi, a cascata de Lervtarrevi, o Mosteiro Tabor da transformação (fica numa outra montanha por trás da fortaleza, a cerca de 1.5km e é visível de vários pontos) o Museu Automóvel e o mosteiro Shavnabada (este já a cerca de 30 km da cidade).
A gastronomia na Geórgia é algo que devemos sem dúvida experimentar, com a vantagem de que o preço é muito convidativo; um dos restaurantes que recomendo é um mesmo junto ao “I love Tbilisi” ( existem mais desta rede de restaurantes na cidade) Machakhela, um outro local, que não consigo dizer o nome pois estava em georgiano, era bem junto da praça da liberdade, funcionava ao peso, escolhendo a comida de entre uma grande variedade.
Alguns dos pratos mais tradicionais são: o Kathapuri, este talvez seja mesmo aquele que é obrigatório, é como que um pão aberto, recheado de queijo, manteiga e um ovo, por cima (antes de comer há que misturar tudo), embora pareça simples é deliciosos, outro prato bastante típico são os Khinkali, é uma espécie de ravioli recheado (parece como que um pequeno saquinho de massa com recheio) os mais tradicionais têm um recheio que é uma mistura de carnes de porco vitela e borrego.
Sopa de galinha
Posso dizer que por exemplo comi estes dois pratos (os Khinkali eram 5 pois são pequenos e por norma são comidos mais que um) mais uma bebida no Machakhela e paguei cerca de 26 GEL (menos de 8€).
Outros pratos tradicionais são por exemplo: Badrijai Nigvzit (beringelas recheadas com nozes); Lobiniani (uma massa de pão recheada com uma mistura de feijão e outras especiarias, em alguns casos com fiambre); Ostri; Ojakhuri e Canaxi (uma espécie de ensopado de borrego, com beringela e batata, temperado com muitos coentros, também é divinal). As sopas têm também uma forte presença na gastronomia Georgiana, a sopa de galinha por exemplo é deliciosa (muito diferente da nossa); outra sopa muito boa que comi foi a Karcho, que tem carne de vaca, com um sabor muito intenso
Embora eu não beba vinho, é algo que para quem gosta, deve provar os vinhos Georgianos, a sua cultura vitivinícola é grande e tem muita antiguidade.
Mesmo que não seja um destino sonante para a maioria das pessoas, recomendo sair do óbvio, deixar os destinos de massas e descobrir um destino que nos possa mostrar o como podemos ver diferentes culturas e belezas que não vemos com facilidade no dia a dia, deixem-se levar pela magia de viajar, vamos partir à descoberta e vir descobrir a Geórgia, Tbilisi é sem dúvida a porta de entrada, uma cidade encantadora e acolhedora, que nos irá por certo receber de braços abertos.
Viagens Felizes
Vilnius park, Tbilisi
avenida rustaveli, Tbilisi
Dicas e Notas:
Os cidadãos Portugueses (tal como os restantes dos estados membros) não necessitam de visto para entrar na Geórgia, bastando apenas cartão de cidadão ou Passaporte, recomendo verem algumas informações e recomendações no site do portal das comunidades.
A moeda oficial da Geórgia é o Lari (GEL), 1€ – 3.46 GEL, recomendo usarem um cartão como o Revolut, para evitar taxas de levantamento, em lojas e restaurantes é comum usarem cartão com contactless, contudo em muitos locais será necessário dinheiro; o fuso horário é de mais 4h que em Portugal; o domínio de internet é .ge ; o indicativo telefónico é +995.
O georgiano é a língua oficial, tendo o seu próprio alfabeto sendo muito diferente do nosso ou por exemplo do círilico, no entanto em placas de ruas, lojas, estações de metro, locais de interesse e em quase todo os principais locais públicos existe outra linha de texto no “nosso alfabeto” ou também com a tradução para Inglês (notei uma certa tentativa de ligação com a Europa).
Igreja Kasheveti de S. George, na avenida Rustaveli, Tbilisi
catedral Sioni, Tbilisi
As duas operadoras que ligam do aeroporto de Kutaisi a Tbilisi (e Batumi), estão em ligação com os voos, ou seja estão conectadas com os voos, caso o vôo atrase o bus espera com o mesmo tempo do atraso, as operadoras são a Georgianbus e Omnibus; ambas estão em frente ao terminal no aeroporto, mas em Tbilisi têm paragens diferentes, a Georgianbus pára junto da liberty square, enquanto que a Omnibus pára junto da paragem de metro de Rustaveli.
Outra companhia de bus é a Metrobus, faz ligações entre várias cidades na Geórgia, eu utilizei para ir de Tbilisi a Batumi; nota para que a paragem de bus onde ela opera não é na principal, junto da paragem metro de Didube, ou na Station Square (que é a paragem principal de comboio), a metrobus, parte na estação de Ortachala, que é ligeiramente mais afastado da cidade, sendo a melhor forma de lá chegar de taxi (cerca de 6 Gel de taxi, no caso eu usei a Bolt)
Pelas minhas pesquisas o comboio será apenas vantajoso apenas entre Tbilisi e Batumi, sendo um comboio mais rápido e moderno, podem descarregar a app TKK.ge que é mais prática para comprar os bilhetes e tem todas as ofertas de eventos, podendo também comprar os bilhetes; site oficial dos comboios aqui.
Os táxis funcionam bem e são bastante acessíveis, recomendo a utilização de uma app, pois torna mais fácil e cómodo a reserva dos mesmos, eu utilizei a Bolt, mas a Index Go, também é muito utilizada.
Para andar de metro e bus e nos teleféricos temos de comprar o cartãoMetroMoney o cartão custa apenas 2 GEL, cerca de 60 cent., uma vez adquirido pode ser recarregado com as viagens pretendidas, por exemplo no teleférico da fortaleza de Narikala até junto da ponte da paz a tarifa é de 2.5GEL (menos de 1€), o bus e metro são mais baratos, deixo aqui o link com astarifas.
Para o parque Mtatsminda, podemos ir de teleférico que é a forma mais prática e fácil, junto da entrada do teleférico que sobe para o parque temos as bilheteiras, a viagem de teleférico de ida e volta custa 6GEL (com a aquisição do cartão), temos depois o cartão tipo metromoney que pode ser recarregado, a entrada no parque em si é gratuita, é pago somente a viagem de teleférico e claro as atrações.
Fortaleza á noite
Liberty square á noite
Achei a cidade super tranquila e segura, não notei vandalismo ou insegurança em lado nenhum, apenas algum abandono em algumas zonas da parte antiga da cidade;
Apenas as pessoas mais velhas (na sua grande maioria) não falam inglês, mas é muito fácil comunicar na cidade, comprar bilhetes de transporte, ir a restaurantes, supermercados, etc, apenas talvez em partes mais antigas poderá haver menos actualização, mas não será difícil comunicar.
Conheci a maioria da cidade a pé, acho que é fácil de conhecer, sobretudo para explorar a parte histórica ou junto ao rio Kura, as caminhadas vão valer a pena, uma app de.um mapa offline dá sempre jeito.
Usei um pouco do metro, apenas para explorar os seus arredores, e para ver algumas estações de metro que são do estilo soviético (como em Kiev, ou Moscovo), podem usar pelo menos um trajeto de teleférico que vai da fortaleza até á ponte da paz, achei a viagem interessante e com uma vista bonita.
A Aldeia da Mata Pequena é uma pequena aldeia localizada a 40km de Lisboa e, a 20 km e Mafra.
Foi completamente restaurada e transporta os visitantes para o passado rural. As 13 casas caiadas de branco e delineadas em tons de azul e amarelo possuem uma sala de estar, uma cozinha, uma casa de banho e um quintal.
A Aldeia da Mata Pequena é o local perfeito para relaxar e entrar em contacto com a natureza através da prática de actividades exteriores como ciclismo ou caminhadas. Os hóspedes podem seguir as rotas sugeridas na área protegida de Penedo do Lexim em passeios de jipe ou burro. Em Mafra, a 9 km, é possível praticar equitação.
Aldeia da Mata Pequena- Mafra
Aldeia da Mata Pequena- Mafra
Aldeia da Mata Pequena- Mafra
Aldeia da Mata Pequena- Mafra
Aldeia da Mata Pequena- Mafra
Aldeia da Mata Pequena- Mafra
#2 Aldeia José Franco- Mafra
A Aldeia típica de José Franco, também conhecida como Aldeia Saloia localiza-se em Sobreiro, no concelho de Mafra.
Idealizada por José Franco (1920- 2009) foi oleiro, ceramista e escultor. Os pais eram oleiros de profissão, fabricantes das pequenas cerâmicas que os camponeses da região utilizavam nas suas casas. José Franco seguindo a tradição familiar nessa arte, começou no ano de 1945 a construção de um museu ao ar livre, com os costumes e actividades laborais da sua infância.
Aldeia José Franco- Sobreiro- Mafra
Aldeia José Franco- Sobreiro- Mafra
Aldeia José Franco- Sobreiro- Mafra
Aldeia José Franco- Sobreiro- Mafra
Aldeia José Franco- Sobreiro- Mafra
Aldeia José Franco- Sobreiro- Mafra
Aldeia José Franco- Sobreiro- Mafra
#3 Espaço de Visitação e Observação de Aves (EVOA)
– Vila Franca de Xira –
A Reserva Natural do Estuário do Tejo é um importante ponto de passagem de milhares de aves migratórias. Considerada como uma das dez mais importantes da Europa, tem desde 2007 um Espaço de Visitação e Observação de Aves (EVOA). Além de um centro de interpretação e sensibilização para as relações entre a produção agrícola e a conservação da natureza, conta com uma enorme biodiversidade de aves.
A Reserva Natural acolhe mais de 120 000 aves, de 200 espécies distintas, constituída por 3 lagoas (Lagoa Principal, Lagoa Rasa e Lagoa Grande). Através de 5Kms de percursos pedestres, abrigos e observatórios fotográficos poderá visualizar diferentes espécies da avifauna aquática.
A entrada para o EVOA fica situada a cerca de 12Kms da Ponte Marechal Carmona na estrada nacional N10 (GPS: 38º57’00,42”N; 8º58?18,20”O). Este centro de visualização de Aves situado a 30 minutos de Lisboa, possui um centro de interpretação, exposição, cafetaria, visitas guiadas diárias para observar os animais no seu habitat natural, eventos & workshops, e programas para visitas de estudo.
Aberto de Terça a Domingo. Novembro a Fevereiro das 10h-17h. Março a Outubro das 9h às 19h.
Encerrado no mês de Julho, e nos dias 25 Dezembro e 1 de Janeiro.
Aldeia piscatória de casas avieiras coloridas, localizada a 6 kms de Salvaterra de Magos é o ponto de partida, para embarcar num barco que o levará a conhecer a fauna e flora da região interior do Rio Tejo.
Os “Passeio de Natureza Rio-a-Dentro” partem do Cais de Escaroupim e, proporcionam uma experiência única, percorrendo o Rio Tejo, por ilhas, aldeias Avierias e canais secundários, avistando Garças, Cavalos, Águias, entre tantas outras aves.
Casas Avieiras da aldeia piscatória de Escaroupim- Salvaterra de Magos
Passeio de Natureza Rio-a-Dentro- Escaroupim- Salvaterra de Magos
Escaroupim- Ilha dos Cavalos- Salvaterra de Magos- Portugal
Passeio de barco _Rio-a-Dentro_- Passeio de Natureza Rio-a-Dentro- Escaroupim- Salvaterra de Magos
Ilha das Garças- Passeio de Natureza Rio-a-Dentro- Escaroupim- Salvaterra de Magos
Passeio de Natureza Rio-a-Dentro- Escaroupim- Salvaterra de Magos
Cais de Escaroupim- Salvaterra de Magos
#5 Passeio Ribeirinho de Vila Franca de Xira
Inclui uma das maiores extensões contínuas de águas estuarinas (lamas, sapal e mouchões) e é uma das zonas do país onde se podem observar mais aves aquáticas migratórias.
Nos seus campos agrícolas e nas pastagens, podem-se observar touros e cavalos lusitanos.
Barco Varino- Vila Franca de Xira
Barco Varino- Vila Franca de Xira
Caminho Pedonal Ribeirinho- Vila Franca de Xira
#6 Parque Natural da Serra de Sintra- Cascais
O Parque apresenta uma grande diversidade de ambientes e paisagens que inclui dunas, florestas, lagoas, uma acidentada linha costeira com altas arribas interrompidas por praias, o imponente Cabo da Roca e, no centro, a magnífica Serra de Sintra e toda a área classificada pela UNESCO como Paisagem Cultural e Património da Humanidade.
Esta zona é particularmente rica e variada do ponto de vista da fauna, da flora e da geomorfologia.
Parque Natural Sintra-Cascais
Parque Natural Sintra-Cascais
Parque Natural Sintra-Cascais
Parque Natural Sintra-Cascais
Parque da Pena – Sintra – Portugal
#7 Parque Florestal de Monsanto
Monsanto com mais de 1000ha. de biodiversidade, localizados em pleno coração de Lisboa, é um recurso estratégico regional no domínio das actividades livres em natureza.
Esta serra, é hoje fundamental na regulação da qualidade do ar e no clima da cidade de Lisboa, assumindo uma presença incontornável do ponto de vista paisagístico, sendo um enorme espaço de recreio e lazer.
Tal como os museus, os monumentos são alguns dos ex-libris das cidades, dos países, dos continentes, até mesmo do Mundo, pois alguns são considerados Património da Humanidade. São por isso locais bastante procurados e de romaria de milhões viajantes à escala global. Quem os visita fá-lo independentemente de ser ou não perito em arte, arquitetura ou em qualquer outra área científica ou artística. Fá-lo muitas vezes para desfrutar de uma vista panorâmica. Posar junto dos monumentos, tirar selfies com eles também é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição. Muitos monumentos acabam por ser também museus, tanto pelo seu exterior como pelo seu interior. Muitos albergam obras de arte, algumas inamovíveis, mas com valor incalculável.
Grandiosos monumentos existem pelo Mundo fora. Uns mais antigos, outros mais recentes. Não devemos esquecer que muitos foram erigidos com recurso a trabalho de escravatura, sacrificando diversas vidas humanas. Desde os tempos dos faraós aos tempos da televisão a cores.
Dos mais de 50 países em que estive, tive a oportunidade e o privilégio de ter visitado alguns dos mais famosos monumentos que escreveram História e que são ex-libris de vários países, cidades ou continentes. Seria impensável mencionar todos.
Aqui segue uma lista dos que considero como os mais importantes.
Um ex-libris de Paris, de França, da Europa também. Consta-se que é o monumento mais visitado em todo o Mundo.
Medindo cerca de 324 metros de altura, é o edifício mais alto da cidade, tendo sido até 1930 o edifício mais alto do Mundo. Foi construída para a Exposição Universal de 1889, que iria comemorar o centenário da Revolução Francesa. É uma obra de arquitetura, mas também de engenharia e acima de tudo é considerada uma obra de arte, que herdou o nome do seu autor, o Engº Gustave Eiffel. Nós Portugueses temos orgulho de possuir no nosso país obras projetadas por Gustave Eiffel, sendo a Ponte de D. Maria Pia no Porto a mais famosa, e por um dos seus discípulos, como é o caso do Elevador de Santa Justa em Lisboa.
A sua iluminação é considerada como uma obra de arte e encontra-se protegida por direitos de autor, sendo por isso proibido tirar fotos à Torre Eiffel de noite, e sobretudo divulgar essas imagens para fins não privados.
Ao chegar ao cimo da Torre Eiffel e desfrutar da vista panorâmica sobre Paris, com o Rio Sena, as suas pontes, os jardins, as avenidas e os edifícios famosos como por exemplo o do Museu do Louvre, cidade imortalizada no romantismo do cinema e da música, o viajante sente que atingiu um dos patamares mais supremos a que poderia ambicionar.
Na primeira vez que visitei Paris, não foi possível subir ao cimo da Torre Eiffel, tive de ficar pelo 2º piso. Uma lacuna que durou mais de 30 anos e mais de 30 países estrangeiros visitados.
Era um menino e regressei a Paris já homem, com tantas voltas dadas nas viagens da vida, tantos objetivos concluídos e finalmente cheguei ao cimo da Torre Eiffel. Sublime!
Muitas cidades possuem um monumento semelhante, em Lisboa por exemplo existe um na Rua Augusta, mas o Arco de Triunfo em Paris, no centro da Praça Charles de Gaulle é o mais importante. Inaugurado em 1836 em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, contém os nomes de 128 batalhas e de 558 generais gravados. Na sua base, situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido, um local existente em vários monumentos patrióticos para honrar os soldados que morreram em tempo de guerra sem que os seus corpos tenham sido identificados.
A Praça Charles de Gaulle, também chamada Praça “de l’Étoile”, é talvez a rotunda mais célebre em todo o Mundo. Ali confluem 12 avenidas, razão pela qual foi, originalmente chamada “L’Étoile” (Estrela). Uma das avenidas são os famosos Champs Élysées, uma avenida única e que é replicada em muitas cidades pelo Mundo fora.
O Arco de Triunfo é o segundo monumento mais representativo de Paris. É possível visitar o seu interior onde existe um centro interpretativo sobre a sua construção, e subir ao topo. Fi-lo em 1983. Numa das vezes que regressei a Paris, limitei-me a tirar uma foto junto ao túmulo do Soldado Desconhecido, onde teria estado cerca de 36 anos antes. Subir ao topo é um dos próximos objetivos, pois Paris é também uma passagem para viagens a destinos mais longínquos.
Existem diversas igrejas chamadas de “Notre Dame”, com arquitetura muito semelhante, espalhadas por diversas cidades Francesas, mas a Notre Dame de Paris é a mais importante.
Situa-se no famoso bairro de “Saint-Michel” numa ilha, a “Île de la Cité”, que é o lugar onde se fundou Paris.
Construída entre 1163 e 1245 é uma das catedrais Góticas mais antigas do Mundo. O nome da catedral é dedicado à Virgem Maria. Com 8 séculos de História, foi local de importantes acontecimentos, como por exemplo, a coroação de Napoleão Bonaparte, a beatificação de Joana D’Arc e a coroação de Henrique VI da Inglaterra.
Em Abril de 2019, sofreu um grave incêndio que provocou danos significativos no telhado e derrubou a agulha da torre principal. Era possível visitar o interior onde os vitrais se destacam, os seus jardins, onde se encontra uma estátua de Joana D’Arc e do Papa João Paulo II e subir às torres, desfrutando da vista sobre o bairro de “Saint-Michel”.
De momento encontra-se encerrada. O Mundo espera ansiosamente pelo regresso Notre Dame de Paris ao caminho dos viajantes!
“À grande e à Francesa” e “Se não têm pão comam brioches” são duas célebres frases que nos ajudam a compreender a História de França. Expressões indissociáveis de Versalhes.
Há no Mundo Palácios mais impressionantes e grandiosos que Versalhes, por exemplo em São Petersburgo na Rússia, os próprios Franceses reconhecem isso. Mas Versalhes é provavelmente o palácio mais visitado do Mundo!
O Palácio de Versalhes situa-se como o nome indica, em Versalhes, uma antiga aldeia rural, atualmente uma cidade nos arredores de Paris.
Em tempos foi um pavilhão de caça, tornou-se o centro do “Antigo Regime”, onde residiam os Monarcas Absolutistas. Ali eles podiam viver de forma abastada, resguardados e bem longe de Paris, onde os tumultos e doenças de uma cidade apinhada eram recorrentes. A grandeza da sua construção fala por si: 2153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1250 lareiras e 700 hectares de parque.
Na visita ao Palácio de Versalhes percorremos diversas salas e corredores enormes, onde se destaca a Capela e os Grandes Aposentos do Rei e da Rainha, cuja decoração sobressai. A Galeria dos Espelhos, é outro dos locais de destaque, com os seus 73 m de comprimento, possuindo 375 espelhos, foi o lugar onde em 1919 foi assinado o Tratado de Versalhes, que pôs fim à I Guerra Mundial. Os seus jardins, os “Jardins de Versalhes” são famosos em todo o Mundo. A sua construção durou cerca de 40 anos. O local era ocupado por bosques e terreno pantanoso, tendo sido necessários milhares de homens para transportar terra e todo o tipo de árvores. Nos Jardins de Versalhes, destaca-se o “Grand Trianon”, um pequeno palácio de mármore rosa, local onde Maria Antonieta, esposa de Luís XVI, os monarcas depostos pela Revolução Francesa, desfrutava de uma vida simples e campestre. De Abril a Outubro é possível assistir a espetáculos em que a água das fontes se movimenta ao ritmo da música.
Situada na região da Normandia, numa localidade chamada de Monte de Saint Michel, é o monumento mais visitado em França, fora de Paris. Trata-se de um santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel (Michel em Francês).
Tudo começou no ano de 709 quando o Bispo Aubert, de Avranches teve um sonho. Nesse sonho, o Arcanjo Miguel apareceu-lhe e pediu-lhe que construísse uma ali uma abadia. O sonho repetiu-se e o Bispo Aubert voltou a não lhe dar importância. Pela terceira vez, o Bispo voltou a sonhar com o Arcanjo Miguel e desta vez, o Arcanjo deve ter perdido a paciência, e fez-lhe um buraco na testa com o dedo. Então o Bispo Aubert percebeu que não se tratava de um simples sonho e ordenou ali a construção de uma igreja numa rocha que se encontrava abandonada. Em 966, o duque da Normandia ali estabeleceu uma comunidade de monges beneditinos. Estes, desde o ano 1000 foram construindo uma abadia pré-romana e uma pequena vila ao seu redor. A abadia sofreu várias ampliações ao longo dos séculos, sendo protegida por muralhas durante a Guerra dos Cem Anos, tornando-se uma fortaleza inexpugnável que resistiu a todas as tentativas dos Ingleses de tomá-la, e constitui-se assim num símbolo de identidade nacional. Durante a Revolução Francesa a abadia foi utilizada como uma prisão para dissidentes políticos. Era um local horrível de onde fugir era impossível! Em 1863 devido à pressão da opinião pública, nomeadamente de diversos intelectuais, entre os quais, o escritor Victor Hugo, a prisão foi desativada. Ao longo dos anos tem sido um local de peregrinação, pois acima de tudo é um local religioso que inspira espiritualidade.
A visita ao seu interior inclui os acessos, a igreja românica lá no alto com estátua em ouro do Arcanjo Miguel que fica situada a 156 metros de altura, abençoando aquele local. O interior da Igreja, o refeitório, os claustros, os jardins e a sala dos Cavaleiros são alguns dos seus pontos altos.
A vista panorâmica do alto dos 80 m da plataforma, para o Canal da Mancha, para as duas regiões, Normandia e Bretanha e para as areias movediças que cercam a ilha que podem ser observadas com a maré vazia, são soberbas. Conseguimos também observar várias pessoas caminhando por aquelas areias movediças em grupos organizados.
Monte Saint-Michel, deck de madeira e estrada de acesso à ilha
Na Baviera, cuja capital é Munique, lindíssima cidade, também considerada a capital Mundial da Cerveja, Fussen, que se localiza a cerca de 130Km, famosa pelos castelos de Hohenschwangau e de Neuschwanstein é o destino mais belo da Alemanha. Os visitantes visitam ambos os castelos, mas a beleza do Neuschwanstein, ofusca qualquer outro. Trata-se do edifício mais fotografado da Alemanha. A zona com o enquadramento dos castelos, lagos e montanhas, é carregada de magia, talvez por isso o Castelo da Cinderela, figura de ficção da Walt Disney, presente em todos os parques assim chamados, nele se inspira.
No século XIX a Baviera era um reino. O Castelo de Hohenschwangau foi residência oficial de Verão, e aqueles lados, zona de caça, do Rei Maximiliano, da sua esposa Maria, e dos seus dois filhos: Ludwig que mais tarde se tornou o Rei Ludwig II e Otto que mais tarde se tornou o Rei Otto. Ambos tinham distúrbios mentais graves. Foi pela admiração que sentia por Richard Wagner, que Ludwig mandou construir o Castelo Neuschwanstein. No fundo é uma história de amor, segundo se consta, apenas espiritual e não físico, entre dois homens que tão bem é explicada, com muitos eufemismos, nos audioguias, durante a visita ao interior, à medida que percorremos as salas. A visita é impressionante, e tem o seu ponto mais alto quando entramos na Sala de trono. No interior do Castelo de Neuschwanstein é proibido tirar fotos. Talvez para fazer a vontade ao Rei Ludwig, que expressou o desejo de que o seu castelo, onde tão pouco tempo viveu, não fosse visitado por curiosos.
Para quem tem hoje mais de 45 anos, Nicolae Ceaușescu é um nome que nunca esqueceu.
Estávamos em 1989, no dia de Natal, o execrável ditador era executado por crimes contra o povo. A Roménia foi o único país do Leste Europeu, onde o Regime Comunista terminou com sangue.
No coração de Bucareste sobressai o enorme Palácio do Parlamento, o segundo maior edifício do Mundo. A obra que Ceaușescu mandou erguer, à custa do sacrifício do seu povo, à fome, a privações e humilhações, para satisfazer os seus caprichos. Ceauşescu chamou-lhe Casa da República, mas muitos Romenos chamaram-lhe Casa do Povo.
Atualmente ali funciona a Câmara dos Deputados e o Senado. Dada a enormidade do edifício, as diversas galerias e salões são usados para conferências e outros eventos.
A visita guiada ao seu interior que dura cerca de 2 horas é apenas a uma pequena parte do mesmo. Nem os próprios guias conhecem a totalidade do edifício com mais de 1000 salas, cada uma com a sua decoração própria,12 pisos de altura e 8 subterrâneos (4 ficaram por concluir) e uma arquitetura exterior inspirada em Palácios que o ditador visitou quando se deslocou à China e à Coreia do Norte. Construído exclusivamente por materiais oriundos da Roménia (país com enormes recursos) e com os serviços dos melhores arquitetos e engenheiros nacionais e internacionais ligados ao Partido Comunista Romeno e a mão de obra em regime de escravatura do povo, trabalhando até socumbir. Uma das salas interiores, não possui janelas, para que Ceaușescu pudesse ali dentro escutar bem alto aqueles que lhe batiam palmas. Possui também várias salas de teatro que eram frequentadas pelos cabecilhas do Partido, onde assistiam a grandiosos e exclusivos espetáculos. Possui escadarias inspiradas no Palácio do Hermitage de São Petersburgo e corredores ao estilo do Museu do Louvre de Paris. A varanda com vista para a célebre “Boulevard Unirii”, a avenida feita à imagem dos Champs Elysées onde dois factos marcaram a história: Um foi o dia que Ceaușescu ali chegou e disse que aquela avenida era pequena e que deveria ser prolongada até perder de vista. Foram então expropriadas ainda mais habitações e várias igrejas foram transladadas, uma delas a “Mihai Voda” que foi movida para 285 metros do seu local de origem. O outro, foi em 1992 quando Michael Jackson visitou a Roménia e dali do alto se dirigiu aos fans dizendo “Hello Budapest!”, confundindo a capital da Roménia com a da Hungria.
A visita ao interior coloca-nos com um sentimento de estupefação e revolta que vai aumentando à medida que se percorrem as diversas salas. É de facto muito difícil imaginar os limites da natureza humana. O egoísmo, a presunção e a maldade!
Quando Ceaușescu foi executado, menos de 80% da obra estava concluída. Não foi demolido após a queda do regime pelo facto da sua demolição ser mais onerosa que mantê-lo erguido ao longo dos anos.
Milão, não sendo propriamente uma cidade bonita, pois é sempre escura e os habitantes são sisudos, consegue atrair-nos pelo seu charme. É a capital Mundial da moda, possui um nível de vida alto, com as ruas mais caras do Mundo vendendo artigos de luxo, como é o caso da Via Monte Napoleone, onde as lojas de roupa de marcas de costureiros famosos dominam. Também a Ópera, que por sinal nasceu em Itália, é património da cidade, estando o “Teatro alla Scala” entre as 5 mais importantes salas de ópera do Mundo. É uma das capitais do futebol Mundial, o dois grandes clubes da cidade, a Associazione Calcio Milan e o Football Club Internazionale Milan, disputam os seus jogos no bairro de San Siro, numa das catedrais do futebol. Catedral de Milão é o Duomo, uma das catedrais de estilo Gótico mais famosas do Mundo, localizada bem no centro da cidade.
Mas em Milão destaco o Convento de Santa Maria das Graças que a muitos visitantes não lhes ocorre visitar. Trata-se de uma igreja e convento dominicano que se encontra incluída na lista dos Patrimónios Mundiais da UNESCO. O convento alberga a segunda obra mais famosa de Leonardo Da Vinci, o “Cenacolo Vinciano”, conhecida no Mundo como “A última ceia”. A obra foi pintada na parede do antigo refeitório sendo por isso inamovível. Presume-se tenha sido iniciada em 1495 ou 1496 no âmbito de um plano de reformas na igreja e no convento, encomendadas por Ludovico Sforza, duque de Milão. A obra representa o episódio bíblico da Última Ceia de Jesus Cristo com os Apóstolos antes de ser preso e crucificado, retratando o momento exato em que Jesus Cristo informa que um dos Apóstolos o irá trair. Judas encontra-se destacado por ser pintado de negro, tendo a sua imagem sido baseada num monge recalcitrante que permanentemente perguntava a Leonardo quando a obra estaria pronta!
A obra sofreu diversas agressões ao longo do tempo, como por exemplo a abertura de uma porta pelos padres e os bombardeamentos da II Guerra Mundial.
Só para ver o “Cenacolo Vinciano” é obrigatório visitar Milão, mas fica o aviso, marquem a visitar com antecedência, pois as listas de espera chegam a ter alguns meses!
Visitar esta obra num importante dia da minha vida, aquele em que vi nevar pela primeira vez.
Roma, a “Cidade Eterna” é um museu ao ar livre. Uma das cidades mais antigas do Mundo e em tempos capital do Império Romano que se estendia pela Bacia do Mar Mediterrâneo, ocupando parte da Europa, do Médio Oriente e do Norte de África.
O principal símbolo da cidade, o Coliseu Romano, foi construído sob o lema “panis et circenses”, traduzindo do Latim, “pão e circo”, pois segundo os Imperadores, o povo Romano se andasse entretido e distraído, ficaria feliz e não contestaria o Governo, nem tão pouco se revoltaria contra as injustiças sociais, desigualdades, esbanjamento de dinheiros públicos ou aumento de impostos. Lema ainda hoje aplicado pelos governantes e que os vai mantendo no poder. Há que entreter a povo com festas e futebol e com isso ninguém se lembra, por exemplo que a gasolina aumentou…
A obra começou a ser construída no ano de 72 no mandato do Imperador Vespasiano e terminou no ano de 80 durante o mandato do Imperador Tito. Tornou-se no maior anfiteatro Romano, com 188 m de comprimento, 156 m de largura e 57 m de altura. Tinha capacidade para mais de 80 mil espetadores, podendo ser coberto com um teto de lona para os proteger do sol. Tinha uma capacidade de evacuação de público em caso de emergência, que em nenhum estádio de futebol ou qualquer outro recinto semelhante, construído nos dias de hoje, conseguiu ser igualada.
O Coliseu permaneceu ativo durante mais de 500 anos. A partir do século VI, sofreu saques, terramotos e até bombardeamentos durante a II Guerra Mundial. Inicialmente chamado de “Anfiteatro Flaviano” foi substituído por “Coliseu” devido à grande estátua de Nero que se encontrava na entrada da Domus Aurea, um grande palácio construído sob as ordens deste depois do Incêndio de Roma. Nos seus tempos áureos, ali eram realizados diversos espetáculos sangrentos, perante as bancadas lotadas de espetadores ávidos de presenciar violência e morte. E com isso exultavam. Lutas de gladiadores até à morte, execuções de Cristãos perante feras, que eram lançadas para a arena através de um sistema de elevadores, desde as jaulas que se encontravam no subsolo. Presume-se que também se realizavam representações de batalhas navais, com a arena a transformar-se num lago, enchendo-se de água. Nos dias de hoje, em diversos países latinos, existe a tourada, uma espécie de luta até à morte entre um ser humano e um touro bravo enraivecido, onde nem sempre ganha o primeiro, que poderá ter reminiscências nestes espetáculos sangrentos. A natureza humana não mudou, apesar da sociedade ir evoluindo. A necessidade do ser humano, presenciar espetáculos sangrentos, ou ir ao futebol insultar o árbitro ou os adeptos dos outros clubes, segundo os entendidos em psicologia, são formas de catarse e deste modo canaliza-se a agressividade para outras coisas, evitando-se por exemplo, bater no cônjuge, nos filhos, no polícia, no professor, no chefe ou no patrão…
O edifício encontra-se em ruínas, sendo continuamente recuperado. É um local de enorme romaria de visitantes de todo o Mundo. Na visita ao seu interior é possível observar as bancadas, a arena e os lugares VIP onde apenas o Imperador poderia aceder.
Junto ao Coliseu existe o Arco de Constantino, um arco de triunfo construído por ordem do Senado Romano para comemorar a vitória do Imperador Constantino sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvia no ano de 312. Nas imediações do Coliseu encontra-se a Via Sacra, celebérrima rua de Roma desde a antiguidade, que dá acesso ao Fórum Romano e ao Palatino, o centro do Império Romano.
Diz o povo que, “Roma e Pavia não se fizeram num dia”, Roma é grandiosa e o Coliseu é apenas uma pequena parte do que tem para nos oferecer, e também “em Roma, sê Romano”, pois em Roma há muito para ver e viver, e claro, “todos os caminhos vão dar a Roma” e “quem tem boca vai a Roma” e a qualquer parte do Mundo também!
Pelo Mundo fora há basílicas para todos os gostos, mas esta do Vaticano é a mais importante. O Vaticano é a sede da Igreja Católica, o Estado independente mais pequeno do Mundo e um dos mais ricos. Independente das suas crenças religiosas, quem visita Roma, visitar o Vaticano, um enclave único no Mundo, é obrigatório e constitui um dos pontos mais altos do currículo de qualquer viajante. Numa estada em Roma, pelo menos um dia é destinado para visitar o grandioso Museu do Vaticano por onde se acede ao interior da Capela Sistina, a Praça de S. Pedro e Basílica de S. Pedro. Há um provérbio popular “é como ir a Roma e não ver o Papa”…a mim aplica-se. Não vi, mas como manda a tradição, atirei a moeda na Fonte de Trevi, assim é suposto um dia lá voltar e cumprir essa tradição! Não vi o Papa (na altura era o Bento XVI) mas visitei o Vaticano. O Papa tem dias e hora para ser visto. É de uma janela, do alto dos seus sumptuosos aposentos, no edifício onde se encontra a Capela Sistina, que ele se dirige à multidão com a sua benção!
A Basílica de São Pedro, cujo nome se deve ao primeiro Papa da História, São Pedro, abriga em seu interior a Santa Sé, sendo a igreja onde o Papa realiza as liturgias mais importantes. As celebrações de Ano Novo e a Missa do Galo na noite de Natal ou a Homilia Pascal são dali transmitidas para todo o Mundo! A sua construção começou em 1506 e terminou em 1626. Nela participaram diversos arquitetos, entre os quais Bramante, Michelangelo ou Carlo Maderno. Possui capacidade para albergar cerca de 200 mil pessoas. Mede 190 m de comprimento e a nave central tem 46 m de altura. A cúpula alcança uma altura de 136 m.
Entre as obras de arte que podem ser encontradas no seu interior destaca-se o “Baldaquino” de Bernini, “La Pietà” de Michelangelo e a estátua de S. Pedro no seu trono. “La Pietà”, uma estátua que representa Jesus morto nos braços de sua mãe, sofreu uma tentativa de destruição pelo que se encontra protegida por um vidro. Os túmulos dos diversos Papas também são locais de romaria, onde o de São Pedro se destaca pela opulência da sua decoração. A cúpula, cuja construção foi iniciada por Michelangelo, continuada depois por Giacomo Della Porta e finalizada por Carlo Maderno em 1614, a sua arquitetura serviu de inspiração para outras obras como a Catedral de S. Paulo de Londres e o Capitólio de Washington. Subindo ao cimo desfrutamos de uma vista maravilhosa sobre o Vaticano, a Praça de S. Pedro com o Obelisco do Vaticano ao centro, trazido do Egipto pelo Imperador Romano Calígula, e sobre Roma, com o Rio Tibre e o seu famoso bairro “Trastevere”, o Castelo St. Ângelo, onde a Ópera “Tosca” tem o seu final dramático e o Monumento a Vítor Emanuel II da Itália, o “Altar da pátria”, alcunhado pelos Italianos como “Máquina de Escrever”.
Praça de S. Pedro-Vaticano
Basílica de S. Pedro-vista desde a Cúpula-Vaticano
Localiza-se na Acrópole, este antigo templo Grego, o Parthenon, ou melhor, as ruínas do que ele foi ocupando lá no alto um lugar de destaque, sendo visível de qualquer ponto da cidade. Das colunas Gregas ainda existentes sobressaem os seus estilos que nas aulas de História nos ensinaram. Há capitéis espalhados pelo chão, e muitas pedras de elevado valor arqueológico, dizem os entendidos que “elas falam”, mas que para o comum visitante ao fim de pouco tempo já começa a ser mais do mesmo. O complexo da Acrópole, à medida que subimos vamos encontrando locais de culto, como por exemplo o Odeão de Herodes Ático e o Teatro de Dionísio que foi o mais importante dos teatros da Grécia Antiga, e é considerado o berço do Teatro ocidental e da Tragédia Grega.
O Parthenon foi um templo dedicado à Deusa grega Atena, construído por iniciativa de Péricles, governante da cidade. Foi projetado pelos arquitetos Calícrates e Ictinos. É um ex-libris Ateniense e também Helénico. No entanto, nem a Acrópole, apesar das vistas sobre Atenas serem esplêndidas, é o ponto mais alto da cidade, este situa-se na Colina Licabeto, nem o Parthenon é o maior templo, esse é lugar é ocupado pelo Templo de Zeus Olímpico, que é tido como aquele que foi o maior templo Grego do Mundo, porém atualmente só existem as ruínas do pouco que resta dele.
A capital da Rússia é uma cidade gigantesca, a perder de vista, certamente das 5 maiores do Mundo em área, com avenidas largas, edifícios volumosos de arquitetura Soviética, com uma rede de metropolitano, grande parte a circular a mais de 90 m de profundidade, cujas estações são autênticos palácios. Ali tudo é longe, mesmo o outro lado da rua, autênticas auto estradas no meio da cidade, para lá chegar é preciso andar muito pois só se acede através de passagens subterrâneas. Em Moscovo qualquer viajante por muitos locais que tenha andado, sente-se um provinciano. Além de se sentir literalmente “engolido” pela cidade, muitos dos seus habitantes não falam línguas estrangeiras e tratam os visitantes, mesmo do próprio país, com desprezo e rudez.
A grandiosa Praça Vermelha é o coração de Moscovo. O centro do Império Soviético e da Guerra Fria. Sempre engalanada no dia Dia da Vitória, 9 de Maio, celebrando a Vitória da União Soviética contra a Alemanha Nazista em 1945, com desfiles militares de caravanas com material bélico numa manifestação de poder e orgulho nacional Russo. Apesar do vermelho dos edifícios ser a cor predominante, ela deve o seu nome à palavra de língua Russa “krasnaya” que significa além de vermelha, bonita. Um local que no tempo da Guerra Fria, só o nome causava arrepios no Ocidente. Um local que provoca medo cénico ao visitante internacional que ali chega pela primeira vez. Esperemos que a Praça Vermelha volte a ser um local de sonho e não de pesadelo…
O conjunto de Monumentos que contém são o ex-libris da Rússia. O Kremlin, apesar de ali apenas se encontrarem os muros, o Mausoléu de Lenine e a Catedral de S. Basílio. O Museu de História Nacional e o GUM, um shopping de luxo, instalado no edifício que em tempos foi o mercado do povo, completam o quadro. No GUM, o preço do m² é dos mais caros da Europa, superando por exemplo, os Champs-Élysées.
Muros do Kremlin, Catedral de S. Baílio e Praça Vermelha, Moscovo, Rússia
A Catedral de S. Basílio é o edifício mais emblemático de Moscovo, localizando-se no seu centro geométrico. Faz lembrar um “bolo colorido” a forma das suas belas cúpulas com diferentes cores e formatos que são um regalo para a vista, tanto de dia como de noite quando são iluminadas. Porém, a visita ao seu interior é uma desilusão. Reduzidas dimensões, constituindo um labirinto formado por nove capelas decoradas entre as quais está uma torre central que se eleva como se fosse um campanário. Este templo Ortodoxo foi mandado construir pelo Grão-Príncipe de Moscovo, Ivan IV, também conhecido por “O Terrível”, entre 1555 e 1561 para comemorar a captura de Kazan e Astracã. Postnik Yakovlev foi o arquiteto da obra e diz a lenda que Ivan “O Terrível” o mandou cegar, para evitar que construísse algo mais magnífico para mais alguém. Saindo do lado contrário, chegando ao tabuleiro da Ponte Bolshoy Moskvoretsky a vista para a grandiosidade do complexo do Kremlin deixa-nos perplexos. Kremlin, que significa cidade fortificada, mas a visita restringe-se às catedrais e ao Palácio do Arsenal, onde existe um museu que expõe peças de joalharia, armas históricas, armaduras e carruagens.
São Petersburgo é a mais bela cidade da Europa. A seguir a Lisboa…
A cidade é rica em museus, palácios, monumentos e catedrais. Além disso possui canais, imensas pontes, belíssimas avenidas e edifícios emblemáticos. Foi a antiga capital da Rússia Czarista e assistiu de perto a guerras, cercos e revoluções. Hitler e Napoleão por aqui não conseguiram passar! O “General Inverno” residia por estes lados, que juntamente com a resiliência da sua população, ajudaram a salvar a Humanidade do domínio Nazi. São Petersburgo que já se chamou Leninegrado é terra natal de Vladimir Putin, e assim esperemos que estas coisas horríveis não se repitam…
Dos muitos monumentos da cidade, a Igreja do Sangue Derramado destaca-se. O nome oficial é “Igreja da Ressurreição do Salvador” mas internacionalmente é conhecida como “do Sangue Derramado” por ter sido construída no local onde o Czar Alexandre II foi assassinado. No interior, o mausoléu que fica no lado oposto ao altar ainda preserva algumas pedras com marcas de sangue. É confundida com a Catedral de S. Basílio de Moscovo, dadas as suas semelhanças arquitetónicas. Ao contrário da Catedral Moscovita, na qual foi inspirada, esta não se localiza numa gigantesca Praça, mas junto a um dos vários canais que banham a cidade, nas proximidades da celebérrima avenida “Nevsky Prospekt”. Apesar de não aparentar, pois as suas cores são menos garridas, consegue ser maior, mais rica em detalhes e o seu interior bem mais requintado, sendo um verdadeiro museu de arte. À semelhança das Igrejas tradicionais Russas, não possui esculturas, sendo totalmente decorado com mosaicos que usam pedaços de pedras semipreciosas de diferentes cores.
Visitar o interior de uma catedral Ortodoxa é um encanto e transmite paz. Sempre que o faço não desperdiço a oportunidade de efetuar o ritual de colocar velinhas aos santos, pelas pessoas que me são chegadas e pelas amizades que possuo sobretudo nesses países do Leste Europeu.
Igreja do Sangue Derramado, São Petersburgo, Rússia
Numa altura em que a Ucrânia se encontra em guerra, seria uma injustiça não incluir um dos seus monumentos neste artigo de viagens, desejando que a paz volte rápido a essa lindíssima nação. Desconhecemos o que nos tempos mais próximos vai suceder à Ucrânia, ao seu património e ao seu povo, e que repercussões terão na Europa e no Mundo.
A Catedral de Santa Sofia e o Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas são os maiores símbolos de Kiev, tal como a Catedral de S. Basílio o é para Moscovo. Localizam-se na Colina Volodymyrska, local acessível de funicular e de onde é possível observar a vista para o Rio Dniepre que banha a cidade. A Catedral Santa Sofia é a mais antiga catedral da cidade. Destaca-se pela cor verde no exterior e as suas cúpulas douradas. O seu interior é coberto de mosaicos e pinturas de mestres bizantinos do século XI. Trata-se do primeiro monumento Ucraniano reconhecido como Património da Humanidade pela UNESCO.
O Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas distingue-se pela cor azul no seu exterior e como é óbvio, pelas suas cúpulas douradas. Construído na Idade Média pelo Grão-príncipe Esvetopolco II, este mosteiro é composto pela catedral, pelo refeitório de São João “O Divino” construído em 1713, pela Porta Económica construída em 1760 e pelo campanário que foi acrescentado entre 1716 e 1719. O exterior foi reconstruído no século XVIII em estilo Barroco Ucraniano, enquanto o interior continua com o seu Estilo Bizantino original A catedral foi destruída na década de 1930 pelos Soviéticos sendo reconstruída após a independência da Ucrânia em finais do século XX.
Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas, Kiev, Ucrânia
Catedral Santa Sofia, Kiev, Ucrânia
Praça Tiananmen – Pequim – China
Esta praça é o epicentro da China que juntamente com a Praça Vermelha de Moscovo, são as praças mais importantes e mais poderosas do Mundo. A sua História foi escrita com sangue, e por isso é tão conhecida no Ocidente. A 4 de Junho de 1989, o exército abriu fogo perante manifestantes, que se mobilizavam de forma pacífica contra a repressão e corrupção do Regime. Muitos deles eram jovens estudantes, que foram assassinados às mãos do Governo Comunista, que por lá se vai mantendo e desrespeitando os Direitos Humanos.
As suas dimensões, tornam-na como uma das maiores praças do Mundo. Tal como a Praça Vermelha, o seu tamanho e arquitetura soviética provocam medo cénico ao visitante. Patrulhada por um grande aparato de polícias e militares, todos eles com cerca de 1,90m de altura, com ar sisudo, alguns munidos de extintores, pois as autoimolações são uma forma de protesto comum na China, sobretudo os Tibetanos. A entrada na Praça de Tiananmen está sujeita a controlo de identidade e revista de segurança. Abre portas ao nascer, e fecha ao pôr do sol. A cerimónia, consoante se trate, do hastear ou do arriar da bandeira da China, para o qual os visitantes se juntam a observar, é uma manifestação de orgulho Nacional, em frente da foto, no extremo Norte, de Mao Tsé Tung, fundador da República Popular da China. O seu corpo está colocado num mausoléu, um edifício enorme que é possível visitar. A visita não dura mais de dois minutos, mas são certamente os dois minutos mais intensos de qualquer viagem à China, pois assistir aos visitantes fazendo vénias à sua estátua na entrada e depositando nela flores, antes de se dirigirem em passo acelerado sem paragens por um corredor de onde se avista uma sala pouco iluminada, cercada por vidros, onde se encontra o caixão, junto com guardas em sentido, causa arrepios.
No lado Oeste da praça, encontra-se o Museu Nacional da China é um dos maiores e mais visitados do Mundo. Do lado Este, o Grande Salão do Povo, onde ocorrem as reuniões do Partido, do Governo por conseguinte, mas não é aberto ao público. No centro da praça, existe o “Monumento dos heróis do povo” que possui 38 metros de altura e também está cercado de forças de segurança. No extremo Sul, o Portão de Qianmen que fez parte da muralha da cidade. Saindo do perímetro da praça, atravessando a Avenida Chang’an pela passagem inferior, chegamos à Porta de Tiananmen onde se encontra o quadro de Mao Tse Tung e desde aí é possível observar a vista panorâmica.
Na China qualquer coisa por lá é tida como “a maior do Mundo”…
A Cidade Proibida é uma cidade dentro de outra cidade. O nome de Cidade Proibida surgiu pelo facto de apenas o imperador, sua família e empregados especiais terem permissão para entrar lá dentro.
Saindo da Praça Tiananmen, onde a grande parte dos nossos dias em Pequim são passados, atravessando a Avenida Chang’an pela passagem inferior, chegamos à Porta de Tiananmen onde se encontra o quadro do Grande Líder, Mao Tse Tung. Largos metros à frente, pela Portão Meridian chegamos à Cidade Proíbida.
É o maior palácio do Mundo. Possui cerca de 1000 edifícios que ocupam 720 mil m² de área. Julga-se que (eu não as contei…) possui 9999 divisões, entre quartos e salas, dado o número 9 ser o número da sorte para os Chineses. A sua construção levou 14 anos e foi ordenada pelo imperador Chengzu da dinastia Ming em 1406.
O Último Imperador, Pu Yi, retratado no cinema por Bernardo Bertolucci, foi ali rodado. É um encanto, é inesquecível visitar a Cidade Proibida. A Sala do Trono, onde o filme tem a comovente cena final, é o local mais fotografado, onde a multidão se amontoa para conseguir de longe, do lado de fora, a melhor selfie. Dizem eles que os tijolos do soalho são mais caros que o ouro. Com a Revolução, Pu Yi acabou os seus dias como jardineiro, possivelmente pelos jardins Imperiais, mesmo ali ao lado.
Foto de Mao Tsé Tung em frente à Praça de Tiananmen, Pequim, China
Na China tudo é grande, e claro, a Grande Muralha é mais monumento à sua imagem.
Existe há cerca de 2200 anos, possui mais de 21 mil km e é visível do Espaço. Um conjunto de séries de fortificações feitas de pedra, tijolo, terra compactada, madeira ou outros materiais, com 8 m de altura e 4 m de largura. A sua construção custou a vida a mais de 300 mil trabalhadores, ao longo de centenas de anos que durou. Os Chineses afirmam que é o maior cemitério do Mundo! Foi erigida com objetivo proteger o país dos invasores, mas também ocupar prisioneiros e soldados que com o fim das guerras ficavam sem trabalho.
Jinshanling é uma das 3 localidades acessíveis de Pequim, a mais distante, a cerca de 150Km, para visitar a Grande Muralha. É tida como a mais pitoresca. É acessível através de tour organizado de um dia, com saída pelas 6 horas da manhã, pois mais tarde para sair da cidade, o trânsito é caótico. O caminho de ida e volta é feito em autoestrada e sujeito a vários checkpoints policiais.
Os visitantes fazem uma caminhada com cerca de 5Km subindo e descendo a mesma e desfrutando da paisagem. Aquele troço separa a China da antiga Manchúria. Se tiverem sorte e apanharem céu limpo, e em alturas como o Ano Novo Chinês, em que muitos Chineses deixam as grandes cidades rumando às suas terras de origem, poderão tirar belíssimas fotografias e quando regressarem dirão que tiveram a Muralha da China só para vocês.
Hong Kong até hoje é o local do continente Asiático que mais me encantou. É considerada a cidade com maior número de arranha céus do Mundo. Até 1997 pertenceu ao Reino Unido, hoje tem o estatuto de “Região Administrativa Especial” tal como Macau, o que não lhe confere a Independência da China (continental) apesar de possuir por exemplo Governo próprio, moeda própria, hino, bandeira e leis próprias por exemplo sem aplicação da pena de morte. A China é um país com dois sistemas, Comunismo e Capitalismo, e em Hong Kong o último que impera em larga escala. Quando subimos ao Pico Victoria e observamos a vista panorâmica sobre a cidade, e ao cair da noite as luzes dos edifícios, lá em baixo, a acenderem alternadamente ficamos deslumbrados.
Em Ngong Ping, um planalto no ponto mais alto da Ilha de Lantau, a cerca de 50 km do centro financeiro de Hong Kong, encontra-se o Buda Tian Tan na posição sentado. Uma estátua de bronze, formada por 202 peças, com 34 m de altura e pesando 250 toneladas, sendo considerada a maior estátua do Mundo de um Buda sentado. Foi inaugurada em finais de 1993 e simboliza a relação harmoniosa entre o Homem e a natureza, as pessoas e a Religião. A base da estátua, que tem a forma de uma folha de lótus, encontra-se rodeada, ao longo da plataforma onde se acede, por pequenas estátuas de Deuses que representam a Imortalidade. Aceder a essa plataforma, subindo uma escadaria com 268 degraus, e desfrutar dessa vista panorâmica, juntamente com a visita ao Pico Vitória são os momentos supremos de uma viagem a Hong Kong.
O Grande Buda faz parte do Mosteiro “Po Lin” (cá em baixo da escadaria) que é o principal centro de Budismo em Hong Kong. O mosteiro foi fundado por três monges em 1906. Inicialmente foi chamado “The Big Hut” mas em 1924 passou a chamar-se “Po Lin”, que significa Lótus Precioso. O complexo do mosteiro contém um templo, as casas dos monges, um restaurante vegetariano e várias lojas que vendem incenso para usar nos rituais, e até os turistas, não sendo budistas, também praticam. No templo encontram-se três estátuas de Buda que representam o passado, o presente e o futuro, e diversas inscrições Budistas. Por lá também circulam livremente vacas. A minha primeira reação foi medo, mas depois verifiquei que são animais dóceis e afáveis…
É possível aceder ao local de teleférico ou de autocarro. Infelizmente não tive escolha, o teleférico encontrava-se parado para manutenção. Um dia que regressar a Hong Kong terei de voltar a Ngong Ping e fazer essa viagem de teleférico. Dura cerca de 25 minutos a avaliar pelo cenário envolvente, deve ser encantadora…
Tal como Hong Kong, Macau é outro território com estatuto de Região Administrativa Especial da China. Foi território Português até 1999. Nos últimos anos transformou-se numa meca dos jogos de azar, recebendo os seus casinos mais visitantes que os de Las Vegas. Normalmente os turistas Portugueses visitam Macau em um dia num bate volta desde Hong Kong. Em 2017 de Catamarã a viagem durava cerca de 1 hora. É necessário apresentar o passaporte e preencher o formulário de emigração, tanto na chegada a Macau como a Hong Kong no regresso. Macau, tem os seus encantos, sobretudo para nós Portugueses. Existem diversos Monumentos e Igrejas espalhados pelo Centro Histórico, percorrido por turistas Chineses ávidos de conhecer a Europa, que afinal por ali existe uma pequena amostra do seu sul. Mesmo sem encontrar por aqueles lados quem fale a língua de Camões, quando percorremos aquelas ruas, algumas com calçada Portuguesa e com indicações em Língua Portuguesa, sentimos que chegamos a uma pequena cidade em Portugal, quando na realidade nos encontramos a milhares de quilómetros e num fuso horário bem diferente. Fora do Centro Histórico, na Ilha de Taipa, encontram-se os Casinos.
Como viajante orgulho-me de ter juntado Macau ao meu rol de países visitados, apesar de não ser dos locais que mais me encantou. Muitas vezes digo a brincar que comparar Macau com Hong Kong, é como comparar Lisboa com Loures…
As Ruínas de São Paulo são o ex-libris de Macau. Estão inscritas como Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Trata-se das ruínas da antiga Igreja da Madre de Deus e do Colégio de S. Paulo, importante complexo do século XVI destruído por um incêndio em 1835. Foram construídas pelos Jesuítas, sendo o lugar alcunhado como a “Acrópole de Macau”. A fachada de granito, daquela que foi a maior e a mais bela das igrejas de Macau, e a sua escadaria monumental de 68 degraus é o que podemos observar. E mesmo ali ao lado vendem-se bifanas e pastéis de nata, como se diz por lá, “pork chop bon” e “Portuguese egg tart”, o que nos faz sentir em casa!
Em Lisboa, no ano de 1998 ocorreu uma Exposição Universal, a “Expo´98”. O Pavilhão de Macau possuía entrada uma réplica deste monumento que fez imenso sucesso. Desde 2004 o mesmo foi transferido para o Parque da Cidade de Loures e hoje é considerado o ex-libris da cidade de Loures.
O Japão é um país que nos encanta, mas em beleza perde para a China. As cidades gigantescas de Tóquio e Osaka cansam-nos de tão modernas que são, com arranha céus, com milhares de pessoas pelas ruas, com uma organização e um conceito de cidadania como não há igual no Mundo. No Japão até uma casa de banho pode ser considerada uma lição de tecnologia, de vida e de boas maneiras. Casas de banho no Japão, não são monumentos, mas são monumentais!
Quando chegamos a Quioto sentimos um enorme alívio pois “finalmente” encontramos uma cidade “bonita”, com cultura ancestral e histórica, ou não se trate de uma antiga capital do Japão. Foi esse facto que em 1945 a salvou da bomba nuclear.
Quioto, a cidade das gueishas, possui cerca de 3000 templos e santuários budistas e xintoístas, sendo 16 registrados como Património da Humanidade pela UNESCO. O Templo do Pavilhão Dourado, o “Kinkaku-ji”, é o mais importante e provavelmente o edifício mais procurado do Japão. Faz jus ao nome, grande parte é forrado a folha dourada. Um templo com muita História e de uma beleza sem igual. Possui no telhado uma “fenghuang” (Fénix Chinesa) dourada. Fica localizado no meio de um lago espelhado (Kyōko-chi), dentro de um complexo constituído por um jardim. A vista de qualquer lado é impressionante e cada imagem vale mesmo por mil palavras.
Nos tempos que correm, o apelo à paz deve ser uma constante. Assim, introduzir este memorial neste rol é obrigatório. Visitar Hiroshima é dedicar parte do nosso tempo a refletir sobre a paz. As armas nucleares foram utilizadas pelo Homem contra o seu semelhante por duas vezes. Em 1945, Hiroshima foi a primeira cidade do Mundo a sofrer um ataque nuclear, Nagasaki foi a outra. Só em Hiroshima, a bomba matou instantaneamente mais de 70.000 pessoas e outras tantas morreram devido a ferimentos graves e à radiação, e ainda hoje muita gente sofre as consequências físicas e mentais.
O Parque Memorial da Paz é um parque urbano que contém diversos memoriais, para que as consequências da Guerra Nuclear em Hiroshima nunca sejam esquecidas e sejam sempre lembradas, apelando assim a uma reflexão profunda de todos os visitantes. Ao percorrê-lo encontramos por exemplo, o Sino da paz, que somos convidados a tocar para que seja ouvido por toda a gente em todo o Mundo e para que armas nucleares não voltem a ser usadas pelo Homem contra o seu semelhante. De todos estes memoriais e monumentos presentes, o mais famoso é o Monumento em Memória das Vítimas Coreanas da Bomba Atómica, que além destas também homenageia as vítimas do colonialismo Nipónico. Um local onde as homenagens protocolares são anualmente realizadas e começam com um minuto de silêncio à hora exata em que a bomba atómica foi lançada pelos Estados Unidos. Dada a sua forma em “U” invertido, através dele, consegue-se ver a Chama da paz que está permanentemente acesa e o “Genbaku”. O “Gembaku” é o local que mais chama a atenção. São as ruínas de um edifício construído para a promoção industrial da cidade. Foi mantido assim como forma de homenagear as vítimas desta tragédia. A bomba explodiu a cerca de 150 metros do mesmo.
Junto ao Parque Memorial da Paz, existe o Museu Memorial da Paz que é obrigatório visitar.
Cada viajante tem o direito a ter a sua opinião, os outros só terão que aceitar. Puxando pelos “meus galões”, com mais de 50 países estrangeiros que visitei e com dezenas de crónicas de viagem que tenho escrito, tenho estatuto para afirmar que viajar para a Índia só se justifica para visitar Goa, Mumbai e o Taj Mahal, pois o resto é muito sofrível. A cidade de Agra, onde o Taj Mahal se encontra, pouco mais possui que interesse visitar. É uma cidade superpovoada, escura, suja e poluída. Nas imediações do monumento não é permitida a circulação de veículos que não sejam de tração elétrica. Muitas vezes são colocados andaimes nos minaretes do Taj Mahal para se proceder a limpezas, pois devido à poluição, os mesmos ficam com tonalidade amarela. Tive sorte pois encontrei o monumento intacto.
O Taj Mahal normalmente é visitado ao nascer do Sol e é local para passarmos no mínimo uma manhã. Ali o tempo passa muito rápido. Quando pela primeira vez vemos o monumento, construído em mármore branco, a aparecer perante nós no meio da neblina matinal, sentimos que todos os “sofrimentos” para ali chegar valeram a pena! Existe também a possibilidade de visitar em noite de Lua cheia. Dizem que é um sonho…
A visita ao Taj Mahal dispensa apresentações, mas o seu interior, onde curiosamente não deixam fotografar, não tem interesse algum, pois além do mausoléu, a decoração nada nos diz e o espólio é inexistente.
Trata-se de um monumento ao amor! Embora para nós esse “amor” seja difícil de entender…Mandado construir pelo Imperador Shah Jahan em memória de sua (leiam bem ) esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal . Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna. A obra foi efetuada entre 1632 e 1653 com a mão de obra de 20 mil homens trazidos de várias cidades do Oriente.
A Índia é um país mormente Indu, mas em Agra reina o Islamismo. Inclusivamente o monumento possui nas fachadas, diversas inscrições em Árabe, retiradas do Alcorão.
Em língua Tailandesa é chamado de “Phra Borom Maha Ratcha Wang”, aquele que é certamente o local mais importante de Banguecoque. Um conto de fadas ao estilo Oriental dado a arquitetura dos edifícios presentes, à sua decoração, à cor amarela dourada predominante e também aos Templos Budistas, sendo o Esmeralda (Wat Phra Kaeo) o de maior destaque. Um complexo gigantesco carregado de magia onde se inclui o “Phra Maha Monthienm”, um grupo de edifícios onde ficava a residência do Rei, a “Phra Thinang Amarin Winit chai”, onde se localiza a sala do trono e o “Phra Thinang Chakri Maha Prasat”, um salão real construído por um arquiteto Inglês, que mistura os estilos Europeu e Tailandês. O Museu e o templo do Buda Esmeralda, com dois andares, que guarda artefatos dos anos de construção e ocupação do Grande Palácio, assim como esculturas e outros objetos artísticos, e o Pavilhão de Regalia, onde se encontra parte do Tesouro Nacional. Na Tailândia o Rei tem uma adoração extrema e qualquer forma de crítica ou sátira à sua figura é um considerado um crime grave e severamente punido.
Um local que marca a minha história de vida e de viajante, ali passei parte do dia do meu 40º aniversário. O “país dos sorrisos” foi o primeiro país do continente Asiático que visitei.
Nova Iorque é uma selva de pedra, mas é também uma cidade encantadora com uma atmosfera única. Vemo-la no cinema recorrentemente. Visitarmos aquela que Frank Sinatra imortalizou numa das suas músicas, como a “Cidade que nunca dorme”, percorrermos esses cenários dos filmes da nossa imaginação é um sonho tornado realidade. Nova Iorque é uma megalópole, com pouca História, moderna, com grandes avenidas e arranha-céus de arquitetura retilínea e mesmo assim consegue ostentar um dos monumentos mais importantes do Mundo.
Da Ilha da Estátua da Liberdade, onde acedemos em tours, podemos observar ao longe as vistas sobre a “Big Apple” e ao perto um dos maiores símbolos do poder Americano. Foi uma oferta da França aos EUA, em 1876 para comemorar o centenário da sua Independência do Reino Unido. Foi construída em solo Francês pelo escultor Frederic-Auguste Bartholdi sobre uma estrutura projetada por Eugene Emmanuel Viollet-le-Duc e Gustave Eiffel. Consta-se que o rosto da mulher representada na estátua foi inspirado na mãe do escultor. A obra foi concluída em 1884. Foi posteriormente desmontada em 350 peças e embalada em 214 caixas, tendo sido transportada para os EUA pela fragata Francesa “Isere”, onde a sua montagem no pedestal durou cerca de 4 meses. Foi inaugurada em 1886 pelo Presidente Grover Cleveland.
Pesa 225 toneladas e mede 47 m de altura, alcançando com o pedestal os 93 m. O fogo da tocha erguida pela mulher representa a liberdade do povo. Na sua coroa existem 25 janelas, que simbolizam as jóias encontradas naquelas terras, e 7 raios que representam os 7 continentes e os 7 mares do Mundo. Na mão esquerda segura uma tábua, na qual está escrito em numeração Romana a data de “4 de Julho de 1776”.
Existem várias Estátuas da Liberdade pelo Mundo fora, inclusive em Paris. Essa, foram os Americanos que “devolveram a gentileza” aos Franceses. Para comemorar os 100 anos da Revolução Francesa, a comunidade Estadunidense em Paris ofereceu à cidade uma réplica em bronze, de 22 m de altura, da famosa estátua Nova Iorquina. Mas como é óbvio é apenas uma réplica como as demais…
Parte do dia do meu 41º aniversário passado pela Ilha da Estátua da Liberdade, tendo a revista do Sport Lisboa e Benfica, “Mística”, na secção “Benfiquistas pelo Mundo” publicado uma foto minha em grande comemoração!
Os Emirados Árabes Unidos, país que há cerca de 40 anos era constituído por pequenas aldeias de pescadores e pelo Deserto, são nos dias de hoje conhecidos pelo Dubai, a sua maior cidade, pelas suas extravagâncias que desafiam a natureza. A sua capital é Abu-Dhabi, que é outra selva de pedra. No entanto, o país tem uma História e uma cultura bastante interessante e que vai muito além das suas grandes cidades que cresceram desmesuradamente na orla marítima do Golfo Pérsico à custa do “petrodolar”.
A visita a Abu-Dhabi, a cerca de 140 Km do Dubai, vale sobretudo pela Mesquita do Sheikh Zayed. Estamos num país Muçulmano, que recebe bem quem o visita. Assim, devemos respeitar a lei, os costumes e as regras de etiqueta. Uma mesquita é um local de oração e devemos ter isso em conta. É uma benesse ser permitido a um turista visitar gratuitamente um local desta natureza e com esta grandeza, pois pelo Mundo fora há locais deste nível, em Meca na Arábia Saudita por exemplo, que por motivos religiosos são vedados ao turismo.
Inaugurada em finais de 2007, é uma das mesquitas mais impressionantes do Mundo, pelas suas dimensões e pela sua beleza. Rodeada de jardins, possui 4 minaretes com mais de 100 m de altura, 80 cúpulas de mármore que se elevam sobre um teto suportado por 1000 pilares. Para a construção foram necessárias cerca de 90 mil toneladas de mármore branco, no qual se realizaram vários desenhos florais com incrustações de pedras semipreciosas.
A obra é uma mescla de estilos arquitetónicos: Mameluco, Otomano, Mourisco, Indo-islâmico e Fatímida. No salão principal, sobressaem os enormes candeeiros de cristal “Swarovski” decorados com ouro de 24 quilates, o maior possui 40 quilos de ouro e pesa 11 toneladas. O tapete que cobre a sala principal é o maior do Mundo e para o fabricar foram necessários 1200 artesãos que durante dois anos, teceram bilhões de nós com os melhores algodões trazidos do Irão e da Nova Zelândia.
Guardo as memórias para a posteridade e a minha foto com um turbante e a Mesquita do Sheikh Zayed como pano de fundo.
Istambul é um local mágico que nos conquista desde o primeiro momento. Possui muitas parecenças com Lisboa, apesar de ser no mínimo umas 10 vezes maior. A cidade distribui-se por várias colinas e é banhada pelo Bósforo, com várias pontes a atravessá-lo. Foi por esse motivo que Calouste Gulbenkian, um Arménio, que ali nasceu, escolheu Lisboa para viver. Possui uma excelente oferta de monumentos, nomeadamente palácios, onde o Topkapi e o Dolmabahçe se destacam, e mesquitas, cerca de 3000, na Turquia a religião predominante é a Muçulmana.
A Mesquita Azul é o cartão postal de Istambul. Oficialmente chamada de Mesquita Sultão Ahmed (Sultanahmet Camii). Construída em estilo Clássico Otomano, possui 43 m de altura e destaca-se pelos seus seis minaretes. O seu interior, com os 20 mil azulejos azuis que adornam a cúpula e a parte superior da mesquita, tal como os mais de 200 vitrais e lustres pendurados no teto que o iluminam, é impressionante
A mesquita ocupa uma parte da área outrora ocupada pelo Grande Palácio de Constantinopla, a residência dos Imperadores Bizantinos entre 330 e 1081. Em 1606 o Sultão Ahmed quis construir uma mesquita maior, mais imponente e mais bonita do que a Santa Sofia.
A Mesquita Azul encontra-se no centro nevrálgico de Istambul, por onde os turistas passam grande parte dos dias. Dali facilmente se acedem a muitas das principais atrações turísticas da cidade, como por exemplo o Grande Bazar, a Santa Sofia e o Palácio Topkapi onde as suas varandas nos proporcionam vistas soberbas sobre as partes da cidade nos dois continentes, Europa e Ásia separados pelo Bósforo.
Em Istambul o pôr do sol tem mais encanto, sobretudo com a Mesquita Azul no horizonte.
O Rio de Janeiro não é a capital do Brasil, mas é a “Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil”. O Cristo Redentor é o monumento mais emblemático da cidade e do Brasil. A estátua encontra-se situada no Morro do Corcovado a 709 metros de altura. O local, que também é um santuário, proporciona vistas panorâmicas de sonho, sobre o Rio de Janeiro, sobre a Baía de Guanabara, sobre Niterói e também sobre o Oceano Atlântico. Nos muitos países que visitei, ainda não encontrei um local tão belo como este, facto que colocou o Brasil no meu “top 10”.
O monumento é procurado sobretudo pela vista que proporciona, mas o Cristo Redentor, que no alto do seu pedestal abraça a cidade, é uma enorme obra de arte, tendo já sido considerado uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno. A estátua do Cristo Redentor do Rio de Janeiro foi inaugurada em 1931, possui 30 m de altura, cada braço tem uma área de 88 m² e o pé mede 1,35 m. Só a cabeça pesa 30 toneladas.
Os criadores da obra são o engenheiro Heitor da Silva Costa, o pintor Carlos Oswald e o escultor Maximilian Paul Landowski, que esculpiu a cabeça e as mãos. A estátua que está preparada para resistir a rajadas de vento até 250 km/h, foi construída no Brasil, à exceção da cabeça e das mãos, que foram moldadas em Paris. O corpo foi feito em pedra de talco cortada em milhares de triângulos, que foram colados à mão sobre um tecido e posteriormente aplicados na estátua.
O interior da estátua, que não é visitável, é composto por vários patamares ligados por escadarias, formando andares que se abrem nos braços e na cabeça. Ele contém o coração do Cristo Redentor, que mede 1,30 m.
Cristo Redentor, Rio de Janeiro, Brasil
No Chile existe o Santuário da Imaculada Conceição de onde no alto do Cerro San Cristóbal, a Virgem da imaculada Conceição abraça a cidade de Santiago, podendo “de grosso modo” considerar-se a versão feminina do Corcovado do Rio de Janeiro. Mas jamais poderemos comparar a beleza do Rio de Janeiro com a de Santiago…
Seria imperdoável não incluir o que quer que fosse, de Londres, onde recentemente tive oportunidade de regressar ao fim de quase 24 anos, nesta lista de monumentos.
O maior símbolo da cidade, o relógio mais famoso do Mundo, o edifício que por todo o lado tem servido de modelo a outros, a Elizabeth Tower, assim se passou a chamar em 2012 para marcar o Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II. A torre contém o maior relógio de 4 lados do Mundo. Big Ben, apesar de ser assim erradamente chamada a torre, é de facto o nome dado ao seu enorme sino com quase 14 toneladas, cuja melodia que emite dando horas, é famosa em todo o lado. Todos os anos assistimos nas televisões, à entrada no ano novo em Londres, o mesmo horário de Lisboa, marcado pelo toque do Big Ben, na altura em que meio mundo já se encontrava no ano seguinte.
Junto à torre (Big Ben) localizam-se as Casas do Parlamento, onde estão instaladas as duas Câmaras do Parlamento do Reino Unido: a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes. Atravessar a Ponte de Westminster, uma das várias que atravessa o Rio Tamisa, e contemplar este monumento e o seu enquadramento na paisagem é o momento mais marcante de uma viagem a Londres.
E por falar em pontes sobre o Tamisa, seria imperdoável não referir a mais famosa. Aquela que é a ponte mais famosa em todo o Mundo. Uma ponte basculante, construída em 1894. O seu enquadramento paisagístico é extraordinário, com a famosa e antiga Torre de Londres, contrastando com a modernidade dos edifícios do centro financeiro, a “city of London” e dos outros localizados na margem contrária. Sugiro uma ida ao Sky Garden, que é gratuito (mas convém marcar online) e do lá alto, do 35º andar, observar toda esta zona envolvente e deste modo tornarão a vossa estada em Londres como inesquecível.
O facto de Londres não possuir arranha céus em grande parte da cidade, é a vista das zonas históricas para a Catedral de São Paulo não ser obstruída. Localizada próxima do centro financeiro, esta Catedral Anglicana foi construída em 1710 no local onde sempre existiram templos religiosos. Ali existiu um dólmen e posteriormente um templo Grego. Este templo foi substituído pela igreja mais antiga da Inglaterra, construída no ano 604. Dada a sua construção em madeira, foi um dos diversos edifícios afetados pelo incêndio de 1666. Reconstruída em diferentes ocasiões acabou por se tornar no enorme edifício atual. A sua arquitetura destaca-se pela enorme cúpula visível a larga distância.
Ali foram levadas a cabo as cerimónias do casamento do Príncipe Carlos com a Princesa Diana, e do funeral de Winston Churchill.
Catedral de São Paulo e Ponte do Milénio, Londres, Inglaterra
Catedral de São Paulo vista desde o Sky Garden, Londres, Inglaterra
Catedral de São Paulo, Londres, Inglaterra
Elizabeth Tower (Big Ben) e Casas do Parlamento, Londres, Inglaterra
Elizabeth Tower (Big Ben), Londres, Inglaterra
Tower Bridge vista do Sky Garden, Londres, Inglaterra
Apesar dos preços exorbitantes atualmente pedidos para visitar esta atração turística, dei por bem empregue o tempo e o dinheiro despendidos. Somente percorrendo os seus cerca de 2 Km conseguimos ter a real perceção do que é aquela que é chamada a Pérola do Adriático. A cidade recentemente, e as suas muralhas, entraram na ribalta devido às filmagens da série “Game of Thrones”, daí o número de visitantes ter subido em flecha. Mas a História destas muralhas, com cerca de 25 metros de altura, é bem mais antiga. Remonta ao século XIII, altura em que foram construídas para proteger a cidade de ataques, que viriam a acontecer em poucos anos. A República de Veneza conquistou Dubrovnik. A História da cidade, que já foi chamada de Ragusa, remonta ao século VII, com a formação da República de Ragusa. Ao longo dos séculos, disputas de territórios não faltaram. Eslavos, Otomanos e até mesmo Napoleão Bonaparte escreveram o seu nome na História de Dubrovnik, conseguindo este último a proeza de as suas tropas transporem estas muralhas. Já no século XX, Dubrovnik livrou-se dos ataques das duas Guerras Mundiais, mas não escapou aos bombardeamentos da Guerra da Jugoslávia. Sérvios e Montenegrinos não aceitaram a declaração de independência Croata. Os bombardeamentos de Dubrovnik de 1991 foram o pior ataque que a cidade sofreu, tendo sido destruídos edifícios históricos e mortos civis durante os 8 meses que durou o cerco. Mas as muralhas resistiram!
É um enorme prazer percorrer as muralhas e desfrutar do seu alto, das vistas para a cidade e sobre a sua costa banhada pelo mar Adriático. As muralhas bem como toda a perspetiva da cidade também podem ser observadas do alto do Forte Imperial. No Mundo não existe mais nenhuma cidade que conserve umas muralhas desta magnitude em perfeito estado.
Muralhas de Dubrovnik – Croácia
Muralhas de Dubrovnik – Croácia
Muralhas de Dubrovnik – Croácia
Palácio de Diocleciano – Split – Croácia
O antigo Imperador Romano, Diocleciano, ordenou a sua construção para ali gozar a sua “reforma dourada”, após a sua abdicação voluntária no ano 305. Ali viveu os últimos anos da sua vida. Atualmente as suas ruínas são a principal atração da cidade de Split e que coincide com o seu o centro histórico. Passeando por estas ruas, podemos visitar a catedral, o Templo de Júpiter e as partes subterrâneas, que serviam para armazenar mantimentos, e em uma dessas alas foram filmadas partes da série “Game of Thrones”. Passear pelo interior do Palácio de Diocleciano quando visitamos a cidade, transporta-nos vários séculos no tempo.