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Praga- República Checa

PRAGA DO MEU CORAÇÃO!

 

Praga do meu coração!

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

A cidade mais visitada da Europa é Paris, é um facto. Muitos dizem que é também a cidade mais bela, é uma opinião. Eu discordo em absoluto. São Petersburgo para mim ostenta esse título, seguindo Praga de muito perto. Paris talvez esteja em terceiro lugar. Não contando com Lisboa, como é óbvio!

A zona da Europa Central possui capitais de sonho. Por ordem de beleza, Praga à cabeça, seguindo Budapeste e depois, Viena. Há mais de dez anos que estive por esses lados e o desejo de voltar é uma constante. Praga foi a primeira cidade “para lá da antiga Cortina de Ferro” que visitei. Em boa hora o fiz!

 

Torre do Relógio Astronómico-Praga

 

Em 2009 concretizei o desejo de conhecer a Alemanha. Berlim e Munique foram as cidades escolhidas. O plano era ir a uma e regressar pela outra. Durante os meses em que preparei essa viagem, decidi incluir também Praga. Afinal esse desvio não iria acrescentar mais de 300Km à minha viagem por terra entre essas duas cidades. As 9 noites foram então divididas em partes iguais, sobrando 2 dias de tempo útil para Praga. Com o planeamento feito, o “parente pobre” desta viagem acabou por ser Praga, mesmo assim, acabou por ser a melhor parte! O tempo que lhe destinei, deu para conhecer os principais pontos da cidade. Os museus ficaram por visitar assim como outros locais de romaria neste país, nomeadamente Karlovy vary e Český Krumlov.

 

Monumento a Jan Huspensador e reformador religioso- Praga

Praga é de facto um encanto. Parece mesmo saída de  um conto de fadas.  Franz Kafka, escritor natural de Praga, referiu que a mesma “não nos deixa ir embora, esta velha tem garras”. Bedřich Smetana, compositor Checo compôs “Má vlast” àquela região da Boémia cuja capital é Praga.”Má vlast”, que se traduz por “Minha terra”, é um conjunto de 6 poemas sinfónicos, sendo o “Vltava” o mais conhecido. É dedicado ao Rio Vltava (Moldava em Português) que banha a cidade de Praga. Bedřich Smetana ensurdeceu e nunca conseguiu escutar a obra que compôs.

 

Ponte Karlov- entrada na Cidade Velha de Praga

 

Bedřich Smetana e Franz Kafka são alguns dos nomes mais famosos da cultura Checa. Kafka nunca li. Quanto a Smetana, tive oportunidade de assistir a um bailado, na Ópera Estatal acompanhado com orquestra tocando os poemas sinfónicos de “Má vlast”.

Ballet, ópera e concertos de música clássica, de enormíssima qualidade são espetáculos que podemos assistir em Praga, pagando preços muito acessíveis. Mesmo que não sejamos apreciadores e conhecedores destas artes, é sempre muito interessante aproveitar estas oportunidades para nas férias fazermos coisas diferentes da nossa rotina diária e que nos dêem prazer. O gosto por estas artes desenvolve-se em tenra idade, mas mesmo em idade adulta, nunca é tarde para aprender.

Tive oportunidade de assistir no “Teatro Nacional” à Opera “La Traviata”. E por falar em teatro, o nome de Václav Havel vem à tona. Político, dramaturgo, Presidente da República,  uma personalidade que marcou a História desta nação. Amante do nosso país pois passava férias no Algarve!

 

Teatro Nacional de Praga- República Checa

 

Teatro Nacional durante a exibição da Traviata- Praga

 

Opera Estatal- interior espetáculo de ballet.

 

Praga também é famosa pelos seus espetáculos de teatro de marionetes, inclusivamente as marionetes são alguns dos souvenirs mais vendidos.

Além daquelas duas salas de espetáculos mais importantes, existe também o “Rudolfinum” e a Casa Municipal, onde no seu interior, na famosa sala Smetana, são levados a cabo concertos de música clássica.

No dia em que passaram 34 anos em que vim ao Mundo, viajei de Berlim para Praga de comboio, onde cheguei já de noite. A vista para a Ponte Karlov sobre o rio Moldava, com o Castelo ao fundo foi a primeira paragem e foi aqui que fiz uma enorme saudação à “Cidade das Cem Torres”. Junto à famosa discoteca “Karlovy Lázne” com vários pisos, quis o destino que ali fosse a primeira e também a última paragem e dali levasse uma enorme recordação. Foi nesta discoteca que conheci nas minhas últimas horas em Praga, uma mocinha Russa, a Olga, que me marcou! A Olga organizou em Moscovo a minha festa de aniversário 4 anos depois, junto com a sua família. A Olga já passou férias comigo no Algarve e se encantou com a sardinha assada, até aprendeu a comê-la no pão à mão! Ainda conservo o “e-ticket” da “La Traviata”, onde a Olga escreveu o seu endereço de Email! A noite já era longa quando saímos da discoteca. A Olga é profissional de turismo, encontrava-se em viagem de trabalho em Praga com as suas colegas também Russas, e nesse dia seguiriam para Budapeste. Eu seguiria para Munique daí a poucas horas.

 

Há encontros que marcam a nossa vida. Com esta mocinha Russa foi especial

 

No dia seguinte a Praça Venceslau foi o local onde iniciei a descoberta da cidade. Aquela Praça que por acaso nos faz lembrar a Avenida dos Aliados na cidade do Porto, possui 750 metros de comprimento. Ali é o centro da chamada “Nové Město” (Cidade Nova). Em Novembro de 1989 era um dos “centros do Mundo” e foi lá que se iniciou a “Revolução de Veludo”, culminando com a queda do Comunismo na Checoslováquia,  com uma manifestação contra a brutalidade policial. Nas TVs  as imagens da Praça Venceslau passavam em “prime time” diariamente. A Checoslováquia veio mais tarde a dividir-se dando origem à República Checa e à Eslováquia. Praga manteve-se como capital da República Checa que atualmente pretende ser chamada de “Chéquia”.

 

Ponte Karlov e Cidade Velha- vistas desde a Colina do Castelo – Praga

 

Qualquer cidade tem uma ou mais praças famosas e marcadas por acontecimentos Históricos. Na Praça Venceslau, um mercado de cavalos, fundado em 1348, existiu ali muitos anos. Atualmente, por lá existem hotéis, restaurantes, lojas de moda e de lindíssimos cristais da Boémia. As bancas de comida de rua também marcam presença, onde as salsichas de vários tamanhos e sabores têm lugar de destaque! A cidade rapidamente se rendeu ao capitalismo e ao consumismo como modo de vida. Diz quem a visitou nos tempos da “Cortina de Ferro”, que o modo de vida, a liberdade de circulação, o comércio e o turismo nada se compara com os dias atuais.

 

Relógio Astronómico – Praga

 

Praça Venceslau – Bancas de salsichas- Praga

 

Venceslau (Wenceslaus) foi duque da Boémia. É venerado como santo pela Igreja Católica. São Venceslau, a estátua que marca aquele local e se encontra em frente ao edifício do Museu Nacional. O edifício com mais destaque. O museu  possui um panteão onde jazem grandes personalidades Checas. Na famosa escadaria do seu interior foram rodadas cenas de vários filmes, entre eles, “Missão Impossível” com Tom Cruise como ator principal.

E passar da Cidade Nova para a Cidade Velha (Staré Město)  é uma curta passagem. Esta zona da cidade possui a famosa Praça da Cidade Velha (Staroměstské náměstí). Ali sobressai a vista para a principal Igreja da Cidade Velha, a Igreja Nossa Senhora de Týn. A Igreja de São Nicolau outro templo que é impossível não reparar e claro, o Relógio Astronómico, relógio medieval mais famoso do Mundo que está localizado na parte sul do edifício da Câmara Municipal, sendo possível subir ao alto da sua torre.

 

Igreja de Nossa Senhora de Týn- Praga

 

Igreja de São Nicolau- Praga

 

Outrora um gueto Judaico, o bairro de Josefov é outro local de passagem obrigatório. O Museu Judeu, o cemitério Judeu e inúmeras Sinagogas são locais de visita. A Sinagoga mais importante para ser visitada é a Sinagoga Velha Nova a mais antiga da Europa ainda em atividade.

Apreciamos ao longe a beleza da cidade, subindo à torre de Petřín, a “Torre Eiffel” de Praga, acessível de funicular, ou quando visitamos o Castelo à medida que subimos ou descemos a sua colina. Lá em baixo, das inúmeras pontes que cruzam o rio Moldava, a Ponte Karlov é a mais importante. Trata-se da ponte mais antiga da cidade e a segunda mais antiga do país. Um caminho pedonal com estátuas de vários santos, entre os quais o Santo António é local de passagem diária. A ponte liga a Cidade Velha (Staré Město) à Cidade Inferior (Malá Strana).

 

Palácio atual residência oficial do Presidente- Praga

 

A ponte Karlov onde aparece Tom Cruise em cenas de ação do filme Missão Impossível. E foi ali perto, no luxuoso “The Four Seasons Hotel Prague” que Tom Cruise ficou alojado durante o período que decorreram as filmagens.

 

Rio Moldava – Praga

 

Castelo visto desde a margem do Rio Moldava

 

De Malá Strana podemos aceder à  Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa conhecida por ser o Santuário do Menino Jesus de Praga. Um souvenir com a  imagem do Menino Jesus de Praga num cristal da Boémia é muito interessante e é um dos meus souvenirs que guardo religiosamente.

 

Catedral de São Vito- Praga

 

Subindo pelo lado oposto chegamos ao Castelo de Praga. Outrora habitado pelos reis da Boémia, hoje é a residência oficial do Presidente da República. A cerimónia do render da guarda do  Palácio Real é motivo de enorme romaria e posar com os guardas trajados também é tradição. A senhora guarda com quem posei era mais alta do que eu! O complexo alberga também a Catedral de S. Vito, a Torre Dalibor, o Convento de São Jorge e a Viela Dourada, zona assim chamada pelo facto de em tempos ser habitada por ourives.

 

Castelo de Praga- Uma Senhora Guarda

 

Castelo de Praga- render da guarda.

 

Castelo de Praga- render da guarda.

 

Praga conserva a sua beleza ancestral devido ao facto de ter sido das cidades que menos efeitos destrutivos da II Guerra Mundial sofreu. Hitler poupou a Checoslováquia, dado tratar-se de um país com enormes recursos de minério, usado para fabrico de armamento. Perto do final deste conflito, ocorreu um bombardeamento causado pela Força Aérea dos Estados Unidos, por erro, pois os pilotos confundiram Praga com Dresden, cidade Alemã que se situa a cerca de 150 km.
Naquela zona ribeirinha existia um prédio que foi destruído durante o bombardeamento. E foi ali que a famosa Casa Dançante (Tančící dům) nasceu. Uma obra que teve a colaboração do arquiteto Frank Gehry. Um prédio moderno e  famoso em todo o Mundo. Inicialmente chamada de “Fred e Ginger”,  relativo a Fred Astaire dançando com Ginger Rogers, uma vez que a casa lembra um par de dançarinos.
É um edifício de escritórios e na altura só é possível visitar por fora.

 

Casa Dançante – Praga

 

Na Chéquia o desporto rei é o hóquei sobre o gelo, sendo as grandes equipas da cidade, o Sparta e o Slavia.

No futebol, o Sparta e o Slavia também são também as grandes equipas da cidade.

Apesar dos nomes de Sparta e de Slavia, desses clubes, de futebol e de hóquei sobre o gelo, serem idênticos, ambos nada têm em comum. Há mesmo muitos adeptos que em hóquei sobre o gelo são de um clube e no futebol são do outro!

A “Generali Arena”, recentemente denominada assim, é a casa do clube de futebol Sparta. Ali, em 1989, Portugal defrontou a Checoslováquia, na fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 1990. Portugal perdeu 2-1 e isso contribuiu para que esse fosse mais um dos Campeonatos do Mundo que vimos no sofá. Neste estádio não consegui entrar, tive de me contentar com uma foto do seu exterior.

 

Estádio do Sparta de Praga

 

Praga é um local onde se come e se bebe abastadamente. O porco é rei, e o “Joelho de porco assado” (Pečené vepřové koleno)  é um dos pratos nacionais. Peças com mais de 1Kg, servidas com legumes, mostarda e molho picante, acompanhado com fatias de pão escuro. A cerveja Checa é um regalo. Sempre servida em canecas de 1/2 litro em diante! Das melhores do Mundo. Inúmeras variedades. Mesmo quem não é apreciador de cerveja, delicia-se com a cerveja Checa. Dado tratar-se de um país montanhoso, o lúpulo que ali se produz torna este néctar super aromático. Marcas internacionais, como a Guinness, importam o lúpulo deste país. Além da cerveja, o vinho Checo também é delicioso.

Pečené vepřové koleno-um dos pratos nacionais. Joelho de porco, este com 1,2Kg

 

A ária da Ópera Italiana de Verdi a que assisti em Praga “Libiamo, Libiamo Ne’lieti Calici”  tem tudo a ver com estas maravilhosas bebidas Checas!
Eu amei Praga e é um local onde quero muito um dia voltar. Entretanto vou matando saudades, quando por cá bebo cerveja da marca Checa Budweiser Budvar!

 

Loja de Matrioskas- Praga

 

Links

Hotel: Na altura marquei no Hotel Atos por um preço extremamente baixo. Localização perfeita e excelente serviço.

Bilhete de comboio, de Berlim para Praga.

Autocarro, de Praga para Munique.

Bedřich Smetana (” Má vlast”- conjunto de poemas sinfónicos)

Bedřich Smetana (“Má vlast”-poema sinfónico “Vltava”)

La Traviata – Aria “Libiamo, ne’ lieti calic”

Checoslováquia -Portugal, 6/10/1989, qualificação Itália 1990

 

 

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PASSEIO PELA ESCÓCIA, VISITANDO EDIMBURGO

 

Passeio pela Escócia, visitando Edimburgo

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Visitei a  Escócia em 2014, pela altura da Páscoa, foi um local que me agradou bastante principalmente pela simpatia e hospitalidade que tive.

A Escócia tem a sua cultura bem vincada e penso que mesmo embora pertencer ao Reino Unido, as diferenças são bastantes.

Cheguei a Edimburgo vindo de Praga, e fiquei por 3 dias, recomendo no mínimo dois e se puderem vão até Glasgow, a viagem é relativamente rápida, cerca 40 minutos de comboio, ou 1h e 15 minutos de bus.

 

Vista de Calton Hill, Edimburgo

 

Interior do castelo de Edimburgo

 

Edimburgo é muito acolhedora, apesar de não ser muito grande a cidade está repleta de história tendo muitos e belos locais e monumentos para visitar.

Fiquei no início da “Princess street”, uma das principais ruas da cidade e artéria principal de entrada na cidade, não muito longe dali estava no alto, o Castelo de Edimburgo, muito provavelmente o seu principal (e obrigatório) ponto turístico.

O castelo de Edimburgo é uma bela fortaleza no topo da colina “castle hill”, que está bem visível no Skyline desta cidade, a sua enorme encosta protege o castelo, sendo apenas possível aceder a este por uma entrada, que é a sua mais importante rua a “Royal Mile”.O Castelo tem muita história e é sem dúvida alguma algo que devem visitar, podem aqui passar facilmente pelo menos 2-3 horas, eu que ligo pouco a história adorei, quer dentro das suas muralhas ou dentros das várias salas do castelo como o museu Nacional de guerra e a capela “st. Margaret”, podemos ter uma visita bem agradável nesta fortaleza do tempo medieval, para saber mais sobre a história consulte o site oficial : os bilhetes online são mais baratos, custando 15.5£ no castelo custam 17.5£.

 

Entrada do Castelo de Edimburgo

Castelo de Edimburgo

 

Interior Castelo Edimburgo

 

Castelo de Edimburgo

 

Castelo de Edimburgo- Escócia

 

Interior de uma sala no castelo de Edimburgo

 

A rua Royal Mile (milha real), bem no coração da parte mais antiga e medieval da cidade, onde temos para além de pequenas ruas que descem daqui até junto da Princess street muitas atrações, é a rua mais importante e tem quase 2 quilómetros, mais precisamente 1.814,2 metros (que é uma milha escocesa daí o seu nome), vai desde o Castelo até ao palácio “holyroodhouse”.

 

Scott monument, Edimburgo

 

Ruela no centro histórico, Edimburgo

 

Este palácio que inicialmente era um mosteiro, conta com uma abadia e ainda hoje é residência oficial da rainha de Inglaterra, os bilhetes para a visita custam cerca de 16.5£.  Percorrendo a Royal Mile, temos várias atrações, desde o ” Scotch whisky experience”, seguindo em frente, no chão temos um mosaico formando um coração, o “Heart of Midlothian” junto da catedral de S. Egídio (“st. Glis”), a catedral é dedicada ao santo padroeiro da cidade e a entrada é gratuita, aqui bem próximo temos a Biblioteca Nacional e ligeiramente mais à frente, a igreja e museu “Greyfriars Kirkyard” (que fala do famoso cão raça Terrier que ficou 14 anos junto do túmulo do seu dono) perto também temos o museu Nacional da Escócia; seguindo pela Royal Mile, antes de chegar ao Palácio  Holyroodhouse, temos ainda a rua “Canongate” que aqui conecta, o museu de Edimburgo e o edifício do parlamento.

Podemos explorar toda esta zona histórica e medieval mais um pouco, existem sempre recantos, ruelas e casas que nos fazem tirar fotos e mais fotos, podemos recuar no tempo e sentir a magia desta cidade.

 

Catedral S. Egidio , Edimburgo

 

Greyfriars Kirkyard, Edimburgo

 

Calton Hill, é uma enorme colina onde podemos ter uma fantástica vista sobre a cidade e o Castelo, aqui temos um punhado de atrações; o Monumento Nacional, que apesar de inacabado (faz lembrar Atenas) merece a visita; o observatório da cidade; o monumento a Nelson, uma torre construída em 1815 em homenagem ao vice-Almirante Horatio Nelson e aquele que é um dos cartões postais da cidade, o monumento “Dugald Stewart” que é um memorial ao filósofo de seu nome e foi construída em 1831.

 

Monumento de Dugald Stewart

 

Monumento Nacional em Calton hill, Edimburgo

 

Descendo de volta para junto da Princess street temos também um ícone bem famoso da cidade, o “Scott monument”, um monumento que homenageia o escritor escocês Sir Walter Scott, é uma torre de estilo gótico, com cerca de 60 metros de altura e a estátua do escritor na base; não muito longe daqui temos a estação de comboios Waverley, a principal da cidade.

 

Praça Saint Andrew, Edimburgo

 

Nelson monument, Edimbugo

 

Museu nacional da Escócia, Edimburgo

 

A zona de “the Mound” (uma encosta que basicamente liga a parte velha e a nova da cidade), junto dos jardins da Princes Street e onde temos a Galeria Nacional da Escócia, um belo edifício neoclássico com a vantagem da entrada ser gratuita, eu quando fui inclusive tinha uma exposição no exterior; nos jardins podemos relaxar e observar o castelo.

Paralelas à Princess street temos as ruas “George Street” e “Rose street”, com bastantes lojas de comércio, ficando ao fim delas a praça “saint Andrew” que merece uma visita.

Mais afastado do centro de Edimburgo temos por exemplo a catedral ” St, Mary”, o “one o’ clock gun” (que dispara todos os dias às 13, exceto aos domingos); a galeria Nacional de arte moderna; o castelo ” lauriston”; para quem gosta de arquitetura e/ou pontes temos ligeiramente mais afastado a ponte ferroviária “forth”, está no estuário do rio com o mesmo nome e é uma ponte de treliça metálica com 2,5km, é uma grande obra de engenharia.

 

Galeria Nacional da Escócia, Edimburgo

 

Eu mais afastado da cidade decidi ir ao HMY Britannia ( “Royal Yacht Britannia”), que foi o navio oficial da Casa Real Britânica, tendo sido desactivado em 1997, tendo estado ao serviço durante 44 anos, agora ancorado no porto de “Leith”, é como que um museu real, com a sala de banquetes, quartos,etc; na visita temos direito audioguia (temos em Portugês) e os bilhetes custam cerca de 17£, para chegar aqui  podemos apanhar o bus 22 sendo a paragem “Ocean terminal”, e gostei bastante da visita.

Para uma visita mais aprofundada, como aconselho sempre, podem usar apps onde podem criar uma rota, marcando os pontos turísticos e depois usar offline com o GPS (triposo, maps. me, etc).

 

Interior no Royal Yacht Britannia, Edimburgo

 

Fiz um Pub Crawl, e realmente Edimburgo tem uma noite fantástica, a zona mais histórica e junto do castelo são as melhores, (noutra noite fui sozinho a alguns bares na zona da princess street) recomendo fazer o Pub Crawl, que tem o ” meeting point” na Royal Mile, mas caso não, optem por isso simplesmente vivam a diversão noturna da cidade, a oferta é muita e os bares têm sempre um espírito alegre, bem diferente do que estamos habituados, bebam muitas Pint’s de cerveja e para quem gosta um bom whisky Escocês.

A gastronomia Escocesa tem bastantes sopas e pratos ricos em gordura, com o forte nas carnes, sobretudo de  vaca, cordeiro e de aves, o prato mais típico é o “Haggis”, basicamente é um cozido com miudezas de cordeiro (estômago, fígado coração e pulmões); eu comi entre outros uma vitela (“beef”) com molho em redução de vinho tinto, sopa tradicional e claro como as refeições são ligeiramente caras, cozinhei algumas coisas no Hostel; podem encontrar também pub’s com refeições acessíveis.

 

Almoço em Edimburgo

 

Almoço em Edimburgo,vitela local com molho de redução de vinho tinto

 

Dicas e Notas: 

Temos voos diretos para Edimburgo de Lisboa pela Easyjet e na Ryanair podemos ir do Porto, Lisboa ou Faro; fiz algumas pesquisas e penso que a TAP não tem nenhum.

Para ir do aeroporto para o centro da cidade podemos ir de Bus ou de tram, a viagem demora cerca de 30 minutos, os bilhetes ficam na casa dos 6€, confirmem horários e preços nos links (eu na altura fui no bus citylink,

 

Bus para o aeroporto no centro de Edimburgo- Escócia

 

Penso que podem fazer praticamente tudo a pé, caso queiram ir para mais longe do centro como para o Royal Yacht Britannia, temos para além do tram os buses públicos que têm uma boa rede (Lothian bus e Edinburgh trams, os links estão em cima), os preços de viagem simples são entre 1.5€ e 2€.

A moeda na Escócia é a libra esterlina (GBP), apesar de serem diferentes das de inglaterra e dizer banco da escócia podem usar na mesma as de Inglaterra; 1€ – 0.905 £ (GBP)

O domínio de internet é: .scot e/ou .uk e o indicativo é +44

 

Pub em Edimburgo

 

Quando eu fui bastava o B.I., mas agora como sabem com a situação do Brexit, mudou, o passaporte à partida será necessário, mas confirmem no site da embaixada como vai estando a situação.

A cidade é relativamente cara (embora tenha achado mais barata que Londres); de preferência prefiram ficar num alojamento próximo da Princess Street (ou ruas paralelas claro) aqui passam os transportes todos, de qualquer modo aconselho a ter pelo menos o Castelo como referência, nessa zona mais antiga e também mais cara, podem ter uma localização também muito boa.

 

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COLÓNIA, DUSSELDORF E DORTMUND! 3 DIAS PELO RENO ALEMÃO

 

Colónia, Düsseldorf e Dortmund! 3 dias pelo Reno Alemão.

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

A Alemanha é um país maravilhoso para visitar. Moderno, limpo e seguro. País que recebe muito bem quem o visita. Toda a gente fala Inglês. A cerveja é excelente, há centenas de marcas e os pratos de carne onde o porco é rei são abastados e saborosos.  Regressar ali é sempre um prazer e a minha tradição de comer uma “currywurst”, salsicha de porco temperada com ketchup e caril, logo à chegada tem-se mantido!

Depois de conhecer Berlim, Munique e Hamburgo juntei Colónia ao rol das maiores cidades. Esta foi a última vez que voltei à Alemanha para uma estada de alguns dias. Em 2017 no regresso de umas férias na China, fiz uma escala de várias horas em Frankfurt e deste modo completei o meu “top 5” das maiores cidades Alemãs!

 

Colónia-A tradição de comer uma currywurst sempre que chego à Alemanha

 

Colónia, foi a minha primeira paragem de uma viagem que fiz pela Europa em 2012. Dali segui para os Países Bálticos onde, em solo Lituano, comemorei os meus 37 anos de vida!

As 3 noites que fiquei em Colónia, permitiram-me conhecer o centro da cidade, passar um dia em Düsseldorf e parte de outro em Dortmund, de onde voei para Vilnius.

 

Colónia

A quarta maior cidade da Alemanha e a maior cidade do Estado da “Renânia do Norte-Vestfália”. O Estado mais povoado de todos os Estados Alemães.

Localizada a poucos quilómetros da França, dos Países Baixos, da Bélgica e também do Luxemburgo, possui influências internacionais bem vincadas. As mulheres Alemãs, por ali, predominam as loiras de olhos claros como as Holandesas, mas com menos centímetros de altura.  O povo é muito divertido, caloroso e simpático, sendo inclusive considerado como “os latinos Alemães”. Por aqueles lados o Carnaval é festejado com pompa!  Os Romanos também andaram por ali, e o nome de “Colónia” se deve a essas origens latinas.

 

Colónia-Vista do topo da Catedral para o Rio Reno. A Ponte Hohenzollern e o edifício Kölntriangle em destaque

 

A cidade em si, é pequena, comparada com as três maiores cidades Alemãs. Um dia é suficiente para visitar praticamente tudo o que é importante. O seu centro histórico percorre-se facilmente a pé e por lá se concentra o essencial. Não esquecer de comprar o cartão turístico “Köln Card” pois paga-se a si próprio, tornando as nossas visitas e a mobilidade mais económicas.

Desde o aeroporto internacional ” Flughafen Köln/Bonn” onde numa noite chuvosa de Janeiro aterrei, até à Estação Central  “Köln Hauptbahnhof ” são apenas 15 minutos de viagem de comboio. A  “Hauptbahnhof”, palavra de língua Alemã que designa a “estação de comboios central” localiza-se em pleno coração da cidade, “paredes meias” com a famosa Catedral. Ali pertinho fiquei hospedado.

A Catedral de Colónia “Kölner Dom” foi onde no dia seguinte dei início à descoberta da cidade. De estilo Gótico como muitas catedrais pela Europa fora, considerada a 5ª igreja mais alta do Mundo, é também o local mais visitado da Alemanha. Ali supõem-se que estão depositadas as ossadas dos 3 Reis Magos. Atrás do altar, dentro de uma arca de ouro e prata, ornamentada com pedras preciosas, é possível observar. A Catedral fica rodeada de outros edifícios entre os quais a Estação Central, pelo que encontrar espaço e ângulo, para tirar de perto fotos panorâmicas com todo o Monumento em grande plano é complicado. Subir ao topo e observar a vista panorâmica é obrigatório. Mesmo com chuva e vento, apesar das temperaturas invernais estarem longe das que iria encontrar dias depois nos Países Bálticos, era possível permanecer alguns minutos ao ar livre lá em cima.  A Ponte de Hohenzollern, ferroviária com via pedonal, sobre o Rio Reno domina a paisagem. Na outra margem é possível observar o moderno edifício “Kölntriangle” sede da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), que possui um observatório no topo onde é possível subir. A Catedral de Colónia e a  Ponte de Hohenzollern são as imagens de marca da cidade e quer de dia, quer de noite são fotografadas em conjunto, conseguindo obter-se efeitos espetaculares com as luzes noturnas iluminando aquela zona e aqueles ícones. Do lado oposto é possível observar a zona interior da cidade, paisagem em que a torre de tv, a “Colonius” se destaca.

 

Colónia-Catedral

 

Colónia-Catedral

 

Pela Ponte Hohenzollern até à outra margem fiz o meu passeio noturno à chegada, mas no regresso, a chuva impediu-me de caminhar pelas ruas centrais e acabei por me abrigar num bar onde muita gente divertida estava presente. Umas jovens nativas muito simpáticas e comunicativas, numa despedida de solteira! Adeptas do Colónia, o “FC Köln” como é chamado  e até o hino deste clube era música passada pelo DJ! Penso que foi a minha indumentária que lhes chamou a atenção: Kispo e calças de neve com botas à prova de água, o que uso para viajar para o frio e que também protege da chuva…

 

Colónia-Ponte Hohenzollern

 

Nas imediações da Catedral localiza-se o Museu Ludwig de arte moderna e o Museu Romano-Germânico de arqueologia, com achados históricos referentes à passagem dos Romanos por esta região. Dois museus que “sacrifiquei” em prol de algo mais “adocicado”…

 

O Museu do Chocolate é um local único!  Hans Imhoff,  um fabricante de chocolates em 1972, assumiu a fábrica de chocolates “Stollwerk”, que se tornou uma das principais fábricas de chocolate da Europa. Ele inaugurou este museu em 1993.O próprio edifício com muito vidro nas fachadas, já por si é uma atração turística. A visita aos seus 3 andares  conta toda a história do chocolate  e também como ele é fabricado desde a extração do cacau até estar pronto para o consumirmos em tabletes. O  museu contém uma “mini fábrica” onde cerca de 400 quilos de chocolate são processados todos os dias. Existe uma fonte, que foi construída exclusivamente para o museu, com 200 quilos de chocolate e também dentro de uma estufa, uma pequena floresta tropical onde se recriam os locais do Mundo de onde o cacau, a matéria-prima, é originária. Tal como o café, o cacau varia de qualidade e sabor, consoante o país de origem e isso reflete-se nos chocolates. Existe uma loja de chocolates no Museu e também um bar onde se servem fatias de bolos de chocolate para todos os gostos!

 

Colónia-Museu do Chocolate

 

Colónia-Museu do Chocolate-bolos de chocolate

 

Colónia-Museu do Chocolate-Floresta tropical no interior da estufa

 

Estádios de futebol não faltam nas minhas viagens. Esta foi a viagem em que mais estádios juntei ao meu palmarés. O  “RheinEnergieStadion” foi o primeiro. A casa do “1. Fußball-Club Köln 01/07” conhecido na Alemanha como “FC Köln” e por cá por “Colónia”. Clube com pergaminhos na Bundesliga. Com títulos Nacionais e presenças em finais de competições Europeias. Nos últimos anos tem andado entre subidas e descidas, mas os seus adeptos leais nunca deixam de apoiar como é apanágio dos adeptos Germânicos. A Alemanha é dos países Europeus em que mais adeptos vão aos estádios e é normal nas estações de comboios  encontrarmos aos fins-de-semana muitos adeptos trajados com as cores dos seus clubes do coração viajando pelo país acompanhando-os nos jogos fora.

 

Colónia- Estádio RheinEnergie

 

Colónia- Estádio RheinEnergie-bancada central

 

Petit jogou na parte final da sua carreira neste clube, tal como Maniche. Petit foi muito acarinhado pelos adeptos, não só pelo seu desempenho em campo, mas sobretudo pela sua simpatia, pelo seu caráter, uma pessoa acessível de fácil trato com todos. Já Maniche não deixou muitas saudades…Isto foi-me transmitido pelos adeptos presentes no estádio.

 

Colónia- Estádio RheinEnergie-bancada lateral

 

Colónia- Estádio RheinEnergie-banco de suplentes com um adepto junior

 

O “RheinEnergieStadion”  foi palco de vários jogos do Campeonato do Mundo de 2006, em que Portugal participou e ali se estreou contra a Seleção Angolana. Pauleta fez o golo solitário da vitória nos primeiros minutos, mas o jogo correu bem, com respeito e desportivismo, ao contrário de um jogo amigável (???!!!) entre estas duas equipas em 2001 no antigo Estádio José Alvalade. Tantas expulsões de jogadores Angolanos, por protestos e entradas violentas,  que o jogo não chegou ao fim!

 

Colónia-Estádio RheinEnergie-bancada topo

 

Colónia-Estádio RheinEnergie-sala de imprensa com um adepto junior

 

Estádio remodelado e moderno, localizado numa área verde, a cerca de 7Km do centro da cidade, acessível de metropolitano que possui troços à superfície e subterrâneos. A visita inclui também o museu onde se encontram os troféus dos títulos mais importantes: Campeão da Bundesliga e vencedor da Taça da Alemanha.

 

Colónia- Estádio RheinEnergie-Museu-troféu de vencedor da Taça da Alemanha

 

As ruas do centro da cidade são semelhantes a muitas cidades daquela zona da Europa. Casas coloridas, com poucos pisos, restaurantes, esplanadas e bares, onde é sempre um prazer passear, tanto na beira do rio como no interior. Por ali recomendo jantar um “schweinshaxe”, a parte do fim da perna do porco, assado e crocante, com batata assada e “Sauerkraut”, repolho fermentado acompanhado por uma cerveja “Kölsch”, o tipo de cerveja da cidade de Colónia.

 

Colónia -Schweinshaxe com Sauerkraut

 

Düsseldorf

Localiza-se a 40Km de Colónia, que se percorrem em cerca de 1hora de comboio suburbano. Linha muito congestionada a horas de ponta!

Düsseldorf é a capital deste Estado da Renânia do Norte-Vestfália. Por esse motivo, em Düsseldorf fica localizado o Parlamento daquele Estado, chamado de “Landtag Nordrhein-Westfalen”.

 

Dusseldorf – centro da cidade

 

Colónia e Düsseldorf são duas cidades “rivais”, assim como Porto e Lisboa. Ambas são banhadas pelo Rio Reno, o percurso fluvial com maior tráfego na Europa. O Rio Reno vai desaguar a Roterdão nos Países Baixos, cidade que sedia um dos maiores portos Mundiais.
Resolvi  “sacrificar” Colónia, onde nesse dia poderia visitar os museus Ludwig e Romano-Germânico e conhecer melhor o centro da cidade, para visitar Düsseldorf. A escolha acabou por ser acertada pois Düsseldorf também é uma cidade pequena em que os pontos principais se visitam rapidamente. A cidade torna-se um pouco desinteressante, pois é moderna para os padrões Europeus, e a sua zona ribeirinha até faz lembrar Roterdão. Essa zona ribeirinha com vista para a famosa torre de TV, “Rheinturm” e para a ponte sobre o Rio Reno, “Rheinkniebrücke” é a imagem de marca de Düsseldorf.

 

Dusseldorf-Rheinturm e Rheinkniebrücke

 

Dusseldorf – centro da cidade

 

Do alto da “Rheinturm” podemos observar a vista sobre a cidade, inclusive o “Landtag Nordrhein-Westfalen” mesmo por baixo dos nossos olhos. Num dia chuvoso como aquele, as fotos do arco-íris que consegui tirar foram marcantes!

 

Dusseldorf-Vista do observatório da Rheinturm com o arco iris

 

Dusseldorf-Vista do observatório da Rheinturm

 

Dusseldorf-Landtag Nordrhein-Westfalen

 

Dusseldorf-Landtag Nordrhein-Westfalen visto do observatório da Rheinturm

 

Dusseldorf-Landtag Nordrhein-Westfalen

 

O aquário de Düsseldorf, “Aquazoo Löbbecke Museum Dusseldorf” foi onde decidi passar algumas horas. Sobretudo por existirem piranhas, que nunca tinha visto, e ser possível assistir à sua alimentação! Crocodilos também não faltam. Ainda em idade júnior, mas reagem rápido e o visitante não se deve aproximar.O aviso está lá!

 

Dusseldorf-Aquário-Crocodilo

A cidade é palco de inúmeras feiras, a “Messe-Dusseldorf” é o recinto das mesmas. Na altura decorria uma feira de barcos, o género de uma nossa “Nauticampo”, mas bem mais alargada! Por ali chama-se “Boot”, e é somente o maior salão náutico da Europa. Este recinto ferial localiza-se muito próximo do Estádio onde joga a equipa do “Fortuna Düsseldorf”. Parece que agora se chama “Merkur Spiel-Arena”, mas na altura se chamava “Esprit Arena”. Acordos de naming com duração limitada. Mesmo pegado ao estádio existe um hotel, o “Tulip Inn Duesseldorf Arena Hotel” e foi através dele (à socapa…) que acedi ao restaurante, para desde a esplanada, chegar à bancada e tirar fotos no seu interior e deste modo juntar mais este estádio ao meu palmarés! O estádio foi inaugurado em 2004, pelo que não encontro algo relevante que tenha acontecido no mesmo. Meses depois, num jogo amigável do Benfica com o Fortuna Düsseldorf, ali realizado, houve um incidente entre Luisão e o árbitro que fez com que esse jogo não chegasse ao fim…

 

Dusseldorf-Esprit Arena – estádio e hotel

 

Dusseldorf-Esprit Arena

 

Estando alojado em Colónia, passar um dia em Düsseldorf é uma escolha acertadíssima. Não esquecer de adquirir logo à chegada o “DüsseldorfCard” que permite viagens ilimitadas nos transportes públicos, de onde se destaca o metropolitano, e também acesso a inúmeras atrações turísticas com descontos ou mesmo com entrada gratuita.

Não esquecer também de fazer uma pausa para uma salsicha, acompanhada por uma “Altbier”, o tipo de cerveja da cidade de Düsseldorf!

 

Dusseldorf-Estação central

 

Dusseldorf-Estação de metro de superfície que serve a moderna zona do estádio e do recinte ferial

 

Dusseldorf-metropolitano

 

Dortmund

A cerca de 100Km de Colónia, numa viagem de comboio “ICE”, a alta velocidade Alemã que dura cerca de 1h20 pois efetua várias paragens. Uma delas, em Wuppertal, cidade conhecida pelo seu monocarril suspenso, o “Wuppertaler Schwebebahn” um meio de transporte sui generis pelo facto dos carris se situarem acima do tejadilho das carruagens. Este género de sistema de transporte em monocarril existe em muitas cidades, mas o de  Wuppertal é o mais antigo do Mundo, tendo entrado em  funcionamento em 1901. Conseguimos vê-lo em circulação quando nos aproximamos da estação de Wuppertal.

 

Dortmund-Estádio Signal Iduna Park-exterior

 

Dortmund-Estádio Signal Iduna Park-Sudtribune

 

A cidade de Dortmund é pequena e tem pouco interesse, à exceção dos adeptos de futebol, pois por lá existe um dos grandes “templos”, o Estádio “Signal Iduna Park”. Tirando isto, não encontro nada que justifique uma visita. Cidade moderna, servida por excelentes meios de transporte, nomeadamente um metropolitano, “Dortmund Stadtbahn” que circula também em modo subterrâneo. Metropolitano à semelhança de Colónia e de Düsseldorf, denominado internacionalmente de “light rail”, pois as suas carruagens são do tipo “tram” (elétrico em Português), apesar de circularem por baixo do solo em diversos troços. Por cá a cidade do Porto possui um sistema semelhante.  Dortmund,  também possui um aeroporto localizado a cerca de 15Km do centro da cidade, acessível de autocarro desde a estação central. Aeroporto mormente usado pelas companhias aéreas “low cost”. Foi dali que segui para a Vilnius nessa tarde.

 

Dortmund-Estádio Signal Iduna Park-banco de suplentes

 

Depois de guardar as malas num cacifo na Estação Central, logo à chegada, a minha estada em Dortmund resumiu-se ao Estádio Signal Iduna Park, casa do Borussia Dortmund. Outrora chamado de “Westfalenstadion”. É o maior estádio da Alemanha, com capacidade para mais de 80.000 espetadores. Famoso pelas coreografias dos adeptos dos topos. Conhecido no meio futebolístico como “O Muro” dadas as sua configuração, lotação e altura das bancadas, sendo a do topo sul, considerada a maior do Mundo, pois não está dividida em “anéis” e nos jogos da Bundesliga, não é obrigatório estes lugares onde assistem aos jogos os grupos de adeptos organizados, possuírem cadeiras. Só na “Sudtribune” assistem aos jogos cerca de 25.000 adeptos!

 

Dortmund-Estádio Signal Iduna Park-Topo norte, onde assistem aos jogos os adeptos da equipa visitante

 

Estádio Signal Iduna Park-bancada topo Norte

 

Este estádio foi palco de jogos do Campeonato do Mundo de 2006, destacando-se a meia-final, Alemanha-Itália onde os Transalpinos venceram nos instantes finais do prolongamento, com golos de Fábio Grosso (que marcou o penalty decisivo na final) e Del Piero numa enorme jogada de contra ataque. A nação Alemã chorou imenso nessa noite, pois viu esfumar-se o sonho de repetir 1974 quando no seu país se sagraram campeões do Mundo.

A visita ao estádio inclui os balneários, onde posei com o cacifo de Robert Lewandowski, atual melhor avançado do Mundo, que na altura vestia a camisola amarela. O túnel de acesso que nos jogos da “Bundesliga” vemos nas TVs  junto a uma escada e ao emblema do clube. A visita ao relvado com vista para a famosa  “Sudtribune”, às bancadas, banco de suplentes e as celas. Sim, não é uma cadeia, mas modernamente os estádios de futebol possuem estas zonas, quem prevarica vai lá parar e são muitos, e ali em todos os jogos há novos clientes!

 

Dortmund-Estádio Signal Iduna Park-entrada para o Museu do Borussia Dortmund

 

No Museu estão expostas os troféus de grandes conquistas daquele clube com destaque para a Liga dos Campeões conquistada em 1997, em Munique, contra a Juventus, com Paulo Sousa a levantar o troféu, perante a sua anterior equipa com a qual no ano anterior também se havia sagrado campeão Europeu! Infelizmente não tive tempo de o visitar e tive mesmo de abandonar a visita a meio, ir a correr para o Aeroporto.

 

Links:

Voos: De momento a Ryanair possui uma rota direta para Colónia desde Lisboa. Na altura voei na Germanwings, agora denominada Eurowings. A Wizzair voa direto desde Lisboa para Dortmund, na altura voei nesta companhia de Dortmund para Vilnius

Hostel Colónia: O Station Hostel tem uma localização perfeita e o preço em conta. Colónia é das cidades mais caras da Alemanha e dado realizarem-se feiras com frequência, os preços do alojamento disparam nessas alturas.

Bilhetes de comboio na Alemanha

Hino do FC Köln

 

Colónia-As nativas. Anos depois repetimos esta selfie em Lisboa. Bonitas e simpáticas as mulheres Alemãs por aqueles lados!!!

 

Portugal-Angola, Campeonato do Mundo de 2006, no RheinEnergieStadion em Colónia

Portugal-Angola, jogo amigável em 2001 em Lisboa

Piranhas comendo peixe, no “Aquazoo” em Dusseldorf

Incidente de Luisão com o árbitro no “Esprit Arena” em Dusseldorf

Itália-Alemanha, Campeonato do Mundo de 2006  

Coreografia dos adeptos do Borussia Dortmund na Sudtribune

Final da Champions League 1997

 

Dusseldorf-Observatório da Rheinturm-Um café com estilo…

 

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CONHECER A CAPITAL DO KOSOVO – PRISTINA

 

Conhecer a capital do Kosovo – Pristina

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

O Kosovo despertou-me bastante curiosidade, pois é dos países mais recentes e não é reconhecido por alguns Países como a Sérvia, Espanha, Rússia, Grécia, Roménia, Chipre, Eslováquia, entre outros. O seu processo de independência não foi nada fácil, aconteceu em Fevereiro de 2008, a ONU com o forte apoio dos E.U.A, e seus aliados foram os responsáveis para que isto acontecesse.

Apesar de não ter muitas expectativas decidi visitar, pois de seguida ia seguir para Skopje, e acho que valeu bem a pena.

A cidade é bastante barata, achei a cidade segura, embora em alguns locais se note mais pobreza.

 

Arte urbana em Pristina

 

Pristina merece um dia de visita, ou pelo menos uma manhã/tarde, dá para fazer quase tudo a pé, apenas a catedral da madre Teresa e a estátua de Bill Clinton estão mais distantes.

Fiquei no centro num hostel muito bom, o Prishtina center hostel (paguei cerca de 7€ por uma noite), uma das coisas que mais me marcou foi ao chegar à sala comum do hostel ter uma bandeira de Portugal…(tinha lá estado um voluntário português e deixou lá a Bandeira, onde um ou dois outro Portugueses e mais uns quantos de Brasileiros assinaram na mesma)…pode parecer piegas mas chegar ao Kosovo e ter a bandeira de Portugal no hostel onde vamos ficar…. é mais uma razão de que viajar nos traz experiências únicas.

 

Bandeira portuguesa no hostel em Pristina- Kosovo

 

No centro da cidade começando junto do hostel que ficava na principal e mais famosa rua, a “Boulevard Nënë Tereza”, uma rua pedonal com muito comércio, bares e restaurantes e claro monumentos de referência.

 

Torre sineira da catedral da madre Teresa, Pristina

 

Temos desde logo uma estátua da madre Teresa, mais á frente o teatro “Kombëtar”, que é o teatro Nacional ( o único público no país), logo ali temos uma praça, onde temos o Ministério dos negócios estrangeiros e também uma outra estátua, de Alexandre o grande “Gjergj Kastrioti”.

Já depois de sair deste centro e de atravessar uma artéria principal (rodoviária), temos mais coisas para ver; a mesquita Bazar, que foi a primeira a ser construída e onde aqui fica o mercado ( bazaar); a seguir temos o museu nacional do Kosovo, foi construído em 1898 e é das principais instituições de património cultural do país, podem confirmar entradas e exposições no site oficial.

 

Bazaar, Pristina

 

Mais à frente mais a mesquita Jashar Pasha, percorrendo um pouco a rua temos posteriormente a torre do relógio, uma torre do século 19 e com cerca de 25 metros, servia anteriormente para os comerciantes do bazar saberem quando deviam orar.

 

Mesquita Jashar Pasha, Pristina

 

A mesquita imperial, uma mesquita Otomana, construída em 1461,  e mais ao fundo a cerca de 500 metros o museu Etnográfico (podem usar o mesmo link do museu nacional para mais informações), está localizado no complexo Emin Gjiku, é como uma casa e mostra como era a vida no domínio Otomano sobre o Kosovo.

 

Mesquita Imperial, Pristina

 

Ao regressarmos para junto da mesquita Imperial, do lado direito temos os banhos públicos (“grand Hamam”), estes banhos turcos datam do século 15 e apesar de terem sido já remodelados devido à destruição, ainda não foram terminados os trabalhos, devido a problemas na remodelação inicial.

A Biblioteca Nacional do Kosovo merece uma visita, tal como por exemplo a de Minsk, a sua construção é totalmente fora da caixa, num edifício singular, foi desenhada pelo arquitecto Andrija Mutnjaković, está aqui desde 1982.

 

Biblioteca Nacional do Kosovo, Pristina

 

Aqui perto também temos a igreja ortodoxa de Cristo Salvador (” Christ the Savior”), que infelizmente está inacabada, devido às guerras e ao facto da grande maioria dos Kosovares serem muçulmanos a igreja assim continua.

 

Christ the Savior, Pristina

 

O monumento”New Born”, que simboliza a independência do país, (quando se separou da Sérvia) foi inaugurado em fevereiro de 2008, todos os anos ganha nova decoração, eu como fui em 2018, assinalava os 10 anos.

 

Monumento NewBorn, Pristina

 

Em frente subindo uma escadaria temos o palácio da juventude e centro desportivo, um enorme pavilhão com 10.000 metros quadrados, duas arenas com capacidade de 8 mil e 3 mil pessoas e salas de convenções entre outros… Tem uma arquitetura bastante interessante.

 

Palácio da juventude e desportos, Pristina

 

A Catedral Madre Teresa,  uma catedral católica, em homenagem à freira e missionária que tem ascendência Albanesa, Apesar do estilo semelhante a outras catedrais, com a sua torre sineira, a sua construção é recente tendo sido inaugurada em setembro de 2010 (tendo sido consagrada sete anos depois).

 

Catedral Madre Teresa, Pristina

 

Fica já fora do centro e daqui podemos seguir para ver a estátua de Bill Clinton, que fica ligeiramente mais afastada, apesar de não ter nada de mais é uma homenagem, pois os E.U.A. foram importantes na conquista da independência do Kosovo.

 

Estátua Bill Clinton, Pristina

 

Se tiverem tempo, mais afastado do centro e destes locais que referi, podem ainda visitar: a mesquita Llap e o parque “Varrezat e Dshmoreve” onde está o monumento do cemitério dos mártires, eu já estava cansado e não pude visitar este, mas merece a visita, fica a 1.5km do centro, se puderem caminhem até lá.

 

A torre do Relogio, Pristina

 

Mais afastado ainda fica o parque Gërmia, fica a nordeste da cidade podem ir de bus, que demora cerca de 40 minutos (ver site de transportes da cidade).

O parque tem cerca de 62 quilómetros quadrados, e para além de muita diversidade de fauna, e o seu ponto mais alto é o pico Buto, que fica numa elevação de 1050 metros.

Para comer no Kosovo, podemos fazer vida ricos, um dos melhores e mais famosos restaurantes da cidade é o Liburnia (ficava a pouco mais de 600 metros do meu hostel), apesar de para os locais ser caro, podemos comer o prato, a sopa e bebida por cerca de 7€, simplesmente escolham e peçam ajuda para escolher algo típico… Recomendo vivamente, eu adorei, jantei aqui mas ao almoço fui a um restaurante mais modesto e também típico como um restaurante de trabalhadores paguei cerca de 3€ por uma salsicha fresca com molho tradicional e legumes.

 

Restaurante Liburnia, Pristina

 

Jantar no Liburnbia, Pristina

 

Dicas e Notas:

Para voar para Pristina a melhor forma é pelas low-cost : EasyJet (Berlim, Basileia e Genebra) ; pela wizzair (Viena, Basileia, Dortmund, Baden Baden, Memmingen, Budapeste e Milão Malpensa), estas serão as mais baratas opções, ou podem por exemplo ir de bus por Skopje que demora pouco mais de 2h, eu fui de Genebra, pois os voos de Porto para lá eram baratos, assim como depois para Pristina.

 

Almoço num restaurante local, Pristina

 

Para ir do aeroporto para o centro da cidade, quando eu fui apenas era possível de táxi (15€), mas agora já existe uma linha de bus (1A), custa cerca de 3€ e demora cerca de meia hora (o site é o que coloquei em cima de transportes da cidade, que também vai ao parque Gërmia).

O fuso horário é de mais 1 hora que Portugal; o indicativo é :+381, a moeda é o Euro.

Não necessitamos de passaporte, nas notem que não podemos ir do Kosovo para a Sérvia, pois este País não reconhece a autonomia do Kosovo.

Não tive problemas com inglês, apenas as pessoas mais velhas não falam, mas como aqui há imensa gente jovem não há grande problema.

 

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CINQUE TERRE, AS CINCO PITORESCAS VILAS EM ITÁLIA

 

Cinque terre, as cinco pitorescas vilas em Itália

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Itália tem várias referências, uma delas é a zona de Cinque Terre, ora cinque terre é nome do parque natural desta zona, que basicamente são cinco pequenas vilas montanhosas, nas encostas do mar Ligure. As vilas de Cinque Terre são: Riomaggiore; Manarola; Corniglia; Vernazza e Monterosso al Mare  (começando desde La Spezia).

Esta zona é fantástica, com estas belas vilas pitorescas, o cenário lindíssimo de para além deste parque nacional com montanhas verdes, viradas para o mar Ligure, é um cenário fantástico, calmo e romântico para quem quer relaxar com a natureza por perto.

 

Cinque Terre- Itália

 

O aeroporto mais próximo é o de Génova, depois daqui podemos ir de comboio, e em pouco mais de uma hora estamos em umas das cinco vilas.

Contudo a principal porta de entrada é La Spezia, que é a maior cidade ali mais próxima, que fica a poucos minutos daqui. Depois daqui podemos começar a explorar esta que é a área do parque natural de Cinque Terre.

As opções aqui são imensas, podemos fazer trilhos a pé, fazer os trajetos de comboio ou de bus; ficar numa destas cidades, etc, depende do vosso tipo de férias e tempo.

 

Thaon del Ravel, La Spezia

 

Vista de La Spezia, desde o porto

 

Museu naval La Spezia

 

Eu fiquei em La Spezia e visitei todas as cidades num dia, visitei todas as vilas que são pequenas, e ainda deu para mergulhar um pouco nas águas do Ligure, agora claro podemos ficar mais tempo, explorar o parque a pé ou ficar hospedado numa das vilas.

Uma das melhores formas é comprar o bilhete “cinque terre treno”, que tem várias modalidades, eu comprei de um dia, por 16€ (podem comprar online ligeiramente mais barato ou na estação de comboio que tem um gabinete de turismo), e que tem acesso a wi-fi nas estações ferroviárias, acesso às casas de banho (que são pagas, 0.50€), podemos percorrer os trilhos entre as cidade e claro podemos andar o dia todo de comboio nesta linha, que vai desde La Spezia até a Levanto, as viagens são rápidas cerca de 5-8 minutos entre cada uma.

 

La spezia- Itália

Vernazza, Cinque Terre

 

Também existe a opção de bus mas como era nesta altura da pandemia, no bus era mais difícil devido à lotação era mais complicado, e achei mais prático em comboio, o único senão foi em Corniglia, pois a estação está mais em baixo, e a vila está mais alta, pelo que temos de subir um pouco.

A rede de comboios em Itália em muito boa, eu fiz esta viagem desde Milão que é uma boa alternativa pois para aqui os voos são bem mais baratos, que para Génova, e de Milão para La Spezia, temos muitos comboios, podemos apanhar um comboio directo em cerca de 3h e 15 minutos ou com uma pequena escala em parma em cerca de 4h e meia, os preços começam nos 20€, visitem o site oficial dos caminhos de ferro de Itália.

 

Comecei por Monterosso al Mare, que tem das melhores praias, caminhamos um pouco da estação e das praias e vamos ao centro, com todas as pequenas casas, os pequenos barcos atracados num pequeno porto, etc.

 

Monterosso al Mare, Cinque Terre

 

Vernazza para mim foi a mais bonita, assim que descemos na estação, temos a avenida principal, com todas lojas, ao fundo a praça com os barcos e praia, os cafés e restaurantes, igreja…num dos lados da encosta podemos percorrer as estreitas ruas e ir ao miradouro (1€ de entrada). Almocei por aqui uma espécie de quadrados de pão com produtos frescos e tradicionais, muito bom.

 

Vernazza, Cinque Terre

 

Vernazza, Cinque Terre

 

Vernazza, Cinque Terre

 

Vernazza, Cinque Terre

 

Corniglia, fica mais alta que a paragem de comboio, pelo que temos de caminhar um pouco, tem as ruas mais estreitas, íngremes mas bonitas e claro com o pano de fundo do calmo mar de Liguria.

 

Corniglia, Cinque Terre

 

Corniglia, Cinque Terre

 

Manarola também é das mais bonitas e maiores vilas, podemos percorrer uma espécie de percurso que serve como miradouro para a vila onde vemos todas as pitorescas casas na montanha, podemos aproveitar e comprar produtos locais em minimercados, eu comi pão tradicional e “pancheta”.

 

Manarola, Cinque Terre

 

Manarola, Cinque Terre

 

Riomaggiore tem uma praia engraçada em que é toda em cascalho, com a curiosidade que ao sair da estação passamos por um túnel atravessando parte desta zona montanhosa.

 

Rimaggiore, Cinque Terre

 

Riomaggiore,Cinque Terre

 

Riomaggiore, Cinque Terre

 

Riomggiore (túnel), Cinque Terre

 

O mais comum é um dia para visitar estas cinco belas vilas, mas claro podem ficar aqui toda a semana aproveitando as praias e todas estas pitorescas zonas montanhosas, o alojamento é mais fácil e barato em La Spezia e podem alugar um carro.

La Spezia merece uma visita, quer partam daqui ou venham por Gênova, visitem esta cidade eu fiquei aqui num excelente Hostel, 5 terre backpackers city, um hostel moderno, junto da estação de comboios (paguei cerca de 35€ com pequeno almoço), daqui descendo por umas das principais ruas desta zona histórica temos várias coisas para ver, para além das ruas desta bela cidade; A igreja ” Nuestra señora de la salud”, visitar o mercado local na “piazza Cavour”, onde podemos comer deliciosas frutas, eu comi umas uvas deliciosas; caminhando em direção ao mar, junto do porto onde temos a bela ponte “Thaon del Ravel”, percorremos a rua  “via del Prione”, uma rua repleta de comércio e onde podemos ver o “museo civico amedeo” e a estátua de homenagem a Garibaldi (um General guerrilheiro Italiano), entre outros museus pela cidade, temos o museu Naval que fica junto do Porto, esta zona do porto tem bastantes restaurantes, e é excelente para caminhar e fazer exercício.

 

Câmara municipal de La Spezia

 

La Spezia,praça

 

Igreja nuestra señora de la salud, La Spezia

 

A catedral de La Spezia (“cattedrale di cristo Re”), com um formato circular que foi construída em 1975.

 

Catedral de La Spezia

 

O ponto de maior  referência em La Spezia (eu não pude visitar, pois devido à pandemia estava fechado), é o Castelo “San Giorgio”, um castelo construído em 1253 num dos pontos mais altos desta cidade.

Vale a pena percorrer todo este centro histórico da cidade, e desfrutar de uma bela tarde, podemos também ver já na outra parte da cidade, o museu ferroviário.

Pela noite jantei um esparguete de Mexilhões conde tive ajuda de um casal venezuelano que me traduziu de Espanhol para Italiano.

 

Jantar (spargetti de mexilhoes) em La Spezia

 

Programem bem esta viagem, eu preferi fazer mais quilómetros de comboio desde Milão, mas é mais fácil e mais barato voar para Milão que para Génova, contudo Génova poderá ser mais interessante, vejam os custos para chegar até lá.

 

Almoço em Vernazza

 

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FIM DE SEMANA NA CAPITAL DA ESLOVÉNIA- LJUBLJANA

 

Fim de semana na capital da Eslovénia – Ljubljana

Texto e Fotos de António Ribeiro

 

A Eslovénia é um pequeno país, que tem ganho cada vez mais turistas, o seu famoso lago Bled (que infelizmente não pude visitar) é talvez a sua jóia da coroa, a sua capital ali bem próxima merece sem dúvida uma visita é a principal porta de entrada, a segunda maior cidade Maribor, ou a bela e histórica cidade de Piran já junto da cidade italiana de Trieste, fazem parte entre outros do que podemos visitar na Eslovénia.

 

Ponte Dragão, Ljubljana

 

Eu fui apenas passar um fim de semana a Ljubljana, dado que para chegar aqui não temos muitas alternativas, pois temos apenas voos acessíveis desde Berlim, Londres e Bruxelas (pela wizz air e EasyJet), eu fui desde o Porto para Londres, após umas horas segui para Ljubljana.

A capital da Eslovénia merece sem dúvida um fim de semana. Podemos explorar tudo a pé (até porque em grande parte do centro histórico não existe trânsito sequer).

Eu fiquei no centro histórico, partindo daqui em direção ao rio “Ljubljanica” onde comecei pela ponte do dragão, uma ponte pedonal e rodoviária, sendo o dragão um dos símbolos da cidade, dois dragões de cada lado, guardam esta ponte construída em 1901.

 

Rio Ljubljanica

 

Logo do outro lado da margem do rio Ljubljanica temos o mercado central da cidade, como faço sempre fui ali comprar umas frutas locais, e mais tarde almocei por ali, recomendo estas experiências, pois são mais autênticas (já agora a maioria das pessoas fala inglês).

 

Mercado de Ljubljana

 

A seguir temos a praça Vodnik, com a estátua de Valentin Vodnik, que além de padre era jornalista e poeta. Seguindo para a esquerda (de costas para o rio e ficando com o monte onde está o castelo de Ljubljana do nosso lado), seguimos e temos a bela catedral de Ljubljana (igreja de S. Nicolau), com uma cúpula verde e  duas torres, um estilo barroco. Mais à frente temos a praça da cidade, umas das principais praças, onde além da câmara municipal temos a fonte Robba (ou fonte dos três rios Carniolan), originalmente construída em 1751.

 

Museu arte contemporânea Metelkova, Ljubljana

 

Indo novamente para junto do rio onde temos das zonas mais emblemáticas da cidade, a famosa “Triple bridge”, a ponte tripla, o primeiro tabuleiro está aqui desde 1842, sendo os outros dois foram terminados em 1932, tendo sido renovada em 1992 toda a ponte é pedonal, e conta com uma escadaria para irmos até junto do rio, onde circulam por vezes pequenos barcos, e ali perto podemos fazer um tour pelo rio. Aqui junto desta margem temos o bairro mais boémio, “Cankarjev Nabrežje”.

 

Em frente à ponte tripla do outro lado da margem temos talvez a principal praça da cidade, a praça “Preseren” onde acontecem os eventos, celebrações, etc (toda esta área é pedonal), na praça temos a estátua do poeta Esloveno France Preseren, que dá o seu nome à praça, de frente para o centro da praça temos a igreja Franciscana da Anunciação (“Cerkev Marijinega Oznanjenja”), uma igreja num tom vermelho, com as duas torres com os sinos, gostei muito desta praça com a ponte tripla em frente, o bairro boémio aqui perto, os barcos a passar pelo rio…uma zona excelente de Ljubljana.

 

Centro Histórico de Ljubljana, junto á Catedral

 

Não muito longe daqui temos o parque “Zvezda”, inserido na praça dos congressos, aqui estão vários edifícios de relevância como a igreja Ursulina da Santíssima trindade, de estilo barroco, já num estilo neo clássico, o Casino. Seguindo em frente em direção ao principal e maior parque da cidade, o Tivoli (um parque com quase cinco quilómetros quadrados), de destacar a “promenade Jakopic”, uma avenida que é uma galeria de arte ao ar livre.

Antes de chegar ao parque Tivoli, temos a praça da República, e junto desta a Ópera de Ljubljana, o museu Nacional da Eslovénia e o museu de história natural, já mesmo junto ao parque temos a Galeria nacional (um belo edifício que foi remodelado em 2016), o museu de arte moderna e a igreja de S.Cyril (igreja ortodoxa).

 

Catedral de Ljubljana

 

À noite tempo para descobrir a nocividade desta cidade, fiz um “pub Crawl”, que basicamente é um rally tascas em que locais nos levam a alguns bares da cidade, formando assim um grupo de turistas, curiosamente para além de mim e de mais 4 Alemães, havia um grupo de 6 estudantes de erasmus….Portugueses….o mundo sempre será pequeno…

 

Promenade Jakopic, galeria de arte,Ljubljana

 

No segundo dia, visita ao castelo de Ljubljana, o ponto mais alto da cidade. Sem dúvida um ponto que deve ser visitado, daqui temos uma vista fantástica sobre a cidade e o seu rio, o bilhete com o comboio funicular custa 13€, eu na altura subi a pé e paguei apenas 10€, recomendo vivamente a visita ao Castelo, e descobrir a área montanhosa onde este se situa.

 

Castelo de Ljubljana

 

Castelo Ljubljana

 

Descendo novamente para junto do rio, perto da ponte pedonal dos sapateiros, uma ponte de pedra com pilares jônicos e coríntios e que é das pontes mais antigas da cidade, praticamente em frente temos a biblioteca Nacional e universitária de Ljubljana.

 

Comboio para chegar ao Castelo Ljubljana

 

Destaque também para a ponte dos Açougueiros, que basicamente é a ponte do amor de Ljubljana, uma bonita ponte pedonal.

Caminhando novamente para junto do parque Tivoli temos um museu que merece a visita, o museu ferroviário, localizado num antigo complexo industrial, os bilhetes custam cerca de 4€,  vale a pena pois para além de sair fora da caixa nem todos os turistas o conhecem.

 

Ponte dos Açougueiros (amor) de Ljbljana

 

O bairro Metelkova, é um dos mais emblemáticos pontos desta cidade, este bairro é denominado como um centro de artes, sendo também uma espécie de bairro alternativo, onde pela noite os bares com música mais alternativa, como Metal (que é o meu estilo preferido) e punk, cria uma atmosfera simplesmente diferente, se puderem vir aqui á noite por certo vão adorar.

Metelkova, tem para além desta parte central num estilo alternativo com esculturas e decorações das casas bem originais (fez-me lembrar a zona de Christiania em Copenhaga); temos aqui o museu de arte contemporânea de Metelkova, o museu nacional Metelkova e o museu etnográfico, mais que os museus adorei o bairro, e o estilo de vida que aqui se sente neste centro cultural  autónomo.

 

Bairro Metelkova,Ljubljana

 

Bairro Metelkova, Ljubljana

 

Ljubljana merece uma visita, apesar de relativamente pequena, toda a envolvência do rio, do castelo, das várias pontes, de Metelkova…um fim de semana muito bem passado, apenas com pena de não ter tido oportunidade de visitar o lago Bled.

 

Praça do Congresso á noite, Ljubljana

 

Praça Prešeren, á noite Ljubljana

 

Dicas e Notas:

Como já referi anteriormente não existem voos diretos para Ljubljana desde Portugal, podem fazer uma pesquisa nos agregadores, mas eu recomendo ir até Londres, Berlim ou Bruxelas e daqui ir para lá em low-cost (jogando com os horários, ou mesmo dormindo lá dependendo dos preços).

 

Para ir do aeroporto para o centro da cidade temos autocarros locais, mas estes com Horários mais reduzidos, existem serviços de Shuttle, que inclusive têm uma “paragem”, junto da paragem central de bus em Ljubljana; eu apanhei esses shuttles, os bilhetes são ligeiramente mais caros, mas é tudo mais flexível, como cheguei de noite e vim num domingo de manhã era a melhor alternativa os sites oficiais são: arriva.si (o de bus); zup-prevozi nomago.si ; goopti. Eu fui neste último, consultem nos sites pois agora tudo mudou, na altura podíamos partilhar, ou alugar o carro todo, eu paguei cerca de 7€ pelo meu lugar; o serviço é muito bom.

Daqui também temos estes serviços para o lago Bled; se tiverem tempo vão até lá, depois podem seguir para Ljubljana.

 

Galeria Nacional Ljubljana

 

Eu fiquei no centro histórico, onde está a maioria das atrações recomendo ficar aqui perto, notem que nem os táxis vão a algumas zonas no centro, vejam bem as vossas opções de alojamento, mas tentem sempre ficar perto do centro.

Em termos de custos achei à semelhança por exemplo dos preços na cidade do Porto (podendo encontrar hostels acessíveis no centro histórico).

Em termos de gastronomia, recomendo comer na zona do mercado, pois para além a autenticidade é maior, e penso que nos sentimos mais como os locais; de qualquer modo existem restaurantes tradicionais, em que as pessoas falam bem o inglês, a batata e repolhos são predominantes, com muitas sopas, queijo e carnes de porco aves e cordeiro são as mais comuns.

 

Almoço no mercado Ljubljana

 

Uma sopa em Ljubljana

 

A moeda é o Euro, o domínio de internet é o : .si ; o indicativo é +386 e o fuso horário é de mais um hora que Portugal.

O site oficial de turismo é : visitljubljana.com

 

Para alojamento na Eslovénia, consulte aqui.

 

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CÔTE D’AZUR: NICE, ÉZE E MÓNACO

 

Côte d’Azur: Nice, Éze e Mónaco

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

A Côte d’Azur em França merece uma visita, quer seja somente para desfrutar das suas praias, ou para visitar cidades mais pitorescas sem, claro, esquecer o luxuoso principado do Mónaco.

Como temos voos diretos de Lisboa e Porto para Nice pela EasyJet (embora por vezes os da TAP não sejam muito mais caros), conseguimos preços acessíveis para conhecer esta cidade francesa e daqui podemos fazer uma visita a Éze (uma pequena vila medieval no topo de uma montanha, com uma vista maravilhosa sobre o mar mediterrâneo), ao principado do Mónaco, com o casino de Monte Carlo, as suas lojas e carros luxuosos, assim como o seu famoso circuito de fórmula 1.Também merece uma visita a Cannes, a cidade do festival de cinema e as suas praias, que aqui ao contrário de Nice, em vez de cascalho já são de areia.

 

Placa de Nice

 

Nice é uma cidade com bastante vida e com pontos interessantes para conhecer, para além da sua famosa “promenade des anglais”, caminhamos ao longo da sua grande zona costeira as várias praias com a particularidade de em vez de areia serem de cascalho.

Comecei logo pela sua bela “gare de ville” (onde ficava o meu Hostel) depois, descendo para a sua principal avenida de comércio, a “avenue Jean Médecin” encontramos desde logo a catedral de Notre Dame de Nice, a maior igreja de Nice inspirada na catedral de Paris, terminada em 1879. Percorrer toda esta avenida onde ao fundo desta temos a praça Massena, a praça mais mediática da cidade, onde vários eventos  acontecem; ao centro temos a fonte do sol (“fountain of the sun”), fonte inspirada na fonte Neptuno em Florença, está aqui desde 2011. Do lado direito o jardim Alberto 1º, um bom local para descansar, ao fim deste, o Casino.

 

Catedral de Nice

 

Gare de Nice Ville

 

Fountaine of the sun

 

Do outro lado da fonte temos a bela e grande “promenade du Paillon”, um caminho verde com extensos jardins, onde tem logo no início um espelho de água com os seus inúmeros jactos de água; estendendo-se todo este espaço verde até ao museu de arte contemporânea.

Descendo atrás da fonte entramos na parte histórica de Nice. Devemos perder aqui pelo menos uma tarde inteira a descobrir os encantos desta bela zona histórica, suas ruelas e casas estreitas; entre outros, destaque para a capela da misericórdia; o “cours Saleya”, que é a principal rua pedonal comercial do centro histórico; a praça Rossetti, com vários bares e Restaurantes e com vista para a catedral de Nice, que é a sede da diocese tendo sido esta igreja terminada em 1685; a igreja da Anunciação ( ou santa Rita), entre outros, descobrir a parte velha, e tomar um belo café e um croissant.

 

Espelho de àgua de Nice

 

Nice vieux Ville

 

Nice vieux Ville

 

A colina do castelo de Nice é visita obrigatória; no topo da colina com uma vista magnífica sobre a cidade, principalmente destaque a vista sobre a zona costeira a “promenade des anglais”, o porto de Nice e de Lympia; a sua cascata de água no topo, assim como o cemitério do Castelo, merecem uma visita. Descendo novamente podemos fazer uma visita à torre Belanda, e daqui também ter uma vista sobre as praias de cascalho de Nice ( e do letreiro I love Nice)

Recomendo um dia inteiro pelo menos para conhecer esta cidade para além de desfrutar das suas praias do mar Mediterrâneo.

 

Cascata de água no Castelo Nice

 

Torre Belanda, Nice

 

Praia em Nice

 

Partindo de comboio na estação central de Nice, chegamos em cerca de 15 minutos à vila medieval de Éze (ao fundo, na estação) daqui para chegar à parte medieval no topo da montanha,  podemos ir de bus, que passa de hora em hora, ou aventurarmos-nos e subir pela encosta num trilho por cerca de 45 minutos até às portas desta Vila.

Vale a pena perder uma manhã por esta bela Vila, apenas o jardim é com entrada paga; eu vi apenas a cidade, percorrendo as pequenas ruas e admirando as suas construções, e a sua magnífica vista sobre o mediterrâneo.

Almocei uma boa baguete num supermercado local, junto da saída das portas da parte medieval (os restantes aqui não são nada baratos). Subi mais um pouco nas montanhas circundantes (que têm mais trilhos para quem quer subir mais alto e percorrer mais trilhos montanhosos) onde podemos fotografar de uma boa perspectiva a parte medieval e claro sempre com o mar mediterrâneo como pano de fundo.

 

Vista do topo sobre a parte medieval de Éze

 

Parte medieval de Éze

 

Loja em Éze

 

Para ir ao Mónaco podemos ir de bus, em que o tempo é cerca de 50 minutos e o bilhete apenas 1€, já de comboio levamos cerca de 20 minutos e o custo cerca de 4€.

Por curiosidade eu fiz cada direção do trajeto de sua maneira, o bus apesar de mais lento tem a vantagem de passar á beira das várias vilas pitorescas junto ao mar.

Mónaco dá para conhecer a pé (para quem gosta de caminhar), desde logo na parte de Monte Carlo, onde temos para além do famoso Casino, o museu de Monte Carlo, o seu belo palácio e a sua ópera, assim como os seus belos jardins, e claro o famoso café de Paris; ao fundo, junto do mar e antes de chegar junto da praia Larvotto temos o multiusos “Grimaldi Forum”, junto ao mar podemos observar os seus portos com os iates luxuosos, e os carros de alta cilindrada a circular na avenida; Destaque também para o jardim Japonês, um belo jardim de entrada gratuita, fantástico; destaque também para o museu oceanográfico.

 

Casino Monte Carlo

 

Indicções turísticas de Mónaco

 

Na cidade do Mónaco, destaque claro está para o Palácio do Príncipe; originalmente uma fortaleza, este belo palácio com uma arquitetura de mistura de vários estilos, é atualmente a residência oficial do Príncipe do Mónaco e sua família, ao lado a estátua de Francisco Grimaldi e a Apotheosa Monaca, e os canhões. Daqui do palácio temos uma vista fantástica sobre Monte Carlo e o porto de Fontvieille.

A catedral de S. Nicolau, próximo do caminho das esculturas, indo em direção ao porto de Fontvieille, os museus: Náutico, de selos e moedas e de carros de coleção, juntos do jardim Zoológico; o estádio D. Filipe II ( estádio do clube local AS Mónaco), assim como percorrer o pequeno centro histórico de “Mónaco Ville” , as ruas estreitas e onde as casas todas num fantástico estado de conservação, assim como por exemplo a catedral  merecem uma visita.

No topo deste principado temos o jardim exótico, para chegar aqui não é fácil tendo de caminhar um pouco, e apanhar vários elevadores, ou claro ir de bus (o nº2), os bilhetes custam cerca de 8€.

 

Igreja S. Nicolau,Mónaco

 

Palácio do Príncipe Mónaco

 

Ville Mónaco

 

Tenham uma app como Triposo; mapsme; os guias lonely planet, etc. onde podem ver e marcar vários locais, criando assim uma rota, e em modo offline usar apenas com o gps; eu por vezes prefiro ter o mapa em papel pois traz mais locais de interesse por vezes menos conhecidos.

Eu quando fui estava a ser montado o circuito do GP do Mónaco, claro que para os amantes de velocidade há mais para descobrir, e que sabe por exemplo alugar um carro para percorrer este circuito famoso.

 

Museu Japonês, Monte Carlo

 

Nota para Cannes, como consegui um tempinho extra dado que o meu voo era ao fim da tarde, fui até Cannes, uma muito breve visita, junto do local onde se realiza o festival de cinema de Cannes, com o passeio da fama e as suas belas praias, temos também uma zona histórica agradável, confesso que vi pouco estava com uma amiga que vive em Nice e apenas fomos aqui para pôr a conversa em dia, e apanhar um pouco de sol…apesar de ter sido um curta visita, se tiverem tempo façam uma visita (podem ir até aqui de bus ou de comboio).

Fiquei num Hostel junto da estação central de Nice (Hostel Antares), também tinha quartos individuais e com a vantagem de ter zona comum e cozinha, onde podíamos cozinhar  e beber cervejas frescas compradas no supermercado ao lado. Apesar de ter de caminhar um pouco para ir até ao centro histórico e à praia, como fui visitar em dias diferentes Mónaco e Éze, preferi ficar próximo da estação.

 

Éze, rua na parte medieval

 

Nice é uma cidade relativamente cara, não deixem de provar pelo menos os croissants de chocolates típicos de Nice ” pain au chocolat”…..

Os bares são caríssimos, mas vale a pena guardar uma noite para beber umas cervejas, principalmente na zona histórica.

Para ir do aeroporto de Nice para o centro podemos ir de metro (linha azul, 2), ou de bus linha nº 12, os bilhetes custam entre 1.5 e 2€ visitem o site oficial de transportes.

Como sabem a moeda é o Euro, e o fuso horário é de mais uma hora, o indicativo telefónico é +33.

 

Notre Dame á noite em Nice

 

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VIMEIRO E A CAPITAL DOS DINOSSAUROS (LOURINHÃ)

 

Vimeiro e a capital dos Dinossauros (Lourinhã)

A quarenta quilómetros a norte de Lisboa, na região Oeste de Portugal, encontrará paisagens deslumbrantes pelo litoral Atlântico, com praias de arribas, um riquíssimo património histórico, percursos pedestres sinalizados e, diversas actividades desportivas como destaque para o parapente, a equitação, o ténis ou o BTT.

 

Percurso Pedestre- Pelos Caminhos da Batalha do Vimeiro

 

São diversos os motivos, para passear e conhecer este belo recanto de Portugal. Um convite a relaxar e passar uns dias tranquilos com o som do mar como pano de fundo.

 

Litoral Atlântico de Santa Cruz a Peniche- Portugal

 

No litoral destaque para as praias de Santa Rita, de Porto Novo, de Santa Cruz, da Mexilhoeira, entre outras.

 

Praia de Santa Cruz- Portugal

 

Praia de Santa Cruz- Portugal

 

Praia da Mexilhoeira

 

Praia de Santa Rita – Portugal

 

A Praia de Porto Novo localizada na costa norte de Torres Vedras, além de um antigo porto piscatório (onde desagua o rio Alcabrichel), foi local onde desembarcaram as tropas britânicas que foram combater na Batalha do Vimeiro, em 1808, durante as invasões Napoleónicas.

 

Praia de Porto Novo- Maceira

 

Foz do Rio Alcabrichel- Praia de Porto Novo

 

Passadiços das Escarpas

Maceira/Praia de Porto Novo (Torres Vedras)

O Passadiço das Escarpas une as localidades de Maceira e a Praia de Porto Novo. O percurso de 1Km proporciona um passeio junto às Escarpas de Maceira, o rio Alcabrichel e campo de golfe.

 

Passadiços das Escarpas de Maceira

 

Passadiços das Escarpas de Maceira

 

Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro

Rua do Monumento, n.17ª- Vimeiro (Lourinhã)

Neste local foi travada a importante batalha do Vimeiro que ocorreu em 21 de Agosto de 1808 entre o exército Francês comandado por Jean Junot e o exército Anglo-Luso de Sir Arthur Wellesley (mais tarde Duque de Wellington). Esta decisiva batalha colocou termo à Primeira Invasão Francesa em Portugal.

O Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro permite ao visitante conhecer alguns dos artefactos arqueológicos, peças da Batalha e conteúdos virtuais para uma experiência interactiva.

Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro

 

Movimentações de tropas em 21 de Agosto de 1808- Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro

 

Desembarque das tropas Britânicas na zona do Vimeiro- Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro

 

Monumento do Centenário da Batalha do Vimeiro

 

Termas do Vimeiro

Maceira- Portugal

Aberto no período de Junho a Setembro.

Próximo da Praia de Porto Novo na Maceira, encontramos estas famosas termas ricas em águas mineromedicinais.

Indicações terapêuticas: Doenças da pele, do aparelho digestivo, circulatório e respiratório.

Tratamento: Aerossol, duche nasal, banho de imersão, massagens, ingestão de águas, entre outros.

 

Termas do Vimeiro- Maceira

 

Antiga portagem nas Termas do Vimeiro

 

Dino Parque

Rua Vale dos Dinossauros, 25- Abelheira (Lourinhã)

Viaje pela história com mais de 300 milhões de anos e, conheça o maior museu ao ar livre em Portugal.

A Lourinhã destaca-se como a capital dos Dinossauros, pela importância dos achados a nível histórico e científico, sendo um dos principais locais paleontológicos a nível Europeu.

São 5 os percursos presentes no parque, correspondentes a diferentes períodos da história: Paleozoico; Triásico; Jurássico; Cretácico e Monstros Marinhos.

Um total com mais de 120 modelos com elevado rigor à escala real. O Dino Parque conta ainda, com um importante núcleo museológico dos achados da região da Lourinhã.

O parque dispõe ainda de zonas de lazer, zonas de piquenique, uma torre de observação 360º, um laboratório de preparação de fósseis e zona de restauração.

 

Dino Parque- Lourinhã

 

Dino Parque- Lourinhã

 

Dino Parque- Lourinhã

 

Dino Parque- Lourinhã

 

Dino Parque- Lourinhã

 

Dino Parque- Lourinhã

 

Dino Parque- Lourinhã

 

Dino Parque- Lourinhã

 

Dino Parque- Lourinhã

 

Dino Parque- Lourinhã

 

Museu da Lourinhã

Rua João Luís de Moura, 95- Lourinhã

O Museu da Lourinhã apresenta vários achados paleontológicos da região. Destaque para os ninhos com ovos, contendo dos mais antigos embriões de dinossauros de todo o Mundo!

O Museu conta ainda com um núcleo museológico complementar ligados à geologia, arqueologia e antropologia e, outro espaço dedicado ao espólio etnográfico da região Oeste.

 

Alojamento:

Well Hotel & Spa

Rua Duque de Wellington 3 – Praia de Porto Novo (Maceira)

O Well Hotel & Spa localizado a apenas 65km a norte de Lisboa (a 3km do Vimeiro, a 6km de Santa Cruz, 12km da Lourinhã), foi recentemente remodelado e a reabertura ocorreu em Novembro de 2020. Um hotel com uma vista privilegiada sobre a praia de Porto Novo (Maceira- Torres Vedras) e, ao lado da foz do rio Alcabrichel.

 

Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Espaços comuns do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Bar do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Dispõe de piscina interior de água aquecida durante todo o ano, e dependendo do clima, poderão ser cobertas, dispondo de um sistema amovível para qualquer época do ano.

Entre as comodidades, o hotel dispões ainda de sauna, banho turco, Jacuzzi e ginásio, wi-fi grátis e estacionamento gratuito.

 

Piscina aquecida do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Ginásio do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Zona de refeições do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Pequeno Almoço Buffet do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Pequeno Almoço Buffet do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Algumas acomodações oferecem vistas do mar e do rio, enquanto outras proporcionam vistas da zona rural e as Escarpas de Maceira.

Destaque para a beleza da sua decoração, onde todos os detalhes foram pensados para lhe proporcionar uma estadia inesquecível!

A incrível suite familiar, o delicioso pequeno-almoço buffet, a piscina aquecida e, a vista de mar são alguns dos pontos altos deste magnífico hotel que merecem a sua visita!

 

Suite Familiar do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Suite Familiar do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Suite Familiar do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Suite Familiar do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Varanda da Suite Familiar do Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Reservas (HOTEL): Aqui

 

Suite Well -Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

Suite Well -Well Hotel & Spa- Praia de Porto Novo- Maceira

 

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ISRAEL, VISITANDO TEL AVIV E JERUSALÉM

 

Israel, visitando Tel Aviv e Jerusalém

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Israel foi talvez o país que mais me surpreendeu; apesar de não ser entusiasta com religião, a verdade é que Jerusalém excedeu as minhas expectativas, e em Tel Aviv para além de modernidade aliada à histórica zona de Old Jaffa, assim como a atmosfera aqui vivida, o que me surpreendeu mais foram as pessoas, parecia a nossa hospitalidade Portuguesa. Foi dos países em que me senti mais bem recebido e seguro. Apesar de vermos com frequência militares ou polícias com armas pela cidade fora,  senti-me sempre bem.

Inicialmente apenas queria ir até à praia e como consegui um voo barato, fui do Porto para Genebra (onde passei o fim de semana com familiares) e daqui para Tel Aviv; paguei na altura cerca de 125€ pelos voos todos (Easyjet), mas acabei por gostar desta experiência, e apesar de inicialmente não pretender ir até Jerusalém, acabei por fazer um dia de visita, e arrepender-me apenas de não ter visitado o mar morto.

 

Praias em TelAviv

Para Telaviv, temos voos low-cost pelas companhias Wizzair; Easyjet; Ryanair; Transavia Vueling estas as mais conhecidas e que viajam também desde Portugal,  ponderem fazer como eu e ficar um ou mais dias numa outra cidade para depois irem daí para Tel Aviv.

O desembarque durou algum tempo pois é impresso uma espécie de certificado, e é anexado no passaporte, algumas perguntas para despistar possibilidade de emigração ilegal e…bem vindos.

 

Museu de arte, TelAviv

 

Apanho o comboio para o centro da cidade, na estação de Savidor, onde como não sabia como funcionava correctamente os transportes e em que não podiamos comprar o bilhete no bus, pois era necessário o cartão Rav Kav, gentilmente um senhora pagou a minha viagem, aliás desde logo fui ajudado à boa moda Portuguesa, quer aqui  como uma outra jovem que tinha internet, e como o meu gps não estava a localizar, me disse a minha saída, e uns senhores me indicaram a Rua do Hostel, (eu fiquei em “Old Jaffa”, que é o centro antigo da cidade), aqui quase toda a gente fala inglês muito bem, assim como temos muitas informações e indicações em Inglês.

O Hostel em Old Jaffa que desde já recomendo: Old Jaffa Hostel, um hostel neste centro histórico, com paragens de autocarro próximas e perto da praia, ficava bem perto de uma das atrações: a Torre do Relógio.

 

Zona junto ao porto de Old Jaffa, TelAviv

 

Um café em Old Jaffa, TelAviv

 

Ponte dos desejos em Old Jaffa, TelAviv

 

Neste centro histórico podemos deliciar-nos, percorrendo todas estas ruelas, praças, e construções mais tradicionais da cultura de Israel. Chegando ao parque “Abrasha”, num ponto alto desta zona da cidade, com uma bela vista para a orla costeira, onde podemos ver a zona mais nova da cidade, com  os edifícios mais modernos em contraste com esta parte da cidade,  aqui perto a ponte dos desejos, uma bonita ponte com os símbolos dos signos gravados nas laterais, em frente a igreja de S. Pedro.

 

Igreja S. Pedro,TelAviv

 

Vista do parque Abrasha, para TelAviv

 

Parque Abrasha, TelAviv

 

Descendo um pouco até ao Porto onde temos uma vista sobre o “sky line” deste belo centro histórico onde cada casa parece um monumento, subir mais ruas, becos e praças sempre limpas e em fantástico estado de conservação, merece uma visita; ali junto temos também o museu”Ilana Goor” com uma estátua de uma baleia à porta.

 

Museu Llana Goor, TelAviv

 

Aproveitei  para descobrir a parte de Old Jaffa, mercados e gastronomia local e principalmente aproveitar as praias. Junto do meu Hostel, para além da torre do relógio, uma torre construída em pedra calcária com dois relógios, comemorativa do povo de Israel morto na guerra (no rooftop do Hostel onde todos os dias tinha direito a pequeno almoço fantástico com bom café, húmus, entre outros, tinha uma fantástica vista sobre a torre), temos também a mesquita “Mahmoudiya”.

Na zona mais moderna da cidade (aqui é o centro da cidade) há constantes exposições/ mercados de arte, lojas de produtos tradicionais a diversão também está muito presente.

 

Rua em Jerusalém

 

Indo em direção ao centro da cidade temos a antiga estação de comboios, que foi a primeira estação de comboios do médio oriente, foi reconvertida numa zona de lazer, com restaurantes e bares, mantendo tudo impecavelmente bem conservado, recomendo a visita.

Entre outros locais temos a Mesquita “Hassan Bek”, antes de chegar a um local de destaque, o principal mercado da cidade, ” Shuk HaCarmel” recomendo vivamente, nem que seja para comprar frutas locais, são deliciosas e acho que é nestas pequenas coisas que as experiências se tornam autênticas.

 

Mesquita Hassan Bek. TelAviv

 

Na zona mais central, temos a Praça “Rabin”, em homenagem ao primeiro-ministro Yitzhak Rabin, que foi aqui assassinado em 1995, uma praça enorme, servindo como praça para celebrações e manifestações; aqui perto o moderno museu de arte de Tel Aviv. Ruas famosas como a “Sheinkin”, (uma das mais populares e com mais jovens, com bastantes lojas de comércio e cafés), e a rua “Ben Yehuda”; a fonte de água e fogo na famosa praça “Dizengoff”.

Caminhando da zona central, por exemplo pela avenida “Bograshov”, para a zona costeira temos aqui as melhores praias (melhores que as próximas de Old Jaffa).

 

Praça Rabin, TelAviv

 

Em Jerusalém passei um dia  inteiro; confesso que não sou de perder-me por questões religiosas, mas a verdade é que chegando aqui, na parte histórica (eu entrei  pelo lado do muro das lamentações), rapidamente vários sentimentos despertam. Descobrir o centro antigo de Jerusalém, que é património mundial da Unesco, aqui várias religiões coabitam, dentro desta cidade antiga (dentro dos enormes muros) temos três bairros: o Arménio, Judeu e Muçulmano, é possível ver várias diferenças pelas ruas da cidade, quer em edifícios, a forma de vestir das pessoas, e até nas lojas.

O muro das lamentações (ou muro ocidental), que é o segundo ponto mais importante para os Judeus; além deles, várias pessoas rezando independentemente da sua crença…os papeizinhos onde escrevemos os pedidos e colocamos nas ranhuras das pedras. Por menos religiosos que sejamos, a verdade é que sentimos algo frente a este enorme muro e a todo este “cenário”. Nota para que o muro está como que “dividido”, Homens de um lado e Mulheres do outro.

 

Muro das Lamentações,Jerusalém

 

Igreja de Todas as Nações e Monte das Oliveiras, Jerusalém

 

Ali em frente avistamos o monte do Templo (local sagrado para Judeus, Muçulmanos e Cristãos),  onde temos a terceira mais importante mesquita para os muçulmanos, a Mesquita Aqsa, ali perto a Cúpula da Rocha, com uma imponente cúpula dourada, sendo património Mundial da Unesco e um dos locais mais sagrados para os Islâmicos.

 

Mesquita Al Aqsa. Jerusalém

 

O Santo Sepulcro é um dos locais mais sagrados para os Cristãos, aqui terá sido onde jesus foi sepultado, aqui as filas para entrar são um pouco grandes, mas ao entrar achei impressionante o sentimento ao ver o interior.

 

Santo sepulcro, Jerusalém

 

Santo sepulcro interior, Jerusalém

 

A torre David, (junto do principal portão de entrada, o Jafa) é  uma fortaleza que para além de museu, serve também de local arqueológico, podemos subir á torre mas a entrada é paga (cerca de 10€).

Podemos percorrer as várias ruas neste centro histórico, os diferentes bairros; ver os mercados, comprar lembranças e comida local. Espírito de aventura.

 

Torre relógio TelAviv

 

Saindo do centro histórico de Jerusalém, onde podemos ter uma bela vista do centro histórico, temos o Monte das Oliveiras, ali também ao fundo, a igreja de todas as Nações (onde se crê que Jesus tenha rezado antes de ser preso), fica mesmo ao lado do jardim Getsémani.

O Monte Sião também merece destaque, aqui temos o túmulo de David (memorial ao Rei David); a Abadia da Dormição, onde a Virgem Maria terá falecido, e aqui junto da abadia está o Cenáculo, onde terá sido celebrada a última ceia de Jesus e seus apóstolos.

Podemos descobrir mais nesta imensa conjunção de religião e história, existem várias sinalizações (em inglês), pelo que podemos guardar o telemóvel e simplesmente partir à descoberta.

Eu não tive oportunidade de ir ao mar morto, pois tinha montado a minha base em Tel Aviv, se tiverem tempo e dinheiro, podem comprar um tour (ou ir simplesmente de bu), façam esta experiência, convém dormirem em Jerusalém, pois é mais perto, depois podem regressar a Tel Aviv ou ir directamente ao aeroporto.

 

Abadia da Dormição, Jerusalém

 

Dicas e Notas:

Os cidadãos portugueses não necessitam de visto, bastando o passaporte válido com 6 meses. Vejam o portal das comunidades e informem-se, embora apenas as zonas junto da faixa de Gaza sejam problemáticas, convém ter os contactos da embaixada Portuguesa.

Para chegar ao Centro de Tel Aviv a melhor forma é ir de comboio, que sai no exterior do terminal 3 no piso inferior, no exterior do terminal, antes descer para a plataforma, temos uma máquina para comprar o bilhete, e (pelo menos quando eu fui)um funcionário a ajudar no processo, o bilhete simples custa cerca de 3.5€ (13.5 NIS),e a viagem até á estação de bus de “Savidor”, no centro, demora 20 minutos.

Para nos locomover em Tel Aviv e Jerusalém convém ter o cartão Rav Kav: o cartão de transportes públicos, podem logo comprar se conseguirem no aeroporto, mas também na estação de bus onde o comboio pára, entre outros, podem recarregar viagens ou até para um ou mais dias inteiros.

Apesar de Israel ser um país caro, em especial Tel Aviv, os transportes públicos têm um preço acessível.

 

Praça em Jerusalém

 

Para Jerusalém penso que a melhor forma é ir de Bus (linha 405), que demora cerca de 50 minutos, podem usar o cartão de transportes, e se comprarem um dia inteiro, podem fazer as viagens e usar nos transportes de Jerusalém, penso ser a melhor maneira. Podem ir também de comboio.

Tal como referi no início, ver militares ou autoridades armados é comum, o mesmo por exemplo assisti em Istambul, mas não têm que ter receio é apenas a forma de operar aqui, em Jerusalém contudo não vi tanto isso.

A moeda em Israel é o novo Shekel Israelita (ILS), 1€ – 3.9ILS; o indicativo é +972; o domínio de internet é .il.

 

Torre do relógio á noite, TelAviv

 

Apesar de se falar Hebraico e Árabe, além destes alfabetos, temos muito facilmente sinalizações e indicações em Inglês, e quase toda gente fala Inglês, desde motoristas, seguranças, comerciantes e habitantes em geral.

A gastronomia em Israel é bastante boa; desde de Húmus, Kebabs de cordeiro, Falafel, e pequenas ” tortas” redondas, feitas em pão típico e com variados recheios, Esfihas ou Sfihah. Perto do meu hostel, numa rua boémia com bares e restaurantes (“Shaffa Bar”), comi um prato típico da zona de Old Jaffa; um ambiente descontraído, com pessoas simpáticas e muitos turistas, paguei pela refeição e bebida (uma espécie de chá frio de menta com mel) cerca de 20€.

 

Para alojamento em Israel, consulte aqui.

 

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DESCOBRIR A ÚLTIMA DITADURA DA EUROPA, MINSK- BIELORRÚSSIA

 

Descobrir a última ditadura da Europa, Minsk – Bielorrússia

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Para ser sincero, inicialmente a Bielorrússia não estava nos meus planos. Até por ser algo mais complexo de entrar no País, mas como ia para Kiev e estando assim bem mais perto geograficamente, decidi ir da capital da Ucrânia, para Minsk e conhecer assim a Capital da Bielorrússia.

A Bielorrússia é a última ditadura na Europa, e como sabem não vive tempos muito pacíficos, com a recente (e polémica), reeleição de Aleksandr Lukashenko; o presidente que governa o país desde 1994, e que neste momento vive grandes contestações.

Os edifícios de estilo da ex-União Soviética são evidentes, Aliás aqui ainda existe o KGB (antiga agência de inteligência da união soviética) mas ao mesmo tempo traz uma experiência diferente, tornando-o um país singular.

Praça Independência, Minsk

Torre TV de Minsk

 

Bairro Trinity , Minsk

A cidade de Minsk não é muito grande podendo visitar quase tudo a pé, o monumento e museu da grande guerra fica ligeiramente mais afastado mas numa caminhada faz-se bem, apenas a biblioteca se encontra mais afastada. A cidade é bastante limpa e as pessoas muito educadas, infelizmente apenas as mais jovens falam inglês mas fiquei surpreendido com o respeito que aqui se vive, talvez o peso desta ditadura assim o determine.

 

Centro Histórico de Minsk

 

Fiquei três dias em Minsk (penso ser perfeito), fiquei num Hostel simpático, (Hostel k&C) perto da praça da vitória (uma praça, com enorme importância na Bielorrúsia), quase ao lado da torre de TV. Cheguei a meio da manhã e segui pelo rio “Svislach” em direção ao coração da cidade, começando pela Catedral do Espírito Santo, a principal igreja ortodoxa no país e a principal catedral de Minsk, em frente a Igreja católica de S. José, de estilo barroco construída em 1752; ali junto (mais próximo do rio) o museu de História de Minsk (um edifício do século XIX); ainda no centro histórico temos a Catedral da Virgem Santa Maria, uma catedral católica sendo a sede desta arquidiocese; ali também com uns belos jardins á sua volta temos a câmara municipal de Minsk, um edifício neo-clássico, que apesar de ter sido destruído várias vezes, em 1990 foi terminado e é uma cópia do edifício de 1861; ali perto a igreja de estilo barroco, a Igreja santos apóstolos Pedro e Paulo de Minsk.

Uma breve pausa para comer um hot-dog num estilo diferente numa roulotte parada na praça, junto à catedral.

 

Catedral do Espírito Santo, Minsk

 

Câmara municipal Minsk

 

Igreja S. José, Minsk

 

Entrada do parque vitoria, Minsk

 

Parque Vitória, Minsk

 

Continuando e andando mais um pouco temos outra zona com mais alguns dos principais pontos turísticos da cidade, a praça da independência, a Igreja Vermelha (nome verdadeiro é igreja S. Simão e Helena), uma igreja católica construída em 1910 que como foi projetada por arquitetos Polacos, os tijolos das suas paredes e as telhas vieram da Polónia. Uma igreja bonita que rompe com o estilo da ex-união soviética dos edifícios vizinhos: a Casa do Governo,  no centro desta enorme praça da Independência com a estátua de Lenin em frente, a Casa do Governo é um edifício de 1934 e aqui estão a assembleia nacional entre outros órgãos importantes do governo da Bielorrússia.

Em frente temos a principal e enorme avenida que praticamente atravessa a cidade, a avenida da independência “Praspiekt Niezalieznasci”.

 

Igreja vermelha, Minsk

 

Casa do Governo, e estátua Lenin, Minsk

 

Monumento da Ilhas das lágrimas, Minsk

 

Regressando em direção à praça da Vitória, ali perto temos as portas de Minsk, duas enormes torres de cada lado de uma rua dando mais uma vez uma imagem soviética. Continuando temos o museu Nacional da História e Cultura e a seguir aquele que é o maior museu da Bielorrússia, com inúmeras obras de arte, o museu Nacional de Arte da Bielorrússia. Mais à frente encontramos a praça Outubro onde temos o quilómetro zero e o seu imponente palácio da República, usado para ações oficiais do estado e o palácio sindical da cultura, onde acontecem vários eventos nesta cidade. No outro lado da avenida da independência, para além da praça e jardim de “Aliaksandrauski” temos o Palácio do Exército, um antigo edifício de 1939 pertencente ao antigo exército vermelho, sendo hoje a principal instituição cultural das forças armadas Bielorrussas.

 

Palacio da Republica, Minsk

 

Palácio sindical da cultura, Minsk

 

Seguindo para junto do rio Svislach, já com a praça de vitória no horizonte encontramos do lado esquerdo o circo estatal (do estado) da Bielorrusia, uma construção em pedra com uma cúpula no centro, inaugurada em 1959; o circo é algo muito cultural no país havendo inclusive dois circos do estado, este e outro na cidade de Gomel. Eu não visitei, mas penso que será uma experiência interessante.

Atravessando a ponte do nosso lado direito, temos o parque “Gorky”, com enorme portão de pedra na entrada, temos aqui para além de um espaço grande e verde para descontrair, um parque de diversões e o planetário de Minsk.

 

Portão de entrada do parque Gorky

 

A Praça da Vitória, onde passam todos os desfiles e acontecimentos de maior importância, sendo também comum ver recém casados tirar fotografias por aqui; do lado esquerdo temos a casa museu do 1º congresso do partido trabalhista social democrata Russo; e junto ao rio temos um pequeno parque, “Yanka Kulapa” (um escritor Bielorrusso). Seguindo a avenida da independência, temos o palácio das artes e o museu de arte contemporânea.

De regresso ao Hostel, para jantar e descansar, aproveitando à noite para visitar o centro histórico, para ver a beleza da cidade durante a noite.

 

Praça Vitória, noite, Minsk

 

Museu do congresso do partido trabalhista, Minsk

 

No segundo dia, comecei pelo edifício da ópera e ballet Nacional (algo também bastante cultural na Bielorrússia),   inaugurado em 1939 situado no parque “Trajeckaja Hara”, sendo esta zona da cidade a “trinity suburb”, o distrito mais antigo desta cidade; já fora do parque do outro lado da avenida, dá para ver o coração deste bairro com as casas bastante conservadas e um estilo diferente; seguindo à beira do rio temos a Ilha das Lágrimas, uma pequena ilha com uma ponte e em que no centro tem uma estátua de homenagem aos soldados mortos na guerra com o Afeganistão, figuras com mães de luto e viúvas; mais num extremo uma figura infantil de um anjo.

 

Academia Nacional de opera e ballet de Minsk

 

Seguindo para fora do centro da cidade, temos o parque Vitória, um parque enorme muito bem cuidado em que tal como no Gorky park tem um enorme “portão” em pedra (monumento do triunfo); temos várias esculturas espalhadas pelo parque, e toda a zona junto ao rio, um local ideal para passear. Aqui temos também outro dos principais pontos da cidade, o museu Bielorrusso da Guerra Patriótica, para celebrar o fim da invasão Nazi na cidade, encontra-se aqui desde 1966 (a entrada custa 9BYN, cerca de 3€); Junto do museu temos o monumento dos heróis (obelisco), construído em 1985 em comemoração dos 40 anos da Guerra patriótica.

Aproveitei para desbravar mais um pouco desta cidade, descobrindo para além do óbvio.

 

Palácio do Exercito

 

No terceiro dia, já que tinha o voo ao fim da tarde finalizei a minha visita a Minsk com a visita à biblioteca nacional; como é dos locais a visitar mais afastados, fui de metro desde a praça vitória, cerca de 15 minutos de viagem; (a paragem é em “Uschod”). A biblioteca é um dos edifícios públicos mais modernos da cidade, foi terminada em 2006, quase todo revestido em vidro e com o formato de um rombicuboctaedro; é o principal centro de cultura e informação do país. Podemos também passear pelo seu parque envolvente com um pequeno rio; Aproveitei para ir a um supermercado aqui perto, para ver como era fazer compras locais.

Após um descanso, descanso com o desfrutar de um café e comprar mais uns souvenirs, parto para o aeroporto, para voar para Vilnius.

Valeu a pena visitar esta cidade, podemos ser surpreendidos.

 

Museu Bielorrusso da grande guerra, Minsk.

 

A gastronomia da Bielorrússia, baseia-se essencialmente em sopas e vegetais especialmente a batata, sendo esta a base da maioria dos pratos; as salsichas e linguiças também são muito comuns, carnes de porco galinha e vaca são as mais comuns. O prato mais famoso é o Draniki, uma espécie de pastéis de batata fritos com várias vertentes de tempero, e por vezes recheado. Eu acabei por descobrir uma espécie de cantina onde funcionários locais almoçavam, uma experiência autêntica e algo engraçada.

 

Gastronomia da Bielorrússia

 

Dicas e Notas:

Apesar de não ser necessário visto, o seguro de saúde com cobertura de 10.000€, é obrigatório e recomenda-se que tenha a declaração da apólice em Inglês.

Consultem a página do portal das comunidades para atualizações que possam haver, não existe representação diplomática em Minsk, pelo que é a Embaixada de Moscovo que trata dos assuntos, eu na altura contactei com a embaixada de França, que tem representação Diplomática lá.

Na altura pediam as reservas de hotéis, e capacidade financeira de cerca de 25€ por dia, informem-se da situação actual no site Belarus ou na embaixada.

 

Circo estatal da Bielorrússia, Minsk

 

Nota importante, que só podem entrar e sair na Bielorrússia pelo aeroporto de Minsk: eu cheguei vindo de Kiev, e queria ir de Bus para Vilnius mas tal não é possível; apenas voando desde o aeroporto de Minsk.

Em termos de voos não fica muito barato ir até Minsk, os voos diretos mais baratos são para Vilnius, Kiev e Varsóvia, a companhia de bandeira a Belavia; façam várias pesquisas, mas eu recomendaria que juntassem outro destino de onde fosse o voo barato; conseguindo assim visitar dois destinos pois para além dos custos a distância compensa. Notem que não podemos ir da Bielorrússia para a Rússia.

 

A moeda na Bielorrússia, é o Rublo (BYN), 1€ – 3 Br (Se puderem usem cartões que não cobrem comissões como Revolut, N26, Moey etc. ou se o vosso banco vos conseguir disponibilizar esta moeda, vejam se o câmbio é bom e a taxa baixa); o domínio de internet é o: .by; o indicativo telefónico é o +375; o alfabeto é o cirílico e não vemos muito o latino, a minha experiência é que fala-se muito pouco inglês.

Para ir do aeroporto para o centro de Minsk, temos o bus, demora cerca de 45 minutos e custa menos de 1.5€ (3.5Br), podemos comprar diretamente no bus,  podemos comprar online e nos guichês. Para perto da estação de metro “Urucha”, e junto da estação central de bus.

O metro é bastante barato, se não quiserem complicar com a compra de cartão podem simplesmente pagar por cada viagem indo ao guichê, por cada viagem temos uma espécie de moeda plástica.

Cuidado com as fotografias a edifícios militares, pois é em alguns edifícios não o permitem e por norma são vigiados.

 

Minsk-logótipo

 

A melhor altura para visitar a Bielorrússia é nos meses de verão, eu fui em Setembro, já apanhei alguma chuva e frio, os meses são mais duros, para fazer a visita, mas visitar com neve e frio pode ter a sua magia para quem gosta.

Quem tiver mais tempo, Gomel e Gomel, são as maiores cidades para além de Minsk, e com boa oferta turística.

 

Para alojamento em Minsk, consulte aqui.

 

Reservas (click):

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COPENHAGA E SEUS “ARREDORES SUECOS” MALMO

 

Copenhaga e seus “arredores Suecos “Malmö”

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

A última grande viagem que fiz pela Europa foi em 2014. Uma viagem onde conheci a Europa dos ricos e a dos pobres. Desde o Norte, os países ricos evoluídos e civilizados até aos países mais pobres com problemas de corrupção e onde imperavam as manifestações contra a União Europeia ou contra a Rússia. Em duas semanas e meia, fui de Copenhaga (Dinamarca), depois Malmo (Suécia) até Paris, onde voltei quase 31 depois.

Pelo meio visitei Belgrado (Sérvia), Sófia (Bulgária), Kiev e Odessa (Ucrânia), Chisinau (Moldávia) e finalmente Bucareste (Roménia). A viagem onde soprei as 39 velas. Extremamente enriquecedora e inesquecível. Um itinerário programado no mês de Agosto anterior, as rotas que na altura eram praticadas, que incluiu seis voos, cinco em “low cost” que custaram pouco mais de 400€.

 

Copenhaga – canais

 

Copenhaga-Strøget, rua pedonal

 

Copenhaga-Estacionamento de bicicletas

 

Copenhaga-Estação central, não faltam parques de estacionamento…para bicicletas

 

Copenhaga (Dinamarca)

 

O voo direto de 4 horas, saído de Lisboa, aterrou no Aeroporto Kastrup em Copenhaga. Já era noite fazia algumas horas, vento forte e gélido e as temperaturas não estavam longe de zero graus. Em Janeiro pelas 4 da tarde começa a anoitecer e o Sol só para lá das 8 da manhã se volta a mostrar. Há que adaptar os horários a essas curtas horas de luz solar que o dia proporciona. Acordar pelas 6h30 da manhã e às 8 estar já na rua, e depois a partir das 17h, regressar ao hotel, tomar banho, descansar e dormir um pouco até à hora do jantar. Os dias seguintes foram muito intensos pois adquiri à chegada o “Copenhagen card” e visitei o máximo que pude.

 

Copenhaga-Estacionamento de bicicletas

 

Copenhaga é um dos locais mais caros do Mundo. A Dinamarca possui níveis salariais dos mais altos da União Europeia e a carga fiscal é elevadíssima, sobretudo no consumo. IVA igual a 25% em todos os produtos, o que faz com que os custos da alimentação e não só, sejam enormes! Alimentos que são maioritariamente de origem biológica, nomeadamente produtos hortícolas e carne. Automóveis são um luxo e muitas famílias Dinamarquesas nem sequer os possuem. Os impostos sobre estes bens são os mais elevados da União Europeia, assim como o preço do estacionamento e dos combustíveis. A bicicleta é o meio de locomoção generalizado. Existem em média duas bicicletas por habitante. Pela cidade vemos bicicletas por todo o lado, a maior parte nem sequer se encontram presas com correntes e cadeados! O país é plano, as cidades com muitas ciclovias, o que favorece este meio de transporte. De dia e de noite, mesmo com chuva e vento. Até mesmo mulheres de todas as idades, vestindo saias e meias de lã, pedalam por aquelas ruas. Estações de metro possuem parques de estacionamento cobertos e descobertos para guarda de bicicletas e os transportes públicos estão adaptados ao transporte das mesmas.

 

Copenhaga – canais

 

Copenhaga-Preço dos alimentos-pão em Coroas Dinamarquesas

 

Copenhaga-Preço dos alimentos-carne de vaca em Coroas Dinamarquesas e por cada 100g

 

O nível de civismo daquele povo e o seu fino trato deixou-me surpreendido. Nunca na vida tinha visto nada igual! Quando referi isso numa loja, disseram, “experimenta ir para a província que vais ver o nível das pessoas, pois aqui na Capital tem gente de muito país estrangeiro a viver e não têm os nossos hábitos”. Os valores da sociedade Nórdica, a cidadania e respeito pelos outros, estão bem enraizados. Pagar impostos é fulcral para que o Estado (ali visto como um “pai”) possa ministrar Educação (todos os níveis), cuidados de saúde de forma gratuita e de forma igualitária, e também suportar o sistema de assistência social, pensões de reforma e a “flexigurança” no mercado laboral. Fugir aos impostos é tido como um ato desprezável, criminoso e anti social contrariamente aos países do Sul da Europa, onde quem foge aos impostos e prejudica o Estado é apreciado. O cidadão sabe bem como o Estado gasta o dinheiro dos seus contribuintes e como os níveis de corrupção são baixos, os políticos são pessoas consideradas de bem e em quem se pode confiar. Por exemplo “fazer biscates” estando a receber subsídio de desemprego é gravíssimo! Quem prevarica é imediatamente denunciado às autoridades que atuam no imediato. Isto é um dos fatores que colocam a Dinamarca entre os países mais felizes do Mundo.

 

Copenhaga-smørrebrød, prato Nacional. Quantas coisas daquelas seriam necessárias para matar a fome a um tipo do meu calibre.

 

Copenhaga-smørrebrød, prato Nacional.

 

No país que trouxe ao Mundo a “Lego”, a Dinamarca, que pertence ao Reino da Dinamarca, assim chamada aquela comunidade de nações que inclui também as Ilhas Faroe e a Gronelândia, a Monarquia é admirada e aceite por mais de 90% da população, ao contrário do Sul da Europa onde os escândalos de corrupção fazem os seus habitantes suspirarem pela República. A figura do Rei na Dinamarca limita-se ao poder Representativo.

 

Copenhaga-Loja da Lego, uma marca Nacional

 

Copenhaga-Loja da Lego, uma marca Nacional

 

Em 3 dias facilmente se conhece bem Copenhaga, uma cidade colorida, limpa, segura e servida por modernos meios de transporte, com destaque para o metropolitano que circula sem maquinista e opera a toda a hora, possuindo sistema anti suicídio nas estações. Os comboios suburbanos e de longo curso, linhas com destino a Malmo (Suécia), autocarros, incluindo os noturnos, e também as linhas 991,  992 e 993 os “autocarros portuários” que são barcos que circulam de cais a cais em alguns canais, complementam a oferta.

 

Copenhaga-Metro – Interior da carruagem

 

A famosa Pequena Sereia foi o ponto de partida. Um monumento dedicado ao famoso escritor Dinamarquês de contos infantis, entre muitos, “O Patinho feio”, Hans Christian Andersen. No meio da água de um dos canais, o monumento faz juz ao nome. É de facto pequeno, fica fora do centro da cidade e desilude bastante as espetativas, mesmo que esteja sem turistas nas proximidades. O símbolo de Copenhaga não fosse a sua fama no Mundo inteiro e passaria despercebido. A cerca de 2Km de “Nyhavn”, outro dos locais que aparece nos postais turísticos de Copenhaga. Um dos canais ao estilo de Amsterdão, cercado de edifícios coloridos. Por aqueles lados, existia o terminal de ferries para a Suécia, já desativado devido à abertura da Ponte do Øresund.

 

Copenhaga – Pequena Sereia

 

Copenhaga – Pequena Sereia

 

Na outra margem, o moderníssimo e extravagante edifício da Opera acessível de “autocarro portuário”.

 

Copenhaga – Edifício da Ópera visto a bordo de um autocarro portuário

 

Hans Christian Andersen cuja estátua, é bem maior que a Pequena Sereia, encontra-se na Avenida batizada com o seu nome, que passa junto da Rådhuspladsen, a Praça do Município, onde se encontra o edifício da “Rathaus”, a Câmara Municipal. Hans Christian Andersen sentado, olhando para a sua esquerda, do outro lado da estrada para os Jardins de Tivoli onde se encontra um parque de diversões, para miúdos e graúdos, uma Feira Popular. Em Copenhaga, Feira Popular e Câmara Municipal vivem lado a lado e em perfeita sintonia, ao contrário de Lisboa. Lá como cá acontecia, no Inverno estava encerrada.

 

Copenhaga-Estátua do escritor Hans Christian Andersen

 

Copenhaga – Jardins de Tivoli – entrada

 

O centro de Copenhaga é dominado pela “Strøget”,uma via pedonal com mais de 1 Km. Ali se encontram muitas lojas, restaurantes e é também o centro da vida noturna, com vários bares e discotecas pelas imediações.

A Rundetarn uma torre do século XVII também marca a zona central da cidade. Construída como um observatório astronómico. Subindo pela sua escada helicoidal de 7 voltas e meia chegamos ao topo e daí podemos desfrutar de bonitas vistas sobre a cidade.

 

Copenhaga-vista do topo da Rundetarn

 

Copenhaga-Rundetarn

 

Existe por aqueles lados o “Museu dos Records do Guinness” que deve ser bastante interessante de visitar, porém o “Copenhagen card” não o incluía e a minha prioridade foi para as atrações turísticas que o mesmo me proporcionasse visitar gratuitamente, dado “investimento” ser bastante avolumado, deveria usar ao máximo esse cartão.  Uma foto com a estátua do homem mais alto do Mundo que se encontrava na porta de entrada, serviu para matar a curiosidade.

 

Copenhaga-Museu dos records do Guiness – Estátua do Homem mais alto do Mundo

 

O Palácio de Christiansborg, um edifício que é único no Mundo que alberga os três poderes simultâneamente: Além do Legislativo e do Executivo, ou seja o Parlamento Dinamarquês (Folketinget)  e o Escritório do Primeiro Ministro,  a sede da Suprema Corte da Dinamarca, sendo algumas partes do palácio usadas pelo Monarca, nomeadamente para  Recepções Reais.

 

Copenhaga – Palácio de Christiansborg

 

O Castelo de Rosenborg que em tempos longínquos foi residência da família Real. É lá que estão guardadas as Jóias da Coroa, e vários objetos pertencentes aos Monarcas.

 

Copenhaga-Castelo de Rosenborg – Guardas

 

Copenhaga-Castelo de Rosenborg – Joias da Coroa

 

Copenhaga-Castelo de Rosenborg – Joias da Coroa

Copenhaga-Castelo de Rosenborg

 

O Museu Nacional da Dinamarca merece ser visitado. A Dinamarca é um dos países mais antigos da Europa, com uma história ligada não só a invasões Vikings mas também à Pré História  com vários achados arqueológicos deste período. Arte Dinamarquesa também não é esquecida. Considero Estocolmo, uma cidade mais bonita que Copenhaga, mas o Museu Nacional da Dinamarca, é muitíssimo superior e bem mais rico e completo que o da Suécia.

 

Copenhaga-Rathaus

 

A galeria de arte “Ny Carlsberg Glyptotek”  possui a maior coleção de arte antiga no norte da Europa, onde os “experts” se sentirão no paraíso! Destaca-se o famoso quadro que Vincent Van Gogh  pintou em 1889, a “Paisagem de Saint-Rémy”.

 

Copenhaga – Ny Carlsberg Glyptotek – Paisagem de Saint-Rémy de Vincent Van Gogh

 

A outra “Carlsberg”, a mais conhecida, é a marca da cerveja Nacional. O  Museu Carlsberg é dos locais de visita obrigatório dos amantes da cerveja! Visitar a Carlsberg online também é possível mas o Museu é mesmo um must! Este tipo de atrações, infelizmente são mais turísticas que técnicas mas o legado histórico da marca está presente. A cervejaria, fundada em  1847 por  J.C. Jacobsen com a intenção de homenagear seu filho Carl. A Dinamarca é um país plano,e  uma pequena elevação já pode ser considerada um monte (“berg”, em Dinamarquês) logo nome “Carlsberg”,  significa “Monte de Carl”.

 

Copenhaga-Museu Carlsberg

 

A visita mostra o local onde os operários dormiam,  o escritório de Carl, e onde as cervejas eram produzidas, uma espécie de caverna onde a cerveja era maturada e armazenada na temperatura ideal. E como  Carl era apaixonado por cavalos, um estábulo também existe, onde atualmente são guardados os cavalos que circulam nas ruas em eventos públicos e as carroças que puxam.

A visita à maior coleção de garrafas de cerveja do Mundo reconhecida pelo “Guinness Book of Records”, onde não faltam marcas Portuguesas, também é ponto de passagem.  E no final da visita, como não poderia mesmo deixar de ser, a degustação de uma cerveja da marca no bar temático!

Copenhaga-Museu Carlsberg-Maior coleção de garrafas de cerveja do Mundo

 

Copenhaga-Museu Carlsberg-Maior conjunto de garrafas de cerveja do Mundo

 

Copenhaga-Museu Carlsberg- veículo usado em eventos públicos

Na Dinamarca o manjar Nacional é o “smørrebrød”. Um género de pequenos “canapés” feitos com pão de forma escuro, chamado “rugbrød”, cobertos com diversos tipos de recheios, tais como saladas, frango, atum, pasta de fígado, rodelas de tomate, carne de bovino, salmão ou arenque. O “smørrebrød” é uma das sandwiches mais célebres do Mundo, estando incluída nesta lista o “Donner kebab” e a nossa “Francesinha”. Matar a fome a um tipo do meu calibre com “smørrebrød” na Dinamarca é pior que “sustentar um burro a pão de ló”, pois o preço dos bens alimentares naquele país  é caríssimo.
As salsichas também abundam na Dinamarca, sendo a “Rød pølse” que é de côr vermelha e a “Medisterpølse” de côr esbranquiçada, tidas como as salsichas Nacionais. São compridas. Até dá a impressão que por aqueles lados no Norte da Europa, eles se orgulham do tamanho das salsichas que servem. Ainda bem que ali na Dinamarca são grandes, pois uma refeição daquelas, salsicha, pão e cebola frita (Ristede løg), acompanhado com uma cerveja, custa em Copenhaga sensivelmente o dobro do que custaria numa cidade Alemã qualquer.

 

Copenhaga-Salsicha Medisterpølse

 

Devido à emigração de origem Turca e Síria, a gastronomia destes países também está presente em muitos restaurantes de fast food, o que nos sustenta quando estamos de passagem por muitos países e sobretudo por aqueles países do Norte da Europa.

 

Copenhaga – canais

 

Viajar é um mundo de experiências novas e a facilidade com que se constroem amizades é gritante. Em Copenhaga ocasionalmente fiz amizade com um Luso Canadiano. Pediu-me para lhe tirar uma foto e depois quando começamos a falar foi engraçadíssimo porque ambos éramos Portugueses e ambos nos chamávamos Mário e ambos estávamos ali de passagem. Ele é comissário da “Air Canada” e conhece o Mundo inteiro, chega a estar em vários países, até mesmo em vários continentes, em apenas uma semana! Foi casado com uma Sueca, já é avô, os pais vivem em Portugal (o pai recentemente nos deixou…) e no ano seguinte, juntamente com a minha mãe, acabamos por nos encontrar todos em família, em Fernão Ferro, com a presença dos seus pais e a da sua filha. A mãe dele até ficou surpreendida e trata-me carinhosamente por “Marinho”. “O meu filho é tão reservado e como é que vocês se conheceram?”. “Talvez porque quando fui comprar uma T-shirt de Copenhaga, referi que a minha mãe gosta de lavar roupa à mão e aquilo ia durar muito tempo”. Afinal “mãe há só uma”!

Foi o Mário que mais tarde me proporcionou visitar o Canadá. Um país gigantesco e encantador e com um povo extremamente hospitaleiro e afável!

 

Copenhaga-Encontro de Mários. Fazendo amizades pelo Mudo fora

Nesse dia fomos conhecer a “Christiania”. Interessante que nunca tinha ouvido falar de tal coisa. Não fiz bem o trabalho de casa antes de viajar para Copenhaga…Afinal passar pela Christiania é imperdível para quem visita a Dinamarca!

“Cidade Livre de Christiania”  (Em Dinamarquês “Fristaden Christiania”) é um local autoproclamado autónomo onde, entre outras coisas, a venda de drogas é comum. Apesar de ilegar na Dinamarca, a posse, consumo e venda de narcóticos, ali o haxixe abunda. Uma feira ambulante onde as “tabletes” se vendem nas bancas  como se chocolates se tratassem. Ali os visitantes estrangeiros curiosos não são bem vindos, “buy something or go”, “no photo” são algumas das muitas frases ouvidas dos vendedores ambulantes, pouco simpáticos. Ao pé da  Christiania, Amsterdão “é para meninos”! Ali dentro é suposto existirem leis que permitem ou toleram, as drogas, mas fora daquele perímetro conforme a famosa placa menciona “you are now entering the EU”  a “coisa pia fininho” pois basta caminharmos uns metros e vêem-se rusgas policiais com cães pisteiros  a veículos que passam por aqueles lados. As autoridades ali dentro supostamente não entram, pois isso poderia causar pânico entre os visitantes e residentes, mas cá fora cercam os caminhos onde as remessas podem passar.

 

Copenhaga-Christiania

O futebol faz parte da vida deste país, cuja Seleção Nacional de futebol em 1992 atingiu a glória, na Suécia, no campeonato da Europa. Chamada à última hora para ocupar a vaga da Jugoslávia, que havia sido desqualificada pela UEFA devido à Guerra dos Balcãs, a equipa da Dinamarca, contra todas as previsões foi a grande vencedora, batendo na final a “toda poderosa” campeã do Mundo, Alemanha por 2-0. Schmeichel,  Vilfort, Laudrup (os irmãos), Poulsen eram alguns dos nomes sonantes que brilharam nos relvados Suecos, país organizador.
O “Parken Stadion” é a casa da Seleção Nacional Dinamarquesa e também do clube “Football Club København”. Estádio moderno classificado como “4 estrelas” pela UEFA e de conceção semelhante ao Estádio do Bessa Séc. XXI (Porto) e ao Estádio Luigi Ferraris (Génova), existindo 4 torres que separam as bancadas laterais das bancadas de topo. Infelizmente não tive oportunidade de visitar o seu interior, com muita pena minha, limitei-me a tirar-lhe fotos cá fora. Dos muitos estádios de futebol que tenho visitado permanece essa lacuna, nunca ter visto ao vivo o interior de um estádio com estas caraterísticas.

 

Copenhaga-Parken Stadion

 

O Casino é um local interessante para passar parte do início da noite e o “Copenhagen card” oferecia entrada gratuita.  Ao lado, caso queiram desfrutar de belas vistas sobre a cidade, de forma gratuita, aconselho a “infiltrarem-se discretamente”  (ou pernoitarem…) no “Hotel Radisson Blu Scandinavia” e subirem ao 25º andar.  Foi daqui que fiz o meu ritual de despedida de Copenhaga!

A caminho de Belgrado, onde dormi nessa noite, segui para Malmo (Suécia) de comboio, atravessando a Ponte do Øresund.

 

Copenhaga-Nyhavn, Janeiro às 16h30

 

Malmö (Suécia)

Atravessar a Ponte do Øresund era um desejo antigo. Esta obra de engenharia é uma das mais fantásticas que existem na Europa, foi inaugurada em 2000 e une os dois países Dinamarca e Suécia. Do lado Dinamarquês é isso mesmo, uma ponte, do lado Sueco, é um túnel. As duas partes unem-se no meio do Estreito de Øresund que liga o Mar Báltico ao Estreito de Categate a caminho do Mar do Norte. Por aqui circulam veículos rodoviários e comboios. Atravessando-a de comboio não nos apercebemos da grandiosidade da obra, pois a via férrea circula pelo tabuleiro inferior. Recomendo que, caso regressem a Copenhaga, o façam de autocarro.

 

Malmo-vista para a ponte de Øresund

 

Em Malmö, na parte nova da cidade, quando ao longe avistamos a  Ponte do Øresund, até nos faz lembrar a nossa Ponte Vasco da Gama, que recentemente perdeu o título da maior ponte da Europa para a Ponte da Crimeia, que liga a Rússia à Península da Crimeia.

A ponte Ponte do Øresund aproximou os dois países e transformou Malmö numa espécie de arredores de Copenhaga, pois existem muitas pessoas que residem em Malmö, onde a propriedade é mais barata, e trabalham na Dinamarca, atravessando-a quase todos os dias.

 

Malmo-vista para a ponte de Øresund

 

A zona nova de Malmö, foi o programa para essa tarde, pois daí a poucas horas iria voar para Belgrado e continuar assim a minha tournée pela Europa. Malmö possui um centro histórico, que não tive oportunidade de conhecer e também vários bairros sociais perigosos, onde vive a classe mais pobre da sociedade Sueca, muitos emigrantes.

Nascido em Malmö, criado no violento bairro de “Rosengard”,o futebolista Zlatan Ibrahimovic,  filho de pai Bósnio e de mãe Croata é um exemplo de superação e tido como um símbolo para quem procura uma vida melhor na Suécia, onde alguns emigrantes não são bem vistos.

A rota aérea de Malmö para Belgrado é bastante movimentada, o meu voo ia cheio, dado o número de emigrantes na Suécia, oriundos de países da antiga Jugoslávia. Notava-se inclusivamente algum desprezo por parte dos funcionários do aeroporto, ao verificarem os documentos dos passageiros na porta de embarque, pedindo mesmo o passaporte, quando para viajar para a Sérvia qualquer cidadão da UE o pode fazer somente com o cartão de cidadão. No meu caso como o meu passeio incluía a Ucrânia não foi problema…

 

Malmo

 

Antes de Zlatan Ibrahimovic, outro internacional Sueco, Stefan Schwarz conhecido por ter jogado no Benfica e por ter brilhado no Campeonato do Mundo de futebol em 1994, filho de pais Alemães, nasceu em Malmö. Ambos iniciaram a carreira profissional no mesmo clube, o “Malmö Fotbollförening”, assim como os outros internacionais Suecos, Mats Magnusson e Jonas Thern que em Portugal vestiram de vermelho e branco. O trio de antigos internacionais Suecos está sempre no coração dos adeptos Benfiquistas pois foram dos melhores jogadores estrangeiros que por lá passaram e fizeram vibrar mais de 120.000 adeptos em muitos jogos.

 

Malmo

 

E no moderno bairro de “Fullriggaren” até parece que estamos em Alcochete a olhar o nosso Rio Tejo e para a Ponte Vasco da Gama. Um dos edifícios que se destaca é o “Turning Torso” projetado por Santiago Calatrava. Um edifício de negócios, que não permite visitantes turistas. Visto de fora, podemos ver a sua fachada “em giro”, uma torção de 90 graus, desde o piso térreo até ao topo. Uma obra de elevada complexidade técnica pois os cálculos estruturais na fase de projeto e da sua execução em obra tiveram em conta uma sua localização, a região de ventos fortes e temperaturas que chegam a –20 ºC.

 

Malmo-Turning Torso

 

E com esta vista me despedi destes dias na Escandinávia!

 

Links

Alojamento em Copenhaga

Fiquei alojado no “City Hotel Nebo”. Hotel de 2 estrelas, com pequeno almoço buffet incluído e com um preço em conta, dado o nível de vida da cidade. Excelente qualidade para a classificação atribuída. Localizado junto à estação de comboio, com ligação direta ao Aeroporto Kastrup e a Malmo.

 

Estação de metro-Parque de estacionamento de bicicletas

 

Voos (low cost)

De momento a rota direta entre Lisboa e Copenhaga da Easyjet foi descontinuada, mas esta companhia continua a voar de e para Copenhaga.

De e para Copenhaga ou Malmo, a Wizzair e a Ryanair têm rotas diretas para diversos pontos da Europa.

O aeroporto de Malmo localiza-se a cerca de 30 Km da Estação de comboios central. Serve sobretudo companhias aéreas “low cost”. A companhia de autocarros “Ffygbussarna” efetua o transfer, podendo adquirir-se os bilhetes online.

O Aeroporto de Copenhaga “Kastrup” localiza-se a cerca de 10Km de Copenhaga e a cerca de 30Km de Malmö. Possui ligações ferroviárias diretas a ambas as cidades.

 

De comboio atravessando a Ponte de Ponte do Øresund

 

Para alojamento em Copenhaga – Consulte Aqui

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

BookAway- Reserva de bilhetes Bus, Ferry, Comboio

 

 

 

 

TÓQUIO, MAS QUE GRANDE LOUCURA!

 

Tóquio. Mas que grande loucura!

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Tóquio  

O Japão foi a mais louca viagem que fiz. O ano anterior tinha estado na Índia, país que não me encheu as medidas, não é “a minha praia”…Aí decidi que no ano seguinte teria de visitar um país moderno, civilizado e acima de tudo seguro, onde pudesse andar nas ruas sem ser incomodado por esquemas ou burlões. Não poderia fazer uma escolha mais acertada.

Parque Ueno

 

O Japão é perfeito! Mesmo (minha opinião) perdendo em beleza, monumentos e museus, e no modernismo dos transportes, para a China que conheci. Mas aquela sociedade na forma de estar, no seu civismo, boas maneiras, respeito pelos outros e educação supera qualquer um! E por causa desse modo de vida, com que convivi durante duas semanas,  fiquei rendido a este país, e me faz sentir um privilegiado por ter tido oportunidade de o visitar.

 

Boas maneiras no metro de Tóquio

 

O Japonês é um povo de fino trato e de boas maneiras.  Incrível como caminham todos pelo mesmo lado nos corredores das estações de metro e nas escadas rolantes, ou como fazem filas para entrar nos comboios, mesmo de longo curso. No interior das carruagens o silêncio é constante sendo inclusivamente considerado falta de boas maneiras falar ao telefone ou não o colocar em modo silencioso! O videoclip  “Rather B” dos Clean Bandit, foi filmado em Tóquio e tem uma cena passada dentro de um comboio, e por este motivo foi das mais difíceis de conseguir. Nos comboios de longo curso, o “Shinkansen”, os revisores fazem vénias sempre que passam de uma carruagem para a outra.

 

Akihabara , conhecida como Electric town

 

Transeuntes sempre disponíveis para ajudar o próximo, basta um turista tirar um mapa para se tentar orientar e alguém se disponibiliza para o ajudar e até a acompanhá-lo no caminho. As ruas são limpas como em poucos países se veem e só é permitido fumar nas ruas, em áreas autorizadas. Através das limpezas, o Japão deu uma enorme lição de vida ao Mundo durante o Mundial de futebol de 2018. Após a eliminação da sua Seleção Nacional, pela da Bélgica nos 1/8 final, a comitiva deixou o balneário impecavelmente limpo e arrumado, e os seus adeptos também recolhiam o lixo as bancadas do estádio!

 

Tokyo Tower

 

Para um turista oriundo da Europa, cidades Asiáticas como Tóquio, são “demasiadamente” modernas, e ao fim de 3 dias aquele cenário já cansa, devido aos seus arranha-céus retilíneos e às enormes avenidas onde os raios de sol não entram. Ao contrário de Tóquio, por exemplo, Xangai ou Hong Kong conseguem ser cidades “bonitas” e muito menos enfadonhas.

 

Asakusa – vista para a Skytree

 

Tóquio é um verdadeiro caos organizado que anda “a mil à hora”. O respeito pelo outro, o sentimento de interesse de equipa ser mais importante que o individual são valores enraizados naquela sociedade.
O trabalho  leva-os à exaustão e também à doença, à loucura e ao suicídio. O país do “burnout”. Eles adormecem em todo o lado. No metro, em qualquer carruagem é normal vê-los em sono profundo, até mesmo quando viajam de pé. O patrão é visto como um pai pelos seus subordinados e até adormecer no emprego é, ao contrário dos outros países, “bem visto”. Uma cultura onde tirar férias ou dias de folga ou mesmo sair à hora do trabalho é “mal visto”. As consequências deste estilo de vida estão à vista. O Japão é um dos países mais envelhecidos do Mundo e os idosos são altamente respeitados. A quantidade de lojas que vendem suplementos alimentares, vitaminas, chás e outros produtos naturais energéticos é enorme!
O conceito de “capsule hotel” nasceu disto. Não há tempo para ir dormir para casa, pois os dias de trabalho não têm hora de saída. Dormir em “capsule hotel” foi experiência que não deixei de fazer. Económico, limpo, higiénico e seguro, ideal para curtas estadas até 3 noites. E de manhã cedo, é ver os Japoneses nos balneários coletivos a vestirem fato e gravata para irem trabalhar!

 

Shinjuku – Capsule hotel – balneários

 

Shinjuku – Capsule hotel – a minha cama

 

“Only in Japan”, um slogan conhecido em todo o Mundo! Uma fonte infindável de surpresas para qualquer estrangeiro. Há coisas que só quem visitou o País do Sol Nascente consegue entender quanto podem marcar, a ponto de não deixarmos de falar nelas!  Por exemplo, a começar pelas “washlets” que tornam uma visita a uma qualquer casa de banho pública uma experiência inolvidável por mais caricato e paranoico que isso pareça! Em tecnologia e também em cidadania pois, apesar de serem locais frequentados por centenas de pessoas diariamente, tudo se encontra limpo, conservado e impecável. Impensável para a maioria dos países Europeus. Descobri há dias que também há urinóis que são autênticos “game boys”. Fazer pontaria dá pontos!  Os “cat cafe” onde eles se dispõem a pagar, cerca de 10€  para conviverem com gatos durante alguns minutos. E para isso fazem filas! As loucas máquinas de “vending”. Os salões de jogos, por cá em extinção, mas lá com vários pisos, onde pude reviver os meus anos de adolescência e as máquinas, de moeda, como cá havia nas estações do metro, que tiram fotos tipo passe, mas lá  as fotos são com motivos radicais. E também os cafés onde as empregadas servem os clientes, vestidas com roupas colegiais de jovens em tenra idade, para satisfazer certas paranoias de pessoas mais idosas.

 

WC pública-sanita com uma washlet moderna

 

WC pública-Comandos de uma washlet

 

Os efeitos no corpo e na cabeça, causados pela longa viagem de Portugal para o Japão e a diferença horária de 9 horas, demoram alguns dias a passar. O terceiro dia, após a chegada, é o mais doloroso. Ao final da tarde, manter-me acordado era um exercício complicado. Às 9 da noite aterrava na cama e por volta das 3 da manhã já se tornava difícil voltar a adormecer. Isto impediu-me de conhecer mais profundamente a louca vida noturna da cidade. Por exemplo, os salões de “Pachinko”, um jogo de azar tradicional,  e também os “cyber cafes”, onde eles passam as noites e até lá chegam a dormir. Muitos Japoneses são viciados em jogo, o que lhes destrói a vida.

 

Takeshita dori – loja de roupa Japonesa

 

Takeshita dori – Loja de máscaras

 

Tóquio foi o ponto de partida e de chegada. Pelo meio HiroshimaOsaka e Nara e Quioto e depois Sapporo foram os capítulos perfeitos desta linda epopeia Oriental.

Tóquio, como normalmente nos referimos à capital Nipónica, é tecnicamente uma área metropolitana. A maior do Mundo com quase 40 milhões de habitantes. A “Metrópole de Tóquio” assim chamada é um  aglomerado de 23 bairros, 26 cidades primárias, 5 cidades secundárias e 8 vilas. Cada qual possui um Governo Regional. Incluem-se também pequenas ilhas no Oceano Pacífico, localizadas a cerca de mil quilómetros ao Sul. Tudo Isto gerido por um Governo Metropolitano.  A sede do TMG-Tokyo Metropolitan Government localiza-se na cidade de “Shinjuku” um complexo  que engloba um arranha-céus com 243 metros de altura. O seu observatório é local de passagem obrigatória. A entrada é gratuita e a vista quer de dia quer de noite é maravilhosa.

 

TMG-OB

 

Consta-se que os Japoneses não são dados a invenções. Nem sequer a própria escrita! Eles pegam nas coisas que outros povos inventaram e melhoram-nas. Talvez por isso, do observatório do edifício do TMG, na imensidão daquela selva de pedra que parece ultrapassar a linha do horizonte, podemos observar ao longe a  “Torre Eiffel”, e mais próximo o “Empire State Building” e o “Central park”. Nada disso! Em “Shinjuku” até existe um “Central Park”, mas aquele que nós observamos é de facto o “Shinjuku Gyoen”, uma das outras áreas verdes. E os outros dois edifícios são réplicas. E até uma estátua da Liberdade existe em Tóquio! Quanto ao Empire State Building, trata-se do “NTT DoCoMo Yoyogi Building”, um edifício de negócios.

 

TMG-Observatório de noite

 

TMG

 

E foi em “Shinjuku” que dei início à descoberta desta megalópole Asiática. “Shinjuku”, é uma das cidades que constituem aquela Área Metropolitana e a mais central. As suas ruas estão imortalizadas no filme “Lost in translation” vistas do alto de um quarto do hotel “Park Hyatt Tokyo” onde a personagem principal, “Charlotte”,  interpretada por Scarlett Johansson ficou instalada. Não sendo necessário ficar alojado neste luxuoso hotel qualquer um pode desfrutar destas paisagens icónicas de forma gratuita, subindo ao observatório do TMG que fica a dois passos.

 

Shinjuku-Kabukichō

 

Shinjuku-Kabukichō

 

Em “Shinjuku” a vida noturna é muitíssimo agitada, sendo o bairro do “Kabukichō” o mais famoso. Muitos negócios do “calor da noite” são controlados pela Yakuza, a máfia Japonesa. Apesar da prostituição ser ilegal no Japão, o “Kabukichō” é conhecido por causa dela e internacionalemte chamado o “Red light district” de Tóquio. Fortemente policiado onde o turista deve abster-se dos convites para entrar em locais suspeitos onde se pratiquem coisas tidas como ilícitas. Bares, discotecas e “Karaokes” não faltam na animada noite de Shinjuku.
As ruas cheias de néons encontram-se imortalizadas em muitos filmes Asiáticos e não só. Com sorte até podemos ver ao vivo um dos heróis. Além do Godzilla, herói virtual que brilhou por aquelas ruas e que dá nome a um cruzamento. Eu quero acreditar que tirei uma selfie com o Jackie Chan. O aparato era enorme, de smartphones apontados a ele, numa aparição pública, o que me leva a crer que era mesmo o Jackie Chan. Mais tarde, pesquisando na internet consegui confirmar que sim!

 

Selfie com o Jackie Chan num evento público em Shinjuku

 

Jackie Chan num evento público em Shinjuku

 

Shinjuku – limousine

 

A rede de transportes públicos de Tóquio é gigantesca. Metropolitano, comboios suburbanos e autocarros. O metropolitano de Tóquio já foi considerado o mais moderno do Mundo, e encontra-se entre os mais extensos, existindo estações em qualquer lugar. Existem várias companhias que operam na área metropolitana, sendo muitas vezes necessário tirar novo bilhete para mudar de linha. O preço da tarifa depende do destino e mesmo que nos enganemos, ao sair da estação o torniquete não abre e é necessário pagar a diferença logo ali numa máquina automática. A rede de comboios no Japão é das que transportam mais passageiros em todo o Mundo, sendo os horários cumpridos ao segundo. Os comboios suburbanos complementam a rede de transportes.  Em “Shinjuku” situa-se a estação de comboios mais movimentada do Mundo, passando por ela cerca de 3,5 milhões de passageiros diariamente. Uma encruzilhada de linhas de comboios de longo curso, suburbanos e linhas de metropolitano, com cerca de 200 portas de saída e também uma gigantesca área comercial associada.

 

Asakusa – Nakamise Dori

 

Asakusa – Gato da sorte Japonês

 

Junto a “Shinjuku”, a “Shibuya“, outra cidade!  Local frenético, onde famoso cruzamento mais movimentado do Mundo, “Shibuya crossing” marca presença. Assim que os semáforos da estrada mudam para vermelho e os dos peões para verde, cerca de 3.000 pessoas atravessam aquelas artérias em todos os sentidos. No Japão não é comum ver peões atravessarem a estrada com o peão vermelho, mesmo que não passe nenhum veículo! Uma zona de enorme movimento, a “Times Square” de Tóquio! “Shibuya” é também o nome de uma famosa estação de comboio. Gigantesca, para não variar. Fica mesmo junto ao famoso cruzamento, sendo possível do seu interior observar o movimento das pessoas a atravessarem as ruas. “Shibuya crossing” e a sua dinâmica pode também ser observada do alto, sendo o Edifício “Magnet by Shibuya 109” o local predileto para o fazer. De dia e de noite, não pára!

 

Shibuya Crossing vista do observatório do edifício Magnet by Shibuya 109. Peão vermelho e ninguém ousa passar

 

Shibuya Crossing vista desde a estação de comboios

 

Em 1925 ocorreu ali uma história de amor sem igual. “Hachikō” um cão de raça Japonesa Akita, adotado por uma família de um professor universitário que residia por aqueles lados, todos os dias esperava ali junto à estação pelo regresso do dono ao final do dia de trabalho. Um dia o dono, na universidade, faleceu subitamente de AVC, e nunca mais voltou para casa. A família deixou de ter condições para o ter e deu “Hachikō”  para adoção. Ele nunca aceitou a sua nova família e fugia sempre para junto da estação de comboio, e esperava ali em vão pelo dono. Alimentado por transeuntes que o conheciam, viveu assim durante dez anos, vindo a falecer muito debilitado, de dirofilariose, um verme que ataca o coração. Junto à estação de  “Shibuya” existe uma estátua memorial que homenageia este grande herói e o seu amor imensurável.  Que honra foi para mim posar com esta estátua, na altura desconhecendo esta história de “Hachikō” que deu origem a um filme Japonês “Hachiko monogatari” em 1987 e posteriormente a um “remake” Americano, “Hachi” em 2009 que recentemente vi. A prova que os animais são os nossos melhores amigos e que nos dão tudo em troca de nada!

“Shibuya crossing” foi o local que marcou a hora em que vim ao Mundo, 44 anos depois.

Em “Shibuya”, o distrito de “Harajuku” é conhecido pela arte urbana colorida, pela moda, pelas suas lojas de roupa excêntrica e de máscaras.  A Rua “Takeshita dori” conhecida internacionalmente por “cat street” no distrito de Harajuku, é uma rua comercial, pedonal com cerca de 400 metros de grande romaria. Tornei-me num dos turistas do rol dos dececionados, pois gatos, nem vê-los. Mas mesmo assim não dei o tempo por perdido! Gato que é tido como um animal de sorte por aqueles lados!

 

Shibuya – Estátua memorial a Hachikō – a minha homenagem

 

O Parque” Yoyogi” com os templos da Religião do Xintoismo, constituem uma área verde que é ponto de visita obrigatório.

Em “Shibuya” e “Shinjuku”  o alojamento é muito caro. Daí que somente na última noite em Tóquio, após o regresso de Sapporo, escolhi ficar em um capsule hotel, em Shinjuku e deste modo conhecer melhor a sua vida noturna. Pena o corpo a uma certa hora pedir cama. O dia seguinte ia ser longo.Às 24 horas normais, juntar mais as 9 horas de diferença horária, de regresso a casa, passando várias horas em escala a passear por Paris.

 

Palácio Imperial- complexo

 

A minha escolha para as primeiras 5 noites recaiu no seu distrito de “Jinbōchō”, em “Chiyoda“, outra cidade que em tempos foi chamada de “Edo”. Uma zona de negócios muito sossegada onde o alojamento económico é fácil de encontrar.

Em “Chiyona” fica localizado o Palácio Imperial, cujo complexo inclui o Castelo de Edo e vários jardins e áreas verdes.

 

Chiyoda – Vista desde o complexo do Palácio Imperial

 

Castelo de Edo

 

“Akihabara” que pertence aos distritos de “sotokandae”  e “kanda sakumacho”. É a famosa “Electric town” de Tóquio. Um paraíso de lojas de artigos elétricos, eletrónicos e de telecomunicações onde todos os viajantes passam.

“Tokyo Station”, a Estação de comboios principal também fica localizada em Chiyoda. Mantendo a sua fachada original, de estilo Ocidental, pois abriu em 1914, não deixa de ser um local altamente movimentado. Foi dali que segui para Hiroshima e dei início ao meu roteiro pelo Japão.

 

Tokyo Station, posando com um monge Budista Tailandês

 

Chūō” é a cidade ao lado. Ali localiza-se o Distrito da “Ginza”. A zona das lojas de luxo. Aquelas são algumas das ruas mais caras do Mundo. Tiffany & Co, Louis Vuitton, Rolex, Dior ou Chanel são algumas das marcas de artigos luxuosos que ali podemos encontrar. O Japão também é um paraíso de compras e os estrangeiros têm a vantagem de poderem usar o regime “Tax free”.
No ponto onde a principal avenida,  a “Chuo dori” cruza com a “Harumi dori”, encontramos o “coração” deste distrito luxuoso. Ali está o Nissan Crossing, uma galeria comercial onde não poderiam faltar os veículos de alta cilindrada, desportivos da famosa marca Nipónica “Nissan”. Ali até somos convidados a sentar e tirar fotografias ao volante, que é do lado direito, conforme a circulação naquele país.

Do outro lado da rua, na diagonal, o “Wako”, outra galeria comercial cujo edifício é famoso pelos seus traços Europeus e pela sua torre do relógio que faz dele o edifício mais icónico da Ginza.

E como o Japão é um paraíso de cerveja, ali nas imediações, a famosa “Ginza Lion” onde podemos desfrutar de uma refeição típica de cervejaria ao estilo Nipónico.

 

Ginza

 

Ginza – Wako, o edifício mais famoso devido à sua torre do relógio

 

Ginza – Nissan crossing

 

Museus não são o ponto forte deste país. Nisso a China ganha-lhe de goleada, então a Europa, nem falemos. Recomendo visitar estes dois museus localizados no Parque Ueno, uma área verde muito agradável para passar parte de um dia, na cidade de “Taito“:

Museu Nacional de Tóquio onde estão expostas inúmeras peças de arte antiga Nipónica e também de arqueologia.

 

Museu Nacional de Tóquio – complexo

 

Museu Nacional de Ciência do Japão -Locomotiva na entrada principal

 

Museu Nacional de Ciência do Japão – O Akita, cão de raça Japonês famoso no Mundo

 

Museu Nacional de Ciência do Japão – Dinossauro

 

Museu Nacional de Tóquio

Museu Nacional de Ciência do Japão que relata, o contributo para a ciência e para a tecnologia, do Japão no período entre finais do século XIX e início do século XX, altura em que este país conheceu uma acelerada modernização, vindo a tornar-se uma potência mundial. Um avião produzido pela Mitsubishi e uma locomotiva a vapor destacam-se assim como as experiências científicas interativas.

Na parte da História Natural, o hall com um esqueleto de dinossauro (como em Nova Iorque) e inúmeros animais embalsamados, entre os quais um “Akita” a raça de cães, oriunda deste país, mundialmente conhecida. Na parte “Pré-histórica” ficamos a saber que se pensa, que há milhões de anos o arquipélago do Japão se desprendeu da parte continental da Ásia o que teve enorme influência nesta História milenar. Referências ao período Paleolítico, este bem mais recente, também não poderiam faltar.

À “Taito” pertence o distrito de “Asakusa”. E que bem que soube visitar esta zona depois de uns dias de exaustão com paisagem “selva de pedra”. A zona mais tradicional de Tóquio.

O “Templo de Senso-ji” é um paraíso de ancestralidade Nipónica.
Trata-se do templo budista mais antigo de Tóquio. Sofreu danos causados pelos bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial, mas ainda conserva muito da sua beleza e estrutura original.
O acesso é feito pela rua comercial de estilo clássico, “Nakamise Dori” e depois  atravessando a “Porta de Kaminarimon”. Um complexo onde a arquitetura oriental, os pagodes e a côr vermelha tradicional marcam forte presença. As duas religiões, Budista e do Xintoísmo, coabitam em perfeita harmonia pois as “portas Tori” também marcam presença. Um local carregado de magia Oriental, onde os visitantes podem experimentar os rituais budistas como queimar incenso.

 

Templo de Senso-ji, Ritual Budista queimando insenso

 

Templo de Senso-ji, entrada no edifício principal

 

Complexo do Templo de Senso-ji.Porta de kaminarimon

 

Complexo do Templo de Senso-ji. Posando com jovens Japonesas com roupas típicas, na entrada de um templo da religião do Xintoismo

 

Complexo do Templo de Senso-ji. Porta de kaminarimon

 

Complexo do Templo de Senso-ji, um pagode

 

Complexo do Templo de Senso-ji, jardins

 

Complexo do Templo de Senso-ji, estátuas de Buda e um pagode

 

Saindo do complexo do “Templo de Senso-ji” e voltando à “selva de pedra” deparamos com uma das famosas torres, a “Tokyo Skytree”. Uma torre de TV, a mais alta do Mundo, com mais de 600m onde é possível subir e apreciar a vista desde o topo. Localiza-se em “Sumida”, outra cidade. O nome advém do rio que pelo qual é banhada, e desde a ponte que o atravessa podemos tirar lindíssimas fotos com a torre em grande plano e também com o edifício da Fábrica de Cerveja Asahi, uma das principais marcas de cerveja Nipónicas, com a sua chama dourada que pesa 360 toneladas!

 

Santuário Meiji

 

A outra famosa torre, localiza-se na cidade de “Minato“. A tal “Torre Eifell”. O nome é “Tokyo Tower”. Mais alta que a obra de Gustave Eiffel que se situa na “Cidade Luz”.  É outra torre de TV e que funciona igualmente como atração turística. A minha escolha para pagar (e não foi pouco!) para subir ao alto, recaiu aqui, pelas pesquisas que fiz na internet que a recomendam em detrimento da outra. O final do dia foi memorável. A paisagem, com as últimas horas de sol e depois ao cair noite,  o efeito das luzes daquela imensidão urbana a acenderem lentamente, é único, com a  Baía de Tóquio em grande destaque e as luzes da “Ponte Arco íris”, uma ponte do tipo suspensa, a acenderem ao mesmo tempo. Eram quase 18 horas e já era noite cerrada em Tóquio mas em Lisboa eram quase 9 da manhã. E lá do alto, aproveitei para fazer um vídeo em direto no Facebook, a desejar aos meus colegas do serviço um bom dia de trabalho!

 

Tokyo Tower

 

Tokyo Tower -Vista do topo

 

Tokyo Tower – Vista do topo

 

A “Minato” pertence o distrito de Odaiba. Seguramente com as vistas mais bonitas e mais pitorescas de Tóquio. Uma ilha artificial,  construída sobre resíduos de incineração, na Baía de Tóquio que até contém uma praia artificial. Acessível através de um meio de transporte futurista, comboios sem maquinista “Yurikamome” que circulam em viaduto e atravessam a “Ponte Arco iris”. Além de edifícios de arquitetura futurista, onde sobressai a sede da Fuji Television, e é lá que se encontra a Estátua da Liberdade! Aquele local por acaso, faz lembrar o DUMBO de Nova Iorque. A zona é moderna com vários hotéis de luxo, possui também um shopping onde na sua praça de restaurantes se fazem excelentes refeições económicas.

 

A caminho de Odaiba no comboio futurista Yurikamome

 

Odaiba – vista para a Ponte Arco Iris

 

Odaiba – vista para a Ponte Arco Iris e para a Estátua da Liberdade

 

Os Japoneses são os maiores consumidores de peixe do Mundo. Outrora visitar o famoso “Mercado de peixe de Tsukiji” era uma experiência sem igual. Visitantes chegavam pela madrugada e assistiam de perto, a poucos metros, aos leilões dos atuns. Um atum rabilho chega a ser transacionado por alguns milhões de Euros. Os leilões são autênticos rituais e em poucos segundos há várias licitações, e em poucos minutos  já estão vários atuns transacionados. Este mercado infelizmente encerrou e o turista jamais poderá sentir ao perto essa atmosfera tradicional.
O “Mercado de peixe de Toyosu” veio substituir o “de Tsukiji”. Novas, modernas e gigantescas instalações industriais, localizadas na cidade de “Koto“. É possível assistir aos leilões, mas ao longe, lá do alto através de um vidro, o que não é a mesma coisa! Para isso, é necessário chegar muito cedo, pelas 4h30 da manhã, altura em que ainda não estão transportes públicos a circular, somente o táxi, um meio de transporte muito caro no Japão. Indo a horas mais tardias  é possível visitar as instalações que são abertas ao público, localizadas fora das áreas de laboração, inclusivamente o local onde se assistem aos leilões, a exposição didática e as lojas que vendem enormes “facalhões” para cortar atuns, e claro, os restaurantes de peixe, onde pelas 9h da manhã já se almoça! Diga-se de passagem que, para comer sushi, é óbvio que ali é provavelmente o melhor local do Mundo!

 

Mercado de peixe de Toyosu – zona de exposição

 

Mercado de peixe de Toyosu – observatório. Lá em baixo são feitos os leilões de atuns

 

Mercado de peixe de Toyosu – loja de facalhões para cortar atuns

 

Mercado de peixe de Toyosu – almoço às 10h da manhã, provavelmente o melhor sushi do Mundo

 

O Japão é tido como dos países mais caros do Mundo, sendo Tóquio muitas vezes englobada no rol de cidades mais caras, encabeçando essa lista. Esses indicadores, contudo, não se refletem na totalidade no custo de vida do turista.

Mais caro que Tóquio são muitas cidades Europeias, por exemplo do Reino Unido, da Irlanda, da Suíça, dos Países Baixos ou dos países Nórdicos.

Os transportes em Tóquio têm um custo próximo do nível de Londres. É mesmo o mais caro. No entanto, caminhando pelas ruas, parques e jardins também se explora a cidade.

O custo da alimentação está ao nível da média dos países da Europa. É possível fazer uma refeição económica, sem bebidas alcoólicas por 15/20€. Tóquio possui cerca de 60.000 restaurantes, quase o triplo de Nova Iorque. Há oferta para todos os preços e para todos os gostos. Fica o aviso, atenção aos molhos e temperos picantes da comida Nipónica. Apesar de saborosíssima, o corpo pode não se adaptar a ela nos primeiros dias. Juntamente com o jet lag, com o efeito das diferenças de pressão no corpo proveniente das  longas horas de voo, é um autêntico cocktail explosivo que por pouco não me deixou ficar mal no primeiro dia quando regressei do Monte Fuji!

 

Máquina automática de pedido de refeições à mesa de um restaurante

 

Grelhador de mesa nas churrasqueiras

 

Máquina de vending de senhas de refeição em restaurantes económicos – display

 

Menu da Ginza Lion, uma cervejaria ao estilo Nipónico

 

Bife de kobe

 

Máquina de vending de senhas de refeição em restaurantes económicos

O alojamento económico, consegue-se na casa dos 40/45€ por noite, por um hostel com casa de banho partilhada e quarto individual, em distritos distantes dos de “Shinjuku” ou de “Shibuya”, pois nesses por esse preço só mesmo um capsule hotel. Por incrível que pareça, eu consegui dormir em Tóquio, e com melhor qualidade, pagando menos que em Madrid! Os estabelecimentos hoteleiros Nipónicos, mesmo os mais baratos, primam pela higiene, limpeza e cordialidade dos funcionários.  O pequeno-almoço, quando não faz parte do serviço, nos capsule hotel por exemplo não faz, pode ser tomado, por 5/7€, em supermercados, existindo a cadeia “7-Eleven” que vende bebidas quentes, água, sumos, fruta e diversos tipos de sanduíches embaladas. Ou mesmo os menus “breakfast” de cadeias de fast food como a McDonald ‘s.

 

Okonomiyaki

 

Ramen (sopa) e Gyoza (dumplings fritos)

 

Há diversas companhias aéreas a viajar de Lisboa para Tóquio, via outra cidade Europeia, via Dubai ou via Qatar.  Comprando a viagem com alguns meses de antecedência, é possível  conseguir tarifas a menos de 600€, ida e volta. Os Voos da Europa para Tóquio, e de Tóquio para a Europa, normalmente partem de noite. A viagem dura cerca de 12h30. Em Tóquio chegando da Europa aterra-se já de noite, assistindo durante a viagem ao nascer e ao pôr-do-sol.

Os voos que partem de Tóquio para a Europa, saindo de noite, devido aos fusos horários, são totalmente noturnos. Aterram de madrugada na Europa e escolhendo uma escala longa é possível passar esse dia a passear, por exemplo, no meu caso, em Paris.

5 dias em Tóquio deu para ter uma ideia muitíssimo bem formada da capital Nipónica, dos pontos mais importantes, no entanto estou consciente que muito ainda ficou por conhecer.

 

Vista para Sunida. Torre Skytree e edifício da Fábrica de Cerveja Asahi onde sobressai a sua chama dourada

Monte Fuji e Hakone

Quem visita Tóquio não pode perder a oportunidade de visitar o Monte Fuji e Hakone. A beleza desses locais é extraordinária e a sua mística associada também. Merecem uma estada de dois dias ou mais e assim desfrutar do descanso cercados pela natureza. Não sendo possível encaixar estes dias num roteiro pelo Japão, a melhor forma é marcar um tour de um dia desde Tóquio.Os tours têm a opção extra de regressar de comboio de alta velocidade “Shinkansen” caso haja interesse de experimentar esse meio de transporte. Não justifica pois quer voltando de “Shinkansen” como no autocarro, a chegada a Tóquio é sempre ao final do dia. No meu caso tive oportunidade de viajar no “Shinkansen” dias depois para Hiroshima. Os tours têm guia em língua Inglesa, e almoço buffete. O tempo é muito bem rentabilizado em em “passo de corrida” conseguimos visitar o mais importante, conseguindo ter uma panorâmica genérica. Para um “bate volta”fazer mais é difícil. Custa cerca de 120€, é caro, mas há que ter em conta que no Japão os transportes públicos também o são. O Monte Fuji fica a cerca de 130 Km de Tóquio, irmos por nossa conta, é possível, mas será difícil no Inverno com os dias mais pequenos visitar tudo o que o tour nos pode proporcionar.

Este dia foi muito especial. Tinha chegado ao Japão na noite anterior. Fazia 44 anos que tinha vindo ao Mundo, no entanto devido à diferença horária tive de esperar algumas horas para poder celebrar na altura exata.

Hakone – Lago Ashi

 

Monte Fuji, a montanha mais alta do Japão, tem 3776 metros de altitude. É um vulcão inativo. O maior símbolo do país.

Uma das religiões dominantes no Japão, a do Xintoismo, atribui a elementos da natureza forças místicas, logo o Monte Fuji é considerado por aquele povo, como um lugar sagrado, onde residem os espíritos mais antigos.
O topo é coberto de neve, praticamente todo o ano.

 

Monte Fuji visto ao longe

 

Monte Fuji, vista da 4ªestação

 

Existem 10 estações, ou seja, locais visitáveis, que o dividem. Os tours que transportam turistas, não vão além da 5ª estação (2300 metros de altitude). Para subir mais alto, somente em trekkings organizados, que demoram várias horas durante alguns dias, e existem somente no período de Verão quando não existe neve no topo.  É necessário equipamento especial e boa condição física para um desafio destes.
O tour que fiz, devido às condições metereológicas, com gelo na estrada, ficou pela 4ª estação. Mesmo assim, à chegada, desde o observatório, a paisagem a perder de vista, da zona do Parque Nacional Fuji-Hakone impressiona. Tirar fotos nesse cenário e também com o Monte Fuji, é tradição.

 

Monte Fuji, vista da 4ªestação

 

Hakone foi o programa da tarde. Um local famoso pelos seus lagos, suas montanhas, seus locais termais e as vistas que proporciona sobre o Monte Fuji. Navegando pelo lago Ashi, e depois subindo no teleférico até Komagatake. Lá do alto é um prazer desfrutar das vistas sobre o Lago Ashi, e também sobre o Oceano Pacífico já na linha do horizonte. Foi a primeira vez na vida que vi o Oceano Pacífico. Ao longe, mas era ele!

 

Hakone – Komagatake, selfie com vista para o Pacífico

 

Hakone – Komagatake, vista para o Oceano Pacífico

 

Hakone – Lago Ashi

 

Hakone – Lago Ashi

 

Hakone- Japão

 

Hakone-Lago Ashi visto desde Komagatake

 

Almoço Buffet no tour ao Monte Fuji e Hakone

 

LINKS

Hotel  (1ª estada) – Jimbosho, recomendo devido ao preço, qualidade, cordialidade dos funcionários, incluir pequeno almoço que começa a ser servido ainda de madrugada e pelo ambiente de turistas internacionais.
Capsule hotel (última noite no Japão) – Shinjuku.  É bem mais caro que os Capsule hotel que fiquei em Hiroshima e Sapporo. Shinjuku é uma área de Tóquio onde o alojamento é caro. É uma experiência fascinante dormir num capsule hotel. Limpo, seguro, económico e confortável. Para estadas curtas é mesmo o ideal!

Comboios

Caso optem por viajar de comboio, os estrangeiros têm oportunidade de adquirir um passe para vários dias. Caso pretendam visitar o Monte Fuji de comboio podem utiliza-lo.

Tours desde Tóquio

 

Complexo do Templo de Senso-ji – Entrada em templo da religião do Xintoísmo

 

Clean Bandit – Rather Be ft

Lost in Translation – trailer

Hachiko monogatari  (1987) -trailer

Hachi (2009) – trailer

Ginza Lion – uma cervejaria ao estilo Nipónico

 

Shinjuku. Ao fundo, o comboio a passar

 

Loja de artigos de artes marciais, em Shinjuku. Local ideal para os praticantes de Karate se abastecerem.

Waslet – apresentação

Como as casas de banho públicas me fascinaram! – Urine game

Leilão de atuns no antigo Mercado de peixe de Tsukiji

Leilão de atuns no atual Mercado de peixe de Toyosu

“Only in Japan” – canal no Youtube

 

Para alojamento em Tóquio, consulte aqui.

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

BookAway- Reserva de bilhetes Bus, Ferry, Comboio

 

 

 

 

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