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DESLUMBRANTE HARMONIA NA CIDADE DE ESTOCOLMO

 

Deslumbrante harmonia na cidade de Estocolmo

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Estocolmo foi provavelmente das cidades mais bonitas que já visitei, graças a toda a sua envolvência. O contacto com a água e com a natureza não deixa ninguém indiferente; a cidade é formada por várias ilhas, temos barcos na rede de transportes públicos que ligam várias dessas ilhas, a cultura escandinava, as ruas limpas e os vários monumentos em harmonia com toda este cenário, torna esta cidade simplesmente encantadora.

Visitei a capital sueca em 2015, fiquei três dias, dependendo dos horários dos voos, penso ser ideal, mas pelo menos dois para explorarem um pouco á sua volta bem como os principais locais de destaque.

 

cartão postal de Estocolmo

 

Estocolmo- Suécia

 

rua de comércio em Estocolmo

Uma experiência que desde já recomendo vivamente é dormir num barco; existem pelo menos dois, com a oferta de Hostel com quartos duplos ou camas em dormitório, eu fiquei no STF af Chapman, um navio que fica atracado na ilha “Skeppsholmen”, em frente para o centro histórico (“Gamla stan”), a localização é fantástica e dormir num barco em pela janela vemos o centro de Estocolmo é simplesmente fantástico, temos um espaço exterior fantástico, o acesso é através de um passadiço, onde em terra temos a receção e o restaurante (onde também podemos comer bem e em conta, para os preços da Suécia, eu almocei um salmão com legumes e umas batatas aos cubos com um molho muito bom), uma cama num dormitório de 4 camas custa cerca de 24 euros, 245 SEK, podem reservar no site ou num agregador da vossa preferência, eu na altura reservei pelo booking.com. podem fazer a pesquisa nos agregadores para outros alojamentos deste género, acho uma experiência muito agradável.

 

vista da janela do hostel dentro do barco, Estocolmo

 

descontrair no barco hostel, Estocolmo

 

Além de descontrair em harmonia com a água nestas várias ilhas que formam a cidade, que para mim foi o que mais me surpreendeu, fazendo com que além de alguns pontos turísticos, me perdesse por esta calma e sentimento ímpar pela cidade, simplesmente ouvindo a minha música e sentindo em mim uma cidade tão singular.

O centro histórico da cidade, na ilha de Gamla Stan, é talvez onde iremos perder mais tempo, com bons bares (apesar do seu elevado preço), recomendo virem á noite a um bar por aqui, beber pelo menos uma cerveja, por norma com música ao vivo e em que os espaços apertados, como que uma casa antiga,tornam os bares mais especiais.

 

centro histórico, Glama Stan, Estocolmo

 

As  suas pequenas ruelas e praças, são uma delícia, um destaque especial vai para a praça (que é um cartão postal da cidade), Stortorget, a principal praça desta área e a praça mais antiga da cidade, as estreitas fachadas com cafés e restaurantes (a vermelha e amarela lado a lado, as mais icónicas), que datam do século XVII e XVIII, são das mais fotografadas; aqui próximo temos também além do edifício da bolsa, temos o Museu Nobel, dedicado à história destas distinções, a entrada custa cerca de 13€, 130 SEK. Também aqui perto temos a catedral de S. Nicolau, que é a sede da diocese e a mais antiga igreja da cidade, a entrada custa 60 SEK, cerca de 6€.

O palácio real de Estocolmo, é também outro dos ícones da cidade, é um dos maiores palácios da europa, tendo um destaque no Skyline desta zona da cidade, podemos visitar muitas divisões dentro do palácio como, os apartamentos, o salão de banquetes, o salão de Estado e a biblioteca entre outros; temos ainda museus dentro do palácio como o Tre Kronor, do Tesouro e de Antiguidades do Rei Gustavo III; a entrada custa 190 SEK, cerca de 19€, podem obter informações no site oficial. Nesta zona histórica temos ainda destaque para uma rua famosa a Västerlänggatan e a igreja Alemã de Estocolmo.

 

Palácio Real, Estocolmo

 

troca da guarda no Palácio Real, Estocolmo

 

Em frente temos numa pequena ilha a “Helgeandskomen”, onde se encontra o Parlamento da Suécia e o Museu Medieval, a entrada é gratuita.

Passando para o outro lado, pela ponte Norrbro, na zona de Rosenbad, temos em destaque a praça Gustav Adolf, aqui junto da praça temos ainda a Ópera Sueca.

Em Norrmalm, temos ainda o mercado Hötorgshallen, junto da praça Hötorget, onde também temos algumas bancas de comércio; a igreja Klara, com uma torre com cerca de 115 metros e uma das principais praças, a Sergels, com uma torre alta com um design moderno sendo iluminada durante a noite.

Ao lado de Norrmalm, temos Östermalm, uma das zonas mais exclusivas da cidade, com muitas lojas de design, aqui temos entre outros o mercado de östermalms stuhall; o Museu Histórico, com entradas gratuitas; a avenida com quase 1 km junto à água, Strandvägen; o Museu da história da defesa, o Armémuseum, cuja entrada também é gratuita; e uma das principais igrejas da cidade, a Katarina Kyrka.

 

Igreka Katarina Kyrka, Estocolmo

 

Museu Histórico, Estocolmo

 

Além destes pontos e de desfrutar da cidade, podendo abusar no transporte de barco que conecta estas várias ilhas tendo assim uma sensação mais local e agradável do que esta cidade tem para oferecer, temos ainda mais alguns locais para visitar, um que desde já recomendo, visitei e gostei bastante, o Museu Vasa, o museu do navio de guerra Vasa, que tal como o Titanic naufragou na sua viagem inaugural; o Vasa naufragou em 1961, este é o museu mais visitado em toda a Suécia, o bilhete custa 170 SEK, cerca de 17€, fica em Galärvarvsvägen.

 

Museu Vasa, Estocolmo – Suécia

 

museu Vasa, Estocolmo

 

Aquele que é o museu ao ar livre mais antigo do mundo, o Skansen, foi inaugurado em 1891, fica na ilha de Djugärden, pode ser uma bela tarde caso tenham tempo, conta com um aquário e um zoológico (infantil).

Em Stadgärdshamnen, temos o museu da fotografia contemporânea, o Fotografiska (conta também com um café e restaurante junto deste), os bilhetes custam em média 170 SEK, cerca de 17€, dependendo das exposições.

Antes de prosseguir podemos descansar no enorme parque Royal National, engloba três parques reais, Djugärden, Haga e Ulriksdal, é certamente um local que dará para recarregar um pouco as forças e por exemplo fazer um lanche.

 

praça Sergels, Estocolmo

 

A câmara municipal de Estocolmo também é um ícone da cidade, o seu exterior em tijolo, num tom alaranjado e a sua torre mais alta e larga num dos cantos sobressai no horizonte, podemos visitar este belo edifício (penso ser também possível subir à torre e ter vista privilegiada sobre a cidade), os bilhetes custam 130 SEK, cerca de 13€, mais informações no site (em sueco).

 

câmara municipal de Estocolmo

 

No sul de Estocolmo, caso pretendam ter uma vista privilegiada, sobre toda a cidade temos o Sky View (Globe Arenas), onde além de ser uma pavilhão de espetáculos, podemos subir a este que é o maior edifício esférico do mundo, com cerca de 130 metros, o Ericsson Globe, a visita demora cerca de vinte minutos, no site podem obter mais informação (link direto para os bilhetes para a vista Skyview,  até agora ainda não são possíveis).

Outro ponto onde podemos ter uma vista superior sobre a cidade é o elevador Katarina, o mesmo está fora de serviço, mas podemos ir pelas escadas (eu tive a sorte de subir uns quantos andares no prédio conjunto, com um morador), daqui temos um bom miradouro sobre Estocolmo; fica na zona de Slussen, e eleva-se até à parte mais alta de Södermalm.

 

Panorâmica de Estocolmo

 

panorâmica de Estocolmo

 

A ilha de Längholmen é uma pequena ilha com praia e em que os locais descontraem, há vários barcos para esta estabelecer esta harmonia, bem como ciclovias e trilhos para caminhar ou correr.

Algumas das estações de metro de Estocolmo são um autêntico monumento, com os interiores decorados e com design fora da caixa, algumas delas são: Stadion,   Kungsträdgärden, Thorildsplan; Tekniska Högskolan, entre outras, vão por certo surpreender. As várias ilhas, algumas mais pequenas como a Skeppsolme, que liga a uma ainda mais pequena, a Kastellholmen, devem ser exploradas, podemos caminhar muito mas é aconchegante sentir toda esta natureza e envolvência com a água.

 

Estocolmo, vista de uma ponte

 

Os passeios de barco são excelentes experiências que podemos fazer, além dos trajetos dos transportes públicos, temos várias ofertas pela cidade, uma delas é  Stromma, com preços desde 225 SEK; oferta é variada, quer nas rotas, quer nas várias outras operadoras, contudo penso que as travessias nos barcos dos transportes públicos já dão uma ótima experiência.

 

Viagens Felizes

 

Dicas e Notas: 

Só temos voos diretos para Estocolmo desde Lisboa pela TAP, mas pelas pesquisas fica muito caro; notem  que temos três aeroportos em Estocolmo, o principal, Arlanda; Skavsta e Vasteras.

O aeroporto Arlanda, fica a cerca de 40km da cidade, podemos chegar ao centro da cidade de bus, demora cerca de 40 minutos, podemos ir de bus público, ou pelo mesmo Shuttle dos outros dois aeroportos, Flygbussarna, um bilhete de ida e volta custa 238 SEK, cerca de 23€; outra opção, a mais rápida é de comboio, pelo Arlanda express; demora apenas cerca de 20 minutos e os bilhetes (um pouco mais caros), custam 579 SEK, cerca de 57€.

Temos também voos low-cost para aqui pela Easy jet, para Milão malpensa, Genebra e Berlim brandemburgo e pela Vueling para Barcelona

 

Barco hostel à noite, Estocolmo

 

Skavsta, que é o mais usado pelas low-cost, fica a cerca de 105 km do centro a melhor forma é apanhar o bus Flygbussarna, que liga o aeroporto à cidade em cerca de 1h (normalmente os horários estão de acordo com os voos, mas no site da companhia tem a informação, ou no próprio Aeroporto), o bilhete de ida e volta custa 398 SEK, cerca de 39€.

Para Skavsta, temos voos por exemplo,  pela Ryanair para; Alicante, Londres stansted, Milão bergamo, Málaga e Viena; pela Wizz Air temos para Viena, e alguns no Báltico, Polónia, e nos Balcãs, mas esses para juntar com Portugal poderão não ser tão compensatórios.

 

Vasteras, também fica a cerca de 100 km da cidade, mas  é um aeroporto mais pequeno e recente pelo que li, quando eu fui não havia nada sobre ele, oferece voos para Alicante, Málaga e Londres pela Ryanair; podemos chegar ao centro da cidade de bus (o operador é o mesmo Flygbussarna), sendo que também demora cerca de 1h e custa o mesmo que desde o Skavsta, 398 SEK- 39€ mais informações no site do Aeroporto.

 

Para se locomoverem em Estocolmo o ideal é comprar o cartão SL Acess, da rede de transportes públicos e dá para todos, incluindo os barcos (exceto para o aeroporto), o cartão custa cerca de 2€, 20 SEK; podem ir recarregando consoante as viagens que vão realizando ou comprar logo um travel card de 24 ou 72 horas, os de 24h custam 155 SEK, cerca de 15€ e o de 72h, custa 310 SEK, cerca de 30€.

 

Estação de Metro de Estocolmo

 

Outro cartão que pode ser útil caso pretendam visitar muitos museus ou locais com entrada paga, será o Stockholm Pass, temos de 1,2,3 e 5 dias, os preços para um dia é de 710 SEK, cerca de 70€; podem juntar até 10 atrações em 24h, penso ser suficiente (nota que não conta com transportes, tem uma parte que pode incluir um bus Hop on – Hop off, mas não os transportes públicos), no site oficial fica a informação.

 

Não é permitida a venda de bebidas alcoólicas nos supermercados, esta é feita por lojas específicas, que pertencem ao estado, o SystemBolaget, basicamente é como que garrafeiras, onde com horários mais restritos e controlo nas idades e estados de sobriedade do cliente são vendidas as bebidas, é algo estranho, mas podemos comprar sem problemas, temos tudo com informação em Inglês.

 

Almoço em Estocolmo- Suécia

 

O fuso horário da Suécia é de mais uma hora que em Portugal; a moeda é a coroa Sueca (Kr), 1€ aproximadamente 10 SEK; o indicativo é o +46 e o domínio de internet é . se

Apesar de a língua oficial ser o Sueco, o inglês é falado fluentemente por toda a gente, e as informações em inglês estão por todo lado, sobretudo transportes e tudo que é turístico, é simplesmente uma questão de cultura que há semelhança de outros países, têm uma forte abertura cultural. A cidade é limpa e segura e bastante cara, podem comparar preços dos custos no site Numbeo, ou App costofliving , para ter melhor ideia dos preços, os restaurantes e bares são os que a diferença se nota mais, caso possam cozinhar podem poupar muito dinheiro.

Site oficial de turismo: Aqui.

 

Estocolmo by Night

 

Para alojamento em Estocolmo, consulte aqui.

 

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EDIMBURGO – PEQUENA MARAVILHA À ESPERA DE SER DESCOBERTO

 

Edimburgo- pequena maravilha à espera de ser descoberto

Texto & Fotos de Susana Correia

 

Ser mãe é querer uma pausa dessa missão de vez em quando e, quando a temos, morrer de saudades dos pequenos terrores. Portanto, ser mãe é ser sempre um bocadinho bipolar.
De 07 a 10 de Dezembro de 2019 estive em Edimburgo, pausa para a mamã e para o papá para recarregar baterias, dormir e passear muito!

Chegámos com uma chuvada de bradar aos céus, frio e vento, mas o que tem que ser tem muita força e lá fomos nós explorar a cidade.

Edimburgo é uma pequena maravilha à espera de ser descoberto, as pessoas estão sempre disponíveis para ajudar (ainda que debaixo de chuva), e são prestáveis e simpáticas.

 

Winter Wonderland- Edimburgo- Escócia

 

Mercado de Natal- Edimburgo- Escócia

Monumento a Scott- Edimburgo- Escócia

 

A cidade está dividida pela old town e new town, nós começamos pelo Castelo de Edimburgo, que é o ex-libris do sítio, imponente, e visível por quase toda a cidade, erguido sobre o cume de um vulcão extinto há mais de 300 milhões de anos — Castle Rock — o castelo é o grande destaque da cidade. Consta que está assombrado, facto comprovado por estudos feitos há uns anos pela Universidade inglesa de Hertfordshire, o que não será um total espanto quando falamos, também, da cidade mais mal-assombrada do mundo.

 

Castelo de Edimburgo – Edimburgo- Escócia

 

Castelo de Edimburgo – Edimburgo- Escócia

 

Entre a peste negra, os inúmeros prisioneiros capturados nas guerras — incluindo doze piratas do Caribe — e bruxas julgadas e queimadas na esplanada do castelo no século XVI, foram muitas as mortes que esta cidade assistiu. Inclusivamente, durante a peste negra, foram erguidos muros em determinadas zonas da cidade para impedir que as pessoas que lá estavam saíssem e propagassem a doença, acabando por morrer isoladas.

 

Edimburgo – Escócia

 

Ainda na temática do misticismo e do paranormal, existem túneis que foram construídos no final do século XVIII para servirem de locais de armazenamento de produtos proibidos, no entanto, com a Revolução Industrial, acabaram por ser habitados pelos sem-abrigos ou classe baixa. É por este motivo que é chamada de cidade subterrânea, embora nunca tenha existido uma cidade por baixo da atual. Desde prostitutas, violações, mortes, tráfico de cadáveres que seriam utilizados em experiências médicas, lutas de galos e de cães ou outros degredos, tudo era permitido nestes túneis, devido ao seu secretismo, pois só em 1985 quando os mesmos foram descobertos, se contatou que haviam sido habitados.

Tivemos acesso a estes relatos enquanto passeávamos nos túneis, à espera de sermos — quiçá — assombrados por alguma destas almas penadas.

 

Princes Street Gardens- Edimburgo- Escócia

 

Existem várias empresas que se dedicam ao lado sobrenatural da cidade e vendem viagens deste género — ghost tours — que podem ser feitas a pé pelos túneis (a que fizemos), de autocarro e também pelo cemitério.

A tour não é especialmente surpreendente porque, ainda que não queiramos, vamos com expectativas elevadas de presenciarmos algum fenómeno paranormal. Connosco não aconteceu, mas quem nos fez a visita contou episódios de quem sentiu ou viu mais do que ali deveria estar. Eu, tenho para mim que, com tantas noites sem dormir à conta da minha filha, os ditos ghosts olharam para as minhas olheiras e acharam que fazia parte do mundo deles…!

 

Ghost Tour- Edimburgo- Escócia

 

Ao longo da Royal Mile, que é a rua mais visitada da cidade, encontramos comércio, restaurantes, museus e ruelas que levam a outras ruas tornando-a confusa, mas fascinante, visitar essas ruelas é mesmo um dos roteiros mais apreciados pelos turistas.

 

Royal Mile- Edimburgo- Escócia

 

Tem uma arquitetura magnífica onde encontrámos vários monumentos para visitar, tais como St. Giles Cathedral, Parlamento, Palácio de Holyrood, Scott Monument e Greyfriars Bobby. Este último é uma estatua de um cão da raça Skye Terrier, que passou 14 anos a guardar o túmulo do seu dono, até à sua própria morte.

 

Holyrood Palace – Edimburgo- Escócia

 

Greyfriars Cemetery – Edimburgo- Escócia

 

Greyfriars Bobby Statue- Edimburgo- Escócia

 

Mas não só de momentos e histórias assombradas é feito Edimburgo, quem visita pode também contar com paisagens deslumbrantes como o Arthurs Seat e Calton Hill. Como sou apreciadora da natureza e nem tanto da cidade, deslumbrei-me com Dean Village, uma pequena vila dentro da cidade, atravessada por um rio e onde nos podemos perder ao longo do mesmo, unicamente a apreciar a natureza envolvente.

 

Arthur’s Seat – Edimburgo- Escócia

 

Arthur’s Seat – Edimburgo- Escócia

 

Calton Hill – Edimburgo- Escócia

 

Calton Hill – Edimburgo- Escócia

 

Dean Village- Edimburgo- Escócia

 

Outra das atrações principais de Edimburgo é um café. Mas não é um café qualquer, é o The Elephant House, que terá sido onde a J. K. Rowling escreveu os primeiros capítulos do Harry Potter. É também muito fácil de identificar — até para quem não é grande fã da saga, como eu — as inúmeras referências aos livros espalhadas pela cidade.

 

The Elephant House- Edimburgo- Escócia

 

Para quem vai com vontade de fazer umas compritas, há lojas para todos os gostos e zonas propícias a esses gastos, tais como Princess Street ou Grassmarket, no entanto, para quem viaja de Portugal com Euros convertidos em Libras, a vida em Edimburgo não é barata, 3 imãs para o frigorífico custam 10£, uma refeição para duas pessoas com um sumo ou água custa, em média, 35£ e dois chás pequenos e uma dose de 4 panquecas custa 12£, portanto, preparem as carteiras!

 

Edimburgo- Escócia

 

Grassmarket- Edimburgo- Escócia

 

Grassmarket – Edimburgo- Escócia

 

Gostaria de dizer que vim de Edimburgo renovada, mas estaria a mentir, pobre continua a fazer viagens de 3 dias pela Europa porque não tem liquidez para mais, faz mais km a pé nestes dias do que o resto do ano na terrinha, chega ao hotel e toma banhos de 20 minutos com água a ferver (desculpa Greta) e antes sequer de pensar em ir para a night curtir um som e beber um copo já está arreado na cama e capaz de morrer p’rá vida!

Para além de tudo isto, cada vez que via um bebé, dava-me um aperto no coração e um pequenino nó na garganta e só pensava em abraçar a minha pequenina, apesar de saber que esse sentimento duraria o tempo aproximado da chegada da primeira birra, e da minha pessoa a tentar lembrar-se que foi de férias porque precisava de uma pausa!
Ainda assim, viajar, sair de casa, respirar outros ares é sempre muito bom e recomenda-se!

Boas viagens!

 

Edimburgo – Escócia

 

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BRATISLAVA, ESQUECIDA MAS ACOLHEDORA

 

Bratislava, esquecida mas acolhedora

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Bratislava, a simpática capital da Eslováquia apesar de muitas vezes esquecida e ofuscada pela sua próxima vizinha Viena ou, mesmo embora mais afastada Budapeste, a verdade é que esta cidade plantada no Danúbio merece uma visita. Passei aqui em 2014, vindo de Viena, seguindo depois para Praga, confesso que apesar de ser de passagem, partindo ao fim da tarde, a visita foi muito agradável, um dia inteiro é o ideal, mas caso possam passar aqui uma noite, podem sempre descobrir a sua forte vida noturna e o seu encanto junto do Danúbio à noite.

O ideal será uma viagem desde Viena, sendo estas capitais as mais próximas  na Europa, pois estão a apenas cerca de 80 km; podemos ir de comboio, bus, ou fazer uma experiência e fazer o percurso num barco pelo Danúbio.

 

vista sobre o Danúbio

rua no centro histórico de Bratislava

 

Um ponto de destaque, onde comecei a minha breve visita (na entrada de Bratislava), que é quase um ícone e um dos seus cartões postais, é a ponte nova (Novy Most), uma vanguardista ponte, onde no topo tem uma oval onde está um restaurante (parece um avistamento de um Ovni, aliás também pode ser chamada ponte Ovni)), esta ponte simboliza a revolta Nacional Eslovaca; é uma das maiores pontes suspensas do mundo, tendo cerca de 431 metros de comprimento, o pilar central tem pouco mais de 80 metros, tendo posteriormente o restaurante, sendo que no topo deste totaliza cerca de 95 metros, ao qual podemos aceder exteriormente, depois de subir pelo elevador que vai até ao restaurante, podemos visitar apenas o topo ou ir ao restaurante. Daqui (ou mesmo no restaurante)   temos uma vista soberba sobre a cidade velha, o Castelo e com e claro o rio Danúbio dando um brilho especial a este cenário.

 

Restaurante no topo da Ponte nova

 

Antes de ir para o coração da cidade velha que tem um bonito e bem preservado centro histórico, podemos visitar outro marco importante que é o Castelo de Bratislava, o castelo todo branco num ponto alto sobre a cidade, onde também temos o Museu de História, que pode ser visitado por 10€; esta imponente fortificação de estilo renascentista é também um local representativo do parlamento Eslovaco.

 

castelo de Bratislava

 

Entrando no centro histórico temos logo em destaque, a catedral S. Martinho, uma catedral de estilo gótico do século XVIII; a sua torre destaca-se no skyline da cidade, sendo também um local de visita obrigatória; seguindo pelo acolhedor centro histórico temos a praça Hviezdoslav, uma das mais importantes na cidade, uma bonita praça com uma fonte no centro (Ganymede); a praça é em homenagem ao poeta Pavol Hviezdoslav; aqui temos o teatro Nacional de Ópera, um edifício  Neo Renascentista, construído em 1886. Destaque também para várias estátuas de arte urbana, onde há uma de especial realce que é o homem a trabalhar (“man at Work”) uma estátua em bronze no chão em que vemos a cabeça de um homem que sai de uma caixa de esgoto, fica também próximo desta praça e é uma entre as várias esculturas espalhadas pela cidade, embora a mais famosa.

 

centro histórico de Bratislava

 

Man at Work, Bratislava

 

Catedral S. Martinho, Bratislava

 

Uma outra praça que merece uma visita é a Hlavné, por aqui encontram-se pequenas barracas com souvenirs, aqui conjuntamente fica também a antiga câmara municipal, uma série de edifícios dos séculos XIV e XV; atrás destaque também para o Palácio do Primaz, um palácio neoclássico do século XVIII, podemos visitar o mesmo por 3€.

Antes de sair deste centro histórico nota também para: a Igreja da Anunciação; a antiga Catedral da igreja da Trindade; a antiga praça do mercado, o Museu Zanbraní e o Museu da cidade e claro além das suas muralhas, temos por exemplo as portas de S. Michele e Sigismund.

 

souvenirs em Bratislava

 

Saindo do centro histórico em direção contrária ao rio, a cerca de 500 metros, temos o Palácio Grassalkovich, um palácio de estilo Rococó, também conhecido como a casa branca da Eslováquia, é sede oficial do presidente e foi construído em 1760, um local bastante agradável, com a praça Hodzovo, tem uma fonte com um globo ao centro em frente ao palácio e várias bandeiras do país alinhadas em frente ao palácio, uma foto que também pode ficar bem para posterior memória.

 

Palácio Grassalkovich, Bratislava

 

Caminhando um pouco mais daqui, temos o Museu dos Transportes, a viagem sobre o desenvolvimento dos transportes no país, integra o Museu Técnico da Eslováquia, no site oficial podem ver informações bem como os outros museus que fazem parte dele, a entrada para o Museu dos Transportes é de 3.30€.

Voltando para próximo do rio Danúbio, na direção da ponte antiga, temos a Igreja azul (S. Isabel), a sua fachada num predominante azul foi construída em 1909, é dedicada à Imperatriz Austríaca, sendo muito popular para a realização de casamentos.

Já mais próximo do rio temos o outro edifício que conjuntamente com o da parte velha da cidade (teatro Nacional de Ópera), formam o Teatro Nacional Eslovaco, aqui podemos assistir a peças de Ópera, Ballet e Drama (tal como no da parte velha); podem consultar a programação e comprar espetáculos no site oficial.

 

Teatro Nacional Eslovaco, Bratislava

 

praça Hviezdoslav, Bratislava

 

Mais afastado um pouco temos o Museu Ferroviário e caso tenham um pouco mais de tempo, a cerca de 10 km da cidade, temos outro local de interesse; podem ir de bus por exemplo junto da Novi Most, bus n 29, num trajeto de cerca de 20 minutos, saímos na paragem de Strbská, caminhando depois cerca de 1 km, chegando assim ao Castelo de Devin, no topo de um penhasco de frente para o Danúbio, este castelo será certamente uma agradável visita, dada a sua localização. Estas belas ruínas, bem como exposições permanentes e achados arqueológicos, podem ser visitadas por cerca de 4€, sendo esta gratuita com o cartão Bratislava Card, eu apesar de não ter visitado pelo vi e li, pode merecer um bom par de horas num final de tarde para contemplar além do castelo a sua vista fantástica.

 

antigo município, Bratislava

 

A gastronomia em Bratislava tem fortes influências dos seu vizinhos, principalmente da Hungria, eu almocei um “Goulash”, e aquela que foi a melhor sopa de canja de galinha, ou espécie de isso que já comi, com um sabor semelhante mas para melhor, sendo que o massa era muito fina, como que aletria, simplesmente divinal. Uma vez que aqui os preços são mais acessíveis podemos escolher com mais á vontade, eu acabei por ir a um mais turístico pois tinha pouco tempo, mas se explorarem bem, além de algo mais em conta poderão encontrar algo ainda mais típico.

 

almoço em Bratislava

 

a fantástica sopa em Bratislava

 

Dicas e Notas:

Não temos voos diretos para Bratislava, o seu aeroporto oferece voos por exemplo:  Bolonha, Roma, Milão Bergamo, Malta, Londres Stansted, pela Ryanair ou Londres Luton, Sofia, Kiev, Skopje, pela Wizz Air; podem também pela Ryanair, comprar diretamente desde o Porto para Bratislava e já incluí a escala (Milão bérgamo); pessoalmente acho melhor irem através de Viena, pois a oferta de Voos é maior, pois temos voos diretos para Porto, Lisboa ou Faro, pela Ryanair e Wizz Air.

 

arte urbana, Bratislava

 

De Viena para Bratislava, podemos ir de várias maneiras; de comboio, a viagem demora cerca de 1h e os bilhetes custam entre 11 e 17€, mais informações no site de comboios da Áustria; caso optem por bus, a oferta é vasta, sendo que a viagem demora cerca de 1h e vinte minutos e os preços ficam entre 5€ e 8 €, algumas das operadoras são: Slovak lines; Eurobus; ou Regiojet; uma dica será usar o site infobus, que junta todas as operadoras e direciona para a compra dos bilhetes, com a pandemia, algumas ainda não estão a vender bilhetes, pelo que o site agregador poderá ser muito útil.

No caso de irem de Barco, a viagem demora cerca de 1h e meia, os bilhetes custam desde 30€, uma das operadoras é a Twin City Liner ou podem usar o site agregador directferries, podem por exemplo, fazer um dos trajetos de barco para ter a experiência de navegar pelo Danúbio e no outro de bus, que é bastante mais barato).

 

Bratislava

 

Site de turismo da Eslováquia  e, de Bratislava, site dos museus (que engloba vários, bem como o castelo Devin).

Caso pretendam visitar algumas atrações (por exemplo para o Castelo Devin fica gratuita a entrada) podem obter o cartão Bratislava Card, no site a venda está suspensa, devido à pandemia (podem além de comprar no site, comprar em vários locais da cidade), mas posteriormente quando for retomada tomem essa opção, pois podem poupar dinheiro, caso visitem algumas atrações.

Como há muito turismo por aqui,  há muita sinalização em inglês, bem como as pessoas falarem inglês; achei a cidade segura e tranquila, os transportes pareceram-me fáceis de usar (fui da cidade para o terminal rodoviário), embora para visitar a cidade os principais pontos, basta caminhar um pouco, apenas o Castelo Devin temos de ir de bus (29).

A moeda é o Euro, o fuso horário é de mais uma hora que em Portugal, o indicativo telefónico é + e o domínio de internet é: .sk

 

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AÇORES – MUITO MAIS QUE UMA VIAGEM

 

Açores – muito mais que uma viagem

Texto & Fotos de Susana Correia

 

Falar, escrever, ver fotografias, vídeos ou reportagens sobre os Açores é ingrato.

Aguça-se os sentidos, faz-se umas pesquisas, mas nada consegue descrever o que se sente quando se pisa esta terra.

Visitar os Açores é muito mais que uma viagem, é uma experiência sensorial que todos deveriam ter.

Para quem gosta — como eu — das viagens que envolvam natureza, montes, vales, cascatas e verde (muito verde), este é um sítio obrigatório. Aqui, respira-se tranquilidade, paz e sossego e as paisagens de tirar o fôlego, ajudam a este estado de alma.

Nada me deslumbra mais do que ficar sentada, no meio de uma lagoa ou de uma cascata, bem enfiada no meio de um qualquer mato, a contemplar estas belezas naturais.

 

Miradouro da Ponta do Sossego- São Miguel- Açores

 

São Miguel- Açores

 

Miradouro da Ponta da Madrugada- São Miguel- Açores

 

Faial da Terra- São Miguel- Açores

Faial da Terra- São Miguel- Açores

 

São Miguel é um santuário repleto de natureza em que descobrirá que a Terra esconde lugares incríveis e maravilhosos. Em que outro lugar do mundo verá lagoas dentro de crateras? Na Lagoa de Santiago. E lagoas coloridas? Em Sete Cidades, onde uma ponte separa uma lagoa verde de outra azul.

Assim que se chega a São Miguel, ajuda (e muito) alugar um carro. Desta forma, temos liberdade para visitar toda a ilha dentro dos nossos horários e preferências de percurso.

 

São Miguel- Açores

 

Praia dos Moinhos- São Miguel- Açores

 

Saindo do Aeroporto, o primeiro destino que encontramos é a mágica Lagoa das Sete Cidades. Naturalmente, toda a gente começa por aqui, o que nem sempre irá corresponder às expectativas. São Miguel é conhecido, também, pelo seu clima, e regra geral, de manhã o céu está sempre encoberto, dificultando, desta forma, as vistas dos Miradouros. Aconselho a deixá-los para depois das 12h onde o sol começa a descobrir e consegue chegar a temperaturas bastante agradáveis (visitei em maio). Um dos miradouros que melhor vista tem para esta Lagoa é o Miradouro da Vista do Rei.

Continuando pelas Lagoas temos, também, a Lagoa de Santiago, uma cratera gigante de um magnífico azul cristalino, toda rodeada de verde, um verde tão intenso que nos parece sempre estar perante um quadro pintado à mão.

 

Lagoa de Santiago- São Miguel- Açores

 

Lagoa de Santiago – São Miguel- Açores

 

A Lagoa do Congro é qualquer coisa de indescritível, o carro fica estacionado na estrada que dá acesso à mesma, e todo o percurso é feito a pé. Não tenho outra forma de descrever este sítio a não ser falar de contos de fadas e florestas encantadas, pois é isso mesmo que a Lagoa do Congro nos transmite. Paredes de árvores, troncos caídos pelo caminho, musgo, pássaros a chilrear e uma lagoa de um verde tão forte conferido pela parede de árvores e arbustos que a circundam, que ficamos na dúvida se estamos a ver água ou prado. É mágico!

 

Lagoa do Congro- São Miguel- Açores

 

Na Lagoa das Furnas, come-se o cozido feito na terra. Uma panela é enrolada em panos, com todos os ingredientes lá dentro, e vai a cozer com os vapores naturais libertados pela terra. Não provei. Há quem goste muito, há quem diga que sabe muito a enxofre. Fica, portanto, ao critério de cada um arriscar, ou não. É, no entanto, maravilhoso, ver toda a fumarola a sair de dentro da terra, já o cheiro, não é assim tão agradável!

 

Lagoa das Furnas- São Miguel- Açores

 

O reino das flores acontece na Lagoa das Empadadas, estas lagoas, tal como a Lagoa Rasa, são, como o nome indica, mais rasas. Não se situam em crateras e são de fácil acesso. Existem camas de flores cor-de-rosa, em volta de toda a Lagoa, e o reflexo das mesmas na água transmite-nos, uma vez mais, a sensação de estarmos num cenário de histórias de encantar.

 

Lagoa das Empadadas- São Miguel- Açores

 

Passando para as cascatas, visitei duas: O Salto do Cabrito e o Salto da Farinha. Ambas se fazem a pé com relativa facilidade. O Salto da Farinha é a minha favorita. Pelo caminho vamos encontrando bancos de piquenique e pequenas casinhas com telhados vermelhos, enquanto nos dirigimos para a cascata. Tudo está impecavelmente cuidado e arranjado, aliás, como em toda a ilha. Existem pequenas pontes com escadas de madeira, que nos levam à base da Cascata, que é qualquer coisa de transcendente. Uma das minhas preferências, sem dúvida.

 

Salto do Cabrito- São Miguel- Açores

 

Salto da Farinha- São Miguel- Açores

 

Por outro lado, digam-me o quão maravilhoso pode ser, nos banharmos na rua, em termas com água a 38º, enquanto chuvisca? Em São Miguel é possível, e em vários sítios.

O meu preferido é a Caldeira Velha, paga-se um valor para entrar e para tomarmos banho, mas vale cada cêntimo. O cenário é semelhante ao Jurassic Park, entre palmeiras, arvoredo, tanques naturais e cascatas.

 

Caldeira Velha- São Miguel- Açores

 

Temos ainda a Poça da Dona Beija, onde os tanques são semelhantes aos da Caldeira Velha, também se paga para entrar, mas o espaço não é tão natural e já existe mais mão do homem.

 

Poça da D. Beija- São Miguel- Açores

 

Por outro lado, as Termas da Ferraria são o sítio mais natural que podemos encontrar, ou seja, quando a maré está média será a altura ideal para visitar estas termas no meio do mar. A fonte de água quente brota diretamente para o mar, chegando a atingir temperaturas de 30º.

 

Termas da Ferraria- São Miguel- Açores

 

Podemos ainda nos banhar no Parque Terra Nostra. Este parque, para além da piscina enorme de água termal, tem ainda um hotel e um jardim botânico onde podemos encontrar uma das maiores coleções do mundo de camélias, tendo mais de 600 géneros diferentes, e também a maior coleção da Europa de Cicas. A fundação deste jardim botânico recua a 1780, quando o então Cônsul dos Estados Unidos na ilha de São Miguel, Thomas Hickling, mandou construir neste espaço a sua residência de Verão, então conhecida como Yankee Hall.

 

Parque Terra Nostra- São Miguel- Açores

 

Parque Terra Nostra – São Miguel- Açores

 

São Miguel tem ainda para visitar o Chá Gorreana, o Miradouro da Ponta do Sossego e o Miradouro da Ponta da Madrugada, bem como o lado nordeste, onde encontramos o Faial da Terra, entre outros.

 

Chá Gorreana – São Miguel- Açores

 

São Miguel- Açores

 

A gastronomia é, também, um dos pontos fortes desta Ilha, fazendo referência aos restaurantes “Cais 20” e “Associação Agrícola de S. Miguel”.

Açores é, portanto, muito mais que uma viagem, é uma experiência que nos estimula todos os sentidos.

Mas, melhor que imaginar, é lá ir visitar.

Boas viagens!

 

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DESCONTRAIR NA SIMPÁTICA CIDADE DO LUXEMBURGO

 

Descontrair na simpática cidade do Luxemburgo

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

A cidade do Luxemburgo foi das melhores surpresas que já tive nas minhas viagens; não tinha grandes expectativas e até ia aproveitar mais para visitar um amigo que vive ali próximo, mas a verdade é que foi uma agradável surpresa, se quiserem passar um bom fim-de-semana, acho que é o ideal.

O Luxemburgo é um país bastante caro, eu fiquei no youth hostel do Luxemburgo, foi dos melhores hostels onde já estive, com excelentes condições e bem localizado, paguei cerca de 30€, num dormitório, já com pequeno-almoço; a particularidade de muito do Staff ser português, bem como do espírito jovem também contribuiu.

Uma pequena nota vai para mesmo que não fiquem aqui, podem aqui almoçar uma vez que o restaurante é independente da hospedagem, ou seja qualquer pessoa pode vir aqui comer, o “plat du jur”, fica a um preço em conta e é de boa qualidade; o restaurante chama-se Melting pot.

 

centro cidade Luxemburgo

 

A cidade do Luxemburgo dá perfeitamente para visitar a pé, contudo os transportes funcionam bem e são gratuitos (foi o primeiro país a fazer isso, foi desde 2020; eu quando lá estive em 2018 era gratuito nos fins de semana).

Começando perto do hostel, na zona de Bock (Bock Casemates), que é um extenso complexo de túneis (os primeiros construídos em 1644), que formavam a fortaleza medieval da cidade, sendo das mais interessantes da Europa, é património Mundial da Unesco; os bilhetes para percorrer estes túneis é de 7€.

Ao fundo desta colina na zona de Bock, já na zona de Grund, temos a Abadia de Neimënster, que basicamente é um centro cultural, está aqui desde 2004 (o centro cultural, pois a abadia data de 1606); junto à catedral temos a igreja de S. João, com o telhado da torre alto e pontiagudo, uma das fotos de cartões postal da cidade, foi construído tal como a Abadia em 1606, tendo sido reconstruída posteriormente entre 1688 e 1705; é possível visitar a igreja entre as 10h-12h e entre as 14h-18h diariamente.

 

Abadia Neimënster, Luxemburgo

 

zona de Bock vista do rio

 

Nesta zona do distrito de Grund podemos ainda encontrar o Museu de História Natural, com a entrada a custar 5€, podemos descobrir um pouco desta zona mais baixa da cidade, junto do rio Alzette, entrando em harmonia com a calma desta zona, a calma do rio, uma pequena ponte, as casas pequenas e acolhedoras…parecendo que estamos numa pequena aldeia do interior; destaque também para o monumento Nacional da solidariedade Luxemburguesa e para Ram Plateau, que é já uma zona mais elevada, uma espécie de miradouro amuralhado, onde temos uma bela vista para a cidade em frente à zona de Bock.

 

Ram Plateau, Luxemburgo

 

memorial de Gëlle Fra, Luxemburgo

 

Caminhando pelo “chemin de la Corniche”, conhecido como a bela varanda, é uma espécie de passeio no meio da encosta entre Bock e o rio Alzette. Ali ao fundo temos a Igreja de S. Miguel, não muito distante desta igreja católica, temos um belo edifício novo que alberga o Museu Nacional de História e Arte, os bilhetes custam 7€ para exposições temporárias, sendo grátis para as permanentes, no site oficial têm mais formações.

Numa zona mais central da cidade temos uma grande concentração de pontos turísticos; o Palácio Grão Ducal, a residência oficial dos Duques do Luxemburgo; o castelo de Sanem, um castelo do século XVII, embora tendo sido concluído posteriormente em 1557; uma das principais praças da cidade, a praça Guillaume II, onde temos pequenos mercados ao ar livre e onde podemos descansar um pouco, conjuntamente temos  a praça do Município e o edifício do mesmo; temos ainda próxima, uma pequena praça (Clairefontaine) com a estátua da Duquesa Charlotte.

Para complementar, as praças da cidade, temos também destaque para a praça de Armas, na parte mais velha, uma zona pedonal onde se concentra grande oferta de bares e restaurantes e claro uma zona de lazer para os locais.

Ainda nesta zona central, mais próximo do extremo, para o vale Pétrusse, nesta zona mais elevada podemos por exemplo caminhar nos parques Pétrusse, que circundam esta encosta; tendo por ali a ponte Adolphe, uma ponte em arco sobre este vale e o rio, é em homenagem ao Grão-duque que governou o País até 1905, tem dois andares, podendo ser atravessada de forma pedonal na parte inferior; temos ainda um grande destaque para uma zona desnivelada onde se encontra a Praça da Constituição e o memorial de “Gëlle Fra” (monumento da memória) construído em 1923 em memória ao Soldados Luxemburgueses mortos na guerra.

 

acesso pedonal da ponte Adolphe, Luxemburgo

 

vale Pétrusse e ponte Adolphe, Luxemburgo

 

Outro grande destaque da cidade e também aqui próximo, destaca-se desde logo pela sua imponência onde os seus topos das torres pontiagudos chamam a atenção, a Catedral de Notre Dame do Luxemburgo; construída entre 1613 e 1621, mais tarde aquando da revolução Francesa acolhido a estátua da Santa padroeira da cidade, Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos e tendo sido posteriormente ampliada entre 1935 e 1938, uma bela catedral de estilo gótico, que merece uma visita.

 

catedral Notre Dame, Luxemburgo

 

Um pouco mais afastado do centro da cidade temos ainda em destaque o Forte Niedergrünewald, ficava de frente para o hostel, desde a zona de bock podem caminhar até lá, tendo daí uma bela vista para a cidade, podendo claro visitar esta fortificação construída em 1685, vale a pena visitar o que sobra desta fortificação; nesta encosta da fortificação temos ainda o Museu Draï Eechelen, um castelo transformado num centro cultural, pode ser visitado das 10h – 18h diariamente, sendo o bilhete de 7€; também se encontra junto deste castelo, um edifício mais moderno, o Museu de Arte Moderna, que pode ser  visitado das 10h às 18h, os bilhetes custam 8€, sendo que é gratuito á quarta-feira, no site oficial podem obter mais informação.

 

Fortaleza Niedergrünewald, Luxemburgo

 

Museu Draï Eechelen, Luxemburgo

 

Por certo vão passar um dia recheado, embora eu recomende dois dias, por exemplo um fim-de-semana, por certo vos vai agradar esta simpática cidade; claro que caso disponham de mais tempo, além de descobrirem um pouco mais desta cidade, simplesmente caminhando e descobrir uma certa calma que se vive por aqui, podem conhecer um pouco mais deste pequeno país, temos por exemplo já próximo da fronteira com a Alemanha, o bonito castelo de Vianden, fica numa encosta no meio das montanhas; para o visitar a entrada é de 10€, eu passei de carro com um amigo, para visitarem podem ir de comboio (fazendo pelo menos um transbordo, no total cerca de 1h de viagem) e depois cerca de 15 minutos a pé da cidade até ao topo da colina; cidades como Ettelbruck ou Esch, também podem ser agradáveis, eu passei por aqui, embora com pouco tempo.

 

castelo Vianden

 

Dicas e Notas:

 

Temos voos diretos low-cost do Porto e de Lisboa pela Ryanair e pela EasyJet.

Do aeroporto do Luxemburgo para o centro da cidade, temos o bus nº 16 ou nº 29, demoram cerca de 25 minutos a fazer a viagem, tem intervalos de 10-20 minutos, o bilhete é tabelado de cerca de 2€, não sei se agora já é gratuito, nos sites VDL ou Mobiliteit, podem ver os horários, podem também consultar no site do aeroporto os horários e atualização do estado dos transportes.

 

Gare central de Luxemburgo

 

rio Zelette, Luxemburgo

 

Site oficial de turismo: Aqui

Site de Neimënster : Aqui

Site catedral Notre Dame : Aqui

Site oficial do Museu Draï Eechelen: Aqui

Site oficial do castelo de Vianden: Aqui

 

A cidade é super segura, limpa e organizada, Francês e Luxemburguês são as línguas oficiais, mas facilmente se encontram informações e pessoas que falam Inglês.

A moeda é o Euro; apenas precisamos do cartão de Cidadão; o fuso horário é de mais uma hora que em Portugal; o indicativo telefónico é: 352 e o domínio de internet é .lu

 

Viagens Felizes

 

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UMA BELA SURPRESA, A ILHA GREGA DE CORFU

 

Uma bela surpresa, a ilha Grega de Corfu

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

A ilha de Corfu (em grego: Kerkyra), pode não ser das mais famosas da Grécia, mas tem uma beleza incrível, além de belas praias e claro da boa comida Grega, Esta bela ilha Grega no mar Jónico, que é a segunda maior ilha Grega neste mar e a sétima maior do país, é também das que tem maior riqueza de vegetação e montanhas, onde temos muito presente as oliveiras, sendo uma ilha bem singular das restantes; a cidade Corfu, tem um belo centro histórico, tendo duas belas e imponentes fortalezas, podendo assim além de desfrutar das suas praias num azul-turquesa soberbo, depois de relaxar neste mar calmo, além de todas as suas montanhas e riqueza paisagística, podemos percorrer as belas ruas medievais deste centro histórico.

 

centro histórico de Corfu

 

torre sineira da igreja S. Spyridon, Corfu

 

Um grande destaque (e também a principal razão para ter visitado Corfu), é a de poderem visitar a incrível Riviera Albanesa, com enorme destaque para Ksamil, um verdadeiro paraíso escondido, além de claro poderem ir de ferry para outras ilhas gregas, ou ainda para o “calcanhar” de Itália, ou seja na região de Apúlia, em Brindisi, ou Bari entre outros.

Podem ficar surpreendidos com esta ilha e podem fazer daqui um excelente destino de férias.

Fiquei um pouco afastado da cidade, na zona de Perama, num hotel que recomendo vivamente, mas que pelo que pesquisei se encontra fechado, contudo tal como este, nesta zona temos outros que têm acesso privativo à praia, eu consegui uma boa oferta, numa parte anexa que tinha apartamentos e tinha na mesma acesso à piscina e ao entrar no hotel, tenha o acesso à praia.

 

Fortaleza nova, Corfu

 

Um destaque para esta zona é termos aqui em frente, um dos cartões postais de Corfu (o meu quarto e este hotel ficava mesmo em frente), uma bela ilhota, Pontikonisi (em inglês surge como “Mouse island”, esse era também o nome do Hotel onde fiquei), no topo desta pequena ilha rochosa, temos uma capela Bizantina, em homenagem a Pantokrator, servia como mosteiro, embora não tenha monges, conta com um pequeno bar/café, as visitas são restritas e no dia 6 de Agosto a mesma encontra-se em festa; a ilha fica a pouco mais de 300 metros de um ilhéu, onde temos uma bela igreja Bizantina de Vlacherna, junto a esta igreja com uma estreita torre branca com dois sinos, estão os pequenos barcos com os quais em 5 minutos podemos chegar à pequena “ilha do rato”, os bilhetes eram de penso que, de 5€.

Um pequeno acesso pedonal, liga esta igreja, a zona de Perama, bem como uma colina, na qual podemos ter uma vista sobre a mesma, e saborear uma bebida num café ali no topo da colina (continuando depois noutra zona da ilha).

 

cartão postal de Corfu, com a ilha Pontikonisi e a igreja Vlacherna

 

igreja Vlacherna, Corfu

 

Outra curiosidade deste ponto é que fica praticamente alinhado com o aeroporto, a pista de aterragem, tem inclusivamente sinalizações na água, ao atravessarmos de um lado para outro (da zona de Perama, para a outra colina, para a zona do ilhéu), ficamos sob os aviões que aterram e descolam do aeroporto, uma delícia para amantes de aviação pois temos uma vista privilegiada. Temos uma pequena praia aqui próximo também.

O centro histórico da cidade de Corfu merece uma visita, o grande destaque claro está nos seus Fortes, a nova e a velha fortaleza, de realçar que tanto o centro histórico de Corfu, bem como as duas fortificações são património Mundial da Unesco.

 

vista do Hotel para a ilha Pontikonisi, Corfu

 

A nova Fortaleza (S. Marcos), construída entre 1576 e 1645, como forma de complementar a proteção, reforçando além da primeira (antiga) fortaleza, apesar de ter sido parcialmente destruída na segunda Guerra Mundial, foi remodelada, recebendo várias exposições; os bilhetes custam cerca de 3€.

A velha fortaleza, fica no extremo leste da Ilha, para chegar a esta imponente Fortaleza, acedemos por uma das principais praças da cidade (sendo aliás uma das maiores praças da Europa), Spianada, esta impressionante fortificação foi construída pelos Venezianos por volta do século XV, onde estava o castelo, para assim o proteger melhor, o bilhete para a fortaleza é de 6€, no site podem consultar também a opção de comprar por 15 € a combinação de mais locais: o Museu Arqueológico, o Museu de Arte Asiática, o museu Bizantino Antiyouniotissa e o museu Paraisópolis-Mon Repos.

 

Fortaleza Velha de Corfu

 

A Spianada, é uma enorme praça, depois de visitarmos a fortaleza podemos entrar através desta que é a maior praça da Grécia, destaque para um grande correr de arcadas, o Listón, onde temo dos cafés mais caros e famosos de toda a ilha, era a zona da Aristocracia, e continua a ser uma zona de charme da cidade, merece uma visita.

No centro histórico da cidade, além dos Museus que referi antes e que podem combinar com a Fortaleza velha, podemos ainda visitar o Palácio de S. Miguel e S. Jorge (próximo da fortaleza velha), data do século XVIII, os bilhetes custam 6€, site oficial; a igreja S. Spyridon, de estilo Veneziano, foi aqui edificada em 1590, destacando-se na cidade, tendo uma enorme torre sineira; o Museu de Notas do Banco, ou Museu Bizantino, podem ainda merecer uma visita caso disponham de tempo; mas uma bela tarde a conhecer o centro histórico da cidade, As suas Fortalezas, especialmente a velha, merecem sem dúvida um tempo nesta bonita ilha Grega.

 

Corfu

 

Podem desbravar um pouco mais desta Ilha além da cidade de Corfu, alguns destaques vão para: Kassiopi; praias na zona de Paleokastritsa; considerada uma das melhores praias: Glyfada; canal d’amour, o palácio Achilleion, entre outros.

Quer seja para descobrir esta ilha cheia de vegetação, montanhas e boas praias, ou simplesmente para uma escapada para seguir para outra ilha Grega, a bela zona de Apúlia em Itália, ou descobrir a Riviera Albanesa, Corfu vai por certo surpreender, eu apenas fiquei um dia e meio e confesso gostaria de poder ter explorado um pouco mais, mesmo assim gostei do que pude ver e desfrutar.

Viagens Felizes

 

uma Salada Grega, com vista para a ilha Pontikonisi, Corfu

 

Dicas e Notas:

Apesar de não haver voos diretos para Corfu, temos muita oferta de voos, para muitas cidades com o qual podemos fazer uma breve escala, ou passar um dia e conhecer a cidade de transição. Temos ofertas pela Easyjet, para: Amesterdão, Berlim Brandemburgo, Bristol, Londres (Gatwick e Luton), Lyon, Manchester, Milão Malpensa, Newcastle, Nápoles, Paris Charles Gaulle e Veneza Marco Polo. Pela Ryanair, para: Berlim Brandenburg, Birmingham, Bratislava, Breslávia; Bruxelas ch, Budapeste, Colónia, Edimburgo, Frankfurt, Liverpool, Londres (Southend e Stansted), Manchester, Poznan, Varsóvia, Viena e Vilnius. Pela Vueling: Barcelona e Roma Fiumicino; pela Wizz Air, para: Viena, Budapeste, Milão Malpensa, Varsóvia, Londres Luton

Para ir do aeroporto para o centro da cidade podemos ir de bus, sendo a linha nº 15, sendo também a que liga à estação de bus interurbanos (que percorrem a ilha, além da cidade de Corfu) e o porto da cidade. Os bilhetes custam cerca 1.7€, sendo a viagem pouco mais de 10 minutos, podem consultar horários e ver as rotas em Corfu city bus,  o táxi custa cerca de 10€.

Caso pretendam descobrir a ilha além da cidade de Corfu, podem consultar horários e rotas dos Bus interurbanos, o Green Buses, um conselho que me deram no hotel, foi de reservarem carro diretamente na ilha, pois podem encontrar melhores negócios, em pequenas empresas.

No site direct Ferries, podem ver várias ofertas de ferries, como que um agregador; duas companhias para Itália são: European seaways ou Ventouries, para o caso de Sarande na Albânia, temos por exemplo: Finikas e Lonian.

 

passagem por baixo de um avião a aterrar

 

pista de aterragem do aeroporto de Corfu

 

A moeda da Grécia é o Euro, o fuso horário é de mais duas horas que em Portugal, o indicativo telefónico é: +30 e o domínio de internet é o .gr.

Apesar do alfabeto grego, existem bastantes informações em inglês, quer em paragens de bus e locais públicos em geral, na minha estadia, apenas pessoas mais idosas poderão não falar inglês, mas na maioria dos casos não há problemas de comunicação.

 

 

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TÂNGER, A PORTA DE ENTRADA DE MARROCOS

 

Tânger, a porta de entrada de Marrocos

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Marrocos tem muito para descobrir, acho aliás que seja um país que desperte muitas paixões devido à sua grande diversidade cultural e ao muito que tem para oferecer.

Eu fiz apenas uma escapadinha de 5 dias no fim de setembro, para poder aproveitar um pouco de sol e praia, e decidi conhecer esta que é uma das portas de entrada de Marrocos.

Apesar de não ser de todo nenhuma das cidades mediáticas como Marraquexe, Fez, Rabat, Casablanca, a pequena cidade azul de Chefchaouen, ou as zonas dos resorts de Saïdia, acho que caso queiram explorar este país, podem passar aqui, sobretudo se vierem de Espanha da zona da Andaluzia, podem ao desembarcar aqui fazer uma breve visita.

Uma das particularidades desta cidade é o facto de basicamente ser banhada metade pelo mediterrâneo e outra pelo oceano Atlântico, numa das minhas idas à praia, eu e um Italiano que estava no mesmo Hostel, fomos para a parte do atlântico, e num cruzamento tínhamos as placas com as indicações da separação deste com o Mediterrâneo.

 

old Medina, Tânger

 

muralha de Tânger

 

Apesar de não ser uma pérola, a cidade de Tânger é simpática, e dado o meu objetivo de apenas aproveitar uns últimos dias de praia, acho que pode ser uma boa aposta, além de barata, podem sentir algum contacto com a cultura Marroquina e aproveitar a praia e bom tempo; a melhor recordação que tenho daqui é uma bela “sardinhada”, nessa vez que com o colega de Hostel, nos aventuramos num táxi partilhado, até a uma praia na zona do Atlântico, próximo do cabo Espartel (onde basicamente o Atlântico se encontra com o mediterrâneo), apesar de o almoço ser numas cadeiras de plástico no meio de terra batida, num restaurante improvisado, junto da estrada, do outro lado da praia, foram das melhores sardinhas que já comi, pois eram frescas, não fosse esta uma zona de mar; acima de tudo são estas experiências únicas que tornam cada viagem única e uma paixão tão grande.

 

praia pública em Tânger

 

restaurante em Tânger

 

Fiquei na zona de Old Medina, ou seja no centro histórico de Tânger, num Hostel muito agradável, com uma construção típica, confortável e um terraço muito bom que tinha uma vista sobre o porto da cidade, infelizmente pelo que pesquisei já fechou, mas há muita oferta de Hostels e Hotéis em Old Medina (au junto desta).

Old Medina é muito característico, com ruelas apertadas, pequenas lojas e casas, faz lembrar as aldeias do interior, mesmo que não fiquem aqui percam um tempinho para se “perderem” neste labirinto de ruelas, temos inclusivamente algumas partes em que temos as casas todas pintadas de azul, parece uma amostra da conhecida cidade de  Chefchaouen.

 

museu Kasbah, Tânger

 

old Medina, Tânger

 

Destaque para alguns pontos de interesse neste centro histórico, o Gran Teatro Cervantes, infelizmente este belo edifício de 1913, que pertenceu a Espanha até 1974, está em estado degradação, mas pelo que li está prevista a sua requalificação; a mesquita Sidi Bouabiid, também junto á zona de Grand Socco (que basicamente é onde se encontra o bazar de Tânger, podemos também ir ao bazar fazer umas compras de produtos locais) esta mesquita merece uma breve visita, a sua torre colorida, é quase um cartão postal da cidade; a igreja de S. André; o jardim Al-Mendoubia; entre outros, o museu Kasbah; o palácio sultano Dar al- Makhzen, que é também o museu de Artes e Antiguidade, data do século XVII.

 

grand teatro Cervantes, Tânger

 

mesquita Sidi Bouabiid, Tânger

 

praça em Grand Socco, Tânger

 

mesquita Sidi Bouabiid, Tânger

 

Num dos pontos altos temos além de uma bela vista para o mar Mediterrâneo em que avistamos o porto que irá ligar este país do norte de África com o continente Europeu, podemos ver os túmulos numa encosta, as tumbas Fenícias, em que nesta encosta de pedra temos “cavados” os túmulos.

 

túmulos na encosta, Tânger

 

Além desta interessante zona histórica, temos aqui próximo ao fundo toda a sua muralha que protege a cidade e ali próximo desta o porto, que traz e leva os Ferrys para Tarifa, ou Algeciras; a praia pública, embora não sendo a melhor, temos sempre praia para poder descansar ao sol e refrescar; também já afastado do centro histórico temos uma das principais mesquitas da cidade, a mesquita Mohammed V.

 

porto de Tânger

 

Para visitarem melhores praias  e mais alguns locais de destaque, que ficam mais afastados da cidade, podem ir num táxi partilhado, em que negociando antes o valor, o taxista define a rota conforme os destinos de cada um, e leva-nos onde pretendemos; além de melhores praias, quer do lado do atlântico ou do Mediterrâneo; podemos visitar: o cabo Espartel, que basicamente fica em frente ao estreito de Gibraltar; nesta zona temos as grutas de Hércules,  situadas na costa do Atlântico, este belo local arqueológico, tem duas entradas, uma do lado da terra e atravessa até o lado do mar, diz a mitologia que foi aqui que Hércules descansou, quando pretendia roubar as maçãs de ouro; podemos comprar tours com a viagem incluída ou ir de táxi ou bus (fica a cerca de 14 km, da cidade, pelo que demoramos poucos minutos) e pagar diretamente a  entrada no local, recomenda-se visitar pela manhã.

Já mais próximo da cidade, embora também um pouco afastado, podemos visitar a grande Mesquita de Tânger.

 

old Medina, Tânger

 

Pode ser muito interessante ter aqui um bom destino de praia, tendo assim contacto com a cultura Marroquina, ou por exemplo atravessar o estreito, para ir até Espanha, acho que pode ser uma simpática cidade para descobrir.

Viagens Felizes.

 

Tânger

 

Dicas e notas:

Para Tânger temos alguns voos baratos para cidades europeias, eu fui desde Madrid (é a mais próxima e fácil de chegar), mas temos para: Barcelona, Lyon, Nantes, Nice, Milão, Valência, Sevilha, Paris, Marselha, Bruxelas, Dusseldorf e Bordéus, estas mais acessíveis pelas companhias Ryanair, Easyjet e Vueling; a companhia de bandeira de Marrocos é a Royal Air Maroc.

Para ir do aeroporto de Tânger para o centro da cidade, a única maneira é de táxi (gran taxi) e como devem calcular não são propriamente novos, muito menos confortáveis, negociem antes de entrar, pois apesar de o preços tabelados (para a parte antiga eram cerca de 10€), os motoristas tentam sempre cobrar algo mais e que os preços, dizendo que esses já não estão atualizados. A viagem demora cerca de 20  minutos, fica a cerca de 11km da cidade.

Temos voos diretos do Porto para Marraquexe, pela Ryanair, apesar de não tão acessíveis também temos esta e outras pela TAP e Royal Air Maroc, para outros destinos em Marrocos. Rabat fica próximo de Tânger, cerca de 1h e meia de comboio, ou 4 h de bus.

Outra forma de chegar a Tânger é de barco, que vai para Tarifa, ou para Algeciras na zona de Andaluzia em Espanha, os preços são entre os 340 Dh, ou 400Dh,(entre 32 e 37€), a viagem dura cerca de 1h;  algumas das companhias são a Inter Shipping e a FRS Iberia ou Balearia podem fazer uma consulta geral de todas no site agregador Direct Ferries.

 

Porto de pesca- Tânger

 

Os cidadãos Portugueses não necessitam de visto, mas é necessário Passaporte; apesar de a língua ser o Árabe, o Francês é a segunda língua, em Tânger pelo menos também é comum se falar Espanhol, devido à sua proximidade e as ligações de ferry; o Inglês (pelo menos em Tânger), já é menos comum, mas mesmos assim em locais mais turísticos vai se falando; as indicações em geral têm sempre o Francês, pelo que se torna mais fácil.

A moeda oficial de Marrocos é o Dirham Marroquino (MAD),1€ – 10.5 Dh; o fuso horário é de mais 1h que em Portugal; o indicativo telefónico é: +212 e o domínio de internet é .ma ; os números de emergência são: Policía – 19; Ambulância – 15.

A cidade é minimamente segura, apesar de ser um pouco suja e ser comum pedirem dinheiro na rua, mas podem andar sem problemas, é difícil encontrar bebidas alcoólicas à venda, na parte mais recente da cidade, assemelha-se mais com uma cidade europeia, quer na construção, lojas, inclusivamente shoppings (uma FNAC, um Carrefour) mas eu preferi a Old Medina, penso ser uma experiência mais autêntica.

Nota para existirem muitos falsos guias que nos abordam (e quase perseguem) a saída dos táxis, ou no porto, tentam fazer visitas guiadas, levar a restaurantes em que pagamos mais que a conta e pedem para pagar pelos serviços de guia turístico; apenas recusem, não são agressivos, mas como em todo o lado devem estar atentos.

 

Tânger

 

Site oficial do aeroporto Tânger: Aqui

Site porto de Tânger: Aqui

Site turismo Marrocos (em português): Aqui

 


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O ENCANTO DE GENEBRA E O SEU LAGO

 

O encanto de Genebra e o seu lago

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

A Suíça é um País que tem muito para oferecer, com paisagens deslumbrantes, um país montanhoso, conhecido pela neve os seus belos passeios de comboio onde podemos contemplar a beleza dos Alpes, a natureza aqui é deslumbrante, sobretudo para quem gosta de montanhas.

O chocolate, o queijo, a sua calma e civismo, podem ajudar a nos fazer descobrir este país que nem sempre é dos mais famosos para ser visitado, mas tem muito para ser visitado. Já passei por Genebra algumas vezes pois tenho por estes lados familiares, é uma das principais portas de entrada no país e merece uma visita, caso optem por visitar por uns dias a Suíça, podem começar por aqui e visitar outras cidades, ou simplesmente descobrir todas estas zonas montanhosas, regressando depois a Portugal.

 

Catedral S. Pedro, Genebra

 

Genebra

Da estação de comboios até à zona do jato de água e o seu respectivo lago Léman, são apenas cerca de 700 metros, podem fazer a maioria do centro histórico e seus principais pontos turísticos caminhando, talvez para ir á zona do palácio das Nações Unidas poderemos usar os transportes públicos, no site de transportes podem obter as informações e rotas; há também um pequeno comboio turístico que circunda o centro da cidade, mas lembrem-se que aqui é tudo caro, se tiverem tempo e sorte com as condições climatéricas, percorram esta cidade, que dá para conhecer fazendo uma caminhada.

Descendo da estação de comboio até à zona do lago, nota ainda para a Basílica de Nossa Senhora (Notre Dame), que é o principal templo religioso da cidade, foi construída entre 1852 e 1857, tendo sido recuperada em 1911; uma bela catedral de estilo gótico, que pode ser visitada gratuitamente, estando aberta praticamente todo o dia.

 

Igreja Notre Damme Genebra

 

Chegando à zona do Lago, além da sua beleza, com o seu jato de água que claro dá sempre para querer tirar uma foto à beira deste mítico local da cidade.

Junto do lago (basicamente entre o fim do lago Léman e a continuação do rio Ródano), temos em frente a ponte Monte Branco, do lado esquerdo, antes de atravessar a mesma, e percorrendo um pouco junto à margem, temos num pequeno parque onde podemos contemplar uma bela vista sobre a parte mais histórica e elevada da cidade, temos também o monumento de Brunswick, um bonito mausoléu de estilo neogótico em homenagem a Carlos II, mais á frente um outro monumento em homenagem à Imperatriz Austríaca Elisabeth “SISSI”; junto destes dois monumentos podemos fazer a travessia de barco (uns pequenos barcos, alguns amarelos, que fazem parte dos transportes da cidade), para o outro lado do lago, podemos comprar o bilhete no local, o bilhete de uma travessia é de 2CHF, ligeiramente menos de 2€, no site têm as rotas, horários e mais informações, é uma boa opção para daqui chegar ao outro lado do lago.

 

Lago ,jato de água e ponte mont blanc, Genebra

 

Barcos que fazem a travessia no lago (este não era amarelo)

 

Chegando ao outro lado do lago, destaque desde logo para o seu belo jardim inglês, onde podemos descansar em harmonia com este lago e claro um dos que é um cartão portal da cidade na entrada deste jardim, o relógio de flores (“L’Horloge fleurie”), está aqui desde 1955, tendo sido recentemente renovado em 2017, este relógio inserido num pequeno monte e uma pequena inclinação estando adornado com flores, é um local de paragem obrigatória; aqui próximo, também junto da entrada para o jardim, de frente para o lago, temos o monumento Nacional, uma estátua com duas mulheres com o escudo de Genebra e Helvécia, está aqui desde 1814.

 

Ponte Mont Blanc, Genebra

 

Antes de seguir para o centro da cidade, na sua zona histórica um pouco sobre o famoso jacto de água, o jacto de água atinge cerca de 140 metros de altura, sendo esta lançada a cerca de 200km/h, se fizermos uma das travessias de barco no lago temos uma perspectiva melhor deste imponente “canhão” de água; depois do jardim inglês, caminhando um pouco, temos um pequeno acesso onde temos barco uma espécie de parque de barcos, podendo admirar mais de perto este jacto de água emblemático.

A rua Rhône é a principal rua de comércio da cidade, com muitas marcas de luxo, sendo aqui o início do centro histórico da cidade.

 

Rua Rhône,Genebra

 

Subindo para o coração deste centro histórico, temos uma bela praça com bastantes esplanadas, a “place du Bourg-de-four”, esta é a praça mais antiga da cidade, aqui em frente temos a catedral de São Pedro, que se destaca pela sua torre com um topo num tom esverdeado e “pontiagudo”.

A catedral  é desde 1535 a principal igreja protestante da cidade (devido a em agosto deste ano ter sido proibida a missa nesta cidade).

Podemos visitar esta catedral, bem como subir os seus degraus até ao topo das torres, tendo também acesso ao museu da Reforma; os bilhetes para a visita são de 7 CHF, pouco menos de 7€, no site oficial da catedral podem ter mais informações. Podemos visitar junto da catedral, o sítio arqueológico, o bilhete custa 8 CHF, mas podem combinar este com a entrada na catedral e as torres bem como no museu da reforma, ficando assim a 18 CHF.

Catedral S. Pedro (fachada principal), Genebra

 

Ainda no coração da cidade velha, temos o museu “Maison Rousseau” e da literatura, uma homenagem ao escritor,filósofo e músico que nasceu em Genebra em 1712 e viveu aqui a sua infância, para visitar esta casa os bilhetes são de 5 CHF, no site oficial podemos ver todas as exposições e horários; bem próximo da câmara Municipal temos o Arsenal antigo, com a coleção de canhões, neste edifício está localizado o arquivo do Estado, e nas suas arcadas podemos ver os 5 canhões que protegiam as muralhas da cidade, bem como três pinturas Afrescos de Alexandre Cingria nas paredes; aqui próximo temos também a casa Tavel, que retrata a arquitetura medieval da Suíça,

 

Catedral S. Pedro – Genebra

 

Subindo um pouco mais e saindo desta cidade velha da cidade de Genebra, chegamos ao parque dos bastiões (Bastions), onde aqui nesta zona verde temos também a Universidade de Genebra, temos neste parque, logo na entrada, de frente para a cidade velha, o muro dos Reformadores, uma parede com as estátuas daqueles que foram os protagonistas da Reforma: João Calvino, Guilherme Farel, Teodoro de Beza e John Knox.

Passeando um pouco pelo parque dos bastiões, temos na sua entrada a Praça Nova, junto desta bonita praça, temos o museu  Rath, que foi o primeiro museu de belas artes na Suíça, foi inaugurado em 1826; a sua entrada custa 10 CHF;ainda temos aqui próximo grande teatro, também conhecido como a ópera de Genebra, no site podemos consultar os espetáculos; temos ainda aqui perto o conservatório de música.

No outro extremo do “parc des Bastions”, atravessando a “promenade Bastions”, temos o Palácio “L’Athénée”, que abriga a sociedade de artes desde 1863; caminhando para a rua “boulevard Helvétique”, temos um belo museu de Arte e História, foi construído em 1910 é um dos maiores da Suíça, conta com mais de 600 obras de arte e conta também com achados arqueológicos; a entrada custa 5 CHF, no site podem obter mais informações. Não muito longe deste museu, temos a igreja Russa (com as cúpulas douradas) e o museu de arte do extremo oriente, a “fondation Baur”, com bilhetes a 10 CHF.

 

Museu de Arte e História Genebra

 

Um pouco mais afastado do centro temos ainda locais de destaque, desde logo dois que ainda não ficam muito longe da praça Nova (place de Neuve), próximo da “avenue du Mail”, temos os museus de arte moderna, com os bilhetes a 15 CHF, cerca de 14€, e o MEG (museu de Etnografia de Genebra), sendo os bilhetes de 9 CHF.

Se tivermos a sorte de apanhar um dia de sol, podemos ainda ir para junto do lago, onde um pouco para lá do jacto de água, onde temos”praias”, onde por aqui se refrescam sobretudo jovens, é possível também beber um copo em alguns bares junto da parte em que o lago tem maior dimensão.

Nesta zona mais afastada da cidade depois de nos refrescarmos temos nesta zona o palácio Wilson,um majestoso palácio em frente ao lago Léman e o lindíssimo Mont Blanc no seu horizonte, este palácio que outrora fora um hotel dos finais do século XIX, sendo posteriormente a sede das Nações Unidas.

Mais à frente temos o parque “Mon Repos”, um local agradável para descansar junto do lago, sendo um parque muito popular na cidade, sendo quase uma porta de entrada, uma vez que aqui já estamos a sair do centro da cidade (na rua de Lausanne), ainda neste parque temos o museu de História das Ciências, que conta com exposições de artefatos científicos antigos e raros, a entrada é gratuita.

Continuando pela rue de Lausanne mais à frente do lado esquerdo também em frente ao lago do outro lado desta artéria de entrada e saída de Genebra, temos o jardim botânico (podemos ir de Tram pela linha nº1, ou bus nº 25 sendo a paragem “jardin Botanique”); no Jardim, podemos ver o conservatório do mesmo, admirando assim mais de 12.000 espécies de plantas e flores, a entrada é gratuita podem ver a informação no site do conservatório do jardim botânico.

 

Rua centro histórico Genebra

 

Atrás do jardim botânico, temos o parque Ariana, neste enorme parque contamos com um punhado de atrações, desde logo o Museu Ariana, que abriga as coleções e história da cerâmica e vidro da cidade, com uma arquitetura maravilhosa, no site oficial podem consultar os preços pois depende das exposições que pretendem ver (é gratuito com o cartão citypass da cidade), tendo assim várias tarifas de entrada.

Outro local aqui em destaque é claro está o Palácio das Nações Unidas (escritórios), podemos passear na sua enorme praça com os jactos de água alinhados tal como as bandeiras dos países, a sede das Nações Unidas, num edifício de arte moderna; do outro lado temo o Palácio das Nações e em frente a este temos ainda um monumento de destaque a “broken Chair”, esta enorme estátua de uma cadeira partida, uma obra de arte moderna, do século XXI, tem cerca de 12 metros de altura e o peso de toda esta madeira é de cerca de 5 toneladas e meia; ainda temos no meio deste grande parque Ariana, outra obra de arte, o memorial da Esfera Celestial (com quase 4 metros de diâmetro), após esta caminhada podemos procurar um local para um café e talvez um belo chocolate suiço; também não muito longe, nesta zona podemos visitar o museu internacional da Cruz Vermelha bilhetes a 15 CHF.

 

Igreja Russa, Genebra

 

Caso a vossa estadia dê para isso ainda podem ver: no parque dos bastiões, o palácio Eynard; o museu Patek Philippe, que fica próximo do museu de arte moderna e do MEG, este museu é para os amantes de relojoaria, onde podemos contemplar maravilhas de relojoaria, bem como uma biblioteca sobre esta arte e toda a paixão por relógios, o preço de entrada é de 10 CHF; ligeiramente mais afastado da cidade, já um pouco para lá do aeroporto, temos o CERN que é o centro de organização de pesquisa Nuclear, para chegar aqui podemos apanhar o Tram nº 18 (a paragem tem o seu nome CERN).

Podemos perder ainda mais tempo no centro da cidade ou na paz e harmonia junto do lago, a serenidade que aqui se vive contrasta com a nossa forma, mais barulhenta e de “sangue quente”, a calma o silêncio, quase toda a gente tenta não incomodar os demais.

 

Monumento de Brunswick, Genebra

 

Vou dar destaque também a um castelo que merece uma visita, embora já não seja em Genebra, o castelo Chillon; este belo castelo fica basicamente do outro lado do enorme lago Léman, em Montreux, podem chegar aqui de comboio, sendo a viagem de cerca de 1h e meia, sendo aliás a estação local bem próxima ao castelo, podem ter de trocar de comboio em Lausanne, pelo que poderão ver a melhor forma de fazerem uma paragem maior podendo assim visitar também está cidade Suíça (eu vim até este castelo com os meu familiares de carro, sendo a viagem bastante agradável, pois temos paisagens fantásticas, no meio de montanhas e com o lago sempre perto), o “Chateau Chillon” é um castelo medieval, que fica sob um rochedo enorme dentro do lago, é o monumento histórico mais visitado de toda a Suíça, data do século XIII e é sem  dúvida um local fantástico para visitar (uma curiosidade é que é possível alugar o mesmo para eventos), o bilhete para visitar esta bela fortaleza medieval é de 13.5 CHF, cerca de 12.5€.

 

Castelo Chillon- Suiça

 

Dentro do castelo Chillon- Suiça

 

Castelo Chillon- Suiça

 

Em termos de gastronomia, Genebra tem desde logo a referência para a doçaria, o seu famoso Chocolate, podem encontrar muitas lojas específicas para a venda dos mesmos, mas a menos que queiram impressionar ou tenham o orçamento largo, recomendo uma ida ao supermercado, pois aí encontram boas marcas e a um melhor preço (como aqueles típicos pequenos quadradinhos, com fotos da Suíça), uma maneira mais económica de comer o afamado chocolate suíço.

Para as refeições, são algo elevadas na cidade, tentem encontrar o “plat du jour”, em que o menu já tabelado tem preços mais acessíveis, ficando estes a cerca de 20 CHF, um pouco menos de 20€; o queijo é o rei, sendo claro está o fondue muito tradicional, outro prato bem famoso é a “Raclette”, que apesar de ser originário desta zona, também nas zonas próximas de França como em Annecy (e toda a zona da Sabóia) e talvez um pouco por toda a França, é bem tradicional; basicamente é uma espécie de fondue de queijo, onde derretemos fatias de vários tipos de  queijo, acompanhando com vários tipos de enchidos, presuntos e fiambre com batata cozida, e por vezes alguma salada e legumes da época.

Um prato também típico é o “Cordon Bleu”, com o seu recheio de queijo e fiambre, por norma acompanha com batata frita; aliás a batata tem uma forte presença na culinária por estes lados.

 

Jato de água Genebra

 

O Alojamento apesar de aqui ser mais caro podem encontrar hotéis Com preços de quartos duplos a partir de 60€ – 70€ por noite (próximos do centro) Embora no centro Histórico seja ligeiramente mais caro, para quem viaja sozinho, A oferta de hosteis é pouca, mas a cerca de 1,5 m do centro temos um hostel em que podemos dormir por cerca de 35€.

 

Dicas e notas:

Temos voos diretos para Genebra desde Portugal; a Easyjet oferece mais alternativas e horários, voando do Porto, Lisboa e Faro; pela TAP, também temos voos diretos para Lisboa.

Do aeroporto para a cidade, basta na porta de saída, carregar no botão de bilhetes, sendo a viagem gratuita, todos os comboios param em Genebra centro, sendo a primeira paragem depois do aeroporto e demora cerca de 7 minutos; na viagem de regresso, o bilhete custa sensivelmente 3€- 3 CHF, a viagem pode ser feita também por bus, há mais que uma linha que pára no aeroporto, a 10 e 5, são algumas delas, no site de Transportes, podem consultar informações, sendo a viagem de cerca de 15-20 minutos; penso que de comboio será mais prático.

Os cidadãos portugueses não necessitam de passaporte ou visto, recomenda-se ter o cartão europeu de doença, que podem pedir gratuitamente na segurança social, ou claro um seguro de saúde, dado aqui os preços serem muito elevados sobretudo na saúde.

A cidade é bastante cara, comparada com Portugal, podem ver no site Numbeo a comparação de preços para terem uma ideia do que podem gastar. Uma boa alternativa para uma refeição mais ligeira são os supermercados (como o Migros), que têm refeições embaladas, saladas etc, sendo também comum ver locais a comer as mesmas nos jardins, ou junto ao lago.

 

Monumento Nacional Genebra

 

A moeda é o Franco Suiço, 1€ – 1.089 CHF; o indicativo telefónico é +41, o Domínio de Internet é:.ch

Site de turismo Genebra ou do site oficial da Suíça poderão ser úteis.

Caso queiram visitar muitos museus podem adquirir o “Geneva City Pass”, é uma boa opção, têm três modalidades, sendo a de 24h com o preço de 37 CHF, cerca de 34€, tem descontos em transportes e entradas nos museus museus que referi (muitos dos que falei e outros ficam com entrada grátis com este cartão) e noutro locais turísticos da cidade; no site de turismo de Genebra temos mais informações (no separador de planear a viagem/ City pass), podendo até fazer download com a lista dos descontos dos museus e vantagens.

Apesar de o Inglês não ser língua oficial, a maioria das pessoas falam, eu usei Francês por vezes, mas comunicar em Inglês não é muito difícil por aqui.

Na suíça por norma apenas se aceitam francos suíços, por isso tenham alguns com vocês de início, podendo levar em numerário de portugal pedindo no vosso banco, ou levantar no Atm no aeroporto, se possível usem cartões como o revolut, N6, Bunq, Moey, entre outros que têm menos taxas.

 

Ponte Mont Blanc, Genebra

 

Uma sugestão caso queiram visitar outras cidades além de Genebra será ter esta como ponto de partida (ou destino final), dado que esta cidade fica num dos extremos da Suíça e podemos ir até á sua capital Berna, Basileia ou até Zurique (que fica já próximo da fronteira da Alemanha), temos voos diretos para Basileia e Zurique também, podemos comprar bilhetes de comboio com combinações para visitar várias cidades do país.

Em Basileia também podemos ver algumas atrações de relevo desde logo a sua bela catedral gótica Minster, o museu de belas artes, o museu Tinhguely, o seu centro histórico, como por exemplo a câmara municipal, a ponte sob o belo e famoso rio Reno, entre mais locais que podemos conhecer nesta simpática cidade.

Zurique é uma cidade muito bonita, que confesso tenho vontade de conhecer, uma espécie de Veneza na Suíça, O seu belo lago, a rua Bahnhofstrasse, o museu nacional Suíço, Todo o seu belo centro histórico e as suas igrejas entre outros.

A sua capital Bern, banhada pelo rio Aar, onde além do seu belo centro histórico, podemos contemplar a sua bela Catedral, a torre do relógio (Zytglogge), o palácio federal da Suíça, o museu histórico entre outros locais que nos farão contemplar a visita a esta capital.

Caso queiram descobrir um pouco mais há volta de Genebra, além do castelo Chillon, mas aqui já do lado Francês, têm a cerca de 50 km daqui uma bela cidade de seu nome Annecy, conhecida como a Veneza dos Alpes; podem chegar aqui facilmente de bus, desde a gare Routiere, que fica próxima da de comboios, a viagem demora cerca de 1h e 30 minutos, com os bilhetes entre 5€ – 8€, temos ofertas pela Flixbus, pela Transalis e pela La Region Savoie. Podem também ir de comboio, mas acho ser mais prático e barato o bus.

 

 

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VERÃO NA ANDALUZIA, SEVILHA, CÁDIZ E MARBELHA

 

Verão na Andaluzia, Sevilha, Cádiz e Marbelha

Texto& Fotos de António Ribeiro

 

Em 2019 juntamente com um grupo de amigos, decidimos aproveitar as férias de verão, pelo sul de Espanha, visitando assim a região da Andaluzia. Estivemos dois dias na bela cidade de  Sevilha, uma paragem de mais dois dias pela acolhedora cidade de Cádiz e terminamos esta nossa aventura por Andaluzia na famosa cidade onde muitas celebridades com muito dinheiro vão para se divertir, a badalada cidade de Marbella.

Fizemos esta viagem de carro (partindo de Viseu),  percorrendo assim toda esta bela zona de Espanha.

De Viseu a Sevilha são cerca de 6h de viagem, sensivelmente 550 quilómetros, podem fazer tal como nós uma pequena paragem (para almoço por exemplo), em Cáceres, que também merece uma visita, seguindo para a cidade de Sevilha, onde daqui para Cádiz demoramos apenas cerca de 1h e 15min. Já daqui para Marbella a viagem é um pouco mais demorada, sendo de quase duas horas.

 

rio Guadalquivir, Sevilha- Espanha

 

A zona de Andaluzia tem uma cultura muito vincada, tal como o país basco ou a Catalunha, é muito diferente de outras regiões de Espanha, tendo a sua forte ligação à Tauromaquia e ao Flamenco. Podemos facilmente descobrir esta bela região que tal como a nossa região do Algarve e Alentejo, tem uma forte influência Árabe, no seu centro histórico, isso é mais evidente, quer pela arquitetura das casas bem como pelas suas ruas estreitas e com a calçada antiga.

 

Sevilha

Sevilha é uma cidade com muito para descobrir, a principal cidade desta região (a capital da mesma) de Espanha. O rio Guadalquivir trás a esta cidade uma beleza acrescida, além claro de várias atrações que esta cidade possui, acho que dois dias será o ideal para descobrir esta cidade.

Tendo como referência a bela ponte de Triana (ponte Isabel II),uma bela ponte com os arcos em estrutura metálica (algo semelhante com a Enrique Esteban em Salamanca) liga o centro histórico de Sevilha, ao seu bairro mais emblemático, o bairro Triana, um bairro de forte cultura Gitana (nome dado aos ciganos de Espanha), destaque neste famoso bairro, para a “Plaza del Altozano”, ali próximo podemos ir ao mercado de Triana, comprar produtos fresco locais, este mercado construído em 1823, tendo sido remodelado em 2001; podemos também visitar o museu da cerâmica, onde podemos conhecer a olaria de Triana, os bilhetes custam cerca de 2€, no site do património além dos bilhetes para este museu podem comprar para o Castelo de S.Jorge, um castelo em que temos um centro de interpretação de ruínas e opressão religiosa; em Triana além de podermos percorrer este bairro muito importante nesta cidade e sentir a sua cultura a tradição, podemos ainda por exemplo ver a igreja  “Señora Santa Ana” junto à ponte.

 

ponte triana, Sevilha- Espanha

 

Do lado do centro de Sevilha, temos junto a esta famosa e emblemática ponte de Triana, o mercado “Lonja del Barranco”, tal como o Mercado da Ribeira em Bilbao ou o Mercado de Cólon em Sevilha, aqui podemos comer e apreciar várias Tapas e outras iguarias típicas da cidade, nota para este mercado ser um pouco mais gourmet, sendo os preços mais “esticados”. Temos ali próximo, do outro lado e antes de entrar no centro histórico a praça de touros “Real Maestranza” (falarei dela mais á frente), entrando então neste belo centro histórico de Sevilha, com ruelas e calçadas estreitas, num estilo arquitetónico com a forte influência árabe (penso que provavelmente muito mais que no nosso Algarve e Alentejo,  em Portugal), podemos beber ou comer aqui numa das “bodegas”, ou cafés tradicionais tapas, cervejas ou sangrias para hidratar do calor sentido nesta quente cidade.

 

torre da plaza de Espanha,Sevilha- Espanha

 

Uma boa ideia para percorrer este centro histórico de Sevilha, e outras zonas, como a Plaza de Espanha ou outras zonas mais distantes, será alugar uma bicicleta; nós alugamos numa pequena banca junto da ponte San Telmo (a seguir à ponte Triana), ficando a um bom preço, podem alugar vários tipos de modalidade, por horas ou para todo o dia têm muitas ofertas em vários locais, dependendo do tempo que querem e do local onde começam a rota, bem como o tipo de bicicleta.

Podemos pegar na Bicicleta, ou percorrer cerca de 1km e ir até ao grande e bonito parque Maria Luísa, aqui já numa das extremidades temos o Aquário de Sevilha, com bilhetes desde 18€; ali próximo além da “Plaza de América”, também temos o museu Arqueológico, um museu com origens do século XIX, sendo os bilhetes a apenas 1.5€; seguindo pelo parque Maria Luísa, podemos além de relaxar, ou tomar um café, beber uma água ou cerveja para refrescar, desta cidade que é considerada como uma das mais quentes da Europa, vamos então para aquela que é uma das principais atrações de Sevilha, a “Plaza de Espanha”, uma praça soberba, com o seu Canal que circunda os edifícios e de uma beleza considerável, os bancos à sua volta ornamentados com azulejos, em que cada um representa uma das províncias de Espanha, é sem dúvida uma magia muito forte que esta praça soberba nos trás.

 

Arquivo das Índias, Sevilha

 

Esta praça foi projetada por Aníbal Gonzalez, sendo que a sua construção começou em 1914, sendo a mesma para servir para a Exposição Ibero Americana de 1929; além de contemplar toda esta bela praça com uma arquitetura soberba, podemos dar uma volta de barco no seu mini canal com cerca de 500 metros de extensão que faz a meia-lua desta em frente destes belos edifícios (penso que a volta de barco, custa cerca de 5€); as suas belas torres de estilo barroco, com cerca de 70 metros de elevação dão uma beleza ainda mais relevante a esta zona de relevância da cidade; aqui se encontra ainda uma subdelegação do governo Espanhol, venham até aqui e desfrutem de uma das mais belas praças, se não a mais bela onde já estive.

Próximos da praça, temos ainda o museu de história Militar, sendo a entrada deste gratuito e o parque Prado de San Sebastian.

Indo um pouco mais para a margem do rio e de regresso no sentido para o centro da cidade, destaque para o Palácio “San Telmo”, um belo monumento de estilo barroco, que foi renovado em 2010 (por uma avultada quantia), sendo neste palácio a sede do governo Regional.

 

palácio San Telmo, Sevilha- Espanha

 

Atrás deste belo palácio temos um complexo, “Real Alcázar”, este palácio fortificado, é um dos mais antigos do Mundo, os bilhetes para visitar são cerca de 11,50€, com belos pátios e jardins, aqui junto deste  complexo temos a Catedral de Sevilha, sendo esta sua bela e imponente catedral, de finais do século XII, esta catedral além de ser maior de Espanha, é a terceira maior igreja do mundo e o maior templo gótico do Mundo, a sua torre, Giralda, uma torre que tem cerca de 101 metros de altura e tal como a Catedral são um dos monumentos mais visitados na cidade, a sua visita (ambas) custa 9€, podendo combinar a visita da catedral e da torre com o palácio Alcázar, no site podem obter mais informações do palácio e da catedral; aqui próximo da catedral temos também o Arquivo das Índias, onde se concentra toda a documentação das antigas colónias espanholas, um belo edifício, que podemos visitar gratuitamente.

 

catedral de Sevilha- Espanha

 

Nesta zona encontra-se o bairro Santa Cruz, que é um bairro judeu desta cidade, um bairro diferente e cheio de história no coração da cidade; não muito longe daqui temos ainda um belo palácio do século XVI, o palácio Casa Salinas, podemos visitar o seu interior, que mantém a sua originalidade, com madeiras e azulejos bem antigos no exterior podemos ainda ver os seus pátios, os bilhetes custam 6€.

 

charretes junto à catedral de Sevilha

 

Seguindo agora junto da margem do rio Guadalquivir aproveitando a sua harmonia, antes de chegar novamente ao centro da cidade, temos outro ícone que retrata a cidade, sendo tal como a Plaza de Espanha uma das suas fotos postais, a torre del Oro, uma torre junto ao rio, que remonta ao século XIII, é um dos símbolos de referência da cidade, servia como um dos pontos de proteção da cidade,  a torre com cerca de 36 metros de altura conta com um museu Naval; podemos visitar a mesma por 3€.

Regressamos então ao centro desta bela e quente cidade Espanhola, tendo destaque ainda mais dois locais que merecem visita, a casa de Pilatos, que é um palácio dos finais do século XV com uma mistura de vários estilos arquitetónicos, podemos o visitar por 12€ (já com áudio guia), está aberto das 09:00h até às 18:00h (19:00 no verão); outo local de destaque é “las Setas ”  (Metropol parasol) de Sevilha, um belo monumento urbano em madeira, na “Plaza de la Encarnación”, um monumento de arte moderna, e  que é também uma bela estrutura para admirar, eu não tive tempo de a visitar ( já estávamos no limite de aluguer da bicicleta), mas sem dúvida que vale a pena a visita desta bela obra com cerca de 26 metros de altura, tendo no seu subsolo antiquarium, a visita a este é de 2€ à torre da estrutura o preço è de 5€, no site oficial podem consultar tudo.

Terão muito para descobrir nesta encantadora cidade, mas penso estar aqui o essencial, simplesmente desfrutem, cada viagem ́é uma experiência única, algo que não se explica, mas sim se sente, para mim viajar é a maior e mais enriquecedora experiência, descubram, sintam e vivam cada momento.

 

torre delOro, Sevilha- Espanha

 

A gastronomia de Sevilha é muito rica e variada, claro que as tapas, são obrigatórias e em que temos muitas e variadas destas tradicionais iguarias, podemos encontrar várias casas de tapas tradicionais espalhadas em vários locais, mas no centro, ou em Triana serão as mais tradicionais; onde temos uma vasta oferta para “tapear” a qualquer altura do dia; os pratos tradicionais como o célebre  “gaspacho”, a sopa fria feita à base de tomates e também  com pimentos e pepino; a simplicidade de uns espinafres com grão de bico; o rabo de touro ( não fosse esta uma zona de toiros) com um molho forte, normalmente servido com batata; o “pescado” frito, simplesmente pedaços de peixes envoltos em farinha e fritos; de salientar também um que para quem é Português não lhe ficará indiferente, o Bacalhau com tomate, que basicamente é frito e acompanhado com um molho de tomate alho e pimentão; para quem tal como eu ( e o meu grupo de amigos), gosta de caracóis, aqui também temos isso como algo comum e que pode ser consumido por exemplo numa esplanada com uma bela “Caña” (termo para cerveja de pressão, fino ou imperial) fresca.

A cerveja mais popular é a Cruz Campo, que é produzida aqui em Sevilha, pertence neste momento ao grupo da holandesa Heineken, dentro das cervejas espanholas, que não sou particularmente fã, esta está acima da média, tal como a Estrella Galicia.

O vinho aqui também tem uma tradição muito grande nesta região de Espanha, sendo nas zonas de Málaga e Huelva as mais populares; de salientar claro o “tinto de verano”, ou seja a famosa Sangria, acho que toda a gente gosta e aqui é bem tradicional.

Desde já aviso que por duas ocasiões comemos frangos assados quer num restaurante e já prontos num supermercado, e sem dúvida alguma, que não vale a pena..os nossos realmente são bem melhores.

 

rio Guadalquivir e torre del oro, Sevilha- Espanha

 

A diversão noturna nesta cidade também é muito forte, com vários bares, muita diversão e sendo esta uma cidade turística, muitos turistas e estudantes estrangeiros, uma grande concentração é sobretudo junto às margens do rio, mas temos muitas outras espalhadas pelo centro da cidade, aqui especialmente em bares de tapas e mais pequenos, com destaque para o bairro de Alfafa, as zonas de Triana e Alameda são dos também das mais famosas, a diversão aqui é muita.

O Flamenco é algo que retrata em muito esta cidade, temos inúmeras ofertas de espetáculos deste género musical, que foi considerado património da Unesco; o berço do Flamenco foi no bairro de Triana, outrora um bairro empobrecido desta cidade, mas que hoje ganha um charme diferente e essa realidade é agora diferente; podemos ver aqui no seu berço um espetáculo, ou também em casas pequenas no centro histórico e claro em vários outros pontos da cidade; os preços são muito variados, dependendo do tipo de espetáculo, mas os preços podem variar entre 25€ e 45€; podemos ver o museu do Flamenco no site podem consultar preços têm vários tipos de combinações com preços entre 10€ e 26€ o museu fica no centro da cidade.

 

plaza de Espanha, Sevilha- Espanha

 

Outra arte cultural relevante em Sevilha, assim como na Andaluzia (e claro em grande parte de Espanha), são as Corridas de Toiros, não vamos agora discutir sobre isso, a verdade é que a cultura tauromáquica aqui é muitíssimo forte, os preços aqui para uma corrida de toiros é bem mais cara que em Portugal (um amigo meu que é aficionado, segundo ele aqui é muito diferente, sendo a cultura do toureiro a pé com a maior tradição); para quem gostar além de uma possível corrida de toiros, pode visitar o museu da praça de touros de Sevilha (“Real Maestranza”), os bilhetes são de 8€, fica junto à “plaza de la ventas”, próximo do rio Guadalquivir e a 400 metros da ponte Triana.

 

Praça de Touros de Sevilha- Espanha

 

Em termos de eventos além do Flamenco e da Tourada, temos grande destaque para a Feria de Abril, que começou em 1847, sendo em 1973 que conta com o local central onde se realiza atualmente, é realizada de 18 a 24 de Abril, conta com uma vasta área, mais de mil stands, várias atividades, música e eventos variados, é algo muito cultural na região de Andaluzia e em especial aqui em Sevilha; a semana santa também é vivida com muita intensidade nesta região, pelo que soube não tanto em Marbelha devido à grande concentração turística, mas em Sevilha e Cádiz, bem como nas maiores cidades de Andaluzia, como Málaga, Córdoba, Huelva, etc, a semana Santa tem uma grande tradição.

Para quem gosta de futebol, Sevilha conta com dois clubes rivais, o Sevilha FC e o Real Bétis; o estádio do Sevilha FC, o “Sánchez- Pizjuán”, pode ser visitado por 10€, bilhetes e informação no site do clube já o do seu rival, Real Betis, o estádio “Benito Villamarín” também tem o custo de 10€ para fazer a visita, informações no site do clube.

Mais informações no site oficial de Turismo de Sevilha.

 

Cádiz

Esta acolhedora cidade, também merece uma visita, embora seja bastante mais pequena comparativamente com Sevilha, caso tenham tempo podem fazer a visita ao seu centro histórico, bem como uma das mais conhecidas praias, a playa de la Caleta.

No centro histórico, temos o grande destaque para a bonita e imponente catedral de Cádiz (de la Santa Cruz), esta catedral católica foi construída no século XVIII, em 1838, num estilo barroco e neoclássico; é possível visitar a torre do relógio ou ao museu, podemos obter mais informações e comprar os ingressos no site oficial.

No centro histórico podemos ainda além de percorrer estas ruas estreitas, numa calçada de estilo antigo, temos também a torre Tavira; o teatro romano, que é o mais antigo teatro da Europa (a entrada é gratuita); junto da playa de la caleta temos ainda o castelo de Santa Catalina (penso que infelizmente neste momento ainda não se encontra recuperado nem aberto ao público), o forte de S. Sebastião (que fica numa pequena ilha); Uma passagem pelo mercado central também é uma excelente opção e até por exemplo caso tenho como cozinhar no alojamento, os produtos locais e um peixe acabado de pescar  adquiridos neste mercado tornaram uma refeição bem melhor e autêntica.

 

playa de la Caleta, Cádiz- Espanha

De salientar que dadas as suas ruas serem estreitas e o centro histórico muito concentrado, estacionar por aqui será difícil, pelo que a melhor solução será estacionar num parque subterrâneo, podem alugar por 24h.

Um evento de destaque na Cidade é o Carnaval, um dos mais famosos de Espanha, enchendo a cidade de concertos e várias atividades.

 

Catedral de Cadiz- Espanha

 

Cádiz- Espanha

 

Para amantes de Flamenco, esta cidade tem uma forte ligação a este estilo Cultural e Musical típico de Espanha, podendo visitar  em San Fernando, a cerca de 14km de Cádiz, onde temos a Penã fc Camaron de La Isla, que é uma homenagem ao revolucionário do Flamenco, de seu nome José Monge Cruz (Camaron de la Isla).

Mais informações no site de turismo de Cádiz, ou no site do município (Ayuntamiento).

 

 Marbelha

Esta cidade muito conhecida pelas abastadas celebridades que vêm aqui em carros topo de gama e iates nas férias de verão, podemos dividir praticamente esta cidade em duas, o centro da cidade e a parte antiga (temos aqui também o porto de Marbelha) e a zona de Puerto Banus, onde iates, carros topo de gama, lojas de luxo se concentram por aqui. É definitivamente uma zona bem diferente, apesar de mais afastados da linha da praia e desta zona da marina com os iates luxuosos, termos preços mais acessíveis, esta zona é mais cara que no centro da cidade, bem como a maioria do alojamento.

No centro antigo podemos dar um pequeno passeio ao final da tarde, percorrendo as pequenas ruas num estilo característicos, destaque para a Plaza de los Naranjos, fluente de la virgen, Ermita del santo Cristo, estátua la Bella del mar, a Plaza de las Iglesias, entre outros e claro aproveitar para um lanche, provando umas tapas, ou simplesmente beber por exemplo uma cerveja numa esplanada.

A grande extensão de praias não só ao longo da parte principal e mais ornamentado (avenida del mar), onde temos vários apartamentos e várias lojas, muitas de lembranças e que vendem bebidas frescas; seguindo depois por um caminho que não está calcetado, temos uma enorme extensão de areal com várias praias.

 

Marbelha- Espanha

 

Marbelha- Espanha

 

Marbelha é sem dúvida um destino para diversão, quer junto do porto da cidade, onde numa zona temos uma grande concentração de bares e de locais de comida rápida; no centro embora aqui seja mais tradicional e não tão “agressivo” e claro bem como na luxuosa zona de Puerto Banús, a oferta é grande.

Podemos apenas desfrutar da calma do mediterrâneo e relaxar numa das praias de Marbelha, sem dúvida uma que esta é uma zona agradável para relaxar e aproveitar o merecido descanso de Verão.

Mais informações no site oficial de turismo de Marbelha.

Viagens Felizes

 

iates em PuertoBanús, Marbelha- Espanha

 

Dicas e notas

Para quem vier de outros pontos do país sem ser de viatura própria, podem chegar a Sevilha pela Rede Expressos ou na flixbus.

Dentro de Espanha podemos ir de bus pelas companhias da Alsa ou pela companhia Comes; de comboio podemos ir de Sevilha para Cádiz na Renfe podemos ver os horários no site oficial.

De Sevilha para Cádiz o bus demora cerca de 1h e 45 minutos, sendo o bilhete entre 12€ e 15€; de Comboio demoramos cerca de 1h e meia sendo os bilhetes a rondar os 13€.

De Cádiz para Marbella podemos ir de Bus sendo a viagem de quase 3h, os bilhetes rondam os 20€.

Podemos voar para Sevilha desde o Porto ou Lisboa pela Ryanair, pela TAP temos voos diretos desde Lisboa em pouco mais de 1h.

Para ir do aeroporto de Sevilha para o centro da cidade podemos ir facilmente de Bus, linha EA, a viagem demora cerca de 30 minutos e os bilhetes custam cerca de 4€, podendo comprar o mesmo diretamente no Bus; dentro da cidade um bilhete simples comprado a bordo custa 1,40€, podem consultar informações e horários no site oficial; outra opção é o metro de Sevilha, as tarifas simples ficam entre 1,35€ e 1,80€ ou podem comprar para um dia inteiro por 4,50€.

Para mais informações, poderá consultar o site de turismo de Andaluzia. 

 

refrescar em Marbelha- Espanha

 

Podemos utilizar cartões sem taxas como o Revolut, para evitar as taxas de levantamento dos ATMs ou levar em numerário.

Esta região, tal como o sul de Portugal tem temperaturas mais agradáveis durante a maioria do ano.

Em Sevilha, devido ao calor e à falta de praia, uma boa opção será escolher um alojamento com piscina, podendo assim refrescar um pouco.

O fuso horário de Espanha é de mais uma hora que em Portugal, a moeda é o Euro, o indicativo telefónico é +34 e o domínio de internet .es .

 

Reserva de Bilhetes para Bus, Ferry ou Comboio: Aqui

 

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VISITA AO BÁLTICO, VILNIUS E TRAKAY

 

Visita ao Báltico, Vilnius e Trakay

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

A Lituânia é outro país do Báltico que merece uma visita; já estive aqui duas vezes, a última delas foi em 2019, por um dia aproveitando o facto de ter estado em Minsk e como tinha de ir de avião sendo esta a melhor opção vim até á capital da Lituânia; fiquei um dia inteiro, aproveitando para revisitar um pouco da cidade (tinha estado aqui pela primeira vez em 2015  e fiquei por 2 dias) e visitando desta vez o soberbo castelo de Trakai.

 

Subida para a torre do castelo, Vilnius

 

Torre Gediminas, Vilnius

 

Vilnius tem um grande contraste com a parte mais antiga e os edifícios novos e vanguardistas, do outro lado do rio.

Podemos fazer tudo a pé, penso que merece um dia inteiro, no outro dia podem visitar o castelo de Trakai e se tiverem tempo podem também visitar a cidade de Kaunas.

Na central rodoviária de Vilnius têm bastante informação, e fala-se inglês com facilidade, aí podem comprar os bilhetes de bus para Trakai ou por exemplo para Kaunas.

 

Vilnius

A capital da Lituânia merece uma visita de pelo menos um dia inteiro; chegando ao centro da cidade, pela principal porta para quem vem da estação de comboios e uma das paragens de bus, antes de ir até á central rodoviária (que fica a cerca de 500 metros daqui), saindo da estrada principal entramos então pela Porta da Madrugada  (gate of Down) onde entramos na parte histórica da cidade, logo de seguida da porta temos a igreja de St. Teresa, foi o primeiro monumento de estilo barroco da Lituânia sem torre, é do século XVII e já sofreu várias intervenções de restauro, sendo uma das últimas em 1929; antes de continuar a descer  um pouco mais esta rua de paralelos de estilo antigo, temos a seguir a outra igreja, desta vez uma igreja Ortodoxa, a do Espírito Santo, data do início do século XV, tendo sido ampliada e renovada em 1888, é das igrejas de estilo barroco mais ornamentadas da cidade e é inclusive das que tem o interior com maior valor na Lituânia; podemos visitar ambas as igrejas gratuitamente.

 

Vista da torre do castelo

 

Interior catedral de Vilnius

 

Rio e monte com a torre do castelo, Vilnius

 

Antes de continuarmos a descer por esta rua (“Ausros Vartu”), podemos fazer um breve desvio à direita pela “Subaciaus”, onde caminhando um pouco temos o bastião da muralha defensiva “Vilniaus Gynybiés”, esta muralha defensiva foi construída em 1522, sofrendo posteriormente muitos danos da guerra com a Rússia entre 1655 e 1661. Podemos visitar o seu interior bem como canhões e outras exposições, podemos fazer essa visita por 4€ sendo que é grátis com o Cartão Vilnius pass.

 

Porta da madrugada, entrada para o centro histórico de Vilnius

 

De regresso à rua principal que rasga o centro histórico (não é sempre a mesma rua) de onde começamos a nossa descoberta, temos junto da Praça do município, do lado direito a igreja S. Casimiro, uma igreja de estilo barroco do século XVI, é em homenagem ao defensor e guardião da Lituânia, S. Casimiro que em 1636 foi assim proclamado, a igreja tem uma fachada soberba num belo estado de conservação, parecendo que foi acabada de pintar, a entrada é gratuita (atenção pois pode haver celebrações no interior).

Do outro lado da igreja, nesta bela praça do município além do belo edifício da Câmara municipal da cidade, temos também muito próximo os museus da arte contemporânea, os bilhetes custam apenas 3€ e o museu das ilusões  sendo aqui os bilhetes de 11€, com 50% de desconto caso tenham o cartão Vilnius Pass.

Continuando a descer (aqui sensivelmente há um café excelente com vários tipos de café, muito bom, não me recordo do nome), temos um grande edifício que é o museu de arte Nacional da Lituânia podem ver no site pois têm várias secções para visitar; nota para mais uma igreja ortodoxa (do lado direito), a igreja de St. “Paraskeva”, sendo a mais antiga da Lituânia; mais abaixo seguindo já na rua “Pilies”, que é a mais antiga e ornamentada rua da cidade, onde temos logo em destaque mais uma igreja, a de S. João, esta de estilo gótico, foi terminada em 1426, tanto a igreja como a torre sineira, fazem parte do complexo da universidade, sendo um local emblemático para os estudantes.

Se seguirmos um pouco mais do nosso lado direito vamos encontrar uma ruela estreita também muito famosa, a “literatu”, que basicamente é uma rua de arte, com mais de 200 obras de arte nas paredes; aqui próximo temos mais uma igreja, desta vez de estilo gótico, a Igreja de S. Ana e complexo Bernardino; um belo conjunto arquitectónico, de estilo gótico, aqui  localmente refere-se que como se aqui fosse a sagrada família de Vilnius…e na verdade há traços semelhantes, acho que vale a pena a visita, a entrada é gratuita.

 

Igreja de S. Ana, Vilnius

 

Interior da igreja S. Ana, Vilnius

 

Câmara municipal de Vilnius

 

Caminhando para o fim do centro histórico, já com a torre do castelo no horizonte, chegamos a um dos locais onde temos uma maior concentração de pontos turísticos, podemos deixar a subida á torre para mais tarde, talvez depois de almoçar por exemplo e seguimos até à praça da Catedral de Vilnius, logo de início com o monumento do grande duque “Gediminas” que foi dos governantes mais famosos do país. A catedral de Vilnius é sem dúvida  um dos monumentos a visitar na cidade, a sua torre redonda que não está ligada à basílica da catedral sendo que este campanário com cerca de 57 metros está “plantado” na praça ligeiramente em frente à mesma, é um dos símbolos da cidade, é aqui nesta catedral que está o túmulo do padroeiro, S. Casimiro; é de estilo neoclássico, tendo sido já reconstruída várias vezes, podemos visitar o seu interior gratuitamente e as suas catacumbas penso que também podem ser visitadas, não me recordo do preço (o site não está a funcionar), mas penso ser algo simbólico.

 

Torre da catedral de Vilnius

 

Catedral de Vilnius

 

Atrás da Catedral temos ainda o Palácio dos Grãos Duques, podemos apenas visitar por fora, pois é um palácio para eventos, reuniões ou jantares e conferências.

De frente para a Catedral temos uma rua pedonal (“Gedimino Pospektas”), com grande concentração de comércio eu quando estive lá pela primeira vez havia um mercado ao ar livre, com comida local muito tradicional e boa, podem ter sorte e aproveitar a mesma oferta, seguindo por esta rua temos ainda o museu do dinheiro da Lituânia e mais á frente depois de ver várias lojas de comércio podemos visitar o museu das ocupações e da liberdade, os bilhetes custam 4€ sendo grátis com o cartão Vilnius card.

Caminhando de regresso para visitar o Castelo temos o rio “Neris”, podemos passar para o lado mais moderno da cidade numa das belas pontes, e ver o contraste com o centro histórico, com edifícios altos em vidro de design moderno, passei apenas aqui de carro com o meu amigo que mora aqui, ele trabalha nesta zona mais  moderna onde a concentração de empresas e escritórios é bem maior.

 

Grande duque Gediminas, Vilnius

 

Com o monte e a torre do castelo no horizonte (torre “Gediminas”), podemos regressar a este lado da margem do rio, subindo ou a pé pela encosta que conta com um trilho de calçada medieval, cuidado pois com o piso molhado torna-se algo perigoso sem calçado adequado, ou podem ir de teleférico, sendo cada trajecto deste de 1€, o bilhete para subir à torre é de 5€.

Eu não subi à torre desta última vez pois estava fechada, embora só daqui do monte já tenhamos um vista fantástica sobre a cidade, com o rio, as pontes e os prédios da zona moderna da cidade como perspetiva, por certo ao subir mais uns metros à torre ficaremos com essa vista melhor ainda, e sobretudo sobre a parte antiga.

 

Bairro Uzupis, Vilnius

 

A torre Gediminas é a torre remanescente da fortificação do castelo superior, dentro dela além de subir ao seu topo, temos uma exposição com os modelos de reconstrução dos castelos de Vilnius; além da torre temos aqui uma grande área onde podemos contemplar esta vista magnífica.

Descendo novamente podemos ainda visitar junto deste monte com a torre Gediminas, o museu Nacional da Lituânia (Old Arsenal), sendo o bilhete de 4€ e grátis para o cartão Vilnius card; muito próximo temos o (new Arsenal), que é o museu das artes aplicadas e do design, aqui os bilhetes são de 5€ sendo também grátis com o Vilnius card.

Podem consultar aqui os preços de todos os museus, sendo este o site geral de museus (nas dicas tenho também o link geral, aqui é mesmo para os preços, notem que não refere o cartão Vilnius card).

 

Rio Neris, Vilnius

 

Aqui serão talvez os destaques de maior relevo no coração da cidade, contudo temos ainda mais para descobrir, temos outros locais de destaque na cidade, que podemos visitar, um deles é desde logo algo peculiar, fica próximo do centro apenas a cerca de 800 metros da catedral (próximo do bastião da muralha defensiva), já junto de um dos afluente do rio Neris, o rio Vilnia, temos um o bairro Uzupis, que é uma espécie de República, tendo inclusive a sua constituição ao longo de uma rua nas paredes (penso até estar em várias línguas), passei aqui de passagem na mini visita guiada do meu amigo.

Este bairro conta com uma estátua com 8.5 metros de altura que é o anjo de Uzupis, simbolizando a liberdade, fica numa rua pedonal deste bairro que agora é maioritariamente de artistas (outrora um bairro problemático), que em 1997 “reivindicaram”, o bairro, pelo que me disse o meu amigo é um bairro de espírito livre (tal como sucede com “Christiania” em Copenhaga).

 

Bairro e anjo Uzupis, Vilnius

 

Não muito longe do monte onde temos a torre do castelo, do outro lado deste rio Vilnia , que passa no bairro Uzupis, temos a colina das cruzes, onde temos no topo três cruzes brancas com cerca de 12 metros de altura.

A igreja de S. Paulo e S. Pedro, ligeiramente mais afastada do centro; o museu de caminhos-de-ferro pode ser visitado por apenas 1.8€, sendo este no piso 2 da estação central de comboios da cidade; o bairro do vidro, a galeria Nacional de Arte com bilhetes a 5€ e grátis com cartão Vilnius card; o museu de energia e tecnologia (bilhetes a 4€, grátis com o cartão Vilnius card); o museu MO, com bilhetes a 7€ (com desconto de 4€ com o cartão Vilnius Card); a sinagoga Choral (que é a única que ainda se encontra em uso na cidade); fazer uma visita ao mercado “Halés”; o memorial ao músico Frank Zappa e também um pouco mais distante da cidade temos o parque “Vingis”  e o parque regional “Pavilnys”, são mais alguns locais que podem visitar para complementar a visita a Vilnius.

 

Igreja S. Teresa, Vilnius

 

Igreja S. Casimiro, Vilnius

 

Interior igreja S. Casimiro, Vilnius

 

Em termos de eventos temos entre outros: o festival anual de moda em março, no fim de março e início de abril temos o festival de cinema; no dia 1 de abril temos o dia da independência da “república” do bairro Uzupis, onde este bairro se enche de eventos; já em Maio, no primeiro sábado ainda temos o festival de música de rua; em Julho e Agosto temos o festival internacional de verão Cristopher de Vilnius, sendo que no verão decorrem vários outros festivais mais pequenos e em Outubro o festival de Jazz.

 

Igreja S Nicholas, Vilnius

 

A gastronomia Lituana, não muda muito em relação aos vizinhos do báltico, embora tenha também forte influência da Polónia, eu aproveitei bem o mercado de rua com comida tradicional, a seca de peixe é algo que me surpreendeu, grandes e vários peixes secam ao ar (alguns com moscas à sua volta) e é algo bem, tradicional.

A batata, e o pão são muito presentes, os legumes em especial sazonalmente são muito utilizados as couves recheadas são muito comuns; as sopas têm um forte destaque também, sendo uma das mais famosas é Saltibarsciai, que é uma sopa fria de tom cor-de-rosa, à base de beterrabas marinadas, ovos e mais alguns legumes; os cogumelos também são bastantes comuns e muitos pratos são feitos com eles; um dos pratos mais populares é o Cepelinai, que é uma espécie de uma bola com massa de batata recheada por norma com carne de de porco, foi um destes que comi nesse mercado, numas das barraquinhas de comida.

 

Cepelinai, Vilnius

 

Trakai

Esta pequena vila merece um par de horas do vosso tempo, podemos ir caminhando tranquilamente por cerca de 20 minutos desde a estação de bus até ao castelo, admirando a beleza e calma que aqui se vive, se vierem no verão provavelmente será de uma beleza superior, pequenas casas que parecem ser muitas delas de férias, todas em madeira, podemos ainda ver algumas igrejas e um praça com o letreiro de Trakai, e chegamos então a este fabuloso Castelo, que fica numa ilha (apesar de ter acesso pedonal); O Castelo, que fica nesta ilha no lago Galve, lago este que pode ser desfrutado de duas formas diferentes, no Inverno ao congelar fica uma pista de patinagem (para quem sabe claro), já com o tempo melhor (embora podem fazer com o tempo menos favorável claro), podem alugar um dos vários barcos, ou simplesmente dar uma volta nos também vários que circundam a volta do castelo, eu quando fui, como estava de chuva não optei por isso, penso que os bilhetes para uma volta de 30 minutos eram entre 5 -7€.

 

Uma igreja em Trakai

 

Casas de madeira em Trakai

 

Castelo de Trakai

 

O castelo é de estilo gótico, originalmente do século XIV, sendo depois do seu desmoronamento ter sido restaurado em 1951; é das fortificações defensivas mais famosas da Lituânia, no verão pelo que o meu amigo que mora em Vilnius me disse, há imensas activities em especial Medievais; em Junho realiza-se um regata de remo.

Os bilhetes para visitar o Castelo são de 12€ (mais baratos de Outubro a Março,8€), penso que vale bem o valor, podemos contemplar muitas salas e o castelo é relativamente grande, no site oficial do castelo podemos ver os horários e algumas informações.

Além do castelo, próximo temos pequenas lojas de souvenirs e artesanato local, passear nas margens deste belo lago, ou simplesmente beber um café ou comer aqui será uma boa e agradável maneira de contemplar esta ilha com uma pérola medieval.

 

Castelo Trakai

 

Praça dentro do castelo de Trakai

 

Interior castelo Trakai

 

Interior de uma Fachada no castelo de Trakai

 

Dicas e Notas:

Para chegar até Vilnius temos de apanhar ligação, algumas opções são:

Pela Ryanair: Barcelona, Bremen, Bruxelas, Londres, Milão, Roma, Viena

Wizzair: Milão, Eindhoven, Dortmund, Londres, Liverpool; outra opção é voarem para Riga ou Tallinn e depois fazerem o percurso de bus, a empresa Lux express. Tem uma boa oferta e com qualidade, eu fiz de Riga para Tallinn. Caso façam voo para Riga por exemplo, podem seguir daqui para Vilnius, eu fui pela Air Baltic paguei na altura cerca de 25€ e o voo foi de 1h.

Do aeroporto de Vilnius para o centro da cidade podemos ir de bus ou comboio; as linhas 1 ou 2 de bus vão para o centro da cidade fazendo algumas paragens pelo meio, demoram cerca de 15 minutos, o bilhete custa 1€, podem comprar no bus, no entanto deixo o site oficial de transportes, pois poderá futuramente terem de comprar um cartão e recarregar. o bus para á frente do terminal numa paragem assinalada; o comboio demora apenas cerca de 8 minutos, e o bilhete cerca de 0.80€, a estação de comboios está próxima do terminal, temos apenas de atravessar e descer num elevador, os horários são menos, podem confirmar no site oficial.

 

Igreja S. Miguel Arcanjo

 

De Vilnius para Trakai, podemos ir de bus ou de comboio; de bus temos praticamente a todas as horas, sendo o bilhete cerca de 2€ e demora sensivelmente trinta minutos; de comboio demora também cerca de 30 minutos, e os bilhetes 1.8€, mas tem apenas três ou quatro ligações diárias; eu acho que o bus é mais prático, podem comprar o bilhete na estação sem problemas, assim como na estação de comboios, no entanto não tenho a certeza se pode ser mais barato online, no site de bus, ou de comboios têm mais informações de horários; as estações estão relativamente próximas uma da outra, sendo a de bus mais próxima do centro e do castelo e claro daqui podem apanhar o bus local.

Caso ainda tenham tempo, além de ir a Trakai, podem visitar a cidade de Kaunas, podemos ir de comboio, que demora cerca de 1h e custa cerca de 6€ ou de Bus, onde temos mais ofertas, mas podem por exemplo usar a mesma operadora que vai para Trakai, o bus demora cerca de 1h e 30 minutos e o bilhetes ronda os 7€.

 

Praça do município de Vilnius

 

Podem ter informações no site oficial de turismo, outro site de interesse é o oficial dos museus onde têm toda a informação destes museus que mencionei e outros que vos possam interessar.

Caso façam conta de visitar muitos museus e outros locais pagos, devem obter o cartão Vilnius Pass, têm descontos até 60% e outras entradas grátis como fui referindo no texto, temos de 24h; 48h e 72h os preços são de 18.99; 28.99 e 34.99, no site de turismo podem obter mais informações.

Vilnius é uma cidade relativamente barata embora, segundo um amigo que vive lá, tenha ficado algo mais cara depois do euro ser a moeda da Lituânia; no entanto conseguem preços acessíveis em alojamento e em alguns restaurantes, os transportes públicos são baratos.

A cidade é tranquila, tem bastante facilidade com o inglês principalmente em locais turísticos e restaurantes.

Na Lituânia, não precisamos de passaporte, o fuso horário é de mais duas horas em relação a Portugal, a moeda é o Euro; o indicativo telefónico é +370 e o domínio de internet é : .it

 

Para alojamento em Vilnius/Trakai, consulte aqui.

 

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NORTE DE ITÁLIA: MILÃO, BERGAMO, LECCO E BOLONHA

 

Norte de Itália, em Milão, Bergamo, Lecco e Bolonha

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

A Itália é um país fantástico com muito para ver, desde o sul com belas praias e as maiores ilhas do mediterrâneo, a Sardenha e a Sicília; bem como outras pequenas como a de Capri; toda a sua costa, quer no mar  Adriático, mediterrâneo, Jónico ou Tirreno; bem como o Norte, com os magníficos Alpes, tem muito para oferecer.

Tal como já vos dei a conhecer Rimini  e Cinque Terre, além de toda a oferta que este País tem para oferecer e que eu gostaria de conhecer, para vos dar inspiração para fazer o mesmo; desta vez uma visita pelo Norte, onde visitei Milão, Bergamo, Lecco e Bolonha.

Perspectiva de Lecco com o lago di Como

 

Milão

A cidade de Milão é para mim a verdadeira capital da moda, embora Paris seja a mais famosa, penso que Milão ganha, talvez perdendo um pouco se falarmos de alta-costura.

Não só pelas lojas, mas como vejo os Italianos em geral e sobretudo aqui em Milão, com classe e sempre com um estilo impecável.

Apesar de não ser das mais ricas cidades em ofertas culturais, Milão foi de longe a cidade que mais visitei, devido às várias ligações que aqui já apanhei.

Estive aqui pela primeira vez em 2015, fiquei aqui 2 dias (penso ser mais que suficiente), onde conheci a maioria das ofertas, ficando depois muito mais vezes, ou por umas horas ou um dia, fazendo aqui ligação para outros destinos, visitando sempre mais um pouco da cidade.

 

Basilica di sant Ambrogio, Milão

 

Começando logo pelo coração da cidade e no mais emblemático local, temos a deslumbrante catedral Duomo (podemos chegar aqui de Metro pela linha vermelha, a M1 ou a amarela, M3, sendo a paragem do mesmo nome; aliás até tem um pequeno desenho com a catedral), esta catedral começou a ser construída em 1396, embora tenha demorado quase de 500 anos a ser finalizada, em 1965, é de estilo gótico feita em mármore branco rosa, mede cerca de 157 metros de comprimento e cerca de 108 de largura, chegando a ter um máximo de quase 45 metro de altura, sendo apenas ultrapassada pela catedral de Beauvais, tem cerca de 40 pilares e conta com cinco naves; podemos visitar esta imponente catedral que é a sede da Arquidiocese da cidade, sendo que os bilhetes começam nos 10€; 15€ subindo pelas escadas e 20€ pelo elevador, mais informações no site oficial.

 

Catedral Duomo, Milão

 

Aqui ao lado desta catedral, na magnífica praça Duomo, temos as galerias Vittorio Emanuele II, que é o Shopping mais antigo de Itália, o nome é em homenagem ao primeiro Rei de Itália. Foi construído entre 1865 e 1877, era frequentado por burgueses sendo um local de luxo da cidade, vale sem dúvida admirar esta beleza toda atravessando os seus corredores onde temos vários restaurantes e lojas de luxo e com um belo arco em vidro que dá uma iluminação natural.

Bem próximo das galerias está o famoso teatro Scala, é a casa de ópera mais famosa do mundo, foi construído entre 1776 e 1778, por certo para amantes de teatro a visita valerá a pena, podemos visitar o museu que aqui se encontra, sendo o preço de cerca de 9€; podem consultar a programação do teatro e /ou bilhetes para o museu no site oficial.

 

Bairro Navigli, durante o dia, Milão

 

Bairro Navigli durante o dia, Milão

 

Ainda temos um punhado de museus e outros locais para visitar muito próximo do teatro Scala, tais como a “Gallerie d’italia”, a Igreja “S. Fidelis”, o “palazzo Marino”, entre outros.

Para quem como eu adora moda, podemos caminhar por esta zona (entre o teatro e catedral para o lado do Palazzo Matteotti), onde temos o bairro da moda, o “Quadrilatero della moda”, fica entre as ruas “montenapoleone”, “manzon”, “della spiga” e “corso venezia”, acho vale a pena admirar aqui a fantástica moda Milanesa, e ver lojas em belos edifícios, além de claro ter um enorme leque de ofertas, podemos aqui rechear um pouco mais o nosso guarda roupa.

 

Castello Sforzesco, Milão

 

O “Castello Sforzesco”, fica a cerca de 1km da praça duomo, ou na linha M1- vermelha de Metro; o castelo está inserido no belo parque Sempione, o castelo é um dos maiores da Europa que acaba por ser um complexo de fortificação, as suas origens remontam a 1358-1368. A entrada no castelo em si é gratuita tendo depois os museus em que a entrada já é paga, sendo o bilhete de 5€; no site oficial podem obter todas as informações. Se puderem visitem também à noite pois fica com uma beleza fantástica.

Neste belo parque onde se encontra o castelo ainda temos para visitar o ” Acquario civico di Milano”, os bilhetes custam cerca de 5€, mas encontra-se fechado devido à pandemia; a Torre Branca também vale a pena visitar, o elevador sobe até ao topo, e fica aí por uns segundos para admirar a vista magnífica sobre a cidade e tirar umas fotos, a torre tem cerca de 108 metros de altura e é feita de estrutura metálica, no site oficial temos toda a informação e o link para comprar os bilhetes que custam 6€.

Ao fundo deste parque temos outro local de referência, o “Arco della Pace”, construído entre 1806 e 1859, tem cerca de 25 metros de altura e 24 de largura, em granito Baveno e com revestimentos de mármore Crevola, sendo um belo monumento neoclássico.

 

Arco della Pace, Milão

 

A Basílica “Santa Maria della Grazie” é outro local de destaque, onde além desta bela basílica, temos do lado esquerdo da praça, o museu onde temos a Última Ceia, de Leonardo Da Vinci, é património Mundial da Unesco e podemos admirar a pintura por 15€, no site oficial podemos consultar os horários, a paragem de metro mais próxima é a “conciliazione”, na linha vermelha, M1.

Outra Basílica de destaque é a de “San Ambrogio”, que é o padroeiro da cidade, esta bela basílica que foi reconstruída no século XI, pode ser visitada gratuitamente, podemos chegar aqui de Metro pela linha verde, a M 2, fica também apenas a cerca de 1,5 km da praça duomo.

Entre várias outras atrações que podemos descobrir por esta cidade que merece pelo menos dois dias de visita, temos ainda o museu Pinacoteca que tem entrada gratuita, mas embora tenha de ser reservada.

Destaque para um local que gostei bastante e que é o local de maior diversão noturna da cidade, é uma réplica de Amesterdão em Milão…parece piada mas é verdade temos um canal em Milão, o bairro de “Navigli”, é sem dúvida um local de visita obrigatória, além de um espírito noturno fantástico, parece que estamos num local diferente, aquando de uma das minha visitas, fui com um grupo de Portugueses que estavam no meu Hostel e que curiosamente iam também tal como eu para a Albânia, viemos até aqui beber algo e comer comida de rua que por ali há; uma experiência que recomendo.

Aqui podem também provar uma das maiores iguarias típicas Milanesas, a “Polenta”, a de milho é a mais tradicional, tendo como acompanhamentos principais os cogumelos, carnes assadas, entre outros.

 

Acquario civico di Milano

 

Outro local que devem visitar são as pizzarias Spontini as pizzas são fantásticas e por norma há filas para comprar fatias das variadas pizzas, embora claro que aqui a maioria das pizzarias são de qualidade superior ao que estamos habituados.

Para os amantes de Futebol temos o mítico estádio de San Siro que abriga dois clubes, o Inter de Milão e o AC Milan, dois clubes históricos e com uma história enorme no mundo do futebol, o estádio ao contrário do que sucede em Portugal pertence à cidade e não os clubes, podemos visitar este fantástico estádio os bilhetes são de 18€ podendo comprar os bilhetes no site oficial, para chegar aqui podemos ir de Metro pela linha roxa, M5, sendo a paragem a de San Siro.

Recomendo dois locais de hospedagem, um deles é o Mio Hostel, tem a vantagem de estar  perto da estação de comboios “Lambrate” (podemos subir ou descer aqui em vez da estação central fs), outro excelente hostel onde estive foi o New generation Hostel Città Studi, fica próximo da estação de Metro “Piola”, linha verde,M3.

No site de turismo de Milão, ou no da região da Lombardia, podemos obter informações relevantes; no site de transportes da cidade podem consultar os horários e planear a viagem, os bilhetes simples são de cerca de 2€, dependendo das zonas, mas é o praticado no centro.

 

Bergamo

Caso cheguem pelo aeroporto de Milão-Bergamo devem fazer aqui uma pequena visita, ao saírem do aeroporto têm o bus público local (está sinalizado, salvo erro é a primeira paragem de bus a começar do lado esquerdo, é a linha nº 1), o bilhete custa cerca de 2.5€; demora 15 minutos até á estação central e logo de seguida no centro da cidade, depois no funicular e chega à “città Alta” ao fim de cerca de 30 minutos.

Basicamente esta cidade está dividida em dois, o seu centro com a estação de comboios próxima e onde está praticamente tudo e na “città alta” que é a parte mais interessante de visitar, esta é parte mais antiga e que se encontra mais alta, daí ser designada assim; eu para além de algum desconhecimento na altura e de como estava com a minha mala decidi ficar pelo centro, para estar mais próximo da estação de comboios, onde seguiria depois para Lecco.

Na Città alta entre outros temos a “Piazza Vecchia”, a “Basílica santa Maria Maggiore”, a “Fontana del Lantro” e mais algumas relíquias que podem visitar.

Caso tenham o voo mais tarde podem vir até esta cidade pois merece um par de horas de visita em especial na zona mais antiga e alta; podem inclusive subir do centro até à parte antiga de funicular.

No centro ainda podem visitar algumas coisas e por exemplo comer aqui pois os preços são melhores, partindo depois para a parte mais histórica.

Uma opção é, caso estejam por Milão e o voo por exemplo a meio da tarde, podem dormir em Bergamo e fazer uma visita durante o dia, assim podem deixar a bagagem no Hotel para poder fazer uma visita mais tranquila.

No site oficial de turismo podem obter mais informações.

 

 

Bergamo

 

Bergamo

 

Lecco

Podem chegar aqui de comboio, eu vim desde Bergamo, numa viagem que demorou cerca de 40 minutos, com o custo de 3.60€;  para Milão a viagem demora cerca de  40 minutos e custa cerca de 5€.

Lecco é uma forma económica e rápida de podermos admirar o belíssimo lago di Como; embora as cidades de Tremezzo, Menaggio ou Bellagio, sejam mais populares vale a pena passar aqui um par de horas, eu como tinha voo no dia seguinte para de Milão para Corfu e como já estive várias vezes em Milão dividi o dia metade em Bergamo e outra metade em Lecco; acho que pode ser uma boa programação; basicamente aqui começa o lago di Como, temos aqui barcos, tours entre outras ofertas para visitar a cidade e toda esta bela zona montanhosa com este belo pano de fundo que é o Lago Di Como, no site oficial de turismo ou no site de turismo do próprio lago podem ver muitas ofertas, por exemplo se tiverem tempo além de alugar um barco podem por exemplo ir até Menaggio de barco, dependendo do tempo e o que pretendem; podem passar aqui pelo menos dois dias ou três dias na zona do Lago Di Como.

 

Lago di Como, Lecco

 

Lago di Como e perspectiva de Lecco

 

De qualquer forma, caso tenham um voo mais tardio, podem vir aqui nem que seja para passear um pouco, tomar um belo café Italiano à beira do Lago e/ ou almoçar nesta pequena e encantadora cidade.

Desde o seu centro histórico com monumentos do século XIX, a sua bela praça 20 de setembro e a torre “Viscontea” e a Basílica de “S. Nicoló”, entre outras pequenas pérolas que podemos descobrir antes de partir para junto do lago e deslumbrando-nos com este belo lago rompendo as montanhas; para mim foi uma tarde bem passada.

 

Basilica S. Nicoló, Lecco

 

Torre Viscontea, Lecco

 

Interior Basilica S. Nicoló, Lecco

 

Bolonha

A cidade de Bolonha visitei apenas de passagem, mas se puderem tentem pelo menos um dia inteiro, esta bela e muito antiga cidade universitária merece uma visita.

Podem facilmente chegar aqui de comboio vindo de Milão, ou claro pelo seu aeroporto.

Podem conhecer a parte mais importante desta cidade caminhando, eu guardei o meu saco de viagem na estação central e visitei a cidade talvez em 5h, não digo que seja o ideal, mas já dá para conhecer muita coisa.

Chegando à estação central de comboios, ficamos a cerca de 1km e meio da sua principal praça, a “Piazza Maggiore”, podemos seguir a pé pela “via dell’indipendenza”, ou podem ir directamente de bus 27 ou 25 no site de transportes podem ver os horários ; apenas até aqui pode valer a pena vir de transportes, pois uma vez aqui, a maioria das  atrações encontra-se próxima.

A “piazza Maggiore”, é uma praça central, das mais antigas e a mais importante desta parte antiga, a partir daqui encontramos as principais atrações da cidade; Nesta praça temos os principais pontos políticos e religiosos da cidade;  destaque desde logo para uma das maiores basílica de Itália, a Basílica de San Petrónio; tem cerca de 132 metros de comprimento, começou a ser construída em 1390 e foi terminada em 1659 (apesar de não ter ficado acabado conforme o projeto), em parte com enormes mármores e a parte superior numa espécie de tijolo escurecido, o seu interior é magnífico e muito imponente, podemos visitar gratuitamente esta imponente basílica.

 

As duas torres de Bolonha

 

Nesta bela praça temos ainda o “Palazzo d’Accursio” ou (“Palazzo Comunale”), que na verdade é um conjunto de edifícios, de anos diferentes que se estende até á praça Neptuno (fica ao lado da praça Maggiore e nesta praça Neptuno, temos ainda a fonte de Neptuno que também merece a visita); do lado esquerdo temos uma torre do relógio; a outra parte (já do século XVI), onde junto do portão de entrada temos a estátua em bronze do Papa Gregório XIII, que foi o criador do calendário gregoriano; neste momento o palácio é um polo cultural da cidade podendo visitar várias salas como as “d’ercole”, “Boshereccia”, “galeria del senato”, o museu “morandi”, entre outros como uma grande escadaria que servia para os cavalos poderem subir. Podemos visitar algumas partes do palácio gratuitamente, sendo pago para uma coleção de arte e para a torre do relógio, neste momento não é possível comprar os bilhetes, mas podem consultar no site de turismo ou no site do município de Bolonha onde podem obter mais informações.

 

Pallazo comunale, Bolonha

 

Palazzo della Mercanzia, Bolonha

 

Na piazza Maggiore ainda temos o “Palazzo del Podesta”, começou a ser construído em 1200 e servia para hospedar a “Podestá”, que na idade média se chamava aos mais altos cargos do estado no centro e norte de Itália, o Palácio conta ainda com a torre sineira “torre del’Arrengo”, que no século XV passou a ter um sino com quase 5 toneladas, que toca apenas e certos eventos; pelo que me disseram, é possível visitar, mas apenas quando há exposições.

Praticamente aqui ao lado temos o “Palazzo Re Enzo” este palácio foi construído em 1246 (embora no site diga desde 1245, nas discrição diz que foi terminado em 1246), tem o nome devido a ter sido a residência do Rei Enzo da Sardenha que foi prisioneiro da batalha de Bossalta, foi restaurado em 1905, pode ser visitado  aquando de exposições e eventos.

 

Palazzo comunale, Bolonha

 

Palazo del Podestá, Bolonha

 

Interior Archiginnasio, Bolonha

 

A biblioteca Salaborsa (que já fica na praça Neptuno), é a principal Biblioteca desta região, “Emilia-Romanha”, apercebem-se disso pois logo nos comboios está  inscrito isso notando que pertencem a esta região Italiana, podem visitar esta enorme Biblioteca caso sejam amantes de livros e não só claro.

O mercado antigo (quadrângulo) basicamente é um bairro onde se concentra o mercado com pequenas ruas repletas de loja e bancas com frutas, legumes, etc.

No local coberto temos o mercato “di Mezzo”  que foi remodelado em 2014, aqui também podemos comprar produtos locais, toda esta zona fica também próxima da Piazza Maggiore, é normal ver por aqui estudantes que vêm aqui comprar alimentos, ou comer algo nos restaurantes e pequenos espaços ali existentes.

Por trás da Basílica S. Petrónio destaque também para um dos palácios mais importantes da cidade o “Archiginnasio”, é a sede da biblioteca municipal desde 1838, data do século XVI, para visitar o bilhete custa 3€ no site podem obter mais informações, também faz parte deste palácio o teatro Anatómico.

 

Basilica di San Petronio, Bolonha

 

Basílica de S; Stefano; Bolonha

 

As duas torres de Bolonha são sem dúvida um marco da cidade, confesso que me surpreendeu bastante, pois a sua inclinação e os reforços em metal fizeram-me crer que isto estava com problemas, mas afinal era mesmo assim…. As torres “Garisenda” e “Asinelli”.

A torre Garisenda que tem esta inclinação mais acentuada devido à cedência dos terrenos na sua construção, sendo inclusivamente reduzida na sua altura, tendo cerca de 48 metros; a Asinelli, data do século XII, tem cerca de 97 metros de altura, sendo a torre em tijolos mais alta de Itália, eu não visitei por falta de tempo, mas se quiserem contemplar uma vista fabulosa sobre a cidade (podem ver mais torres pois há muitas mais pela cidade), têm de subir muitas escadas, cerca de 500 degraus pelo que se consta, o bilhete custa 5€, podem consultar e comprar no site oficial e penso que no local há uma máquina para o efeito.

Próximos das torres temos o “Palazzo della Mercanzia” data de 1391 e é a sede do comércio, agricultura, indústria e artesanato, as visitas apenas nos corredores (penso que grupos podem fazer reservas).

 

Fonte Neptuno, Bolonha

 

Estreita rua em Bolonha

 

A cerca de 600 metros da Piazza Maggiore, temos a basílica de Santo Stefano (e a praça com o mesmo nome), que na verdade é um complexo de edifícios religiosos que também são chamadas sete igrejas “sette Chiese”, sendo que além de diferentes, foram construídos em épocas diferentes; a igreja de maior destaque é a Igreja do crucifixo,  vale sem dúvida visitar este conjunto de igrejas, recomendo e a entrada é grátis, tendo apenas um local para fazer doações (não custa nada dar uma contribuição).

De volta à estação central passei pelo parque “della Montagnola”, que é o mais antigo da cidade, fiz aqui uma pausa depois de uma longa caminhada, o parque é muito agradável.

 

Uma das ruas de Bolonha

 

Teatro Anatomico, Bolonha

 

Praça em Bolonha

 

Praça e fonte Neptuno, Bolonha

 

Piazza Maggiore, Bolonha

 

Ainda entre outros podemos ver ainda a Basílica de estilo gótico, ” santa Maria dei Servi” começou a ser construída em 1393, a entrada é gratuita, tendo também um pórtico.

Podemos deslumbrar nos com muitos mais edifícios e locais bonitos e bem antigos nesta cidade, principalmente dentro das suas muralhas, o centro antigo, onde temos mais  para ver. Sendo de passagem ou não vale a pena visitar esta cidade histórica, descarreguem um mapa offline e depois usem com o GPS, penso ser o ideal.

 

Basilica S. Stefano, Bolonha

 

Basilica S. Stefano – Bolonha

 

Para os amantes de motas temos o museu da Ducati o bilhete custa 17€ (fica ligeiramente afastado do centro da cidade)

A gastronomia em Itália tem sempre presente a massa (“pasta”), um dos pratos típicos de Bolonha é o “Tagliatelle al Ragu”, que é o nome aqui dado a esse famoso molho de bolonhesa, notem que aqui serve-se assim e não com esparguete; as  tortellinis recheadas, sendo as mais tradicionais com presunto, porco ou mortadela, são servidas como se fosse um caldo com estas massas, claro que a mortadela ou o presunto entre outros produtos que são um pouco transversais a toda a Itália são sempre de grande qualidade, caso façam apenas um lanche, ou algo mais rápido, nada como ir ao mercado antigo, e comer produtos locais ou pequenas refeições, os preços são em conta daí os estudante e trabalhadores  virem aqui.

Viagens felizes

 

Dicas e Notas:

Temos muitos voos diretos, quer para Milão ou para Bolonha.

Para Milão – Bergamo, temos pela Ryanair do Porto, Lisboa e Faro; pela Easyjet para Lisboa

MIlão – Malpensa, pela Ryanair para o Porto; pela Wizz Air para Porto e Lisboa

Para Bolonha, pela Ryanair do Porto e Lisboa.

Claro que a TAP também tem voos para estas cidades embora a oferta não seja tanta; mas podem consultar pois por vezes pode compensar no preço ou nos horários.

 

Centro de Lecco

No aeroporto de Bergamo para Milão temos várias operadores de Bus : Terravision; Autostradale; OrioShuttle, os bilhetes custam cerca de 8€ e demoram cerca de 50 minutos, na saída estão todos alinhados e podem comprar os bilhete localmente, ou mostrar no smartphone caso tenham comprado online  (também temos pela flixbus, mas tem menos horários e já custam 10€).

Caso optem pelo aeroporto de Malpensa, o tempo de viagem é sensivelmente o mesmo mas os bilhetes custam 10€, as operadoras são as mesmas, com excepção do Orio Shuttle, aqui ser Malpensa Shuttle.

 

Estação em Lecco

 

Do aeroporto de Bolonha para o centro da cidade, temos a linha de bus 944 que faz a ligação em cerca de 15 minutos (até á estação central de Bolonha), custando o bilhete 6€ (Site oficial). Outra opção agora recente é uma espécie de “metro express”, que demora apenas cerca de 7-8 minutos e custa 8.7€ no site oficial podem obter mais informações.

 

Centro Bergamo

 

No site oficial, podem consultar todas as opções de comboio, para Milão, Bolonha e Lecco. Os comboios em Itália funcionam muito bem, e com vários horários, muito superiores aos nossos, recomendo, pois podem descobrir boa parte de Itália neste meio de transporte.

O comboio de Milão para Bolonha tem várias opções, mas sendo direto, demora entre: 2h; 2,5h; 3h sendo os bilhetes entre: 39€; 20€; 17€ , vejam horários e toda a informação no site da Trenitalia. Também podem ir de bus, pela Flixbus, demora cerca de 3h também e os bilhetes ficam entre 12€ e 20€, notem é que as paragens não são tão centrais, mas também é uma boa opção.

No geral estas cidades são mais caras que em Portugal, tentem fugir das zonas mais turísticas; por norma fala-se inglês em todo lado e dado que a barreira linguística não é assim tão grande (caso tenham algumas noções de Espanhol ajuda), podem se aventurar e descobrir locais mais tradicionais e em conta.

Em Itália a moeda é o Euro, o fuso horário é de mais uma hora, o indicativo telefónico é +39 e o domínio de internet é .it

 

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TALLINN- ESTÓNIA, REGRESSO AO TEMPO MEDIEVAL

 

Tallinn – Estónia, regresso ao tempo Medieval

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Visitei a capital deste país báltico em 2016; cheguei aqui vindo de Riga numa viagem de bus pela companhia Lux Express, a viagem apesar de algo longa, pois foram cerca de 4,5h, mas acho que vale a pena pois é muito confortável e temos entretenimento com tablets nos assentos do bus (tal como nos aviões), os preços ficam entre 11€ a 20€.

 

Vista de Tallinn

 

A estação de bus de Tallinn, fica a pouco mais de 1 km do centro antigo, centro este que está dentro das muralhas, gostei deste pormenor da cidade que pareciam duas, uma com a parte mais moderna e nova, com edifícios em vidros e vanguardistas, estradas largas etc; enquanto no centro histórico parecia uma cidade medieval parada no tempo, com a calçada de pedras irregulares e pequenas ruas.

Fiquei num Hostel que desde já recomendo “16eur Old town Munkenhof”, com cama em dormitório por 9€ ou quarto duplo por 22€, recomendo esta parte mais antiga da cidade para se alojarem.

 

Área mais moderna fora da zona histórica, Tallinn

 

O centro desta bela cidade medieval parece que nos faz andar para trás no tempo, começando logo numa das principais portas da sua muralha, a porta ” Viru”, com duas belas torre redondas, construída no século XIV; dentro da cidade temos mesmo muita coisa para ver. desde as sua muralhas em que podemos subir e ver a outra parte da cidade a partir desta parte medieval, uma delas é logo junto da porta Viru, desde a torre “Hellermann” , também do século XIV, com três andares, tendo depois cerca de 200 metros de muralha medieval que nos faz recuar no tempo, o bilhete custa 4€, sendo gratuito com o cartão Tallinn (no site de turismo que tenho nas dicas podem consultar).

 

Zona medieval de Tallinn

 

Praça do município de Tallinn

 

Praça do município de Tallinn

 

O mosteiro Dominicano e os seus claustros datam do século XIII, junto do mosteiro que outrora pertenceu a este, temos a igreja de S. Catarina, aqui por vezes há exposições e teatros, a entrada custa 2€; aqui próximo também temos uma das ruas mais emblemáticas da cidade “Karariina Käik” (passagem de S. Catarina), uma pequena rua com várias lojas de artesanato, tais como chapéus, vidro, cerâmica, etc, podendo até ver a produção dos mesmos, outra particularidade que achei interessante, é termos várias “passagens” com telhas, próximos dos telhados que vão das casas de um lado para as do outro.

 

Igreja (museu) S. Nicolau, Tallinn

 

O museu da cidade de Tallinn, onde podemos ver aqui a história da cidade, desde o tempo medieval até aos dias mais atuais, os bilhetes custam 6€, gratuito com o cartão Tallinn; bastante próximo do museu, na rua “Vene”,  temos a igreja ortodoxa de S. Nicolau, uma igreja neoclássica, construída entre 1820 e 1827, com duas torres com sinos e uma bela cúpula em cobre; podemos visitar a igreja gratuitamente.

 

Pormenor das pontes da passagem de S. Catarina

 

Pormenor da calçada numa das ruas da zona medieval

 

A casa das cabeças negras que apesar de não ser tão exuberante como a de Riga é de beleza considerável, é dos complexos mais antigos da cidade, datando do século XIV, aqui temos várias salas onde decorrem vários tipos de eventos, a entrada custa 3€, sendo gratuito se tivermos o cartão Tallinn.

Próximos daqui temos um punhado de museus, tais como o de história da Estónia – great guild hall (bilhetes a 8€); o museu de história natural (bilhetes 10€); museu do design e arte (bilhetes 6€), entre outros que podemos descobrir.

A igreja de S. Olavo  (já num dos extremos da parte medieval), é uma igreja reconhecível pelo seu topo bastante pontiagudo num tom esverdeado, é a maior estrutura medieval da cidade, podemos visitar gratuitamente esta igreja que segundo as lendas locais é do século XII.

 

Torre da igreja de S. Olavo, Tallinn

 

Igreja S. Olavo, Tallinn

 

Igreja Ortodoxa S. Nicolau, Tallinn

No fim desta parte medieval junto a outra das portas de entrada, a “great beach gate” (que tal como o resto das muralhas data do século XIV), temos dentro desta torre, o museu marítimo os bilhetes para visitar este museu são de 12€ e grátis com o cartão de Tallinn.

Já fora das muralhas, num pequeno parque temos um monumento de homenagem aos que morreram no naufrágio de um ferry em 1994 que ia para Estocolmo, “The broken line”.

 

Igreja S. João, Tallinn

 

Memorial Russalka

 

O museu da prisão da KGB (próximo da igreja de S. Olavo), era a antiga sede do KGB na Estónia, onde em 1941 foram instaladas aqui as celas de interrogatório, podemos visitar por 5€ de entrada, ou grátis com o cartão Tallinn.

No “Toompark”, que é o maior parque da zona do bastião, com o belo lago “Snelli”, podemos aqui relaxar um pouco, seguindo depois para a praça das torres, onde temos várias torres redondas incorporadas  nas muralhas (podemos subir a algumas delas pois são privadas, cobrando apenas “doações”), as muralhas de Tallinn têm cerca de 2km de extensão, sendo das muralhas medievais mais bem preservadas da Europa.

 

Lago no parque Kadriorg, Tallinn

 

Caso vos apeteça um lanche depois desta caminhada, podemos aqui nesta zona, sair da zona medieval e em frente a cerca de 800 metros passando pela torre “Plate”, temos um mercado onde podemos comprar alguns produtos locais.

 

Porta Viru e pequeno mercado de flores, Tallinn

 

Novamente dentro da fortificação medieval, temos a catedral da virgem S. Maria, fundada em 1233, embora já tenha sido reconstruída algumas vezes, podemos subir à sua torre com cerca de 69 metros de altura tendo uma bela vista sobre a cidade, para visitar a entrada é de 5€ ou grátis tendo o cartão da cidade.

 

Muralha junto á torre Hellermann, Tallinn

 

Interior de uma das torres da muralha de Tallinn

 

A catedral de Alexander Nevsky, que também fica aqui perto, é talvez o monumento mais emblemático desta cidade (apesar de toda a zona medieval ser fantástica, pela sua envolvência), é uma catedral deslumbrante num estado de conservação imaculado; esta catedral ortodoxa, que é a mais importante do País (fica no topo da colina “Toompea”), tem as cúpulas negras e foi construída em 1900; podemos visitar gratuitamente e deliciar nos com este belo monumento, quer no seu interior quer no seu exterior desta bela e imponente Catedral.

 

Catedral Alexander Nevsky

 

Catedral Alexander Nevsky, Tallinn

 

Câmara municipal de Tallin

 

O castelo de Toompea que tal como a catedral também fica nesta colina, é do século IX mas já foi remodelado várias vezes sendo a última no século XIV, é actualmente a casa do parlamento da Estónia,  “Riigikogu”; podemos entrar gratuitamente mais informações no site oficial, destaque para a sua enorme torre redonda “Pikki Herman”, com cerca de 45 metros de altura (num total de 95 em relação à altura do mar), ficando no seu topo a bandeira da Estónia.

 

Torre Pikki Hermann do castelo Toompea, Tallinn

 

Torre Neitsitorn, Tallinn

Antes de chegar à principal praça da cidade, podemos ainda visitar o museu da fortificação ” Kiek in de Kök” que na realidade é um complexo de museus, fica entre as torres “Neitsitorn”, “kiek in de Kök”, “Talitorne “väravatorn” e também com passagens subterrâneas, podemos visitar todo este complexo por 14€, ou separadamente, sendo 10€ para as torres e  8€ para visitar as passagens subterrâneas; ali próximo temos o jardim do Rei Dinamarquês, ficando praticamente em frente da Igreja de S. Nicolau/ museu “Niguliste” (atenção que esta não é a igreja ortodoxa de S. Nicolau), esta antiga igreja é agora um museu, com várias obras de arte sacra, foi restaurada em 1980; a entrada custa 8€, sendo grátis com o cartão da cidade, mais informações no site oficial.

 

Café, junto do museu Kiek in de Kök, numa das torres, Tallinn

 

A praça do município, que é a principal praça na parte antiga da cidade desde os séculos XII/XIV, é uma praça muito agradável, com vários cafés e restaurantes, no natal ganha ainda uma magia singular, destaque claro para o edifício da câmara municipal (“Raekoda”), foi construído entre 1402 e 1404, em julho e agosto é aberta ao turistas, com entradas a 5€, gratuito para cartão da cidade (cartão Tallinn), mais informações sobre visitas no site oficial.

Outro monumento em destaque nesta praça é a igreja do Espírito Santo, data do século XIV, a torre fica junto de uma das fachadas, e um enorme relógio também numa das fachadas, o edifício é todo branco; para visitar a entrada é apenas 1.5€ e grátis para o cartão de Tallinn.

 

Arte urbana, Tallinn

 

Ainda podemos visitar por aqui a Farmácia mais antiga da Europa (“Raeapteek”) aberta desde 1422,a entrada é grátis; outra opção é o museu da ordem da cavalaria, os bilhetes são 12€ ou gratuito com o cartão de Tallinn.

Destaque ainda para outra praça importante na cidade (quando lá estive havia um festival de música), a praça da liberdade, uma praça relativamente grande, onde aqui ocorrem os eventos, celebrações etc; temos aqui a igreja de S. João, podemos visitar esta igreja amarela de estilo neogótico, construída em 1867, destaque ainda para uma grande cruz em vidro na praça da liberdade, que simboliza a vitória na guerra da independência.

 

Festival de música na praça da liberdade, Tallinn

 

Mais afastado um pouco daqui temos ainda o museu Vabamu, o museu da liberdade e ocupações, pode ser visitado por 11€ (14€ se visitarmos conjuntamente com o do KGB), tendo o cartão de Tallinn é grátis.

Podemos passar mais umas horas e encantando-nos neste mundo medieval, eu recomendaria passar aqui todo dia, visitando no dia seguinte as ofertas fora desta área.

Fora desta parte medieval e também talvez o que fica mais afastado (ficando a cerca de 2.5 km, podem usar a linha 1 do Metro, na paragem “Kadriorg”) temos um local de visita obrigatória, o palácio Kadriorg, que fica inserido num belíssimo parque com o mesmo nome, um parque enorme, palaciano e urbano com quase 70 hectares no total, mas junto ao palácio tem uma beleza singular, sem dúvida que vale a pena a visita a este parque Kadriorg, para visitar este enorme palácio barroco com várias coleções de arte, o palácio é lindíssimo (apesar de não visitar este, mas só por fora é algo de incrível), bem como o jardim envolvente; os bilhetes custam 8€, sendo gratuito para o cartão da cidade de Tallinn, mais informações no site oficial, temos também mais alguns pequenos museus aqui próximos que também podem explorar, ou simplesmente desfrutar deste belo parque após a visita ao palácio.

 

Palácio Kadriorg

 

Palacio e jardim Kadriorg , Tallin

 

Descendo um pouco desta zona dos jardim e do palácio para junto do mar (temos até uma pequena praia), próximo da estrada, temos o memorial “Russalka”, construído em 1902, com 16 metros de altura em homenagem às vítimas do navio da marinha russa do mesmo nome.

Destaque ainda para (fora da parte medieval): o mercado central (“Keskturg”); o museu da energia, bilhetes 9€/ grátis com o cartão da cidade); a cidade criativa “Telliskivi” que fica num antigo complexo industrial entre outros locais que podem descobrir.

O bairro de Rottermann, já próximo da parte histórica é um bairro de arquitetura moderna e também recheado de diversão com bares e restaurantes, caminhando um pouco chegamos até á zona do antigo porto da cidade. Podemos ver aqui próximo o museu marítimo Lennusadam os bilhetes são os mais caros, 15€ mas com o cartão é grátis recomendo que escolham este no lote dos que o cartão abrange.

 

Um dos navio do Museu marítimo Lennusadam, Tallinn

 

Porto de Tallinn

 

A gastronomia da Estónia que tem várias influências desde Escandinavas, Russas e Alemãs, bem como dos vizinhos do báltico, está muito assente nos produtos locais e frescos, sendo o pão de centeio (que é o rei da cozinha da Estónia), as carnes como a de porco e vitela, o peixe também está muito presente devido à sua proximidade com o mar, bem como produtos que se obtenham nas florestas e os legumes e frutas produzidos localmente, aliás uma características é ser uma cozinha sazonal.

Pratos como o porco e batatas assadas, a Geleia de carne, os enchidos e sopas variadas como a de ervilhas entre outras.

Descobri um pequeno restaurante próximo da praça do município com preços em conta, onde comi uma sopa e um entrecosto muito condimentado, mas muito bom e suculento. III Draakon recomendo vivamente. A cerveja artesanal também é muito popular por aqui em Tallinn, se poderem à noite pelo menos uma cerveja num bar na zona medieval vale a pena.

 

Porta onde fica o museu marítimo da estónia, Tallinn

 

Dicas e Notas:

Não temos voos diretos para Tallinn, podemos encontrar voos baratos para aqui através de outras cidades (vejam aquelas que tenham voos baratos para Portugal),  alguns exemplos são: pela Ryanair, Berlim, Dublin, Londres, Milão e Viena; pela Easyjet para Londres ou Milão e pela wizz air para Milão ou Viena.

Eu na altura fui para Bremen pela Ryanair mas pelo que vi agora já não temos essa rota.

Podem fazer como eu e ir a partir Riga caso tenham melhores opções para a Letónia, pois a viagem de bus faz-se muito bem e tem preços acessíveis, aliás a minha sugestão seria fazer as duas cidades aproveitando a escassez de voos para estes países do báltico. Outra opção será ir para Tallinn desde Helsínquia, o ferry demora cerca de 2h e os preços pelo que vi ficam por volta dos 25€.

Para ir para o aeroporto de Tallinn, podem ir de bus público, o nº 2 que demora apenas cerca de 15 minutos e os bilhetes custam 2€, outra opção será o tram, linha 4, podem consultar no site de transportes mais informações.

Na Estónia precisamos apenas do cartão do Cidadão, a larga maioria das pessoas fala inglês e quer sinalização, menus de restaurante, etc estão em inglês. A cidade é tranquila e segura, recomendo a parte mais antiga pois é onde se encontra a maioria das atrações e podem fazer tudo a pé (apenas o palácio Kadriorg está mais afastado); os preços são ligeiramente mais caros que Porto ou Lisboa, mas tal como em Portugal podem encontrar ofertas em conta se fugirem dos locais mais turísticos.

Numa das entradas da zona histórica temos a estação de comboios, apesar de eu achar que as redes de bus como a Lux Express funcionarem muito bem (sendo até mais rápidas para Riga), também têm esta opção principalmente para visitarem mais cidades na Estónia, como Tartu ou Pärnu, para mais informações podem consultar o site de comboios.

A moeda é o Euro, o fuso horário é de mais duas horas que em Portugal, o indicativo telefónico é +372 e o domínio de internet é .ee.

A Estónia já é um país relativamente frio, apesar de claro termos sempre os encantos do inverno e por exemplo ver esta bela cidade coberta de neve, e claro pela altura do Natal a magia provavelmente ser fantástica com os mercados dentro desta “pequena cidade medieval”; no entanto nos meses entre maio e setembro as temperaturas são mais amenas, podem ver médias de temperaturas no site.

 

Rua na zona medieval de Tallinn

 

Caso pretendam ver muitas das atrações a melhor opção é comprar o cartão da cidade, o Tallinn card, podemos visitar 10 locais grátis à escolha (vejam aqueles que vos possam interessar mais, dos que eu referi ou outros que estejam incluídos na oferta), temos ainda por exemplo entradas prioritárias na torre de Tv, no Zoo e no museu ao ar livre, bem como descontos e crianças até aos 7 anos grátis, para 24h o preço é de 28€, no site de turismo podem ver mais informações do cartão,dos monumentos e turismo da cidade em geral. Acho que esta cidade merece pelo menos dois dias de visita.

 

Bairro Rotermann, Tallinn

 

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