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DESCOBRIR A ILHA DE PALMA DE MAIORCA

 

Descobrir a ilha de Palma de Maiorca

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

A ilha de Palma de Maiorca é uma das ilhas baleares Espanholas, este é um destino sobretudo de praia, muito conhecido principalmente pelos locais de maior diversão noturna, onde se concentram muitos turistas jovens, em Magaluf e Arenal.

A ilha contudo tem uma oferta bastante grande desde a sua “capital”, Palma, onde podemos passar um dia com uma forte oferta cultural e apesar de a concentração turística ser principalmente mais ao sul entre Arenal, Magaluf e Santa Ponça, temos ainda a zona mais a norte da ilha que é das mais bonitas, embora pelo que soube no hostel (através do proprietário)  é uma zona um pouco menos aberta ao turismo, mas que tem muito para explorar.

 

Palma de Maiorca

 

Já estive por duas vezes em Palma de Maiorca, a primeira para descobrir um pouco mais da cidade de Palma e praias mais escondidas como ILLETES, e outras junto a Cala Maior; fiquei perto da zona da marina junto ao castelo de Belver  (podemos visitar esta fortaleza com formato arredondado por 4€, tendo um bela vista) e também muito perto de uma discoteca famosa na altura a TITOS uma das mais famosas para os jovens, contando com vários andares; ainda fui até Arenal que para mim tem uma excelente praia e é bastante diferente da de Magaluf onde fui na segunda ida a esta ilha, desta vez fui com mais dois amigos e fomos para uma semana de festa nesta zona de Magaluf.

 

discoteca Titos junto da marina, Palma

 

Tanto Magaluf (maioritariamente com turistas ingleses), ou Arenal (maioritariamente com turistas Alemães), são destinos de festa, com muitos bares, discotecas, jovens em grandes grupos a festejar as suas férias de verão, grandes hotéis, comida de rua, etc, aqui será para quem queira por certo umas férias mais repletas de festa.

Um local que quero destacar pois foi durante toda a semana um local de paragem obrigatória, é um bar com piscina em frente à praia, podíamos simplesmente estar dentro da piscina com água até meio do corpo, havendo inclusivamente um bar dentro da piscina ou ficar numa mesa normal ou no balcão, para quem quiser relaxar num sofá,  estes eram reservados tipo VIP e dava para comprar garrafas de champanhe etc, nós íamos simplesmente beber uma cerveja e desfrutar da animação que aqui temos recomendo vivamente é o Oceans Beach Club.

 

Bar, oceans club, Magaluf

 

piscina no bar Oceans club, Magaluf

 

Para quem vá em família e queira partir à descoberta, tal por exemplo como em Malta podem alugar um carro e descobrir um pouco mais do que esta fantástica ilha tem para oferecer, podendo assim conhecer a vasta oferta que aqui podemos encontrar, é bastante difícil escolher um ou dois locais, ao Norte nas baías de Alcúdia ou Pollença, a mais famosa é Alcúdia, onde além da zona de praias no port d’ Alcúdia, onde além de belas e limpas praias a oferta hoteleira é maior (sobretudo do género de resorts) temos também a cidade em si, a Cidadela de Alcúdia, que é uma bonita cidade em que o centro histórico que fica dentro das muralhas; também em Cap Formentor podemos encontrar excelentes praias, mais para oeste daqui temos por exemplo na zona de Soller ou Calobra, arrisco a dizer que podemos contornar grande parte da ilha e encontrar várias praias e locais para descobrir.

Mais ao sul, na Região de Calviá onde temos então Magaluf, mas temos também aqui perto para um ambiente mais calmo: Santa PonçaTorre NovaPalma Nova entre outros; seguindo aqui pela baía de palma, além da zona da capital desta bela ilha (Palma), vamos seguindo até à zona de Arenal e seguindo temos por exemplo Cap Enderrocat (cala Blava); começando já na zona mais a nordeste temos por exemplo cala Mandragó, cala Moros, mais acima a zona de Porto Cristo e no topo nordeste temos por exemplo Cala Rajada.

 

Palma de Maiorca

 

Palma de Maiorca

 

Nesta ilha podemos visitar várias cavernas, fazendo um tour de barco dentro delas, as mais conhecidas são as Cuevas del Drach (ficam próximo de porto cristo, bilhetes online custam 15€); temos no entanto outras para descobrir, também perto de Porto Cristo temos as Cuevas dels Hams; as Cuevas de Genova (estas ligeiramente mais baratas, a 10€ e ficam mais próximas da cidade de Palma) e as Cuevas Arta – Capdepera (próximo de cala Rajada, os bilhetes custam também 10€),  ainda temos mais mas estas são das mais conhecidas, caso tenham tempo e gostem pode ser uma bom evento para realizar.

 

A cidade de Palma merece um dia completo para conhecer, pois aqui já temos muita oferta cultural; o destaque é sem dúvida para a sua imponente Catedral de Mallorca, esta magnífica obra de estilo gótico (mediterrânico), construída sobre as muralhas da cidade velha, fica em frente ao mar, mais propriamente inserida no Parc de la Mar, que foi construído posteriormente pois até meados de 1960 o mar batia junto das muralhas, tendo posteriormente dado lugar a este bonito parque público, que conta com um lago artificial embelezando esta área junto da catedral. Podemos relaxar neste parque, tendo além de cafés e espaços agradáveis temos ainda um mural doado pelo artista Joan Miró; podemos visitar a catedral numa visita simples por 8€, ou combinando com a subida às torres por 20€, mais informações no site oficial, de salientar os seus nove sinos, um deles com cerca de 2 metros de diâmetro e perto de 4 toneladas e meia.

 

Catedral de Palma

 

Catedral de Palma

 

Percorrer o  centro histórico de Palma é fantástico, recomendo sobretudo vir aqui pois tudo é mais tradicional que nos centros turísticos, podemos além de encontrar restaurantes bem mais tradicionais e com comida mais típica que as ofertas das massas nos amontoados de hotéis nas áreas mais famosas, além de claro de poder ir a uma” Bodega”, beber “una copa de vino” ou “una caña” ou claro saborear os fantásticos presuntos e enchidos espanhóis que para mim têm uma qualidade superior.

No centro desta zona histórica e claro que à semelhança de em muitas cidades em Espanha, temos a Plaza Major, com comércio e cafés, temos ainda por exemplo o mercado Olivar, onde claro podemos ter uma melhor experiência com os produtos locais, fica entre a Plaza Major e uma conhecida avenida, a  Career Sant Miquel. Destaque ainda para locais como o centro cultural e galeria de arte La Llotja; a Basílica de San Miquel de Palma; a Igreja/ Basílica Sant Francesc  (pode ser visitada por apenas 2€); o Convento de Santa Clara; percorrer entre outras a avenida Career Jaume III, ou ainda as praças del Mercat ou a plaça d’ Espanya, que é das principais da cidade, ficando já fora da parte mais antiga da cidade.

 

parc dela mar, Palma

 

Parc de la Mar, Palma de Maiorca

 

O palácio Real da Almudaina, que fica próximo da Catedral, também merece uma visita, de notar que como é um local muito visitado podem ter alguma espera para entrar, a mesma custa 7€; também próximo daqui temos ainda o Museu de Arte Contemporânea (os bilhetes custam 6€) e os Banhos Árabes de Palma, o preço é de apenas 2€.

Outro local icónico, que fica próximo da praça de Espanha é o Tren Soller, que basicamente é um comboio (com a particularidade dos carris serem mais estreitos que o normal), que liga a cidade de Palma com a Soller, atravessando várias montanhas, passando por cerca de 13 túneis, tendo um desnível de cerca de 200 metros, para amantes de engenharia e que gostam dos feitos no passado podem deliciar-se com esta linha, que já opera desde 1912; no site oficial do Tren de Soller, podem consultar preços e comprar os bilhetes (o preço de ida e volta de Soller e Palma é de 25€).

Um pouco mais afastado do centro de Palma, temos o Poble Espanyol, fica no career del poble Espanyol, pelo que li é muito semelhante ao de Barcelona, uma representação das construções das diferentes regiões de Espanha.

Um dia para conhecer a cidade de Palma e fazer o trajeto até Soller, ou pelo menos meio-dia para conhecer a principal cidade desta ilha balear e como digo para conhecerem uma parte diferente daquela turística em que mal se ouve falar Espanhol e que tudo é feito para agradar ao turista, acho estas experiências locais são as melhores, depois claro, voltamos para a nossa zona de eleição e relaxamos nas belas praias que a ilha tem para oferecer aqui no mediterrâneo.

 

Viagens Felizes

 

vista da praia do apartamento (em Palmanova, junto de Magaluf)

 

Dicas e Notas:

Temos voos diretos para Palma de Maiorca desde o Porto pela Ryanair e desde Lisboa pela Vueling; uma boa opção caso tenham datas que não coincidam com a dos voos diretos é a de apanhar a partir de Madrid, na altura eu e os meus colegas fomos até Madrid de comboio (ainda se aguarda para saber se este vai voltar a ser operado) e de Madrid fomos para Palma, existem várias ligações desde Madrid e a preços mais reduzidos, pode compensar a deslocação para a capital Espanhola.

Em Palma de Maiorca temos dois operadores de bus, a EMT, que basicamente são os buses locais, levam do aeroporto até à cidade de Palma (e essencialmente operam na zona mais central e próxima de Palma) e por exemplo ainda vão do aeroporto  até ao Arenal, podemos comprar os bilhetes a bordo mas é preferível comprar um cartão (tipo os usados em Lisboa ou Porto) e carregar pois se fizerem algumas viagens poupam dinheiro, uma viagem simples custa 2€ e se for desde o aeroporto (linha nº A1 para a cidade de Palma e A2 para o Arenal) é 5€, informações e rotas no site oficial da EMT.

Para o caso de quererem ir por exemplo para Magaluf, (e outras próximas como Palmanova ou Torre Nova, a linha é o 104) ou queiram circular pela ilha pelos locais mais afastados da capital da ilha a companhia é a TIB os buses são vermelhos e amarelos, Na altura partimos diretos do aeroporto, mas pelo que agora vejo nas pesquisa, devido à pandemia, penso que têm de ir a Palma primeiro e só daí pela TIB para Magaluf, contudo estas serão as operadoras.

 

escultura de areia, Palma Maiorca

 

Caso pretendam ir até outras das ilhas baleares (Ibiza, Formentera ou Menorca) ou por exemplo caso queiram chegar aqui desde Barcelona ou Valência, podem usar duas  companhias de barco, a Balearia ou a TransMediterranea, podem ainda ir a um agregador como o Direct Ferries. É sempre uma opção a ter em conta, visitar uma das outras ilhas, ou caso estejam por Barcelona ou Valência virem  de barco para Maiorca.

 

As zonas de Magaluf e de Arenal são muito agitadas à noite, principalmente por jovens turistas, por isso caso vão em família à noite será sempre maior confusão, uma sugestão è por exemplo Palmanova que fica muito perto de Magaluf, mas já é bastante mais calmo, quando fui com os meus colegas conseguimos um excelente apartamento, no limite entre Palmanova e Magaluf, ficando apenas a cerca de 10 minutos a pé do centro da vida noturna de Magaluf além de muito mais barato a praia era mais calma (o apartamento era em frente à praia, tentem procurar apartamentos em sites espanhóis, conseguem boas ofertas.

 

Em Palma de Maiorca também se fala Catalão, sendo língua oficial, por isso tal como em Barcelona vamos ver coisas em Espanhol e Catalão, embora nas zonas mais turísticas, devido ao direcionamento do público seja maioritariamente usado o inglês.

Em Espanha como sabemos a moeda é o Euro, o fuso horário é de mais uma hora que em Portugal, o indicativo é +34 e o domínio de internet é .es

 

Sites de turismo oficiais: Info Mallorca e Visit Palma.

 

 

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OS ENCANTOS DE VILA DE BISPO: PONTA DE SAGRES E PRAIA DO BURGAU

 

Os encantos de Vila do Bispo: Ponta de Sagres e Praia do Burgau

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Há mais de um quarto de século que passo vários fins de semanas e muitos dias de férias no Algarve mas ainda tenho muito para descobrir na região. Numa altura em que as viagens ao estrangeiro estão na gaveta, dar uns passeios pelo nosso país é uma alternativa e uma escolha acertadíssima. Mesmo em tempo de descanso, quebrar a inércia, a rotina de praia e casa, e até de saídas à noite, mudando de ares, sabe sempre bem.

No Verão passado, aproveitando dois fins de semana em Albufeira, e o facto de inesperadamente e repentinamente, ter decidido trocar o meu carro, para um híbrido, para gastar o depósito cheio de gasóleo do carro velhinho, dei umas voltas pelo Algarve. A escolha foi perfeita e em uma delas, aproveitei para voltar a Sagres, onde já não ia há quase 28 anos. Na altura com 17 anos de idade e por isso, ainda não tinha carta de condução. Regressei assim em homem, e 48 países estrangeiros visitados depois, a um local onde estive de menino.

 

Ponta de Sagres-Fortaleza de Sagres-Prainha das Poças

 

A Sagres, podemos associar a música da “Canção do Mar” de Dulce Pontes, que é ouvida em todo o Mundo.  Aquela zona, inóspita da “Ponta de Sagres”  até aparenta ser mesmo o “Fim do Mundo”. Tal como a ponta do sul da Argentina onde meses antes tinha estado. Afinal, o Mundo é redondo, e em Sagres também pode ser seu fim!

É na “Ponta de Sagres” que fica a Fortaleza de Sagres com razões históricas ligadas à época dos Descobrimentos, que nos orgulhamos imenso, pois fomos donos de meio Mundo e estivemos em todo o lado. Assim nos ensinaram na escola, mas nos dias de hoje falar em Descobrimentos como um feito grandioso, é politicamente incorreto. Se viajarmos para a América, África ou mesmo para os nossos arquipélagos da Madeira e dos Açores, a interpretação desses feitos Lusitanos por “mares nunca antes navegados”, tende a ser bastante diferente daquela que a palavra “descobrimento(s)” qualquer dicionário define!

 

Ponta de Sagres-Fortaleza de Sagres-Entrada

 

Forte de Sagres-Torreão central-Ao longe o Farol de Sagres

 

Forte de Sagres-Torreão central

 

Aqui fica o  extremo sudoeste da Europa continental, nesta encruzilhada de rotas marítimas Atlânticas e Mediterrânicas onde se supõem que o Infante D. Henrique construiu uma escola náutica onde se formaram diversos navegadores que conquistaram o Mundo. Não há certezas da existência dessa escola, sabe-se no entanto que a fortaleza foi construída no Século XV e sofreu danos pelo sismo que em 1755 assolou Portugal. Foi então reconstruída nos finais desse século, de forma diferente da original. Trata-se do Monumento mais visitado do Algarve. Sobretudo pelas vistas impressionantes e grandiosas para o Oceano Atlântico. Faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina que se prolonga desde o Burgau que tal como Sagres pertence ao concelho Algarvio de Vila do Bispo, até São Torpes, concelho de Sines, já na Costa Alentejana. Uma zona onde a natureza predomina sobre a paisagem de betão, como é o caso das regiões turísticas do Algarve que atraem milhões de veraneantes.

 

Fortaleza de Sagres-Miradouro do Cabo Sagres

 

Fortaleza de Sagres-jump picture no promontório

 

Fortaleza de Sagres – Igreja de Nossa Senhora da Graça

 

A entrada na fortaleza é feita pelo Portão Monumental da Muralha, sendo gratuita aos Domingos e feriados até às 14 horas para residentes em território Nacional. A Igreja de Nossa Senhora da Graça é a primeira paragem. Uma capelinha que foi fundada ainda no tempo do Infante D. Henrique ou não fosse um motivo para “Os Descobrimentos”, o espalhar da Fé Cristã.

A rosa-dos-ventos é outro dos destaques.  Com 43 m de diâmetro, a circunferência é construída com pedras. Foi desenterrada em 1919 e é um dos documentos históricos vivos, que comprovam que eventualmente aqui a Escola Náutica existiu mesmo. Na nossa imaginação deve ter existido algo semelhante, pois a História é composta não só por factos mas também por lendas. Afinal como nasceu a cidade de Roma???
Os trilhos que se percorrem no enorme promontório, possuem cerca de 2 km de perímetro. Zona muito ventosa mas ao atravessá-la, o sacrifício  é bem compensado pela vista sobre a imensidão do Oceano Atlântico. O Miradouro do Cabo Sagres fica sensivelmente a meio caminho. Daqui é possível observar as falésias onde muitos aproveitam para pescar. A meio do percurso por este perímetro encontramos o Farol de Sagres que existe desde 1894, e também a “Voz do Mar”, um monumento que é uma câmara sonora activada pela maré,  para ouvir o som do mar através de uma gruta com 50 metros de profundidade e um labirinto circular, em forma de orelha, obra do arquitecto Pancho Guedes.
Uma Fortaleza como esta não lhe poderiam faltar os canhões. Um local de estratégia militar. Felizmente em tempo de paz, nos dias de hoje, servem apenas para tirarmos fotos. Os do Torreão central fazem as delícias dos visitantes sobretudo pela vista alcançada para a Prainha das Poças e para a Praia da Marreta, localizada nas imediações de onde deixamos estacionado o automóvel.

 

Fortaleza de Sagres-Padrão dos Descobrimentos

 

Fortaleza de Sagres-Monumento Voz do Mar

 

Visível ao longe quando percorremos os trilhos do promontório, fica a Praia do Beliche. Por estrada dista cerca de 7 Km. Ao lado, a Fortaleza do Beliche  em pleno Cabo de São Vicente. Construída no tempo dos “Filipes” também sofreu danos pelo terramoto de 1755.  Encerrada nos anos 90 pela ameaça de desmoronamento da encosta que ocupa, foi recentemente recuperada e reaberta ao público. As suas muralhas e a Capela de Santa Catarina são os spots favoritos dos visitantes.

 

Fortaleza do Beliche

 

Fortaleza do Beliche

 

Fortaleza do Beliche-Vista para Farol de São Vicente

 

Fortaleza do Beliche-vista para a Fortaleza de Sagres

 

A última paragem no Farol do Cabo de São Vicente na Fortaleza de São Vicente de onde podemos contemplar a vista a sul para a Fortaleza de Sagres, e a norte, para a Pedra das Gaivotas, um ilheu, a cerca de 114 m da costa, com 590 m de perímetro, 56 m de altitude.

 

Farol do Cabo de São Vicente-Entrada

 

Farol do Cabo de São Vicente

 

Farol do Cabo de São Vicente-Vista para o Ilhéu Pedra das Gaivotas

 

Percorrendo cerca de 25Km de automóvel chegamos à Praia do Burgau, como referi atrás, perto do limite geográfico do concelho de Vila do Bispo. Um local que saltou para a ribalta por ser comparado a Santorini, a mais famosa das Ilhas Gregas que já tive oportunidade de visitar.

Desde que Burgau é comparado a Santorini,  aquela pequena aldeia tem tido um corropio de visitantes. Os arquitetos fazem milagres e o facto de permitirem que as casas brancas, situadas naquelas ruas estreitas, tenham  listagens horizontais de cor azul, já a paisagem se parece com algo mais comercial! Azul e branco são as cores da bandeira Grega. Os Algarvios têm um enorme dedo para o negócio e aceita-se a comparação e numa altura em que o turismo tem de reanimar, todas as estratégias de boa-fé são bem-vindas.

A Praia do Burgau é apenas mais uma das belíssimas praias da região Algarvia, e merece sem qualquer dúvida uma visita.

 

Praia do Burgau- Algarve

 

Praia do Burgau- Algarve

 

Praia do Burgau- Algarve

 

Praia do Burgau- Algarve

 

Já em direção a casa, o dia não poderia deixar de terminar sem parar para jantar Frango da Guia. Uma das especialidades do Algarve. Um dos segredos da nossa gastronomia. O segredo é o tamanho pequeno (um pintainho, pouco mais…) e o tempero à base de ervas mediterrâneas. Acompanha com batata frita e salada de tomate “picada”, ou seja com tomate picado aos cubos, temperado com orégãos.

 

Frango da Guia- Algarve

 

Sem dúvida, foi um lindo passeio turístico, um dia inesquecível no Algarve, onde me sinto sempre em casa!

 

Links

Dulce Pontes – Canção do mar

 

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A MINHA PRAIA DA FALÉSIA, A MELHOR PRAIA DO MUNDO!!!

 

A minha Praia da Falésia, a melhor praia do Mundo!!!

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Portugal é um país completo para ser visitado. Riquíssimo em História, também culturalmente, com lindas cidades, um clima ameno com muitas horas de sol, céu azul durante grande parte do ano, belíssimas praias e a melhor gastronomia do Mundo, com grande destaque para o peixe. O Algarve, região mais a sul, é a meca do Verão. A partir da Páscoa arranca a época de praia que se prolonga por Outubro adentro, mas mesmo no Inverno é o local ideal para recarregarmos as nossas baterias, respirarmos ar puro, fazermos caminhadas à beira mar ou mesmo uns passeios de bicicleta pelos trilhos e pelas ciclovias. E até mesmo dar um mergulho!!!!

 

Praia da Falésia vista desde a plataforma do Hotel Pine Cliffs

 

Praia da Falésia das Açoteias

 

Praia da Falésia das Açoteias, ao longe a Praia dos Tomates

 

Pôr do sol na Praia da Falésia do Alfamar

 

Albufeira é a cidade mais central do Algarve. A cerca de 3 horas de Lisboa, de automóvel, mas também com possibilidade de viajarmos de comboio ou autocarros expresso.  Com inúmeras praias, excelentes restaurantes, hotéis de luxo e uma vida noturna muito animada. Das diversas praias que o concelho possui, destaca-se a Praia da Falésia. Os seus quase 6Km de extensão, entre o Barranco das Belharucas, de onde com a maré baixa podemos aceder a Olhos de Água, famosa terra de pescadores, até ao limite do concelho de Albufeira, de onde a Ribeira de Quarteira nos separa do concelho de Loulé, para a riquíssima Vilamoura. A ribeira que possui cerca de 30Km e nasce ao norte de Paderne, pequena aldeia no interior Algarvio.

 

Trilhos de acesso à Praia do Barranco das Belharucas

 

Acesso à Praia do Barranco das Belharucas

 

Praia do Barranco das Belharucas

 

A Praia da Falésia é famosa pelas suas encostas, arribas altas em tons amarelados, rubros, e até esbranquiçados, que contrastam com áreas verdes de plantações de pinheiros manso. Caminhando para o interior é possível também observar figueiras e alfarrobeiras e claro, laranjeiras. Ali produz-se a laranja mais docinha de Portugal. Existem também os medronheiros que produzem o medronho, de onde se fabrica uma bebida destilada que não convém abusar! E as amendoeiras em flor!

 

Laranjeiras- Algarve

 

Aldeia das Açoteias, a Mesquita

 

Este é o meu retiro, o meu porto de abrigo. A cerca de 2Km de uma das entradas da Praia da Falésia, que lhe deu o nome de Falésia das Açoteias, a Aldeia das Açoteias, um dos primeiros aldeamentos turísticos do Algarve. A empresa que o geria, entrou em insolvência em finais dos anos 90 e atualmente é um género de condomínio privado, onde muitos “Airbnb” proliferam. A sua mesquita, imagem de marca, ainda permanece intacta. Em tempos um aldeamento onde passavam férias pessoas abastadas, entre os quais políticos e desportistas, tornou-se hoje um local de veraneio do turismo mais económico. Quando saio de casa aproveito para caminhar até à Quinta do Mel, passando pelo local onde anualmente se realiza o “Cross das Amendoeiras”, um evento desportivo, e daí até à Praia do Alfamar, sensivelmente a meio do areal, junto ao Hotel Alfamar, hotel antigo, famoso, com acesso direto à praia, mas que de momento se encontra encerrado para remodelação. Daqui, seguindo para o lado esquerdo do areal, chegamos à famosa Praia dos Tomates, cujo meu amigo Rui, também amante de viagens, explora a concessão dos toldos. Se seguirmos para o lado direito,  encontramos dois hotéis de luxo com acesso direto à praia: O “Epic Sana” com os seus passadiços de madeira, e o “Sheraton Pine Cliffs” de onde é possível aceder à sua plataforma de elevador e observar a vista sobre o mar e sobre a envolvente do extenso areal. Já no Barranco, o Hotel PortoBay Falésia com acesso direto aos trilhos e daí à praia.

 

Passadiço de acesso do Hotel Epic Sana

 

De bicicleta é possível percorrer diversos trilhos planos até Vilamoura, onde beber um copo em plena marina, no “Sete Café” é obrigatório para os amantes de futebol. O regresso  pode ser feito pelas ciclovias que circundam a Estrada de Vilamoura cruzando uma das pontes de madeira mais famosas do mundo dos cicloturistas!

 

Estação de comboio de Albufeira. De onde parto muitas vezes de manhã cedo para o trabalho…

 

Ponte de Madeira na ciclovia da Estrada de Vilamoura

 

À noite a Praceta do Pinhal é ponto de encontro. Vários restaurantes e cafés. As melhores pizzas da região, a “Pizzaria Falésia” que também vende deliciosos gelados caseiros, o “Flor do mar” onde o peixe fresco é rei, e claro, para tomar um copo e ver futebol, o “Bar Neptuno” e o “Café del Sol” onde a esplanada com música ao vivo é atração. Não esquecer os lindíssimos e místicos souvenirs da “Kanela Natural” vindos diretamente de Bali, cuja proprietária, a Inês, eu encontrei o ano passado em Buenos Aires, sua terra natal e da sua mãe!

Para os apreciadores de marisco, recomendo “A Lagosteira” e caso pretendam provar um arroz de tamboril que vos marcará para sempre, recomendo-vos “O Pinhal”. Para refeições mais económicas, o “Olímpico” é uma excelente escolha na certeza que serão bem servidos.

 

Bar Nepuno, na Praceta do Pinhal, com a Olga, a primeira vez que ela provou caracóis

 

Para cozinhar em casa, no carvão, pois claro, o melhor peixe é mesmo no Mercado Municipal de Olhos de Água. O Zé da Luz é um homem que percebe de mar como ninguém e na sua banca encontramos sardinhas, carapaus, sargos, robalos entre outros peixes pescados poucas horas antes. Convém ir logo de manhãzinha.  E também, bancas de fruta e legumes, uma  padaria cujo cheiro do pão regional se sente a vários metros, um talho com carne de grande qualidade, onde se destaca o porco preto, e até mesmo um café, nada falta ali para começar da melhor maneira as compras do dia!

 

Aldeia das Açoteias – sardinhada

 

E sobre os encantos do Algarve, a Olga, minha amiga russa que conheci em Praga, e já passou aqui férias comigo, pode testemunhar!

 

Praia dos Pescadores em Albufeira

 

Praia dos Pescadores em Albufeira com a Olga

 

Os meus gatos, um deles, o amarelo, foi por ali encontrado ainda bebé e então o adotei. Eles também são fãs do Algarve, apesar das viagens de automóvel dentro da caixa, fechados, lhes causarem bastante incómodo. Não sei se eles conseguem raciocinar em termos de custo/benefício, mas o que é certo, na hora do regresso, é preciso ser discreto, pois o siamês pressente que algo se vai passar e desaparece, regressando a altas horas da madrugada!

 

Aldeia das Açoteias, o meu gato Zeus com um amigo

 

Aldeia das Açoteias – vida de gato, haverá melhor

 

A última vez que estive no Algarve foi no início do ano. Tempo de pandemia, de recolher obrigatório e tudo estava vazio e triste. Mas em breve todos estes locais se encherão de veraneantes ávidos de umas boas férias de calor, praia, boa comida e noites animadas! Os negócios bem precisam de clientes para que a Economia recupere rapidamente, assim como nós, queremos recuperar a nossa saúde física e mental e as nossas vidas normais!

 

Acesso à Praia da Falésia das Açoteias

 

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MUNIQUE E FUSSEN, PÉROLAS DA BAVIERA, O MELHOR DA ALEMANHA!

 

Munique e Fussen, pérolas da Baviera, o melhor da Alemanha!

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Munique

Já falei tantas vezes das minhas viagens à Alemanha que seria uma enorme injustiça não falar da Baviera. Desta vez o melhor fica para o fim. Mesmo que estas memórias contenham mais de uma década!
Munique é muito provavelmente, das grandes cidades Germânicas, a mais bonita e pitoresca! Foi a que mais me encantou. Cidade com requinte, onde se nota que o nível de vida é alto. Os habitantes, aparentam ser abastados e são bastante alegres e afáveis, à semelhança da generalidade do país. A forma como os animais são tratados diz muito sobre o nível desta nação. É normal vermos pessoas com vários cães viajando nos transportes públicos. Também dentro dos restaurantes e zonas comerciais, é normal vermos os cães a acompanharem os donos. Nos supermercados, pois há alimentos, logo a entrada de animais não é permitida, à porta existe um local onde os donos os podem deixar, um “dog parking” assim dizendo.

Munique é a capital do Estado da Baviera, um dos mais ricos e o mais conservador de todos. Bento XVI, antigo Papa nasceu no Estado da Baviera, tendo-se tornado arcebispo de Munique.

 

Munique-Edifício da Neues Rathaus visto do observatório da Igreja de S.Pedro

 

Foi em Munique que Hitler iniciou a carreira política que se revelou trágica para a Humanidade. Apelando a valores patrióticos, do trabalho e sociais, foi subindo na consideração popular, teve as multidões ao seu lado, e assim nasceu um monstro. Hitler que começou a discursar em cervejarias perante centenas de apoiantes. A “Bürgerbräukeller” era uma grande cervejaria, já há muito demolida, foi um dos pontos preferidos de encontro dos membros do Partido Nazi.

 

Munique reivindica o título de capital Mundial da cerveja. Anualmente, no mês de Setembro e durante duas semanas, terminando no último Domingo de Outubro, realiza-se a “Oktoberfest”. Um famoso festival de cerveja que atrai milhões de turistas à cidade e onde se consomem milhões de litros de cerveja e toneladas de comida. Nesta altura do ano, dada a procura, os preços dos hotéis são muito inflacionados.

Das inúmeras cervejarias existentes na cidade, a Hofbräuhaus é de longe a mais famosa e é a ela que todos os caminhos vão dar! Razões históricas, ligadas ao Século XIX quando a Baviera era um reino. Mais tarde à atividade política dos Nazis. Destruída pelos bombardeamentos da II Guerra Mundial, renasceu das cinzas e hoje é a cervejaria mais importante em todo o Mundo! O local é animado e chique! A decoração clássica interior e as pinturas nos tetos sobressaem. Mas acima de tudo a simpatia e a boa disposição de quem a frequenta. Ao som de uma banda que toca música tradicional, podemos desfrutar das especialidades regionais como por exemplo o “bretzel” (pão em forma de nó), “obatzda” (creme de queijos picante),  “schnitzel” (panado de porco), “haxen” (pernil de porco assado), “einsbein”  (joelho de porco),  salsichas “bratwurst” (tradicional) e “weisswurst” (branca) onde a mostarda não pode faltar, e vários pratos de carnes onde o porco é rei, acompanhados por  “Kartoffelpüree” (puré de batata) ou kartoffelknödel (pastel de batata), chucrute (repolho fermentado) ou “rotkohl” (repolho roxo). Tudo bem regado! Cervejas servidas em canecas, algumas com 1 litro, chamadas de “mass”!  A dunkle (escura), a “helles” (amarela)  e a “weiss”, para mim a melhor, uma cerveja de trigo de cor amarela “gema de ovo”. E é mesmo a cerveja o motor de tamanha felicidade! Por ali os empregados carregam ao mesmo tempo vários litros de cerveja (quatro em cada mão) em direção às mesas onde os clientes se sentam em bancos ao comprido! Contaram-me que existe uma sala onde são guardados os casacos que são esquecidos por lá, pois o consumo excessivo de cerveja pode ter esses efeitos secundários, assim como idas à casa de banho, onde os caminhos que levam aos urinóis estão bastante congestionados!  Como nós dizemos, “a cerveja não se compra, aluga-se”! Os Alemães são um povo bastante afável e divertido, falam Inglês e recebem bem quem visita a sua pátria. A  Hofbräuhaus é um local deveras acolhedor e de onde é impossível sairmos de mal com as nossas vidas!

 

Munique- Cervejaria Hofbräuhaus – Exterior

 

Munique- Cervejaria Hofbräuhaus – Interior

 

Munique-Refeição típica numa cervejaria. Mista de carnes e salsicha acompanhado por kartoffelknödel-pastel de batata e rotkohl-repolho roxo

 

Munique foi a última paragem de uma viagem pela Europa. Aqui cheguei desde Praga para um estadia de 3 noites. Acabou por saber a pouco e o desejo de voltar tem sido permanente. 3 noites que em tempo útil deu, um dia e meio para visitar Munique e um dia para visitar Fussen.

 

Munique-Dog parking à entrada de um supermercado numa superfície comercial

 

Munique, como qualquer grande cidade, tem a sua praça importante, a “Marienplatz”, coração do seu centro histórico, onde obrigatoriamente se passa. Dominada pelo edifício da “Neues Rathaus”, a Câmara Municipal. É lá para o alto que todos os olhares dos turistas se centram, e mais recentemente os seus smartphones apontam. O “Rathaus-Glockenspiel”, o relógio e carrilhão, é como uma caixa de música. Ao som dos seus 43 sinos que tocam na torre, os bonecos, personagens em tamanho real movem-se e encenam dois acontecimentos da história da cidade: um casamento real, um duelo de cavaleiros do ano 1568 e uma dança tradicional que teve origem na época da Peste Negra.

No centro da praça existe uma coluna, a “Mariensäule”, considerada o marco “zero” da cidade. Foi construída para comemorar a expulsão das tropas suecas da região, durante a Guerra dos 30 anos, no século XVII. No topo está a Virgem Maria que dá o nome à praça.

Um dos pontos de observação, lá do alto para Marienplatz e para as áreas circundantes é a torre da Igreja de São Pedro ali nas imediações. Por exemplo, para a Catedral onde o antigo Papa Bento XVI celebrava missas.

 

Munique-Vista desde o observatório da Igreja de S.Pedro

 

Pelas imediações da “Marienplatz” se passa a maior parte do tempo. Munique tem uma grande oferta histórica e cultural e por aqueles lados, caminhando um pouco conseguimos visitar o mais importante. Como por exemplo a Ópera do Estado da Baviera, e um famoso palácio, a Residência dos antigos Reis da Baviera.

Munique tem vários museus importantes, como por exemplo, o Museu Nacional da Baviera, mas o maior destaque vai sem dúvida para o “Deutsches Museum”, onde chegamos depois de atravessarmos o Rio Izar, que banha a cidade. Um museu que é um hino à ciência e à tecnologia. E à engenharia, pois claro! Com mais de 18.000 objetos expostos, e uma biblioteca com cerca de 850.000 livros com enorme valor histórico e cultural. Necessito urgentemente regressar a Munique para o visitar condignamente pois a minha visita foi muito curta. O “Deutsches Museum” merece lá passar pelo menos um dia, no entanto para o visitar completamente, as cerca de 50 seções, é necessário no mínimo uma semana! A exposição tem áreas sobre a extração do minério, diversos ramos da física, como por exemplo a eletricidade, o eletromagnetismo e a física nuclear, o meio ambiente, a indústria têxtil, o fabrico do papel, instrumentos musicais, meios de transporte, como por exemplo comboios e aviões, onde os motores e turborreatores não faltam, a indústria petrolífera, a indústria vidreira, a indústria metalomecânica, a indústria cerâmica e até mesmo uma área dedicada à matemática. Sobretudo tecnologia atual e não somente do ponto de vista histórico. Tomaria eu, no tempo que estudei no ISEL ter tido esta oportunidade de visitar um local semelhante. Equipamentos de metalomecânica, como por exemplo tornos e fresas, com os quais se fabricam órgãos de máquinas (veios e rodas dentadas por exemplo) estão ali expostos e muitas crianças pela mão dos seus progenitores já percorrem aquelas alas e convivem com tudo isso! A Alemanha é a pátria da tecnologia, da indústria, da maquinaria pesada, algo que é intrínseco naquele povo desde a tenra idade. Um país altamente industrializado que exporta para todo o Mundo. “Made in Germany” é garantia de qualidade das marcas. Contrariamente aos países do sul da Europa que sofrem o fenómeno da desindustrialização e apostam cada vez mais no turismo, alojamento local, hotelaria e restauração, o que se vem atualmente a comprovar, ser uma Economia com pouca sustentabilidade.

 

Munique-Deutsches Museum-Exterior e ponte sobre o Rio Izar

 

Munique-Deutsches Museum- Interior-Aviões-fuselagem e turborreator

 

Munique-Marienplatz-Mariensäule- edifício da Munique edifício da Neues Rathaus e Catedral

 

Munique-Marienplatz. Bonecos do Rathaus Glockenspiel fazendo a sua atuação

 

Munique-Marienplatz

 

Munique-Marienplatz-Edifício Neues Rathaus e do seu Glockenspiel

 

Munique é sede de inúmeras empresas Alemãs. A Alemanha possui no setor automóvel algumas das marcas mais importantes do Mundo. Por exemplo a “Bayerische Motoren Werke AG” conhecida internacionalmente como “BMW”. A marca de carros de luxo possui o seu museu,  “BMW Welt” cuja visita tem bastante importância do ponto de vista histórico, onde estão expostos vários modelos que fizeram furor nas estradas, num edifício moderno localizado a dois passos do Parque Olímpico.

 

Munique-Museu BMW Welt

 

O Parque Olímpico é apenas uma das zonas verdes da cidade, com diversos lagos. A Alemanha é um país que visto do ar é verde e esta zona, entre outras como por exemplo o “Englischer Garten”, fazem jus a isso. Porém, no Inverno tudo está coberto de neve e os lagos em grande parte congelados.

Ali existe uma torre, a “Olympiaturm” onde é possível subir e apreciar a paisagem lá do alto dos seus 290m.

 

Munique-Parque Olímpico – Estádio Olímpico Olympiaturm

 

Munique-Parque Olímpico – Estádio Olímpico Olympiaturm

 

Munique foi sede dos Jogos Olímpicos de 1972 tendo para isso  sido construído este complexo cujo Estádio Olímpico é o centro nevrálgico.

A Alemanha (RFA) organizou em 1974 o Campeonato do Mundo de futebol, tendo vencido na final, realizada no Estádio Olímpico de Munique, por 2-1, a toda poderosa “Laranja Mecânica”, a Seleção Holandesa capitaneada por Johan Cruyff que foi a melhor equipa da competição. Mas nesse dia Gerd Müller foi o herói ao marcar o golo da vitória!

Em 1988 Campeonato da Europa decorreu na Alemanha (RFA) mas desta vez a melhor equipa, a “Laranja Mecânica”, depois de derrotar a equipa Germânica nas meias-finais, venceu neste estádio, na final, a poderosa URSS por 2-0 “vingando” a derrota no jogo inaugural. O segundo golo é um verdadeiro poema ao futebol escrito por Marco Van Basten, sendo até aos nossos dias considerado o melhor golo da história dos campeonatos Europeus. Koeman, Gullit, Rickard também vestiam de laranja e espalharam magia por aqueles palcos.

Em 1997 ali foi disputada a final da Liga dos Campeões ganha pelo Borussia de Dortmund por 3-1 perante a Juventus. Paulo Sousa, tornou-se campeão Europeu novamente, pois no ano anterior tinha ganho a competição ao serviço dos Italianos. Quatro anos antes, o todo-poderoso AC Milan caiu aos pés do “Olympique” de Marselha que pela primeira vez levantou a famosa “taça das orelhas compridas”, a Taça dos Clubes Campeões Europeus, agora chamada Liga dos Campeões. Boli marcou o único golo, mas os dias que se seguiram foram catastróficos para esse clube. Assombrado por escândalos de corrupção e doping, uns que se provaram no imediato e outros nunca se provarão, acabou por descer de divisão e por pouco não perdia esta taça que conquistou em campo.

Em 1979 outros clubes dominavam na Europa, e foi o Nottingham Forest a levantar ali a Taça dos Campeões Europeus, depois de vencer o Malmo também por 1-0 com Trevor Francis a marcar.

O estádio é marcado pela sua arquitetura que se encontra harmonicamente enquadrada na paisagem pela sua cobertura acrílica transparente, que nos dias de hoje é possível caminhar nos passadiços sobre ela, em visitas organizadas. Infelizmente quando ali estive, apenas me foi possível observar o estádio do exterior. Um dia que regressar a Munique farei tudo para poder juntá-lo ao meu palmarés de estádios de futebol. Este é mítico e com história!

O “Fussball-Club Bayern München”, o maior clube da cidade (e do país) e o “TSV 1860 München” realizavam ali os seus jogos em casa, até 2005. O  “TSV 1860 München” atravessa momentos delicados na sua história, ao contrário do seu rival que domina internamente e na Europa, ele vai competindo nos Regionais.

Na Alemanha o Hockey sobre o gelo é um dos desportos nacionais. Em Munique, o “EHC Red Bull München” é a equipa da cidade. Outrora chamado de “Eishockeyclub HC München 1998”. Os jogos em casa são realizados no “Olympia Eishalle”, um pavilhão multiusos que se localiza no Parque Olímpico, onde  pela primeira vez na vida tive oportunidade de ver ao vivo um jogo desta modalidade!

 

Munique-Jogo de hóquei sobre o gelo

 

O moderno estádio Allianz Arena passou em 2005 a ser a casa dos maiores clubes da cidade. Porém, atualmente, apenas o Bayern o utiliza. Inaugurado em 2005 foi então considerado o mais belo estádio do Mundo, título esse que desde 2008 é reivindicado pelo Estádio Olímpico de Pequim, o famoso “Ninho de Pássaro”. O estádio visto de fora parece uma boia branca, de noite é iluminado e as cores vão mudando, pois os 1056 painéis à prova de fogo com o formato de diamantes que o constituem possuem leds. O seu interior foi construído de forma a tornar o ambiente “infernal” para as equipas adversárias. Baseado nos estádios Ingleses, as bancadas terminam a poucos metros do relvado e chegam a ter 34º de inclinação! Atrás das balizas, ao alto existe uma rede com malhagem fina de cor preta com vista a proteger os espetadores, pois na Alemanha esse requisito nos estádios é obrigatório.

 

Munique-Estádio Allianz Arena- Exterior

 

Munique-Estádio Allianz Arena- Interior – Bancadas

 

Um estádio que ainda não possui o historial mítico do Estádio Olímpico de Munique, mas para lá caminha a passos largos. Foi palco de jogos do Campeonato do Mundo de futebol de 2006, organizado pela Alemanha já unificada. Ali jogaram-se, entre outros, o jogo de abertura onde a Alemanha venceu a Costa Rica por 4-2 e também a meia-final onde Portugal perdeu 1-0 com a França, com Zidane a marcar de penalty. Mais tarde, foi palco da final da Liga dos Campeões de 2012 onde o Bayern perdeu com o Chelsea nos penaltys, depois de 1-1 ao fim de 120 minutos de jogo. Didier Drogba foi o homem do jogo. Depois de ter feito o golo do empate ao minuto 88 no tempo regulamentar,  marcou o penalty decisivo que garantiu a primeira Liga dos Campeões da História dos “Blues”.

 

Munique-Estádio Allianz Arena- Interior – Bancadas

 

O Allianz Arena localiza-se na periferia da cidade mas é facilmente acessível de transportes públicos, sendo  “Fröttmaning” a estação de metropolitano (U-bahn) mais próxima. Ali também existia um terminal rodoviário, “Busbahnhof Fröttmaning”. Acabadinho de chegar de Praga, à hora de almoço, o Allianz Arena foi a minha primeira paragem. Deixei as malas guardadas num cacifo e não perdi tempo.

A visita ao estádio iniciava-se com o visionamento de um vídeo promocional sobre a grandiosidade da obra de engenharia que ele constitui. Passava pelas bancadas, balneários, túnel de acesso ao relvado que possui uma famosa escotilha e também a sala de imprensa. Atualmente é possível visitar também o Museu do Bayern.

Viajar é fazer amizades pelo Mundo fora e aqui fiz amizade com um casal Brasileiro. O Edmundo e a Cíntia. Tal como eu, loucos por visitar estádios de futebol. Ambos na vida já seguiram caminhos diferentes mas com as redes sociais vou mantendo sempre o contacto com ambos. A Cíntia, que tem origens Lusitanas na família, entretanto já passou por Lisboa, numa “stopover” a caminho de Bruxelas. Era Verão, eu estava no Algarve pelo que não nos pudemos encontrar. Outras oportunidades existirão!

 

Munique-Marienplatz Glockenspiel da Neues Rathaus

 

Fussen

Munique localiza-se à beira dos Alpes, a cadeia montanhosa mais alta e mais extensa que se encontra inteiramente na Europa, atravessando vários países. É o ponto de partida para explorar uma das regiões mais belas do Mundo, com inúmeros lagos, castelos, palácios, montanhas, pequenas vilas e aldeias. De verão tudo é verde e de inverno tudo é branco!

Desde Munique, um dos destinos mais comuns, e talvez o mais interessante, é Fussen. Localiza-se a cerca de 130Km, acessível de comboio. Cerca de duas horas de viagem. Acordando cedo, é possível ir e voltar no mesmo dia.

 

Fussen- Alemanha

 

Fussen- Alemanha

 

Fussen é famosa pelo Castelo de Hohenschwangau e pelo Castelo de Neuschwanstein. Uma zona carregada de magia. Para visitar castelos e palácios, a Europa é o continente certo! E dos muitos que existem no Velho Continente, estes dois são dos mais importantes. O nosso Palácio da Pena em Sintra, que também está colocado nesse rol, tem uma conceção e enquadramento na paisagem, muito semelhante a estes dois Castelos, que na realidade também se podem considerar palácios pois foram construídos como residências reais luxuosas.

Descendo do comboio no centro histórico, é necessário tomar um autocarro que nos deixa mesmo à porta do guichet turístico onde levantamos os bilhetes que devem ser marcados com bastante antecedência, no site oficial, para o dia e hora em que a visita se inicia. Devemos marcar um pacote que inclua a visita a ambos.

Fiacre para transporte de turistas ao Castelo de Neuschwanstein

 

Para entendermos o enquadramento histórico, teremos de recuar ao século XIX. A Baviera era um reino. O Castelo de Hohenschwangau é a primeira paragem,  sobretudo por razões de acesso. Foi residência oficial de Verão, e aqueles lados, zona de caça, do Rei Maximiliano. E também da sua esposa, Maria, e dos seus dois filhos: Ludwig que mais tarde se tornou o Rei Ludwig II  e Otto que mais tarde se tornou o Rei Otto (da Baviera). Ambos tinham distúrbios mentais graves. Provavelmente por motivos de consanguinidade, pois naqueles tempos os casamentos eram motivo de conveniência, era urgente procriar e continuar a linhagem, e familiares muito próximos acabavam por constituir matrimónio.

 

Castelo de Hohenschwangau

 

Mas é a vida do Rei Ludwig II, que aos 18 anos ascendeu ao trono, o motivo que nos leva a visitar este local. O Rei Ludwig II era apelidado de “Rei Cisne” ou “Rei de Conto de Fadas”, e não era caso para menos. A forma como em tempos de crise e conflitos, a Baviera estava a ser subjugada pela Prússia e mais tarde acabou por pertencer pelo Império Alemão, ele esbanjava todo o dinheiro do tesouro em obras desta natureza, apesar de desaconselhado pelos seus ministros, continuava a gastar desmesuradamente, pedindo empréstimos e a endividar cada vez mais a Coroa. Tendo sido declarado como insano e deposto, acabou por morrer afogado no Lago de Starnberg daí a poucos dias, em circunstâncias até hoje desconhecidas. O seu irmão acabou por tomar o trono mas dado o seu estado de debilidade mental, nunca passou de uma figura decorativa, pois foram o seu tio Luitpold e o seu primo Ludwig (III) que assumiram as responsabilidades da Coroa.
Aquela região deu ao Mundo grandes compositores. Richard Wagner foi um deles. E foi a admiração que Ludwig sentia por Wagner que fez com que o Castelo Neuschwanstein fosse erguido. No fundo é uma história de amor, segundo se consta, apenas espiritual e não físico, entre dois homens que tão bem é explicada, com muitos eufemismos, nos audioguias à medida que percorremos as salas. A visita ao Castelo de Hohenschwangau inclui os vários aposentos entre os quais um deles em que Ludwig supervisionava à distância pela janela os trabalhos de construção do Castelo de Neuschwanstein e uma outra onde Wagner tocava piano para ele! Ludwig ficou noivo de Sofia Carlota, sua prima, mas nunca chegaria a contrair matrimónio!  A sua orientação sexual fez com que tivesse muitas amizades íntimas com outros homens, mas o seu grande amor era Wagner, e a prova está à vista e permanece para sempre:O Castelo Neuschwanstein!

 

Castelo de Hohenschwangau

 

A visita ao  Castelo Neuschwanstein é o ponto mais importante de qualquer viagem à Alemanha! É necessário caminhar cerca de 1500m desde o guichet turístico, mas é possível fazê-lo de fiacre, pois o caminho é íngreme. A viagem até ao Castelo Neuschwanstein ainda ganha mais magia!
Neuschwanstein, que traduzindo significa “grande cisne branco”, é o edifício mais fotografado da Alemanha. O Castelo da Cinderela, que está presente em todos os parques da Disneyland, é inspirado nele. Se visto de fora, a sua forma e enquadramento na paisagem deixa qualquer um de nós perplexo, a visita ao seu interior é um verdadeiro conto de fadas. O complexo  estende-se por 6000m2, possui 4 pisos e várias torres com 80m de altura. Muitas das suas salas são inspiradas em óperas de Wagner.  Uma das salas do castelo reproduz quase na realidade, uma gruta, com estalactites e estalagmites, e até possuía uma cascata que funcionava durante o reinado de Ludwig. A Sala do Trono é ainda mais impressionante! Não tem trono, porque Ludwig foi deposto antes que o trono ficasse completo, e por isso nunca foi colocado.
Apesar de ser contra a vontade de Ludwig, depois da sua morte os “curiosos” visitarem o seu Castelo, onde tão pouco tempo lá viveu, considerando a sua insanidade mental, urge contrariar esse seu desejo que deixou expresso, pois entrar ali dentro é uma experiência inesquecível e maravilhosa. Memórias que nunca sairão da nossa imaginação mas que não pudemos registar nas nossas fotografias. O interior do Castelo de  Neuschwanstein, é um dos exlibris espalhados pelo Mundo, onde fotografar é proibido!
O Castelo de Neuschwanstein é seguramente um dos 10 mais belos locais em que qualquer viajante possa ter estado, mesmo que conte com algumas dezenas de países visitados no seu palmarés.

 

Castelo de Neuschwanstein

 

Castelo de Neuschwanstein

 

Links

Voos: 

A Ryanair possui rotas diretas para o Aeroporto de Memmingen que dista cerca de 120Km. Daqui a forma mais prática de chegar ao centro da cidade de Munique é de autocarro, o “Allgäu Airport Express”.

A TAP e a Lufthansa voam diretamente de Lisboa para Munique, aterrando no aeroporto principal, o Aeroporto internacional Franz Josef Strauss. Daqui até ao centro da cidade a forma mais rápida é de comboio suburbano (S-bahn). Este aeroporto é dos mais movimentados da Europa, o segundo mais movimentado da Alemanha (o primeiro é o de Frankfurt), pelo que fazer um “stopover” em Munique de alguns dias numa viagem para outros destinos mais longínquos é uma opção acertadíssima.

 

Comboios: 

A Companhia Ferroviária Nacional possui a opção de adquirir bilhetes regionais, de um dia, para viagens ilimitadas dentro do Estado da Baviera. É a forma mais económica de viajar entre Munique e Fussen. Os horários podem ser consultados no site oficial.

Autocarros:

Desde várias cidades internacionais (Praga por exemplo) para Munique é possível viajar nos autocarros da “Student Agency”. Excelente serviço e autocarros com lugares espaçosos e muito confortáveis. Em Munique atualmente a estação central de autocarros é a “ZOB – Hackerbrücke”.

 

Munique- Catedral vista do observatório da Igreja de S.Pedro.

 

Hotel: 

Recomendo o “Meininger hotel”. Bom serviço, staff atencioso, económico e localizado perto da Estação central de comboios (Hauptbahnhof) e da Estação central de autocarros  (ZOB – Hackerbrücke). Sobretudo para quem tem de acordar cedo para viajar para Fussen é uma escolha acertadíssima.

 

Música tradicional Bávara “Ein Prosit” » Aqui

Ambiente na cervejaria Hofbräuhaus » Aqui

Rathaus-Glockenspiel, atuação dos bonecos »Aqui

Campeonato do Mundo 1974,  final, Holanda-RFA » Aqui

Final TCE (Taça dos Campeões Europeus) 1979 » Aqui

Final do Euro’88 » Aqui

Final da TCE 1993 » Aqui

Final da LC 1997 » Aqui

Campeonato do Mundo 2006, jogo inaugural, Alemanha-Costa Rica » Aqui

Campeonato do Mundo 2006, 1/2 final, Portugal-França » Aqui

Final da LC 2012 » Aqui

Jogo de hockey no gelo EHC München-Heilbronnen Falken (2009) – vi ao vivo!!!! »Aqui

 

 

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

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MALTA, DESTINO DE PRAIA E CULTURA NO MEDITERRÂNEO

 

Malta, destino de praia e cultura no Mediterrâneo

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Malta é um fantástico destino que concilia praia, cultura e bom tempo, podendo ser uma boa opção tanto para famílias como para um grupo de amigos para umas divertidas férias de verão.

Esta pequena ilha no mar mediterrâneo, ao fundo da Sicília (a cerca de 90 km) é um excelente destino para vários tipos de viagem, mas penso que o seu esplendor será numas férias de verão, podendo assim além de uma excelente oferta cultural em várias das suas cidades, sobretudo na capital La Valetta ou também na cidade de Medina, a forte diversão noturna na zona de St.Julians Bay (mais propriamente em Paceville), o parque temático de Popeye Village; temos ainda uma vasta oferta de belas praias e claro as suas “ilhas irmãs” de Gozo e Comino, que acrescentam uma beleza natural soberba, podendo assim desfrutar de muita oferta e relaxamento neste pequeno tesouro no mediterrâneo.

Malta

 

A principal ilha é Malta propriamente dita, penso ser o local ideal para ficar, talvez Sliema, St. Paul’s Bay ou St. Julian’s Bay, serão dos melhores locais para ficar, com maior oferta de alojamento e próximo de praias, claro que há muitas ofertas em toda a ilha próximas de belas praias, (ou caso pretendam outro tipo de viagem, a capital La Valletta é uma boa opção, bem como as ilhas Gozo ou Comino) eu por exemplo fiquei em Pembroke, que fica muito próximo de St. Julian’s Bay, mais propriamente de Paceville, que é um dos locais de maior concentração de diversão Noturna, talvez mesmo o centro da vida noturna da ilha; à imagem de por exemplo Albufeira; Magalluf ou Arenal em Palma de Maiorca é sem dúvida um local de eleição para quem procura diversão.

O hostel onde fiquei que desde já recomendo, sendo dos melhores onde já estive, é o Sprachcaffe, além de hostel é também uma escola de Inglês, conheci muitos Brasileiros e outras nacionalidades que estavam aqui a estudar Inglês, tem uma piscina e é próximo da paragem de bus; podemos ter uma cama em dormitório por cerca de 18€/ noite; o alojamento em Malta é relativamente acessível, podendo ter bons preços mesmo para alojamentos próximos da praia e com Piscina.

 

Portão de entrada em Medina, Malta

 

Eu usei sempre o bus dos transportes públicos, quer para visitar as cidades, quer para conhecer várias das belas praias que a ilha tem para oferecer, mas principalmente para quem vem com mais pessoas, recomendo alugar um carro, pois é muito mais prático, um amigo que esteve aqui com a família alugou e disse ser uma ótima opção, alertou para o facto de no estacionamento haver o propósito de o carro estar na posição de saída do parque de estacionamento, informem-se bem dessas e outras pequenas regras no balcão do rent-a-car, para não terem surpresas com multas e dores de cabeça.

 

Malta

 

Malta

 

La Valetta, é a capital do País, merece um dia inteiro de visita onde podemos passar boa parte do tempo percorrendo o seu centro histórico e a sua baía (St. Elmo) à volta desta bonita cidade bem como do seu porto.

Dos locais de maior relevância de La Valletta estão a Catedral de S. Paulo Anglicano; a Co-Catedral de S. João (a entrada é grátis e com áudio guia custa 3€), é uma co-Catedral com o interior de estilo barroco e que foi um dos símbolos da luta dos cavaleiros contra os Otomanos; outro dos monumentos mais vistoso é o Palácio do Grão Mestre (podem ser vistas mais informações no site do património de Malta) que fica junto da magnífica praça de S. Jorge, conhecida também como praça do Palácio; o Museu Nacional de Arqueologia (também no site da arqueologia de Malta, os bilhetes custam 5€); a casa aristocrática do século XVI, Rocca Piccola e pelo que vi no site também dispõe de hospedagem B&B.

 

centro histórico de La Valleta, Malta

 

La Valletta, Malta

 

La Valletta, Malta

 

Um dos teatros mais antigos da Europa, o teatro Manoel; a igreja Paroquial de S. Paulo e o Museu Nacional das Belas Artes compõem algumas das principais ofertas culturais da cidade, ao entrar nesta fortificação a fonte Triton assim como as portas de entrada da cidade dão as boas vindas à capital de Malta.

 

Praça S. Jorge (do palácio) em La Valleta, Malta

 

La Valletta, Malta

 

La Valletta, Malta

 

Medina,  A cidade do silêncio, também merece uma tarde ou manhã para contemplar além da sua paz e harmonia o silêncio que se vive aqui, tudo entranhado e enraizado nestas paredes fortificadas desta cidade medieval.

Não há muito a dizer desta cidade, pois toda ela é um local a visitar, destaque para os seus portões de entrada, a sua bela Catedral (Catedral de S. Paulo),uma catedral Cristã de estilo barroco, no site oficial da Catedral podem comprar os bilhetes para visitar a catedral e o museu, os bilhetes custam 10€.

 

Catedral S. Paulo em Medina, Malta

 

O museu de História Natural, que pode ser visitado por 5€, podem ver informações deste e de outros museus no site do Património de Malta, aqui com o link direto; uma curiosidade são as placas de proibido fazer barulho, pois apesar de poucos habitantes (pelo que li cerca de 3000) ainda há quem viva nesta cidade que também é conhecida como a cidade velha e que foi outrora a capital de Malta.

Caso venham de bus, por exemplo da zona de St. Julian ‘s (eu foi de Pembroke que é a mesma linha), o bus 202 demora cerca de 50 minutos, no retorno apanhei hora de ponta e foi complicado, tentem evitar, quer seja de bus ou de carro.

 

La Valletta, Malta

 

Popeye Village, é um parque temático muito famoso de Malta, este serviu de cenário para o  Musical “Popeye”, em 1980; pode ser desfrutado tanto por famílias como por viajantes individuais, um belo cenário, com casas coloridas muito características (cerca de 19 no total), um bom local para um mergulho e banhos de sol e claro sobretudo para os mais pequenos onde além de inúmera atividades, insufláveis entre outros, podem ainda ter a companhia das personagens de Popeye e Olívia entre outros, é também possível fazer tours de barcos á volta da baía (Anchor Bay).

Os bilhetes simples custam 11€ (15€ no verão), mas têm pacotes para famílias, especiais para crianças e até festas; no site oficial de Popey Village Malta podem comprar bilhetes e obter mais informações. Pode ser  uma tarde bem passada, acho sobretudo ótimo para quem tem os mais novos consigo, o meu amigo que esteve em Malta, tem uma filha pequena e recomenda vivamente para quem tem filhos (eu por falta de tempo não pude visitar).

Para irem de bus podem  ir até Saqwi (de Valletta por exemplo podem apanhar o 44, ou 41) e a daqui é o nº101 até este belo parque temático; consultem no site oficial de transportes, a rota que melhor vos servirá.

 

Popeye Village, Malta

 

Popeye Village, Malta

 

Gozo é uma pequena ilha mais a norte da ilha principal, podemos fazer uma travessia de ferry quer para aqui quer para a sua mais pequena ilha “irmã”, a ilha de Comino. Os ferries partem no extremo mais a noroeste da ilha de Malta, no porto de Cirkewwa; o ferry para Gozo (porto de Mgarr), demora aproximadamente 25 minutos e custa cerca de 5 € ida e volta; já para Comino, a viagem demora um pouco menos, podem combinar com o de Gozo e por 13€ podem, visitar ambas as ilhas, informem-se melhor no site da Comino Ferrys, ou no Gozo Channel, no de Comino podem comprar logo o bilhete por 13€ online com a junção das duas ilhas (mas quem opera é o Gozo Chanel).

 

Gozo, Malta

 

Comino devem visitar para ver talvez dos mais bonitos locais deste País e que é um dos cartões postais, a Lagoa Azul, desfrutar desta beleza suprema com uma paisagem de tirar o fôlego, ideal para quem adora mergulho; tem apenas cerca de 3.5 km quadrados e podem ainda além desta linda lagoa visitar a torre de Santa Maria (construída em 1618) e as grutas com o mesmo nome, que têm bons locais para praticar mergulho.

Seguindo para Gozo, temos uma oferta cultural mais vasta, desde os Templos Ggantija, onde a entrada custa cerca de 9€ e podem aqui chegar desde o porto de Gozo no bus nº 322, podendo assim visitar este local arqueológico (mais informações no site do património de Malta); visitar a sua capital Victoria; na Baía de Dwerja, temos o rochedo Fungus Rock (apesar de eu não saber, para quem gosta de Game of Thrones certamente a reconhecerá), outro rochedo que também ele é um dos cartões-de-visita de Malta, é a Janela Azul, estes completam entre outros os locais de maior relevância desta que é a segunda maior ilha do arquipélago, Ambas por diferentes razões são um ótimo local para conhecer, um dia será o mínimo, para conhecer as ilhas irmãs.

 

Gozo, Malta

 

ferry para Gozo

 

Na gastronomia, Malta tem fortes influências mediterrânicas claro, mas também tem presente influência Árabe e Inglesa; o peixe e frutos do mar claro que serão sempre uma boa opção; como recomendo sempre, se poderem passar num mercado local pelo menos para comprar frutas ou caso possam  cozinhar, os produtos locais irão por certo ter uma experiência mais autêntica; o prato mais típico do país é o Paztizzi. Acho que adaptação à gastronomia Maltesa é fácil, tentem procurar restaurantes menos turísticos, dada a facilidade de comunicação e ser usado o Euro, será fácil pedir uma boa refeição em qualquer lado.

 

Malta

 

Em termos de praias, muito sinceramente é muito difícil escolher, mas acho que quer seja como eu em viagens mais calculadas de bus, ou tal como o meu amigo partindo à aventura de carro, não devem apenas conhecer uma, devem saltar de praia em praia para conhecer as belas ofertas que Malta tem para nos presentear; talvez Gozo e Comino tenham das mais belas, mas na ilha principal temos também muitas ofertas, descarreguem um mapa offline, escolham algumas e partam à descoberta.

 

Malta

 

Malta

 

mais uma praia em Malta

 

Viagens Felizes

 

 

Dicas e Notas:

Temos voos diretos para Malta (Aeroporto de Luqa) desde o Porto pela Ryanair e desde Lisboa pela Ryanair e AirMalta. Para ir

do aeroporto para os vários pontos da cidade temos uma boa oferta de bus, com uma rede que achei bastante boa, eu por exemplo para Pembroke apanhei o X1, mas X2, X3 e X4 levam a outros pontos espalhados pela ilha; podem consultar a rota e horários dos buses no site de Transportes de Malta, o tempo de viagem para La Valetta por exemplo é de cerca de 25 minutos e os preços das viagens são entre 2€ e 3€; os táxis custam cerca de 15€ (dependendo do local claro, mas è uma média).

A “ilha” de Malta na verdade é um pequeno arquipélago com a ilha principal de Malta; a ilha de Gozo, cuja principal cidade é Rabat e a mais pequena ilha ainda de Comino, há algumas ilhotas mais pequenas mas apenas estas são habitadas.

Em Malta a moeda é o Euro; o indicativo telefónico é +356 e o domínio de internet é .mt

 

vista do ferry, Malta

 

O fuso horário de Malta é de mais uma hora que em Portugal; as línguas oficiais são o Maltês e o Inglês, embora também se fale muito o Italiano devido à proximidade, é por isso muito fácil comunicar.

Caso aluguem carro notem que em Malta conduz-se pelo lado esquerdo, sobretudo nos cruzamentos e rotundas pode fazer alguma maior confusão; os limites de velocidade são de 50km/h dentro das localidades e 80km/h fora; a idade mínima para poder alugar caro é de 21 anos e a carta de condução Portuguesa é aceite no país.

 

curiosidade (obrigado ao meu amigo pela captura), Malta

 

Malta é muito calma e segura, achei o trânsito algo lento e confuso em horas de ponta, mas eu andei sempre de bus o meu amigo que foi com a família não teve problemas com o carro que alugou.

Em Malta apenas necessitamos de cartão do cidadão.

 

Site oficial de turismo de Malta: Aqui

 

Reservas (click):

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SORRIA E DIVIRTA-SE, ESTÁ EM DUBLIN!

 

Sorria e Divirta-se, está em Dublin!

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Dublin é sem dúvida uma cidade com uma vida noturna fenomenal, a badalada zona de “Temple Bar”, no coração da cidade é a joia da coroa desta cidade, embora na cultura Irlandesa o espírito boémio da vida esteja muito presente, a verdade é que aqui está uma das zonas onde isso está mais forte e presente; sair depois de um dia de trabalho e beber umas “pints” , ou um bom Whisky Irlandês (aqui por certo vão dizer que é melhor que o escocês), nos vários Pubs é costume por aqui faz parte da rotina dos locais.

Claro que esta cidade tem muito para oferecer em termos culturais, as suas catedrais, a sua famosa cerveja Guinness e os whiskies irlandeses, o rio Liffey que rompe pela cidade ou seu famoso escritor Oscar Wilde são entre outros, destaques desta encantadora cidade.

 

Temple Bar, Dublin

 

um dos primeiros bares de Temple Bar

 

Estive em Dublin em 2003 num voo da Aer Lingus (esta rota ainda existe) desde Lisboa; fiquei por três dias e meio, penso que pelo menos dois dias inteiros sejam merecidos por esta cidade, sobretudo para aproveitar num deles a sua boémia e agitada vida noturna.

Fiquei na zona de Temple Bar, este bairro, que embora tivesse sido o nome do primeiro pub por aqui, é agora o nome deste bairro repleto de Pubs com música ao vivo; apesar de ser algo mais barulhenta acho uma boa zona, fica próxima do rio Liffey e de várias das principais atrações, além de ficar perto de onde param os buses que vêm do aeroporto em O’ Connell street;  penso também que praticamente não precisam de usar os transportes, a cidade é muito plana, pelo que as caminhadas se tornam agradáveis.

 

Temple Bar à noite, Dublin

 

Começando pelo noctivo bairro de Temple bar onde além destes vários bares, onde o espírito é fantástico, com muita música ao vivo e animação, cerveja nas “canecas inglesas”, as Pints, vários turistas a cantar as diversas músicas que são transversais a vários países e culturas, um espírito que aqui é simplesmente único.

 

um Pub em Dublin

 

Próximo de Temple bar, podemos começar pela bela Câmara municipal,  um fantástico edifício imponente com uma cúpula no centro com cerca de 21 metros de altura; foi inicialmente construído em 1779, tendo sido assumido pela câmara municipal em 1851 sendo também nessa altura restaurado.

Próximo da Câmara municipal, seguimos para o Castelo de Dublin, este castelo pode ser visitado por 8€ ( 12€ com visita guiada), o castelo que foi de administração britânica até 1922, já foi uma fortaleza medieval e Corte para funções do Governo, atualmente conta também com um museu.

 

castelo de Dublin

 

Podemos caminhar um pouco e visitar a bonita catedral da Santíssima Trindade (Christ Church), a mais antiga catedral protestante da cidade, pode ser visitada por 7€.

Podemos seguir esta caminhada e a pouco mais de um 1km (podemos ir de bus, nº 13 ou 40) podemos fazer uma visita à famosa cerveja Irlandesa Guinness; recomendo vivamente fazer esta visita à fábrica/museu da cerveja Guinness, no final podem apenas aproveitar da deslumbrante vista sobre a cidade e caso o pretendam (eu recomendo, pois até ficam no final com um “Diploma”), serem vocês mesmos a tirar esta particular cerveja na “torneira”; a visita custa 15€ ( online no site) informações e compra de bilhetes no site oficial da Guinness Storehouse. Caminhando mais um pouco temos ainda o museu Irlandês de Arte Moderna, a entrada é gratuita e às segundas encontra-se encerrado.

 

Catedral da Santíssima Trindade, Dublin

 

Atravessando uma das muitas pontes ao longo do rio Liffey, chegamos ao Phoenix Park, o maior parque público (fechado) da Europa, com mais de 710 hectares, aqui temos muita para ver e claro podemos descansar após esta caminhada; no parque temos também o Zoo de Dublin, os bilhetes online custam 17.75€ (20€ à porta).

 

ponte Ha’ Penny, Dublin

 

Indo de regresso a Temple Bar (deste lado da margem do rio), podemos ainda fazer uma visita ao Museu Nacional da Irlanda, a entrada é gratuita; seguindo um pouco mais, já no bairro de Smithfield (na Bow Street) e para complementar a visita a ícones de bebidas alcoólicas na cidade de Dublin, temos a velha destilaria da Jameson; aqui desde 1780 e durante quase 200 anos foi produzido o famoso whisky Jameson, o seu fundador foi John Jameson, podemos fazer mais que um tipo de visita a esta destilaria, a tradicional é a “Bow st, experience tour”, custa 15€, podem comprar os bilhetes e ver as ofertas das visitas no site oficial da Jameson, nota para que tal como a visita à Guinness e a mais alguns outros museus, podem ter preços mais baixos se comprarem o cartão Dublin Pass.

 

General Post Office, Dublin

 

Chegando novamente ao bairro de temple bar podemos atravessar o rio liffey, para mim na mais bonita ponte, a Ha’ Penny, uma ponte de estrutura metálica (de ferro fundido) e que é toda branca, além de um design apelativo tem uns candeeiros com um pormenor elegante. Depois desta ponte pedonal, temos uma das mais famosas da cidade, a O’Connell bridge, esta já rodoviária e pedonal e que é praticamente a principal porta de entrada da cidade, aqui junto a esta ponte temos o Museu Nacional de Cera, os bilhetes custam 16.5€.

 

câmara municipal de Dublin

 

Seguindo pela O’Connell street, indo para o sentido contrário de Temple Bar, vemos em destaque um enorme “agulha” metálica em destaque no horizonte, a Spire of Dublin, esta estátua conta com cerca de 120 metros de altura e 3 metros de diâmetro na base, é bastante elegante refletindo as pessoas e as luzes da cidade à noite e encaixa bem em termos de estética com os outros locais à sua volta; o principal destaque é o General Post Office, além deste icónico edifício dos correios da Irlanda é também um Museu, o GPO Museum pode ser visitado por 15€ (13.5€ no site).

Voltamos ao alojamento pois penso já ser um dia bem preenchido, após um descanso e jantar, nada como ir sair e aproveitar a diversão dos bares e pubs Irlandeses, alguns com música tradicional Irlandesa, sempre animados e cheios de festa, realmente é uma cultura festiva muito presente nos Irlandeses.

 

rio Liffey, Dublin

 

No dia seguinte, podemos começar pela St. Patrick ‘s Cathedral (fica a sensivelmente 900 metros de Temple Bar), foi construída entre 1220 e 1260 em homenagem ao santo padroeiro da cidade e é a maior catedral do país; podemos visitar a Catedral por 7.5€, bilhetes e informações no site da  St. Patrick ‘s. Cathedral.

De regresso para o centro da cidade podemos fazer uma pausa no simpático parque St. Stephen ‘s Green, um dos mais antigos da cidade, foi criado em 1664 (para mim pessoalmente foi um dos locais mais agradáveis da cidade para relaxar). Junto a este parque vem ligar uma das ruas mais famosas da cidade, a principal rua comercial de Dublin, com várias lojas e artistas de rua, a Grafton Street; nesta rua também temos um destaque para a estátua de bronze de Molly Malone (era vendedora ambulante durante o dia e prostituta durante a noite).

 

Grafton street, Dublin

 

Próximo do parque St. Stephen’s Green, temos também a Merrion Square, neste parque temos um destaque especial para a estátua do famoso escritor, poeta e dramaturgo Irlandês Oscar Wilde, já agora para quem gosta de Oscar Wilde podemos visitar a sua “casa”, podemos visitar a casa (house tour) por 15€, fica aqui junto do parque em Merrion square 1.

 

estátua de Oscar Wilde

 

A cerca de 200 metros de Merrion square, temos ainda a National Gallery Ireland, este fantástico museu da Galeria Nacional foi inaugurado em 1864, conta com mais de 800 obras de arte, a entrada é gratuita, mais informações sobre exposições no site da Galeria Nacional da Irlanda; aqui praticamente ao lado temos o Museu de História Natural, sendo a entrada também gratuita.

Um dos grandes destaques de Dublin claro está é o Trinity College (college green), fica bem próximo da O’Connell street e é a universidade mais antiga da Irlanda tendo sido inaugurada em 1592 e tem cerca de 40 hectares; podemos contemplar todo este complexo agradável e de beleza superior, aqui temos para visitar a livraria “the book of Kells”, podendo visitar esta fantástica livraria onde temos também acesso a long room que conta com mais de 250.000 livros, dos mais antigos de Trinity College, a visita pode ser adquirida no site oficial por 16€.

Nesta fantástica área do Trinity College e College Green, podemos ainda visitar a Galeria da Ciência e a Galeria Douglas Hyde.

 

trinity College, Dublin

 

Nota ainda para visitar em Dublin: o EPIC (Museu da Imigração Irlandês) os bilhetes custam 16.5€; o Museu do Whisky Irlandês, fica na zona de Temple Bar, temos três tipos de visitas sendo os bilhetes a 20€, 23€ ou 30€, informações e bilhetes que têm desconto se forem comprados no site oficial do Irish Whiskey Museum; próximo do Pohenix Park temos uma antiga prisão que foi transformada num museu, a Kilmainham, a prisão foi inaugurada em 1796, tendo o último preso sido libertado em 1924, fechando pouco depois, podemos visitar esta antiga prisão por 8€; a casa do parlamento Irlandês, que fica próximo num dos extremos da Grafton street também merece uma visita.

Mais afastado da cidade, caso tenham tempo para isso podem visitar o Castelo Malahide, fica a cerca de 15km do centro de Dublin, podemos ir de bus (31, mudando depois para o 42, vejam as rotas no site dos buses públicos), o tour do castelo custa 14€.

 

Spire of Dublin

 

Para quem puder visitar Dublin em março, tentem por volta do dia 17 de março, que é o dia de S. Patrício, o st, Patrick’s day, que é o dia mais festivo de Dublin.

Este ano em 2021 vai ser de 12 a 17 de março, deixo o link do site oficial, este ano devido ainda à pandemia por certo as festividades não serão em plenos fulgor, mas pelo que vi e soube perante locais, turistas e até portugueses que vivem em Dublin, esta é sem dúvida uma enorme festa que tem a diversão ao seu mais alto patamar.

 

Viagens Felizes

 

noite em Dublin, nos vários pubs e bares

 

Dicas e Notas:

Para Dublin temos voos diretos de Lisboa pela Aer Lingus e Ryanair; do Porto e Faro pela Ryanair; a TAP apenas tem voos diretos de Lisboa. Os voos são de cerca de 3h.

Para ir do aeroporto de Dublin para o centro da cidade, a melhor forma (evitando os táxis que são caros) é ir de Bus, temos alguns operadores privados e os bus locais; temos esses shuttles como por exemplo o Air Coach com bilhetes de ida e volta a 8€ e a viagem a demorar cerca de 30 minutos (paragem perto de Temple bar, em O’Connell street); o bus local na linha 16 vai para o centro, junto de Temple Bar, no site dos transportes de Dublin podem planear a rota; a viagem demora cerca de 40 minutos e os preços menos de 3€, apesar de ligeiramente mais lento penso compensar.

 

ponte Ha’ Penny à noite, Dublin

 

Caso pretendam visitar várias atrações podem adquirir o cartão Dublin Pass, que vos dá vários descontos, no site podem ver melhor pois podem adicionar as atrações que pretendem ver, juntar com o bus turístico, etc; eu pessoalmente como visitei pouca coisa não usei, mas caso pretendam visitar várias atrações sobretudo no mesmo dia, pode compensar.

 

a arte de tirar uma Pint de Guinness, Dublin

 

Para visitar a Irlanda apenas necessitamos de cartão do cidadão, recomendo também o cartão europeu de seguro de doença (podem pedir na segurança social).

A moeda tal como em Portugal é o Euro; o fuso horário também é mesmo que em Portugal; o indicativo telefónico é + 353 e o domínio de internet é: .ie

A cidade é tranquila apesar da agitada vida noturna (evitar por exemplo grupos de jovens que possam estar mais embriagados), em Temple bar costumam passar policias, para manter a ordem.

Em termos de custos é ligeiramente mais caro que por exemplo Lisboa, no site  Numbeo, e na app Cost of living, podem fazer a comparação para ter uma melhor ideia do que vos espera em termos de custos.

Os restaurantes achei particularmente caros, caso consigam um alojamento onde possam cozinhar, podem poupar bastante, e por exemplo ter cerveja fresca bem mais barata.

Na Irlanda também se fala o inglês gaélico (vulgarmente Irlandês), inclusivamente nas sinalizações turísticas está presente, mas apesar talvez de algum sotaque mais carregado, a comunicação é fácil e claro todos falam inglês.

 

Site oficial de turismo de Dublin: Aqui

Site oficial da Irlanda Aqui

 

Para alojamento em Dublin, consulte aqui.

 

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BERLIM: UMA ENCICLOPÉDIA HISTÓRICA DA II GUERRA MUNDIAL E DA GUERRA FRIA

 

Berlim: Uma enciclopédia Histórica da II Guerra Mundial e da Guerra Fria

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Se o ato de viajar pelo espaço Europeu, fosse simultaneamente possível fazê-lo, como o Michael J. Fox, numa máquina do tempo, a minha primeiríssima escolha seria a cidade de Berlim, que existia antes da década de 90. A cidade estava dividida por um muro. De um lado a parte controlada pela URSS, a antiga República Democrática Alemã (RDA) e do outro a  parte controlada pelos países Aliados: EUA, Reino Unido e França. Comunismo versus capitalismo. Uma cidade dividida por duas ideologias, assim ficou definida no final da II Guerra Mundial. Para passar de um lado para o outro era necessário passaporte e visto. Muitos cidadãos  perderam a vida ao tentarem transpor aquele muro procurando uma vida melhor do outro lado ou apenas encontrarem os seus familiares. Era uma cidade sui generis!

 

Opera Estatal de Berlim

 

No Outono de 1989,  tinha eu 14 anos e assistia-se pela TV à queda do Muro de Berlim. Um conjunto de revoluções que culminou com o mais simbólico acontecimento que marcou o princípio do fim do Comunismo na Europa, e a união de povos e famílias independentemente das suas ideologias. O “Muro da Vergonha” já não existe mais, a Alemanha é apenas um país, Berlim tornou-se a sua capital e a cidade agora unificada é uma grande metrópole, moderna e onde voltar é sempre um prazer.

 

Pedaço do Muro – Berlim-Alemanha

 

Por Berlim a História teve os protagonistas, Stalin e Hitler, duas das figuras mais horrendas da Humanidade, que mataram milhões de seres humanos. Stalin matou muito mais, pois fê-lo antes, durante, e continuou a fazê-lo depois da II Guerra Mundial!
De todas as viagens que fiz, pelo Centro e pelo Leste Europeu, foi em Berlim, onde senti, as marcas dos períodos da II Guerra Mundial e da Guerra Fria, mais próximas e mais presentes. Um conflito armado que em solo Europeu terminou ali e o outro pela via diplomática se instalou e pelos vistos ainda se vai mantendo. Rezam as teorias que Hitler suicidou-se num Bunker. Bunker esse que já não existe mais, pois o local foi destruído, tapado e hoje é um simples parque de estacionamento. O corpo de Hitler nunca foi encontrado permanecendo um mistério.  Um troféu de guerra que as tropas Soviéticos nunca conseguiram!

O Exército Vermelho comandado por Stalin irrompeu por Berlim destruindo tudo à frente e hasteando as bandeiras com a foice e o martelo em muitos monumentos, entre os quais  o “Palácio do Reichstag”, o edifício onde atualmente funciona o “Bundestag”, o Parlamento Alemão, sendo possível visitá-lo e subir à famosa cúpula de vidro projetada pelo Arquiteto Norman Foster. Ali reina agora a Chanceler Angela Merkel, que com sorte até pode ser vista em pessoa, saudando amavelmente os visitantes.

 

Unter-den-linden – O Museu Histórico Alemão ao fundo a Cúpula da Catedral e Torre de TV da Alexanderplatz

 

Berlim nos dias de hoje é uma cidade que não sendo bonita nem pitoresca, consegue ser muito encantadora. Com a sua mascote, o urso, recebe-nos de braços abertos. Em 2009 visitei-a pela primeira vez, voltando no ano seguinte. A Alemanha é um país muito acolhedor onde o turista é sempre bem recebido. País moderno, limpo e seguro com um povo muito alegre, comunicativo e afável. Foi uma enorme surpresa sobretudo porque as ideias pré concebidas que tinha acerca do povo Alemão ser sisudo, arrogante e antipático e recusar-se a falar Inglês, desapareceram nos primeiros instantes depois de aterrar. Tanto em Berlim como em outras cidades Alemãs que visitei fui sempre bem acolhido e sempre me senti bem.

 

Porta de Brandemburgo- Berlim- Alemanha

 

Berlim é tida como a grande cidade mais barata da Alemanha e tem imenso para nos mostrar, daí o desejo de regressar ser permanente. Em Berlim é possível nos enriquecermos a nível cultural, nos muitos museus, tanto em arte como na História antiga e recente, sobretudo do Velho Continente, pois ainda podemos visitar bunkers, outros caminhos subterrâneos ou à superfície, da Guerra Fria, um Campo de concentração, e até pedaços do Muro conservados e vedados para evitar que os turistas retirem pedras dos mesmos, que as lojas vendem como souvenirs. Longe de mim ser um perito em Cultura, Política ou História, pois não são assuntos que possua bases sólidas para os discutir, mas com as viagens que vou fazendo vou mudando aos poucos esse paradigma.

 

Embaixada dos EUA-Berlim-Alemanha

 

Em tempos servida por 3 aeroportos, a capital da Alemanha inaugurou recentemente o “Aeroporto de Berlim-Brandemburgo” com muitas polémicas e derrapagens orçamentais à mistura, afinal os Alemães também esbanjam dinheiros públicos! Situado em Schönefeld, a cerca de 20Km do centro da cidade de Berlim, servido por transporte ferroviário, usa a pista do aeroporto que tinha o mesmo nome, que recentemente era utilizado pelas companhias aéreas “low cost”, entretanto desativado, tal como o “Aeroporto Berlin-Tegel” que até há pouco tempo era aeroporto principal. Aeroportos que outrora serviam as partes oriental e ocidental respetivamente.

Mas foi o Aeroporto “Berlim-Tempelhof” o mais carismático. Construído durante o Regime Nazi, foi usado como oficina de manutenção de aeronaves e de abrigo durante a II Guerra Mundial.  As operações foram encerradas em Outubro de  2008, sendo a sua área utilizada como o maior parque público de Berlim, o “Tempelhofer Feld”, usando as antigas pistas como ciclovias e locais prática de desportos ao ar livre. Sobressai a sua fachada de estilo Soviético que o tornou o maior edifício do Mundo antes da construção do Pentágono nos EUA.

 

Aeroporto de Tempelhof

 

À chegada é importantíssimo adquirir o cartão turístico “Berlin Welcome card” que oferece descontos em muitas atrações turísticas e permite viagens ilimitadas na moderna e eficiente rede de transportes públicos, que aos fins de semana circulam 24/24h, composta por comboios suburbanos S-bahn que circulam também pelo centro da cidade,  metropolitano (U-bahn), elétricos rápidos (trams) e autocarros com alguns de dois pisos.  As carruagens amarelas do metropolitano são bastante típicas. Das muitas estações recordemos a de Alexanderplatz, no coração da cidade, onde o filme “Flightplan – Pânico a Bordo” com Jodie Foster protagonista principal, tem algumas filmagens.

 

Autocarros de dois pisos passando junto à Porta de Brandenburgo do lado de Tiergarten

 

A Alexanderplatz é um dos locais de romaria diária. A praça deve o nome ao Czar Russo Alexander I que em 1805 visitou a cidade tendo sido ali recebido. No centro da praça encontramos a torre de TV, uma das imagens que marcam a paisagem de Berlim. A “Berliner Fernsehturm” que do seu alto oferece vistas panorâmicas sobre a imensidão da cidade. A paisagem é branca e escura. Ali por perto situa-se o edifício da Câmara Municipal, a “Rotes Rathaus”. A  Alexanderplatz possui uma das principais estações de S-bahn, comboios que ali circulam em viadutos e nos levam a inúmeros pontos da cidade e também aos arredores. Estações de comboio que são autênticos shoppings com lojas e vários restaurantes de fast food tornando-se ideais para refeições rápidas e económicas. Berlim também é um paraíso de compras e grandes armazéns existem em todo o lado, com destaque para a zona da Alexanderplatz.

 

Estações de comboio com dimensões consideráveis abundam em Berlim, mas nenhuma se compara à Estação Central “Berlin Hauptbahnhof”. Inaugurada em Maio de 2006, ano em que a Alemanha organizou o Campeonato do Mundo de futebol, é a maior estação multinível da Europa. Ali conflui o tráfego ferroviário nacional e internacional. Para não variar, também é um paraíso de lojas e de restaurantes!  Ali, já parti para Praga e já regressei da Polónia, em anos diferentes.

 

Igreja Alemã na Gendarmenmarkt-Berlim-Alemanha

 

Um dos passeios habituais, a pé, é sair da  Alexanderplatz, atravessar um dos canais do Rio Spree, que banha Berlim, pela Ponte “Liebknechtbrücke” e chegar à Ilha dos Museus. Um local onde além da Catedral e do parque verde Lustgarten” a ela pegado, se concentram vários museus. Para os visitar são necessários vários dias. O Museu Bode com a sua coleção de esculturas, arte Bizantina, moedas e medalhas é talvez o mais famoso. O “Altes Museum” que é o maior e mais importante museu do Mundo em arte antiga da Grécia, de Roma e da Etrúria. O “Neues Museum” com peças do Antigo Egito, da Pré-História e também da História recente. A “Alte Nationalgalerie” que mostra inúmeras pinturas e esculturas Europeias do século XIX. e o Museu de Pérgamo que alberga uma coleção de arte da antiguidade clássica e também arte Islâmica e Oriental, sendo parte do seu acervo comparado em grandeza ao do Museu do Louvre em Paris!

 

Catedral-Berlim-Alemanha

 

Altes-Museum- Berlim

 

Saindo da Ilha dos Museus e cruzando um dos canais  pela Ponte “Schlossbrücke” entramos na avenida mais famosa da cidade, a “Unter den linden”, considerada como os “Campos Elísios de Berlim”. Imediatamente encontramos o Museu Histórico Alemão que nos relata os dois mil anos da História deste país, suas relações internacionais, políticas e culturais.  A Opera Estatal de Berlim é uma das mais importantes da Europa, onde é possível assistir espetáculos de grande qualidade a preços bem simpáticos, tal como na Komische Oper Berlin.

 

Hauptbahnhof-Berlim-Alemanha

 

Palácio do Reichstag-Berlim-Alemanha

 

Desviando um pouco chegamos à Gendarmenmarkt, uma praça onde encontramos duas igrejas gémeas: a Igreja Francesa e a Igreja Alemã. Entre as duas localiza-se a sala de concertos “konzerthaus” onde atua a orquestra sinfónica  “Konzerthausorchester”.

 

Regressando à  pela “Unter den linden”, subindo por esta, terminamos na “Pariser Platz”, o local onde os Berlinenses dão as boas vindas a todos os Anos Novos. Em frente à  Porta de Brandemburgo, o monumento mais famoso da Alemanha. Nesta praça encontra-se também o edifício da  Academia de Artes, e o luxuoso Hotel Adlon, um dos mais caros da Alemanha, usado por políticos em visitas oficiais, ou não estejam ali ao lado as Embaixadas da Hungria, Rússia e França.

 

Hotel Adlon na Pariser Platz no final da Unter-den linden – Berlim -Alemanha

 

Passando a Porta de Brandenburgo, virando à esquerda, passamos junto à Embaixada dos EUA, caminhando em direção à moderníssima Potsdamer Platz, um dos mais frenéticos centros de tráfego da Europa, onde as altas torres sobressaem, a passagem pelo Memorial aos Judeus Mortos da Europa é um local de paragem obrigatório. Uma ferida ainda por sarar na História da Alemanha. Consiste de uma área de 19.000 m2 ocupada por com 2.711 blocos de betão de diversos tamanhos, parecendo-se com um campo ondulado de pedras. Um local extenso que nos deixa bastante pensativos…

 

Konzerthaus na Gendarmenmarkt-Berlim-Alemanha

 

A cerca de 1Km fica o Checkpoint Charlie! Aqui a URSS e os EUA possuíam, digamos assim, uma fronteira terrestre, a única no Mundo. Um dos locais, o mais importante, onde se poderia passar o Muro de um lado para o outro com controlo policial fronteiriço. Num dos edifícios lá presentes funcionavam serviços da CIA e num outro, a cerca de 100m, os do KGB. Ali existe um Museu dedicado ao Muro de Berlim e àqueles que o tentaram atravessar por esta passagem. A exposição é constituída de fotos, vídeos e maquetes que mostram centenas de detalhes impressionantes sobre as tentativas dos Berlinenses conquistarem a Liberdade. Muitos conseguiram escapar escondidos das formas mais insólitas como por exemplo dentro de um Trabant (modelo de automóvel usado na época) escondidos no compartimento do motor, ou por baixo de um tapete dentro de um assento.

 

Checkpoint-Charlie -Berlim-Alemanha

 

Nesta zona da cidade podemos visitar o Museu da Espionagem Alemã ou não fosse Berlim a capital Mundial da Espionagem. A Topografia do Terror, um museu que ocupa a antiga sede da GESTAPO, a Polícia Secreta do Estado Nazi, onde os opositores do regime eram submetidos a interrogatórios e torturas. Ao lado, o edifício da “Luftwaffe”, as Forças Aéreas Nazis, que escapou aos bombardeamentos da Guerra, um dos locais onde o filme “Valquíria” de 2008 com Tom Cruise, que relata uma tentativa falhada de matar Hitler, tem filmagens. Nesta zona de Berlim existem inúmeras partes do Muro ainda intactas.

 

Memorial de Hohenschönhausen-Prisão secreta da STASI

 

Um dos locais que relata a História da cidade é o “The Story of Berlin”. A visita a este museu inclui a entrada num bunker civil previsto para uma eventualidade de um ataque nuclear. O sistema de renovação de ar, os dormitórios e os WCs permanecem intactos.

Túneis subterrâneos da cidade, que foram locais utilizados durante a Guerra Fria, também podem ser visitados em “Berliner Unterwelten” que proporciona vários tipos de visitas a vários túneis. Uma delas, termina na estação de metropolitano (U-bahn) “Gesundbrunnen” que estava preparada para ser usada como bunker e albergar inúmeros civis em caso de ataque nuclear.

Sobre a STASI, antiga polícia secreta da RDA, uma “PIDE” mas mais refinada, que espalhou repressão e terror desde a década de 50 e durante quase 40 anos, existe um museu, o “Stasimuseum” que exibe os meios usados para espiar os cidadãos, por exemplo máquinas fotográficas escondidas nos mais variados objetos e também relatos de técnicas de tortura sobretudo psicológica e social. Uma forma de repressão sobre os dissidentes, pois o Estado conhecendo pormenorizadamente a sua vida privada e todos os passos que davam, podia facilmente devassa-la, e usar essas informações contra eles sob forma de chantagem, causar-lhes conflitos sociais e familiares, lançando calúnias, tortura essa que no limite podia levar ao suicídio.

 

Memorial de Hohenschönhausen-Prisão secreta da STASI-Cela

 

Memorial-de-Hohenschönhausen-Prisão sereta da STASI-Câmara de tortura

 

Memorial de Hohenschönhausen-Prisão secreta da STASI-Celas

 

A STASI possuía uma prisão secreta, que nem nos mapas existia mencionada como tal, para onde os dissidentes eram transportados. Raptados no meio da rua, forçados a entrar numa carrinha fechada, que nada se parecia com um carro celular, até poderia possuir autocolantes publicitários, fazia um percurso de várias horas aos círculos pelas ruas da cidade para que eles pensassem que estavam a ser transportados para bem longe de casa. Ali chegados eram submetidos a diversas técnicas de tortura física, mental e psicológica com vista a revelarem informações necessárias às suas “más” ações e também à detenção de outros dissidentes. O Memorial de Hohenschönhausen é um dos locais mais aterradores de Berlim. É possível visitar as celas de encarceramento, sem vista para o exterior, onde o isolamento, sem qualquer atividade, era constante e indeterminado,  locais de tortura como por exemplo celas exíguas onde era impossível esticar as pernas, ou os locais dos interrogatórios que poderiam surgir a qualquer hora, do dia ou da noite e por tempo indefinido. Interrogatórios com recurso a tortura psicológica referindo por exemplo que um familiar próximo tinha sofrido uma doença súbita ou um acidente.

 

Memorial aos Judeus Mortos da Europa-Berlim-Alemanha

 

A Tecnologia e a Indústria são pontos onde a Alemanha é fortíssima. E do ponto de vista histórico, o “Technikmuseum” tem uma mostra bastante interessante neste campo.

 

E quanto a museus muito mais haveria para dizer. Nem mesmo o Museu de cera Madame Tussaud ‘s falta! Um local onde encontramos muitas figuras históricas, Alemãs em grande número, com quem podemos interagir, posar e nos divertir, sendo a melhor forma de nos recompormos dos efeitos de visitar locais que nos deixam abatidos e cabisbaixos.

 

Museu de cera Madame-Tussauds-Com o Oliver Kahn-Berlim-Alemanha

 

Museu de cera Madame-Tussauds-Com o Albert Einstein-Berlim-Alemanha

 

Museu de cera Madame-Tussauds-Com o Karl Marx-Berlim-Alemanha

 

Como por exemplo, em Oranienburg, nos arredores de Berlim. Aqui existe um Campo de Concentração. Sachsenhausen que foi a primeira de uma série de instalações construídas pelos Nazis, para confinar ou liquidar em massa opositores políticos, judeus, ciganos, homossexuais, Testemunhas de Jeová, e, posteriormente, milhares de prisioneiros de guerra. Após a queda do regime Nazi, serviu como acampamento especial Soviético.  Muitas das edificações encontram-se destruídas, mas ainda é possível ver as barracas onde os prisioneiros viviam em condições desumanas, a seção “Z” onde as execuções por fuzilamento eram levadas a cabo, e as ruínas do crematório onde depois das execuções os corpos eram incinerados. Existe um museu e um centro de exposições onde podemos aprender mais sobre este local.  A ação do filme “The Counterfeiters” de 2007, baseado numa história verídica, decorre aqui.

Visitar campos de concentração é uma experiência dolorosa, deprimente e assustadora. Mostra-nos o pior da natureza humana e faz-nos amar ainda mais os animais.

 

Campo de concentração de Sachsenhausen

 

Situado no lado oposto à Porta de Brandenburgo, do enorme parque central de “Tiergarten”, o Jardim Zoológico de Berlim alberga a maior coleção de espécies do Mundo. O destaque vai para os famosos ursos polares que no Inverno estão no seu perfeito habitat. Muitos animais encontram-se resguardados em jaulas no interior mas mesmo assim, é possível ver elefantes a passear na neve! Uma das zonas é dedicada a animais noturnos, outra a felinos onde os gatos selvagens estão presentes, como é exemplo de um, em adulto que pesa apenas 1,6Kg. Também é imperdível a visita ao Aquário e aos seus répteis  em exibição como é o caso do temível crocodilo com mais de 6m de comprimento!

 

Jardim Zoológico-Elefantes na neve-Berlim-Alemanha

 

Jardim Zoológico-Ursos polares -Berlim-Alemanha

 

Berlim foi sede dos Jogos Olímpicos de 1936 e palco de vários jogos do Campeonato do Mundo de futebol de 2006, entre os quais a final, dramaticamente decidida por pontapés da marca de penalty. Fábio Grosso marcou o penalty decisivo que permitiu à Itália, perante a França, alcançar o seu 4º título de campeão Mundial. Mas esse jogo fica marcado por ser o último da carreira de futebolista de Zinedine Zidane, atual treinador do Real Madrid. O ato tresloucado perante o defesa Italiano Materazzi que o provocou. À cabeçada, foi a forma deste enorme jogador de futebol abandonar os relvados.

 

Estádio Olímpico de Berlim

 

Estádio Olímpico de Berlim-Vestiário

 

Estádio Olímpico de Berlim

 

Em 2015 ali foi jogada a final da Champions ganha pelo Barcelona com o trio MSN (Messi, Suárez e Neymar) na frente e Iniesta no meio campo. Perante este Dream team a Juventus foi uma digna vencida. Xavi fez aqui o seu último jogo com a camisola “blaugrana” e levantou o troféu.

O estádio foi construído entre 1934 e 1936, desde 1963 é palco dos jogos em casa  do “Hertha Berliner Sport-Club”, o principal clube da cidade. Berlim é das poucas capitais Europeias que não possui um “grande” clube de futebol. Paris era até há poucos anos outra…
É um estádio do tipo Olímpico, como o nome indica, daí ter recebido inúmeras competições internacionais de atletismo. Usain Bolt estabeleceu ali o atual recorde dos 100m e dos 200m, durante o Campeonato do Mundo de Atletismo de 2009.

A cobertura é em forma de ferradura, cobrindo a totalidade das bancadas que recebem espetadores. Uma parte das bancadas de um topo, onde se situa o arco histórico da Porta de Maratona, não recebe espetadores.

 

Estádio Olímpico de Berlim – Pormenor da cobertura

 

Um estádio com muita História. Foi cenário da propaganda do regime Nazi. Isso não impediu que Jesse Owens, um atleta Afro-americano ali ganhasse 4 medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1936, contrariando o discurso sobre a supremacia da raça Ariana, que Hitler usou durante o evento! Serviu também de quartel general das Forças Armadas Britânicas.
Ao longo dos tempos foi objeto de várias obras de modo a adaptá-lo às condições exigidas a um recinto desportivo atual. Mesmo com uma arquitetura Clássica e fazendo lembrar a Grécia Antiga, é um moderníssimo estádio que inclusivamente possui um sistema de aquecimento do relvado para promover o degelo durante o período de Inverno.
A visita guiada inclui também o seu interior, nomeadamente os balneários e as bancadas. Assim passei parte do dia do meu 34º aniversário.

O Estádio Olímpico de Berlim é um dos vários míticos estádios que tive oportunidade de visitar.

 

Estádio Olímpico de Berlim com os Ursos-mascote típica da cidade -Berlim-Alemanha

 

A vida noturna em Berlim é muito animada. Entre outros locais, nas imediações da Alexanderplatz existe uma grande oferta de bares onde podemos desfrutar de uma noite de Sábado da melhor maneira.
O famoso “Kit Kat Club” cujo nome está imortalizado num musical na Broadway, e no cinema com Liza Minelli, o “Cabaret” de 1972, existe mesmo em Berlim! A sua banda sonora “money, money” ainda permanece nos nossos ouvidos!

Contudo, parece tratar-se de um local estranho, supostamente destinado para quem tenha uma mente aberta, onde para entrar, um “dress code” caraterístico e especial, é fator determinante.

 

Na Alemanha,o porco é rei no prato. Já nos copos, aliás nas canecas, a cerveja é rainha,existindo centenas de marcas e tipos diferentes! Em Berlim reina a “Berliner Weisse”.

Das inúmeras variedades de salsichas típicas de várias cidades Alemãs, a Berlim, pertence a “currywurst”! Uma salsicha de porco cortado às rodelas e temperada com ketchup e caril. Esta iguaria tem reminiscências do período da II Guerra Mundial! Em 1949, quando Herta Heuwer, que possuía um quiosque de comida em Berlim Ocidental, resolveu temperar uma salsicha de porca grelhada, com ketchup, e pó de caril que obteve dos soldados ingleses. Num cenário de destruição e privação de recursos, resultante da guerra, Herta Heuwer desatou a vender no seu quiosque este tipo de “fast food”, que tem conquistado até hoje o gosto dos Alemães e de quem visita a Alemanha. No meu caso, sempre que aterrei na Alemanha comer uma “currywurst” tornou-se um hábito, uma tradição! A importância desta iguaria é tão grande que até existe um museu a ela dedicado, o “Deutsches Currywurst Museum”. 

 

Cervejaria típica Alemã-Um einsbein

 

Sopa em cervejaria típica alemã

 

Outra iguaria é o “donner kebab”. Uma sandwich que foi inventado na Alemanha pela Comunidade Turca residente e entrou em definitivo na rota dos viajantes. A Alemanha também é um paraíso de comida Turca, com inúmeros restaurantes típicos que servem pratos deliciosos e económicos.

A “Asia gourmet” uma cadeia de “fast food” Asiática também oferece refeições económicas muito saborosas.

Mas jantar numa cervejaria típica Alemã é algo tradicional e imperdível. Recomendo vivamente uma ida à “Berliner Republik”. O Eisbein  (joelho de porco) é um dos pratos mais solicitados! Também o Schnitzel (panado de porco), as salsichas “Bratwurst” e “Bockwurst” têm grande saída. O “Sauerkraut” (repolho fermentado), as batatas assadas e a mostarda, são acompanhamentos tradicionais. Doses bem aviadas e bem regadas são ali servidas. E os clientes, locais e estrangeiros, sempre animados e sempre a levantar canecas!

 

Cervejaria típica Alemã

 

A Bola de Berlim não poderia faltar! A “Berliner”, que é guarnecida com doce de frutos vermelhos. Foi a “Berliner” que deu origem às nossas Bolas de Berlim. A receita foi trazida para o nosso país durante a II Guerra Mundial por refugiados Judeus, tendo sida adaptada ao gosto Lusitano.

Berlim foi a minha porta de entrada na descoberta da Alemanha. Munique e Fussen, Hamburgo, Colónia, Dusseldorf, Dortmund e Frankfurt foram, as cenas dos capítulos que se seguiram. E outros se seguirão!

 

Loja de artesanato – O Pinóquio – Berlim – Alemanha

 

Links:

Flight Plan (2005) – trailer

Os falsificadores (2007) – trailer

Cabaret (1972) – trailer 

Cabaret (1972) – banda sonora: Money, money

Expulsão de Zidane –  Final do Campeonato do Mundo 2006

Final do Campeonato do Mundo 2006-Resumo

Final Champions League 2015, Barcelona 3 Juventus 1

Usain Bolt, recorde dos100m em 2009

Usain Bolt, recorde dos 200m em 2009

Jesse Owens, nos Jogos Olímpicos de 1936

Currywurst – reportagem

 

Souvenirs Soviéticos-Ushankas russos

 

Voos:

A easyjet e a Ryanair têm voos diretos de Lisboa para Berlim.

 

Hostel:
A oferta de alojamento económico em Berlim é abundante. Recomendo a cadeia de hostels Generator pois oferece bons quartos, bom serviço e bons preços. Localização bem servida pelos transportes públicos. Idem para o All In Hostel.

 

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A CIDADE LUZ DA ROMÉNIA

 

A cidade luz da Roménia

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Bucareste é por vezes chamada de “a pequena Paris” (do leste Europeu), a sua enorme avenida que se assemelha à dos campos elísios, o arco do triunfo, entre outras dão este ar de Paris no leste da Europa.

Estive na Capital da Roménia em 2017, quando visitei a Bulgária, seguindo depois para Madrid dado que na altura não tínhamos voos diretos para Bucareste e consegui um excelente preço), vindo depois de Madrid de comboio para Viseu (destino a Lisboa), comboio esse que esperemos que volte a funcionar.

Para quem não sabe a Roménia apesar da sua completa e distinta sonoridade e também na escrita, é na verdade tal como Portugal uma Língua de origem Latina, tive um amigo que trabalhou por lá alguns anos e disse-me que tem muitas bases semelhantes, mas a fenética é muito diferente, na escrita assemelha-se um pouco mais.

 

vista do Hostel no centro histórico, Bucareste- Roménia

 

Fiquei no centro da cidade, num hostel chamado Little Bucharest old town hostel, a localização é boa, mesmo no centro histórico numa zona pedonal, junto da maioria de oferta noturna da cidade, recomendo vivamente a zona histórica da cidade.

O maior destaque da cidade é sem dúvida o Palácio do Parlamento, aquele que é o maior palácio do Mundo, sendo a segunda maior construção do Mundo, apenas atrás do Pentágono.

O Palácio foi construído pelo líder do partido comunista da altura Nicolae Ceausescu; o palácio tem 12 andares (um bunker e 8 andares subterrâneos), tem uns impressionantes 240 metros de comprimento e 270 metros de largura; podemos visitar esta mega obra por 40 Leu, cerca de 8€, bilhetes e informações no site oficial. Percorrer a enorme avenida “Boulevard Unirii”, uma vistosa avenida com mais de 3km de comprimento complementa este cenário megalómano da capital Romena, nota para o mosteiro Antim, o Palácio dos Deputados e a Catedral ortodoxa, que se encontram junto da avenida.

 

Palácio do Parlamento, Bucareste – Roménia

 

Boulevard Unirii, Bucareste

 

Boulevard Unirii, Bucareste

 

O centro histórico é onde se encontra a maioria das atrações da cidade, além de ser um centro histórico muito bonito, com vários edifícios bem ornamentados e em fantástico estado de conservação.

Antes de entrar neste belo centro histórico nota para uma das principais praças da cidade, a praça da União, conectada esta avenida principal que segue para o Parlamento.

Já no centro histórico a principal praça em destaque é a praça da Revolução (“piata Revolutiei”), uma praça com uma grande história na cidade, palco de grandes confrontos e acontecimentos importantes. Ao centro temos um obelisco com cerca de 25 metros de altura, que é um memorial às vítimas da revolução, o memorial do renascimento. Junto da praça temos vários locais importantes, o principal destaque é para o antigo Palácio Real, um imponente edifício que foi reconstruído em 1937, aqui está o Museu Nacional de Arte, a entrada para o museu é de 20 Leu, cerca de 4€, podem combinar com a Galeria de arte Europeia, ficando os dois por 32 Leu, cerca de 6,5€.

 

centro histórico de Bucareste- Roménia

 

centro histórico de Bucareste- Roménia

 

Junto da praça da Revolução temos ainda o Palácio  Cantacuzino, que é também o museu Nacional “George Enesceu”, a entrada custa apenas 10 Leu, cerca de 2€. A igreja Kretzulescu, com um estilo ousado, ainda do tempo comunista na Roménia, também fica próxima.

A avenida Victoriei, é a principal rua do centro da cidade, uma rua que vale a pena percorrer, juntamente com a galeria de estilo francês, a Macca Vilacrosse (que liga daqui á rua lipscani), entre a avenida Victoriei e toda esta zona histórica deslumbrando os edifícios, ou indo a um restaurante, bar, café ou mesmo numa qualquer loja, vale a pena “perdermo-nos” por aqui.

Temos ainda próximo da galeria e Macca Vilacrosse, a igreja Stavropoleos, que é um marco desta cidade, a igreja foi construída em 1724, é bastante bonita e com uns adornos exteriores que dão um toque diferente dos edifícios vizinhos.

igreja Stavropoleos, Bucareste- Roménia

 

Museu Nacional de História, Bucareste- Roménia

 

Depois da praça da Revolução, temos ainda para ver o Ateneu Romeno, uma deslumbrante sala de espetáculos, com um estilo neoclássico, construído em 1889; aqui decorrem vários espetáculos alguns deles da filarmónica  George Enesceu; o Museu Nacional da Literatura de Bucareste, também tem destaque (próximo da avenida Victoriei, na rua Nicolae Cretulescu) a entrada deste museu é de apenas 5 Leu (RON), cerca de 1€, fica junto a uma outra praça de destaque, a praça da universidade e do Museu do município de Bucareste.

 

 

Estátua em frente ao Teatro Nacional de Bucareste- Roménia

 

Bucareste – Roménia

 

Não muito longe do centro, a pouco mais de 500 metros da praça da revolução, podemos descontrair nos jardins Cismigiu, que são os jardins públicos mais antigos da cidade tendo sido inaugurados em 1847, nos jardins temos ainda o lago Cismigiu, que dá um toque adicional de beleza a estes jardins, ainda temos aqui junto por exemplo o palácio Cretulescu.

Um dos locais de visita obrigatória, que se encontra mais afastada um pouco do centro da cidade é o Arco do Triunfo, fica a cerca de 5km do centro, podem chegar de metro, na linha M2 saíndo na paragem Aviatorilor, ficando esta a cerca de 800 metros do arco, na entrada do parque Regele Mihai I, onde também podemos desfrutar do parque e dos lagos Floreasca e Herastrau; outro parque é o Herastrau, que está junto deste. O arco do Triunfo de Bucareste, foi inicialmente em madeira, tendo sido reconstruído em granito em 1936, tem cerca de 27 metros de altura e é um ponto central de desfiles; mais informações no site oficial do património da cidade.

 

Arco do Triunfo de Bucareste

 

Aqui perto temos o Museu da aldeia Romena, que retrata as diferentes zonas rurais da Roménia; um belo museu ao ar livre que pode ser visitado por 20 Leu, cerca de 4€. Nota também para o Museu de História Natural, o Antipa e o Museu Nacional de Geologia, ambos ficam no centro próximo do Museu Nacional George Enescu. Para quem gosta de teatro, o Teatro Nacional merece por certo uma visita.

 

Para conhecerem melhor a cidade recomendo uma apps com mappa offline, podendo assim usar apenas com o GPS, como o maps.me, triposo, citymaps2go,entre outros; desfrutem sobretudo da zona histórica da cidade, penso que um dia completo será o mínimo para conhecer esta encantadora capital do leste europeu

 

Viagens Felizes

 

igreja ortodoxa em Bucareste- Roménia

 

Dicas e Notas:

Temos voos diretos para Bucareste, desde Lisboa pela companhia low-cost Húngara Wizz Air; como sugiro sempre pesquisem também em alternativa, juntando com alguns outros destinos; companhias como a Ryanair, Wizz Air e Easyjet têm ofertas para: Milão, Bolonha, Bruxelas, Dublin, Londres, Madrid, Roma, Alicante, Valencia, Genebra. Viena, Nice, Dortmund, entre outros destinos com os quais podem fazer uma viagem barata, desde Portugal, podendo ficar um dia e depois desse destino rumar até à capital Romena.

Do aeroporto de Bucareste para o centro da cidade podemos ir de bus linha nº 780, para a estação de comboios, ou o 783 que vai mais para o centro da cidade; a viagem demora cerca de 40 minutos, e a viagem custa menos do equivalente a 2€ mais informações e horários no site oficial de transportes da cidade STB.

 

centro histórico de Bucareste – Roménia

 

Podem optar por vir de bus ou comboio, quer seja de uma outra cidade, ou por exemplo como eu, da vizinha Bulgária, ou por exemplo da Sérvia; podem ver informações e comprar bilhetes no site de comboios da Roménia, no caso do bus o melhor é usarem o agregador Bus Radar, que junta as várias companhias de bus que operam para os vários destinos, nota importante para que a estação central de bus que está a cerca de 5 km do centro, eu na altura tive de ir de táxi (cerca de 10€), sendo que a estação de metro de Basarab  (M1), se encontra a 500 metros daqui.

A cidade ainda é algo grande, tendo por exemplo o arco do triunfo mais afastado, embora penso que não muitas vezes, terão de usar transportes, acho que o metro é mais prático já que nos buses têm de ter cartão recarregável com as viagens, pois não dá para comprar a bordo; as viagens de metro dentro da cidade são baratíssimas, cerca de 1.60 Leu, o equivalente a cerca de 33 cêntimos, podem planear a rota e ver o mapa, no site do metro de Bucareste, Metrorex.

 

Banco Nacional da Roménia, no centro histórico de Bucareste

 

A moeda oficial da Roménia é o Leu Romeno (RON), 1€ são aproximadamente 5 Leu (nota para que praticamente só há notas, apenas 4 moedas de cêntimos e é muito raro, para terem uma noção, a nota de 1 Leu equivale a cerca de 0.2€; até por exemplo as máquinas de vending trabalham com notas).

O fuso horário é de mais duas horas (três no Verão); o indicativo telefónico é + 40 e o domínio de internet é .ro

A cidade é relativamente barata, embora tenhamos muitos contrastes com lojas, bares e restaurantes mais caros. No centro histórico está a vida da cidade, desde de bares aos inúmeros “Gentlemen’s Clubs”, restaurantes etc., de notar que aqui a maioria das ruas é pedonal, por isso apesar de aconselhar dormirem aqui tenham em mente isso; já agora para o caso de estarem distraídos os  “Gentlemen’s Clubs”, são mais caros, e caso vão com amigos, ou tencionem beber muito cuidado com os comportamentos, têm segurança à porta em quase todos.

 

bar no centro histórico de Bucareste

 

Tal como em outros países do leste apesar de não ser toda a gente, já começamos a ter informações e cada vez mais pessoas a falar inglês, dada a diversidade cultural nesta capital (embora não seja transversal), em restaurantes, bares e locais turísticos, por norma não temos grandes problemas de comunicação.

 

Site turismo da Roménia:  Aqui

Site turismo Bucareste: Aqui

Para alojamento em Bucareste, consulte aqui.

 

 

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LAGOS, A MAIS BELA CIDADE DO ALGARVE

 

Lagos, a mais bela cidade do Algarve

Texto & Fotos de Susana Correia

 

Sou lacobrigense de gema e, portanto, poderia roçar a estranheza escrever sobre a minha cidade de forma isenta. Porém, só quem visita Lagos percebe que este paraíso à beira-mar plantado tem um encanto especial refletido naquilo que melhor o carateriza: o cheirinho a maresia misturado com o sabor a verões intermináveis.

Preparado para conhecer a mais bela cidade do Algarve?

 

Praia do Camilo- Lagos- Portugal

 

Será inevitável falar de Lagos sem falar nas suas praias. E aqui a escolha é muito variada: se prefere praia de duna tem a Meia Praia com 5.5km de areal dourado. Se, por outro lado, prefere praia de rocha, as opções aumentam exponencialmente:

 

Praia da Batata

Praia dos Estudantes

Praia da Pinhão

Praia da D. Ana

Praia do Porto de Mós

Praia do Camilo

Ponta da Piedade (das mais belas formações rochosas do mundo).

 

Ponta da Piedade – Portugal

 

Ponta da Piedade- Portugal

 

Praia do Pinhão – Lagos- Portugal

 

Praia dos Estudantes- Lagos- Portugal

 

Praia Porto de Mós- Lagos- Portugal

 

Vista da falésia para a Praia da Luz- Lagos- Portugal

 

Vista Falésia do Porto de Mós- Lagos- Portugal

 

Meia Praia- Lagos- Portugal

 

No entanto, e muito ao contrário do que se pensa, escreve e vende, nem só de praia vive Lagos.

Se for amante da natureza — como eu —, uma das atividades mais procurada, seja em que estação do ano for, são os trilhos. E Lagos oferece as melhores e mais belas vistas que alguma vez experienciará. Poderá aventurar-se pelo caminho que inicia na praia do porto de mós, subindo a falésia e apreciando todo o mar que se estende à sua frente, passando pela Vila da Luz e Burgau. Isto tudo de uma caminhada só, e num único trilho. Imagine o azul cristalino do mar recortado pelas rochas, grutas e cavernas, ao mesmo tempo que observa, mesmo aos seus pés, um campo verde cheio de flores com cheiros primaveris a inundarem-lhe os sentidos. Diga-me se não sente, imediatamente, vontade de abrir os braços e respirar liberdade? De certa forma, sempre que o faço, sinto-me como o João e o seu pé de feijão, quando o escalou pela primeira vez e descobriu o tesouro.

 

Falésia do Porto de Mós – Praia da Luz

 

Campos de Flores nas Falésias- Lagos- Portugal

 

Se, por outro lado, aprecia uma cidade pelo seu legado histórico, Lagos também será a sua escolha. Foi daqui que partiu Infante D. Henrique nas suas caravelas, na descoberta do Norte de África. E Gil Eanes ao dobrar o Cabo Bojador, iniciando, dessa forma, a Era dos Descobrimentos Portugueses. As Estátuas de homenagem a ambos podem ser encontradas aqui, tal como uma série de monumentos e Igrejas:

 

Muralhas (Monumento Nacional)

Ruínas da antiga cidade (Lacóbriga), situadas no Monte Molião

Mercado dos Escravos

Castelo dos Governadores

Forte da Ponta da Bandeira

Mercado Municipal da Avenida

El Rei D. Sebastião

Igreja de Santa Maria

Igreja de S. Sebastião

Igreja de Santo António – Património Cultural (Toda revista a Talha Dourada)

Museu Municipal Dr. José Formosinho – Património Cultural

 

 

Mercado dos Escravos- Lagos- Portugal

 

Infante D. Henrique- Lagos- Portugal

 

Igreja de Santo António- Lagos- Portugal

 

Muralhas de Lagos – Lagos- Portugal

 

Gil Eanes- Lagos- Portugal

 

Forte Ponta da Bandeira

 

El-Rei D. Sebastião- Lagos- Portugal

 

A beleza paisagística de Lagos embrulhada na sua mística atmosfera faz desta cidade uma das mais visitadas e procuradas do Algarve. E é fácil perceber porquê, todavia, se ainda não está convencido, desafio-o a descer a nossa avenida, parar no miradouro da estátua a S. Gonçalo de Lagos e deixar-se encantar pela vista da baía da Meia Praia cruzada com a entrada da nossa Marina. Acredite que será um deleite para os sentidos.

 

Barra da Meia Praia- Lagos- Portugal

 

Marina de Lagos- Lagos- Portugal

 

E que tal aguçar ainda mais um pouco o apetite e deixar-se levar pela nossa maravilhosa gastronomia?

Lagos é conhecido pelos típicos bolos de amêndoa e figo, e sendo produtos característicos da nossa região, são facilmente encontrados nas pastelarias da cidade. Realço a Pastelaria Taquelim, pioneira nesta confeção e a funcionar desde 1935. Prove o D. Rodrigo e conte-me como reagiram as suas papilas gustativas.

 

Avenida de Lagos – Lagos- Portugal

 

Se continuarmos nos doces, não há como visitar Lagos e não provar estas maravilhas: Na Pastelaria Gombá, fundada em 1964, encontra o famoso bolo de café, possivelmente, o melhor bolo do mundo. Na Croissantaria 29, uma panóplia de croissants doces e salgados que o vão fazer questionar toda a existência do croissant. Confuso? Eu explico: existem os de doce de ovos e amêndoa, os de Gila, os de chocolate e natas, entre outros. Mas também existem os de frango com maionese e salada (o meu preferido), os de atum e ovo ou os de carne assada. Surpreendido? É provar!

Naturalmente, não podemos falar de Lagos sem mencionar o nosso delicioso peixe. Imagine-se a passar uma bela manhã de praia e de seguida comer um peixinho fresco grelhado? Pode fazê-lo em vários restaurantes, mas destaco o Barrigada, mesmo na saída da Meia Praia, e o Escondidinho, no centro da cidade. Ambos são simples, descontraídos e direcionados para apreciar o melhor que a vida nos dá.

Porém, se preferir um local mais requintado para degustar o nosso marisco, sugiro o Restaurante Campimar, o seu arroz de tamboril e lagosta e a deslumbrante vista para a Praia do Porto de Mós.

 

Cais da Solaria- Lagos- Portugal

 

Para refeições mais ligeiras, tem o Restaurante Repolho, onde acompanha um bom vinho com deliciosas tapas, o Goji para refeições mais saudáveis, ou as hamburguerias Quazi ou Vaca Galo (e depois de ler este nome em voz alta percebe que os Lacobrigenses também primam pela originalidade e criatividade).

Ora, depois de tanta coisa boa, nada como um passeio para acelerar a digestão. Lagos também consegue surpreender nesta área com opções diversificadas e para toda a família.

 

Baía de Lagos – Lagos- Portugal

 

Percorra a Avenida dos Descobrimentos e desça até à Marina. Aí encontra, para além de cafés, restaurantes e boas esplanadas, a venda de bilhetes para visitar as grutas ou avistar os golfinhos. Descobre, também, o Museu de Cera dos Descobrimentos e a antiga estação de comboios (sabia que a última estação do Barlavento Algarvio é em Lagos?).

Volte para trás pela Avenida e cruze a estrada quando visualizar o Mercado Municipal, está, então, no centro da cidade.

A atmosfera é supertranquila e dentro das muralhas deparar-se-á com lojas, cafés, restaurantes, animação de rua e muitas, muitas pessoas que deambulam por estas ruas estreitas, descobrindo e explorando cada recanto escondido. Também no centro existe o Centro de Ciência Viva de Lagos, uma ótima opção para miúdos e graúdos.

 

Grutas- Lagos- Portugal

 

Se pretender levar umas recordações desta maravilhosa cidade consigo e não só, destaco o Mar d’Estórias. Este edifício histórico de 3 pisos conta com uma loja no rés do chão, com venda de artigos de artistas portugueses, no 1º andar, uma livraria, um Bistro e uma área dedicada à música, e no último piso uma deslumbrante esplanada com vista para a Avenida e com um ambiente descontraído e relaxante.

Em Lagos pode ainda encantar-se com a arte urbana espalhada pela cidade, existindo, inclusivamente, tours para este tipo de turismo.

 

Arte Urbana- Lagos- Portugal

 

Arte Urbana- Lagos- Portugal

 

Arte Urbana- Lagos- Portugal

 

Arte Urbana- Lagos- Portugal

 

Arte Urbana- Lagos- Portugal

 

Arte Urbana- Lagos- Portugal

 

Arte Urbana- Lagos- Portugal

 

Arte Urbana- Lagos- Portugal

 

Arte Urbana- Lagos- Portugal

 

As dormidas também estão asseguradas nesta cidade onde dispõe de várias opções para diferentes carteiras. Poderá ficar alojado no Cascade Wellness*****, e quem sabe conhecer um jogador de futebol? Optar por um Hostel como o Suite Thing, se preferir Hotel, pode acomodar-se no Marina Rio**** e usufruir de uma fantástica vista para a Marina de Lagos, ou optar por desviar-se da cidade e procurar um pouco mais de tranquilidade, com spa, piscina interior e exterior incluídos e majestosas vistas para o campo de golfe, no Boavista Golf & Spa*****.

 

Ao visitar Lagos tem ainda a possibilidade de, em cerca de 20 minutos de carro, conhecer Sagres e o mais mágico pôr do Sol do Mundo. Para o lado oposto, pelo mesmo tempo de percurso, deslumbrar-se com as maravilhas da Serra e apaixonar-se por Monchique, ou ainda, apadrinhar um dos animais do nosso Zoo, em Barão de S. João.

 

Cabo de S. Vicente – Sagres

 

Foia – Monchique

 

Como vê, Lagos oferece muito mais do que praia. É uma cidade luminosa, histórica, de beleza singular, cheiro característico e rodeada de mar e tradições, que aguarda a sua visita.

 

Até lá.

Boas viagens!

 

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PARAÍSO TAILANDÊS, ILHAS PHI PHI

 

Paraíso Tailandês, ilhas Phi Phi

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

As ilhas phi Phi. (Koh Phi Phi), é sem dúvida um verdadeiro paraíso, este é um local simplesmente para descontrair, relaxar e não pensar em mais nada. Este paraíso no Oceano Índico (mais propriamente no mar Andaman), ao sul da Tailândia na costa Oeste, entre a ilha de Phuket e a costa de Krabi, são um local de excelência para descontrair no sudoeste asiático; embora na Tailândia tenhamos ainda mais excelentes ofertas como Koh tao, Koh Samui,  Koh Lipe entre outras, ou mesmo em Phuket, que é a principal porta de entrada para este belo arquipélago das ilhas Phi Phi, sendo Phi Phi Don a sua maior e principal ilha.

 

barcos típicos Ilhas Phi Phi – Tailândia

 

Ilhas Phi Phi – Tailândia

 

Basicamente para aqui chegar temos duas opções, ou por Phuket, ou por Krabi; na altura pelo que li Krabi era mais limpo, mais barato e menos confuso, embora ambas serão por certo válidas para aceder a este paraíso. Eu aproveitei ao máximo as ilhas e apenas passei uma noite em Krabi, indo na manhã seguinte para o aeroporto de regresso à capital Tailandesa, acho que uma semana nas ilhas e por exemplo um dia para conhecerem Phuket ou Krabi será o ideal, embora acho ser bom juntarem com uma visita a Bangecoque, pois os voos são mais baratos e com menos escalas; confesso no entanto que preferia ter passado mais tempo em Phi Phi e menos em Banguecoque.

À chegada à ilha, temos de pagar uma pequena quantia em dinheiro, não me recordo bem, mas tenho ideia de ser cerca de 200 THB, por volta de 5€, por isso contem em levar já dinheiro com vocês.

A ilha tem um bonito “point of View”, que está bem sinalizado, tendo uma vista fantástica sobre parte da ilha, além de ser bastante bonito e de estar em excelente estado de conservação; tem uma pequena taxa de entrada, mas algo muito barato, vale sem dúvida a pena a pequena caminhada até aqui.

 

Ilhas Phi Phi – Tailândia

 

Não há muito a dizer sobre esta magnífica ilha, simplesmente relaxar e mergulhar nestas águas cristalinas e quentes, aproveitar a excelente e agitada vida noturna, com vários jovens, carregados de baldes de bebidas, dançando nos vários bares e discotecas.

Os tradicionais barcos, nos quais podemos viajar à volta da ilha, contemplando estas paisagens deslumbrantes, com todas estas elevações verdes, algumas parecem pequenas ilhas altas plantadas nestas águas cristalinas, que só dá vontade de mergulhar…de estar todo o dia dentro desta água quente e reconfortante.

A vontade de eternizar momentos, com várias fotos que mais tarde nos irão lembrar este paraíso, ou desligar toda a tecnologia e simplesmente aproveitar ao máximo cada mergulho, cada segundo de uma volta de barco, uma noite de diversão com outros turistas bebendo cerveja ou baldes de várias bebidas, uma refeição Tailandesa, comer uma fruta local numa caminhada pelo centro onde podemos ainda ver algumas estátuas e alguns pontos turísticos, relaxar no “point of View”…simplesmente sentir cada momento.

 

point of view Ilhas Phi Phi – Tailândia

 

point of view Ilhas Phi Phi – Tailândia

 

As ofertas hoteleiras são variadas conforme a carteira de cada um, embora a média de preços seja barata, eu como fui sozinho fiquei num hostel. no centro, próximo da praia, do porto de entrada e dos bares, paguei cerca de 10€ por noite; têm ofertas em vários hosteis nesta média de preço; caso vão a dois, podem por exemplo ficar num Bungalow que pode ser uma experiência agradável e também barata; um quarto duplo num hotel com piscina e pequeno almoço ficará desde cerca de 30€/ noite.

Nada como um site agregador, ou por exemplo diretamente no booking.com para uma pesquisa mais abrangente, vejam a localização, caso queiram uma zona mais movimentada e próxima dos bares, ou mais calma e afastada dos muitos turistas.

 

mercado de rua em Krabi

 

Em termos de Gastronomia, infelizmente devido à grande oferta turística em massa, temos comida “americana” por todo o lado, com hambúrgueres, pizzas, entre outras comidas que nada têm a ver com a Tailandesa, ofuscando assim a gastronomia tradicional, eu pessoalmente recomendo procurarem a comida Tailandesa, quer seja numa banca ou num restaurante, pessoalmente nas bancas têm comida boa, barata e com uma confeção mais autêntica.

 

jantar Tailandês em Phi Phi

 

pitaya, pronta a comer

 

Outra coisa que será ótima é comer frutas locais como: Mangas, Pitaya (fruta do dragão, em inglês conhecida como dragon fruit), a mais famosa por estes lados que é a Durian (durião) que apesar de ter um cheiro menos bom eu achei interessante, a Papaia, ou simplesmente um pouco de Melancia ou Abacaxi, que têm aqui um sabor fantástico, eu pessoalmente adorei a manga daqui, toda amarela e a Pitaya.

Viagens felizes

 

Ilhas Phi Phi – Tailândia

 

Dicas e Notas:

Para a Tailândia, não necessitamos de visto (até 30 dias), verifiquem no site do portal das comunidades, e guardarem os contactos da embaixada Portuguesa em Banguecoque para uma eventualidade, recomendo também por exemplo a terem uma cópia do passaporte guardada no vosso email (podendo ser imprimida no Hotel), para um qualquer possível problema será mais facilmente solucionado.

Temos várias ofertas de voos para Bangecoque, sendo muito mais que para Phuket ou Krabi e pelas pesquisas que fiz, para estas temos de fazer pelo menos duas escalas, sendo que para Banguecoque apenas uma; dependendo do vosso plano o melhor é ver um agregador como o Skyscanner ou Momondo.

Os voos de Banguecoque para Krabi ou Phuket, são do aeroporto doméstico, Don Mueang (DMK) a média ronda os 50€ ida e volta eu fui pela Thai Lion, embora tenhamos mais companhias com ofertas a este preço.

 

Ilhas Phi Phi – Tailândia

 

Eu fui para Phi Phi desde Krabi, como tinha pouco tempo para apanhar o barco reservei um transfer privado, que demorou cerca de 30 minutos, penso ter pago pouco mais do equivalente a 15 €; contudo há muita oferta no terminal do aeroporto, uma opção mais barata são umas mini vans partilhadas, que usei no regresso quando fui para o hostel desde o porto, acho muito mais prático os transferes, pois aqui a mobilidade não é tão fácil como em Bangecoque. De Phuket pelo que vi é ligeiramente mais caro, embora a dinâmica seja a mesma e os tempos semelhantes também.

A viagem de barco demora pouco mais de 1 hora e meia, o melhor é usarem o agregador Direct Ferries, contudo deixo duas operadoras: Andaman (a que eu usei) e Tiger line, os preços de ida e volta são de cerca de 1200 THB, pouco mais de 30 € desde Krabi e 1400 THB  cerca de 38€, desde Phuket.

 

barco para Krabi

 

Para verem a melhor altura para visitar a Tailândia, recomendo o site The Best Time to Visit, podem ver a média de temperaturas em várias cidades de todos os países, eu fui em fevereiro, apesar da muita oferta de pacotes de férias no verão, países do sudoeste asiático têm melhores temperaturas entre outubro e março, mas verifiquem no site, a média de temperaturas que podem ter na vossa data, lembrando da altura das monções, que variam consoante a zona do país, nesta zona, na costa do mar Andaman ocorrem entre maio e novembro.

A moeda oficial da Tailândia é o Thai Baht, 1€ são sensivelmente 37 THB; o indicativo telefónico é +66 e o domínio de internet é .th

 

Ilhas Phi Phi- Tailândia

 

Os números de emergência são: Polícia : 191 ou 911; emergência 1669 (1649 em Banguecoque); polícia turística: 1155, no entanto convém como disse ter o número da nossa embaixada.

Evitem as caixas ATM para turistas, essas cobram sempre taxas, se conseguirem levantem nas dos bancos locais em Krabi, Phuket ou Banguecoque recomendo o cartão Revolut.

A cidade de Krabi é tranquila e pelo menos mais limpa que Banguecoque, pela minha experiência é segura, contudo atenção com as burlas; Phi Phi é uma ilha turística pelo que é um pouco diferente, comunicar é relativamente fácil principalmente aqui. Uma recomendação é terem as moradas e as reservas em Tailandês, pode ajudar, caso necessitem de ajuda com indicações. A Tailândia é bastante barata (claro que o turismo de luxo tem preços semelhantes aos daqui e caros), podem ver no site Numbeo, as médias de preços, tentem evitar os locais mais turísticos, conseguem em bancas de comida ou mini- supermercados ter informações em inglês, podem por exemplo comprar bebidas frescas no supermercado.

 

site oficial de turismo da Tailândia: Aqui

site turismo Krabi: Aqui

site turismo Phi Phi: Aqui

 

Ilhas Phi Phi- Tailândia

 

Para alojamento na Tailândia, consulte aqui.

Reserva de Bilhetes para Bus, Ferry ou Comboio: Aqui

 

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POTSDAM, UMA PÉROLA PRÓXIMA DE BERLIM

 

Potsdam, uma pérola próxima de Berlim

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Quem estiver por Berlim, pode passar um dia muito agradável em Potsdam; esta cidade que fica a apenas cerca de 30km da capital Alemã e em podemos chegar aqui facilmente de comboio ou bus em menos de meia hora. irá certamente complementar a nossa visita a Berlim, eu adorei visitar esta cidade.

De comboio podemos ir pela rede de comboios da cidade, Bahn Berlin, ou na rede nacional de comboios, na deutsche bahn, os preços rondam os 4€,

Caso estejam de visita a Berlim ao adquirirem o Berlim card, por exemplo o de 48h, custa 28€, tem acesso aos transportes públicos, não tenho a certeza  se chega a Potsdam, mas podem apenas pagar a diferença das estações que faltam, e penso que tem desconto em algumas atrações de potsdam, vejam  no site, que é o link para a compra do mesmo, pois pelo menos quando eu fui a oferta de descontos é enorme.

Podemos também ir de bus, pela flixbus, ou pela rede pública de transportes BVG, os preços e tempos de viagem são semelhantes, eu fui de comboio, achei mais prático e com mais opções.

 

portão de Brandenburgo de Potsdam

 

Nauener tor, potsdam

 

A cidade tem bastantes coisas para ver, podendo ser um dia bem passado; acho podem fazer como eu, a parte mais essencial da cidade, fazendo tudo quase tudo a pé. Chegando à estação, podemos desde logo ficar encantados com a beleza do bairro Holandês, com umas casas típicas, com as ruas em paralelos, será um local agradável para por exemplo tomar um café antes de iniciar a visita; na sua entrada temos as portas Nauener tor, duas torres redondas de estilo neogótico, foram construídas em 1755, e juntamente com o Järgertor (construído em 1733) e o portão de Brandenburgo de Potsdam ,embora não tão bonito e imponente como o de Berlim, merece uma visita, estes são os três principais portões da cidade.

 

antiga praça do comércio, Potsdam

 

antiga praça do mercado – Postdam- Alemanha

 

Caminhando em direção ao rio Havel, temos mais um punhado de locais de destaque, o Filmmuseum que é o mais antigo museu de cinema da Alemanha, sendo também o edifício mais antigo da cidade, tendo sido construído em 1685; a entrada para o visitar custa 8€. Bastante próximo temos o centro histórico da cidade, onde temos destaque para a antiga Câmara Municipal, desenhada por Frederico o Grande, foi construída em 1753 (reconstruída após a segunda guerra mundial), é atualmente um ícone cultural da cidade; nesta bela praça do mercado antigo, temos a temos ainda a igreja de S. Nicolau, uma igreja protestante, com uma cúpula esverdeada que sobressai na cidade, a igreja de S.Pedro e S.Paulo, com a torre com uma altura de cerca de 60 metros completa este belo centro histórico.

 

Igreja de S. Nicolau, Potsdam

 

Igreja da Paz, Potsdam

 

Uma pequena ilha no meio do rio Havel (entre dois braços deste bonito rio), a ilha da amizade ( “Freundschaftsinesel”), é um dos espaços verde excelência da cidade, um local agradável para descontrair e relaxar.

De volta ao ponto de partida, mais para a esquerda do bairro holandês e antes de iniciar a subida para a zona mais alta do parque Sanssouci, temos de início uma igreja de relevo na cidade, a igreja da Paz (“Friedenskirsche”), uma igreja protestante construída em 1844.

 

A Igreja de S. Pedro e S. Paulo, Potsdam

 

Entramos então no enorme parque Sanssouci, repleto de belos jardins e que quase como um museu ao ar livre conta com vários locais de destaque com belos edifícios. Este é o parque mais antigo da cidade, datando do século XVIII, podem ver no site mais informações sobre o mesmo, bem como das outras atrações, como os palácios a igreja chinesa, etc, podendo além da informação adquirir e combinar bilhetes; recomendo a sua visita, a entrada para o parque em si é gratuita, podendo depois adquirir as entradas que entenderem, mas só desbravar este parque é uma experiência fantástica.

 

moínho,parque Sanssouci, Potsdam

 

No topo de uma escadaria ladeada de jardim, temos o palácio antigo, para mim o mais bonito, ficando imponente com este serpenteado de jardim subindo até ele; num tom amarelo e uma cúpula esverdeada, tem um destaque absolutamente deslumbrante o palácio antigo de Sanssouci, que era a residência de verão de Frederico o Grande, foi construído entre 1745 e 1747, de estilo rococó, é uma das jóias deste parque, a entrada custa 14€, no site oficial podem comprar bilhetes e obter informações. No lado oeste temos o palácio novo, começado em 1763, é enorme, tendo uma fachada com quase 220 metros de comprimento, também tem um destaque importante neste parque, o bilhete para o visitar custa 6€

Ainda neste deslumbrante parque além de um jardim botânico, temos em destaque a Casa Chinesa, para visitar este belíssimo edifício e muito ornamentado, do século XVIII o bilhete custa 4€.

 

palácio novo Sanssouci, Potsdam

 

Casa Chinesa,Potsdam

 

A galeria de fotos de Sanssouci, é à semelhança dos ouros, um belíssimo edifício, terminado em 1764, sendo o edifício de galeria maio antigo país e conta com mais de 180 obras, a entrada custa 6€; a gruta Neptuno; num ponto mais alto temos o Moinho Histórico, um dos cerca 40 moinho que existiam antigamente na cidade, permanecendo este belo exemplar; junto ao moinho temos ainda as Novas Câmara de Sanssouci, esta “pousada”, que era a casa de hóspedes do palácio, pode ser visitada por 6€.

Cheguei pela manhã e só fui ao início da tarde, não tendo sequer visitado os palácios, por isso por certo caso o façam iram ter um dia preenchido no site oficial que agrega todos estes pontos para visitar no parque, vejam a melhor forma de comprar os bilhetes e juntar visitas, mas acreditem que terão um visita repleta de locais para admirar.

 

palácio antigo Sanssouci, Potsdam

 

Fimmuseum, Potsdam

 

Podem descobrir um pouco mais na cidade e á sua volta, como por exemplo o bairro Babelsberg, onde podemos ver mais alguns monumentos; o palácio Cecilienhof; o Museu Barberini, situado no centro histórico (bilhetes a 14€); o observatório da torre Einstein, no parque Albert Einstein, já a sul da cidade; para amantes de engenharia, temos por exemplo a ponte de estrutura metálica Glienicker, entre mais alguns locais que esta cidade tem para oferecer, mas certamente que tal como o que eu visitei, já temos aqui um dia bem passado nesta pequena pérola a cerca de 30 minutos da capital Alemã.

 

bairro holandês, Potsdam

 

Na Alemanha o fuso horário é de mais uma hora que em Portugal, o indicativo telefónico é +49 e o domínio de internet: .de

A cidade é muito tranquila e segura, como é bastante turística nesta zona, a comunicação em inglês será fácil.

site oficial de turismo da cidade: Aqui.

 

Viagens Felizes

 

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UM FIM DE SEMANA INESPERADO EM AMESTERDÃO

 

Um fim de semana inesperado em Amesterdão

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Quis o Destino que dez anos depois voltasse a Amesterdão, capital da nação agora oficialmente denominada de Países Baixos.

O local onde em 2006 comemorei o 31º aniversário estava agora na rota para o início da viagem do 41º. Inicialmente prevista para uma escala, de mudança de voo, a caminho dos EUA, onde Washington DC seria a primeira paragem, a dita escala acabou por ser maior que o inicialmente previsto. Dias antes uma enorme tempestade de neve, de nome Jonas, um “blizzard” assolou a Costa Este dos EUA. O tráfego aéreo foi cancelado e obrigou-me a alterações de última hora no itinerário. Assim, resolvi viajar para Amesterdão e ali ficar lá esse fim-de-semana na esperança de na segunda-feira seguinte poder viajar para o outro lado do Mundo. Restou-me aproveitar da melhor forma um fim de semana em Amesterdão, o que não acontece sempre, e tentar que a ansiedade não tomasse conta de mim. As coisas compuseram-se e graças a uma corrente de pensamento positivo solicitada online no Grupo do Facebook dos Amantes de Viagens  consegui viajar para os EUA. Não para Washington DC mas para Nova Iorque. Washington DC com muita pena minha ficou na gaveta e por lá tem continuado. Mesmo tendo desfrutado deste fim de semana em Amesterdão e de me serem reembolsados os custos do alojamento pelo seguro de viagem e ressarcido do que havia pago pela da estadia em Washington DC e pela viagem para NY de comboio, preferia que o Destino tivesse seguido os destinos planeados.

 

Praça dos Museus-Rijksmuseum- Amesterdão- Holanda

Em 2006 ainda viajava com uma máquina fotográfica de rolo, e os telemóveis “que também tiravam fotografias” estavam a aparecer lentamente. As fotografias acabaram todas estragadas, e dessa viagem só possuo uma que alguém me tirou com o telemóvel e me enviou para o meu Email. Dez anos depois, consegui colocar Amesterdão no meu portefólio, pois já viajava com uma câmera digital e com um smartphone com várias funções e “que também fazia chamadas”!

 

Monumento Nacional na Praça Dam- Amesterdão- Holanda

 

Em dez anos, a cidade situada 2m abaixo do nível do mar, não mudou nada, tirando o facto de nos transportes públicos, os bilhetes já serem eletrónicos e as pessoas já não aparentarem ser muito mais altas que eu. Os Países Baixos possuem os nativos que estão entre os mais altos do Mundo! No meu caso que meço 1,78m sentia-me pequeno, mesmo perante muitas mulheres com quem me cruzava na rua!

Amesterdão não perdeu o encanto. Uma cidade plana, onde a bicicleta é meio de transporte com alta taxa de utilização, com várias pontes e canais, uma das “Venezas” Europeias. Foi em Amesterdão que o Czar Pedro “O Grande” se inspirou para fundar São Petersburgo, a cidade (depois de Lisboa, pois claro!!!!) mais bela da Europa.

 

Palácio Real visto da Praça Dam- Amesterdão- Holanda

 

Um fim de semana dá para termos uma panorâmica generalista da cidade, sobretudo da sua zona central e mais importante, que se desenvolve a sul da Estação de comboios “Amsterdam Centraal”. Muito mais há para ver, sobretudo museus como é o caso do Museu “Nemo” de ciência e tecnologia, ali muito próximo, cujo edifício sobressai pela sua forma de navio, assim como o “Museu Marítimo Nacional” que mostra a importância da história marítima de Amesterdão.

Na Praça Dam, o coração da cidade, o Palácio Real tem lugar de destaque, assim como o Monumento Nacional, um obelisco de 22m de altura construído em homenagem aos soldados Holandeses mortos na II Guerra Mundial.

 

Palácio Real visto da Praça Dam – Amesterdão- Holanda

 

Um passeio de barco pelos canais é obrigatório. Já o tinha feito de dia e desta vez aproveitei para o fazer ao cair da noite. Muitos edifícios das ruas na beira dos canais são habitados por gente abastada e inclusivamente um deles é a residência oficial do Presidente da Câmara Municipal. Efetuar obras nesses edifícios carece de projetos que têm de ser rigorosamente apreciados e mesmo os móveis que se colocam no interior das habitações são motivo de aprovação por Arquitetos. Canais onde se encontram fundeadas embarcações que constituem típicas casas flutuantes.

 

Pontes e canais- Amesterdão- Holanda

A Casa de Anne Frank é o local mais visitado da cidade. As filas na entrada são longas. Viajar pela Europa é uma lição de História e a II Guerra Mundial é dos temas mais presentes e que nos nossos dias ainda sentimos os efeitos. Portugal sofreu consequências mas não entrou nesse conflito armado, já os Países Baixos, tiveram muitas vidas ceifadas e cidades destruídas, como é o caso de Roterdão. A vida de Anne Frank é uma das histórias mais marcantes desse tempo. O seu “Diário de Anne Frank ” é um dos livros mais lidos em todo o Mundo e traduzido para várias línguas, foi escrito no interior daquela casa.  Anne Frank cujos pais possuíam negócios próprios, durante a Ocupação Alemã dos Países Baixos, foram perseguidos pelos Nazis devido às suas origens Judaicas. A família escondeu-se ali em compartimentos secretos, até serem traídos e denunciados, sendo capturados pelas “SS” e levados para campos de concentração. Anne Frank viria a falecer com apenas 15 anos. O único sobrevivente foi o seu pai que no final da Guerra regressou a Amesterdão e descobriu o diário que a filha escrevera.

 

Casa de Anne Frank- Amesterdão- Holanda

 

Canais de Amesterdão- Holanda

 

Localizado na Praça dos Museus, onde em tempos a célebre placa “I Amsterdam” figurava, em grande destaque, o Museu Nacional, o “Rijksmuseum”. Um museu de arte, onde sobressaem as obras de Johannes Vermeer, Rembrandt e Frans Hals. É o museu dos Países Baixos com maior número de visitantes. Mesmo visitando em passo de corrida é necessário lá passar no mínimo uma manhã.

Longe de ser um expert em arte, limito-me a observar e fotografar-me com as obras mais carismáticas dos museus que vou visitando. “A Ronda Noturna” (De Nachtwacht) de Rembrandt é um dos quadros mais procurados. Rembrandt é lembrado também no centro da cidade, uma praça com o seu nome e com a sua estátua, como que guardado por um exército de militares, um conjunto de estátuas que recriam esta sua obra.  A  “Batalha de Waterloo”  de Jan Willem Pieneman, que se destaca pelas suas dimensões pouco comuns, mais de 5 metros de altura por mais de 8 metros de comprimento, constando-se que é o quadro com maior área no Mundo, é a outra obra mais procurada. Fiz amizade com uma turista Australiana de origem Escocesa e juntos fizemos uma selfie com “A Ronda Noturna”. A Susan já esteve comigo em Portugal e ficou fan do cozido à Portuguesa e do arroz de feijão com entrecosto do “Zé dos Cornos”.

 

Rijksmuseum-Com a Susan, uma turista Australiama, junto da Ronda Noturna de Rembrandt- Amesterdão

 

Rijksmuseum- A batalha de Waterloo de Jan Willem Pieneman – Amesterdão- Holanda

 

Rijksmuseum- A queda de homem de Van Haarlem- Amesterdão- Holanda

 

Por ali também se encontram, o “Museu Moco” e o “Stedelijk Museum” ambos de arte moderna, o Museu Van Gogh cujo acervo é constituído pelas obras de Vincent van Gogh, famoso pintor nacional, e a famosa sala de concertos “Concertgebouw” considerada uma das 3 melhores do Mundo.

Cultura não falta em Amesterdão, não sendo a preços acessíveis para as nossas bolsas, é sempre importante estarmos informados e um dia de passagem guardarmos algum tempo e dinheiro para podermos desfrutar de algo mais. Os Países Baixos possuem um nível de vida elevado e os salários estão no topo da Europa, os seus habitantes estão entre os que menos horas passam no local de trabalho e aproveitam esse tempo livre para se cultivarem!  O povo Holandês (agora oficialmente chamado de Neerlandeses) orgulha-se imenso da sua pátria, dos seus monarcas e governantes e do seu património cultural e faz questão de o demonstrar  aos visitantes estrangeiros.

 

Estátua de Rembrandt guardada pela Ronda Noturna Amesterdão- Holanda

 

A maioria dos turistas que visita Amesterdão não o faz por motivos culturais. É mais pelo deboche!
A vida noturna é bastante agitada, sendo as proximidades da zona de “Vondelpark”, uma das diversas áreas verdes da cidade, local de grande agitação: bares, discotecas, restaurantes e até um casino por ali existe. Sobretudo turistas oriundos do Reino Unido divertem-se e “enfrascam-se” por aqueles lados. Amesterdão é um dos locais prediletos para despedidas de solteiro onde a pretexto disso, os turistas cometem todos os excessos.

Os “coffee shops” onde a venda e consumo de drogas leves é legal, melhor dizendo, em termos jurídicos, é “tolerado”, são locais de romaria de muitos estrangeiros. Dos locais onde um “charro” se vende como de um charuto se trate, o “The Bulldog” é o mais famoso. Dizem os “entendidos” que o “Barneys Farm Shop”, o “Original Dampkring Coffeeshop”, o “Kush strawberry” ou o AK47 são bem melhores.
O tráfico de droga é criminalizado, entrar ou sair com droga do país dá direito a problemas com a Justiça, mas a forma como se abastecem os “cofee shops” parece ser um mistério. As autoridades estudam formas de os turistas serem proibidos de aceder a estes locais, pois a imagem de Amesterdão cada vez é mais erradamente confundida com um paraíso de drogas leves, tornando a sua oferta cultural no parente pobre.

 

De Wallen-Guia da trabalhadora do sexo- Amesterdão- Holanda

 

“De Wallen” é talvez o local mais famoso de Amsterdão. Conhecido internacionalmente como “Red light district”. Um local onde se pratica a prostituição. Nos Países Baixos é uma atividade legalizada e regulamentada, e quem a exerce paga impostos e desconta para a Segurança Social, Serviço Nacional de Saúde e aposentadoria. O Holandês é tido como um povo materialista que “pensa com a carteira” e por isso tudo se resume a dinheiro…
As mulheres trabalhadoras da indústria do sexo, exibem-se em montras iluminadas, recebendo os clientes encerrando depois a cortina. Naquele bairro abundam também as sex shops e cabines de filmes e shows pornos. De noite sobressaem as luzes vermelhas que iluminam aquelas ruas junto aos canais. Os turistas divertem-se tirando fotografias e fazendo vídeos por aqueles lados, algo que em 2006 os seguranças ali presentes não permitiam. Hoje é difícil controlar, pois há muito mais transeuntes e qualquer smartphone tira fotos instantaneamente e de forma discreta, faz vídeos e inclusivamente diretos nas redes sociais! Seguranças esses que muitas vezes são proprietários dos espaços e cuidam das trabalhadoras do sexo. O que em Portugal é crime de Lenocínio e Proxenetismo, ali é parte deste negócio, tratada como outra atividade qualquer.  Na nossa cultura do sul da Europa jamais aceitaríamos de ânimo leve a venda de carne humana como de outra mercadoria se tratasse, ninguém gostaria de ver lá um dos seus familiares a exercerem semelhante trabalho.
As autoridades pretendem que o país deixe de ser procurado por este motivo. Amesterdão sofre de “excesso de turismo” e a maioria dos visitantes com estes intuitos afetam a imagem do país. Recentemente as visitas guiadas a “De Wallen” foram banidas e existem normas de conduta que os visitantes têm de cumprir por exemplo, não fotografar as trabalhadoras do sexo nas montras, pois faz lembrar um “safari humano” o que é humilhante e degradante. Muitos visitantes internacionais enchem aquelas ruas, já que os locais que as frequentam mancham a sua imagem pessoal e profissional.

“De Wallen” pode esconder fenómenos de Tráfico Humano pois muitas trabalhadoras do sexo são oriundas de países do Leste Europeu e poderão estar a exercer aquele trabalho sob coação das máfias.
Deslocalizar “De Wallen” para longe do centro da cidade é uma hipótese que está a ser ponderada para que deixe de ser um ponto de romaria de visitantes internacionais.
E por falar em sexo, o Museu do sexo também é um dos locais mais famosos em Amesterdão!

 

De Wallen-Montras- Amesterdão- Holanda

 

De Wallen-Cabines de shows porno- Amesterdão- Holanda

 

De Wallen- Amesterdão- Holanda

 

O amor ao futebol também se vive em Amesterdão. O “Amsterdamsche Football Club Ajax” é rei e o estádio onde atua, agora chamado de “Johan Cruijff Arena” é um dos pontos obrigatórios a visitar para os amantes do desporto rei. O tour pelo estádio e a visita ao Museu do “Amsterdamsche Football Club Ajax” deixa qualquer adepto de futebol em delírio. Um moderno estádio inaugurado em 1996, cuja cobertura abre e fecha, foi em tempos considerado o mais moderno da Europa. Outros recintos que entretanto foram construídos basearam-se na sua conceção e funcionalidade, como por exemplo Estádio Alvalade XXI em Lisboa. É  daqui que guardo a única foto da minha passagem em Amesterdão em 2006.

 

Johan Cruijff Arena- Amesterdão- Holanda

 

Amesterdão e Roterdão são cidades rivais, assim como os respetivos clubes. O “Feyenoord Rotterdam” é o clube rival. É conhecido pelos adeptos violentos que causam distúrbios. Sempre que o seu clube visita Amesterdão, os seus adeptos são escoltados, à chegada, desde a estação de comboio nas imediações da “Johan Cruijff Arena” até aos seus lugares reservados na bancada, uma zona vedada com acrílicos a grande altura, parecendo-se com uma jaula! O caminho desde a estação passa por um túnel e tudo é fechado pela polícia para que possam circular sem causar danos nem responderem com violência a provocações.
Em relação a Roterdão, a cidade é um contraste perfeito com Amesterdão. Demasiadamente moderna, faz-me lembrar a nossa zona de escritórios em Miraflores ao lado de Algés! Roterdão renasceu das cinzas e foi reconstruída. Um passeio interessante para um dia, um bate volta desde Amesterdão com  passagem por Den Haag (Haia) a cidade onde se encontra sedeado do Governo dos Países Baixos, assim como o Tribunal Internacional de Justiça e a Europol. É possível fazer isso de comboio, mas preparem-se para pagar do bom, pois os transportes nos Países Baixos custam muito caro!

 

Estátua do escritor Multatuli- Amesterdão- Holanda

 

Quanto à gastronomia, os Países Baixos não primam por isso. Muito à base de fritos onde as “batatas Belgas”, as batatas fritas duas vezes, abundam. O “Dutch snack” é o mais popular, um conjunto de snacks fritos que se temperam em molhos, entre os quais o croquete, que é tipicamente Holandês e entrou há muitos anos na nossa alimentação! Os muitos restaurantes de gastronomia Indonésia são a melhor parte, ou não fosse a Indonésia uma antiga colónia. Em Amesterdão podemos provar o verdadeiro “Nasi goreng”, estando bem longe da Ásia! As cervejas de inúmeras marcas sabem sempre bem para acompanhar qualquer refeição ou mesmo numa esplanada, dos muitos cafés que existem na cidade. Tomar café também é tradicional, sendo normalmente servido com uma bolacha. Para provar algo típico recomendo uma ida ao Cafe Luxembourg.

O custo da alimentação é elevado e o recurso ao fast food é permanente. O “donner kebab” é sempre a melhor arma para matar a fome!

 

Fast food – Batatas Belgas e Donner kebab- Amesterdão- Holanda

 

Dutch snack, os croquetes- Amesterdão- Holanda

 

Atenção que nos Países Baixos em quase todo o lugar público, paga-se para ir ao WC, nomeadamente em bares, discotecas e restaurantes, mesmo que sejamos clientes! O WC, quer queiramos quer não, é ponto de passagem obrigatório, diário, nas nossas viagens, e dele nunca podemos fugir. Nos Países Baixos convém andar sempre com uns trocos no bolso para precaver algo que surja inevitavelmente, repentino ou não!

Amesterdão é um local a voltar, mas desta vez a maior felicidade foi mesmo sair! Conseguir embarcar para Nova Iorque foi um alívio. O tráfego aéreo já estava restabelecido. Depois de um longo interrogatório da praxe imposto pelas autoridades aos viajantes para os EUA, na porta de embarque do Aeroporto de Schiphol, lá me deixaram viajar!

 

Aeroporto de Schiphol – Trem de aterragem de um Fokker 70

 

Links

voos: a Easyjet tem voos diretos desde Lisboa para Amesterdão. A KLM tem voos desde Amesterdão para todo o mundo, em parceria com a Air France e a Delta.

Hoteis: A cadeia de hostels Stayokay faz jus ao nome. Recomendo ficar em Vodenpark.

 

Os Países Baixos vistos do céu

 

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