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ALGUNS DOS MELHORES MUSEUS PELO MUNDO – CONTINENTE AMERICANO

 

ALGUNS DOS MELHORES MUSEUS PELO MUNDO – CONTINENTE AMERICANO

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Museus são dos locais mais conhecidos dos países, sendo por isso muito procurados e bastante concorridos pelos viajantes dos quatro cantos do Mundo. Muitos deles, para não dizer a esmagadora maioria, visita-os independentemente de serem ou não “experts” em arte ou em qualquer outra área. Posar junto das mais célebres obras de arte ou outros objetos expostos, é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição.
Museus grandiosos, não só de arte, existem pelo Mundo fora. Temas como guerra, ciência, tecnologia, desporto, vinho, cerveja, ou mesmo aparentemente tão estranhos como casas de banho…

Dos diversos países que visitei, tive a oportunidade e o privilégio de ter entrado e passado algum tempo junto de algumas das obras de arte mais famosas do Mundo ou de outros artefatos que fizeram História. Em todos eles aprendi algo e saí um pouco mais culto e informado do que entrei!

Aqui segue uma lista, de alguns dos museus que visitei ao longo da minha vida de viajante, os que considero como os mais importantes, agrupados por cada tema, e cuja visita recomendo vivamente:

 

MET – Museu Metropolitano de Arte – Nova Iorque – EUA 

 

Os EUA são um país com uma História recente, muitos dizem que é um “país sem História” e que os Americanos não primam pela cultura, mas Nova Iorque é uma cidade com enorme oferta cultural. Ópera, Musicais da Broadway, concertos, galerias de arte e museus.
Localizado em Central Park, o MET é um dos maiores museus do Mundo e encontra-se entre os 5 museus mais visitados.
Destaca-se na coleção, a pintura europeia dos séculos XII-XX e diversas obras da arte antiga Grega, Romana, Egípcia e Oriental. Duas das suas salas são dedicadas a pinturas e esculturas de artistas Norte Americanos. Existem também secções dedicadas a instrumentos musicais, armas e indumentárias.
Parte da ação do filme “O Pintassilgo” é passada aqui.

Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque, entrada

 

Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque, arte Egípcia

 

Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque, interior

 

 

Museu Americano de História Natural – Nova Iorque – EUA 

 

Existem vários museus de ciências e de História Natural espalhados por vários países, mas este localizado em Central Park, é tido como o melhor. O seu espólio é composto por mais de 35 milhões de objetos, sendo considerado o mais amplo do Mundo. Grande parte do espólio não se encontra exposto, ocorrendo a sua mostra de forma revezada.
As salas mais importantes são as da biodiversidade, que expõem centenas de animais dissecados, a de minerais e meteoritos e a dos dinossauros, com fósseis e reproduções em tamanho natural, sendo essa a sala mais famosa! Aliás, vários Museus de História Natural pelo Mundo fora possuem uma grande sala com esqueletos de dinossauros. Londres e Tóquio são exemplos.

Nova Iorque é uma cidade que conhecemos através do cinema e este Museu não foge à regra. Recordemos Robin Williams que por lá contracenou em ” A Noite no Museu” com aqueles animais embalsamados a ganharem vida. Os visitantes por isso não esquecem de posar com o “Dum-dum”, cujas filas são enormes!

 

Museu Americano de História Natural , Nova Iorque, o Dum-dum

 

Museu Americano de História Natural, Nova Iorque, Sala dos Dinossauros

 

Museu Intrepid, do Mar, do Ar e do Espaço – Nova Iorque – EUA 

 

Um museu de História militar e marítima, localizado num gigantesco porta-aviões da II Guerra Mundial, fundeado no rio Hudson, a pouco mais de 1Km de Times Square em Nova Iorque. Lá estão expostos vários aviões utilizados em guerras e operações especiais, como por exemplo o Lockheed A-12, um avião de reconhecimento utilizado pela CIA. O Concorde, avião comercial supersónico que ligava Londres a Nova Iorque em 3h30, e em 2003 deixou de voar, é outra das atrações famosas. Exibe também um submarino nuclear, o USS Growler, que foi utilizado na Guerra Fria.
O ponto alto da vista é o vaivém espacial “Enterprise” guardado no seu interior.

Museu Intrepid, do Mar, do Ar e do Espaço, Nova Iorque, diversos aviões em exposição

 

Museu Intrepid, do Mar, do Ar e do Espaço, Nova Iorque, Enterprise

 

Museu Intrepid, do Mar, do Ar e do Espaço, Nova Iorque, porta aviões onde se localiza

 

Museu Intrepid, do Mar, do Ar e do Espaço, Nova Iorque, Concorde

 

 

MUSEU HISTÓRICO NACIONAL – SANTIAGO – CHILE

 

“A História é escrita pelos vencedores” dizia George Orwell, e alguns anos antes Napoleão Bonaparte afirmava que “a História é um conjunto de mentiras dos quais chegamos a um acordo”. Por isso, nós europeus chamamos de Descobrimentos ao que os sul americanos consideram ocupações e genocídio. Visitando este museu salta à vista uma obra, localizada na sua escadaria que espelha esse sentimento sul americano. O museu exibe artefactos sobre a história do país desde os povos pré-colombianos até o momento em que foi dominado pela Ditadura militar de Augusto Pinochet.

O museu localiza-se em pleno centro da cidade, na Plaza de Armas, local de romaria obrigatória para quem visita Santiago.

 

Museu Histórico Nacional, Santiago, Chile

 

Museu Histórico Nacional, Santiago, Chile

 

 

MUSEU DA MEMÓRIA E DOS DIREITOS HUMANOS – SANTIAGO – CHILE

 

Excelente local que nos leva a refletir um pouco sobre o sofrimento daquele povo em anos tão recentes e que ainda hoje é sentido. Um povo de “sangue quente” que se revolta e luta pelos seus direitos. Um país em que as revoluções estão bem presentes e a política está em cada canto, seja murais de rua ou conversas de café. O museu relata as violações dos direitos humanos durante a Ditadura de Augusto Pinochet, que ainda deixa muitas feridas por sarar no povo chileno.

 

Museu da Memória e do Direitos Humanos, Santiago, Chile

 

 

MUSEU DO FUTEBOL – MONTEVIDÉU – URUGUAI

 

À semelhança da Argentina, o Uruguai também respira futebol, logo quem visitar esta parte do continente americano terá vários museus sobre o tema do desporto rei para visitar. Este museu faz parte do Estádio Centenário, que foi construído para o Mundial de 1930, um dos míticos estádios pelo mundo fora que é um regalo para um adepto de futebol visitar.  Ele expõe diversas relíquias, como botas e camisolas de famosos jogadores, e até árbitros, taças e fotografias de momentos marcantes da História do futebol e dos dois maiores clubes da cidade. Não falta uma área dedicada ao Campeonato do Mundo de 1950. Aquele célebre jogo da final, uma “tragédia nacional” batizada como “Maracanazo”. Ghiggia marcou o golo da vitória dos uruguaios e tornou-se uma das 3 pessoas que conseguiram calar o Maracanã. As outras foram Frank Sinatra e o Papa! Ghiggia virou herói nacional, mas faleceu em 2015 com 88 anos na miséria.  Posar com a estátua de Ghiggia, é um dos pontos mais altos da visita.

 

Museu do futebol, Montevidéu, Uruguai

 

Museu do futebol, Montevidéu, Uruguai

 

Museu do futebol, Montevidéu, Uruguai

 

 

Museu Marítimo do Presídio de Ushuaia – Ushuaia – Argentina 

 

Quem viu o filme “Os fugitivos de Alcatraz” ficará certamente com o “bichinho” de visitar as prisões, aquelas que viraram atração turística, obviamente. Esta prisão, localiza-se em Ushuaia a cidade mais a sul do Planeta, capital da Terra do Fogo, uma ilha na ponta do sul da Argentina, portanto é literalmente no “Fim do Mundo”. Dado o isolamento geográfico, cresceu à custa de uma colónia penal de onde fugir era além de impossível, impensável. Para lá eram enviados os piores criminosos. Ali viviam ao frio, em condições desumanas e obrigados a trabalhar na floresta, cortando e acartando troncos de árvores para aquecimento. Não havia como fugir dali, melhor dizendo, não havia para onde fugir. Houve quem tentasse, um regressou voluntariamente pelo seu próprio pé, outro ainda passou a fronteira para o Chile, mas os Chilenos trataram de o repatriar. Os guardas que ali trabalhavam também não tinham bom temperamento. Eles para ganhar a vida, também estavam isolados, longe da família e de certo modo também estavam ali presos, era difícil desempenharem aquele trabalho com gosto.

O presídio funcionou até perto do final da primeira metade do século passado. Tal como Alcatraz, foi encerrada devido aos seus elevados custos de conservação, mas a ideia que os Governos passaram é que foi por causas humanitárias. Hoje é um núcleo museológico, algumas celas permanecem como dantes, existem modelos de madeira de prisioneiros famosos com os quais podemos interagir. E com os guardas também.
É possível participar como prisioneiros numa experiência interativa, onde os carcereiros se encarregam de nos dar as “boas vindas”. É uma encenação muito bem feita. Antes da experiência, os participantes são convidados a beber um copo de vinho e no final, há uma enorme cavaqueira com os atores “carcereiros”.

O núcleo museológico exibe artefatos originais da História Marítima da Terra do Fogo, modelos em escala de grandes navios e navios mercantes que navegaram pela primeira vez naquelas águas, mapas e gráficos usados pelos primeiros exploradores, incluindo Fernão de Magalhães e a primeira viagem do HMS Beagle. No exterior, encontra-se uma réplica do farol de San Juan de Salvamento e um exemplar de canoas usadas pelas populações indígenas.

Museu Marítimo do Presídio de Ushuaia, exterior

 

Museu Marítimo do Presídio de Ushuaia, antigas celas

 

Museu Marítimo do Presídio de Ushuaia, posando com um prisioneiro

 

 

Museu da Paixão Boquense e Museu River

– Buenos Aires – Argentina

 

Existem muitos museus de futebol espalhados pelo Mundo. Os grandes clubes possuem quase todos um grande museu. Na América do Sul, existem clubes com milhões de adeptos. Consta-se que os sul americanos são os adeptos mais fervorosos. Buenos Aires respira futebol. A sua área metropolitana sedia vários clubes com títulos internacionais.
Os dois maiores clubes da cidade, o Boca Juniors e o River Plate, possuem os seus próprios museus. A visita aos mesmos engloba também a visita aos respetivos estádios, La Bombonera e Monumental. Nos museus encontram-se expostos troféus conquistados, equipamentos históricos e imensa informação sobre a história e a fundação dos clubes. Um adepto do desporto rei sente-se no paraíso.
Ao contrário do River Plate, que é associado à classe rica da cidade, estando sediado num dos bairros mais chiques de Buenos Aires, o Boca Juniors é associado ao famoso bairro “El Caminito”, local de enorme romaria de turistas que visitam a capital Porteña. Bairro Portuário, ligado à classe operária de parcos recursos económicos, antigos emigrantes de origem Europeia, trabalhadores braçais e humildes. Caminito também está imortalizado no Tango. O Museu da Paixão Boquense além do futebol conta a história daquele famoso bairro, sendo por isso muito visitado, inclusivamente por quem não é apreciador do desporto rei. A rivalidade destes clubes é tão grande que nenhum adepto do River Plate ousa passear pelas bandas da Bombonera!

Museu da Paixão Boquense, Buenos Aires, estátuas de jogadores famosos do Boca Juniors

 

Museu da Paixão Boquense, Buenos Aires, área dedicada à História do bairro Caminito

 

MUSEU HISTÓRICO NACIONAL – BUENOS AIRES – ARGENTINA

 

À semelhança do seu congénere chileno, é um local que relata a história do país, exibindo diversas obras interessantes. Destaque para o Sabre curvo do General José de San Martín que o mesmo utilizou na campanha pela independência do país, as guerras travadas com Chilenos e Peruanos.

 

Museo Histórico Nacional, Buenos Aires, Argentina

 

Museo Histórico Nacional, Buenos Aires, Argentina

 

Museo Histórico Nacional, Buenos Aires, Argentina

 

 

GLACIARIUM – EL CALAFATE – ARGENTINA

 

Em pleno Deserto Patagónico, acessível desde El Calafate, este centro interpretativo dos glaciares é uma lição de biologia, geografia e de outras ciências. Glaciares, essas maravilhas da natureza, são grandes e espessas massas de gelo formadas em camadas sucessivas de neve compactada e recristalizada, de várias épocas, em regiões onde a acumulação de neve é superior ao degelo. Constituem o maior reservatório de água doce do planeta. Francisco Pascasio Moreno, conhecido por Perito Moreno, cientista, um herói nacional, cujos seus estudos ajudaram a definir as fronteiras Chilena e Argentina pela via da paz, tem no Glaciarium uma área a si dedicada.

 

Glaciarium, El Calafate, Argentina

 

Glaciarium, El Calafate, Argentina

 

 

to be continued….I hope!!!!!!!

 

 

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ALGUNS DOS MELHORES MUSEUS PELO MUNDO – EUROPA

 

ALGUNS DOS MELHORES MUSEUS PELO MUNDO – EUROPA

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Museus são dos locais mais conhecidos dos países, sendo por isso muito procurados e bastante concorridos pelos viajantes dos quatro cantos do Mundo. Muitos deles, para não dizer a esmagadora maioria, visita-os independentemente de serem ou não “experts” em arte ou em qualquer outra área. Posar junto das mais célebres obras de arte ou outros objetos expostos, é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição.
Museus grandiosos, não só de arte, existem pelo Mundo fora. Temas como guerra, ciência, tecnologia, desporto, vinho, cerveja, ou mesmo aparentemente tão estranhos como casas de banho…

Dos diversos países que visitei, tive a oportunidade e o privilégio de ter entrado e passado algum tempo junto de algumas das obras de arte mais famosas do Mundo ou de outros artefatos que fizeram História. Em todos eles aprendi algo e saí um pouco mais culto e informado do que entrei!

Aqui segue uma lista, de alguns dos museus que visitei ao longo da minha vida de viajante, os que considero como os mais importantes, agrupados por cada tema, e cuja visita recomendo vivamente:

 

RÚSSIA

 

Museu Cosmonáutico – Moscovo – Rússia

 

Moscovo é uma cidade gigantesca, onde tudo é grande, tudo é longe e nós sentimo-nos assustados e pequeninos quando a visitamos! A contribuição da Rússia para o desenvolvimento da ciência é brutal! Os Russos foram os pioneiros das viagens ao Espaço. A cadela Laika, oriunda das ruas de Moscovo, foi dos primeiros seres vivos a viajar no Espaço. Não voltou…Belka e Strelka foram outras cadelas que embarcaram na Aventura Espacial. Voltaram e encontram-se ali expostas e embalsamadas.
O Museu Cosmonáutico é centrado na ciência espacial Soviética. Os primeiros satélites feitos pelo Homem. Os primeiros voos Espaciais tripulados e o programa de exploração da Lua, até chegar aos projetos de exploração do Sistema Solar e programas internacionais de pesquisa Espacial.

A luta pela conquista do Espaço fez parte da Guerra Fria. Americanos e Russos em disputa! Neil Armstrong, um Americano, foi o primeiro homem a pisar a Lua mas antes disso, o Russo Yuri Gagarin, considerado um herói nacional, foi o primeiro homem a viajar pelo Espaço. Ele tem um lugar de destaque no Museu. Por lá pode ser vista também uma réplica do Sputnik, o primeiro satélite artificial da Terra.

Museu Cosmonáutico, Moscovo, Estação Espacial MIR

 

Museu Cosmonáutico, Moscovo, Memorial do Cosmonata, na entrada

 

Museu Hermitage – São Petersburgo – Rússia 

 

Depois de visitar o Hermitage, qualquer museu de arte é apenas mais um museu. E no capítulo da arte, ali há tudo o que possamos imaginar. O museu contém a maior galeria de quadros do Mundo. Por exemplo, Da Vinci, Van Gogh, Rembrandt, Picasso, Caravaggio estão por lá. O Hermitage rivaliza com o Louvre como o maior museu do Mundo. Ele ocupa parte daquele que foi o Palácio de Inverno, residência oficial dos Czares quase ininterruptamente desde sua construção até a queda da monarquia Russa.
Com cerca de 20 km de corredores, um deles foi copiado centímetro por centímetro de um existente no Museu do Vaticano, e imponentes escadarias, constituindo só por isso uma atração. Mesmo que não possuísse espólio visitá-lo seria na mesma uma coisa extraordinária. O edifício em si, é uma obra de arte, por dentro e por fora. Rivaliza com o Palácio de Versailles, sendo considerado, até pelos próprios pelos Franceses, como mais imponente e muito superior! Cada sala é diferente das demais. O espólio que além de pintura, é composto por escultura, arte egípcia e muito mais. Se despendermos 30 segundos a cada peça exposta, alguém fez as contas, seriam necessários 8 anos para ver tudo!

A História da Rússia está ligada à arte. Os Czares adquiriram uma infinidade de obras de arte ao ocidente. A Revolução Bolchevique acabou com a Monarquia, transformou aquele Palácio num museu para que o povo pudesse desfrutar das obras de arte exclusivas dos Czares. Os Bolcheviques irromperam pelo Palácio de Inverno, mas protegeram as obras de arte do saque. Mais tarde, Stalin, para pagar os custos do investimento na industrialização do país, criou uma comissão de avaliação, e teve de vender algumas a outros países. Durante a II Guerra Mundial, a cidade de São Petersburgo (Leningrado na altura) foi cercada pelos Nazis, muitas das obras de arte foram levadas secretamente para os Montes Urais, por forma a ficarem seguras de um possível saque.
A pintura “Danaë” de Rembrandt é tida como a mais importante do museu. Tal como a “Mona Lisa” é para o Louvre. Um quadro com história e histórico! Já foi alvo de uma tentativa de destruição, um cidadão Lituano, no tempo da URSS. Jogou-lhe ácido e começou a cortá-lo. Foi imediatamente preso, mas com a “Perestroika” acabou por ser libertado. Deve ter sido recebido na Lituânia como um herói nacional, pois aquele gesto foi de revolta contra o domínio Russo, tentando destruir a obra de arte mais importante do país! A reparação da obra levou cerca de 12 anos.

Se quiserem ver ao vivo a Danaë, terão mesmo de ir a São Petersburgo pois a obra está legalmente impedida de sair do país!

 

Museu Hermitage, São Petersburgo, exterior, uma pequena parte, este edifício possui a maior fachada da Europa

 

Museu Hermitage, São Petersburgo, antigo Palácio de Inverno

 

Museu Hermitage, São Petersburgo, escadaria

 

Museu Hermitage, São Petersburgo,pintura, Danaë de Rembrandt, a obra de arte mais importante, quiça existente na Rússia…

 

 

FRANÇA

 

Museu Júlio Verne – Nantes – França

 

Como amante de viagens não poderia terminar sem referir um museu dedicado a Júlio Verne.
Nascido em Nantes em 1828, por lá viveu a sua juventude. Foi um escritor cujos romances são lidos em todo o Mundo e até já foram trazidos para o cinema, para séries de televisão, para o teatro e também para os desenhos animados. “As 20.000 léguas submarinas” é a sua obra mais famosa. “Michel Strogoff” é a sua obra mais adaptada ao cinema. Mas um amante de viagens não esquece “A volta ao Mundo em 80 dias”, sobretudo os da minha idade que em criança viam essa série de animação na televisão. É considerado o inventor da ficção científica. Os seus livros relatam o aparecimento de novos avanços da ciência e da tecnologia, como os submarinos, as máquinas voadoras e as viagens ao Espaço. Júlio Verne era um visionário, mas também um grande viajante, porém as viagens que as suas obras relatam, existiam apenas na sua imaginação.
Filho de um conceituado advogado, nunca seguiu as pisadas do pai, apesar de se ter formado em Direito. Foi a escrita que lhe trouxe fama e dinheiro. A bordo de um iate que adquiriu, viajou para Inglaterra, para a Escócia, para a Escandinávia e para os Estados Unidos, tendo no regresso desta última viagem, escrito “As 20.000 léguas submarinas”.
O Museu Júlio Verne localiza-se numa casa construída no final do século XIX perto de uma residência de campo que era propriedade do seu pai. Alberga um conjunto de objetos pessoais como por exemplo a secretária onde ele escreveu grande parte dos livros. Também podem ser vistos manuscritos, livros e vários cartazes de obras cinematográficas e de peças de teatro levadas a cena em famosos locais, como o Teatro Châtelet de Paris, baseadas nas suas obras, assim como vários modelos de máquinas voadoras e submarinas que tão bem as mesmas descrevem.  A visita termina numa varanda com vista para o Rio Loire que banha Nantes e para a Ilha de Nantes, outrora o centro portuário da cidade. Foi de Nantes que partiram os navios Franceses que conquistaram o Mundo, pois a França também foi um país colonizador. Aquela paisagem foi a fonte de inspiração para Júlio Verne escrever tantas coisas que mudaram o Mundo!!!

Museu Júlio Verne, Nantes, edifício

 

Museu Júlio Verne, Nantes, a vista que podemos ter da varanda e que inspirou o artista

 

Museu Júlio Verne, Nantes, interior

 

Museu Júlio Verne, Nantes, interior

 

Cidade do Vinho – Bordéus – França 

 

Bordéus é a capital Mundial do Vinho! A região com maior variedade de vinhos do Mundo.
Desde 2016 que possui um museu dedicado a este néctar dos Deuses. A chamada “Euro Disney dos adultos”, a “Cité du vin”, um edifício cuja arquitetura é inspirada no efeito que o vinho faz quando flui no cálice ao ser servido. Um museu muito didático, que nos ensina a apreciar o vinho, que há cerca de 8.000 anos começou a ser produzido, em terras onde atualmente ficam os países do Cáucaso (Arménia, Azerbaijão e Geórgia). Na altura as pipas e os tonéis ainda não tinham sido inventados e a fermentação ocorria em potes de barro enterrados no solo, técnica que ainda hoje é utilizada para produzir o chamado “vinho da telha”.

No final da visita podemos provar um vinho, à escolha, de um dos vários países do Mundo, no bar com vista panorâmica para a cidade.
Existe também uma loja, uma adega com mais de 14.000 garrafas, onde podemos comprar vinhos de vários países, alguns cuja origem pensaríamos não ser possível.

Cidade do Vinho, Bordéus, exterior

 

Cidade do Vinho, Bordéus, interior

 

Cidade do Vinho, Bordéus,loja

 

Museu da Miniatura e Cinema – Lyon – França 

 

O cinema é a 7ª arte. Visitar um museu sobre cinema também é obrigatório.
Em Lyon era sediada a “Fábrica Lumière” de películas fotográficas, da qual os filhos do proprietário, Auguste e Louis (os Irmãos Lumière) desenvolveram um cinematógrafo e com ele desataram a fazer filmes que mais tarde vieram a ser exibidos na cave do Grand Café, em Paris. A Europa deu novos mundos ao Mundo, os filmes dos irmãos Lumière foram também exibidos na Índia, e hoje a Bollywood é a maior indústria cinematográfica global. Quando falamos na Indústria cinematográfica associamos imediatamente Hollywood, mas não esqueçamos que foi na Europa que tudo teve início.
O Museu da Miniatura e Cinema é um local que constitui um paraíso para os cinéfilos. Hollywood está ali em peso! Além da exibição de diversas miniaturas de cenários, construídas à escala para determinar o melhor ângulo das filmagens e iluminação aquando da rodagem dos filmes nos cenários reais, encontramos adereços utilizados em vários filmes, como as máscaras que Robin Williams utilizou para se travestir de “Mrs Doubtfire”, ou as máscaras de Jim Carrey no filme que o catapultou para as luzes da ribalta como maior comediante do Mundo. E a máscara do Freddy Krueger que aterrorizava os adolescentes em Elm Street. O boneco diabólico Chucky, o Alien e o Predador, o Batman e outros heróis e vilões ou mesmo o Robocop também não faltam. À entrada passamos pelos cenários e também pela loja do “Perfume” onde um assassino vendia os perfumes cuja matéria prima era a essência dos corpos das suas vítimas que assassinava.

 

Museu da Miniatura e Cinema, Lyon, a loja do filme O perfume, à entrada

 

Museu da Miniatura e Cinema, Lyon, Batman

 

Museu da Miniatura e Cinema, Lyon, alguns dos monstros dos nossos pesadelos

 

Lyon- França- Uma escapadela de fim-de-semana

Lyon-Museu da miniatura e cinema-Terminator

 

Museu Aeroscopia – Toulouse – França

 

Toulouse não é propriamente uma cidade bonita, se a compararmos com muitas cidades Francesas que são romaria de turistas. É uma cidade industrial, que tem na Airbus um dos seus grandes empregadores. Os amantes de aviões têm aqui o motivo para visitarem Toulouse, neste Museu Aeronáutico e também na fábrica da Airbus. Localiza-se em Blagnac, nos arredores e próximo do aeroporto que serve a cidade. É possível fazer tours à fábrica da Airbus. Sempre proveitosos e muito interessantes. Infelizmente a nível técnico ficam muito aquém da congénere Alemã de Hamburgo, que proporciona uma visita que passa pelo meio das linhas de produção. Em Toulouse, o interior dos edifícios fabris, só é permitido serem vistos lá do alto, através de um vidro e pouco mais. De autocarro percorre-se vários pontos da zona industrial, sem autorização para tirar fotografias.
O museu exibe vários aviões, civis e militares, que já deixaram de voar, e também muitas miniaturas à escala, dos modelos atuais dos Airbus que cruzam diariamente os céus de todo o Mundo. O ponto alto da visita é o Concorde, sendo possível entrar no seu interior.

Museu Aeroscopia, Toulouse, entrada

 

Museu Aeroscopia, Toulouse, interior

 

Museu Aeroscopia, Toulouse, o Concorde

 

Museu do Louvre – Paris – França

 

O Louvre tem a mesma ordem de grandeza do Hermitage. Há compêndios que afirmam que é o maior museu do Mundo, outros que o colocam em segundo lugar. Mas é certamente o museu mais visitado do Mundo! Paris é a capital do turismo. Anualmente, milhões de visitantes percorrem os seus corredores para tirarem uma foto com a “Mona Lisa”, provavelmente a obra de arte mais valiosa do Mundo, apesar das suas pequenas dimensões desiludirem! Os próprios Franceses dizem isso! O seu valor é incalculável e somente é possível observá-la de um perímetro a vários metros de distância. Encontra-se protegida por um vidro numa instalação de alta segurança. Além da “Mona Lisa”, a Vénus de Milo, uma das mais famosas esculturas da Grécia e os Apartamentos de Napoleão são os pontos mais concorridos, mas para aceder aos mesmos é necessário percorrer muitos corredores e diversas salas onde se expõem obras de arte importantes.
Durante a II Guerra Mundial, com Ocupação Nazi em Paris, em 1939, quase todas as obras foram retiradas do Louvre e levadas para o Vale de Loire.

O Louvre é um indubitavelmente um grande museu, mas depois de visitarmos o Hermitage, sentimos que se trata apenas de um museu grande!

 

Museu do Louvre, Paris, Grande Pirâmide, na entrada

 

Museu do Louvre, Paris, Venus de Milo

 

Museu do Louvre, Paris, pintura, Mona Lisa

 

 

PAÍSES BAIXOS

 

Rijksmuseum – Amesterdão – Países Baixos

 
Os Países Baixos deram ao Mundo vários artistas, por isso Amesterdão é um paraíso cultural. Na Praça dos Museus o edifício do “Rijksmuseum” destaca-se.
Um museu de arte, onde sobressaem as obras de Johannes Vermeer, Rembrandt e Frans Hals. É o museu mais visitado dos Países Baixos. Mesmo que queiramos fazê-lo em passo de corrida, é necessário lá passar algumas horas. “A Ronda Noturna (De Nachtwacht) de Rembrandt e a “Batalha de Waterloo” de Jan Willem Pieneman, que se destaca pelas suas dimensões pouco comuns, mais de 5 metros de altura por mais de 8 metros de comprimento, constando-se que é o quadro com maior área no Mundo, são as obras mais procuradas.

Rijksmuseum, Amesterdão, entrada

 

Rijksmuseum, Amesterdão, pintura, A Ronda Noturna

 

Rijksmuseum- A queda de homem de Van Haarlem- Amesterdão- Holanda

 

DINAMARCA

 

DINAMARCA, Museu Carlsberg – Copenhaga

 

Loiras, pretas ou de outra tonalidade, na Europa há milhares de marcas de cerveja, mas todos nós citamos facilmente algumas dezenas, entre as quais, a “Carlsberg”, a marca da cerveja Nacional da Dinamarca. Este museu em Copenhaga é dos locais de visita obrigatório dos amantes da cerveja! Online também é possível visitar, mas nada como fazê-lo presencialmente. Este tipo de atrações, infelizmente são mais turísticas que técnicas, mas o legado histórico da marca está presente. A cervejaria, fundada em 1847 por J.C. Jacobsen com a intenção de homenagear seu filho Carl. A Dinamarca é um país plano,e  uma pequena elevação já pode ser considerada um monte (“berg”, em Dinamarquês) logo nome “Carlsberg”,  significa “Monte de Carl”.

A visita mostra o local onde os operários dormiam,  o escritório de Carl, e onde as cervejas eram produzidas, uma espécie de caverna onde a cerveja era maturada e armazenada na temperatura ideal. E como  Carl era apaixonado por cavalos, um estábulo também existe, onde atualmente são guardados os cavalos que circulam nas ruas em eventos públicos e as carroças que puxam.

A visita à maior coleção de garrafas de cerveja do Mundo reconhecida pelo “Guinness Book of Records”, onde não faltam marcas Portuguesas, também é ponto de passagem.  E no final da visita, como não poderia mesmo deixar de ser, a degustação de uma cerveja da marca no bar temático!

 

Museu Carlsberg- Copenhaga

 

Museu Carlsberg- Copenhaga

 

Museu Carlsberg- Copenhaga

 

INGLATERRA

 

Museu de Cera Madame Tussaud ́s – Londres – Inglaterra

 

Museus de cera existem pelo Mundo fora, mesmo com a chancela “Madame Taussaud´s”. Mas como este, localizado em Londres, não existe nenhum! Ali funciona desde 1884. A entrada custa uma “pequena fortuna”, mas vale cada Libra despendida.
Tudo começou em 1835 quando Marie Tussaud estabeleceu a sua primeira exposição de figuras de cera em Londres, tal foi o sucesso que até hoje se mantém.
Ali podemos ver de perto figuras de cera que representam à escala real muitos famosos, do mundo das artes, do desporto, da família real, da política e até mesmo criminosos famosos! É também possível viajar através do tempo, a bordo de um dos táxis pretos e reviver a História de Londres.

Visitei-o em 1998, numa altura em que as fotos eram de rolo, mas guardo para sempre as minhas fotos com Eric Cantona, Jurgen Klinsmann e Bill Clinton.

Museu de Cera Madame Tussaud ́s, Londres, Inglaterra, com Eric Cantona e Jurgen Klinsmann

 

Museu de Cera Madame Tussaud ́s, Londres, Inglaterra, com Bill Clinton

 

MUSEU DE GUERRA IMPERIAL – LONDRES – INGLATERRA  

 

Inaugurado em 1917, este museu de guerra é uma enormidade, sendo tido como dos melhores a nível mundial. O Reino Unido participou em diversos conflitos na História da Humanidade com destaque para as duas Grandes Guerras.  O material bélico lá exposto inclui diverso armamento destacando-se a artilharia pesada, os tanques, as bombas e os aviões.

Chamou-me a atenção a recreação das trincheiras da I Guerra Mundial, revi-me como personagem do filme 1917 (2019) e o mural de Saddam Hussein construído com diversos mosaicos, possivelmente trata-se de um “troféu” de guerra trazido do Iraque aquando da participação do Reino Unido na I Guerra do Golfo nos anos 90. A área dedicada ao Holocausto é arrepiante! O Terrorismo e as suas consequências não deixam de estar representado, por exemplo com de peças da estrutura metálica do World Trade Center, recuperadas dos escombros, após os ataques de 11/9/2001. O nascimento e expansão do Comunismo na Europa e pelo Mundo, também é referenciado.

Não fui à tropa, não sou entendido nestes assuntos do foro militar, nem tenho conhecimento para tirar o máximo proveito de um museu com estas características, se assim fosse teria de lá passar vários dias, mas posso afirmar que até hoje foi o melhor museu de guerra que visitei. A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.

 

Museu da Guerra Imperial, Londres

 

Museu da Guerra Imperial, Londres, peças da estrutura do WTC recuperadas dos escombros após os ataques de 11-9

 

Museu da Guerra Imperial, Londres

 

Museu da Guerra Imperial, Londres

 

Museu da Guerra Imperial, Londres

 

MUSEU BRITÂNICO – LONDRES – INGLATERRA 

 

Este museu foi fundado em 1753, tendo sido o primeiro museu nacional público do Mundo. É atualmente um dos 5 museus mais visitados no Mundo e em muitos anos tem sido a atração turística mais visitada no país. O visitante fica apoderado de um certo sentimento de revolta quando aqui chega. A Inglaterra foi um dos países com colónias pelo Mundo inteiro, à semelhança de Portugal, Espanha ou França. A Inglaterra é uma ilha, Napoleão por exemplo, nunca a conseguiu conquistar, mas ao longo da História, os Ingleses conquistaram muita coisa e muito do que ali se encontra é oriundo dessas conquistas. O seu acervo, que segundo eles, é património da Humanidade, é constituído por cerca de 8 milhões de peças, no entanto apenas uma pequena parte está exposta. Da arte antiga dos 5 continentes, destaco a exposição de múmias do Egito e as Mármores de Elgin que os Gregos reivindicam serem suas, pois pertenciam ao Parthenon, os frisos dos capitéis, levados da Grécia para a Grã-Bretanha em 1806 por Thomas Bruce.

Depois de visitar este museu deixo uma pergunta aos Historiadores: se Portugal já foi um dos “donos do Mundo”, então onde para o nosso espólio? Porque não temos nada para mostrar num museu deste género?

A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.

 

Museu Britânico, Londres

 

Museu Britânico, Londres, múmias do Egito

 

Museu Britânico, Londres, mármores de Elgin

 

Museu Britânico, Londres

 

MUSEU NACIONAL DO FUTEBOL – MANCHESTER – INGLATERRA

 

Um amante do desporto rei não pode deixar de visitar este museu direcionado sobretudo para o futebol britânico, masculino e também o feminino não foi esquecido.

O futebol nasceu em Inglaterra no século XIX. O país possui provavelmente a melhor Liga do mundo, a “Premier League” e uma seleção nacional que se encontra entre as melhores, no entanto esta última tem falhado grandes conquistas em momentos decisivos: em 1986 pela Mão de Deus de Maradona ficou pelo caminho nos 1/4 final desse campeonato do mundo, no Euro 2020 na final perante a Itália e no Euro 1996 nas meias finais perante a Alemanha, competições que organizou perdeu nos penaltys. Portugal no Euro 2004 e Mundial 2006 também os bateu dessa forma em fases a eliminar e mesmo em 1986 com “Saltillo” pelo meio, começamos a participação nesse torneio com uma vitória perante eles. Contudo, sagrou-se campeã do Mundo em 1966 com muita polémica à mistura. Organizara a competição, Portugal com Eusébio, era um fortíssimo candidato à vitória final, conseguiram mudar de Liverpool para Wembley esse jogo da meia final, acabando aí com o sonho Lusitano e fazendo chorar Eusébio. Na final, após prolongamento venceram por 4-2 a Alemanha (Federal) à custa de um golo que ainda acreditamos que a bola não transpôs na totalidade a linha de golo!  Com um “hat trick”, que inclui também esse “pseudo golo” que acabou por valer, Geoff Hurst, virou herói nacional. A bola desse jogo, a camisola de Hurst e uma réplica, pois o original foi roubado e nunca foi encontrado, do troféu de campeão do Mundo, na altura chamada de Taça Jules Rimet, modelo diferente do atual, encontram-se expostos, sendo grandioso para qualquer adepto de futebol posar com tais relíquias! Gordon Banks, George Cohen, Ray Wilson, Bobby Moore, e os irmãos Charlton (Jack e Bobby) faziam parte desse “dream team”, não faltando referências a eles pela exposição, assim como a tantas outras estrelas, incluindo as cadentes como Paul Gascoigne ou George Best, e outras que viraram comentadores desportivos, como Gary Lineker, com o qual podemos fazer experiências interativas. Diversas taças, camisolas, bonecos (também havia por lá o “Contra Informação”) e até mesmo o Mini que George Best adquiriu antes de ficar impedido de conduzir devido ao seu estado de embriaguês crónico. Tudo isto e muito mais pode ser visto pelos diversos pisos do edifício que também é uma atração turística do coração da cidade, possuindo inclusivamente um funicular no seu interior.

 

Museu Nacional do Futebol, José Mourinho

 

Museu Nacional do Futebol, Manchester, carro que pertenceu a George Best

 

Museu Nacional do Futebol, Manchester,experiência de comentador com Gary Lineker

 

Museu Nacional do Futebol, Manchester,Taça Jules Rimet, camisola de Hurst e bola, utlizadas na final do Mundial de 1966

 

Museu Nacional do Futebol, Paul Gascoigne

 

Museu Nacional do Futebol, troféus

 

MUSEU DA HISTÓRIA NATURAL – LONDRES – INGLATERRA

 

Localiza-se na Exhibition Rd, uma rua que dá acesso a vários museus, em Kensington, é um dos mais visitados do país. À semelhança de outros de igual temática espalhados pelo Mundo, contém uma sala central que alberga um gigantesco esqueleto de um dinossauro. A exposição, com mais de 70 milhões de objetos e espécies relacionadas com o Mundo Natural, aborda a Terra e as diferentes formas de vida que surgiram e evoluíram no nosso planeta.  Charles Darwin, um naturalista, geólogo e biólogo é figura central.

Construído em 1880 para receber uma grande coleção de esqueletos, fósseis e plantas que até então formavam parte do Museu Britânico. Ao longo do tempo a coleção do museu foi crescendo e em 1986 absorveu o Museu Geológico, que estava nas redondezas. A exposição de pedras semipreciosas é brutal! Das minhas viagens, as pedras semipreciosas compõem vários souvenirs. Procurei e encontrei, entre outras, a rodocrosita da Argentina e o lápis lazúli do Chile que me fizeram reviver a última grande viagem!

O museu é excelente, é de certeza o melhor do género na Europa, mas na minha opinião não supera o de Nova Iorque. A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.

 

Museu da História Natural, Londres, Inglaterra

 

Museu da História Natural, Londres, Inglaterra

 

Museu da História Natural, Londres, Inglaterra

 

Museu da História Natural, Londres, Inglaterra

 

MUSEU DA FORÇA AÉREA REAL – LONDRES – INGLATERRA 

 

A RAF-Royal Air Force, é força aérea independente mais antiga do Mundo. Teve papel preponderante em diversos conflitos armados em que o Reino Unido entrou. Este museu aeronáutico expõe ao longo de diversos hangares uma enorme quantidade de máquinas voadoras utilizadas nesses conflitos armados e o seu material bélico. Grande destaque para o hidroavião da II Guerra Mundial, o “Short Sunderland MR5” onde podemos entrar e explorar o seu interior. Os amantes da aviação necessitarão de passar aqui alguns dias, e tirarão certamente bem mais partido do que eu, pois apenas aqui passei 2 horas.  A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.

 

Museu da Força Aérea Real, Londres

 

Museu da Força Aérea Real, Londres

 

Museu da Força Aérea Real, Londres

 

Museu da Força Aérea Real, Londres

 

VATICANO

 

MUSEU DO VATICANO

 

O Vaticano é a nação mais pequena do Mundo, mas é das mais ricas. O Museu do Vaticano é um dos maiores do Mundo e encontra-se entre os 5 mais visitados. O objetivo principal dos visitantes que percorrem aqueles enormes corredores em passo acelerado, é acederem à Capela Sistina, cujos tetos pintados por Michelangelo, “O juízo final”, que representam a sua visão do Juízo Final a que a Bíblia se refere, são o ponto alto da visita.
A Capela Sistina é um local único à face da Terra, ao pé dela tudo o que possamos ver no Museu é o parente pobre e nenhum visitante está minimamente motivado para isso, dada a grandeza e o carisma da mesma, ao lado tudo é ofuscado. Ali é realizado o “conclave”, um ritual com cerca de 8 séculos, que acontece após a renúncia ou a morte de um Papa, na Igreja Católica Apostólica Romana. O Colégio dos Cardeais reúne-se ali dentro para uma votação secreta, e assim escolher o novo líder. No final da votação, não chegando a um acordo, os votos são queimados juntamente com determinados produtos químicos, e através de uma chaminé lá colocada, é emitido fumo negro para a Praça de São Pedro. Quando chegam a um acordo, é emitido fumo branco e é proclamado “Habemus Papam” sendo assim eleito o novo líder que irá em seguida dirigir-se à multidão espalhada pela Praça de São Pedro para dar a sua primeira bênção.
O museu é famoso pelos seus tetos de ouro e pelos seus enormes corredores. Diego Maradona , em tempos, foi recebido pelo Papa João Paulo II e referiu-se a esses tetos de ouro, que o Papa os vendesse e com o dinheiro matasse a fome às crianças pelo Mundo fora, que nas suas pregações papais citava recorrentemente a sua enorme preocupação e tristeza.

O Museu do Vaticano, abriga uma enorme e valiosa coleção de arte e antiguidades, pintura e escultura dos “4 cantos do Mundo” colecionadas ao longo dos séculos pela Igreja Católica. Quer queiramos, quer não, a “Igreja” é o maior negócio da História da Humanidade.

Museu do Vaticano, Capela Sistina com o Juizo final pintado no teto

 

Museu do Vaticano-famosos corredores

 

Museu do Vaticano-famosos corredores

 

Museu do Vaticano

Museu do Vaticano

 

ESPANHA

 

Museu do Prado – Madrid – Espanha 

 

Devido às suas praias, Espanha tem sido um dos países mais visitados do Mundo. Madrid há cerca de 25 anos era o “parente pobre”. O facto de se situar longe do mar, fê-la viver “na sombra” de Barcelona, a outra grande cidade. Madrid, é hoje uma das cidades mais visitadas da Europa, com muitos turistas durante todo o ano. Possui uma enorme oferta cultural, com museus, catedrais, palácios, ópera, tourada, futebol e espetáculos musicais ao estilo da Broadway. A série “La casa de papel” colocou em definitivo Madrid na ribalta.

O Museu do Prado é um dos maiores e mais importantes museus do Mundo. É um museu de arte, possui a coleção de pintura Espanhola mais completa dos séculos XI ao XVIII, e muitas das obras primas de grandes pintores, nomeadamente El Greco, Velázquez, Goya, El Bosco, Ticiano, Van Dyck ou Rembrandt.

A tauromaquia não deixa de estar representada em muitas obras expostas. Um espetáculo amado por uns, odiado por outros, mas que suscitou inspiração a muitos artistas de renome. Afinal, Goya e Picasso eram grandes aficionados!

Tive oportunidade de o visitar em 1997 mas numa próxima visita a Madrid terei de lá passar algumas horas.

 

Madrid- Espanha

Museu do Prado – Madrid

 

Museu do Prado, Madrid, entrada

 

Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia – Madrid – Espanha 

 

O Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia faz parte do “Triângulo de Ouro da Arte de Madrid” que inclui também o Museu do Prado e o Museu Thyssen-Bornemisza. Trata-se de um museu de arte moderna. No seu interior, o quadro “Guernica” de Pablo Picasso, é o mais procurado. A obra do artista nascido em Málaga, é uma pintura a óleo com 3,49 m de altura por 7,76 m de comprimento. Executada em 1937 em pleno período de conflitos e onde os Governos Fascistas imperavam na Europa. Picasso fora escolhido pelo Governo Espanhol para representar o país na Exposição Internacional de Artes e Técnicas, em Paris. Nessa altura ocorre um massacre na cidade Basca de Guernica, um bombardeio aéreo feito pelos Alemães a mando do ditador Francisco Franco. Foi esse o tema escolhido para esta pintura.  Uma mensagem de paz, em plena Guerra civil Espanhola e numa altura em que o Mundo iria enfrentar a II Guerra Mundial.
Além de obras de Pablo Picasso, existem outras de Salvador Dalí, Juan Miró e Eduardo Chillida que também podem ser apreciadas.

Se visitar Madrid, aconselho a pesquisar os dias e horas em que os Museus têm entrada livre. No meu caso, aproveitei para visitar gratuitamente este museu, ao final de uma sexta feira, aproveitando a estada em Madrid para visitar uma feira de climatização.

 

Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, entrada

 

Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, pintura, Guernica de Pablo Picasso

 

Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, pintura, Mulher sentada apoiada sobre os cotovelos de Pablo Picasso

 

GRÉCIA

 

Museu da Acrópole – Atenas – Grécia

 

A Grécia é um país que muitos ensinamentos deu ao Mundo. Atenas, a sua capital, é dominada pela Acrópole. Não sendo o ponto mais alto da cidade, nem tão pouco o que melhor vista proporciona sobre a sua imensidão branca, este título é para a Colina Licabeto, a Acrópole é o ponto mais importante da cidade! No seu alto, localiza-se o Parthenon, um templo, ou melhor, as suas ruínas. O complexo da Acrópole, à medida que subimos vamos encontrando locais de culto, como por exemplo o Odeão de Herodes Ático e o Teatro de Dionísio.

No início da subida à Acrópole, ao lado esquerdo, o Museu da Acrópole ocupa um edifício que foi inaugurado em 2009, construído em aço, cristal e cimento cujo design foi estudado para aproveitar ao máximo a luz natural, e também desfrutar da vista para a Acrópole do seu interior. Alberga uma coleção de peças pertencentes aos diferentes monumentos da Acrópole, pelo que é obrigatório visitar complementando assim um passeio pelo complexo da Acrópole.

Museu da Acrópole, Atenas

 

Museu da Acrópole, Atenas, interior

 

Museu da Acrópole, Atenas, interior

 

Museu da Acrópole, Atenas, interior

 

SUÉCIA

 

Museu Vasa – Estocolmo – Suécia 

 

Trata-se do museu mais visitado da Escandinávia. Localizado em Estocolmo, na Ilha de Djurgården, o museu é centrado no  Vasa que foi um navio de Guerra Sueco, e no início do século XVII, se afundou  na sua primeira viagem, a poucas milhas do porto. Passou 333 anos debaixo de água. Foi recuperado e ali se encontra exposto para visita desde 1990. A quantidade de material bélico que possuía bem como a vontade “política” de o dotar de grandes mastros e velas, para ser o mais grandioso, numa altura em que a Suécia estava em guerra com a Polónia foi uma das consequências desse naufrágio. Grande parte do material foi recuperado e a decoração do casco ainda é visível.

Museu Vasa, Estocolmo, exterior

 

Museu Vasa-Estocolmo-pormenor do navio

 

Museu Vasa, Estocolmo – Suécia

 

ALEMANHA

 

Deutsches Museum – Munique – Alemanha

 
Munique é conhecida por ser a capital Mundial da cerveja, mas tem muito mais que umas litradas para oferecer.
Junto a o Rio Izar, que banha a cidade, localiza-se este museu que é um hino à ciência e à tecnologia e à engenharia. Possui mais de 18.000 objetos expostos e uma biblioteca com cerca de 850.000 livros com enorme valor histórico e cultural. As cerca de 50 seções, expõem conteúdos sobre a extração do minério, diversos ramos da física, como por exemplo a eletricidade, o eletromagnetismo e a física nuclear, o meio ambiente, a indústria têxtil, o fabrico do papel, instrumentos musicais, meios de transporte, como por exemplo comboios e aviões, onde os motores e turborreatores não faltam, a indústria petrolífera, a indústria vidreira, a indústria metalomecânica, a indústria cerâmica e até mesmo uma área dedicada à matemática. O museu é centrado na tecnologia atual e não somente do ponto de vista histórico.
Um museu para “graúdos”, mas podemos ver muitos “miúdos” pela mão dos seus progenitores a visitarem com entusiasmo o museu. A Alemanha é a pátria da tecnologia, da indústria, da maquinaria pesada, algo que é intrínseco naquele povo desde a tenra idade. Um país altamente industrializado que exporta para todo o Mundo. “Made in Germany” é garantia de qualidade das marcas.

 

Deutsches Museum -Munique – entrada

 

Munique-Deutsches Museum- Interior-Aviões-fuselagem e turborreator

 

BÉLGICA

 

DIVA – Museu de diamantes – Antuérpia – Bélgica 

 

A Bélgica é conhecida pelos chocolates, pelos gaufres e pela batata frita. A sua cidade de Antuérpia é a Capital Mundial dos diamantes.  Saindo da Estação central, que tem uma beleza monumental, as ruas circundantes, envolvem uma zona com cerca de 1 Km², onde estão concentrados cerca de 80% de todos os diamantes transacionados no Mundo.
O DIVA, foi inaugurado em 2018, englobando o espólio do antigo Museu do Diamante de Antuérpia e do Museu de prata de Sterckshof numa única instituição. É um museu dedicado a estas preciosidades da natureza, sobretudo aos diamantes, onde podemos obter muita informação sobre os mesmos e conhecer a sua história. A exposição apresenta uma infinidade de objetos de valor incalculável que com eles poderemos posar.

 

DIVA – Museu de diamantes, Antuérpia, entrada

 

DIVA – Museu de diamantes, Antuerpia, exposição

 

Antuérpia-Museu DIVA

 

MALTA

 

Museu de Aviação de Malta – Ta’Qali – Malta 

 

Os amantes de aviões encontram aqui o seu habitat predileto. O Museu de Aviação de Malta. Localiza-se numa parte do que foi o antigo aeródromo de Ta’Qali, tendo até 1968 funcionado como uma base aérea da Royal Air Force.
A História de Malta está ligada a batalhas aéreas. Malta foi uma das áreas mais bombardeadas da II Guerra Mundial. A Batalha de Malta, a disputa do território Maltês estrategicamente importante, entre as Forças aéreas e navais da Itália Fascista e Alemanha Nazista, as “Potências do Eixo”, contra a Força Aérea e a Marinha Real Britânica, os “Aliados”.  No pós-guerra, muitos artefatos e material bélico foram encontrados em território Maltês, nos campos, nas praias e no mar. Uma parte encontra-se exposta neste museu. A exposição é distribuída por três hangares, sendo um deles um memorial à Batalha de Malta.

Museu de Aviação de Malta, Ta’Qali, interior

 

Museu de Aviação de Malta, Ta’Qali, interior

 

Museu de Aviação de Malta, Ta’Qali, interior

 

LUXEMBURGO

 

Museu Nacional de História Militar – Dikrech – Luxemburgo

 

O Luxemburgo é um pequeno país, um Grão Ducado, mais propriamente, mas não deixa de possuir um museu grandioso. Localizado em Diekirch, uma cidade a cerca de 20Km da capital, acessível de comboio.

A Benelux foi uma região que esteve envolvida nas duas Guerras Mundiais. O Luxemburgo tinha uma posição geográfica estratégica nesses conflitos. Por aqueles lados foram travadas duas Batalhas das Ardenas, uma em cada conflito.
Sobretudo dedicado à Batalha das Ardenas que ocorreu na II Guerra Mundial, este museu tem uma enorme coleção de material bélico e é tido como um dos melhores museus militares da Europa. Contém perfeitas reconstituições de cenas em contexto de guerra.
O museu mostra também a História do Exército Luxemburguês, desde a fundação do Estado Luxemburguês até aos nossos dias. Ambas as Grandes Guerras Mundiais, bem como a Guerra da Coreia e missões militares das Nações Unidas estão também referenciadas.

Museu Nacional de História Militar, Luxemburgo, entrada

 

Museu Nacional de História Militar, Luxemburgo, cenários de guerra

 

Museu Nacional de História Militar, Luxemburgo, material bélico

 

UCRÂNIA

 

Museu Nacional de Chernobyl – Kiev – Ucrânia 

 

Chernobyl fica a cerca de 150 km de Kiev. Devido à série da HBO, as visitas ao local cresceram exponencialmente, sendo atualmente o local mais visitado da Ucrânia. Os preços a pagar por um tour de um dia, desde Kiev, ao local onde, segundo muitos historiadores, a URSS teve o princípio do seu fim, são elevados e são a única forma de poder aceder a essas áreas cercadas pelo exército. Desconhece-se ainda que essa experiência não tenha malefícios para a saúde a longo prazo pois ainda existe carga radioativa por lá.

Em Kiev existe o Museu Nacional de Chernobyl. Visitá-lo é bem mais económico e seguro que uma ida a Chernobyl. A visita é acompanhada por audioguia e explica como tudo aconteceu.  Podemos ver diversos objetos provenientes daquelas localidades que para sempre desapareceram do mapa e o modelo de uma central nuclear, o mesmo que foi utilizado nas filmagens dessa série. Ficamos a saber que o engenheiro projetista daquela central, afirmava que a mesma era de um nível de modernidade, o supra sumo da tecnologia, e com segurança absoluta poderia ser colocada sem problemas, em funcionamento na Praça Vermelha em Moscovo!

Museu Nacional de Chernobyl, Kiev, entrada, veículos dos bombeiros, os primeiros a chegar à zona da tragédia

 

Museu Nacional de Chernobyl, Kiev, interior

 

Museu Nacional de Chernobyl, Kiev, modelo da central nuclear usada na série da HBO

 

IRLANDA

 

Guiness storehouse – Dublin – Irlanda 

 

Museus sobre cerveja há vários espalhados pelo Mundo. Há países que produzem milhares de marcas de cerveja, mas provavelmente nenhuma é tão famosa como a Guinness.
A Guinness Storehouse, é a sua a sede e o local mais visitado em Dublin. A cerveja ali produzida, é quase única e exclusivamente com matéria-prima da região: a água do Rio Liffey, das suas nascentes nas Montanhas Wicklow, o malte e a levedura. Apenas o lúpulo é importado da República Checa.
Ali funciona a fábrica, mas a visita não é às instalações industriais. É um edifício adjacente, onde ao longo dos vários pisos aprendemos imensas coisas sobre o fabrico daquela cerveja, a sua história, a temperatura a que deve ser armazenada (9ºc) e a temperatura que deve ser servida (6ºc). A visita termina no topo do edifício onde existe um bar, o Gravity Bar, onde nos é oferecido um “pint” que podemos saboreá-lo desfrutando da vista panorâmica sobre a cidade. “Cheers”!!!!!

Guiness storehouse-Dublin-entrada

 

Guiness storehouse-Dublin-entrada

 

CROÁCIA

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Um dos museus mais estranhos do Mundo. Relações amorosas quebradas todos nós temos para contar e objetos também existem. Coisas caricatas e estranhas. Até obras em casa dos sogros ou moradias construídas no terreno deles tem acontecido a muitos. Pensava eu, na minha inocência que iria visitar um museu divertido. Encontrei um museu com algumas coisas horríveis. Relações quebradas entre namorados ou cônjuges também existem, muitas vezes até são engraçadas. Mas pior que isso são relações quebradas entre pais e filhos nomeadamente com a morte destes últimos. Um objeto que me marcou muito foi uma porta. E também um vestido de noiva de um casamento que nunca veio a acontecer devido a um ato terrorista. Visitar este museu é também uma enorme lição de vida. Concluí que na minha família até existiu um objeto e uma carta associada ao mesmo. Uma história que mete fantasmas. Acerca de um pijama do meu avô que a minha mãe deu ao meu pai e, que ele devolveu, e bem sabe porquê. Muitas pessoas próximas de mim sabem essa história, que me fez arrepiar quando contei à rececionista. Se algum dia encontrar algum desses dois objetos irei enviá-los para aqui.

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croacia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

SUIÇA

 

MUSEU FIFA – ZURIQUE – SUÍÇA

 

O nome FIFA dispensa apresentações, a autoridade máxima que regula o futebol mundial. Qualquer adepto do maior espetáculo do mundo, sentir-se-á no paraíso ao entrar num museu desta natureza. Dos mais de mil objetos expostos destaca-se a Taça do Mundo, e todos cremos que é mesmo a original. O tal que veio substituir a Taça Jules Rimet que se encontra uma réplica exposta em Manchester, no Museu Nacional do Futebol, pois o troféu original foi roubado no Brasil em 1983 e nunca foi recuperado. Assim a FIFA tem enormes medidas de segurança em relação ao atual troféu, constando-se mesmo que no Qatar, Messi ergueu uma réplica quando em dezembro de 2022 festejava a conquista do título de campeão do mundo pelo seu país.

O resto da exposição trata da evolução do futebol, desde os seus primórdios, as regras que se foram adaptando e modificando, note-se que o jogo de hoje nada tem a ver com o que se jogava no século XIX.  Possui várias relíquias que deixam qualquer adepto de futebol pasmado. Por exemplo, o cartão amarelo que foi mostrado a Paul Gascoigne em 1990 e que o fez chorar, o cartaz de agradecimento ao país, que a seleção do Japão deixou em 2018 no balneário depois de o limpar, diversos equipamentos e bolas utilizadas nesses jogos, vários troféus de competições internacionais de clubes e seleções.

Na altura estava presente uma exposição temporária sobre Paolo Rossi, recentemente desaparecido. Avançado Italiano, melhor marcador do Mundial de 1982, até então desconhecido, tinha estado suspenso durante muito tempo devido a envolvimento em manipulação de resultados. Foi ele que destruiu o Escrete, a seleção brasileira cheia de estrelas que jogava imenso, com 3 golos marcados. Assistir a esse momento como se estivesse no estádio, usando um capacete de realidade, e posar com as suas botas que mudaram para sempre a história, foi dos momentos mais altos ali passados.

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça, botas de Paolo Rossi que derrotaram o Brasil em 1982

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

NORUEGA

 

MUSEU NORUEGUÊS DO PETRÓLEO – STAVANGER – NORUEGA 

 

A Noruega é um dos países produtores de petróleo, porém a sua exploração só se iniciou na segunda metade do século passado. Os noruegueses foram pioneiros na sua exploração em alto mar. Atualmente a Noruega é um dos países mais ricos do mundo, tendo no petróleo uma enorme fonte de riqueza. O país tem tido enorme desenvolvimento, sendo a construção civil um dos seus indicadores, Oslo é um exemplo disso. Dizem que a Noruega tem problemas em decidir como investir os lucros provenientes do petróleo, uma indústria que representa 14% do PIB do país, mais de 40% das suas exportações e gera mais de 160 mil postos de trabalho. Os seus gasodutos existentes no Mar do Norte alimentam as Ilhas Britânicas e também os países da Benelux. Stavanger é conhecida como a capital do petróleo, não só porque ali perto se deu início à sua exploração, mas também por decisões políticas, pois na cidade estão sediadas as grandes empresas petrolíferas, muitas delas estatais, estando assim este setor da economia descentralizado da capital.

Este museu foi criado em 1999, localiza-se na zona portuária da cidade, só pelo seu edifício é uma atração turística, com uma arquitetura inspirada numa plataforma petrolífera. A visita ao seu interior permite-nos obter conhecimentos sobre este mineral  existente no interior das rochas sedimentares, formado há milhões de anos, sobre a história da exploração petrolífera do país e também observar muitos objetos impressionantes como as brocas para perfuração dos poços, uma delas com 90 cm de diâmetro e 1700 Kg de peso, modelos de sinos de mergulho e embarcações de segurança usados para o trabalho no fundo do mar. É possível escorregar por uma réplica de um tubo de evacuação de uma plataforma petrolífera e sentir um pouco da adrenalina do que é a vida desses trabalhadores, assim como experimentar os seus fatos especiais.
Destaque para a área dedicada ao terrível acidente de 27 de março de 1980 no campo petrolífero de Ekofisk no Mar do Norte. A plataforma semi-submersível Alexander Kielland virou repentinamente durante uma tempestade, após o rompimento de uma de suas cinco colunas verticais que a suportavam, tendo essa falha sido atribuída a uma soldadura defeituosa. Das 212 pessoas a bordo, 123 morreram.

Visitar um museu desta natureza é também uma lição de engenharia. Importante para todos pois são os engenheiros que fazem a ponte entre a ciência e a tecnologia, colocando-a ao serviço da nossa evolução e melhoria da nossa qualidade de vida.

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

MUSEU NACIONAL – OSLO – NORUEGA 

 

Oslo é uma cidade que não nos cativa pela sua beleza, porém tem uma excelente oferta cultural. Este museu possui a maior coleção de arte da Escandinávia, com mais de 6500 peças, onde se destaca a famosa pintura “O Grito” de Edvard Munch, famoso pintor norueguês. Ir a Oslo e não ver o “Grito” é como ir a Paris e não ver a Mona Lisa! A pintura representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero. O plano de fundo é a doca do fiorde de Oslo ao pôr do sol. Trata-se de uma série de 4 pinturas, estando as outras 3 expostas no Museu Munch. A pintura inclusivamente serviu de inspiração à personagem da famosa série de filmes de terror “Scream”.

 

Museu Nacional, Oslo, Noruega

 

Museu Nacional, Oslo, Noruega

 

Museu Nacional, Oslo, Noruega. O Grito!!!

 

Museu Nacional, Oslo, Noruega

 

POLÓNIA

 

Raclawice Panorama – Wrocław 

 

Este edifício que alberga uma apenas com um quadro, entra neste rol, sobretudo pelo seu simbolismo. Trata-se de pintura de 360º, medindo 15 m de altura e 120 m de comprimento e retrata cenas da Batalha de Racławice, levada a cabo perto da aldeia de Racławice, em 4 de abril de 1794. Um exército de milícias populares, constituído por camponeses e comandado por Tadeusz Kosciuszko derrotou o todo-poderoso Exército Vermelho, tempos em que a Rússia já disputava territórios noutros países e impunha neles o seu domínio. A pintura foi idealizada por Jan Styka, que nasceu em Lviv (atualmente uma cidade da Ucrânia) e pintada em conjunto com Wojciech Kossak ao longo de 9 meses. A obra foi pintada em Lviv, tendo sido permanentemente movida para Wrocław após a II Guerra Mundial. Foi durante o domínio Soviético considerado um objeto sob censura, logo encontrava-se vedado o acesso de público, o que só deixou de acontecer em 1985. Dada a obra se encontrar dentro de uma estrutura circular, permite ser observada do centro e apresenta diferentes cenas que são visíveis de diferentes ângulos, sendo a visita acompanhada por áudio guia em diversas línguas. O edifício possui um centro interpretativo com uma exposição interativa sobre a Batalha de Racławice e sobre a obra de Jan Styka. É provavelmente a pintura mais importante do país e que evidencia o orgulho nacional do povo polaco!

 

Racławice Panorama, Wrocław

 

Racławice Panorama, Wrocław

 

 

to be continued….I hope!!!!!!!

 

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

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ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO- CONTINENTE AMERICANO

 

ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO – CONTINENTE AMERICANO

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Tal como os museus, os monumentos são alguns dos ex-libris das cidades, dos países, dos continentes, até mesmo do Mundo, pois alguns são considerados Património da Humanidade. São por isso locais bastante procurados e de romaria de milhões viajantes à escala global. Quem os visita fá-lo independentemente de ser ou não perito em arte, arquitetura ou em qualquer outra área científica ou artística. Fá-lo muitas vezes para desfrutar de uma vista panorâmica. Posar junto dos monumentos, tirar selfies com eles também é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição. Muitos monumentos acabam por ser também museus, tanto pelo seu exterior como pelo seu interior. Muitos albergam obras de arte, algumas inamovíveis, mas com valor incalculável.
Grandiosos monumentos existem pelo Mundo fora. Uns mais antigos, outros mais recentes. Não devemos esquecer que muitos foram erigidos com recurso a trabalho de escravatura, sacrificando diversas vidas humanas. Desde os tempos dos faraós aos tempos da televisão a cores.

Dos mais de 50 países em que estive, tive a oportunidade e o privilégio de ter visitado alguns dos mais famosos monumentos que escreveram História e que são ex-libris de vários países, cidades ou continentes. Seria impensável mencionar todos.
Aqui segue uma lista dos que considero como os mais importantes.

 

Estátua da Liberdade – Nova Iorque – EUA

 

Nova Iorque é uma selva de pedra, mas é também uma cidade encantadora com uma atmosfera única. Vemo-la no cinema recorrentemente. Visitarmos aquela que Frank Sinatra imortalizou numa das suas músicas, como a “Cidade que nunca dorme”, percorrermos esses cenários dos filmes da nossa imaginação é um sonho tornado realidade. Nova Iorque é uma megalópole, com pouca História, moderna, com grandes avenidas e arranha-céus de arquitetura retilínea e mesmo assim consegue ostentar um dos monumentos mais importantes do Mundo.

Da Ilha da Estátua da Liberdade, onde acedemos em tours, podemos observar ao longe as vistas sobre a “Big Apple” e ao perto um dos maiores símbolos do poder Americano.  Foi uma oferta da França aos EUA, em 1876 para comemorar o centenário da sua Independência do Reino Unido. Foi construída em solo Francês pelo escultor Frederic-Auguste Bartholdi sobre uma estrutura projetada por Eugene Emmanuel Viollet-le-Duc e Gustave Eiffel. Consta-se que o rosto da mulher representada na estátua foi inspirado na mãe do escultor. A obra foi concluída em 1884. Foi posteriormente desmontada em 350 peças e embalada em 214 caixas, tendo sido transportada para os EUA pela fragata Francesa “Isere”, onde a sua montagem no pedestal durou cerca de 4 meses. Foi inaugurada em 1886 pelo Presidente Grover Cleveland.
Pesa 225 toneladas e mede 47 m de altura, alcançando com o pedestal os 93 m. O fogo da tocha erguida pela mulher representa a liberdade do povo. Na sua coroa existem 25 janelas, que simbolizam as jóias encontradas naquelas terras, e 7 raios  que representam os 7 continentes e os 7 mares do Mundo. Na mão esquerda segura uma tábua, na qual está escrito em numeração Romana a data de “4 de Julho de 1776”.
Existem várias Estátuas da Liberdade pelo Mundo fora, inclusive em Paris. Essa, foram os Americanos que “devolveram a gentileza” aos Franceses. Para comemorar os 100 anos da Revolução Francesa, a comunidade Estadunidense em Paris ofereceu à cidade uma réplica em bronze, de 22 m de altura, da famosa estátua Nova Iorquina. Mas como é óbvio é apenas uma réplica como as demais…

Parte do dia do meu 41º aniversário passado pela Ilha da Estátua da Liberdade, tendo a revista do Sport Lisboa e Benfica, “Mística”, na secção “Benfiquistas pelo Mundo” publicado uma foto minha em grande comemoração!

 

Estátua da Liberdade, Nova Iorque, EUA

 

Estátua da Liberdade, Nova Iorque, EUA

 

 

Empire State Building e Rockfeller Center

– Nova Iorque – EUA

 

Longe de serem considerados grandes monumentos, pois não carregam História, como os que existem no Velho Continente, ir a Nova Iorque e subir a estes prédios emblemáticos para desfrutar da vista sobre a imensidão da “Big Apple” é obrigatório.

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Rockfeller Center, Nova Iorque, EUA, vista para o Central Park

 

Rockfeller Center, Nova Iorque, EUA, vista para o Central Park

 

 

One World Trade Center e Memorial às vítimas do 11/9

– Nova Iorque – EUA

 

O dia 11/9/2001 foi uma data que mudou para sempre o mundo. Um ataque terrorista sem precedentes destruiu o antigo World Trade Center. Dois aviões comerciais, numa missão suicida, embateram nas torres. As televisões mostraram tudo!

No local onde outrora existiam as famosas “Twin towers”, um ícone de Nova Iorque, existe agora um museu, um memorial às vítimas e um edifício, o WT1, One World Trade Center, que se tornou um icone da cidade.

A zona pode ser visitada ao perto, e o edifício pode ser visto de vários pontos da cidade, com destaque para o DUMBO, em Brooklyn.

 

Memorial às vítimas do 11 Set, Nova Iorque, EUA

 

One World Trade Center, Nova Iorque, EUA

 

One World Trade Center, Nova Iorque, EUA

 

One World Trade Center, Nova Iorque, EUA

 

One World Trade Center, Nova Iorque, EUA

 

Cristo Redentor – Rio de Janeiro – Brasil 

 

O Rio de Janeiro não é a capital do Brasil, mas é a “Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil”. O Cristo Redentor é o monumento mais emblemático da cidade e do Brasil. A estátua encontra-se situada no Morro do Corcovado a 709 metros de altura. O local, que também é um santuário, proporciona vistas panorâmicas de sonho, sobre o Rio de Janeiro, sobre a Baía de Guanabara, sobre Niterói e também sobre o Oceano Atlântico. Nos muitos países que visitei, ainda não encontrei um local tão belo como este, facto que colocou o Brasil no meu “top 10”.

O monumento é procurado sobretudo pela vista que proporciona, mas o Cristo Redentor, que no alto do seu pedestal abraça a cidade, é uma enorme obra de arte, tendo já sido considerado uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno.  A estátua do Cristo Redentor do Rio de Janeiro foi inaugurada em 1931, possui 30 m de altura, cada braço tem uma área de 88 m² e o pé mede 1,35 m. Só a cabeça pesa 30 toneladas.
Os criadores da obra são o engenheiro Heitor da Silva Costa, o pintor Carlos Oswald e o escultor Maximilian Paul Landowski, que esculpiu a cabeça e as mãos. A estátua que está preparada para resistir a rajadas de vento até 250 km/h, foi construída no Brasil, à exceção da cabeça e das mãos, que foram moldadas em Paris. O corpo foi feito em pedra de talco cortada em milhares de triângulos, que foram colados à mão sobre um tecido e posteriormente aplicados na estátua.

O interior da estátua, que não é visitável, é composto por vários patamares ligados por escadarias, formando andares que se abrem nos braços e na cabeça. Ele contém o coração do Cristo Redentor, que mede 1,30 m.

 

Cristo Redentor, Rio de Janeiro, Brasil

 

 

Cerro San Cristobal – Santiago – Chile

 

Se no Brasil existe o Cristo Redentor, no Chile existe o Santuário da Imaculada Conceição de onde no alto do Cerro San Cristóbal, a Virgem da imaculada Conceição abraça a cidade de Santiago, podendo “de grosso modo” considerar-se a versão feminina do Corcovado do Rio de Janeiro. Não poderemos fazer comparações, mas as vistas que proporciona sobre Santiago são espetaculares. Fica localizado no Parque Metropolitano sendo possível aceder por funicular ou teleférico.

 

Cerro San Cristobal, Santiago , Chile

 

Cerro San Cristobal, Santiago , Chile

 

Cerro San Cristobal, Santiago , Chile

 

 

Obelisco – Buenos Aires – Argentina

 

Inaugurado em 23/5/1936 como uma homenagem ao quarto centenário da primeira fundação de Buenos Aires, este monumento foi erguido no mesmo local onde foi hasteada pela primeira vez a bandeira nacional na cidade. É o maior símbolo da capital da Argentina.

Localiza-se no cruzamento da Av. 9 de Julho, que se encontra entre as mais largas do mundo, o “Champs Elysées” de Buenos Aires com a Av. Corrientes.

 

Obelisco, Buenos Aires, Argentina

 

Obelisco, Buenos Aires, Argentina

 

CN Tower – Toronto – Canadá 

 

A moderníssima cidade de Toronto tem aqui o seu local mais emblemático, o seu maior símbolo, sendo também considerado como o edifício mais icónico do Canadá! Trata-se de uma torre de comunicações que se encontra entre os mais altos edifícios do mundo, onde é possível subir e desfrutar das vistas maravilhosas da cidade e do Lago Ontário.

 

CN Tower, Toronto, Canada, Lago Ontário visto do alto

 

CN Tower, Toronto, Canada

 

 

Praça da Revolução – Havana – Cuba

 

Quem procura estes destinos fá-los sobretudo pelas praias. Cuba foi o país onde comemorei os 30 anos e tem muito mais que as praias do Caribe ou do Atlântico, sejam na ilha principal ou nas ilhas circundantes (Cayos). Obrigatório para quem visita Havana, a capital, lindíssima cidade, a passagem por este local que nos provoca medo cénico. Ali Fidel Castro fazia discursos de largas horas! Independentemente da ideologia política de cada um, visitar Cuba é uma lição de vida.

Trata-se de um enorme descampado, com edifícios cujo mais fotografado é o do Ministério das Informações, o tal que contém o busto de Ché Guevara. O monumento a José Martí, é tido como o mais importante, uma torre com 109 m de altura, feito de mármore cinza, representando uma estrela de cinco pontas.

 

Praça da Revolução, Havana, Ministério das Informações, Cuba

 

 

to be continued…

 

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ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO- ÁSIA

 

ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO- CONTINENTE ASIÁTICO

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Tal como os museus, os monumentos são alguns dos ex-libris das cidades, dos países, dos continentes, até mesmo do Mundo, pois alguns são considerados Património da Humanidade. São por isso locais bastante procurados e de romaria de milhões viajantes à escala global. Quem os visita fá-lo independentemente de ser ou não perito em arte, arquitetura ou em qualquer outra área científica ou artística. Fá-lo muitas vezes para desfrutar de uma vista panorâmica. Posar junto dos monumentos, tirar selfies com eles também é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição. Muitos monumentos acabam por ser também museus, tanto pelo seu exterior como pelo seu interior. Muitos albergam obras de arte, algumas inamovíveis, mas com valor incalculável.
Grandiosos monumentos existem pelo Mundo fora. Uns mais antigos, outros mais recentes. Não devemos esquecer que muitos foram erigidos com recurso a trabalho de escravatura, sacrificando diversas vidas humanas. Desde os tempos dos faraós aos tempos da televisão a cores.

Dos mais de 50 países em que estive, tive a oportunidade e o privilégio de ter visitado alguns dos mais famosos monumentos que escreveram História e que são ex-libris de vários países, cidades ou continentes. Seria impensável mencionar todos.
Aqui segue uma lista dos que considero como os mais importantes.

 

Praça Tiananmen – Pequim – China

 

Esta praça é o epicentro da China que juntamente com a Praça Vermelha de Moscovo, são as praças mais importantes e mais poderosas do Mundo. A sua História foi escrita com sangue, e por isso é tão conhecida no Ocidente. A 4 de Junho de 1989, o exército abriu fogo perante manifestantes, que se mobilizavam de forma pacífica contra a repressão e corrupção do Regime. Muitos deles eram jovens estudantes, que foram assassinados às mãos do Governo Comunista, que por lá se vai mantendo e desrespeitando os Direitos Humanos.

As suas dimensões, tornam-na como uma das maiores praças do Mundo. Tal como a Praça Vermelha, o seu tamanho e arquitetura soviética provocam medo cénico ao visitante. Patrulhada por um grande aparato de polícias e militares, todos eles com cerca de 1,90m de altura, com ar sisudo, alguns munidos de extintores, pois as autoimolações são uma forma de protesto comum na China, sobretudo os Tibetanos. A entrada na Praça de Tiananmen está sujeita a controlo de identidade e revista de segurança. Abre portas ao nascer, e fecha ao pôr do sol. A cerimónia, consoante se trate, do hastear ou do arriar da bandeira da China, para o qual os visitantes se juntam a observar, é uma manifestação de orgulho Nacional, em frente da foto, no extremo Norte, de Mao Tsé Tung, fundador da República Popular da China. O seu corpo está colocado num mausoléu, um edifício enorme que é possível visitar. A visita não dura mais de dois minutos, mas são certamente os dois minutos mais intensos de qualquer viagem à China, pois assistir aos visitantes fazendo vénias à sua estátua na entrada e depositando nela flores, antes de se dirigirem em passo acelerado sem paragens por um corredor de onde se avista uma sala pouco iluminada, cercada por vidros, onde se encontra o caixão, junto com guardas em sentido, causa arrepios.

No lado Oeste da praça, encontra-se o Museu Nacional da China é um dos maiores e mais visitados do Mundo. Do lado Este, o Grande Salão do Povo, onde ocorrem as reuniões do Partido, do Governo por conseguinte, mas não é aberto ao público.  No centro da praça, existe o  “Monumento dos heróis do povo” que possui 38 metros de altura e também está cercado de forças de segurança. No extremo Sul, o Portão de Qianmen que fez parte da muralha da cidade. Saindo do perímetro da praça, atravessando a Avenida Chang’an pela passagem inferior, chegamos à Porta de Tiananmen onde se encontra o quadro de Mao Tse Tung e desde aí é possível observar a vista panorâmica.

 

Praça de Tiananmen, Pequim, China

 

Cidade Proibida – Pequim – China 

 

Na China qualquer coisa por lá é tida como “a maior do Mundo”…
A Cidade Proibida é uma cidade dentro de outra cidade. O nome de Cidade Proibida surgiu pelo facto de apenas o imperador, sua família e empregados especiais terem permissão para entrar lá dentro.

Saindo da Praça Tiananmen, onde a grande parte dos nossos dias em Pequim são passados, atravessando a Avenida Chang’an pela passagem inferior, chegamos à Porta de Tiananmen onde se encontra o quadro do Grande Líder, Mao Tse Tung. Largos metros à frente, pela Portão Meridian chegamos à Cidade Proíbida.
É o maior palácio do Mundo. Possui cerca de 1000 edifícios que ocupam 720 mil m² de área. Julga-se que (eu não as contei…) possui 9999 divisões, entre quartos e salas, dado o número 9 ser o número da sorte para os Chineses. A sua construção levou 14 anos e foi ordenada pelo imperador Chengzu da dinastia Ming em 1406.
O Último Imperador, Pu Yi, retratado no cinema por Bernardo Bertolucci, foi ali rodado. É um encanto, é inesquecível visitar a Cidade Proibida. A Sala do Trono, onde o filme tem a comovente cena final, é o local mais fotografado, onde a multidão se amontoa para conseguir de longe, do lado de fora, a melhor selfie. Dizem eles que os tijolos do soalho são mais caros que o ouro. Com a Revolução, Pu Yi acabou os seus dias como jardineiro, possivelmente pelos jardins Imperiais, mesmo ali ao lado.

 

Foto de Mao Tsé Tung em frente à Praça de Tiananmen, Pequim, China

 

Grande Muralha da China – Jinshanling  – China 

 

Na China tudo é grande, e claro, a Grande Muralha é mais monumento à sua imagem.
Existe há cerca de 2200 anos, possui mais de 21 mil km e é visível do Espaço.  Um conjunto de séries de fortificações feitas de pedra, tijolo, terra compactada, madeira ou outros materiais, com 8 m de altura e 4 m de largura. A sua construção custou a vida a mais de 300 mil trabalhadores, ao longo de centenas de anos que durou. Os Chineses afirmam que é o maior cemitério do Mundo!  Foi erigida com objetivo proteger o país dos invasores, mas também ocupar prisioneiros e soldados que com o fim das guerras ficavam sem trabalho.

Jinshanling é uma das 3 localidades acessíveis de Pequim, a mais distante, a cerca de 150Km, para visitar a Grande Muralha. É tida como a mais pitoresca. É acessível através de tour organizado de um dia, com saída pelas 6 horas da manhã, pois mais tarde para sair da cidade, o trânsito é caótico. O caminho de ida e volta é feito em autoestrada e sujeito a vários checkpoints policiais.
Os visitantes fazem uma caminhada com cerca de 5Km subindo e descendo a mesma e desfrutando da paisagem. Aquele troço separa a China da antiga Manchúria. Se tiverem sorte e apanharem céu limpo, e em alturas como o Ano Novo Chinês, em que muitos Chineses deixam as grandes cidades rumando às suas terras de origem, poderão tirar belíssimas fotografias e quando regressarem dirão que tiveram a Muralha da China só para vocês.

 

Grande Muralha da China, Jinshanling , China

 

Grande Muralha da China, Jinshanling , China

 

Grande Buda (Tian Tan) – Ngong Ping – Hong Kong

 

Hong Kong até hoje é o local do continente Asiático que mais me encantou. É considerada a cidade com maior número de arranha céus do Mundo. Até 1997 pertenceu ao Reino Unido, hoje tem o estatuto de “Região Administrativa Especial” tal como Macau, o que não lhe confere a Independência da China (continental) apesar de possuir por exemplo Governo próprio, moeda própria, hino, bandeira e leis próprias por exemplo sem aplicação da pena de morte. A China é um país com dois sistemas, Comunismo e Capitalismo, e em Hong Kong o último que impera em larga escala. Quando subimos ao Pico Victoria e observamos a vista panorâmica sobre a cidade, e ao cair da noite as luzes dos edifícios, lá em baixo, a acenderem alternadamente ficamos deslumbrados.
Em Ngong Ping, um planalto no ponto mais alto da Ilha de Lantau, a cerca de 50 km do centro financeiro de Hong Kong, encontra-se o Buda Tian Tan na posição sentado. Uma estátua de bronze, formada por 202 peças, com 34 m de altura e pesando 250 toneladas, sendo considerada a maior estátua do Mundo de um Buda sentado. Foi inaugurada em finais de 1993 e simboliza a relação harmoniosa entre o Homem e a natureza, as pessoas e a Religião. A base da estátua, que tem a forma de uma folha de lótus, encontra-se rodeada, ao longo da plataforma onde se acede, por pequenas estátuas de Deuses que representam a Imortalidade. Aceder a essa plataforma, subindo uma escadaria com 268 degraus, e desfrutar dessa vista panorâmica, juntamente com a visita ao Pico Vitória são os momentos supremos de uma viagem a Hong Kong.

O Grande Buda faz parte do Mosteiro “Po Lin” (cá em baixo da escadaria) que é o principal centro de Budismo em Hong Kong. O mosteiro foi fundado por três monges em 1906. Inicialmente foi chamado “The Big Hut” mas em 1924 passou a chamar-se “Po Lin”, que significa Lótus Precioso. O complexo do mosteiro contém um templo, as casas dos monges, um restaurante vegetariano e várias lojas que vendem incenso para usar nos rituais, e até os turistas, não sendo budistas, também praticam. No templo encontram-se três estátuas de Buda que representam o passado, o presente e o futuro, e diversas inscrições Budistas. Por lá também circulam livremente vacas. A minha primeira reação foi medo, mas depois verifiquei que são animais dóceis e afáveis…
É possível aceder ao local de teleférico ou de autocarro. Infelizmente não tive escolha, o teleférico encontrava-se parado para manutenção. Um dia que regressar a Hong Kong terei de voltar a Ngong Ping e fazer essa viagem de teleférico. Dura cerca de 25 minutos a avaliar pelo cenário envolvente, deve ser encantadora…

 

Grande Buda (Tian Tan), Ngong Ping, Hong Kong

 

Grande Buda (Tian Tan), Ngong Ping, Hong Kong

 

Ruínas de S. Paulo – Macau 

 

Tal como Hong Kong, Macau é outro território com estatuto de Região Administrativa Especial da China. Foi território Português até 1999. Nos últimos anos transformou-se numa meca dos jogos de azar, recebendo os seus casinos mais visitantes que os de Las Vegas. Normalmente os turistas Portugueses visitam Macau em um dia num bate volta desde Hong Kong. Em 2017 de Catamarã a viagem durava cerca de 1 hora. É necessário apresentar o passaporte e preencher o formulário de emigração, tanto na chegada a Macau como a Hong Kong no regresso. Macau, tem os seus encantos, sobretudo para nós Portugueses. Existem diversos Monumentos e Igrejas espalhados pelo Centro Histórico, percorrido por turistas Chineses ávidos de conhecer a Europa, que afinal por ali existe uma pequena amostra do seu sul. Mesmo sem encontrar por aqueles lados quem fale a língua de Camões, quando percorremos aquelas ruas, algumas com calçada Portuguesa e com indicações em Língua Portuguesa, sentimos que chegamos a uma pequena cidade em Portugal, quando na realidade nos encontramos a milhares de quilómetros e num fuso horário bem diferente. Fora do Centro Histórico, na Ilha de Taipa, encontram-se os Casinos.

Como viajante orgulho-me de ter juntado Macau ao meu rol de países visitados, apesar de não ser dos locais que mais me encantou. Muitas vezes digo a brincar que comparar Macau com Hong Kong, é como comparar Lisboa com Loures…
As Ruínas de São Paulo são o ex-libris de Macau. Estão inscritas como Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Trata-se das ruínas da antiga Igreja da Madre de Deus e do Colégio de S. Paulo, importante complexo do século XVI destruído por um incêndio em 1835. Foram construídas pelos Jesuítas, sendo o lugar alcunhado como a “Acrópole de Macau”. A fachada de granito, daquela que foi a maior e a mais bela das igrejas de Macau, e a sua escadaria monumental de 68 degraus é o que podemos observar. E mesmo ali ao lado vendem-se bifanas e pastéis de nata, como se diz por lá, “pork chop bon” e “Portuguese egg tart”, o que nos faz sentir em casa!
Em Lisboa, no ano de 1998 ocorreu uma Exposição Universal, a “Expo´98”. O Pavilhão de Macau possuía entrada uma réplica deste monumento que fez imenso sucesso. Desde 2004 o mesmo foi transferido para o Parque da Cidade de Loures e hoje é considerado o ex-libris da cidade de Loures.

 

Ruinas de S Paulo, Macau

 

Kinkaku-ji (Pavilhão Dourado) – Quioto – Japão 

 

O Japão é um país que nos encanta, mas em beleza perde para a China. As cidades gigantescas de Tóquio e Osaka cansam-nos de tão modernas que são, com arranha céus, com milhares de pessoas pelas ruas, com uma organização e um conceito de cidadania como não há igual no Mundo. No Japão até uma casa de banho pode ser considerada uma lição de tecnologia, de vida e de boas maneiras. Casas de banho no Japão, não são monumentos, mas são monumentais!

Quando chegamos a Quioto sentimos um enorme alívio pois “finalmente” encontramos uma cidade “bonita”, com cultura ancestral e histórica, ou não se trate de uma antiga capital do Japão. Foi esse facto que em 1945 a salvou da bomba nuclear.
Quioto, a cidade das gueishas, possui cerca de 3000 templos e santuários budistas e xintoístas, sendo 16 registrados como Património da Humanidade pela UNESCO. O Templo do Pavilhão Dourado, o “Kinkaku-ji”, é o mais importante e provavelmente o edifício mais procurado do Japão. Faz jus ao nome, grande parte é forrado a folha dourada. Um templo com muita História e de uma beleza sem igual.  Possui no telhado uma “fenghuang” (Fénix Chinesa) dourada. Fica localizado no meio de um lago espelhado (Kyōko-chi), dentro de um complexo constituído por um jardim. A vista de qualquer lado é impressionante e cada imagem vale mesmo por mil palavras.

 

Kinkaku-ji (Pavilhão Dourado), Quioto, Japão

 

Parque Memorial da Paz – Hiroshima – Japão 

 

Nos tempos que correm, o apelo à paz deve ser uma constante. Assim, introduzir este memorial neste rol é obrigatório. Visitar Hiroshima é dedicar parte do nosso tempo a refletir sobre a paz.  As armas nucleares foram utilizadas pelo Homem contra o seu semelhante por duas vezes. Em 1945, Hiroshima foi a primeira cidade do Mundo a sofrer um ataque nuclear, Nagasaki foi a outra. Só em Hiroshima, a bomba matou instantaneamente mais de 70.000 pessoas e outras tantas morreram devido a ferimentos graves e à radiação, e ainda hoje muita gente sofre as consequências físicas e mentais.

O Parque Memorial da Paz é um parque urbano que contém diversos memoriais, para que as consequências da Guerra Nuclear em Hiroshima nunca sejam esquecidas e sejam sempre lembradas, apelando assim a uma reflexão profunda de todos os visitantes.  Ao percorrê-lo encontramos por exemplo, o Sino da paz, que somos convidados a tocar para que seja ouvido por toda a gente em todo o Mundo e para que armas nucleares não voltem a ser usadas pelo Homem contra o seu semelhante. De todos estes memoriais e monumentos presentes, o mais famoso é o Monumento em Memória das Vítimas Coreanas da Bomba Atómica, que além destas também homenageia as vítimas do colonialismo Nipónico. Um local onde as homenagens protocolares são anualmente realizadas e começam com um minuto de silêncio à hora exata em que a bomba atómica foi lançada pelos Estados Unidos. Dada a sua forma em “U” invertido, através dele, consegue-se ver a Chama da paz que está permanentemente acesa e o “Genbaku”. O “Gembaku” é o local que mais chama a atenção. São as ruínas de um edifício construído para a promoção industrial da cidade. Foi mantido assim como forma de homenagear as vítimas desta tragédia. A bomba explodiu a cerca de 150 metros do mesmo.

Junto ao Parque Memorial da Paz, existe o Museu Memorial da Paz que é obrigatório visitar.

 

Parque Memorial da Paz, Hiroshima, Japão

 

Parque Memorial da Paz, Gembaku, Hiroshima, Japão

 

Taj Mahal – Agra – Índia 

 

Cada viajante tem o direito a ter a sua opinião, os outros só terão que aceitar. Puxando pelos “meus galões”, com mais de 50 países estrangeiros que visitei e com dezenas de crónicas de viagem que tenho escrito, tenho estatuto para afirmar que viajar para a Índia só se justifica para visitar Goa, Mumbai e o Taj Mahal, pois o resto é muito sofrível. A cidade de Agra, onde o Taj Mahal se encontra, pouco mais possui que interesse visitar. É uma cidade superpovoada, escura, suja e poluída. Nas imediações do monumento não é permitida a circulação de veículos que não sejam de tração elétrica. Muitas vezes são colocados andaimes nos minaretes do Taj Mahal para se proceder a limpezas, pois devido à poluição, os mesmos ficam com tonalidade amarela. Tive sorte pois encontrei o monumento intacto.

 

O Taj Mahal normalmente é visitado ao nascer do Sol e é local para passarmos no mínimo uma manhã. Ali o tempo passa muito rápido. Quando pela primeira vez vemos o monumento, construído em mármore branco, a aparecer perante nós no meio da neblina matinal, sentimos que todos os “sofrimentos” para ali chegar valeram a pena!  Existe também a possibilidade de visitar em noite de Lua cheia. Dizem que é um sonho…
A visita ao Taj Mahal dispensa apresentações, mas o seu interior, onde curiosamente não deixam fotografar, não tem interesse algum, pois além do mausoléu, a decoração nada nos diz e o espólio é inexistente.

Trata-se de um monumento ao amor! Embora para nós esse “amor” seja difícil de entender…Mandado construir pelo Imperador Shah Jahan em memória de sua (leiam bem ) esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal . Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna. A obra foi efetuada entre 1632 e 1653 com a mão de obra de 20 mil homens trazidos de várias cidades do Oriente.
A Índia é um país mormente Indu, mas em Agra reina o Islamismo. Inclusivamente o monumento possui nas fachadas, diversas inscrições em Árabe, retiradas do Alcorão.

Taj Mahal, Agra, Índia

 

Palácio Real – Banguecoque – Tailândia 

 

Em língua Tailandesa é chamado de “Phra Borom Maha Ratcha Wang”, aquele que é certamente o local mais importante de Banguecoque. Um conto de fadas ao estilo Oriental dado a arquitetura dos edifícios presentes, à sua decoração, à cor amarela dourada predominante e também aos Templos Budistas, sendo o Esmeralda (Wat Phra Kaeo) o de maior destaque. Um complexo gigantesco carregado de magia onde se inclui o “Phra Maha Monthienm”, um grupo de edifícios onde ficava a residência do Rei, a “Phra Thinang Amarin Winit chai”, onde se localiza a sala do trono e o “Phra Thinang Chakri Maha Prasat”, um salão real construído por um arquiteto Inglês, que mistura os estilos Europeu e Tailandês. O Museu e o templo do Buda Esmeralda, com dois andares, que guarda artefatos dos anos de construção e ocupação do Grande Palácio, assim como esculturas e outros objetos artísticos, e o Pavilhão de Regalia, onde se encontra parte do Tesouro Nacional. Na Tailândia o Rei tem uma adoração extrema e qualquer forma de crítica ou sátira à sua figura é um considerado um crime grave e severamente punido.
Um local que marca a minha história de vida e de viajante, ali passei parte do dia do meu 40º aniversário. O “país dos sorrisos” foi o primeiro país do continente Asiático que visitei.

 

Palácio Real, Banguecoque, Tailândia

 

Palácio Real, Banguecoque, Tailândia

 

Mesquita do Sheikh Zayed – Abu-Dhabi – EAU 

 

Os Emirados Árabes Unidos, país que há cerca de 40 anos era constituído por pequenas aldeias de pescadores e pelo Deserto, são nos dias de hoje conhecidos pelo Dubai, a sua maior cidade, pelas suas extravagâncias que desafiam a natureza. A sua capital é Abu-Dhabi, que é outra selva de pedra. No entanto, o país tem uma História e uma cultura bastante interessante e que vai muito além das suas grandes cidades que cresceram desmesuradamente na orla marítima do Golfo Pérsico à custa do “petrodolar”.
A visita a Abu-Dhabi, a cerca de 140 Km do Dubai, vale sobretudo pela Mesquita do Sheikh Zayed. Estamos num país Muçulmano, que recebe bem quem o visita. Assim, devemos respeitar a lei, os costumes e as regras de etiqueta. Uma mesquita é um local de oração e devemos ter isso em conta. É uma benesse ser permitido a um turista visitar gratuitamente um local desta natureza e com esta grandeza, pois pelo Mundo fora há locais deste nível, em Meca na Arábia Saudita por exemplo, que por motivos religiosos são vedados ao turismo.

Inaugurada em finais de 2007, é uma das mesquitas mais impressionantes do Mundo, pelas suas dimensões e pela sua beleza. Rodeada de jardins, possui 4 minaretes com mais de 100 m de altura, 80 cúpulas de mármore que se elevam sobre um teto suportado por 1000 pilares. Para a construção foram necessárias cerca de 90 mil toneladas de mármore branco, no qual se realizaram vários desenhos florais com incrustações de pedras semipreciosas.

A obra é uma mescla de estilos arquitetónicos: Mameluco, Otomano, Mourisco, Indo-islâmico e Fatímida. No salão principal, sobressaem os enormes candeeiros de cristal “Swarovski” decorados com ouro de 24 quilates, o maior possui 40 quilos de ouro e pesa 11 toneladas. O tapete que cobre a sala principal é o maior do Mundo e para o fabricar foram necessários 1200 artesãos que durante dois anos, teceram bilhões de nós com os melhores algodões trazidos do Irão e da Nova Zelândia.

Guardo as memórias para a posteridade e a minha foto com um turbante e a Mesquita do Sheikh Zayed como pano de fundo.

 

Mesquita do Sheikh Zayed, Abu-Dhabi, EAU

 

Mesquita do Sheikh Zayed, Abu-Dhabi, EAU

 

Mesquita do Sheikh Zayed, Abu-Dhabi, EAU

 

Mesquita do Sheikh Zayed, Abu-Dhabi, EAU

 

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ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO – EUROPA

 

ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO – EUROPA

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Tal como os museus, os monumentos são alguns dos ex-libris das cidades, dos países, dos continentes, até mesmo do Mundo, pois alguns são considerados Património da Humanidade. São por isso locais bastante procurados e de romaria de milhões viajantes à escala global. Quem os visita fá-lo independentemente de ser ou não perito em arte, arquitetura ou em qualquer outra área científica ou artística. Fá-lo muitas vezes para desfrutar de uma vista panorâmica. Posar junto dos monumentos, tirar selfies com eles também é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição. Muitos monumentos acabam por ser também museus, tanto pelo seu exterior como pelo seu interior. Muitos albergam obras de arte, algumas inamovíveis, mas com valor incalculável.
Grandiosos monumentos existem pelo Mundo fora. Uns mais antigos, outros mais recentes. Não devemos esquecer que muitos foram erigidos com recurso a trabalho de escravatura, sacrificando diversas vidas humanas. Desde os tempos dos faraós aos tempos da televisão a cores.

Dos mais de 50 países em que estive, tive a oportunidade e o privilégio de ter visitado alguns dos mais famosos monumentos que escreveram História e que são ex-libris de vários países, cidades ou continentes. Seria impensável mencionar todos.
Aqui segue uma lista dos que considero como os mais importantes.

 

Torre Eiffel – Paris – França 

 

Um ex-libris de Paris, de França, da Europa também. Consta-se que é o monumento mais visitado em todo o Mundo.

Medindo cerca de 324 metros de altura, é o edifício mais alto da cidade, tendo sido até 1930 o edifício mais alto do Mundo. Foi construída para a Exposição Universal de 1889, que iria comemorar o centenário da Revolução Francesa. É uma obra de arquitetura, mas também de engenharia e acima de tudo é considerada uma obra de arte, que herdou o nome do seu autor, o Engº Gustave Eiffel. Nós Portugueses temos orgulho de possuir no nosso país obras projetadas por Gustave Eiffel, sendo a Ponte de D. Maria Pia no Porto a mais famosa, e por um dos seus discípulos, como é o caso do Elevador de Santa Justa em Lisboa.

A sua iluminação é considerada como uma obra de arte e encontra-se protegida por direitos de autor, sendo por isso proibido tirar fotos à Torre Eiffel de noite, e sobretudo divulgar essas imagens para fins não privados.

Ao chegar ao cimo da Torre Eiffel e desfrutar da vista panorâmica sobre Paris, com o Rio Sena, as suas pontes, os jardins, as avenidas e os edifícios famosos como por exemplo o do Museu do Louvre, cidade imortalizada no romantismo do cinema e da música, o viajante sente que atingiu um dos patamares mais supremos a que poderia ambicionar.

Na primeira vez que visitei Paris, não foi possível subir ao cimo da Torre Eiffel, tive de ficar pelo 2º piso. Uma lacuna que durou mais de 30 anos e mais de 30 países estrangeiros visitados.

Era um menino e regressei a Paris já homem, com tantas voltas dadas nas viagens da vida, tantos objetivos concluídos e finalmente cheguei ao cimo da Torre Eiffel. Sublime!

 

Torre Eiffel, Paris, França

 

Arco de Triunfo – Paris – França 

 

Muitas cidades possuem um monumento semelhante, em Lisboa por exemplo existe um na Rua Augusta, mas o Arco de Triunfo em Paris, no centro da Praça Charles de Gaulle é o mais importante. Inaugurado em 1836 em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, contém os nomes de 128 batalhas e de 558 generais gravados. Na sua base, situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido, um local existente em vários monumentos patrióticos para honrar os soldados que morreram em tempo de guerra sem que os seus corpos tenham sido identificados.

A Praça Charles de Gaulle, também chamada Praça “de l’Étoile”, é talvez a rotunda mais célebre em todo o Mundo. Ali confluem 12 avenidas, razão pela qual foi, originalmente chamada “L’Étoile” (Estrela). Uma das avenidas são os famosos Champs Élysées, uma avenida única e que é replicada em muitas cidades pelo Mundo fora.
O Arco de Triunfo é o segundo monumento mais representativo de Paris. É possível visitar o seu interior onde existe um centro interpretativo sobre a sua construção, e subir ao topo. Fi-lo em 1983. Numa das vezes que regressei a Paris, limitei-me a tirar uma foto junto ao túmulo do Soldado Desconhecido, onde teria estado cerca de 36 anos antes. Subir ao topo é um dos próximos objetivos, pois Paris é também uma passagem para viagens a destinos mais longínquos.

 

Arco de Triunfo, Paris, França

 

Notre Dame – Paris – França

 

Existem diversas igrejas chamadas de “Notre Dame”, com arquitetura muito semelhante, espalhadas por diversas cidades Francesas, mas a Notre Dame de Paris é a mais importante.
Situa-se no famoso bairro de “Saint-Michel” numa ilha, a “Île de la Cité”, que é o lugar onde se fundou Paris.
Construída entre 1163 e 1245 é uma das catedrais Góticas mais antigas do Mundo. O nome da catedral é dedicado à Virgem Maria. Com 8 séculos de História, foi local de importantes acontecimentos, como por exemplo, a coroação de Napoleão Bonaparte, a beatificação de Joana D’Arc e a coroação de Henrique VI da Inglaterra.
Em Abril de 2019, sofreu um grave incêndio que provocou danos significativos no telhado e derrubou a agulha da torre principal.  Era possível visitar o interior onde os vitrais se destacam, os seus jardins, onde se encontra uma estátua de Joana D’Arc e do Papa João Paulo II e subir às torres, desfrutando da vista sobre o bairro de “Saint-Michel”.
De momento encontra-se encerrada. O Mundo espera ansiosamente pelo regresso Notre Dame de Paris ao caminho dos viajantes!

 

Paris, Notre Dame, França

 

Palácio de Versailhes – Versailhes – França 

 

“À grande e à Francesa” e “Se não têm pão comam brioches” são duas célebres frases que nos ajudam a compreender a História de França. Expressões indissociáveis de Versalhes.
Há no Mundo Palácios mais impressionantes e grandiosos que Versalhes, por exemplo em São Petersburgo na Rússia, os próprios Franceses reconhecem isso. Mas Versalhes é provavelmente o palácio mais visitado do Mundo!

O Palácio de Versalhes situa-se como o nome indica, em Versalhes, uma antiga aldeia rural, atualmente uma cidade nos arredores de Paris.

Em tempos foi um pavilhão de caça, tornou-se o centro do “Antigo Regime”, onde residiam os Monarcas Absolutistas. Ali eles podiam viver de forma abastada, resguardados e bem longe de Paris, onde os tumultos e doenças de uma cidade apinhada eram recorrentes. A grandeza da sua construção fala por si: 2153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1250 lareiras e 700 hectares de parque.
Na visita ao Palácio de Versalhes percorremos diversas salas e corredores enormes, onde se destaca a Capela e os Grandes Aposentos do Rei e da Rainha, cuja decoração sobressai. A Galeria dos Espelhos, é outro dos locais de destaque, com os seus 73 m de comprimento, possuindo 375 espelhos, foi o lugar onde em 1919 foi assinado o Tratado de Versalhes, que pôs fim à I Guerra Mundial. Os seus jardins, os “Jardins de Versalhes” são famosos em todo o Mundo. A sua construção durou cerca de 40 anos. O local era ocupado por bosques e terreno pantanoso, tendo sido necessários milhares de homens para transportar terra e todo o tipo de árvores. Nos Jardins de Versalhes, destaca-se o “Grand Trianon”, um pequeno palácio de mármore rosa, local onde Maria Antonieta, esposa de Luís XVI, os monarcas depostos pela Revolução Francesa, desfrutava de uma vida simples e campestre. De Abril a Outubro é possível assistir a espetáculos em que a água das fontes se movimenta ao ritmo da música.

 

Palácio de Versailhes, França

 

Palácio de Versailhes, França

 

Abadia do Monte de Saint Michel – Monte Saint Michel – França 

 

Situada na região da Normandia, numa localidade chamada de Monte de Saint Michel, é o monumento mais visitado em França, fora de Paris. Trata-se de um santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel (Michel em Francês).

Tudo começou no ano de 709 quando o Bispo Aubert, de Avranches teve um sonho. Nesse sonho, o Arcanjo Miguel apareceu-lhe e pediu-lhe que construísse uma ali uma abadia. O sonho repetiu-se e o Bispo Aubert voltou a não lhe dar importância. Pela terceira vez, o Bispo voltou a sonhar com o Arcanjo Miguel e desta vez, o Arcanjo deve ter perdido a paciência, e fez-lhe um buraco na testa com o dedo. Então o Bispo Aubert percebeu que não se tratava de um simples sonho e ordenou ali a construção de uma igreja numa rocha que se encontrava abandonada. Em 966, o duque da Normandia ali estabeleceu uma comunidade de monges beneditinos. Estes, desde o ano 1000 foram construindo uma abadia pré-romana e uma pequena vila ao seu redor. A abadia sofreu várias ampliações ao longo dos séculos, sendo protegida por muralhas durante a Guerra dos Cem Anos, tornando-se uma fortaleza inexpugnável que resistiu a todas as tentativas dos Ingleses de tomá-la, e constitui-se assim num símbolo de identidade nacional. Durante a Revolução Francesa a abadia foi utilizada como uma prisão para dissidentes políticos. Era um local horrível de onde fugir era impossível! Em 1863 devido à pressão da opinião pública, nomeadamente de diversos intelectuais, entre os quais, o escritor Victor Hugo, a prisão foi desativada. Ao longo dos anos tem sido um local de peregrinação, pois acima de tudo é um local religioso que inspira espiritualidade.
A visita ao seu interior inclui os acessos, a igreja românica lá no alto com estátua em ouro do Arcanjo Miguel que fica situada a 156 metros de altura, abençoando aquele local. O interior da Igreja, o refeitório, os claustros, os jardins e a sala dos Cavaleiros são alguns dos seus pontos altos.

A vista panorâmica do alto dos 80 m da plataforma, para o Canal da Mancha, para as duas regiões, Normandia e Bretanha e para as areias movediças que cercam a ilha que podem ser observadas com a maré vazia, são soberbas.  Conseguimos também observar várias pessoas caminhando por aquelas areias movediças em grupos organizados.

 

Monte Saint-Michel, deck de madeira e estrada de acesso à ilha

 

Castelo de Neuschwanstein – Füssen – Alemanha 

 

Na Baviera, cuja capital é Munique, lindíssima cidade, também considerada a capital Mundial da Cerveja, Fussen, que se localiza a cerca de 130Km, famosa pelos castelos de Hohenschwangau e de Neuschwanstein é o destino mais belo da Alemanha. Os visitantes visitam ambos os castelos, mas a beleza do Neuschwanstein, ofusca qualquer outro. Trata-se do edifício mais fotografado da Alemanha. A zona com o enquadramento dos castelos, lagos e montanhas, é carregada de magia, talvez por isso o Castelo da Cinderela, figura de ficção da Walt Disney, presente em todos os parques assim chamados, nele se inspira.

No século XIX a Baviera era um reino. O Castelo de Hohenschwangau foi residência oficial de Verão, e aqueles lados, zona de caça, do Rei Maximiliano, da sua esposa Maria, e dos seus dois filhos: Ludwig que mais tarde se tornou o Rei Ludwig II e Otto que mais tarde se tornou o Rei Otto. Ambos tinham distúrbios mentais graves. Foi pela admiração que sentia por Richard Wagner, que Ludwig mandou construir o Castelo Neuschwanstein. No fundo é uma história de amor, segundo se consta, apenas espiritual e não físico, entre dois homens que tão bem é explicada, com muitos eufemismos, nos audioguias, durante a visita ao interior, à medida que percorremos as salas. A visita é impressionante, e tem o seu ponto mais alto quando entramos na Sala de trono. No interior do Castelo de Neuschwanstein é proibido tirar fotos. Talvez para fazer a vontade ao Rei Ludwig, que expressou o desejo de que o seu castelo, onde tão pouco tempo viveu, não fosse visitado por curiosos.

 

Castelo de Neuschwanstein-Füssen – Alemanha

 

Palácio do Parlamento – Bucareste – Roménia

 

Para quem tem hoje mais de 45 anos, Nicolae Ceaușescu é um nome que nunca esqueceu.
Estávamos em 1989, no dia de Natal, o execrável ditador era executado por crimes contra o povo. A Roménia foi o único país do Leste Europeu, onde o Regime Comunista terminou com sangue.

No coração de Bucareste sobressai o enorme Palácio do Parlamento, o segundo maior edifício do Mundo. A obra que Ceaușescu mandou erguer, à custa do sacrifício do seu povo, à fome, a privações e humilhações, para satisfazer os seus caprichos. Ceauşescu chamou-lhe Casa da República, mas muitos Romenos chamaram-lhe Casa do Povo.
Atualmente ali funciona a Câmara dos Deputados e o Senado. Dada a enormidade do edifício, as diversas galerias e salões são usados para conferências e outros eventos.
A visita guiada ao seu interior que dura cerca de 2 horas é apenas a uma pequena parte do mesmo. Nem os próprios guias conhecem a totalidade do edifício com mais de 1000 salas, cada uma com a sua decoração própria,12 pisos de altura e 8 subterrâneos (4 ficaram por concluir) e uma arquitetura exterior inspirada em Palácios que o ditador visitou quando se deslocou à China e à Coreia do Norte. Construído exclusivamente por materiais oriundos da Roménia (país com enormes recursos) e com os serviços dos melhores arquitetos e engenheiros nacionais e internacionais ligados ao Partido Comunista Romeno e a mão de obra em regime de escravatura do povo, trabalhando até socumbir. Uma das salas interiores, não possui janelas, para que Ceaușescu pudesse ali dentro escutar bem alto aqueles que lhe batiam palmas. Possui também várias salas de teatro que eram frequentadas pelos cabecilhas do Partido, onde assistiam a grandiosos e exclusivos espetáculos. Possui escadarias inspiradas no Palácio do Hermitage de São Petersburgo e corredores ao estilo do Museu do Louvre de Paris. A varanda com vista para a célebre “Boulevard Unirii”, a avenida feita à imagem dos Champs Elysées onde dois factos marcaram a história: Um foi o dia que Ceaușescu ali chegou e disse que aquela avenida era pequena e que deveria ser prolongada até perder de vista. Foram então expropriadas ainda mais habitações e várias igrejas foram transladadas, uma delas a “Mihai Voda” que foi movida para 285 metros do seu local de origem. O outro, foi em 1992 quando Michael Jackson visitou a Roménia e dali do alto se dirigiu aos fans dizendo “Hello Budapest!”, confundindo a capital da Roménia com a da Hungria.

A visita ao interior coloca-nos com um sentimento de estupefação e revolta que vai aumentando à medida que se percorrem as diversas salas. É de facto muito difícil imaginar os limites da natureza humana. O egoísmo, a presunção e a maldade!
Quando Ceaușescu foi executado, menos de 80% da obra estava concluída. Não foi demolido após a queda do regime pelo facto da sua demolição ser mais onerosa que mantê-lo erguido ao longo dos anos.

 

Palácio do Parlamento, Bucareste, Roménia

 

Palácio do Parlamento, Bucareste, Roménia

 

SAN MARINO e ITALIA

 

Três Torres – San Marino

 

Visitar a República de San Marino foi uma belíssima surpresa. Este microestado é um enclave em território italiano e localiza-se no Monte Titano, a cerca de 10 Km do Mar Adriático, acessível desde Rimini, a mais conhecida estância balnear italiana. O centro histórico da capital, a Cidade de San Marino que é uma cidade amuralhada, contém essas 3 fortificações localizadas cada uma num cume: a Torre Guaita, a mais antiga, a Torre Cesta, localizada no cume mais alto e a Torre Montale, localizada no cume mais baixo. São os principais símbolos do país estando inclusivamente desenhados na sua bandeira nacional. Caminhando pelo centro histórico, através de passadiços e trilhos acedemos a ambas, de onde desfrutamos de vistas soberbas sobre os territórios dos dois países, Costa Adriática incluída.

 

Torre Cesta, San Marino

 

Vistas desde o alto do Monte Titan, percorrendo o caminho entre as Três Torres, San Marino

 

 

Ruínas de Pompeia Ercolano – Itália 

 

No ano de 79 uma erupção do Vesúvio resultou na destruição destas cidades romanas: Pompeia e Herculano.

Trabalhos arqueológicos levados no durante o século XVIII permitiram emergir das cinzas estas ruínas, sendo hoje visitáveis. O grau de destruição de Pompeia e Ercolano foi diferente, por conseguinte, as visitas complementam-se.

 

Pompeia é maior, possui inclusivamente um coliseu romano, onde os Pink Floyd no ano de 1972 deram um concerto que deu origem a um filme, “Pink Floyd: Live at Pompeii”. Visitando o Antiquário podemos observar os famosos corpos petrificados, construídos em gesso, cujo molde foi criado a partir dos corpos das vítimas quando morreram.

 

Ruínas de Pompeia, Antiquário, Itália, corpos petrificados

 

Ruínas de Pompeia, Coliseu Itália

 

Ruínas de Pompeia, Itália

 

Em Ercolano podemos observar os antigos armazéns do porto, onde foram encontrados os fósseis das pessoas que aí se refugiaram e foram atingidas pela nuvem piroclástica proveniente da erupção vulcânica.

Os amantes de História terão de passar aqui vários dias, para o “comum dos mortais” são necessárias algumas horas. Leia-se horas! Sobre Pompeia existem várias séries, documentários e filmes, além de uma infinidade de compêndios históricos, o que prova a sua importância para a História da Humanidade.

 

Ruínas de Ercolano, antigos armazéns do porto, Itália

 

Ruínas de Ercolano, Itália

 

Ruínas de Ercolano, Itália

 

Convento de Santa Maria das Graças – Milão – Itália 

 

Milão, não sendo propriamente uma cidade bonita, pois é sempre escura e os habitantes são sisudos, consegue atrair-nos pelo seu charme. É a capital Mundial da moda, possui um nível de vida alto, com as ruas mais caras do Mundo vendendo artigos de luxo, como é o caso da Via Monte Napoleone, onde as lojas de roupa de marcas de costureiros famosos dominam. Também a Ópera, que por sinal nasceu em Itália, é património da cidade, estando o “Teatro alla Scala” entre as 5 mais importantes salas de ópera do Mundo. É uma das capitais do futebol Mundial, o dois grandes clubes da cidade, a Associazione Calcio Milan e o Football Club Internazionale Milan, disputam os seus jogos no bairro de San Siro, numa das catedrais do futebol. Catedral de Milão é o Duomo, uma das catedrais de estilo Gótico mais famosas do Mundo, localizada bem no centro da cidade.

Mas em Milão destaco o Convento de Santa Maria das Graças que a muitos visitantes não lhes ocorre visitar. Trata-se de uma igreja e convento dominicano que se encontra incluída na lista dos Patrimónios Mundiais da UNESCO. O convento alberga a segunda obra mais famosa de Leonardo Da Vinci, o “Cenacolo Vinciano”, conhecida no Mundo como “A última ceia”. A obra foi pintada na parede do antigo refeitório sendo por isso inamovível. Presume-se tenha sido iniciada em 1495 ou 1496 no âmbito de um plano de reformas na igreja e no convento, encomendadas por Ludovico Sforza, duque de Milão. A obra representa o episódio bíblico da Última Ceia de Jesus Cristo com os Apóstolos antes de ser preso e crucificado, retratando o momento exato em que Jesus Cristo informa que um dos Apóstolos o irá trair. Judas encontra-se destacado por ser pintado de negro, tendo a sua imagem sido baseada num monge recalcitrante que permanentemente perguntava a Leonardo quando a obra estaria pronta!
A obra sofreu diversas agressões ao longo do tempo, como por exemplo a abertura de uma porta pelos padres e os bombardeamentos da II Guerra Mundial.
Só para ver o “Cenacolo Vinciano” é obrigatório visitar Milão, mas fica o aviso, marquem a visitar com antecedência, pois as listas de espera chegam a ter alguns meses!
Visitar esta obra num importante dia da minha vida, aquele em que vi nevar pela primeira vez.

 

Convento de Santa Maria das Graças-Milão-Itália

 

Convento de Santa Maria das Graças-Milão-Itália

 

Coliseu Romano – Roma – Itália 

 

Roma, a “Cidade Eterna” é um museu ao ar livre. Uma das cidades mais antigas do Mundo e em tempos capital do Império Romano que se estendia pela Bacia do Mar Mediterrâneo, ocupando parte da Europa, do Médio Oriente e do Norte de África.
O principal símbolo da cidade, o Coliseu Romano, foi construído sob o lema “panis et circenses”, traduzindo do Latim, “pão e circo”, pois segundo os Imperadores, o povo Romano se andasse entretido e distraído, ficaria feliz e não contestaria o Governo, nem tão pouco se revoltaria contra as injustiças sociais, desigualdades, esbanjamento de dinheiros públicos ou aumento de impostos. Lema ainda hoje aplicado pelos governantes e que os vai mantendo no poder. Há que entreter a povo com festas e futebol e com isso ninguém se lembra, por exemplo que a gasolina aumentou…
A obra começou a ser construída no ano de 72 no mandato do Imperador Vespasiano e terminou no ano de 80 durante o mandato do Imperador Tito. Tornou-se no maior anfiteatro Romano, com 188 m de comprimento, 156 m de largura e 57 m de altura. Tinha capacidade para mais de 80 mil espetadores, podendo ser coberto com um teto de lona para os proteger do sol. Tinha uma capacidade de evacuação de público em caso de emergência, que em nenhum estádio de futebol ou qualquer outro recinto semelhante, construído nos dias de hoje, conseguiu ser igualada.

O Coliseu permaneceu ativo durante mais de 500 anos. A partir do século VI, sofreu saques, terramotos e até bombardeamentos durante a II Guerra Mundial.  Inicialmente chamado de “Anfiteatro Flaviano” foi substituído por “Coliseu” devido à grande estátua de Nero que se encontrava na entrada da Domus Aurea, um grande palácio construído sob as ordens deste depois do Incêndio de Roma. Nos seus tempos áureos, ali eram realizados diversos espetáculos sangrentos, perante as bancadas lotadas de espetadores ávidos de presenciar violência e morte. E com isso exultavam. Lutas de gladiadores até à morte, execuções de Cristãos perante feras, que eram lançadas para a arena através de um sistema de elevadores, desde as jaulas que se encontravam no subsolo. Presume-se que também se realizavam representações de batalhas navais, com a arena a transformar-se num lago, enchendo-se de água. Nos dias de hoje, em diversos países latinos, existe a tourada, uma espécie de luta até à morte entre um ser humano e um touro bravo enraivecido, onde nem sempre ganha o primeiro, que poderá ter reminiscências nestes espetáculos sangrentos. A natureza humana não mudou, apesar da sociedade ir evoluindo. A necessidade do ser humano, presenciar espetáculos sangrentos, ou ir ao futebol insultar o árbitro ou os adeptos dos outros clubes, segundo os entendidos em psicologia, são formas de catarse e deste modo canaliza-se a agressividade para outras coisas, evitando-se por exemplo, bater no cônjuge, nos filhos, no polícia, no professor, no chefe ou no patrão…

O edifício encontra-se em ruínas, sendo continuamente recuperado. É um local de enorme romaria de visitantes de todo o Mundo. Na visita ao seu interior é possível observar as bancadas, a arena e os lugares VIP onde apenas o Imperador poderia aceder.
Junto ao Coliseu existe o Arco de Constantino, um arco de triunfo construído por ordem do Senado Romano para comemorar a vitória do Imperador Constantino sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvia no ano de 312. Nas imediações do Coliseu encontra-se a Via Sacra, celebérrima rua de Roma desde a antiguidade, que dá acesso ao Fórum Romano e ao Palatino, o centro do Império Romano.

Diz o povo que, “Roma e Pavia não se fizeram num dia”, Roma é grandiosa e o Coliseu é apenas uma pequena parte do que tem para nos oferecer, e também “em Roma, sê Romano”, pois em Roma há muito para ver e viver, e claro, “todos os caminhos vão dar a Roma” e “quem tem boca vai a Roma” e a qualquer parte do Mundo também!

Coliseu Romano – Roma – Itália

 

Coliseu Romano – Roma – Itália

 

Coliseu Romano – Roma – Itália

 

Basílica de S. Pedro – Vaticano 

 

Pelo Mundo fora há basílicas para todos os gostos, mas esta do Vaticano é a mais importante. O Vaticano é a sede da Igreja Católica, o Estado independente mais pequeno do Mundo e um dos mais ricos. Independente das suas crenças religiosas, quem visita Roma, visitar o Vaticano, um enclave único no Mundo, é obrigatório e constitui um dos pontos mais altos do currículo de qualquer viajante. Numa estada em Roma, pelo menos um dia é destinado para visitar o grandioso Museu do Vaticano por onde se acede ao interior da Capela Sistina, a Praça de S. Pedro e Basílica de S. Pedro. Há um provérbio popular “é como ir a Roma e não ver o Papa”…a mim aplica-se. Não vi, mas como manda a tradição, atirei a moeda na Fonte de Trevi, assim é suposto um dia lá voltar e cumprir essa tradição! Não vi o Papa (na altura era o Bento XVI) mas visitei o Vaticano. O Papa tem dias e hora para ser visto. É de uma janela, do alto dos seus sumptuosos aposentos, no edifício onde se encontra a Capela Sistina, que ele se dirige à multidão com a sua benção!
A Basílica de São Pedro, cujo nome se deve ao primeiro Papa da História, São Pedro, abriga em seu interior a Santa Sé, sendo a igreja onde o Papa realiza as liturgias mais importantes. As celebrações de Ano Novo e a Missa do Galo na noite de Natal ou a Homilia Pascal são dali transmitidas para todo o Mundo! A sua construção começou em 1506 e terminou em 1626. Nela participaram diversos arquitetos, entre os quais Bramante, Michelangelo ou Carlo Maderno. Possui capacidade para albergar cerca de 200 mil pessoas. Mede 190 m de comprimento e a nave central tem 46 m de altura. A cúpula alcança uma altura de 136 m.

Entre as obras de arte que podem ser encontradas no seu interior destaca-se o “Baldaquino” de Bernini, “La Pietà” de Michelangelo e a estátua de S. Pedro no seu trono.  “La Pietà”, uma estátua que representa Jesus morto nos braços de sua mãe, sofreu uma tentativa de destruição pelo que se encontra protegida por um vidro. Os túmulos dos diversos Papas também são locais de romaria, onde o de São Pedro se destaca pela opulência da sua decoração. A cúpula, cuja construção foi iniciada por Michelangelo, continuada depois por Giacomo Della Porta e finalizada por Carlo Maderno em 1614, a sua arquitetura serviu de inspiração para outras obras como a Catedral de S. Paulo de Londres e o Capitólio de Washington. Subindo ao cimo desfrutamos de uma vista maravilhosa sobre o Vaticano, a Praça de S. Pedro com o Obelisco do Vaticano ao centro, trazido do Egipto pelo Imperador Romano Calígula, e sobre Roma, com o Rio Tibre e o seu famoso bairro “Trastevere”, o Castelo St. Ângelo, onde a Ópera “Tosca” tem o seu final dramático e o Monumento a Vítor Emanuel II da Itália, o “Altar da pátria”, alcunhado pelos Italianos como “Máquina de Escrever”.

 

Praça de S. Pedro-Vaticano

 

Basílica de S. Pedro-vista desde a Cúpula-Vaticano

 

Parthenon – Atenas – Grécia 

 

Localiza-se na Acrópole, este antigo templo Grego, o Parthenon, ou melhor, as ruínas do que ele foi ocupando lá no alto um lugar de destaque, sendo visível de qualquer ponto da cidade. Das colunas Gregas ainda existentes sobressaem os seus estilos que nas aulas de História nos ensinaram. Há capitéis espalhados pelo chão, e muitas pedras de elevado valor arqueológico, dizem os entendidos que “elas falam”, mas que para o comum visitante ao fim de pouco tempo já começa a ser mais do mesmo. O complexo da Acrópole, à medida que subimos vamos encontrando locais de culto, como por exemplo o Odeão de Herodes Ático e o Teatro de Dionísio que foi o mais importante dos teatros da Grécia Antiga, e é considerado o berço do Teatro ocidental e da Tragédia Grega.
O Parthenon foi um templo dedicado à Deusa grega Atena, construído por iniciativa de Péricles, governante da cidade. Foi projetado pelos arquitetos Calícrates e Ictinos.  É um ex-libris Ateniense e também Helénico. No entanto, nem a Acrópole, apesar das vistas sobre Atenas serem esplêndidas, é o ponto mais alto da cidade, este situa-se na Colina Licabeto, nem o Parthenon é o maior templo, esse é lugar é ocupado pelo Templo de Zeus Olímpico, que é tido como aquele que foi o maior templo Grego do Mundo, porém atualmente só existem as ruínas do pouco que resta dele.

 

Parthenon, Atenas, Grécia


Catedral de S. Basílio, Kremlin e Praça Vermelha – Moscovo – Rússia

 

A capital da Rússia é uma cidade gigantesca, a perder de vista, certamente das 5 maiores do Mundo em área, com avenidas largas, edifícios volumosos de arquitetura Soviética, com uma rede de metropolitano, grande parte a circular a mais de 90 m de profundidade, cujas estações são autênticos palácios. Ali tudo é longe, mesmo o outro lado da rua, autênticas auto estradas no meio da cidade, para lá chegar é preciso andar muito pois só se acede através de passagens subterrâneas. Em Moscovo qualquer viajante por muitos locais que tenha andado, sente-se um provinciano. Além de se sentir literalmente “engolido” pela cidade, muitos dos seus habitantes não falam línguas estrangeiras e tratam os visitantes, mesmo do próprio país, com desprezo e rudez.
A grandiosa Praça Vermelha é o coração de Moscovo. O centro do Império Soviético e da Guerra Fria. Sempre engalanada no dia Dia da Vitória, 9 de Maio, celebrando a Vitória da União Soviética contra a Alemanha Nazista em 1945, com desfiles militares de caravanas com material bélico numa manifestação de poder e orgulho nacional Russo. Apesar do vermelho dos edifícios ser a cor predominante, ela deve o seu nome à palavra de língua Russa “krasnaya” que significa além de vermelha, bonita. Um local que no tempo da Guerra Fria, só o nome causava arrepios no Ocidente. Um local que provoca medo cénico ao visitante internacional que ali chega pela primeira vez. Esperemos que a Praça Vermelha volte a ser um local de sonho e não de pesadelo…
O conjunto de Monumentos que contém são o ex-libris da Rússia. O Kremlin, apesar de ali apenas se encontrarem os muros, o Mausoléu de Lenine e a Catedral de S. Basílio. O Museu de História Nacional e o GUM, um shopping de luxo, instalado no edifício que em tempos foi o mercado do povo, completam o quadro.  No GUM, o preço do m² é dos mais caros da Europa, superando por exemplo, os Champs-Élysées.

 

Muros do Kremlin, Catedral de S. Baílio e Praça Vermelha, Moscovo, Rússia

 

A Catedral de S. Basílio é o edifício mais emblemático de Moscovo, localizando-se no seu centro geométrico. Faz lembrar um “bolo colorido” a forma das suas belas cúpulas com diferentes cores e formatos que são um regalo para a vista, tanto de dia como de noite quando são iluminadas. Porém, a visita ao seu interior é uma desilusão. Reduzidas dimensões, constituindo um labirinto formado por nove capelas decoradas entre as quais está uma torre central que se eleva como se fosse um campanário. Este templo Ortodoxo foi mandado construir pelo Grão-Príncipe de Moscovo, Ivan IV, também conhecido por “O Terrível”, entre 1555 e 1561 para comemorar a captura de Kazan e Astracã.  Postnik Yakovlev foi o arquiteto da obra e diz a lenda que Ivan “O Terrível” o mandou cegar, para evitar que construísse algo mais magnífico para mais alguém. Saindo do lado contrário, chegando ao tabuleiro da Ponte Bolshoy Moskvoretsky a vista para a grandiosidade do complexo do Kremlin deixa-nos perplexos. Kremlin, que significa cidade fortificada, mas a visita restringe-se às catedrais e ao Palácio do Arsenal, onde existe um museu que expõe peças de joalharia, armas históricas, armaduras e carruagens.

 

Rússia-Moscovo-Catedral de S. Basílio


Igreja do Sangue Derramado – São Petersburgo – Rússia 

 

São Petersburgo é a mais bela cidade da Europa. A seguir a Lisboa…
A cidade é rica em museus, palácios, monumentos e catedrais.  Além disso possui canais, imensas pontes, belíssimas avenidas e edifícios emblemáticos. Foi a antiga capital da Rússia Czarista e assistiu de perto a guerras, cercos e revoluções. Hitler e Napoleão por aqui não conseguiram passar! O “General Inverno” residia por estes lados, que juntamente com a resiliência da sua população, ajudaram a salvar a Humanidade do domínio Nazi. São Petersburgo que já se chamou Leninegrado é terra natal de Vladimir Putin, e assim esperemos que estas coisas horríveis não se repitam…
Dos muitos monumentos da cidade, a Igreja do Sangue Derramado destaca-se. O nome oficial é “Igreja da Ressurreição do Salvador” mas internacionalmente é conhecida como “do Sangue Derramado” por ter sido construída no local onde o Czar Alexandre II foi assassinado. No interior, o mausoléu que fica no lado oposto ao altar ainda preserva algumas pedras com marcas de sangue. É confundida com a Catedral de S. Basílio de Moscovo, dadas as suas semelhanças arquitetónicas. Ao contrário da Catedral Moscovita, na qual foi inspirada, esta não se localiza numa gigantesca Praça, mas junto a um dos vários canais que banham a cidade, nas proximidades da celebérrima avenida “Nevsky Prospekt”. Apesar de não aparentar, pois as suas cores são menos garridas, consegue ser maior, mais rica em detalhes e o seu interior bem mais requintado, sendo um verdadeiro museu de arte. À semelhança das Igrejas tradicionais Russas, não possui esculturas, sendo totalmente decorado com mosaicos que usam pedaços de pedras semipreciosas de diferentes cores.

Visitar o interior de uma catedral Ortodoxa é um encanto e transmite paz. Sempre que o faço não desperdiço a oportunidade de efetuar o ritual de colocar velinhas aos santos, pelas pessoas que me são chegadas e pelas amizades que possuo sobretudo nesses países do Leste Europeu.

 

Igreja do Sangue Derramado, São Petersburgo, Rússia

 

Catedral Santa Sofia e Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas  Kiev – Ucrânia

 

Numa altura em que a Ucrânia se encontra em guerra, seria uma injustiça não incluir um dos seus monumentos neste artigo de viagens, desejando que a paz volte rápido a essa lindíssima nação. Desconhecemos o que nos tempos mais próximos vai suceder à Ucrânia, ao seu património e ao seu povo, e que repercussões terão na Europa e no Mundo.
A Catedral de Santa Sofia e o Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas são os maiores símbolos de Kiev, tal como a Catedral de S. Basílio o é para Moscovo. Localizam-se na Colina Volodymyrska, local acessível de funicular e de onde é possível observar a vista para o Rio Dniepre que banha a cidade. A Catedral Santa Sofia é a mais antiga catedral da cidade. Destaca-se pela cor verde no exterior e as suas cúpulas douradas. O seu interior é coberto de mosaicos e pinturas de mestres bizantinos do século XI. Trata-se do primeiro monumento Ucraniano reconhecido como Património da Humanidade pela UNESCO.

O Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas distingue-se pela cor azul no seu exterior e como é óbvio, pelas suas cúpulas douradas. Construído na Idade Média pelo Grão-príncipe Esvetopolco II, este mosteiro é composto pela catedral, pelo refeitório de São João “O Divino” construído em 1713, pela Porta Económica construída em 1760 e pelo campanário que foi acrescentado entre 1716 e 1719. O exterior foi reconstruído no século XVIII em estilo Barroco Ucraniano, enquanto o interior continua com o seu Estilo Bizantino original A catedral foi destruída na década de 1930 pelos Soviéticos sendo reconstruída após a independência da Ucrânia em finais do século XX.

 

Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas, Kiev, Ucrânia

 

Catedral Santa Sofia, Kiev, Ucrânia

 

Mesquita Azul – Istambul – Turquia 

 

Istambul é um local mágico que nos conquista desde o primeiro momento. Possui muitas parecenças com Lisboa, apesar de ser no mínimo umas 10 vezes maior. A cidade distribui-se por várias colinas e é banhada pelo Bósforo, com várias pontes a atravessá-lo. Foi por esse motivo que Calouste Gulbenkian, um Arménio, que ali nasceu, escolheu Lisboa para viver. Possui uma excelente oferta de monumentos, nomeadamente palácios, onde o Topkapi e o Dolmabahçe se destacam, e mesquitas, cerca de 3000, na Turquia a religião predominante é a Muçulmana.

A Mesquita Azul é o cartão postal de Istambul. Oficialmente chamada de Mesquita Sultão Ahmed (Sultanahmet Camii). Construída em estilo Clássico Otomano, possui 43 m de altura e destaca-se pelos seus seis minaretes. O seu interior, com os 20 mil azulejos azuis que adornam a cúpula e a parte superior da mesquita, tal como os mais de 200 vitrais e lustres pendurados no teto que o iluminam, é impressionante
A mesquita ocupa uma parte da área outrora ocupada pelo Grande Palácio de Constantinopla, a residência dos Imperadores Bizantinos entre 330 e 1081. Em 1606 o Sultão Ahmed quis construir uma mesquita maior, mais imponente e mais bonita do que a Santa Sofia.

A Mesquita Azul encontra-se no centro nevrálgico de Istambul, por onde os turistas passam grande parte dos dias. Dali facilmente se acedem a muitas das principais atrações turísticas da cidade, como por exemplo o Grande Bazar, a Santa Sofia e o Palácio Topkapi onde as suas varandas nos proporcionam vistas soberbas sobre as partes da cidade nos dois continentes, Europa e Ásia separados pelo Bósforo.
Em Istambul o pôr do sol tem mais encanto, sobretudo com a Mesquita Azul no horizonte.

 

Mesquita Azul, Istambul, Turquia

 

Mesquita Azul, Istambul, Turquia

 

Elizabeth Tower (Big Ben) e Casas do Parlamento – Londres – Inglaterra 

 

Seria imperdoável não incluir o que quer que fosse, de Londres, onde recentemente tive oportunidade de regressar ao fim de quase 24 anos, nesta lista de monumentos.

O maior símbolo da cidade, o relógio mais famoso do Mundo, o edifício que por todo o lado tem servido de modelo a outros, a Elizabeth Tower, assim se passou a chamar em 2012 para marcar o Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II. A torre contém o maior relógio de 4 lados do Mundo. Big Ben, apesar de ser assim erradamente chamada a torre, é de facto o nome dado ao seu enorme sino com quase 14 toneladas, cuja melodia que emite dando horas, é famosa em todo o lado. Todos os anos assistimos nas televisões, à entrada no ano novo em Londres, o mesmo horário de Lisboa, marcado pelo toque do Big Ben, na altura em que meio mundo já se encontrava no ano seguinte.

Junto à torre (Big Ben) localizam-se as Casas do Parlamento, onde estão instaladas as duas Câmaras do Parlamento do Reino Unido: a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes. Atravessar a Ponte de Westminster, uma das várias que atravessa o Rio Tamisa, e contemplar este monumento e o seu enquadramento na paisagem é o momento mais marcante de uma viagem a Londres.

 

Tower Bridge – Londres – Inglaterra

 

E por falar em pontes sobre o Tamisa, seria imperdoável não referir a mais famosa. Aquela que é a ponte mais famosa em todo o Mundo. Uma ponte basculante, construída em 1894. O seu enquadramento paisagístico é extraordinário, com a famosa e antiga Torre de Londres, contrastando com a modernidade dos edifícios do centro financeiro, a “city of London” e dos outros localizados na margem contrária. Sugiro uma ida ao Sky Garden, que é gratuito (mas convém marcar online) e do lá alto, do 35º andar, observar toda esta zona envolvente e deste modo tornarão a vossa estada em Londres como inesquecível.

 

Catedral de São Paulo – Londres – Inglaterra 

 

O facto de Londres não possuir arranha céus em grande parte da cidade, é a vista das zonas históricas para a Catedral de São Paulo não ser obstruída. Localizada próxima do centro financeiro, esta Catedral Anglicana foi construída em 1710 no local onde sempre existiram templos religiosos. Ali existiu um dólmen e posteriormente um templo Grego. Este templo foi substituído pela igreja mais antiga da Inglaterra, construída no ano 604. Dada a sua construção em madeira, foi um dos diversos edifícios afetados pelo incêndio de 1666. Reconstruída em diferentes ocasiões acabou por se tornar no enorme edifício atual. A sua arquitetura destaca-se pela enorme cúpula visível a larga distância.
Ali foram levadas a cabo as cerimónias do casamento do Príncipe Carlos com a Princesa Diana, e do funeral de Winston Churchill.

 

Catedral de São Paulo e Ponte do Milénio, Londres, Inglaterra

 

Catedral de São Paulo vista desde o Sky Garden, Londres, Inglaterra

 

Catedral de São Paulo, Londres, Inglaterra

 

Elizabeth Tower (Big Ben) e Casas do Parlamento, Londres, Inglaterra

 

Elizabeth Tower (Big Ben), Londres, Inglaterra

 

Tower Bridge vista do Sky Garden, Londres, Inglaterra

 

Tower Bridge, Londres, Inglaterra

 

Tower Bridge, Londres, Inglaterra

 

Muralhas de Dubrovnik – Croácia 

 

Apesar dos preços exorbitantes atualmente pedidos para visitar esta atração turística, dei por bem empregue o tempo e o dinheiro despendidos. Somente percorrendo os seus cerca de 2 Km conseguimos ter a real perceção do que é aquela que é chamada a Pérola do Adriático. A cidade recentemente, e as suas muralhas, entraram na ribalta devido às filmagens da série “Game of Thrones”, daí o número de visitantes ter subido em flecha. Mas a História destas muralhas, com cerca de 25 metros de altura, é bem mais antiga. Remonta ao século XIII, altura em que foram construídas para proteger a cidade de ataques, que viriam a acontecer em poucos anos. A República de Veneza conquistou Dubrovnik. A História da cidade, que já foi chamada de Ragusa, remonta ao século VII, com a formação da República de Ragusa. Ao longo dos séculos, disputas de territórios não faltaram. Eslavos, Otomanos e até mesmo Napoleão Bonaparte escreveram o seu nome na História de Dubrovnik, conseguindo este último a proeza de as suas tropas transporem estas muralhas. Já no século XX, Dubrovnik livrou-se dos ataques das duas Guerras Mundiais, mas não escapou aos bombardeamentos da Guerra da Jugoslávia. Sérvios e Montenegrinos não aceitaram a declaração de independência Croata. Os bombardeamentos de Dubrovnik de 1991 foram o pior ataque que a cidade sofreu, tendo sido destruídos edifícios históricos e mortos civis durante os 8 meses que durou o cerco. Mas as muralhas resistiram!

É um enorme prazer percorrer as muralhas e desfrutar do seu alto, das vistas para a cidade e sobre a sua costa banhada pelo mar Adriático. As muralhas bem como toda a perspetiva da cidade também podem ser observadas do alto do Forte Imperial. No Mundo não existe mais nenhuma cidade que conserve umas muralhas desta magnitude em perfeito estado.

 

Muralhas de Dubrovnik – Croácia

 

Muralhas de Dubrovnik – Croácia

 

Muralhas de Dubrovnik – Croácia

 

Palácio de Diocleciano – Split – Croácia

 

O antigo Imperador Romano, Diocleciano, ordenou a sua construção para ali gozar a sua “reforma dourada”, após a sua abdicação voluntária no ano 305. Ali viveu os últimos anos da sua vida. Atualmente as suas ruínas são a principal atração da cidade de Split e que coincide com o seu o centro histórico. Passeando por estas ruas, podemos visitar a catedral, o Templo de Júpiter e as partes subterrâneas, que serviam para armazenar mantimentos, e em uma dessas alas foram filmadas partes da série “Game of Thrones”. Passear pelo interior do Palácio de Diocleciano quando visitamos a cidade, transporta-nos vários séculos no tempo.

 

Palácio de Diocleciano – Split – Croácia

 

Palácio de Diocleciano – Split – Croácia

 

Sagrada Família – Barcelona – Espanha 

 

Antoni Gaudí é um nome que qualquer pessoa culta conhece no imediato. Quem visita Barcelona jamais o esquecerá. A Sagrada Família é a sua obra mais emblemática. Ainda se encontra em construção seguindo o projeto original, que se iniciou em 1822, prevendo-se a sua conclusão para o ano 2026, quando passarem 100 anos desde a sua trágica morte, tornar-se-á no maior templo religioso do mundo. Na Cripta Gaudí descansa em paz. A visita ao seu interior tem preços exorbitantes, pelo que deixarei isso para mais tarde, a Barcelona é sempre um prazer regressar. Desta vez foi só a cripta onde que consegui visitar de forma gratuita.

Para descrever esta obra maravilhosa são necessárias muitas palavras e para a entender é necessário ler muita coisa. O edifício é uma lição de arquitetura e conta a vida de Cristo: A Natividade, a Paixão e a Glória.

 

Sagrada Família, Barcelona, Espanha

 

Sagrada Família, Barcelona, Espanha, túmulo de Gaudí

 

Sagrada Família, Barcelona, Espanha

 

Templo Expiatório do Sagrado Coração – Barcelona – Espanha 

 

Localizado no Monte Tibidabo, onde se acede de funicular e de autocarro, trata-se de um templo que combina elementos neobizantinos, neorromânicos e neogóticos. Acede-se de elevador à estátua do Cristo Redentor, que considero proporcionar a vista mais pitoresca e bela da Cidade Condal e dos seus arredores e também das montanhas que protegem a cidade do frio dos Pirenéus. Arrisco-me a dizer que esta é das 5 vistas panorâmicas mais espetaculares da Europa.

 

Templo Expiatório do Sagrado Coração, Barcelona, Espanha, vista panorâmica

 

Templo Expiatório do Sagrado Coração, Barcelona

 

Praça de Espanha – Sevilha – Espanha  

 

Conheço muitos locais em Espanha e confesso que considerava a cidade de Sevilha como enfadonha, até decidir lá passar um fim de semana no Outono. As temperaturas elevadas no Verão, o vento quente e as poucas sombras existentes, não nos permitem desfrutar da cidade de forma confortável. Essas ideias negativas que a colocaram na cauda da tabela, desapareceram!

A Praça de Espanha, que é uma verdadeira sala de visitas da cidade, foi construída em 1928 para a Exposição Ibero-Americana de 1929. A sua construção demorou cerca de 15 anos e teve recurso a cerca de 1000 trabalhadores. Ela é um exemplo do Regionalismo na Arquitetura, pois mistura elementos do Neo Renascimento, Mouriscos e Espanhóis. São estas misturas de estilos arquitetónicos que nos fazem sentir fascinados por Sevilha. Esta monumental praça, de forma elíptica, onde se dispõem vários edifícios governamentais, faz parte do Parque Maria Luisa, o mais famoso da cidade. Destaco o piso em azulejo ao longo das paredes invocando cada província do país. Na entrada podemos observar a estátua de Aníbal González Álvarez-Ossorio, o arquiteto desta magnífica obra!

Os filmes “Lawrence da Arábia”, “O Ditador” e “Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones” passaram por lá!

 

Praça de Espanha, Sevilha, Espanha

 

Praça de Espanha, Sevilha, Espanha

 

Praça de Espanha, Sevilha, Espanha

 

Praça de Espanha, Sevilha, Espanha

 

Praça de Espanha, Sevilha, Espanha

 

Real Alcázar – Sevilha – Espanha 

Sevilha é uma cidade encantadora, e a visita ao Alcázar, no seu coração, é obrigatória. Trata-se do palácio em uso mais antigo da Europa. A Espanha é uma monarquia, contestada por muitos e cheia de escândalos, mas que nós saibamos, o regime republicano não lhes deixou saudades. Este é um dos palácios usados pela família real, nomeadamente quando visita a capital da Andaluzia. O termo “Alcázar” é uma palavra árabe, traduzida como “castelo” ou “palácio”. O mesmo foi construído sob o domínio mouro, durante o início da década de 900. Atualmente é considerado Património Mundial da UNESCO. Passou por cerca de 500 modificações e renovações. Trata-se de um complexo de edifícios que combinam várias formas arquitetónicas: islâmica, gótica e renascentista, por exemplo. A visita ao seu interior, engloba jardins, pátios e salas e é um verdadeiro conto das “mil e uma noites”! A Sala das Tapeçarias, a Sala Gótica, os Quartos Reais, são alguns dos pontos mais altos da visita que necessita no mínimo de 3 horas.

A série “War of Thrones” e os filmes “Lawrence da Arábia”, “1492: Conquest of Paradise” e “Knight and Day ” tiveram ali passagens.

 

Real Alcázar, Sevilha, Espanha

 

Real Alcázar, Sevilha, Espanha

 

Real Alcázar, Sevilha, Espanha

 

Real Alcázar, Sevilha, Espanha

 

Calton Hill – Edimburgo – Escócia

 

É a razão de Edimburgo ser alcunhada de “Atenas do Norte”. Trata-se de uma colina que possui diversos monumentos, nomeadamente o Monumento Nacional da Escócia, semelhante ao Parthenon, um memorial aos soldados e marinheiros escoceses mortos nas Guerras Napoleónicas, o Monumento de Dugald Stewart, um memorial ao filósofo escocês Dugald Stewart e o Monumento de Nelson, uma torre comemorativa em homenagem ao vice-almirante Horatio Nelson, que perdeu a vida na Batalha de Trafalgar, derrotando Napoleão Bonaparte, impedindo a sua ofensiva na conquista do Reino Unido.

O local vale sobretudo pelas vistas magníficas sobre a cidade, sobre o mar e seus arredores, sendo aquele que considero local o mais pitoresco de Edimburgo, muito superior ao Castelo de Edimburgo com a vantagem de Canton Hill ser de acesso gratuito.

 

Calton Hill, Edimburgo, Escócia, Monumento Nacional da Escócia

 

Calton Hill, Edimburgo, Escócia, vista panorâmica junto do Monumento de Dugald Stewart

 

Calton Hill, Edimburgo, Escócia, vista panorâmica

 

Calton Hill, Edimburgo, Monumento de Nelson e Monumento Nacional da Escócia

 

 

to be continued…

 

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PELA ENCANTADORA TRANSILVÂNIA (ROMÉNIA), SINAIA, BRASOV E CASTELO BRAN

 

Pela encantadora Transilvânia (Roménia), Sinaia, Brasov e castelo Bran

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Já tinha visitado a Roménia em 2017, onde estive apenas em Bucareste, a sua capital, fui desta vez a uma das zonas mais turísticas e talvez a mais bonita deste país, a Transilvânia.

Embora tenha gostado bastante da capital Romena, ao ler um pouco mais sobre este país de leste (que é peculiar pois é o único nesta região cuja língua é de origem Latina); fiquei com enorme vontade de conhecer a região da Transilvânia; rodeada por montanhas, que dão a esta zona uma harmonia e beleza enorme, uma vez que fui em Fevereiro ( pelo que tinha lido previamente sobre a média de temperaturas e tempo em geral, sabia o que me ia esperar), fui numa altura de neve, pelo que vi bastante neve nesta região montanhosa, ficando boa parte dela pintada de branco, o que sem dúvida acrescenta um beleza extra à região da Transilvânia; a viagem de comboio entre Sinaia e Brasov,  foi uma delícia, pois ao passar pelos meios menos povoados e por entre as montanhas com as árvores cheias de neve, foi uma ótima experiência. Acredito que provavelmente no Outono com todas as árvores com as folhas de várias cores será igualmente uma excelente altura para conhecer.

 

Sinaia, Roménia

 

Sinaia

 

Acabei por ficar aqui duas noites, embora a cidade muito sinceramente não tenha muito para oferecer além do seu Mosteiro, Castelo de Peles e do Castelo Pelisor, é, contudo, agradável caminhar por estas encostas e não perder a subida pela Telecabine ou pela Gôndola, estas sobem pelas encostas numa elevação até 1400mt ou ao topo máximo de 2000mt.

Acho que um dia inteiro será suficiente, podendo por exemplo depois de jantar ir dormir em Brasov, que tem mais oferta hoteleira, eu devido à hora de chegada e para não ter de andar depois com as malas, acabei por aqui ficar duas noites, seguindo de manhã cedo para Brasov, embora pelo que li, podem guardar as malas na estação de comboios, podendo conhecer a cidade, seguindo depois de comboio para Brasov.

Podemos desbravar um pouco da cidade, e além de ver casas muito peculiares e todo este cenário muito encantador, podemos ver por exemplo o Museu Orasului Sinaia (Castelo Strirbey) (bilhetes 20 Lei), o Casino de Sinaia, passear pelo parque Dimitrie Ghica, onde ainda temos no parque o Museu Natural Bucegi entre outros.

Como já disse, algo de interesse para fazer é sem dúvida subir na telecabine ou na gôndola ( sobretudo nesta altura com neve, em que várias pessoas vêm para aqui fazer ski e outras atividades relacionadas com a neve) é muito bom, eu fiz a subida descida até aos 1400 mt, custou 60 lei ( cerca de 12€), a subida e descida até aos 2000 mt penso que era mais caro, mas como as empresas se juntaram recentemente, creio que o site ainda está a ser atualizado, pois dava me o mesmo valor, deixo aqui o site para verem os preços.

A telecabine fica mais no centro da cidade, junto do Museu Orasului Sinaia (Castelo Strirbey), gôndola que é mais recente (ambas pertencem à mesma empresa e o bilhete dá para as duas) pára mais afastado da cidade; na cota de 1400 metros param no mesmo local seguindo depois próximas para a cota máxima de 2000 metros.

 

Telecabina Sinaia, altitude 1400 metros (com neve)

 

A joia da coroa de Sinaia é sem dúvida o Castelo de Peles o castelo de estilo neorrenascentista (na sua maioria), que foi a residência de verão da família real, do Rei Carlos da Roménia (Carol I de Hohenzollern), foi construído entre 1873 e 1914, tendo sido inaugurado em 1883; abriu como museu ao público posteriormente em 1990. Passou por mais que um arquiteto, mas o que foi considerado principal na sua construção, foi Karel Liman.

Tem um total de cerca de 160 quartos, 30 casas de banho, além de enormes salas e uma biblioteca espetacular; é o segundo museu mais visitado no país, logo após o castelo de Bran.

Foi dos castelos, se não o mais bonito que já visitei, desde a sua envolvência rodeado de árvores e montanhas, assim como o rio, além claro da beleza da sua fachada em madeira e pedra, criando um verdadeiro cartão-postal; no seu interior, os trabalhos em madeira são absolutamente deslumbrantes, salas enormes, imponentes e lindíssimas; um delícia conhecer o interior deste castelo, além da sua fachada e local de envolvência, um local sem dúvida a visitar.

Os preços são:  50 Lei (10€), para visitar o piso térreo; 100 lei ( 20€) o tour 1, que inclui subida ao primeiro piso; e 150€lei (30€), o tour 2, com subida ao primeiro e segundo andar. Eu fiz apenas a visita ao andar térreo (que na verdade é como que um primeiro andar pois é mais elevado), e é simplesmente magnifico, caso possam provavelmente ir aos outros pisos será soberbo.

Aconselho a comprar online, para evitar filas, indo assim direto para a visita, é um local muito visitado, o castelo está fechado às segundas.

 

Castelo Peles, Sinaia

 

Castelo Peles, Sinaia

 

Interior do castelo Peles, Sinaia

 

Interior Castelo Peles, Sinaia

 

Interior Castelo Peles, Sinaia

 

Interior Castelo Peles, Sinaia

 

castelo Pelisor é também outro local de visita obrigatória, embora não seja tão imponente como o de Peles, é sem dúvida muito bonito, fica a poucos metros do castelo de Peles e era a residência dos herdeiros da coroa romena, o príncipe Ferdinand e a princesa Marie.

Foi construído entre 1899 e 1902, é de estilo neorrenascentista (alemão).

Os bilhetes custam  30 lei (cerca de 6€), podem comprar online ou na porta( aqui já é mais fácil comprar na porta, pois tem menos pessoas) e tal como o castelo Peles encontra-se encerrado à segunda-feira, o site de informações e compra de bilhetes é o mesmo do castelo Peles, deixo aqui o link direto de compra de bilhetes.

 

Castelo Pelisor, Sinaia

 

Interior castelo Pelisor, Sinaia

 

Mosteiro de Sinaia que tem visita gratuita é também um local de uma beleza extraordinária, fica entre o centro da cidade e o castelo de Peles, tem uma parte adjacente com uma capela lindíssima (a antiga igreja), com umas pinturas num excelente estado de conservação.

O Mosteiro e a igreja, foram construídos em 1695 pelo príncipe Mihai Cantacuzino, é sem dúvida um belo local, dos mais antigos e de enorme importância nesta região, que por certo vos irá encantar.

Nota ainda para a Casa / memorial de George Enescu, um famoso Músico, compositor, maestro e professor Romeno, que aqui tem uma homenagem com esta bonita casa, deixo aqui o link com as informações e um pouco da sua história, confesso que foi um pouco à descoberta que descobri a casa, e gostei bastante.

A entrada custa (salvo erro) 20 lei, cerca de 4€, está aberta de terça a domingo das 9-16h; fica ligeiramente mais afastado do centro, a cerca de 2km da estação de comboios, podem apanhar um bolt, que custa cerca de 15 lei ( em torno de 3€).

 

Mosteiro Sinaia

 

Interior Mosteiro Sinaia

 

pintura da igreja antiga Mosteiro Sinaia

 

casa George Enesceu, Sinaia

 

Antiga igreja Mosteiro Sinaia

 

Brasov

 

O local mais famoso de Brasov, é o Castelo de Bran (vulgarmente chamado como castelo Drácula), que na verdade fica numa povoação que se chama Bran, ficando a cerca de 29 km de Brasov.

O castelo de Bran, que fica entre a fronteira da região da Transilvânia, com a da Valáquia; ficou muito popular pois serviu de cenário do “Drácula”, do escritor Bram Stoker.

O castelo foi construído entre 1377 e 1388, é um castelo imponente e embora tenha achado mais bonito o castelo de Peles, o cenário e até mesmo pela mística, que criou ao se acreditar que aqui tenha vivido o príncipe Vlad Tepes, é um cenário envolvente e muito bonito, acredito que irão gostar.

O bilhete de adulto custa 55 lei (cerca de 11€),recomendo que comprem online, pois evitam filas para a compra dos mesmos, é um local que junta muita gente, pelo que irá evitar perder tempo, deixo aqui o link direto para comprar no site oficial.

Castelo de Bran

 

Castelo de Bran

 

Castelo de Bran

 

Castelo de Bran

 

interior Castelo Bran

 

Interior catelo Bran

 

interior Castelo Bran

 

interior Castelo Bran

 

A cidade de Brasov é bem mais bonita e também maior que Sinaia, embora não tenha muitos pontos turísticos em si, é uma cidade muito “aconchegante”, com um centro histórico bonito; tem uma torre numa parte mais elevada, a “torre branca” (de onde se tem um bela vista sobre a cidade), esta é também uma zona verde, como que um parque que serpenteia pela encosta, tendo depois um escadaria da torre até ao “Graft-Bástya”, que faz parte da fortaleza da cidade, junto de um pequeno ribeiro, que passa pela parte de fora das muralhas, passei aqui já pela noite, mas é uma zona bonita.

Na praça principal da cidade (na parte histórica), fica a praça do concelho, “council Square” (“Piata Sfatului” em romeno), aqui  na praça ficam o Museu da Civilização Urbana; onde no centro se destaca o Museu de História de Brasov, que é a antiga casa do concelho (informações no site oficial), temos ainda junto da praça a Catedral  Adormirea Maicii Domnului, uma igreja ortodoxa também bastante bonita e o Museu de Civilização  Urbana de Brasov que são alguns dos locais de maior interesse junto da praça.

 

Interior Igreja Negra, Brasov

 

Centro histórico Brasov

 

Centro histórico Brasov

 

Praça município Brasov

 

Praça município Brasov

 

Muito próximo, da praça do concelho, fica um dos locais mais emblemáticos da cidade, a “Black Church” (Biserica Neagra em romeno).

A entrada é comprada numa loja em frente a esta, e custa 20 lei (por volta de 4€); é uma igreja de estilo gótico, gostei muito do seu interior, sendo uma igreja grande, com uma beleza acima da média, é sem dúvida um marco histórico da cidade, e que merece uma visita.

Desde a praça, sobressaem numa encosta as letras com o nome da cidade, as letras “Brasov” em branco, creio que dão um toque especial à cidade; temos um teleférico

que sobe até esta parte mais elevada, a tele gôndola Brasov; os preços (subida + descida) são entre 25 lei ( 5€) para a elevação “Tâmpa” e 50 Lei (10€), para “Capra Neagrã”; mais informações aqui.

 

Além percorrer esta zona histórica da cidade, que é muito bonita, além estes locais já referidos, destaco algumas outras das atrações na cidade: uma famosa rua, pois é das mais estreitas da europa ( e claro a mais estreita da cidade), a “Srada Sofori”, é uma rua engraçada, com alguns grafites, tendo pouco mais de 1 metro de largura, entre 111 e 135 cm; A Igreja de S. Nicolau; O (Museu) primeira escola Roemena “First Romanian School Museu” (o bilhete custa 20 lei); o parque Nicolae Titulescu; o Museu Etnográfico; o Museu de Arte de Brasov; o Museu “Tales of Communism”; contemplar os edifícios como da Câmara Municipal de Brasov , ou dos correios, entre outros belos edifícios espalhados pela cidade, são apenas algumas sugestões; um dia inteiro para descobrir a cidade ( sem contar a visita ao castelo de Bran), acho ser o ideal, desfrutem e façam uma visita mais profunda a esta região da Transilvânia, acho mais enriquecedor, que simplesmente um tour desde Bucareste de apenas um dia, pois assim temos uma experiência mais completa desta bela região Romena.

 

Viagens Felizes

 

Srada Sofori, Brasov

 

Srada Sofori, Brasov

 

Dicas e notas

 

Embora tenhamos as cidades de Sibiu ou Cluj-Napoca com aeroportos internacionais, na região da Transilvânia, creio que a melhor forma de chegar ao coração da Transilvânia é pelo aeroporto da Capital Romena, Bucareste, pois tem mais ligações e com mais destinos próximos.

Temos voos diretos para Bucareste, desde Lisboa, pela companhia aérea low-cost Wizzair; uma outra opção é voar desde Madrid, uma vez que além de voos serem mais baratos comparativamente com Lisboa, ou com o Porto, temos ainda muito mais voos diários; para chegar a Madrid, temos várias ofertas de ligações de Bus com várias cidades Portuguesas, no meu caso, desde Viseu, a viagem leva cerca de 6h , tendo ofertas pelas companhias Rede expressos, que tem uma parceria com a espanhola Alsa, ambas operam estas ligações em simultâneo, os bilhetes com algum tempo de antecedência custam cerca de 25€ o bus é confortável e tem tablet com entretenimento, Wi-fi e portas USB; a outra operadora é a Flixbus, ainda não fui com esta, mas pelo menos Wi-fi e portas USB sei que tem. Uma outra operadora mais recente é a Gipsyy, que oferece desde Lisboa (passando em Cascais e Sintra) e do Porto (este penso que inicia em breve), está também a oferecer preços desde os 10€.

Além de ser fácil chegar a Madrid, temos a vantagem de ter voos diários para Bucareste, temos voos diretos pela Wizzair (esta opera diariamente); RyanairAir EuropaTarom (companhia aérea de bandeira Romena).

 

White tower, Brasov

 

Brasov, by nigh

 

Desde o aeroporto de Bucareste temos shuttles diretos para Brasov ou Sinaia, outra opção será ir até á cidade de Bucareste (gare du nord) e daqui ir de comboio; no site Auto Gari podem consultar os horários, preços e as ofertas de transporte, quer seja bus, shuttle ou comboio, tendo também as localizações das paragens, links das operadoras e podem em algumas delas comprar os bilhetes no site, o site é muito bom; eu do aeroporto para Sinaia e no regresso ao aeroporto (já desde Brasov) fui pela operadora Transfer low cost, muito profissionais, bom preço e viaturas novas.

 

Em Sinaia está praticamente tudo relativamente perto da estação central de comboios, podemos fazer tudo a pé (o transfer para aí também e claro daqui podem seguir depois de comboio para Brasov).

Brasov é já uma cidade maior, a estação de comboio, fica a pouco mais de 3km do centro da cidade, podemos ir de bus (nº 4), que para em frente da estação e vai para a para a paragem “Livada Postei”, que é umas das principais junto do centro (embora passe mais em outros locais no centro); no regresso, embora tecnicamente pare “rapid”, o bus vai dar a volta e faz o regresso desde aí, junto da estação (ou seja pára na estação); o site de transportes é RATVBaqui fica o horário da linha de bus 4.

Junto da estação de comboio fica a Autogara 1 (estação de bus), mas a mais importante será provavelmente a Autogara 2, que é daqui que sai o bus para Bran, pára mesmo em frente ao castelo, a viagem dura cerca de 40 minutos (passando ainda por Rasnov, uma cidade que fica numa encosta que pareceu-me merecer uma visita caso tenham tempo), o bus é aproximadamente a cada hora a operadora é a Transcodreanu, os bilhetes custam 15 lei ( 3€) por trajeto, e compra-se diretamente no motorista, no bus tem a placa com as paragens e tem “Bran”; a Autogara 2, fica a cerca de 2.5km do centro no hostel disseram-me que acabava por ser mais rápido a pé, mas pelo que vi o bus 41 faz esse trajeto desde “livada Postei”, fica aqui os horários desta rota.

 

Brasov

 

Entre Sinaia e Brasov, creio que a melhor forma e mais prática é de comboio, a viagem demora cerca de 1h e temos várias frequências ao longo do dia, podem facilmente comprar o bilhete na estação, ou no site dos comboios da Roménia CFR calatori,  eu paguei pela viagem 21 lei, pouco mais de 4€

 

A moeda na Roménia é o Leu romeno (RON), 1€ – 4.9 Lei, embora a língua oficial seja o romeno, nesta região é muito fácil comunicar em inglês e vi várias indicações em inglês, o indicativo telefónico e +40 e o domínio de internet é .ro

 

Ambas as cidades (bem como a povoação de Bran), são muito seguras e tranquilas, notei aliás uma calma e harmonia fantástica nesta região montanhosa; os preços creio são ao nível de uma cidade média em Portugal (nota para que achei o alojamento em Sinaia mais caro que em Brasov).

 

 

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MONTENEGRO, O PAÍS DOS GATOS

 

Montenegro, o país dos gatos

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

A minha primeira incursão pelos Balcãs ocorreu em Janeiro de 2014, onde de passagem para outras paragens, encontrei Belgrado, a Cidade Branca, fazendo jus ao nome. Aos Balcãs regressei novamente em Outubro de 2022, tendo essa aventura começado na Eslovénia um país fascinante, sendo a Croácia e o Montenegro visitados nesse seguimento. De Zagreb para Split com passagem pelos Parques Nacionais Plitvice e Krka, terminando em Dubrovnik de onde segui para o Montenegro, numa nova aventura por esta parte da Europa, que durou mais de duas semanas e terminou no Montenegro.

Esta viagem proporcionou-me aumentar o meu conhecimento da região dos Balcãs, famosa pelas  suas maravilhas da natureza, nomeadamente os parques nacionais, a sua costa, e as suas ilhas banhadas pelo mar Adriático, onde além de sol e praia, se respira História.

 

Montenegro, paisagens deslumbrantes vistas desde o autocarro

 

O Montenegro é um dos países mais recentes do globo, tendo apenas em 2006 sido reconhecido. A sua História remonta aos tempos em que a região era dominada pelo Império Otomano como um principado autónomo cuja independência foi formalmente reconhecida pelo Tratado de Berlim de 1878, o mesmo que também reconheceu a independência da Bulgária, da Roménia e da Sérvia. Em 1910, o príncipe Nicolau tornou-se rei do Reino de Montenegro, reino que apenas durou 8 anos. Após a I Guerra Mundial, em 1918, o Montenegro foi integrado no Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, aquilo que se tornou em 1929 como o Reino da Jugoslávia. Durante a II Guerra Mundial, as tropas de Tito procuraram refúgio nas suas montanhas, e quando em 1944 a região foi libertada tornou-se uma das seis repúblicas constituintes da República Socialista Federal da Jugoslávia, a República Socialista do Montenegro. No início da década de 90, com a guerra dos Balcãs, juntamente com a Sérvia fez parte da República Federal da Jugoslávia, governada por Slobodan Milošević, já Macedónia, Croácia, Bósnia e Eslovénia eram países independentes. Em 1992 foi realizado um referendo, tendo sido votado favoravelmente a continuidade dessa união com a Sérvia, constando-se que o mesmo apenas teve votação de 66% da população pois as minorias muçulmanas e católicas, assim como alguns montenegrinos que não se reviam nessa união, boicotaram esse referendo. A partir de 1996 o governo de Milo Đukanović, atual presidente, foi afastando o Montenegro do domínio Sérvio de Slobodan Milošević, desenvolvendo uma política económica independente, tendo inclusivamente trocado o Dinar pelo Marco Alemão, sendo este mais tarde substituído pelo Euro, tornando-se assim no único país fora da União Europeia e da zona Euro em que o Euro é moeda oficial. Em 2002 a Sérvia e o Montenegro assinaram um novo acordo de cooperação dentro da República Federal da Jugoslávia. No ano seguinte, com o patrocínio da União Europeia, o país denominado de Jugoslávia desapareceu em definitivo e passou a chamar-se de Sérvia e Montenegro.  Em 2006 o Montenegro finalmente tornou-se num país independente. Sérvia e Montenegro são assim duas nações distintas.

 

A curta estada no Montenegro, resumiu-se a duas noites em Kotor e uma em Podgorica, e serviu para fechar da melhor maneira estes dias maravilhosos vividos por terras dos Balcãs. Um país que me surpreendeu imenso pois tem uma linha de costa com belas praias, muitas montanhas, paisagens deslumbrantes e cidades medievais. Montenegro é inclusivamente um dos poucos países do Mundo onde existem fiordes!  Um país onde o gato é rei, podendo isso ser constatado assim que chegamos por estrada ao posto de controlo fronteiriço.

 

Baia de Kotor vista desde as Muralhas da cidade

 

Baia de Kotor vista desde as Muralhas da cidade

 

KOTOR – 2 noites 

 

A Kotor cheguei já de noite proveniente de Dubrovnik, numa viagem com cerca de 3 horas de autocarro.

A cidade é habitada desde a Roma Antiga, época na qual era designada como “Ascrivium”, e fazia parte da província da Dalmácia. Adotou dotou o nome de “Cattaro”, entre 1420 e 1797, quando juntamente com a sua região circundante, fez parte da República de Veneza. O nome de Kotor, é também o da baía do mar Adriático onde a cidade se localiza, a Baia de Kotor, que constitui um fiorde. Devido à sua herança histórica, é uma cidade amuralhada, tal como várias existentes pelo Mundo fora. Trata-se da cidade turisticamente mais procurada do país, um porto importante que é um local de paragem habitual de cruzeiros. O seu centro histórico cheio de ruas labirínticas e estreitas, com edifícios de arquitetura medieval é cercado por muralhas, as Muralhas de Kotor, tendo sido declarado Património Mundial da UNESCO em 2017, como parte das Obras Venezianas de defesa dos séculos XV a XVII. São seis essas muralhas defensivas construídas pela República de Veneza nos seus territórios e ao longo da costa do Mar Adriático, além de Kotor, existem em Bérgamo, Peschiera del Garda, Palmanova, Zadar e a Fortaleza de São Nicolau perto de Šibenik.

 

Baia de Kotor, vista da subida à Fortaleza de S. João

 

Baia de Kotor, vista da subida à Fortaleza de S. João

 

Baia de Kotor, vista da subida à Fortaleza de S. João

 

As muralhas defensivas que rodeiam a cidade possuem 5 km de comprimento, 20m de altura e 10m de largura. Totalmente preservadas são um raro exemplo de arquitetura de fortificação na Europa. A construção das muralhas começou no século IX. A maioria das torres data do século XVI, da época veneziana. A cidade possui acesso por meio de três portões: o Portão do Mar, no lado oeste, é o portão principal que data do século XVI e foi construído em estilo renascentista e barroco, o Portão do Rio, a norte, foi construído em estilo renascentista, também no século XVI, que nos leva à ponte sobre o Rio Scurda que protege as muralhas do norte, e o Portão Sul, chamado de Portão Gurdic que foi uma entrada importante para a cidade por ter uma ponte levadiça sobre o rio. É por este portão que entramos quando caminhamos desde o terminal rodoviário até à cidade.

O centro histórico de Kotor possui várias igrejas e outros edifícios importantes e também várias praças: a principal e maior da cidade é a Praça das Armas (Trg od oružja), que encontramos mal entramos pelo Portão do Mar e contém vários edifícios importantes, como a Torre do Relógio, a Antiga Câmara Municipal e o Arsenal Veneziano. A Praça de São Trifão (Trg Svetog Tripuna), onde fica a Catedral, a Câmara Municipal, o Arquivo Histórico e vários palácios, a Praça de São Lucas (Trg Svetog Luke) com a Igreja de São Lucas e a Igreja de São Nicolau. Praça do Leite, Praça da Madeira, Praça da Prisão, Praça da Farinha e Praça do Gato são algumas das outras praças! Dos gatos já falarei…

Saindo do centro histórico, é imperdível um passeio à Fortaleza de São João, localizada acima deste. Esta fortaleza é a continuação do sistema de fortificação da cidade, situada na montanha acima da mesma, para fornecer uma boa vista de toda a área da baía. A fortaleza está ligada à cidade por degraus. Os degraus formam serpentinas que vão até ao topo da fortaleza, 280m acima do nível do mar, constituindo um trilho de montanha com um troço com cerca de 1 Km. O esforço gasto na subida não é tão grande como em Dubrovnik para aceder ao Forte Imperial, e no final somos recompensados pela vista magnífica sobre o fiorde, o centro histórico da cidade e a Baía de Kotor. Gatos por esses trilhos também não faltam. Dos gatos já falarei…

Baia de Kotor, vista da subida à Fortaleza de S. João

 

Baia de Kotor, vista da subida à Fortaleza de S. João

 

Baia e centro histórico de Kotor, vista da subida à Fortaleza de S. João

 

Kotor, Igreja de São Nicolau

 

Kotor, Igreja de São Nicolau

 

Kotor, loja de sovenirs

 

Kotor, Muralhas da cidade

Kotor, navio cruzeiro atracado no porto

 

Kotor, Portão do Rio, e Rio Scurda vistos desde as Portas da cidade

 

Kotor, Praça do Gato

 

Kotor, Praça do Gato

 

Kotor, Praça do Gato

 

Kotor, Praça dos Armas

 

Kotor, terminal rodoviário

 

Kotor, Torre do Relógio

 

Kotor é conhecida por ser a cidade dos gatos. Diz a lenda que são herança de diversos navios mercantes que no passado ali atracavam e os deixavam pelas ruas. Os gatos eram colocados a bordo para combaterem os ratos dos porões de carga, os tais que quando a embarcação mete água são os primeiros a fugir! Percorrendo as ruas da cidade encontramos gatos de diversas cores e tamanhos, na generalidade muito mansos e afáveis. Numa tal praça, a praça do Gato, eles concentram-se em grande número, pois ali existem abrigos de madeira e também muitos turistas que interagem com eles! E não é que alguns até saltam para o nosso ombro! O gato tornou-se assim a marca registada de Kotor, sendo protegido pelos serviços do Município e também por doações de diversas instituições, amigos e visitantes, podendo ser encontrados em diversas lojas, artigos dedicados aos mesmos, assim como diversos souvenirs. Kotor possui inclusivamente um museu dedicado a estes fiéis amigos, o Museu do Gato que por um preço simbólico de 1€ permite aos visitantes observar diversos quadros, fotos e recortes de jornais e revistas, onde o gato é figura central. O museu solicita aos seus visitantes donativos que revertem para a proteção dos gatos da cidade sendo possível fazê-lo por PayPal.
Kotor foi um local que adorei ter visitado, a parte dos gatos era até então desconhecida para mim, o que é imperdoável, tendo sido uma surpresa maravilhosa pois eu amo animais e particularmente estes animais. Fiz questão de me despedir da cidade junto da famosa Praça do Gato, com eles a tocarem as minhas malas. Gatos de Kotor que me desejaram um bom regresso a casa e dar-me-ão sorte, saúde e prosperidade, bons negócios também, para que continue a saga das viagens e visite pelo menos mais 54 países estrangeiros!

 

Kotor, Museu do Gato

 

Kotor, Museu do Gato

 

Kotor, Museu do Gato

 

Kotor, Museu do Gato

PODGORICA – 1 noite

 

Podgorica cheguei durante a tarde de autocarro vindo de Kotor, uma viagem com cerca de 3 horas que atravessou diversos locais e me proporcionou desfrutar de paisagens deslumbrantes, incluindo a cidade de Budva, estância balnear, uma zona que pode ser considerada como o “Algarve montenegrino”. O Montenegro é mesmo um belíssimo país, mas a sua capital é um local com pouquíssimo interesse, sabia-o de antemão e o objetivo da minha ida, foi uma curta estada para no dia seguinte, ainda de madrugada, dali voar para Milão, para daí regressar à noite a casa. O tempo útil que me sobrou para visitar a cidade foram cerca de 3 horas de sol e a noite até ao início da madrugada, o que se revelou mais que suficiente.

Trata-se somente da capital Europeia menos visitada. É uma cidade que serve de porta de entrada, ou de saída do país por via aérea. Kotor, Budva, Tivat, Zabljak ou Cetinje por exemplo são os destinos procurados, dada a sua localização geográfica central, localizando-se a Norte as estâncias de ski e a sul as praias do mar Adriático. É atravessada pelo Rio Moraca sendo as suas pontes algumas das atrações turísticas da cidade, talvez as mais conhecidas, nomeadamente a Ponte do Milénio que é seu ex-libris, a sua imagem de marca!  A cidade foi totalmente destruída por um bombardeamento na II Guerra Mundial, sendo posteriormente reconstruída, daí a sua arquitetura caraterística dos tempos que se seguiram.

Podgorica, lê-se “Podgoritza” foi em tempos chamada de Titogrado, existindo por lá uma estátua de Josip Broz Tito que poderemos visitar. Tendo em conta que na generalidade destes países, estátuas destas personagens, ditadores de antigos regimes são associadas a repressão, ali ela encontrava-se intacta e bem conservada, o que não deixa de surpreender quem vem de fora. Existem diversas estátuas espalhadas pela cidade que se destacam, mas poderão nos dias de hoje terem má conotação e serem politicamente incorretas: a estátua de Alexander Pushkin, escritor russo, ao lado da sua  mulher Natalija Gonchareva e a estátua de Vladimir Vysotsky, um famoso poeta, compositor e cantor russo que morreu jovem de overdose, que residiu na cidade, tendo adotado o Montenegro como segunda pátria.

Na cidade situam-se diversos edifícios administrativos e governamentais, localizando-se a zona da sua vida noturna, por sinal, bastante animada, muito perto deles, mais concretamente nas imediações do Parlamento e da residência oficial do Presidente!

 

Podgorica

 

Podgorica, residência oficial do Presidente da República

 

Podgorica, Praça da República

 

Podgorica, Parque Njegošev, Rio Moraca e algumas das suas pontes

 

Podgorica, Parque Njegošev e Ponte Moscovo

 

Podgorica, Parlamento Montenegrino

 

Podgorica, Estátua do Rei Nicolau

 

Podgorica, estátua do poeta russo Alexander S. Pushkin e sua mulher Natalija N. Gonchareva

 

Podgorica, estátua de Vladimir Vysotsky

 

Podgorica, estátua de Josip Broz Tito

 

Podgorica, Assembleia Municipal

 

Um dos locais que passei, sem estar no programa, foi no Estádio Pod Goricom. Do Montenegro em termos futebolísticos a nossa memória associa os nomes de Predrag Mijatović e Dejan Savićević. Podgorica vi-os viu nascer e o FK Budućnost Podgorica foi onde iniciaram a carreira. É ali que esse clube disputa os seus jogos em casa, bem como a Seleção nacional do Montenegro, uma Seleção Nacional que competia ainda há poucos anos como “Sérvia e Montenegro” e mais remotamente como “Jugoslávia”, mesmo depois da separação das outras repúblicas, nomeadamente a Eslovénia, e Croácia que hoje, sobretudo a última, dão cartas no futebol Mundial. Interessante foi a forma como consegui ver o relvado. Desde um health club lá existente, em que me facilitaram a entrada e subir a uma janela para tirar uma selfie! Assim já posso afirmar que visitei o estádio! Inaugurado em 1945, foi completamente incendiado durante a década de 1950 sendo reconstruído mais tarde. Possui capacidade para cerca de 11.000 espetadores. Entrou para a ribalta pelos piores motivos. Em 2015, numa partida de qualificação para o Euro 2016, entre as seleções do Montenegro e da Rússia, o guarda redes Russo, Igor Akinfeev, foi atingido na cabeça por uma tocha tendo a partida terminado imediatamente por falta de condições de segurança. A Rússia acabou por vencer por 3-0 mas na secretaria…

Podgorica em 2022, por pouco interesse que tenha tido, acabou por marcar as minhas viagens pelo “Leste da Europa” da mesma forma que Bucareste em 2014 o fez.

Ali também decidi fazer igual, jantar numa “steakhouse” um bife! Evito referir-me a estes países como “do Leste” pois isso é tido como depreciativo, aliás nos meus artigos já expliquei isso. Não esquecer que Europa vai até ao Cazaquistão, albergando uma parte deste. Mas esse foi meu ritual de despedida, digamos, do “Leste Europeu”: banquetear-me com um grande bife! A esse Centro e Leste Europeu, espero voltar em breve, este ano de 2023 não será certamente, pois os próximos destinos já estão planeados lá bem para o norte!

 

Podgorica, Estádio Pod Goricom

 

Podgorica, Estádio Pod Goricom

 

Podgorica, Estádio Pod Goricom

 

Podgorica, murais junto do Estádio Pod Goricom

 

SOUVENIRS

 

Para perpetuar as nossas viagens nada como trazer uma recordação e guardá-la por muitos anos. No Montenegro, o gato é rei e aparece em diversos souvenirs. As imagens esculpidas em madeira são tradicionais, porém é muito caro!

Nos países da costa do Mar Adriático, que fizeram parte da antiga Jugoslávia, abundam objetos (brincos, colares, etc) feitos com coral vermelho, apanhado ali a poucas milhas das zonas do litoral. Não é barato! Em Portugal, segundo me informei, é proibido vender.

 

Souvenir de Kotor

 

VIAJAR NO MONTENEGRO  

 

Para viajar desde Portugal para o Montenegro não existem voos diretos. É possível, por exemplo, viajar diretamente de Lisboa para Milão, aeroporto de Malpensa, na Easyjet, e de Milão é possível através da Wizzair voar para Podgorica, fiz este percurso mas no sentido inverso.

Viajei para o Montenegro desde a Croácia, e entre as cidades montenegrinas, de autocarro. Através das plataformas Flixbus ou Get by bus é possível marcar viagens de autocarro nacionais e internacionais, e em quaisquer situações, comigo funcionou perfeitamente. A plataforma Get by bus é muito usada em viagens de autocarro nos países dos Balcãs.

 

Centro histórico de Kotor, visto na subida à Fortaleza de S. João

 

kotor, Catedral

 

Kotor, Igreja de S. Nicolau

 

ALOJAMENTO ECONÓMICO

 

Em Kotor recomendo ficar no Hotel Rendez Vous, económico, localizado no centro histórico, apesar de antigo é confortável e o staff atencioso. O pequeno-almoço é ótimo e pode ser servido na esplanada do restaurante onde não faltam os fiéis amigos gatos!

Em Podgorica, dada a cidade não ser propriamente uma “meca” do turístico, existe uma boa oferta de alojamento a preços económicos. Fiquei no 7 Hills Bed&Bike, um quarto com WC privativo, num piso de um prédio, transformado em hospedaria, com localização central, económico, bastante confortável, com serventia da cozinha coletiva, staff atencioso e com serviço de transfer para o aeroporto com marcação.

 

Podgorica, murais junto do Estádio Pod Goricom

 

Podgorica, Banco Central do Montenegro

 

Podgorica, baloiço com vista para a Ponte do Milénio

 

COMER E BEBER

 

Os países dos Balcãs entraram para o rol dos países Europeus onde considero que se come bem.

Montenegro não sendo um país propriamente barato, não é tão caro como as zonas mais turísticas da Croácia. No país a carne fumada ocupa lugar de destaque na gastronomia, o “Njegusi prosciutto”, um tipo de presunto, oriundo da cidade de Njegus, é considerado como a iguaria nacional. No prato é o porco que reina e dos diversos pratos preparados com carne de porco, destaco o Njeguski stek, um dos pratos nacionais. A receita foi inventada na cidade de Njegus, a tal que é famosa pelo seu presunto. Assim surgiu a ideia de rechear um schnitzel frito com queijo duro, picles e presunto. Pratos de entrecosto assado também abundam. Estas e outras iguarias podem provar no Restaurant City Terrace Kotor onde acabei por fazer as minhas duas refeições ao jantar.

Čevapčiči é um nome a fixar para quem vier para estes lados, também podendo chamar-se de Ćevapi em terras montenegrinas. Na Bósnia e Herzegovina é o prato nacional, mas é consumido em larga escala pelos Balcãs.  Nos locais turísticos deve ser dos pratos mais pedidos, sendo também dos mais baratos das cartas dos restaurantes! Trata-se de rolinhos de carne moída, moldada em pequenas salsichas com cerca de 2,5 cm de diâmetro e 5 cm de comprimento, tradicionalmente de carne de vaca e borrego, misturada com cebola e alho salteados, clara de ovos, sal e paprika. Depois de moldados e deixados por várias horas no frigorífico, são colocados em espetos, os “kabobs” de forma transversal e podem ser cozinhados grelhados no carvão, num grelhador elétrico, no forno, ou ainda fritos num tabuleiro com gordura, até ficarem escuros.

Em diversas padarias, o burek é vendido em larga escala. Originário da Turquia mas é pelos Balcãs que reina. Trata-se de um folhado tradicional de massa enrolada, fina, recheado com carne, legumes ou queijo. É tradicional ser consumido ao pequeno-almoço tal como ovos e omeletes.

 

Vinho montenegrino

 

Sopa de frango

 

Podgorica, jantar de despedidad do Leste Europeu, bife, batatas assadas e queijo kajmak

 

ovos ao pequeno almoço, algo tradicional

 

Njeguski stek, um dos pratos nacionais

 

Entrecosto

 

Cerveja montenegrina

 

Pizzas, pastas e gelados também se encontram facilmente dada a influência Italiana.

A carne montenegrina é tida como bastante gostosa, fiz questão de me despedir do país comendo um bife na Steak house Montenegro em Podgorica em Podgorica, acompanhado com batatas assadas (pečené krompie) com queijo “kajmak”.

Rakija pelos Balcãs é a bebida nacional, cerveja posso destacar a “Profesor Doktor” e vinhos Montenegrinos também existem e são tidos como de qualidade, provei o Crnogorski Vranac. Afinal por lá existe o slogan “cats and wine, make everything fine” que será difícil esquecer…

 

 

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CROÁCIA (PARTE 2): DUBROVNIK E OS PARQUES NACIONAIS PLITVICE E KRKA

 

Os meus dias pela Croácia (2ª parte): Plitvice, Krka (parques nacionais) e Dubrovnik

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

A minha primeira incursão pelos Balcãs ocorreu em Janeiro de 2014, onde de passagem para outras paragens, encontrei Belgrado, a Cidade Branca, fazendo jus ao nome. Aos Balcãs regressei novamente em Outubro de 2022, tendo essa aventura começado na Eslovénia um país fascinante, sendo a Croácia visitado nesse seguimento, numa nova aventura por esta parte da Europa, que durou cerca de duas semanas. A minha viagem pela Croácia durou 9 dias, começou em Zagreb, passou por Split e terminou em Dubrovnik.  Pelo meio incluiu Korenica  Skradin, localidades situadas nas proximidades dos Parques Nacionais de Plitvice e de Krka, respetivamente.

 

Esta viagem proporcionou-me aumentar o meu conhecimento da região dos Balcãs, famosa pelas suas maravilhas da natureza, nomeadamente os parques nacionais, a sua costa, e as suas ilhas banhadas pelo mar Adriático, onde além de sol e praia, se respira História.

 

Ao falar da Croácia é impossível a qualquer amante de viagens não referir Marco Polo, um enorme viajante, mercador e embaixador Veneziano, mas segundo os Croatas ele nasceu na ilha de Korcula, sendo muitas vezes o país promovido em feiras de turismo como “A terra de Marco Polo”. Seja ou não verdade, a Croácia é um país maravilhoso e com muitos mais argumentos que justificam largamente ser visitado: bonitas cidades, natureza, parques naturais (12 ao todo) e parques nacionais (8 ao todo), ilhas (mais de 1000, sendo 48 habitadas), a sua costa Adriática, História, cultura, gastronomia maravilhosa, vinho e cerveja incluídos, país moderno e seguro e com um povo na generalidade alegre, afável e acolhedor, etc, etc…

 

Navegando pelo Mar Adriático

 

Navegando pelo Mar Adriático

 

Navegando pelo Mar Adriático

 

Navegando pelo Mar Adriático

 

Aqui segue a segunda parte do meu roteiro de 9 dias, em que pude visitar o que de melhor tem a Croácia, no entanto ainda aquém do muito que o país tem para nos oferecer.

 

KORENICA – 2 noites

(visita ao Parque Nacional dos Lagos Plitvice)

 

Tendo em conta o itinerário planeado, a minha escolha, após pesquisas no “Google maps” foi ficar alojado em Korenica, onde cheguei ao final da tarde, de autocarro desde Zagreb. O facto do hostel proporcionar, além de outras atividades, transporte de ida e regresso ao Parque Nacional dos Lagos Plitvice, foi um fator determinante na minha escolha.

De Korenica parti à descoberta de uma das maiores maravilhas da natureza do país, o Parque Nacional dos Lagos Plitvice (PNLP) tendo sido esse o objetivo da minha estada na vila.
Korenica é uma pequena vila situada a cerca de 160 km da capital Zagreb. Dista poucos quilómetros da fronteira com a Bósnia e Herzegovina, separada pela montanha Plješivica, onde é possível efetuar um trekking de subida e descida, que dura cerca de 8 horas, sendo necessário um dia dedicado a essa atividade e obviamente se pretenderem fazê-lo terão de planear ficar em Korenica mais tempo. A vila e sua envolvente montanhosa pode ser vista do alto, desde Mrsinj Grad, onde podemos aceder subindo outra montanha, uma atividade que podemos guardar para o final do dia, durante cerca de 3 horas, um local onde existem restos de uma muralha de uma antiga fortaleza que data do século XII. Uma ida a Mrsinj Grad ao pôr do sol é encantadora, compensando largamente o esforço gasto a subir a montanha, atividade que se pode fazer após regresso do Parque Nacional dos Lagos Plitvice.

Korenica situa-se a cerca de 16 Km das entradas (existem duas) para acesso ao interior daquele que é o maior e considerado o mais importante e também do que há mais tempo é classificado como Parque Nacional. Situado em pleno interior do país, a cerca de 150km da capital Zagreb, é muitas vezes visitado num “bate volta” desde aí. Ficar em Korenica é uma das possibilidades, talvez a mais económica para quem esteja a fazer um tour pelo país, pois existem diversos hotéis, alguns de charme, espalhados pelas estradas de acesso e também junto à Entrada 2 do PNLP. A região é marcada por ser verde e montanhosa. O acesso ao PNLP é pago e nos meses de Verão atinge preços exorbitantes. A Croácia não é um país barato…

 

Korenica e Plješevica, com a Bósnia Herzegovina no horizonte – vistas desde Mrsinj Grad ao pôr-do-sol

 

Korenica e Plješevica, com a Bósnia e Herzeovina no horizonte, vistas desde Mrsinj Grad ao pôr do sol

 

Mrsinj Grad ao pôr do sol, com o grupinho do hostel

 

Dada a sua enorme dimensão, cerca de 300 km², existem vários percursos possíveis de fazer pelo seu interior, logo é necessário mais que um dia para uma vista completa. Porém, a maior parte dos visitantes apenas destina um dia para conhecer esta maravilhosa atração da natureza, logo o principal e mais comum percurso é o mais conhecido. Possui cerca de 4 Km, através dos passadiços, utilizando as ligações de barco entre vários pontos, une as duas entradas do PNLP Esse percurso é feito nos dois sentidos, dura cerca de 6 horas, portanto um dia completo no PNLP, onde podemos observar diversas quedas de água, em forma de cascata e lagos de cor azul e verde onde não é permitido nadar. O parque possui 16 lagos, 12 superiores e 4 inferiores, com diversas tonalidades, conectados por cascatas de vários tamanhos. A água provém do Rio Korana, afluente do Rio Kupa que por sua vez é afluente do Rio Sava, o tal que banha Zagreb.

Acedendo ao PNLP pela Entrada 2  chegamos às margens do Lago Kozjak, onde existe um cais de embarque, e através de barcos turísticos somos transportados por um cenário paradisíaco, até à outra margem, onde se inicia um dos percursos, não o principal, pelo que teremos de aguardar aí por outro barco que nos transporte até ao cais de Kozjačka Draga, que será então o nosso ponto de ida e volta pelo percurso através dos passadiços e trilhos. Passamos junto do Lago Milanovac ao longo do leito do Rio Korana, até à Caverna Oca (Špilja Šupljara) existindo junto desta um trilho junto das rochas por onde é possível subir e lá do alto apreciar a vista. Descendo e continuando a nossa saga pelos passadiços, iremos atravessar por duas vezes o Rio Korana, numa direção para encontrarmos a Grande Cascata (Veliki Slap) e na outra para subirmos ao miradouro junto da Entrada 1, e desfrutar da vista maravilhosa, outra das vistas que são os cartões postal do PNLP. Entretanto sem que nos tivéssemos apercebido já passaram cerca de 3 horas e é altura de regressar ao ponto de partida, fazendo o caminho inverso, desta vez com uma paragem em Kozjačka Draga, onde existem diversas infraestruturas de apoio, lojas de souvenirs, bares e cafés, sendo possível adquirir um copo de vinho croata e brindar aquele maravilhoso local.

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, bilhete de entrada

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, cais de embarque e barco turístico no Lago Kozjak

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, cais de embarque no Lago Kozjak junto da Entrada

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Caverna Oca (Špilja Šupljara) vista do passadiço sobre o Rio Korana

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Grande Cascata (Veliki Slap)

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Lago Kozjak

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Lago Milanovac

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Lago Milanovac

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Lago Milanovac

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Niklola Testa também amava a natureza

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, passadiços sobre o Rio Korana

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Rio Korana

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Rio Korana

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Rio Korana

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, trilho nas rochas junto à Caverna Oca

 

Parque Nacional dos Lagos Plitvice,vista desde o cimo junto à Caverna Oca

 

 

SKRADIN – 2 noites

(visita ao Parque Nacional de Krka)

 

Na Região da Dalmácia, em direção às cidades do Mar Adriático, distando cerca de 20 km deste, e cerca de 160 km de Korenica, encontramos Skradin, uma pequena e muito acolhedora cidade. Bastante frequentada por turistas, contém uma marina, pois viajar pela Costa Croata a bordo de um veleiro é uma das formas de a explorar. Skradin é banhada pelo Rio Krka, possuindo por isso uma praia fluvial. A cidade apesar de pequena possui uma história antiga e rica, data de 33 aC. Desenvolveu-se sob o Império Romano e no século X a cidade foi fortificada. Entre os séculos XIII e XI Skradin foi dominada pela família Šubić que construiu uma fortaleza na sua colina, a Fortaleza de Turina (Utvrda Turina) que podemos visitar, e lá do alto tirar bonitas fotos panorâmicas.

 

Skradin vista do Rio Krka

 

Skradin, Igreja de Nossa Senhora

 

Skradin, mapa da região do Parque Nacional Krka

 

Skradin, Praia fluvial nas margens do Rio Krka

 

Skradin, Praia fluvial nas margens do Rio Krka

 

Skradin, vista desde a Fortaleza de Turina

 

Skradin, vista desde a Fortaleza de Turina

 

Skradin, vista desde a Fortaleza de Turina

 

Skradin, vista desde a Fortaleza de Turina

 

É de Skradin que se acede ao interior do Parque Nacional de Krka (PNK), o segundo mais importante do país, sendo famoso pelas suas cataratas. Muitos visitantes do PNK aproveitam a sua estada em cidades costeiras e fazem um bate volta de um dia, como foi o caso de umas simpáticas turistas Croatas de Zadar com quem diz amizade. Povo bastante alegre e divertido, sempre afável e atencioso com quem vindo de longe visita o seu país. Na Polónia tive a honra de posar com umas “cotas polacas”, desta vez foram “cotas croatas”, algumas delas conhecedoras e apreciadoras de Portugal, daí o apreço que demonstraram por mim! Espero um dia reencontrá-las à mesa, saboreando uma peka, especialidade tipicamente croata. Ao contrário destas simpáticas amigas, a minha opção, dado estar a percorrer o país, foi ficar em Skradin, onde cheguei de autocarro ao início da tarde, desde Korenica.

De Skradin é possível aceder ao interior do PNK de barco turístico, podendo o ingresso conjunto ser adquirido no posto de informação turística, junto do cais de embarque na marina. O acesso ao PNK é pago e nos meses de Verão atinge preços exorbitantes. A Croácia não é um país barato…
A Europa ao contrário de outros continentes, o seu ponto forte não são as maravilhas da natureza, pelo que após visitar os Parques Nacionais na Argentina e no Chile, senti que estava perante uma réplica das Cataratas de Iguazu, mas não deixou de ser um dia muito bem passado, ainda mais prazeroso que o da visita ao PNLP.  A área do PNK, é cerca de 109 km², portanto, muito inferior à do PNLP, sendo tudo mais concentrado num espaço menor. O percurso pelos passadiços é circular e mede cerca de 3 Km. Necessitamos cerca de 3 horas para o explorar, sendo possível no tempo que resta, efetuar um passeio de barco à Ilha de Visovac, localizada no Lago Visovac que alberga um famoso mosteiro Franciscano. A viagem de barco até Visovac ao longo do Rio Kraka é encantadora com as suas águas límpidas circundadas por uma paisagem verdejante.
O PNK é famoso pelas suas quedas de água, sendo a Skradinski buk a mais importante de todas, que resulta da junção das águas dos rios Krka e Čikola, assim lhe foi dado esse nome devido à cidade de Skradin. À semelhança do PNLP não é permitido nadar.

Os dias passados em Skradin deram por concluída a minha estada pelo interior do país. Seguiu-se Split e Dubrovnik.

 

Parque Nacional Krka

 

Parque Nacional Krka, antigas turbinas produtoras de energia elétrica para uma antiga central hidroelétrica

 

Parque Nacional Krka, bilhete de entrada

 

Parque Nacional Krka, Ilha de Visiovac, com amigas Croatas

 

Parque Nacional Krka, Ilha de Visovac

 

Parque Nacional Krka, Ilha de Visovac

 

Parque Nacional Krka, Ilha de Visovac

 

Parque Nacional Krka, Ilha de Visovac, Mosteiro Franciscano

 

Parque Nacional Krka, Ilha de Visovac, Mosteiro Franciscano

 

Parque Nacional Krka, Ilha de Visovac

 

Parque Nacional Krka, Skradinski buk

 

Parque Nacional Krka, Skradinski buk

 

Parque Nacional Krka

 

 

DUBROVNIK – 1 noite 

 

A cidade mais visitada da Croácia, é de enorme beleza, ou não seja chamada de “Pérola do Adriático”. Já nos tempos da antiga Jugoslávia era muito procurada tendo sido em definitivo catapultada para a ribalta com a série “Game of Thrones”, filmada por aqueles lados, com o número de visitantes a subir em flecha e os preços a subirem exponencialmente. Cidade amuralhada, como existem muitas pelo Mundo fora, que proporciona vistas maravilhosas do alto das suas Muralhas, do Forte Lovrijenac e do Forte Imperial no alto da Montanha Srđ, que faz parte dos Alpes Dináricos que cercam a cidade, onde podemos aceder até ao cimo de teleférico ou caminhando durante mais de uma hora desde as portas da cidade, primeiro por ruas ao longo de cerca de 2Km e depois pelos seus trilhos íngremes que possuem cerca de 2,5 Km, por forma a poupar os exorbitantes preços pedidos por este meio de transporte. Desde o Forte Imperial podemos ter uma linda panorâmica de Dubrovnik, sendo aí que o pôr do sol tem mais encanto. O esforço gasto, os litros de transpiração acumulados na roupa, bolhas nos pés e os tornozelos doridos, são enormemente compensados pelas vistas maravilhosas que desfrutamos à medida que subimos e quando chegamos ao topo. A cidade lá em baixo, com as suas muralhas, as ilhas de Koločep e Lokrum no Mar Adriático são o cenário maravilhoso que somos contemplados.

 

Dubrovnik e Ilha de Koločep, pôr do sol visto da Montanha Srđ

 

Dubrovnik vista da Montanha Srđ

 

Dubrovnik vista de noite deste o Forte Imperial no alto da Montanha Srđ

 

Dubrovnik, A Geladaria mais famosa da cidade, no início da Stradun, com o famoso Senad, o malabarista!

 

Dubrovnik, Catedral da Assunção de Virgem Maria

 

Dubrovnik, Monumento ao escritor Marin Držić

 

Dubrovnik, Muralhas da cidade vistas do exterior

 

Dubrovnik, Porto Velho

 

Dubrovnik, ruas cercadas pelas muralhas

 

Dubrovnik, Stradun

 

Dubrovnik, subindo a Montanha Srđ

 

Transporte marítimo de Split para Dubrovnik, companhia Krilo

 

A História de Dubrovnik e das suas muralhas, com cerca de 25 metros de altura, remonta ao século XIII, período em que foram construídas para proteger a cidade de ataques, que viriam a acontecer em poucos anos. A República de Veneza conquistou Dubrovnik. A História da cidade, que já foi chamada de Ragusa, remonta ao século VII, com a formação da República de Ragusa. Ao longo dos séculos, disputas de territórios não faltaram. Eslavos, Otomanos e até mesmo Napoleão Bonaparte escreveram o seu nome na História de Dubrovnik, conseguindo este último a proeza das suas tropas transporem estas muralhas. Já no século XX, Dubrovnik livrou-se dos ataques das duas Guerras Mundiais, mas não escapou aos bombardeamentos da Guerra da Jugoslávia. Sérvios e Montenegrinos não aceitaram a declaração de independência Croata. Os bombardeamentos de Dubrovnik de 1991 foram o pior ataque que a cidade sofreu, tendo sido destruídos edifícios históricos e mortos civis durante os 8 meses que durou o cerco. Mas as muralhas resistiram! Infelizmente essa história contemporânea jamais iremos esquecer, sendo possível ver a cores, vários vídeos e fotos na internet.

As Muralhas de Dubrovnik ajudaram a colocar a Croácia no rol de países que contêm aqueles que são para mim os melhores monumentos que tenho visitado, pois no Mundo não existe mais nenhuma cidade que conserve umas muralhas desta magnitude em perfeito estado. Apesar dos preços exorbitantes atualmente pedidos para visitar esta atração turística, mesmo  adquirindo em conjunto com outras da cidade no “Dubrovnikl pass”, dei por bem empregue o tempo e o dinheiro despendidos, e aconselho qualquer viajante a não perder essa oportunidade quando visitar Dubrovnik. Somente percorrendo os seus cerca de 2 Km conseguimos ter a real perceção da grandiosidade e beleza da cidade que exploramos facilmente quando calcorreamos as ruas do seu centro histórico, assim que descemos do autocarro em “Pile”, paragem que fica localizada junto a uma das portas da cidade, a Porta de Pile, distando cerca de 3 Km da zona portuária da cidade, onde chegamos e partimos e onde se encontram as ofertas de alojamento e restaurantes mais em conta. A Croácia não é um país barato e em Dubrovnik até ir a uma casa de banho pública sai caro!

 

Dubrovnik, Porta da cidade, Pile

 

Dubrovnik, Porta da cidade, Pile

Pela Porta de Pile, porta da cidade semelhante à de Mdina de Malta acedemos às ruas cercadas pelas Muralhas, e pela rua principal, a Stradun iniciamos o percurso pelas mesmas. No início da Stradun, lado de uma das entradas nas Muralhas encontramos o Convento e Mosteiro Franciscano, um dos locais mais concorridos. O mesmo pertence à Ordem dos Frades Menores e consiste num convento, numa igreja onde Ivan Gundulić, um dos poetas mais importantes da língua croata que faleceu em Dubrovnik  se encontra sepultado, numa biblioteca e numa farmácia, a terceira mais antiga da Europa, não a que se encontra aberta ao público mas a que se encontra lá mais para dentro e que e funciona como secção museológica. Dessa farmácia exalavam aromas como menta, sálvia e ervas medicinais que os franciscanos usavam nos seus remédios que curavam várias doenças. A biblioteca da farmácia contém um grande número de livros com receitas de diversos remédios e de poções secretas, como os elixires da juventude, remédios para a memória e outros que eles alegavam trazer e garantir a paz no casamento!  À entrada do convento, encontra-se sobressaída da fachada uma pedra que se julga que dá boa sorte a quem nela subir e se equilibrar. Como é óbvio eu não perdi a oportunidade e consegui durante pouquíssimos segundos lá permanecer em pé com os braços e o peito encostados à parede da fachada!
Porto Velho é um dos lugares mais emblemáticos da cidade. Durante os séculos XV e XVI, quando a República de Ragusa dominava o comércio mediterrânico, centenas de navios mercantes atracavam ali. No final do século XX foi uma das áreas da cidade que sofreu os piores bombardeamentos durante a Guerra da Independência Croata. Visto do alto das muralhas ou caminhando pelas suas ruas a sua vista é um regalo.

 

Dubrovnik, Convento e Mosteiro Franciscano, antiga farmácia

 

Dubrovnik, Convento e Mosteiro Franciscano, antiga farmácia

 

Dubrovnik, Convento e Mosteiro Franciscano, antiga farmácia

 

Dubrovnik, Convento e Mosteiro Franciscano, antiga farmácia

 

Dubrovnik, Convento e Mosteiro Franciscano

 

Dubrovnik, Stradun, Convento e Mosteiro Franciscano

 

Quando chegamos à cidade por via marítima, ao desembarcar, a poucos metros encontramos o Museu da História Vermelha. Visitar a antiga Jugoslávia é obrigatório visitar um local que lembra as pessoas do que foi na realidade o antigo regime repressivo que durante vários anos dominou aqueles países. Com conteúdo anti comunista, tal como aos museus do género que encontrei na Lituânia e na Polónia, e contrário aquele que encontrei em Xangai. Um museu que descredibiliza por inteiro um regime Comunista, que por aqueles lados não deixou saudades. Hoje a Croácia é um país independente e segundo eles tratou-se de um regime que foi implementado fazendo crer que traria justiça, igualdade e paz, mas no final tornou-se num sistema autocrata, ditatorial, repressivo e genocida, como qualquer regime extremista. A História não os deixa mentir e até padres foram perseguidos, torturados e assassinados, como é o caso de Miroslav Bulesic, morto por comunistas do regime, com apenas 27 anos! O Comunismo conforme Karl Marx e Friedrich Engels o idealizaram, nunca foi implementado, nunca existiu nem nunca existirá, o que existiu e ainda existe por todo o Mundo é a via para o atingir. Países que se autodenominam de Repúblicas Populares ou Socialistas, mas na prática são países onde imperam valores bem antagónicos de uma sociedade perfeita, um Comunismo encapotado. Neste museu podem ser vistos vários objetos relacionados com aqueles tempos de repressão, bustos, bandeiras, fotografias, cenas recriadas por bonecos e modelos do interior das casas dos tempos da antiga República Popular Jugoslava.

 

Dubrovnik, Museu da História Vermelha

 

Dubrovnik, Museu da História Vermelha

 

Dubrovnik, Museu da História Vermelha

 

Dubrovnik, Museu da História Vermelha

 

Dubrovnik, Museu da História Vermelha

 

Dubrovnik, Museu da História Vermelha

 

Dubrovnik, Museu da História Vermelha

 

Dubrovnik, Museu da História Vermelha

 

A Croácia foi um país que amei conhecer e regressar já é um desejo. Zadar, Šibenik e Ilha de Hvar são locais por onde passei, de autocarro ou catamarã, sem ter tido oportunidade de visitar pois o tempo era curto e não os pude incluir. Quem sabe se em breve o farei a caminho de outras paragens pelos Balcãs!

De Dubrovnik despedi-me da Croácia e segui para o Montenegro!

 

COMER E BEBER

 

Em relação à gastronomia, na Croácia, peka é o prato nacional. Trata-se de um assado, de carne (borrego ou vitela), peixe ou polvo, misturado com legumes e azeite, tradicionalmente feito em brasas sob uma cúpula em forma de sino. Este método de cozimento antigo resulta em comida leve, tenra e deliciosa. Leva cerca de 4 horas para ficar pronto, pelo que os restaurantes apenas fazem por encomenda e no mínimo para 4 pessoas. Infelizmente não pude provar…

A carne de porco é consumida em grande escala. Kuhani buncek, é por lá chamado ao pernil de porco, muito semelhante ao comido em outras paragens na Europa central, assim como os acompanhamentos, que eles acrescentam feijão guisado, o entrecosto preparado à maneira Americana, chamado de marinirana svinjska rebra na žaru, pratos estes que experimentei em Zagreb. Em Korenica foi a vez das bifanas de porco grelhadas, num espeto, chamadas de raznici que podem vir com o acompanhamento blitvita sa krumpirom ou seja couve com batata, em Skradin foi a vez do porco no espeto, chamado de odojak na ražnju.
Sobretudo em zonas costeiras, pratos de peixe, nas cartas dos restaurantes facilmente encontramos marisco, calamares, e até mesmo sardinha, por lá chamadas de srdela.

Čevapčiči é um nome a fixar para quem vier para estes lados. Na Bósnia e Herzegovina é o prato nacional, mas é consumido em larga escala pelos Balcãs.  Nos locais turísticos deve ser dos pratos mais pedidos, sendo também dos mais baratos das cartas dos restaurantes! Trata-se de rolinhos de carne moída, moldada em pequenas salsichas com cerca de 2,5 cm de diâmetro e 5 cm de comprimento, tradicionalmente de carne de vaca e borrego, misturada com cebola e alho salteados, clara de ovos, sal e paprika. Depois de moldados e deixados por várias horas no frigorífico, são colocados em espetos, os “kabobs” de forma transversal e podem ser cozinhados grelhados no carvão, num grelhador elétrico, no forno, ou ainda fritos num tabuleiro com gordura, até ficarem escuros.

Em diversas padarias, o burek é vendido em larga escala. Originário da Turquia mas é pelos Balcãs que reina. Trata-se de um folhado tradicional de massa enrolada, fina, recheado com carne, legumes ou queijo. É tradicional ser consumido ao pequeno almoço tal como ovos e omeletes.

Dada a influência Italiana, pizzas são consumidas em larga escala, e diga-se de passagem, são divinais!

Vinhos e cervejas pelos Balcãs, existem diversas marcas, e provar é obrigatório. Ožujsko é a marca produzida pela maior cervejeira nacional,a Zagrebačka pivovara. Em Dubrovnik aconselho beber uma cerveja na DBC – Dubrovnik Beer Company uma casa que serve cerveja artesanal, mas preparem-se para pagar bem! A rakija, é semelhante à palinka que se bebe na Hungria, e convém não abusar! Rakija é uma bebida consumida em larga escala por esses países. Além da rakia existem outras bebidas espirituosas de alta graduação alcoólica (40%).

Queijos, enchidos e fumados são uma excelente escolha! Foi a comprar coisas destas que em Dubrovnik gastei as últimas Kunas, moeda que não me voltará a passar pelas mãos pois o país em 2023 vai entrar no Euro!

Não poderia deixar de referir os gelados! A influência Italiana faz-se sentir em grande escala e a qualidade assim o comprova. Em Dubrovnik há uma famosa gelataria, a Sladoledarna Dubrovnik”, mesmo no início da Stradun, em frente ao Convento e Mosteiro Franciscano!  A casa está na mão da mesma família há várias gerações, sendo famosa pela forma como os gelados são servidos, com malabarismos, porém o Senad, o tal funcionário malabarista, precisava de descansar, pois passou o Verão a fazer malabarismos com bolas de gelado! Mas a simpatia e qualidade e boa disposição, continua por lá e até algumas palavras em língua Portuguesa poderemos trocar com os funcionários!

 

Cerveja Croata

 

Čevapčiči

 

Odojak na ražnju (porco no espeto)

 

Peka e odojak na ražnju (porco no espeto)

 

Piza

 

Queijos , enchidos e fumado

 

Raznici acompanhado de blitvita sa krumpirom

 

Salada Grega

 

SOUVENIRS

 

Para perpetuar as nossas viagens nada como trazer uma recordação e guardá-la por muitos anos. Na Croácia, o burro é rei. O burro da Dalmácia, obviamente! Na Dalmácia este animal é muito apreciado sobretudo pela sua capacidade de trabalho, mesmo sob pressão, carregando mercadoria, fazendo-o incansávelmente. Jakša Fiamengo famoso poeta e escritor croata, refere-se ao mesmo nas suas obras.

Nos países da costa do Mar Adriático, que fizeram parte da antiga Jugoslávia, abundam objetos (brincos, colares, etc) feitos com coral vermelho, apanhado ali a poucas milhas das zonas do litoral. Não é barato! Em Portugal, segundo me informei, é proibido vender.

 

Souvenir, Burro da Dalmácia

 

VIAJAR NA CROÁCIA

 

Para viajar desde Portugal para a Croácia não existem voos diretos de companhias aéreas low cost. É possível viajar diretamente de Lisboa para Itália, por exemplo para Bolonha, na Ryanair (minha opção) ou na Easyjet para Veneza (rota mais recente) e daqui seguir de autocarro para Liubliana (Eslovénia) e daí para Zagreb que foi o meu ponto de partida para conhecer a Croácia.

Através das plataformas Flixbus ou Get by bus é possível marcar viagens de autocarro nacionais e internacionais, e em quaisquer situações, comigo funcionou perfeitamente. A plataforma Get by bus é muito usada em viagens de autocarro nos países dos Balcãs.

É também possível viajar de comboio na Croácia, a companhia nacional é a HŽ Putnički prijevoz, no entanto essa opção não se adaptaria bem ao meu itinerário.

Viajar de barco entre cidades da costa da Croácia também é possível. Uma das companhias de navegação, a Krilo permite comprar bilhetes online. Foi a forma que escolhi para viajar de Split para Dubrovnik e deste modo pude desfrutar de uma belíssima manhã navegando pelo Mar Adriático

Existem também ligações marítimas à Costa Adriática Italiana, nomeadamente a Ancona e Bari.

 

Dubrovnik vista desde as Muralhas , Porto Velho

 

Dubrovnik vista desde as Muralhas , Porto Velho

 

Dubrovnik vista desde as Muralhas , Porto Velho

 

Dubrovnik vista desde as Muralhas , Porto Velho

 

Dubrovnik vista desde as Muralhas, Mosteiro Dominicano e Porto Velho

 

Dubrovnik vista desde as Muralhas, Porto Velho

 

Dubrovnik vista desde as Muralhas , Porto Velho

 

ALOJAMENTO ECONÓMICO

 

Em Korenica recomendo o Falling Lakes Hostel. O hostel dispõe de serviço de transfer para o PNLP com saída às 8h e regresso às 16h, e proporciona atividades de “hijing”, onde destaco o passeio de 2,5h ao pôr do sol, que é possível fazer após o regresso. Interessante que a rececionista era Portuguesa pelo que serão muito bem acolhidos! O ambiente é jovem e descontraído, composto por muitos mochileiros de várias nacionalidades que viajam pela Europa.

Paguei cerca de 72€ por duas noites sem pequeno almoço, quarto individual com WC partilhado.

 

Em Skradin recomendo o Hotel Skradinski Buk localizado mesmo no centro (a cidade também é pequena…) muito confortável com um serviço de pequeno almoço em buffet de grande variedade. Staff simpático e muito atencioso. A Croácia não é um país barato! Apesar deste hotel os preços serem relativamente em conta, considerando a sua qualidade face a outras ofertas mais económicas, este foi o hotel mais caro mas também o mais confortável e com melhor relação qualidade/preço que marquei durante a viagem. Necessitava de um local mais confortável para me recompor depois de mais de uma semana a dormir em hostels e em alguns casos sem casa de banho privativa.

Paguei cerca de 114€ por duas noites, quarto individual com WC privativo e pequeno almoço.

Em Dubrovnik recomendo o Anchi Guesthouse. Um hostel com ambiente jovem e descontraído, composto por muitos mochileiros de várias nacionalidades que viajam pela Europa. À chegada serão bem acolhidos e dar-vos-ão todas as dicas necessárias para explorar a cidade ao máximo. A localização é muito conveniente, nas proximidades da estação de autocarros onde se chega por via terrestre e do porto onde se chega por via marítima. Pile, fica a cerca de 3 Km, podendo aceder-se de autocarro ou caminhando.

Paguei cerca de 35€ por uma noite sem pequeno almoço, quarto individual com WC partilhado.

 

Há que ter em conta que a minha estada na Croácia ocorreu em outubro. Trata-se dos locais que estão entre os mais visitados do país, pelo que em período de Verão os preços dos alojamentos serão certamente bem mais altos.

 

Dubrovnik, Fortaleza Lovrijenac

 

Dubrovnik, Fortaleza Lovrijenac

 

Dubrovnik, Fortaleza Lovrijenac

 

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

BookAway- Reserva de bilhetes Bus, Ferry, Comboio

 

ROTA N2 COM A AUTOCARAVANA PARREIRINHA

 

Rota N2 com a autocaravana Parreirinha

Por Parreirinha_on_the_road

 

A N2 é a estrada que liga Portugal de Norte a Sul, mais concretamente de Chaves a Faro, num total de 738 km.
É a rota favorita dos meus donos com a Parreirinha!

 

Sertã

 

Deixo-vos aqui algumas dicas para aproveitarem esta rota:

 

1) Duração da viagem
O ideal é fazer a rota em 2 semanas, para aproveitar para conhecer cada local. Se não tiverem tanto tempo disponível, façam como os meus donos e vão fazendo a N2 aos poucos, consoante a vossa disponibilidade.

 

2) Passaporte N2
Peçam um passaporte da N2 no local/cidade onde começarem a viagem para irem carimbando à medida que forem fazendo a rota.

Importante: não se tornem reféns dos carimbos! Conhecer os locais onde a rota da N2 vos leva é mais importante do que carimbar o passaporte. Há também uma app da N2 para carimbar em formato digital, mas os meus donos são old school e preferem os passaportes físicos.

DICA: Vejam no site oficial da Rota EN2 onde podem carimbar. Se não chegarem a tempo de carimbar no posto de turismo, tentem carimbar nos Bombeiros! Alguns postos de combustível, museus e restaurantes também têm o carimbo da N2. Por exemplo, podem obter o carimbo da Lousã nos Bombeiros de Serpins.

 

Sao_Pedro_do_Sul

 

3) Visitem as regiões, a gastronomia local e as pessoas. A N2 permite fazer uma imersão cultural no nosso País e essa é a melhor experiência que levamos desta rota!

 

4) Apoiem o comércio tradicional e o artesanato local. Poderão ver no site da @comunidadeen2 algumas recomendações de lojas onde podem comprar produtos locais, restaurantes e alojamento. Foi neste site que descobrimos uma loja em Vila Nova de Poiares que vende umas cervejas da marca “Boazona”, que já fizeram furor cá em casa!

 

Viseu

 

5) Atrevam-se a fazer desvios! Os meus donos fizeram um desvio para conhecer São Pedro do Sul e adoraram!

 

6) Não se esqueçam de levar: os passaportes da N2, o livro/guia de bolso (se optarem por o comprar), biquíni/calções de banho e toalha! Na N2 passam por várias praias fluviais e há que aproveitar para dar um mergulho!

 

7) Planeiem onde vão pernoitar

Se forem fazer a rota de autocaravana, recomendo a app Park4night. Aqui poderão encontrar os parques de campismo, ASAs e Quintas onde poderão pernoitar com a autocaravana, algumas delas gratuitas! A app tem informação útil como as avaliações dos utilizadores, bem como os preços e serviços disponíveis em cada local.

 

Vila_Real

 

O que ver em cada localidade?

Eu e os meus donos ainda só fizemos metade da rota e planeamos concluí-la em 2023.

Em todo o caso, posso partilhar alguns dos sítios que conhecemos nesta rota e que mais nos impressionaram:

 

Chaves – Km 0

Nunca tínhamos ido a Chaves e adorámos! Tem um centro histórico lindo e o pastel de Chaves é saboroso!

Subimos à Torre de Menagem do Castelo de Chaves, que tem uma vista desafogada para a cidade. Visitámos a Igreja da Misericórdia e a de Santa Maria Maior, e atravessámos a Ponte Romana de Trajano, é muito bonita!

Recomendamos também uma visita à loja do Templo N2. Fica mesmo ao lado do KM 0 e podem tirar uma foto alusiva a esta rota, bem como comprar algum merchandising da N2. Há uma loja em cada extremidade da rota, em Chaves e Faro.

Pernoitámos no Parque de Campismo de Rebordão e foi muito agradável e tranquilo.

 

Chaves

 

Chaves

 

Chaves

 

Chaves

 

Chaves

 

Chaves

 

Chaves_Parque_de_Campismo_Rebordao

 

Chaves_Pastel_de_Chaves

 

Vidago – Km 15

Saímos de Chaves rumo a Vidago e valeu a pena conhecer a região. Fomos ao Santuário do Alto do Coto que tem uma vista deslumbrante e ao imponente Vidago Palace Hotel.

 

Vidago_Palace_Hotel

 

Vidago_Palace_Hotel

 

Vidago_Santuario_do_Alto_do_Coto

 

Pedras Salgadas – Km 30

Continuando a rota da N2, fomos conhecer Pedras Salgadas e continuar a nossa rota das águas termais. O jardim envolvente das Pedras Salgadas é muito bonito. Os meus donos visitaram o antigo Casino e provaram a água da Nascente das Pedras Salgadas em estado puro, ainda sem tratamento. Foi uma experiência interessante!

 

Pedras_Salgadas

 

Pedras_Salgadas

 

Pedras_Salgadas

 

Pedras_Salgadas

 

Vila Pouca de Aguiar – Km 36

Uma vila simpática, com um centro histórico bonito e um castelo com uma vista magnífica. O castelo não fica no centro da vila, mas vale a pena fazer um desvio para o conhecer.

A Lagoa do Alvão (Barragem da Falperra) também vale muito a pena visitar, tem uma beleza natural única.

 

Vila_Pouca_de_Aguiar

 

Vila_Pouca_de_Aguiar

 

Vila_Pouca_de_Aguiar

 

Vila_Pouca_de_Aguiar

 

Vila_Pouca_de_Aguiar

 

Vila Real – Km 64

Vila Real tem uns doces e pastéis típicos que são uma maravilha! Fomos conhecer a tradição de “dar o pito”, mas infelizmente não fomos na época de comer este doce. Em alternativa, comemos uma Crista de Galo na Pastelaria Gomes, que estava óptima! Comemos também uns “covilhetes”, uns pastéis salgados muito saborosos.

O centro histórico de Vila Real é muito bonito, com uma praça grande rodeada de monumentos imponentes como a Sé Catedral.

Fomos visitar a Casa Mateus e foi o melhor que fizemos! O palácio é lindo e os jardins também, muito bem cuidados e repletos de pormenores bonitos.

 

Vila_Real

 

Vila_Real

 

Vila_ Real_Casa_Mateus

 

Vila_ Real_Casa_Mateus

 

Vila_ Real_Casa_Mateus

 

Vila_ Real_Pastelaria_Gomes_Crista_de_Galo

 

Vila_Real_Covilhete

 

Santa Marta Penaguião – Km 78

Em Santa Marta Penaguião perdemo-nos com as maravilhosas vistas para o Douro! Fomos conhecer o novo miradouro D’ouro Vivo, que fica situado na estrada que liga a Sede do concelho a Fontes. Visitar as Caves de Santa Marta também é uma experiência interessante. O município apostou na promoção da rota da Estrada Nacional 2, tendo um marco da N2 no centro histórico e informação alusiva à rota no Posto de Turismo.

 

Santa_Marta_de_Penaguiao

 

Santa_Marta_de_Penaguiao

 

Santa_Marta_de_Penaguiao

 

Santa_Marta_de_Penaguiao

 

Peso da Régua – Km 88

Já conhecíamos o Peso da Régua de viagens anteriores, por isso acabámos por fazer uma
passagem rápida nesta localidade. Na nossa opinião, esta região do Vale do Douro é uma das
mais bonitas de Portugal. A área foi declarada Património Mundial da Unesco e oferece
paisagens maravilhosas das vinhas nas montanhas que rodeiam as margens do Rio Douro. Se
forem com tempo, recomendamos uma visita a uma das Quintas Vinícolas mais emblemáticas
da região, como a Sandeman ou a Quinta da Pacheca.

Uma das estradas mais bonitas do mundo passa em Peso da Régua, a N222. Vale muito a pena
percorrer esta estrada e fazer um pequeno desvio à N2.
É também nesta região que se situa o Museu do Douro e um dos miradouros mais bonitos do
Douro, o São Leonardo da Galafura. As pontes do Peso da Régua acabam por ser o postal da
cidade, vale muito a pena fazer um passeio a pé para tirar umas belas fotografias.

 

Peso_da_Regua

 

Peso_da_Regua

 

Peso_da_Regua

 

Lamego – KM 104

Fomos visitar o Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, o ex-libris da região. Como ficámos no parque de campismo de Lamego, que é mesmo pertinho, os meus donos foram a pé até ao Santuário. O Parque de campismo tem uma boa vista para a cidade e um bar das Caves da Raposeira, pois que fica mesmo ali ao lado. Os meus donos compraram uma bôla de Lamego para comer ao jantar na Parreirinha, e que bem que lhes soube!

 

Lamego

 

Lamego_Parque_de_Campismo

 

Lamego_Parque_de_Campismo

 

Lamego_Santuaio_de_Nossa_Senhora_dos_Remedios

 

Castro Daire – KM 136

Castro Daire tem andado nas bocas do mundo por ser palco do novo filme Velocidade Furiosa. É uma simpática região, com um centro histórico bonito e colorido.

 

Casto_Daire

 

Casto_Daire

 

Casto_Daire

 

Viseu (Km 172) e São Pedro do Sul (Km 152)

Viseu é conhecida pelos seus imponentes monumentos, pelos vinhos do Dão e por ser a terra do Viriato. É uma cidade muito bonita!

São Pedro do Sul é a capital do termalismo e dona de uma paisagem ímpar. A N2 não passa propriamente na vila, apenas 900m da N2 fazem parte do município, mas vale a pena o desvio!

 

Sao_Pedro_do_Sul

 

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Viseu

Viseu

 

Viseu

 

Viseu

 

Viseu

 

Tondela – Km 199

Visitámos a Serra do Caramulo, o simpático Museu Terras de Besteiros e o centro histórico de Tondela. Jantámos no Atisca & Petisca e para além das maravilhosas tapas ainda fomos presenteados por música ao vivo de uma varanda do vizinho! Foi aqui também que os meus donos deram descanso à Parreirinha e pernoitaram no alojamento local Ninho d’Arara, onde foram recebidos por duas araras simpáticas!

 

Tondela

 

Tondela

 

Tondela

 

Tondela

 

Tondela_Serra_do_Caramulo

 

Santa Comba Dão – Km 213

Cidade que abraça o rio Dão, que lhe dá o nome. Tem um centro histórico muito bonito, com traços medievais, passadiço e praças cuidadas e calmas.

 

Santa_Comba_Dao

 

Santa_Comba_Dao

 

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Santa_Comba_Dao

 

Santa_Comba_Dao

 

Mortágua – Km 225

Continuando o percurso da Estrada Nacional 2, fomos conhecer Mortágua, a mítica terra cujo povo guarda o segredo de “Quem matou o juiz de fora”. Os donos, gulosos como são, comeram um belo pastel Juiz de Fora na pastelaria Pousadinha do Dão.

 

Mortagua

 

Mortagua

 

Mortagua

 

Penacova – Km 238

Penacova tem duas maravilhosas praias fluviais – Vimieiro e Reconquinho – onde os donos deram um mergulho! Vislumbrámos também o monumento natural do concelho “Livraria do Mondego” e a paisagem natural agradável através do miradouro do centro da vila.

 

Penacova

 

Penacova

 

Penacova

 

Penacova

 

Penacova

 

Vila Nova de Poiares – Km 248

Tem um fantástico mural alusivo à N2 no centro da vila. Os donos tiveram pena por não conseguir ir ao Central Bar (estava fechado), mas para compensar compraram um pack da cerveja artesanal do concelho “Boazona”!

 

Vila_Nova_de_Poiares

 

Vila_Nova_de_Poiares

 

Vila_Nova_de_Poiares

 

Lousã – Km 261

A Parreirinha andou a aventurar-se nas alturas na Serra da Lousã, mas sempre segura de mim! Fomos carimbar o passaporte da N2 aos Bombeiros de Serpins, pois é nesta localidade que passa a N2.

 

Lousã

 

Góis – Km 270

Góis é uma vila muito bonita, onde os donos aproveitaram para dar uns mergulhos na Praia Fluvial do Penedo. Conhecida pela tradição motard, recebe de forma igualmente entusiasta outros visitantes como autocaravanistas. Ficámos no parque de Campismo de Góis e foi uma experiência agradável.

 

Góis

 

Góis

 

Góis

 

Góis

 

Góis

 

Pedrógão Grande – Km 319

Um dos nossos destinos favoritos da N2 foi sem dúvida Pedrogão Grande. O parque de campismo e o miradouro do Hotel Montanha oferecem uma vista incrível para a barragem.

Fizemos a paragem obrigatória no Km 310, onde a Parreirinha se andou a meter em sarilhos na Picha e na Venda da Gaita!

 

Pedrogao_Grande

 

Pedrogao_Grande

 

Pedrogao_Grande

 

Pedrogao_Grande_Parque_de_Campismo

 

Pedrogao_Grande_Picha

 

Curiosos para saber o que temos a dizer das outras localidades que já visitámos através da rota da N2?

Basta seguir a página da Parreirinha no Instagram para o efeito.

Link: aqui

 

 

Reservas (click):

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OS MEUS DIAS PELA CROÁCIA (PARTE 1): ZAGREB E SPLIT

 

Os meus dias pela Croácia (1ª parte): Zagreb e Split

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

A minha primeira incursão pelos Balcãs ocorreu em Janeiro de 2014, onde de passagem para outras paragens, encontrei Belgrado, a Cidade Branca, fazendo jus ao nome. Aos Balcãs regressei novamente em Outubro de 2022, tendo essa aventura começado na Eslovénia um país fascinante, sendo a Croácia visitado nesse seguimento, numa nova aventura por esta parte da Europa, que durou cerca de duas semanas.

 

Esta viagem proporcionou-me aumentar o meu conhecimento da região dos Balcãs e dos países que fizeram parte da antiga Jugoslávia. O país assim chamado, outrora pouco aberto ao turismo de massas devido ao seu regime, era sobretudo procurado pelas suas maravilhas da natureza, nomeadamente os parques nacionais, a sua costa, e as suas ilhas banhadas pelo mar Adriático, onde além de sol e praia, se respira História. A Jugoslávia era maioritariamente visitada por turistas oriundos dos países vizinhos, Itália ou Áustria por exemplo, aproveitando o custo de vida muito favorável face aos seus países de origem.

Hoje os países dos Balcãs são destinos da moda, já sofrem as consequências do turismo de massas, oriundo de todos os continentes, catapultado pelas viagens de avião baratas, e unidos pelas autoestradas em larga escala, a toda a Europa. Eslovénia e Croácia, até já pertencem à União Europeia, possuem infraestruturas hoteleiras modernas, e por tudo isso sujeitas às leis de mercado, jamais serão destinos turísticos baratos! A quantidade de autoestradas que existem, impressionou-me sobretudo por se tratar de países que entraram há poucos anos na UE…”já tínhamos muito antes” informaram-me! Comparemos com Portugal, onde a A1 a ligar Lisboa e Porto, foi a primeira grande auto estrada que tivemos concluída ao fim de quase 6 anos após entrarmos na UE…

 

A História da Croácia tem muitas coincidências com a da Eslovénia. Também remonta a tempos pré-históricos, existindo registos de ocupação humana com mais de 250 mil anos naqueles territórios. Em quase todo o território Croata, já foram encontrados diversos vestígios destes períodos, por exemplo, no norte já foram encontrados fósseis neandertais. Ao longo dos anos, também fez parte do Império Romano, do Império Bizantino, da República de Veneza, do Império Austro-Húngaro, do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, do Reino da Jugoslávia, e por último da República Socialista Federativa da Jugoslávia desde 1945, após a II Guerra Mundial, até à sua desintegração que começou no início dos anos 1990.

No ano 925, o então duque Tomislav foi coroado Rei dos Croatas, criando-se um reino que compreendia as terras desde o Rio Drava até ao Mar Adriático. O seu reinado durou até ao final do século XI quando passaram a ser governados por reis húngaros. Com a invasão otomana dos Balcãs, as terras croatas passaram a ser a fronteira entre o mundo muçulmano e o cristão, estando a parte norte nas mãos dos croatas e a parte sul nas mãos dos otomanos.

 

Split, Catedral de São Dómnio

 

Split, Catedral de São Dómnio

 

Split, vista desde a torre do sino da Catedral de São Dómnio

 

Split, vista desde a torre do sino da Catedral de São Dómnio

 

Split, vista desde a torre do sino da Catedral de São Dómnio

 

Split, vista desde a torre do sino da Catedral de São Dómnio para a colina Marjan

 

Split, vista desde a torre do sino da Catedral de São Dómnio, para a zona portuária

 

Split, vista desde a torre do sino da Catedral de São Dómnio

 

No final da I Guerra Mundial a Croácia tornou-se parte do Estado dos Eslovenos, Croatas e Sérvios, entrando em união com o Reino da Sérvia para criar o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, também conhecido como Jugoslávia. Após a invasão pela Alemanha Nazi em 1941, a Jugoslávia foi desmembrada e o Fascista Ante Pavelić tornou-se o líder do Estado Independente da Croácia. Centenas de milhares sérvios, judeus, ciganos e croatas foram exterminados em campos de concentração, o que gerou o aumento do ódio entre sérvios, maioritariamente cristãos ortodoxos e croatas fascistas, que viam na religião católica um dos pilares do nacionalismo croata. No fim da II Guerra Mundial, Josip Broz Tito, que derrotou os invasores nazis, unificou todas as Repúblicas Jugoslavas em torno de um Estado Comunista, a República Socialista Federativa da Jugoslávia. Tito morreu em 1980, década que marca o início do fim do Comunismo na Europa. A transição desses países para uma economia de mercado não foi pacífica. No início dos anos 1990, começou a desintegração da Jugoslávia, processo que durou vários anos, com conflitos armados que diariamente passavam em “prime time” nas TVs.  A Croácia era tida como a maior e das mais desenvolvidas economias das repúblicas da Jugoslávia, daí a existência de movimentos separatistas. E foram os separatistas que anunciaram a independência da Croácia da Jugoslávia em 25 de junho de 1991. O território croata foi então invadido pelo Exército Popular Jugoslavo, então sob domínio sérvio, que interveio com o pretexto de defender as minorias sérvias residentes na Croácia, causando violentos conflitos entre croatas e sérvios e ocupações do território croata por milícias sérvias. As Nações Unidas foram forçadas a intervir militarmente para assegurar a paz. Em 1992, o país foi reconhecido como independente. Em 1995, numa operação militar com êxito, a Croácia recupera, sem nenhuma ajuda externa, quase todos os seus territórios ocupados pelos sérvios, no que foi a primeira derrota do poderoso e temível Exército Popular Jugoslavo. Em 1998, sob forte pressão internacional, a Jugoslávia devolveu o último território croata ocupado, a Eslavónia Oriental, território fértil com cultivos agrícolas e com florestas. 250 000 sérvios foram expulsos das suas casas em 1995, na maior operação de limpeza étnica da Europa. Franjo Tudjman, primeiro presidente eleito, foi responsável por levar o país à sua independência, recuperar os territórios ocupados sem ajuda internacional e ajudar os bósnios e os bósnio-croatas na luta pela independência da Bósnia e Herzegovina.

 

Quem viaja para a Croácia deverá saber quem foi Nikola Šubić Zrinski. Um soldado croata ao serviço da Monarquia de Habsburgo, pois a Croácia pertenceu ao Império Austro-Húngaro. Um verdadeiro herói nacional que salvou o país e por conseguinte grande parte da Europa do domínio Otomano. Ele travou e venceu várias batalhas contra os Otomanos, à exceção da Batalha de Szigetvár, em 1566, em território Hungaro. Comandados por Zrinski, 2.300 soldados defenderam a fortaleza de Szigetvár contra 100 mil soldados do exército invasor do Império Otomano comandados pelo sultão Suleiman. O exército de Zrinski foi derrotado, mas vendeu cara a derrota, tendo o exército Otomano sofrido grandes baixas que o impossibilitaram de continuar a sua ofensiva pela conquista de territórios Austro-Húngaros e causando a morte do sultão cujo cognome era “O Magnífico”. A vitória Otomana acabou por ser uma “vitória de Pirro”, ganharam a batalha, mas perderam a guerra! O compositor Ivan Zajc em 1876 compôs a famosa ópera Croata “Nikola Šubić Zrinski” que relata a preparação de Zrinski para essa batalha. A ópera termina com a famosa ária “U boj, u boj” significa “para a batalha, para a batalha”, uma das músicas nacionalistas croatas mais importantes.

 

Ao falar da Croácia é impossível a qualquer amante de viagens não referir Marco Polo, um enorme viajante, mercador e embaixador Veneziano, mas segundo os Croatas ele nasceu na ilha de Korcula, sendo muitas vezes o país promovido em feiras de turismo como “A terra de Marco Polo”. Seja ou não verdade, a Croácia é um país maravilhoso e com muitos mais argumentos que justificam largamente ser visitado: bonitas cidades, natureza, parques naturais (12 ao todo) e parques nacionais (8 ao todo), ilhas (mais de 1000, sendo 48 habitadas), a sua costa Adriática, História, cultura, gastronomia maravilhosa, vinho e cerveja incluídos, país moderno e seguro e com um povo na generalidade alegre, afável e acolhedor, etc, etc…

 

Zagreb, Esplanade Zagreb Hotel

 

Zagreb, Estação de comboios central

 

Zagreb, estátua de Dražen Petrović

 

Zagreb, estátua de Josip Jelačić no centro da Praça Ban Jelačić, coração da cidade

 

Zagreb, estátua de Kumica Barica na entrada do Mercado Dolac

 

Zagreb, Fortaleza de Kaptol

 

Zagreb, Funicular visto desde a Ilica

 

Zagreb, funicular

 

Zagreb, Gradec

 

Zagreb, Kaptol e Novi Zagreb vista desde Gradec

 

Zagreb, Košarkaški centar Dražen Petrović

 

Zagreb, Mercado Dolac

 

Zagreb, Museu Mimara

 

Aqui segue uma parte do meu roteiro de 9 dias, em que pude visitar o que de melhor tem a Croácia, no entanto ainda aquém do muito que o país tem para nos oferecer.

 

ZAGREB – 2 noites

 

Zagreb, à semelhança de outras capitais (Sófia, Helsínquia ou Bratislava por exemplo) é tida como o parente pobre do país, sendo normalmente visitada de passagem a caminho da Costa Adriática, dos Parques Nacionais ou mesmo de outros países Balcânicos. Apesar disso, e de ter tratado esta parte da viagem como “o Patinho feio”, a cidade não deixou de me surpreender pela positiva, e lamento não poder ter deixado mais tempo para Zagreb, mas uma manta quando tapa a cabeça, destapa os pés…

Zagreb, sendo maior em tamanho que Liubliana, em um dia conseguimos explorar muitos dos seus pontos principais, que se localizam pelas imediações do centro histórico, divididos pela “Kaptol”, a zona baixa e pela “Gradec” a zona alta onde podemos aceder de funicular, o Funicular de Zagreb com apenas 66 metros de troço, é dito por eles que é o mais curto do Mundo, mas o Google desmente essa teoria….

 

Zagreb, Praça do Rei Tomislav, estátua do Rei Tomislav e ao fundo o Pavilhão de arte

 

Zagreb, Praça do Rei Tomislav, Pavilhão de arte

 

Zagreb,Catedral Starcevicev

 

Zagreb,Praça Ban Jelačić, coração da cidade

 

Zagreb,Rio Sava e Novi Zagreb

 

A Zagreb cheguei de noite, de autocarro Flixbus desde Maribor (Eslovénia), onde havia passado parte desse dia que começou bem cedo em Liubliana (Eslovénia). Os Zagrebinos são bem mais afáveis, comunicativos e divertidos que os Liublianos. As primeiras impressões não poderiam ser melhores, pois no elétrico no caminho do terminal rodoviário para o hostel, uma senhora ofereceu-me um bilhete quando perguntei se a bordo se poderiam adquirir, depois à chegada ao hostel foi-me oferecido um shot de rakija como bebida de boas vindas. Fiquei alojado em plena “Ilica” (lê-se ilissa), uma das ruas principais de Zagreb, com 5,6Km onde as principais linhas dos elétricos passam e é um regalo vê-los passar pois existem vários ainda com aparência “retro”, uma rede de transportes públicos citadinos, bastante eficiente e fácil de utilizar.  A Ilica é uma rua comercial onde as lojas de marcas como Zara, Mango, Calzedonia, Women’s Secret, Adidas, Nike, etc. e outras de estilistas locais, joalheiras luxuosas, padarias, pastelarias e diversos restaurantes se podem encontrar.

Zagreb, à semelhança de Belgrado e Liubliana, também é banhada pelo rio Sava. Situa-se nas proximidades da Montanha Medvednica onde o Pico Sljeme com 1.035m é o seu ponto mais alto, sendo acessível de teleférico desde Fevereiro de 2022.

 

Zagreb, Academia Croata de ciências e artes

 

Zagreb, Catedral em Kaptol vista desde Gradec

 

Zagreb, Catedral em reconstrução devido aos danos dos sismos de 2020

 

Zagreb, elétrico

 

Zagreb surgiu da união de duas cidades medievais, cercadas por muralhas e fortificações, situadas em duas colinas vizinhas: Kaptol e Gradec, atualmente as zonas baixa e alta da cidade. Segundo registos históricos, existiu uma diocese em Kaptol fundada pelo rei húngaro László I. Após a invasão mongol que Kaptol e Gradec sofreram em 1242, o rei húngaro Béla IV proclamou Gradec como uma cidade livre. As duas cidades continuaram a desenvolver-se separadamente até 1850, data em que se uniram. A partir daí, a cidade foi-se expandindo. Por Kaptol durante o século XIX, palácios e parques verdes foram construídos. O século XX trouxe a industrialização e a cidade foi-se expandindo para o outro lado do rio Sava, zona atualmente chamada de Novi Zagreb (Nova Zagreb), local onde predominam edifícios modernos.

 

Zagreb, Parque Maksimir

 

Zagreb, Parque Maksimir

 

Zagreb, Praça Ban Jelačić, relógio branco

 

Zagreb, Praça da República Croata, Academia de música

 

Zagreb, Praça da República Croata, Escola de Artes Aplicadas e Design

 

Os meus dias por Zagreb começaram na zona da Ilica, tendo no primeiro explorado o seu centro histórico que facilmente se faz caminhando. Dali seguindo em direção ao funicular, e subindo por este, chegamos a Gradec, junto da Torre Lotrščak onde podemos desfrutar das vistas para Kaptol ao perto, e Novi Zagreb ao longe. Nas proximidades existe outro miradouro com vista para a Catedral e para essa zona circundante. Gradec possui diversos museus e uma Praça de São Marcos onde existe uma das igrejas mais importantes da cidade, a Igreja de São Marcos. Gradec e Kaptol encontram-se na Praça Ban Jelačić, a praça principal de Zagreb, o coração da cidade. Ela possui vários edifícios, alguns remontam aos séculos XVII e XVIII, mas a maior parte foi construída no século XIX, quando a praça foi nomeada pela primeira vez de Ban Josip Jelačić, homenageando uma das figuras mais importantes da história croata. Josip Jelačić foi um conde, general e governador (ban) da Croácia nos tempos do Império Austro-Húngaro. Ele trouxe glória ao povo croata proclamando a abolição do feudalismo e tendo lutado por maior autonomia croata dentro desse Império ao qual o país pertenceu. Em 1947, o governo da Jugoslávia, mudou o nome da praça para Praça da República, mas em 1990, quando os croatas reivindicavam a independência, a praça voltou a chamar-se Ban Jelačić, cuja sua estátua no centro da mesma tem um enorme valor nacionalista. Nesta praça decorrem os eventos mais importantes do quotidiano Zagrebino. Além da estátua de Josip Jelačić, nesta praça existe um relógio branco famoso, que é um ponto de encontro, e julga-se que ninguém olha para ele para saber as horas, mas certifiquei-me que o mesmo dava horas certas. Mesmo que estivesse parado, duas vezes por dia também o faria…

Da Praça Ban Jelačić a poucos metros alcançamos o Mercado Dolac, cuja entrada é marcada pela estátua de Kumica Barica que homenageia as mulheres trabalhadoras. É um mercado citadino tradicional onde se vendem não só os produtos agrícolas e flores, mas também souvenirs turísticos, por sinal nada baratos!  Dali facilmente alcançamos a zona da Catedral junto da Fortaleza de Kaptol, próximo de um muro que contém um relógio que se encontra parado desde as 7h03 do dia 9 de novembro de 1980, quando um grande sismo atingiu a cidade.

Praça do Rei Tomislav é outra das famosas praças de Zagreb. O nome original era Franz Joseph I. No entanto, após a queda do Império Austro-Húngaro, ela foi renomeada para Rei Tomislav, que teve a proeza de unificar os croatas da Dalmácia e de Panónia e assim formar um reino único, o Reino da Croácia. A estátua de Tomislav, que foi o primeiro rei croata, montando um cavalo, desde 1947 encontra-se no centro desta praça.  Além da estátua, destaca-se o sumptuoso edifício do Pavilhão de Arte.

É nas imediações da Praça do Rei Tomislav que os visitantes chegam a Zagreb, seja de autocarro à Autobusni Kolodvor Zagreb, a cerca de 1,5 Km ou de comboio, bastando para isso atravessar a rua em frente da estátua. A estação ferroviária central, “Zagreb Glavni Kolodvor” é a maior e mais importante do país, e uma das paragens do Expresso do Oriente. Em tempos os seus passageiros ficavam alojados no Esplanade Zagreb Hotel, um hotel de luxo cujo edifício extravagante datado dos anos 1920 não deixa ninguém indiferente à sua passagem.

Tida como a mais bonita praça de Zagreb, a Praça da República Croata ostenta no seu centro o enorme edifício do Teatro Nacional Croata que se destaca dos demais, como é o caso da Academia de Música de Zagreb e da Escola de Artes Aplicadas e Design. Pela Praça da República fiz o primeiro “giro” pela cidade, depois de jantar tendo tirado fotos bastante interessantes com todos estes edifícios iluminados.

 

Zagreb, Teatro Nacional

 

Zagreb, Teatro Nacional

 

Zagreb, Teatro Nacional na Praça da República Croata

 

Zagreb, Teatro Nacional, final da ópera Nikola Šubić Zrinski

 

Zagreb, Teatro Nacional

 

Parques e zonas verdes abundam na cidade, formando nesta zona, com as ruas e as praças, uma espécie de Ferradura verde, a chamada Ferradura de Lenuci, pois foi Milan Lenuci o arquiteto responsável por este projeto urbano. Quem circule por estes lados, passará certamente pelo Parque Zrinjevac, mas a maior e mais antiga área verde da cidade fica na zona periférica, o Parque Maksimir. Foi fundado em 1787 e o seu nome deriva de quem o inaugurou, o bispo Maksimilijan Vrhovac. O parque necessita de algumas horas para ser percorrido e contém no seu interior um jardim Zoológico.

O nome de Maksimir para a maior parte de nós não é certamente associado a nenhum parque mas a um estádio de futebolEstádio Maksimir. O clube que ali joga, o GNK Dinamo Zagreb é centenário e o mais titulado do campeonato Croata. Também é aqui que habitualmente a Seleção Nacional da Croácia realiza os seus jogos. A saúde financeira do clube não vai de vento em popa, há vários anos que procura reformar o estádio, tornando-o num palco moderno, confortável e funcional, no entanto as obras têm consecutivamente parado. Para piorar as coisas, o terramoto que assolou Zagreb em 2020, deixou as suas marcas, causando danos estruturais e impediu por algum tempo a sua utilização, continuando a bancada Este ainda interditada. O Estádio Maksimir foi inaugurado em 1912, tem uma arquitetura particular, pois as bancadas são todas diferentes e não possuem cobertura. Na época 2018/2019, o Benfica jogou ali uma partida a contar para a Liga Europa, tendo perdido por 1-0. Os adeptos benfiquistas que se deslocaram a Zagreb para assistir a esse jogo, desaconselham a ir ao futebol neste país. Claques associadas a movimentos Nazis, que têm causado distúrbios por onde passam, semeando o medo e causando insegurança aos adeptos visitantes. Este clube deu a conhecer ao Mundo grandes futebolistas, Luka Modrić foi o maior de todos eles tendo ganho a Bola de Ouro em 2018. Tomislav Ivković, Davor Šuker, Robert Prosinečki, Mario Mandžukić foram outros dos nomes sonantes que passaram pelo Maksimir. A Jugoslávia já foi apelidada em termos futebolísticos como “Brasil da Europa” e a Seleção Nacional Croata que herdou a genética, é uma das mais fortes do Velho Continente, contando presenças nas meia-finais dos Campeonatos do Mundo de 1998 e 2022, tendo alcançado em ambos o 3ºlugar, e na final do de 2018 sendo derrotada pela toda poderosa França, mas vendendo cara a derrota. No entanto, ainda poucos entenderam como Modrić, mesmo sendo um enormíssimo jogador, conseguiu ganhar essa Bola de Ouro, deixando para trás nomes como Messi, Cristiana Ronaldo, Neymar ou Kylian Mbappé…

 

Zagreb, Estádio Maksimir

 

Zagreb, Estádio Maksimir

 

Como qualquer país desta região da Europa, a Croácia possui um património artístico riquíssimo, sendo os espetáculos de ópera, ballet e música clássica uma das suas marcas. Mesmo que não sejamos conhecedores e apreciadores deste tipo de espetáculos, é impossível ficar indiferente à sua grandiosidade. No Teatro Nacional Croata tive oportunidade de ver ao vivo a ópera Croata “Nikola Šubić Zrinski” por um preço que pode ser considerado como simbólico! Cerca de 15€ na plateia. Foi o meu programa para a noite de 5 de outubro, à hora que em Lisboa o Benfica jogava com o Paris Saint Germain para a Liga dos Campeões. Quem diria que alguma vez na minha vida isso iria acontecer, trocar futebol por ópera! Sim, porque poderia ser “Inacio” e ter visto o jogo no meu tablet em iptv aproveitando o wifi do hostel…hoje se disser a um Croata que troquei um jogo de futebol do meu clube para ver ao vivo o “Nikola Šubić Zrinski” certamente subirei muito na sua consideração!  Além do Teatro Nacional Croata, a oferta da cidade inclui a Sala de Concertos Vatroslav Lisinski onde os preços parecem ser bem apelativos face aos padrões de muitos países da Europa incluindo Portugal…

 

A oferta cultural de Zagreb, nomeadamente a lista de museus, deixaram-me “com água na boca”. Porém o território croata, recorrentemente tem sido afetado por sismos, tendo em 2020 ocorrido dois que causaram bastante destruição, pelo que durante a minha estada encontrei vários locais turísticos encerrados, como por exemplo a Catedral, o edifício mais famoso da cidade, que se encontra em reconstrução e o Museu Mimara famoso museu de arte, tido como dos mais importantes, também sofreu danos e na altura encontrava-se encerrado. Escolhi visitar 3 museus em Zagreb, um logo no primeiro dia, e seria esse o único que estaria previsto. Os dois restantes visitei no segundo dia, durante a manhã (à tarde fui embora) pois considerei para a curta estada, suficiente o passeio pela cidade que havia feito no dia anterior.

 

Zagreb, Museu e Centro Memorial Dražen Petrović

 

Zagreb, Museu e Centro Memorial Dražen Petrović

 

Zagreb, Museu e Centro Memorial Dražen Petrović

 

Zagreb, Museu e Centro Memorial Dražen Petrović

 

Museu das relações quebradas, conseguiu colocar Zagreb no mapa da lista dos museus mais importantes que tenho visitado pelo mundo fora. Um dos museus mais estranhos, mas mundialmente famoso e com um enorme número de visitantes. Relações amorosas quebradas todos nós temos para contar e objetos alusivos a elas também existem. Desde coisas inamovíveis, como por exemplo obras em casa dos sogros ou moradias construídas no terreno deles, até outras tidas como caricatas, estranhas e algumas bem dramáticas. Pensava eu, na minha inocência, que iria visitar um museu divertido. Encontrei um museu com algumas coisas horríveis. Relações quebradas entre namorados ou cônjuges também existem, muitas vezes até são engraçadas. Mas pior que isso são relações quebradas entre pais e filhos, com a morte destes últimos. Um objeto que me marcou muito foi uma porta. E também um vestido de noiva de um casamento que nunca veio a acontecer devido a um ato terrorista. Visitar este museu é também uma enorme lição de vida. Além de ter assinado o livro de visitas, conclui que na minha família até existiu um objeto e uma carta associada ao mesmo. Uma história que mete fantasmas. Acerca de um pijama do meu avô que a minha mãe deu ao meu pai e, que ele devolveu, e bem sabe porquê. Muitas pessoas próximas de mim sabem essa história, que me fez arrepiar quando a contei à rececionista. Ao invocar estas coisas, não me senti bem…Se algum dia encontrar algum desses dois objetos irei enviá-los para aqui, o pijama, a minha mãe já se livrou dele há décadas, foi para Fão, terra da minha avó entregue a uma pessoa de baixos rendimentos, mas a carta ainda a havemos de procurar na cave…Curioso que terminei esse dia a assistir a uma ópera, e na minha vida, até tem tudo a ver: ópera e relações quebradas! A vida tem muitas coincidências e as viagens que vou fazendo servem para me reencontrar comigo próprio e me conhecer melhor…”conhece a ti mesmo”, foi Sócrates que há muitos anos proferiu essa frase, lá para os lados da Grécia!

 

Zagreb, Museu das relações quebradas

 

Zagreb, Museu das relações quebradas

 

Zagreb, Museu das relações quebradas

 

Museu Nikola Tesla, o outro museu que visitei, foi uma escolha acertadíssima, mesmo não entrando na lista dos museus mais importantes que visitei pelo Mundo, depois de ter visitado o Deutsche Museum em Munique, o Museu da Ciência e Indústria em Chicago e o Museu da Ciência em Londres. Trata-se de um museu de tecnologia, ciência e engenharia. A antiga Jugoslávia era um país industrializado, pelo que a existência de um museu desta natureza é mais que óbvia. A indústria mineira tem forte representação, existindo inclusivamente um modelo de uma mina onde os visitantes podem descer. Motores, turbinas, máquinas ferramentas (tornos e fresas), sistemas automáticos de extinção de incêndios, equipamentos dos bombeiros, transportes, aeronáutica e aeroespacial, etc. Destaca-se uma área dedicada a Nikola Tesla, um cientista, engenheiro mecânico e inventor, que é tido como herói nacional. Sérvio mas nascido na Croácia, desenvolveu inúmeras experiências e inventos que contribuíram para o avanço da ciência e da tecnologia, nomeadamente as telecomunicações.  Ali, numa área destinada às grandes figuras da ciência e tecnologia da Croácia, podem ser vistas várias das suas demonstrações e experiências, coisas que mudaram o mundo.
O malogrado Dražen Petrović foi um dos melhores basquetebolistas de sempre, que partiu prematuramente aos 28 anos, num acidente de automóvel na Alemanha. O seu corpo descansa num mausoléu localizado no Cemitério de Mirogoj, mas desde 2006, exatamente 13 anos após a sua morte, o Museu e Centro Memorial Dražen Petrović pode ser visitado. Localizado junto do pavilhão Košarkaški centar Dražen Petrović também chamado de “Cibona”, onde são levados a cabo partidas de basquetebol desse clube, Cibona. Apesar de não ser apreciador da modalidade, foi homenagenando Dražen Petrović que me despedi de Zagreb. O museu possui diversos objetos relacionados com a sua vida, camisolas dos clubes que representou, nomeadamente o Šibenka (da sua terra natal), do Cibona (Zagreb), do Real Madrid e da NBA, Portland Trail Blazers e New Jersey Nets, assim como da Seleção Nacional Jugoslava, que esteve presente nos Jogos Olímpicos de 1992, tendo sido “trucidada” na final pelos EUA, onde figuravam nomes como Magic Johnson, Michael Jordan, Scottie Pippen ou Karl Malone.

Uma pessoa culta certamente citará no imediato os nomes de Nikola Šubić Zrinski, Nikola Tesla, Ban Jelačić, Franjo Tudjman como algumas figuras de topo da História Croata. Uma pessoa bem informada citará os nomes de Kolinda Grabar-Kitarović, a antiga presidente, Luka Modrić ou Dražen Petrović como figuras marcantes dos últimos anos. Quem visitar a Croácia jamais se esquecerá desses nomes!

 

Zagreb, Museu Nikola Tesla

 

Zagreb, Museu Nikola Tesla

 

Zagreb, Museu Nikola Tesla

 

Zagreb, Museu Nikola Tesla

 

Zagreb, Museu Nikola Tesla

 

Zagreb, Museu Nikola Tesla

 

Zagreb, Museu Nikola Tesla, busto de Nikola Tesla

 

Zagreb, Museu Nikola Tesla

 

De Zagreb parti com vontade de voltar, seguiu para  o interior do país para visitar os Parque Nacionais mais importantes. Para Korenica e Skradin que ficam respetivamente nas suas proximidades. De Skradin rumei à Costa Adriática, a Split.

Split, Colina Marjana, vista para as ilhas no mar Adriático

 

Split, estátuia do pooeta Marko Marulić, considerado como o pai da Literatura croata

 

Split, Praça da República

 

Split, Praia Kasjuni

 

Split, Praia Lubinski Porat, com vista para a cidade de Kaštel Lukšić

 

SPLIT – 2 noites

 

Como não considero possuir uma cultura geral acima da média, a primeira vez que ouvi falar em Split foi por motivos relacionados com futebol. Nos tempos em que era estudante de engenharia, no ano de 1994, o Benfica, campeão nacional, disputava a Taça dos Clubes Campeões Europeus, competição que deu origem à Liga dos Campeões. Jogada em moldes semelhantes aos atuais, iniciava-se com uma fase de grupos. O HNK Hajduk Split era uma das equipas que saiu em sorte ao Benfica e quis o destino que o primeiro jogo fosse no terreno do adversário em Setembro. O jogo terminou empatado sem golos e três adeptos da claque No Name Boys, que se deslocaram a Split, perderam a vida num acidente de automóvel no regresso a casa: Jorge Maurício, o mais carismático, conhecido por “Gullit”, Tino e Rita, os outros dois. Semanas depois, no jogo em que o Benfica recebeu o Hajduk Split, que tive oportunidade de assistir ao vivo, a claque do clube Croata, fez questão de se deslocar ao topo Sul, e entregar aos No Name Boys uma coroa de flores. Os No Name Boys posteriormente exibiram uma tarja que tinha escrito “Freedom for Croatia”, pois na Croácia viviam-se conflitos separatistas. Apesar dos adeptos desses clubes saltarem para a ribalta muitas vezes pelos piores motivos, o Desporto pode ser uma coisa linda e os valores que transmite aos povos são sempre de enaltecer. As duas claques “No Name Boys” e “Torcida Split” têm desde aí laços de amizade bastante consolidados. Ainda recentemente um jogo de uma eliminatória da Liga Conferência, o Vitória de Guimarães defrontou o Hajduk Split sendo o jogo da Cidade Berço marcado por desacatos e confrontos entre adeptos vindos da Croácia com membros de outras claques de clubes do Norte de Portugal que “descarregam” no Benfica as suas frustrações bairristas e regionais, sem motivos válidos para que elas existam. Inclusivamente viaturas com matrícula croata, estacionadas na Trofa, a mais de 30 Km de Guimarães, foram vandalizadas.
A minha visita a Split iniciou-se no Estádio Poljud e serviu também para homenagear Rita, Tino e “Gullit”, pelo que fiz questão de colocar o meu cachecol do Benfica durante a mesma. Este estádio que alberga cerca de 35 mil espetadores, é o que oferece melhores condições de modernidade e conforto, sendo por isso utilizado regularmente nos jogos da Seleção Nacional da Croácia. Foi inaugurado por Josip Tito em 1979, para ali se realizarem os Jogos Mediterrâneos. Reconhecido como património Cultural desde 2015, a sua imagem de marca é sua forma arquitetónica, inspirada numa concha, sendo as florestas e a costa do Mar Adriático que circundam a cidade de Split, visíveis do seu interior, como podemos comprovar nas transmissões televisivas.

 

Split, bilhete para o tour pelo Estádio Poljud e Museu do Hajduk Split

 

Split, Estádio Poljud

 

Split, Estádio Poljud

 

Split, Estádio Poljud

 

Split, Estádio Poljud, entrada

 

Split, Estádio Poljud, exterior

 

Split, Estádio Poljud, Museu do Hajduk Split

 

Split, Estádio Poljud, Museu do Hajduk Split

 

Split, Estádio Poljud, Museu do Hajduk Split, camisola da equipa de 2011 que jogou contra o Barcelona uma partida amigável

 

Split, Estádio Poljud, Museu do Hajduk Split, lembranças dos jogos contra vários adversários, veja-se o Vitória de Guimarães

 

Split, Estádio Poljud, Museu do Hajduk Split

 

Split, Estádio Poljud, sala de conferências

 

Split, Estádio Poljud

A visita ao estádio engloba também a visita ao museu onde se expõem diversos troféus, objetos e fotografias, relacionados com a história do clube. Fundado em 1911, o seu nome homenageia os Hajduk, um povo que era um conjunto de gangues, salteadores, nómadas e assaltantes de beira de estrada na região dos Balcãs, desde a Idade Média até o fim da Idade Moderna, período correspondente ao domínio Otomano na região. Eles atacavam principalmente os nobres e lutavam contra os Turcos, daí a sua popularidade. Eram uns bandidos, mas no bom sentido! Um Hajduk significa um lutador, um fora da lei! Uma palavra forte que trás à tona os valores do Nacionalismo, tão intrínsecos e conotados com partidos extremistas, existentes em muitos grupos organizados de adeptos de futebol. A equipa do Hajduk Split da época 1994/95, ao contrário da do Benfica, que nessa altura iniciou os seus anos de jejum e crise profunda, foi uma das melhores de sempre, tendo caído nessa competição Europeia aos pés do poderosíssimo Ajax, onde jogavam, por exemplo, Seedorf, Davids, Kluivert, Litmanen, Edwin van der Sar, Overmars, os irmãos De Boer e que viria a sagrar-se campeão Europeu. O Hajduk Split tinha o plantel com nomes sonantes, que não ficaram por lá muito mais tempo, como Aljoša Asanović, Ivica Mornar ou Stjepan Andrijašević, chegando mesmo nesse ano a posar com o Papa João Paulo II. O museu referencia os nomes de Luka Kaliterna, Ante Mladinić e Tomislav Ivić, este último bem conhecido dos Portugueses, como as maiores figuras do clube. Três enormes jogadores, treinadores, naturais de Split e que muito contribuíram para a grandeza do clube e do futebol Croata.

Hoje, anos mais tarde, na minha vida profissional, como engenheiro ao serviço da Câmara Municipal de Lisboa, o nome split, desta vez escrito com letra minúscula, passa-me por diversas vezes pela secretária e em serviço externo! Exercendo a minha atividade profissional em projetos, obras e na gestão de manutenção dos edifícios municipais, os splits, aparelhos de ar condicionado de expansão direta, compostos por duas unidades, uma exterior e outro interior, estão sempre presentes, apesar de já existirem soluções técnicas mais sofisticadas e eficientes para climatizar, no entanto estas requerem estudos e projetos mais complexos, pelo que “splitar” vai sendo habitual…

Mas o nome de Split é muito mais do que futebol e ar condicionado! A cidade deve ter o tamanho de Setúbal, é lindíssima, e possui uma História bem rica da qual só muito recentemente tomei conhecimento! A minha ignorância pode ser desculpada porque esses países ainda hoje são tidos como “do leste”, e há mais de 30 anos eram fechados ao Ocidente por via dos regimes que os dominavam, e poucos de nós sabíamos ou estaríamos interessados em saber o que lá haveria para ver, e só os localizávamos no mapa porque eram países grandes. Por esse motivo, considero como pessoas bem informadas e com cultura geral muito acima da média quem nesses tempos ousou fazer turismo além da “Cortina de Ferro”. Por exemplo, a minha mãe, professora aposentada, nunca tinha ouvido falar em Split a não ser por causa dos “futebois”…

 

Split, caminho desde a Praia Kupalište Bene e a Praia Kasjuni

 

Split, Colina Marijan

 

Split, zona marginal

 

Split, chamada pelos Romanos de “Spalatum”, é a maior e mais importante cidade da região da Dalmácia. Esta região abrange territórios da Croácia, Bósnia e Herzegovina e Montenegro sendo banhada pelo Mar Adriático. Apesar de em tempos por aquelas bandas existir uma colónia Grega, julga-se que a cidade nasceu à conta do Palácio de Diocleciano, que hoje se encontra em ruínas. Este palácio foi mandado construir por Diocleciano, antigo Imperador Romano, que escolheu aquele local para gozar a sua “reforma dourada” no ano 305, quando abdicou voluntariamente do trono tendo ali vivido os últimos anos de vida. Quando faleceu, o seu corpo foi colocado num sarcófago dentro de um mausoléu que ali tinha mandado construir. Após a morte de Diocleciano, o palácio continuou a servir, até ao século VI, de residência oficial para a administração provincial e para as grandes personalidades em exílio, tendo abrigado uma manufactura têxtil. Após as Invasões Eslavas, nasceu uma pequena cidade dentro das suas muralhas como sede episcopal e administrativa das autoridades Bizantinas, a qual sucedeu a Solin, terra natal de Diocleciano, que se situa a cerca de 6Km de Split. Após a integração da cidade na República de Veneza, que durou até 1797, o palácio permaneceu como uma praça forte. O palácio foi perdendo importância após a morte de Diocleciano, ao longo dos anos foi deixado ao abandono e em contínua degradação, sendo por isso ocupado pelo povo para no interior das suas muralhas constituírem residência. Apesar de tudo, os vestígios do palácio ao longo dos anos, atraíram a atenção de arquitectos e eruditos europeus, tendo o seu modelo contribuído para a evolução do Neoclassicismo, um movimento cultural que inspirou várias artes, entre as quais a arquitetura.

 

Split, Palácio de Diocleciano, Catedral de São Dómnio, torre do sino

 

Split, Palácio de Diocleciano, caves, busto do imperador

 

Split, Palácio de Diocleciano, caves, local de filmagens da série Game of Thrones

 

Split, Palácio de Diocleciano, caves

 

Split, Palácio de Diocleciano, entrada

 

Split, Palácio de Diocleciano, entrada

 

Split, Palácio de Diocleciano, peristilo

 

Split, Palácio de Diocleciano, ruas

 

Split, Palácio de Diocleciano, ruas

 

Split, Palácio de Diocleciano, torre do sino da Catedral de São Dómnio

 

Split, Palácio de Diocleciano

 

Split, Palácio de DioclecianoSplit, Palácio de Diocleciano, peristilo

 

Split, zona central junto do Palácio de Diocleciano

 

Split, zona central junto do Palácio de Diocleciano, Teatro Nacional

 

Split, zona central junto do Palácio de Diocleciano

 

Split,. Palácio de Diocleciano, ruas

 

Hoje, a parte mais importante do centro histórico da cidade, melhor dizendo, a parte mais importante de Split, situa-se dentro das muralhas do Palácio de Diocleciano, sendo habitada, possuindo lojas, mercados, praças e a Catedral de São Dómnio, construída reaproveitando a estrutura do antigo Mausoléu de Diocleciano. Passear por essas ruas, ou seja por esses corredores, pisos e muros do antigo palácio, transporta-nos para um cenário mágico. Subindo à torre do sino da Catedral de São Dómnio, podemos observar todas essas ruas, assim como para a zona portuária da cidade e ao longe a Colina Marijan. Ao lado da Catedral de São Dómnio, o peristilo é outro dos locais de passagem obrigatório, local tradicional de um templo Romano, junto ao qual existiam as divisões mais importantes. Visitando as suas caves encontramos alguns cenários da série “Game of thrones”, passeando pelas ruas e ruelas cá em cima, sentimos-nos fazendo parte da ação, mesmo que nunca tivéssemos visto a série!  Pelas restantes ruas e praças do centro da cidade, nas imediações das entradas para o Palácio de Diocleciano, encontramos a estátua do poeta Marko Marulić. Um cidadão natural de Split, considerado como o pai da literatura croata.

Saindo da zona central para o passeio marítimo, a zona marginal, podemos nos dirigir para a Colina Marijan, local que necessita de algumas horas para ser explorado, pois é considerado um parque florestal e o pulmão de Split. Proporciona belíssimas vistas sobre a cidade, sobre a montanha e sobre o mar Adriático com as suas ilhas nas proximidades. O Miradouro Belvedere fica relativamente próximo da zona marginal, pelo que recomendo uma ida ao mesmo quer de dia quer de noite. Já para alcançar o ponto mais alto da colina Marijan, teremos de subir até ao Miradouro “Vrh Marjana” sendo necessário caminhar mais uns 3 Km até aos seus 178 m de altitude, mas a vista compensa largamente o esforço. Em seguida percorrendo trilhos e voltando a descer pelo lado contrário da colina Marijan, encontramos diversas praias, não sendo de areia, proporcionam belíssimos banhos no Mar Adriático, como por exemplo a Praia Lubinski Porat, um género de piscina natrualnuma baía, onde podemos nadar desfrutando de vistas sobre a zona da cidade, onde se encontra o Estádio Poljud,e para a cidade de Kaštel Lukšić. Caminhando depois de regresso ao centro da cidade, pela estrada, encontramos a Praia Kupalište Bene, outra praia semelhante, no caminho da Praia Kasjuni, esta já de areia grossa. O meu dia acabou mais à frente, em Sustipan, uma península que possui este nome em homenagem a um mosteiro. Na Idade Média em Sustipan, os reis croatas eram sepultados, naquele que era tido como um dos mais bonitos cemitérios do país, tornando-se no início do século XIX o primeiro cemitério de Split, acabando por ser desmantelado pelo regime de Tito. Atualmente é um parque, que proporciona belíssimas vistas sobre o Mar Adriático e o local predileto para apreciar o pôr do sol.

O dia seguinte começaria bem cedo com a viagem para Dubrovnik, Mar Adriático adentro…

 

Split, vista desde o Vrh Marjana

 

Split, zona marginal vista do Miradouro Belvedere

 

Split, zona marginal, vista para o porto

 

COMER E BEBER

 

Em relação à gastronomia, na Croácia, peka é o prato nacional. Trata-se de um assado, de carne (borrego ou vitela), peixe ou polvo, misturado com legumes e azeite, tradicionalmente feito em brasas sob uma cúpula em forma de sino. Este método de cozimento antigo resulta em comida leve, tenra e deliciosa. Leva cerca de 4 horas para ficar pronto, pelo que os restaurantes apenas fazem por encomenda e no mínimo para 4 pessoas. Infelizmente não pude provar…

A carne de porco é consumida em grande escala, mas sobretudo em zonas costeiras, pratos de peixe, nas cartas dos restaurantes facilmente encontramos marisco, calamares, e até mesmo sardinha, por lá chamadas de srdela.

Zagreb é um local que se come muito bem e relativamente barato comparativamente a outros destinos turísticos, na zona costeira e nas cidades próximas do Parques Nacionais! Recomendo uma ida à “Pivnica Medvedgrad Ilica”, em plena Ilica, uma cervejaria tradicional onde podemos apreciar várias especialidades. Experimentem “marinirana svinjska rebra na žaru“, um prato de entrecosto preparado à maneira Americana e “kuhani buncek“, é por lá chamado ao pernil de porco, muito semelhante ao comido em outras paragens na Europa central, assim como os acompanhamentos, que eles acrescentam feijão guisado.

Čevapčiči é um nome a fixar para quem vier para estes lados. Na Bósnia e Herzegovina é o prato nacional, mas é consumido em larga escala pelos Balcãs.  Nos locais turísticos deve ser dos pratos mais pedidos, sendo também dos mais baratos das cartas dos restaurantes! Trata-se de rolinhos de carne moída, moldada em pequenas salsichas com cerca de 2,5 cm de diâmetro e 5 cm de comprimento, tradicionalmente de carne de vaca e borrego, misturada com cebola e alho salteados, clara de ovos, sal e paprika. Depois de moldados e deixados por várias horas no frigorífico, são colocados em espetos, os “kabobs” de forma transversal e podem ser cozinhados grelhados no carvão, num grelhador elétrico, no forno, ou ainda fritos num tabuleiro com gordura, até ficarem escuros. Em Split, na zona central, encontrarão o “Bosso steak & burger house” onde poderão pedir.

Em diversas padarias, o burek é vendido em larga escala. Originário da Turquia, mas é pelos Balcãs que reina. Trata-se de um folhado tradicional de massa enrolada, fina, recheado com carne, legumes ou queijo. É tradicional ser consumido ao pequeno almoço tal como ovos e omeletes.

Dada a influência Italiana, pizzas e gelados são consumidos em larga escala, e diga-se de passagem, ambos são divinais!

Vinhos e cervejas pelos Balcãs, existem diversas marcas, e provar é obrigatório. Ožujsko é a marca produzida pela maior cervejeira nacional, a Zagrebačka pivovara. A rakija, é semelhante à palinka que se bebe na Hungria, e convém não abusar! Rakija é uma bebida consumida em larga escala por esses países. Além da rakia existem outras bebidas espirituosas de alta graduação alcoólica (40%).

 

Cerveja nacional

 

Čevapčiči

 

Kuhani buncek

 

marinirana svinjska rebra na žaru

 

Pequeno almoço tradicional

 

SOUVENIRS

 

Para perpetuar as nossas viagens nada como trazer uma recordação e guardá-la por muitos anos. Na Croácia, o burro é rei. O burro da Dalmácia, obviamente! Na Dalmácia este animal é muito apreciado sobretudo pela sua capacidade de trabalho, mesmo sob pressão, carregando mercadoria, fazendo-o incansávelmente. Jakša Fiamengo famoso poeta e escritor croata, refere-se ao mesmo nas suas obras.
Nos países da costa do Mar Adriático, que fizeram parte da antiga Jugoslávia, abundam objetos (brincos, colares, etc) feitos com coral vermelho, apanhado ali a poucas milhas das zonas do litoral. Não é barato! Em Portugal, segundo me informei, é proibido vender.

 

Souvenir, Burro da Dalmácia

 

Souvenir, Coral vermelho

 

VIAJAR NA CROÁCIA

 

Para viajar desde Portugal para a Croácia não existem voos diretos de companhias aéreas low cost. É possível viajar diretamente de Lisboa para Itália, por exemplo para Bolonha, na Ryanair (minha opção) ou na Easyjet para Veneza (rota mais recente) e daqui seguir de autocarro para Liubliana (Eslovénia) e daí para Zagreb.

Através das plataformas Flixbus ou Get by bus é possível marcar viagens de autocarro nacionais e internacionais, e em quaisquer situações, comigo funcionou perfeitamente. A plataforma Get by bus é muito usada em viagens de autocarro nos países dos Balcãs.

É também possível viajar de comboio na Croácia, a companhia nacional é a HŽ Putnički prijevoz, no entanto essa opção não se adaptaria bem ao meu itinerário.

Viajar de barco entre cidades da costa da Croácia também é possível. Uma das companhias de navegação, a Krilo permite comprar bilhetes online. Foi a forma que escolhi para viajar de Split para Dubrovnik.

Existem também ligações marítimas à Costa Adriática Italiana, nomeadamente a Ancona e Bari.

 

Split,Praia Kupalište Bene

 

Split

 

Transporte marítimo de Split para Dubrovnik, companhia Krilo

 

ALOJAMENTO ECONÓMICO

 

Em Zagreb recomendo o Hostel “Swanky Mint Hostel”. A localização é central, em plena Ilica, staff jovem e simpático, onde se encontram muitos viajantes. Possui um bar no interior onde vos será oferecida uma rakija, como bebida de boas vindas, à chegada. Bom pequeno-almoço em sistema de “buffet” é de destacar.

Em Split, recomendo o “Diocletian Apartments & Rooms “, um alojamento local, com gestão familiar, localização central com fácil acesso, a pé, aos terminais marítimo, rodoviário e ferroviário. Staff muito simpático e atencioso.

 

Split, vista desde o Vrh Marjana

 

Split, vista desde o Vrh Marjana

 

Split, zona marginal

 

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

BookAway- Reserva de bilhetes Bus, Ferry, Comboio

 

REYKJAVIK, PORTA DE ENTRADA DA MAGNÍFICA ISLÂNDIA

 

Reykjavik, porta de entrada da magnifica Islândia

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

A capital da Islândia é a porta de entrada da terra do fogo e do gelo, sendo por aqui que praticamente todos chegam, penso aliás que apenas alguns cruzeiros no norte da Europa podem passar aqui, fora disso teremos mesmo de ir de avião; o aeroporto internacional da Islândia (keflavik – KEF), fica a cerca de 50 km de Reykjavik.

Embora não sendo uma cidade muito grande, esta capital que alberga mais de dois terços da população Islandesa é sem dúvida uma cidade a visitar, além de ser muito acolhedora e pitoresca é bem tranquila e agradável de visitar, um bom punhado de atrações e claro inserida neste país fantástico do qual já falei anteriormente, a Islândia.

 

Câmara Municipal de Reykjavik

 

Começando naquele que será provavelmente o cartão postal da cidade, que é a igreja Hallgrímskirkja, é uma igreja de betão com um formato arrojado, com uma altura de 74.5 metros, esta igreja evangélica – luterana foi projetada pelo arquiteto Guojón Samúelsson, a sua construção iniciou em 1945, tendo sido inaugurada posteriormente em 1986. A entrada na igreja em si é gratuita (e, é bastante bonita), sendo pago a subida ao topo da torre, esta custa 1200 ISK – praticamente 8€; confiram o horário antes de ir, pois no período de inverno o horário é mais reduzido.

Do cimo da torre, a vista sobre a cidade é fantástica, podendo admirar as ruas e as casas típicas e bastante pitorescas, com o mar como pano de fundo; creio que o valor compensa bem pela vista soberba.

Em frente à igreja fica a estátua de Leifur Eiríksson, que é um herói islandês, acredita-se que tenha sido ele, ainda na era viking, o primeiro Europeu a chegar à América. Descendo pela rua em frente, na Frakkstigur, vamos descer ligeiramente até junto do mar, ao fundo da rua, no limite da cidade com uma avenida junto da costa fica outro monumento em destaque que é o Sun Voyager, é uma estátua em aço (inox), com um formato de um barco, é um local icónico na cidade (certamente aqui fica uma foto muito boa), esta obra foi criada pelo escultor Jón Gunnar Árnason, sendo sem dúvida uma obra muito bonita.

Não muito longe do Sun Voyager, junto do mar, fica a sala de concertos da cidade, o Harpa (concert hall) é um edifico todo em vidro com um design bonito, que ganha uma beleza superior à noite com a iluminação em várias cores. Continuando mais um pouco, nota ainda para o Museu Falológico Islandês (bilhetes 2200 Isk- 15€); o Museu da Fotografia e o Museu de Arte Hafnarhús, os bilhetes custam 2050 ISK – 14€, aberta das 10:00 – 17:00 (quintas até às 20:00); nota ainda para um museu que achei peculiar ( a cerca de 500 metros do Harpa), o Punk Museum Iceland. este museu fica praticamente ao lado de um jardim onde por sua vez fica a casa / escritório do primeiro ministro Islandês (Stjórnarráð); aqui perto, fica ainda a Casa da Cultura e a praça Laekjartorg.

 

igreja Hallgrimskirkja, Reyjkavik

 

café em Reykjavik

 

interior da Igreja Hallgrímskirkja, Reykjavik

 

Punk museu, Reykjavik

 

Caminhando agora mais um pouco para o coração da cidade destaco um dos locais que mais gostei, o lago Tjörnin, junto deste lago lindíssimo onde além de cisnes e patos que por aqui passeiam e alegram todo o cenário; ficam ainda junto deste lago, a estátua “monument to the unknowon Bureaucrat”  e a Câmara Municipal da cidade, o edifício da câmara conta ainda com um ponto de informações turísticas e um mapa 3D da Islândia, e foi inaugurado em 1992; nota ainda para que próximo daqui ficam também o Parlamento da Islândia e a Catedral de Reykjavik (Dómkirkjan), uma igreja bastante bonita, de estilo neoclássico e com o telhado esverdeado, foi construída entre 1787 e 1796.

 

Catedral de Reykjavik (Dómkirkjan)

 

Catedral de Reykjavik (Dómkirkjan)

 

Deste lado do  lago Tjörnin, olhando para a outra margem, fica uma bonita igreja de telhado também esverdeado ( num estilo revivalista gótico), a Igreja Frikirkjan uma foto da igreja com o lago como complemento é delicioso (também muito usado como cartão postal da cidade); junto da igreja fica ainda a Galeria Nacional os bilhetes custam 2000 Isk , menos de 14€.

Não muito longe da Câmara Municipal, fica ainda a Basílica do Cristo Rei (Landakot) uma basílica católica (creio que é a única católica na cidade), num estilo neo gótico, chegou a ser a maior igreja do país, podemos visitar esta basílica gratuitamente.

Podemos ainda (e devemos) vaguear pelas ruas de Reykjavik, desbravar todas as ruas com estas pequenas casas (algumas em madeira) coloridas, bem pitorescas e com ar acolhedor, pequenos cafés, restaurantes, galerias de arte etc; um destaque vai para a rua Laugavegur, umas das mais famosas da cidade, contudo e como gosto de dizer, perdermo-nos pelas ruas e ruelas de uma cidade tem uma magia especial, além de pequenos recantos e locais que podemos descobrir, faz-nos sentir locais, deixarmo-nos entranhar na cidade.

Ligeiramente mais afastado do coração da cidade destaco ainda o Museu Marítimo bilhetes custam 2050 ISK – 14€, a sua primeira exposição foi em 2005, sendo ainda que em fevereiro de 2008 conta com um antigo navio da Guarda Costeira; este museu fica próximo do antigo porto, nesta zona do antigo porto, ficam lojas, vários restaurantes e cafés, é uma zona pitoresca e bem agradável.

Próximo ainda do museu marítimo, fica o Aurora Reykjavik um museu onde de forma digital (creio que em 3D), podemos ver as luzes do norte (aurora boreal), de uma forma mais interativa e claro com a certeza que a vamos ver, pois nos tours nem sempre é possível, os bilhetes custam 2500 ISK – 17€; e o Saga Museum, um museu que recria os momentos mais importantes na história da Islândia ,os bilhetes custam 3000, cerca de 20€.

Ainda junto do lago Tjörnin, temos o parque Hljómskála, um local agradável para passear; caminhando um pouco daqui (para fora do centro da cidade), temos o Museu Nacional da Islândia, o museu conta com três pisos contando com mais de 2000 obras de arte e peça, é uma principais locais para ver a história e arte do país, os bilhetes custam 2500 ISK – 17€, junto deste museu nota para a Universidade da Islândia.

Não muito longe daqui nota para a reserva natural Vatnsmýrin (daqui segue a água para o lago Tjörnin; passei aqui de trotinete, achei bem interessante, sobretudo para amantes da natureza, ou os ue queiram simplesmente relaxar por aqui) e junto desta reserva a Nordic House.

 

Casa do primeiro ministro Islandês (Stjórnarráð), Reykjavik

 

farol (amarelo) Höfoi, Reykjavik

 

rua em Reykjavik

 

Basílica do Cristo Rei, Reykjavik

 

antigo porto de Reykavik

 

Antigo porto Reykavik

 

Junto do Terminal de Reykjavik, onde param vários bus (um deles Airport Direct, que vem do aeroporto) e onde opera o operador de tours Reykjavik Sightseeting bem como onde fica o Hostel onde fiquei e que recomendo, o Bus Hostel; fica uma das atrações mais visitadas e mais impactantes da cidade, o planetário/ museu Perlan, é dos locais mais visitados na cidade, além de museu que mostra as maravilhas da Islândia num cenário interativo e um museu muito completo sobre várias riquezas naturais do país; além do museu tem exibições permanentes sobre os vulcões e as auroras boreais (esta é numa espécie de planetário) e aquela que para mim é sem dúvida a melhor, que é a caverna de gelo, tem cerca de 100 metros de comprimento e mostra como é o interior de um glaciar, é uma visita fantástica, as paredes e teto são todas em gelo (apenas uma parte de grelha metálica no pavimento para poder caminhar); no topo, já no exterior temos um deque de observação, pois o Perlan situa-se no topo de uma colina tenso por isso uma vista privilegiada sobre toda a cidade. Os bilhetes gerais custam 4690 ISK, que corresponde a cerca de 32 €.

 

Perlan, Reykavik

 

caverna de gelo no Perlan, Reykjavik – Islândia

 

caverna de gelo, Perlan – Reykjavik

 

interior Perlan – Reykjavik

 

Perlan (exposição vulcões), Reykjavik

 

Algumas notas ainda para outros locais como o farol (amarelo) Höfoi; a igreja Háteigskirkja, que fica próxima do parque Klambratún, neste parque fica ainda o Museu de Arte Kjarvalsstaoir; outros locais podem ainda ser adicionados numa visita a esta simpática cidade, mas creio que num dia completo podemos ter uma boa visita a Reykjavik, dando mais tempos posteriormente para explorar toda esta ilha da terra do fogo e do gelo, que é a Islândia

 

arte urbana em Reykjavik

 

Museu de Arte Hafnarhús, Reykjavik

 

Basílica do Cristo Rei, Reykjavik

 

A gastronomia Islandesa, está fortemente ligada à sua geografia, sendo a pesca (peixe) o seu forte, embora conte com alguns pratos de carne, pois a pecuária é também uma atividade no País.

O bacalhau é uma das estrelas, embora a forma de o cozinhar e conservar seja muito diferente de nós em Portugal, pelo que vi o mais tradicional é frito (até gostei, mas creio que temos receitas melhores para comer este peixe), sopas de peixe e sopa de lagosta, também são populares; um prato famoso por aqui, mas pelo que parece não tem a reputação de ser saboroso, é o Hákarl (carne de tubarão “apodrecida”);   Harofiskur, uma espécie de snack de peixe seco (muito rico em proteína e também bastante bom); Kjötsúpa, uma sopa de legumes e carne; Plokkfisku, um guisado de peixe e legumes sobretudo batatas e cebolas; os iogurtes Skyr, que também já chegaram a Portugal, comi alguns por aqui, e eram muito bons, estes são alguns dos exemplos do que podemos comer na Islândia.

 

Snack de peixe seco

 

Bacalhau frio ( fish and chips)

 

Sopa de peixe

 

Aqui a comida é muito cara; eu (no porto antigo) por uma sopa de peixe com pão e bebida, paguei quase de 3100 ISK, cerca de 21€, o bacalhau frito (fish and Ships) no aeroporto, creio que 2100 ISK, pouco mais de 15€ (sem bebida); vi algumas placas na cidade em restaurantes com pratos tradicionais a 2500 ISK ( cerca de 17€), ao qual acresce as bebidas, por isso dificilmente vamos fazer uma refeição por menos de 20€;

Nos supermercados, podemos encontrar algumas refeições prontas a um preço mais simpático, algumas delas tradicionais e com boa qualidade.

 

Viagens Felizes

 

Reykjavik

 

Igreja Frikirkjan, Reykjavik

 

Dicas e Notas:

Caso queiram visitar várias atrações e museus, uma boa opção é comprar o Cartão Reykjavik, que além de transportes grátis dentro da cidade (não inclui a linha 55 que vai para o aeroporto e todas as que vão para fora da cidade) oferece entrada grátis em alguns locais e descontos em muitos outros,

tem de 24h, 48h e 72h, o preço por adulto para 24h (que penso ser o suficiente), custa 4400 ISK, cerca de 30€; informações e compra aqui, fica em conta sobretudo para quem quer fazer uma visita mais completa, e para visitar vários museus e tendo ainda a vantagem de bus gratuito.

 

A cidade é super segura e tranquila; aqui a comunicação é fantástica, aliás acho que não deve haver ninguém que não fale inglês ( e com um nível excecional); o transporte é feito apenas por bus, a rede pelo que vi é bastante completa, a companhia Straeto, é a companhia de bus público que assegura o transporte na capital e entre esta e o resto da ilha. Creio que praticamente se pode visitar o essencial de Reykjavik a pé, caminhando um pouco, no entanto acho que uma boa alternativa a caminhar ou a andar de bus, (sendo até mais prático para alguns pontos mais distantes), é usar uma trotinete, pelo que vi temos duas opções a Zolo ou a Hopp, eu pessoalmente usei a Zolo, não achei a aplicação muito funcional comparando com a Bolt que uso mais vezes; a Hopp pelo que vi tem mais unidades espalhadas pela cidade.

 

Embora tenhamos voos diretos do Porto e de Lisboa pela recente companhia aérea low-cost Play, num voo que demora cerca de 4h, custando uma média de 100€ por trajeto (em algumas pesquisas que fiz, a viagem de ida e volta ronda os 230€); a opção mais económica, que não sendo tão prática pode compensar mesmo tenhamos de pernoitar noutro local é de fazer dois voos separados para cada trajeto, Milão ou Londres são ótimas opções, pois quer de Portugal ou Islândia o trajeto fica barato, eu no total dos 4 voos, em que fui do Porto – Londres – Reykjavik e regresso, paguei menos de 80€ no total, mesmo que tenha de dormir num dos destinos pode sair em conta, as companhias Wizz Air e Easyjet oferecem boas rotas para Reykjavik.

 

museu marítimo de Reykjavik

 

Igreja Frikirkjan, Reykjavik

 

Galeria Nacional da islândia, Reykjavik

 

Do aeroporto internacional para o centro da cidade podem ir de bus, pelas companhias (shuttle) Flybus ou na Airport Transfer, o tempo de viagem é cerca de 45 minutos, sendo que a flybus opera mediante os voos e vai para a paragem principal de bus – Reykjavik BSI; a Airport Transfer parte a cada hora e vai para o terminal Reykjavik (ambas as paragens na cidade distam cerca de 1 km) os bilhetes em ambas as companhias custam cerca de 3390 ISK, perto de 23€. A companhia de bus público Straeto (linha 55) também vai até ao centro da cidade (podem planear a rota no site, ou baixar a aplicação, podendo depois usar a mesma), os horários são menos e leva mais tempo embora seja mais barato, custando cerca de 1960 ISK, em torno de 13€.

 

Tal como recomendo sempre, aconselho usar um cartão semelhante ao Revolut, para evitar taxas; contudo (e até porque em algumas ATM me pediam comissão) na minha experiência, não vão necessitar de numerário, pois os pagamentos facilmente podem ser feitos com o “contactless” do cartão, e as entradas em locais, tours, etc podem ser reservados online.

Na Islândia o fuso horário é de menos 1h que em Portugal, a moeda é a coroa Islandesa (ISK), 1€ – 145.5 ISK (Kr); o indicativo é+354 e o domínio de internet é .is

 

monument to the unknowon Bureaucrat, Reykjavik

 

Operadores turísticos de tours (os que eu fiz):

Bustravel : Aqui

Reykjavik excursions : Aqui

Reykjavik sightseeing : Aqui

Holiday tours : Aqui

Artic adventures  : Aqui , embora a reserva tenha sido nesta companhia quem operou foi a Your day tours : Aqui

websites:

Visit Iceland (Reykjavik) : Aqui

Visit Reykjavik : Aqui

Iceland Magazine : Aqui

 

Parlamento da Islândia, Reykjavik

 

Reservas (click):

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Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

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PONTE 25 DE ABRIL – EXPERIÊNCIA PILAR 7

 

Ponte 25 de Abril – Experiência Pilar 7

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Possuir Lisboa como património, uma das mais belas cidades do Mundo, imortalizada nos fados de Amália Rodrigues ou Carlos do Carmo, nos filmes com Vasco Santana ou Mirita Casimiro e, nos poemas de  Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade ou Fernando Pessoa, é um motivo de orgulho nacional.

As belíssimas vistas sobre a Cidade das 7 colinas, banhada pelo Rio Tejo, num largo estuário, que a poucos quilómetros desagua no Oceano Atlântico deixam qualquer visitante rendido. Aos diversos tradicionais miradouros, existentes na cidade, localizados nas 7 colinas, e outros em edifícios e monumentos que ao longo dos anos foram construídos, em 2017 juntou-se mais um: na Ponte 25 de Abril, chamado de “Experiência Pilar 7”. Subindo no elevador ao recente edifício e do alto dos seus 72 metros, junto ao tabuleiro da ponte, a vista sobre o rio e zona ribeirinha que se estende ao longe a perder de vista e sobre o bairro de Alcântara ao perto, é fascinante. Dali podemos fazer belas fotos, em poses radicais, pois lá existe uma varanda de vidro!

 

Torre do miradouro vista da Avenida da Índia

 

Ponte 25 de Abril vista da Avenida da Índia

 

Bilheteira e loja de souvenirs junto dos maciços. Observe-se a ancoragem

 

Braçadeira, sistema de amarração de cabos

 

Sentido da visita, chapa com informações técnicas

 

Sentido da visita, chapa com informações técnicas

 

Sentido da visita, chapa com informações técnicas

 

Sentido da visita, chapa com informações técnicas

 

Ponte 25 de Abril, troço sob Alcântara

 

Maquete da Ponte 25 de Abril vista do lado sul

 

Maquete da Ponte 25 de Abril vista do lado norte

 

Vista de fora, a Ponte 25 de Abril é um símbolo da nossa cidade. Quando entramos em Lisboa através dela, somos confrontados com uma das vistas mais belas da nossa capital. Sou um privilegiado, pois regularmente faço esse percurso de carro, autocarro ou de comboio, a caminho ou no regresso das praias da Costa da Caparica, ou do Algarve.

 

Bairro de Alcântara visto desde o miradouro

 

A “Experiência Pilar 7” é sobretudo uma experiência interpretativa da Ponte 25 de Abril, com vertentes lúdica, técnica e histórica. Além da subida ao miradouro, pelo caminho podemos observar diversos objetos e documentos expostos e adquirir algum conhecimento dos seus detalhes construtivos e da sua cronologia, infelizmente sem quaisquer referências ao ano de 1994, quando revoltas populares pelo facto das portagens aumentarem brutalmente, causaram tumultos, sendo conotados com contestação política. Portugal havia vivido em ditadura, há cerca de duas décadas antes…

O seu historial não deixa de ser impressionante, com a sua construção levada a cabo no ano de 1962, terminando em 1966. Já no século XIX a ideia de ligar as margens do Rio Tejo desde Lisboa foi desenvolvida e desde aí vários estudos foram feitos e até um túnel foi equacionado. A ponte suspensa foi a escolha, soluções foram desenvolvidas por engenheiros franceses e americanos, propostas foram recusadas e algumas não cumpriram o caderno de encargos e por isso foram excluídas, e a vencedora foi da empresa americana United States Steel, talvez por isso a nossa Ponte 25 de Abril nos faça lembrar a Ponte Golden Gate de São Francisco e mais nenhuma outra ponte suspensa das muitas espalhadas pelo mundo! Chegou a ter como nome oficial, Ponte Salazar, e com a “Revolução dos Cravos” adotou o seu nome atual. Mas a História jamais se apagará…
Se o historial nos impressiona, o que dizer dos seus dados técnicos? 1.012,80m  de comprimento do vão principal, 2.277,64 m de distância de amarração a amarração, 70m de altura do vão acima do nível da água, 190,47m de altura das torres principais acima do nível da água, 58,6cm de diâmetro de cada cabo principal, contendo 11.248 fios de aço com 4,87mm de diâmetro, o que totaliza 54,196 Km de fio de aço, 79,3m de profundidade, abaixo do nível de água, no pilar principal, 30km de rodovias nos acessos com 32 estruturas de betão armado e pré-esforçado. Ao todo foram aplicados 263 mil metros cúbicos de betão e 72600 toneladas de aço.

 

Exposição cronológica

 

Exposição cronológica

 

Exposição cronológica

 

Exposição cronológica

 

Exposição cronológica

 

Exposição cronológica

 

Exposição cronológica

 

Exposição cronológica

 

Exposição cronológica….pena faltar o ano 1994

 

A visita começa num pátio, como o nome indica, junto ao pilar número 7, portanto na parte norte da ponte, que possui uma quantidade de chapas metálicas com informações técnicas. Ali encontramos dois maciços, o maciço principal e o maciço secundário, duas estruturas de betão armado que suportam o sistema de ancoragem desta parte da ponte, solução técnica diferente utilizada na outra margem, devido a constrangimentos geológicos. Segue-se a entrada para uma exposição sobre a cronologia histórica da Ponte 25 de Abril, desde os tempos em que se faziam estudos, a sua construção e os tempos em que se chamava Ponte Salazar. O aparecimento do comboio bem como a o da 5ªa via também não faltam. Pena o ano de 1994 ter sido apagado!  Seguidamente o acesso a um elevador, precedido de uma revista de segurança, que nos transporta a duas salas onde se encontra explicado o sistema ancoragem, cujos números impressionam, podendo ser observado em funcionamento através de vidros, para mim a parte mais interessante da visita que termina finalmente com a subida ao miradouro, o tal que passamos a escassa distância quando cruzamos a ponte de norte para sul!

 

Sistema de ancoragem

 

Sistema de ancoragem, explicação técnica

 

Sistema de ancoragem, explicação técnica

 

Sistema de ancoragem, explicação técnica

 

Sistema de ancoragem

 

Ponte 25 de Abril vista do miradouro, a varanda de vidro

 

Poses radicais na varanda de vidro do miradouro

 

Poses radicais na varanda de vidro do miradouro

 

Ponte 25 de Abril vista do miradouro

 

Ponte 25 de Abril vista do miradouro

 

Ponte 25 de Abril vista do miradouro

 

A Experiência pilar 7, engrandece o conhecimento de qualquer um, seja Português, “Alfacinha”,”Tripeiro” ou estrangeiro! Lisboa ganhou assim nos últimos anos mais um local emblemático, que nos orgulha a todos e a mim ainda mais, particularmente por ser colega na CML da engenheira, projetista do AVAC, que nos tempos livres é uma grande viajante e seguidora dos amantes de viagens.

 

Por do sol visto desde o miradouro, vista para a foz do Rio Tejo

 

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