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ALGUNS DOS ESPETÁCULOS PELO MUNDO

ALGUNS DOS ESPETÁCULOS PELO MUNDO

Susana Correia

Alguns dos Espetáculos pelo Mundo


Texto & Fotos de Mário Menezes


 


Viajar é um bom motivo para fazermos coisas que habitualmente não fazemos. Assistir a espetáculos é uma delas. Sejam eles lúdicos, desportivos, culturais ou de outra qualquer natureza que até pode ferir sensibilidades. Como diz o provérbio popular, "em Roma, sê Romano", assim, ao longo das minhas viagens faço questão de viver em parte os países que visitei e de forma lúdica enriquecer um pouco o meu portfolio cultural. Aqui vai uma listagem de alguns espetáculos que é possível ver ao vivo pelo Mundo fora. Alguns tive essa oportunidade, outros limitei-me a visitar os locais onde esses espetáculos são levados a cabo, na esperança de um dia lá ir ver um espetáculo ao vivo e a cores.


 

Futebol  



É o desporto rei e sem dúvida que é o maior espetáculo do Mundo.


Nas minhas viagens é tradição visitar estádios de futebol, daí a sua existência em larga escala temporal e espacial extensivo a todos os continentes onde estive. Assistir a jogos de futebol, nem tanto. Ver ao vivo um clássico do futebol Mundial é um desejo, porém nem sempre estive nesses locais no dia e hora em que esses eventos ocorrem e também os preços elevados dos mesmos e a escassa oferta de bilhetes condiciona. Mesmo assim, já tive oportunidade de ver ao vivo jogos de futebol no Brasil e em Itália. Dois jogos do Flamengo, no Maracanã no Rio de Janeiro, em Julho de 1999, e dois jogos do Milan no San Siro, em Milão, em Janeiro de 2007,  um jogo da Roma e outro da Lazio no Olímpico de Roma em Janeiro de 2008. Posso afirmar com enorme satisfação que já vi jogar ao vivo Romário, entre outras estrelas, como Francesco Totti, Andrea Pirlo, Kaká, Paolo Maldini ou Filippo Inzaghi e também uma "obra prima" assinada por  Aleksandar Kolarov que entrou na História recente do futebol como qualquer grande golo.


 



 



 



 


Na Itália e no Brasil, os preços para ir ao futebol eram bastante acessíveis. Só para ver ao vivo aquelas vedetas mais que justificava o valor pago, quanto mais para as ver jogar! Até mesmo na Alemanha onde os supermercados da cadeia "Lidl", em Berlim em 2010, vendiam bilhetes para os jogos do Hertha a 9,99€! Isso não me motivou, pois com -13ºc não era convidativo. O jogo Hertha-Borussia de Monchengladbach ficou 0-0, e nessa noite, encontrei adeptos da equipa forasteira em enorme confraternização na Berliner Republik. Na Alemanha acompanhar as equipas nos jogos fora é tradição e nas estações de comboio de longo curso é normal vermos pessoas trajadas com adereços das cores dos seus clubes do coração.


 



 



 



 



 



 


As minhas idas ao futebol no estrangeiro já me deram alguns segundos de fama na SIC-Notícias, pois o tema foi por várias vezes considerado como o "Email da semana" do programa "Tempo extra", com o jornalista Rui Santos, em direto, a referir-se ao meu testemunho dos preços praticados nesses países para ir ao futebol em comparação com Portugal, onde no meu caso, pago mais de 300€ (Quotas e Red pass) por ano para ver os jogos do Benfica do nosso campeonato, no meu lugar no Estádio da Luz, e mesmo assim é o mais barato.


Por cá, jogos do Benfica em casa e fora, e por vezes até de outros clubes, e obviamente da Seleção Nacional também sou frequentador habitual.


 



 



 



 



 



 



 



 

Futebol Americano 



 


A modalidade nada me diz, nunca vi ao vivo embora já tenha participado num "open day" dos "Lisboa Devils", sim por cá tem pouca expressão, mas pratica-se...


Seria injusto referir os desportos com milhões de adeptos no Continente Americano sem referir o futebol Americano, por lá chamado de "football", o desporto rei nos EUA. A final do Super Bowl é um acontecimento gigantesco e visto em todo o mundo. Um dos maiores nomes da modalidade, O.J. Simpson, que também brilhou no cinema, saiu do estrelato e caiu em desgraça tendo passado pelo mundo do crime, após ser considerado inocente num homicídio em 1994, anos mais tarde, passou uma temporada atrás das grades, condenado por assalto. O crime é como o Sol, quando nasce é para todos...


Em Chicago, o Estádio Soldier Field é a casa dos Chicago Bears e dos Chicago Fire Football Club este último não é clube de "football" mas sim de "soccer", assim chamado o futebol por terras do Tio Sam. Desse estádio só recordo mesmo o "soccer". Ali foram jogadas partidas do Mundial de 1994.


 



 



 

Basebol 



 


O jogo em si não me diz nada. Não percebo patavina! Mas posso dizer que já tive oportunidade de ver ao vivo um pouco de um jogo de basebol. Dizem que uma partida pode durar horas. Para mim alguns minutos foram mais do que suficientes. Em 2005, em Santiago de Cuba, no Estádio Guillermon Moncada, tive a oportunidade de presenciar. Os bilhetes tinham um preço meramente simbólico.

Mais tarde tive oportunidade de visitar dois estádios ultramodernos, que se transformam para poderem receber diversas modalidades. Em 2016 visitei o Estádio Rogers Centre, em Toronto no Canadá onde atua a equipa de basebol dos Toronto Blue Jays e de futebol Americano dos Toronto Argonauts. Em 2019 visitei o Sapporo Dome, em Sapporo no Japão. Ali atuam as equipa Hokkaido Nippon-Ham Fighters de basebol e a Hokkaido Consadole Sapporo de futebol. Na altura da minha visita ambos os estádios estavam em "modo basebol".


 



 



 



 

Basquetebol 



 


Nos EUA os jogos da NBA são um encanto, tanto a nível jogado como pelo espetáculo criado à volta de um mega evento que é uma partida destas. Transmitidos pelas televisões para todo o Mundo, conquistam audiências cujos números atingem valores astronómicos. Não sou apreciador da modalidade, mas ver ao vivo um jogo da NBA se tiver oportunidade é algo que não deverei descartar. Na minha passagem por Nova Iorque e por Chicago não foi possível pois nesses dias não se jogou por lá qualquer partida de basquetebol. Ficam as memórias e as fotos tiradas para a posteridade na entrada de ambos os recintos, em Nova Iorque no Madison Square Garden onde atuam os New York Knicks em no United Center em Chicago onde atuam os Chicago Bulls. Neste último, estátua de Michael Jordan considerado como o melhor jogador de todos os tempos desta modalidade, localizada na entrada, é ponto de romaria de muitos turistas.


 



 



 

Hóquei sobre o gelo 



 


Nos EUA, a NHL é o maior campeonato do Mundo. Alguns jogos são disputados nos mesmos pavilhões onde se disputam os jogos da NBA, sendo estes rapidamente transformados. Os jogos da NHL, também são campeões de audiências televisivas e transmitidos para todo o Mundo. O United Center de Chicago é o pavilhão em que se disputam os jogos da NHL dos Chicago Blackhawks. A transformação desse pavilhão de basquetebol para hóquei sobre o gelo faz-se em apenas duas horas. Cá fora, junto da estátua de Michael Jordan encontramos as estátuas de Bobby Hull e Stan Mikita, antigas estrelas da NHL. Em Nova Iorque, no Madison Square Garden, no dia da minha chegada realizava-se um jogo da NFL dos New York Rangers. Poderia ter ido ver mas não fui, pois ver ao vivo um jogo desta modalidade foi um desejo realizado anos antes. Na Alemanha aquando da minha passagem por Munique em 2009, vi ao vivo um jogo dos “EHC Red Bull München” que na altura se chamava “Eishockeyclub HC München 1998” no Olympia Eishalle, um pavilhão multiusos que se localiza no complexo do Parque Olímpico. O resultado ficou 3-1 favorável à equipa da casa e aqui pode ser visto o resumo do jogo.


 



 



 



 



 

Râguebi 



 


Na Nova Zelândia, país que espero um dia visitar, é o desporto rei. Conhecida como "All Blacks", a Seleção Nacional, na qual alinhou a super estrela Jonah Lomu, maravilha o Mundo com os seus jogos. Jonah Lomu, jogador de râguebi ao nível de Cristiano Ronaldo no futebol, partiu deste Mundo aos 40 anos, devido a doença. Além da Nova Zelândia e de vários países do Hemisfério sul, o râguebi é desporto rei, por exemplo, no País de Gales. É caso para dizer, "Três pontos para o País de Gales"!!!!


Cardiff é uma das capitais Mundiais desta modalidade que segundo os seus apreciadores, é "um jogo de guerreiros, jogado por cavalheiros". O Estádio Principality é um dos seus míticos palcos. É a casa da Seleção Galesa de Râguebi.  Seleção que já venceu o Torneio das Seis Nações por várias vezes e algumas delas só com vitórias. Este estádio possui tecnologia avançada, sendo o segundo na Europa a possuir teto móvel (o primeiro foi o Amsterdam Arena) e o segundo maior do Mundo com essa característica (o maior fica no Texas).


Não sou apreciador de râguebi, mas fica a dica. Os entusiastas têm aqui um local de culto, além da visita ao estádio, podem também visitar a loja oficial da Seleção Galesa de Râguebi.

O País de Gales possui uma Liga de Râguebi desde o ano 1907. Cardiff possui mais de 20 equipas sendo 4 profissionais. Junto ao Estádio Principality, encontramos o Estádio Cardiff Arms Park onde a equipa Cardiff Rugby Football Club, o maior clube da cidade, disputa os seus jogos em casa.


Na Irlanda, em Dublin, o Estádio Aviva é utilizado para futebol e para râguebi, sendo a casa das  Seleções Nacionais da Irlanda, de futebol e de râguebi. Neste país nem o futebol nem o râguebi são os desportos com mais adeptos, no entanto o primeiro leva vantagem. Dublin possui cerca de 30 equipas de râguebi, apesar de nenhuma se encontrar entre as que possuem mais troféus. A Irlanda em conjunto com a Irlanda do Norte, possui uma Liga de Râguebi com 50 equipas divididas em 5 divisões.


 



 



 

Futebol gaélico e Hurling 



 


Ao falarmos da Irlanda, seria injusto não referirmos estas duas modalidades, que são os desportos mais populares. Ambas são jogadas em recintos com dimensões semelhantes ao futebol sendo o hurling considerada a modalidade mais rápida sobre relva. O Croke Park é o local mais importante onde as finais destes torneios são jogadas. Tem capacidade para mais de 80.000 espetadores fazendo dele o quarto maior estádio da Europa e o maior que não é usado para futebol. Os adeptos das equipas que se defrontam assistem aos jogos todos juntos e não existem problemas de segurança como nos jogos de futebol. Quem estiver interessado em saber mais sobre essas modalidades recomendo vivamente a visitar Dublin e o Croke Park.


 



 

Muay Thai  



 


O desporto rei na Tailândia é sem dúvida o Muay Thai, sendo Banguecoque a sua capital Mundial. Para assistir aos combates em Banguecoque, os preços praticados para estrangeiros são exorbitantes sendo o Estádio Rajadamnern e o Estádio Lumpinee tidos como os melhores locais. Porém longe de Banguecoque é possível assistir a combates de Muay Thai por preços mais em conta. Por exemplo em Chiang Mai no Thaphae Boxing Stadium, mas também certamente com lutadores menos famosos e sobretudo para turista ver e satisfazer a sua curiosidade, inclusivamente apostar nos vencedores e até posar com os lutadores, sejam eles masculinos ou femininos.


 



 



 



 



 



 

Ópera 



 


Foi uma namorada que tive que me fez ter interesse em ver um espetáculo de ópera ao vivo. Ela comigo, também começou a ver futebol no estádio e na TV... Futebol não é cultura, ao contrário de espetáculos desta natureza. As relações acabam, mas as ideias prevalecem e não fosse este meu relacionamento passado, jamais me ocorreria nas minhas viagens ir a este tipo de espetáculos ou mesmo visitar os edifícios onde eles são levados a cabo.


Reconheço que uma ópera é um espetáculo grandioso, apesar da minha cultura geral não atingir este patamar e quando assisto não consigo tirar o máximo proveito. Os preços dos bilhetes em Portugal, a quem nunca foi, também não incentivam a ir. Ir à ópera é também um ritual da classe média alta. O "dress code" deve ser apropriado, inclusivamente os casacos devem ser deixados nos bengaleiros e os foyers servem vinho, champanhe e canapés nos intervalos. Ainda não entrei sequer no Teatro São Carlos, mas já assisti a espetáculos de ópera levados a cabo no Meo Arena e no Campo Pequeno, o que não é a mesma coisa de um espetáculo de ópera que é levado a cabo numa sala de ópera, uma sala de espetáculos concebida para receber um espetáculo dessa natureza, com a acústica indicada, e não um recinto multiusos adaptado.


Não sou perito em temas culturais como ópera, tal como não sou em museus ou em monumentos mas como nós só conhecemos aquilo que experimentamos, hoje posso afirmar que esse tempo despendido foi bem empregado e alguma coisa aprendi. Tal como visitar museus e monumentos, assistir ao vivo a uma ópera são formas excelentes de nos divertirmos e simultaneamente nos enriquecermos.


Atualmente a internet é uma ferramenta com enorme utilidade por onde a informação circula em forma de som, vídeo, imagem ou texto à velocidade da luz. Antes de assistirmos ao vivo a uma ópera, devemos fazer um estudo prévio de algumas horas sobre a récita, sobre as "árias" e sobre o conteúdo do "libreto", o seu enquadramento histórico, social e geográfico. Muitas obras já foram transpostas para o Cinema como por exemplo a Carmen de Bizet ou o Onegin de Tchaikovsky. Recomendo vivamente esta última pois o filme baseado na obra homónica é interessantíssimo, fácil de compreender e nada enfadonho!


 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 


Se visitarem a Croácia, nomeadamente Zagreb, onde estreou em 1876 a ópera "Nikola Šubić Zrinski", se tiverem oportunidade de a ver ao vivo, farão algo grandioso. Uma obra desconhecida fora do país, mas de enorme orgulho nacional Croata, sendo a sua ária "U boj, u boj!" uma conhecida canção nacionalista. Espetáculo com legendas em Inglês, muito fácil de compreender.


 



 



 



 



 



 


Ópera é basicamente um espetáculo que mistura teatro e música, sendo os diálogos cantados, as árias, algumas muito bonitas e famosas. Nasceu na Itália no século XVI. Quase todas as capitais possuem pelo menos uma sala de ópera. Tendo em conta a sua conceção e acústica, o seu reportório e os artistas habituais, as 5 salas de ópera mais importantes do Mundo são a Ópera de Viena, o Teatro Scala de Milão, a Ópera Real de Covent Garden em Londres, a Opera Nacional de Paris e o Teatro Colón de Buenos Aires. Já passei à porta de todos e já tive oportunidade de visitar o interior de alguns destes locais de culto, mas em nenhum destes ainda assisti a ópera.


 



 



 


Ao longo das minhas viagens, além de Zagreb, Roma, Praga, Budapeste, Riga, Belgrado, Kiev e Oslo foram locais onde assisti ao vivo a espetáculos de ópera nas respetivas salas. Não se encontrando entre as 5 melhores do Mundo, não deixam de ser locais de culto e de grande romaria. Nos países do Centro e Leste Europeu é possível desfrutar destes espetáculos, tidos como de grande qualidade e pagando preços praticados por cá ao nível de um bilhete de cinema. E também não deixei de passar pelo foyer nos intervalos para beber champanhe ou vinho originário desses países!


E mesmo em outros locais tidos como caros, por vezes ver este tipo de espetáculo, consegue-se por preços simbólicos, comprando o bilhete online com a devida antecedência.


E por falar em ópera, fica o meu desejo de um dia visitar a Ópera de Sydney, não para assistir a espetáculos, mas pelo edifício em si. Entretanto pude contentar-me com o Grande Teatro Nacional de Pequim, na minha viagem à China em 2017. Este teatro pela sua grandeza de construção e da sua arquitetura, mesmo não sendo tão famoso, rivaliza com a sala de espetáculos da Oceânia.


Para já, a Opera de Oslo entrou no meu cardápio. Um edifício que está para a capital norueguesa como os restantes estão para essas cidades. Ver a " Tosca" por menos de dez euros, foi um verdadeiro presente. Apesar dos lugares serem em pé, a visibilidade era perfeita, bem como a acústica e as duas horas de duração do espetáculo passaram a correr. Recondita armonia!!!!!


Fui ver a Tosca vestido como um verdadeiro "tosco". Nesse dia viajaria de noite para Trondhein, tinha a mala a guardar no hostel, e não tive qualquer hipótese de me vestir mais condignamente tendo em conta a ocasião. Fiz questão na véspera me informar se poderia ir à ópera assim vestido, sem qualquer problema, resposta pronta que tive do staff!


 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 


Teatro San Carlo em Nápoles também é uma excelente sala de ópera, com mística e história. O nosso Teatro São Carlos foi construído tendo como inspiração o Teatro Scala de Milão e o Teatro San Carlo de Nápoles!  Tive oportunidade de assistir a um concerto de música clássica, e não perdi a oportunidade de me maravilhar com os seus sumptuosos interiores!


 



 



 



 



 

Flamenco



 


Assim como o fado está para Portugal, o flamenco, tal como a tourada, são símbolos da cultura espanhola. É a alma da Andaluzia. Consta-se que apareceu no bairro de Triana em Sevilha e daí se expandiu para toda a Espanha, por via da emigração. Madrid e Barcelona são outras das cidades onde assistir um espetáculo num tablao, assim se chama as casas onde são levados a cabo, é tradicional numa visita a Espanha. Em 2010 foi declarado património cultural imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A música, a guitarra, o canto, a dança, o sapateado, fazem parte. As origens remontam às culturas hebraicas, israelitas, ciganas e mouriscas, sendo notadas as influências árabes e judaicas. Os trajes dos artistas são tradicionais, nomeadamente os femininos. Paco de Lucía, Pepe de Lucía, Sara Baras, Belén Maya, Tomatito, Niña Pastori são alguns dos nomes de artistas famosos associados aesta arte.

Em Sevilha existem imensos tablaos, sendo difícil a escolha. É um espetáculo que dura cerca de uma hora, custa cerca de 25 Euros, preço elevado, a pensar nos turistas! Quando visitei Sevilha, a minha escolha para assistir a um espetáculo de flamenco foi o Teatro Flamenco de Triana e julgo que foi acertadíssima. Convém marcar com antecedência pois a procura é muito elevada.


 



 



 



 



 



 

Ballet 



 


Nos países da antiga URSS o ballet é o espetáculo cultural mais importante, seguindo-se a ópera bem de perto.


Uma viagem à Rússia não fica completa sem assistirmos ao vivo a uma sessão de ballet, mesmo que não sejamos apreciadores e conhecedores dessa arte. Nos intervalos, ir a um dos requintados "foyers" brindar com um cálice de champanhe Russo é um verdadeiro ritual! Quando visitei a Rússia, um Euro comprava 40 Rublos. Agora compra bem mais...


Em São Petersburgo, existe uma das catedrais do ballet Russo. Mundialmente famoso, o Teatro Mariinsky, o Kirov como era chamado no tempo em que a cidade se chamava Leninegrado.  Ali estrearam grandes obras como "O Quebra-Nozes" de Tchaikovsky e brilharam grandes artistas como Mikhail Baryshnikov. E sobre este grande nome, a "7ª arte Hollywoodesca" não se esqueceu, quando no tempo da "Guerra fria", quatro anos antes da queda do Muro de Berlim, ali se passou a ação do filme "O Sol da meia noite ", cujas cenas no seu interior foram na realidade rodadas no nosso Teatro São Carlos. Imortalizado pela sua banda sonora, "Say you, Say me", o filme retrata a história de um bailarino Soviético exilado nos EUA que tem um acidente de avião ao sobrevoar a Sibéria. Sobrevive e é aprisionado pelo KGB e obrigado a exercer a sua profissão na URSS. Acaba por conseguir fugir durante um espetáculo em pleno Teatro Mariinsky. As cenas do filme passadas no exterior, com Leninegrado como pano de fundo, e que retratam este celebérrimo edifício, com destaque da fuga final, foram na realidade filmadas fora da URSS, nomeadamente em Helsínquia e sobrepostas com as imagens recolhidas por uma equipa que andou por Leninegrado a filmar vários locais, incluindo o edifício do Teatro Mariinsky!

A outra catedral do ballet Russo, apesar de mais recente, é o Teatro Bolshoi em Moscovo. Os bilhetes eram bem mais caros que no Teatro Mariinsky onde se conseguiam preços de ingressos por 25€, na internet com antecedência. No site oficial desta sala Moscovita, os bilhetes alcançavam as centenas de Euros e só seria possível adquiri-los por preço relativamente razoável (cerca de 50€) à porta na candonga dos agentes.  No palco do Teatro Bolshoi foi pela primeira vez levado à cena o "Lago dos cisnes" de Tchaikovsky. Quem esteve em Moscovo entenderá muito bem porque ir ao Bolshoi é caro. Ao contrário do Teatro Mariinsky de São Petersburgo, o imponente edifício do Teatro Bolshoi encontra-se, perto do Kremlin, numa imponente praça, ladeado por imponentes ruas, a Petrovka por exemplo, onde abundam as lojas de luxo como destaque para o Tsum, a segunda loja mais cara da Rússia.


As companhias de ballet sediadas quer no Bolshoi quer no Mariinsky fazem (pelo menos faziam, e esperemos que voltem a fazer...) digressões pelo Mundo fora. Numa dessas digressões, a Paris, no tempo da Guerra fria, em 1961, o bailarino Rudolf Nureyev que fazia parte da companhia do Kirov desertou do regime Soviético, quando se preparava para regressar à URSS, pediu asilo político em pleno aeroporto de Paris. O filme "Corvo Branco" relata esse episódio da sua vida. Depois disso, Rudolf Nureyev viveu ao máximo a vida capitalista Ocidental e da alta sociedade, com todos os luxos que o dinheiro pode comprar, sendo inclusivamente apontado como um dos amantes de Freddy Mercury. Faleceu vítima de SIDA em 1993 com 54 anos, encontrando-se sepultado em França.


 



 



 



 



 



 



 



 



 


Na Moldávia, em Chisinau, em tempos capital de uma República Soviética mas que em breve se prepara para se tornar mais uma capital da União Europeia, na sua avenida principal, a "Stefan cel Mare" encontramos o Teatro Nacional Maria Bieșu, a sede do Ballet Nacional da Moldávia que faz digressões pelo Mundo esgotando muitas salas com semanas de antecedência e que por cá podemos ver anunciados nos cartazes sobretudo na época Natalícia, com bilhetes nada baratos e sem qualquer acompanhamento de orquestra, atuando os bailarinos ao som de música gravada.


A Moldávia, como qualquer país do Leste Europeu é possuidor de um património cultural riquíssimo, onde desde a tenra idade as crianças são educadas para o apreciarem e respeitarem. Estes tipos de espetáculos, encontram-se entre os de melhor qualidade que podemos desfrutar quando viajamos pelo Mundo. Visitar a Moldávia é uma oportunidade única na vida ver ao vivo o Ballet Nacional da Moldávia, património daquela nação, atuando em conjunto com a sua orquestra. Depois de adquirir, por pouco mais de 5€, o bilhete para os melhores lugares da sala, o viajante depara-se que aterrou num paraíso cultural onde espetáculos de qualidade ímpar, podem ser desfrutados quase gratuitamente.


Em Kiev, em tempos a terceira cidade da URSS e que em breve será mais uma capital da União Europeia, encontramos a Ópera de Kiev, uma das mais importantes do Mundo, com Historial ligado à Revolução Bolchevique. Ali foi assassinado Piotr Stolípin, Presidente do Conselho de Ministros (equivalente a primeiro-ministro da Rússia) do reinado do último Czar Nicolau II, conforme nos relata a série “Os Últimos Czares” da Netflix. Aqui fica sediado o Ballet Kiev que também corre o Mundo em diversas digressões. À semelhança de Chisinau, os preços são ridiculamente baixos para os nossos padrões.


São Petersburgo, Chisinau, Kiev, Vilnius, Praga e Hamburgo foram os locais onde aproveitei para ver ao vivo ballet, com preços bem simpáticos, e como não me canso de referir, não sendo apreciador nem conhecedor dessa arte, dei por muito bem empregue o tempo e o dinheiro gasto. Em boa hora segui o conselho de um colega meu, que é apreciador destes espetáculos e cuja filha com quase 12 anos de idade é praticante.


 



 



 



 



 



 


Em Ljubljana assisti a um espetáculo de menor duração, uma peça infantil, "Picko in packo", mesmo não sendo acompanhado por orquestra não deixou de ser interessante. Em São Petersburgo, Chisinau, Kiev, Vilnius, Praga e Hamburgo já assisti a algo mais completo, ou seja espetáculos acompanhados com orquestra. Em todos esses locais tive oportunidade de assistir ao vivo a espetáculos de ballet, com preços bem simpáticos, e como não me canso de referir, não sendo apreciador nem conhecedor dessa arte, dei por muito bem empregue o tempo e o dinheiro gasto. Em boa hora segui o conselho de um colega meu, que é apreciador destes espetáculos e cuja filha de 12 anos de idade é praticante de ballet.


 



 



 



 


 

Concerto de música clássica 



 


Viena é a capital Mundial da música. Em direto de Viena, todos os anos assistimos ao Concerto de Ano Novo na televisão, que ocorre no Musikverein. Transmitido para todo o Mundo, o Concerto termina sempre ao som da marcha “Radetzky” de Johann Strauss (pai) com o público presente na sala acompanhando com palmas. Situa-se na Ringstrasse, a poucos metros do edifício da Ópera de Viena, é a sede da Orquestra Filarmónica de Viena, considerada a melhor do Mundo. No interior, a sua famosa Sala Dourada, é considerada uma das 3 melhores salas de concerto do Mundo, juntamente com a Concertgebouw de Amesterdão e a Carnegie Hall de Nova Iorque. Para visitar o interior do Musikverein a melhor forma é mesmo assistir a um concerto, pois as visitas guiadas não são diárias. Os bilhetes para os concertos podem ser obtidos online, com antecedência, o que se recomenda, dada a enorme procura.

Na minha passagem por Viena não perdi a oportunidade de ver ao vivo um concerto no Musikverein, apesar de não ser um espetáculo barato.


Tal como ópera e ballet, concertos de música clássica, além destas salas de "concert hall", também são levados a cabo em salas de ópera ou teatros, como aquele que tive oportunidade de assistir em Nápoles, no Teatro San Carlo.


 



 



 


Assistir a um concerto de música clássica é uma forma tradicional de entrar num novo ano. No dia 1 de janeiro um pouco por todo o Mundo este "ritual" é levado a cabo, sendo o de Viena o mais famoso e importante. Em Loulé, tenho por hábito assistir no Cineteatro Louletano ao Concerto de Ano Novo pela Orquestra do Algarve. Recomendo vivamente a quem estiver na região por esses dias. Marquem com antecedência pois a procura é alta!


 



 



 

Musical 



 


Um género que mistura música e teatro e que em muitos países é o espetáculo cultural mais importante.


Tal como uma viagem à Rússia (Moscovo e/ou São Petersburgo) não é completa sem uma ida ao ballet, uma visita aos EUA, por exemplo a Nova Iorque não fica completa sem assistirmos ao vivo a um musical na Broadway.


Broadway é o nome de uma avenida Nova Iorquina, com 53 Km, que atravessa os distritos (boroughs) de Manhattan e Bronx, cruzando a Times Square. É nas imediações do "Centro do Mundo" que se concentram os 41 teatros, todos com mais de 500 lugares e alguns com mais de 1000. É a esta concentração de teatros, tanto por essa avenida como pelas ruas transversais, que constituem um bairro de teatros, a que chamamos também de Broadway.  Com cerca de 14 milhões de espetadores anuais, a Broadway torna Nova Iorque a capital cultural dos EUA.

Vários filmes deram origem a musicais, como por exemplo "Misery", com Bruce Willis encarando a personagem do escritor Paul Sheldon, baseado numa obra de Stephen King que nos causa arrepios. E vários musicais deram origem a filmes, como por exemplo "Chicago", ambientado à cidade de Chicago, que também possui um zona de entretenimento como a “Broadway” cujo teatro mais famoso é o “Chicago Theatre” esse musical estreou em 1975. Uma sátira à sociedade dos anos 20, nomeadamente à corrupção na aplicação da justiça aos criminosos. Afinal o crime faz parte da História dos EUA...


Num dos maiores teatros da Broadway, o Teatro Majestic encontra-se em cena desde 26 de Janeiro de 1988 o "Fantasma da Ópera". Considerado o rei dos musicais, pois é o espetáculo que está há mais tempo em cartaz, encontrando-se por isso inscrito no "Guinness Book of Records" desde 2012, destronando o "Cats". Viajar é a melhor prenda de aniversário e o dia em que soprei as 41 velas tornou-se ainda mais memorável em Nova Iorque ao “soirée”.  A música temática deste musical, que por sinal comemora o aniversário de estreia na Broadway no mesmo dia em que eu comemoro a data em que vim ao Mundo, tornou-se o “hino” desta minha viagem aquela que Frank Sinatra um dia alcunhou como "a cidade que nunca dorme".


Nova Iorque é uma das cidades mais caras do Mundo e assistir a um musical na Broadway não foge à regra. Existem bilhetes de última hora com desconto que se podem adquirir nas bilheteiras no centro da Time Square, e online, reservando com antecedência conseguem-se preços muito interessantes. Os cerca de 40€ que despendi com alguns meses de antecedência, foram muitíssimo bem empregues e pode ser considerado como uma verdadeira pechincha!


 



 



 



 



 



 


Em Londres, a zona de West End concentra grande parte dos cerca de 250 teatros existentes na cidade, sendo o equivalente Europeu à Broadway Norte Americana. A mesma engloba a Oxford Street, a Mayfair, a Marble Arch, a Leicester Square, o Covent Garden que a limita a este e o Piccadilly Circus que a limita a oeste. A sul é limitada pela Trafalgar Square, e pela Tottenham Court Road a norte. Ir a Londres ver um musical da West End é garantia de desfrutar de um espetáculo mundialmente grandioso e carismático. Apesar da cidade ser caríssima, comprando com antecedência os bilhetes podemos ficar surpreendidos quão baratos eles podem sair!


Quando visitei Londres, onde não ia há quase 24 anos e tive oportunidade de ver ao vivo no Teatro Aldwych o musical "Tina". Com antecedência superior a um ano, comprando online, consegui garantir um dos 4 bilhetes mais baratos, pela módica quantia de 10 Libras! Uma verdadeira pechincha! Era para a última fila, mas via-se relativamente bem, na penúltima fila, não havia muita diferença a não ser nos preços que já eram de 35 Libras! O musical trata da biografia de Tina Turner, desde as suas origens humildes em Nutbush no Tennessee (EUA), os problemas e abusos, nomeadamente de violência doméstica que sofreu durante o casamento com Ike Turner, a forma como ultrapassou todos os obst

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