Escócia assombrada e encantadora – Edimburgo e Terras Altas
Texto & Fotos de Mário Menezes
Quando na tenra idade começamos a estudar a língua inglesa, os livros mencionam que o Reino Unido alberga um conjunto de ilhas, sendo a Grã-Bretanha a maior de todas. Ela encontra-se entre as ilhas mais visitadas do Mundo. Essa grande ilha alberga a Inglaterra cuja capital é Londres, o País de Gales, localizado a sudoeste, cuja capital é Cardiff e a Escócia localizada a norte, cuja capital é Edimburgo.
A Escócia é um dos países pertencentes ao Reino Unido, embora se julgue que muito em breve venha a deixar de o ser! Em 2014 os seus habitantes rejeitaram em referendo essa possibilidade, mas com a saída do Reino Unido da UE-União Europeia, o “BREXIT”, em 2020, essa hipótese cada vez é mais real para os escoceses e também para os galeses. Tudo se resume a interesses políticos, as relações com a UE, e económicos, pois a Escócia possui recursos importantíssimos, só o facto de ser banhado pelo Mar do Norte, onde existe petróleo, diz muito…
A história da Escócia remonta aos tempos da ocupação romana no sul da Grã Bretanha, pois à parte norte da ilha, nessa altura chamada de Caledónia, os romanos nunca conseguiram chegar. Essa parte mais tarde deu origem ao Reino da Escócia, fundado, julga-se que no ano 843, tendo existido até 1707. Durante esse período, duas guerras entre Escoceses e Ingleses foram travadas, as “Guerras de Independência da Escócia”, tendo a Escócia mantido a sua soberania. William Wallace um nobre cavaleiro, um herói nacional, é um nome associado a este período, imortalizado no filme “Braveheart”.
O Reino da Escócia em 1707 juntou-se ao Reino da Inglaterra formando o Reino da Grã-Bretanha que existiu até 1800. Em 1801, os reinos da Grã-Bretanha e da Irlanda uniram-se para formar o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. Em 1922, a Irlanda saiu deixou de pertencer ao Reino Unido, formando a República da Irlanda cuja capital é Dublin. Já a outra parte da Ilha da Irlanda, onde se situa a Irlanda do Norte, cuja capital é Belfast, manteve-se no Reino Unido. Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte assim chamado desde 1927, até aos dias de hoje.
A Escócia é um país maravilhoso, necessitando de vários dias para ser explorado. Da sua capital, podemos seguir para as Highlands (Terras Altas) com as suas cidades mais pequenas, castelos, paisagens verdejantes com montanhas, vales e lagos, assim como as suas mais de 800 ilhas, 93 delas habitadas.
A Escócia é um país bastante acolhedor com um povo muito afável e divertido.
EDIMBURGO (3 noites)
A capital que é desde 1999 sede do Parlamento Escocês, sediado num novo edifício, inaugurado em 2004, que podemos visitar o seu interior. O seu autor, o arquiteto espanhol Enric Millares, nunca teve essa possibilidade pois faleceu em 2000, durante a sua construção. A obra levantou muita polémica, não só pelos elevados custos, mas sobretudo porque a sua arquitetura moderna está em total desacordo com o resto da cidade. Visitar o Parlamento e as suas salas, nomeadamente o hemiciclo, é gratuito. O edifício fica próximo do Palácio de Holyroodhouse que é residência oficial na Escócia, do rei da Inglaterra. Carlos II sucedeu a Isabel II, sua mãe, que faleceu no Castelo Balmoral, tendo o seu cortejo fúnebre, a que todo o mundo assistiu pelas TVs, passando por Holyroodhouse.
Edimburgo é um local cujo seu ambiente medieval nos cativa. A cidade é escura e sorumbática, fazendo lembrar um conto fantasmagórico, mas mesmo assim não deixa de nos deixar rendidos a essa beleza estranha e macabra. O clima típico da Escócia torna Edimburgo ainda mais sinistra. O céu é quase sempre cinzento, chove quase todos os dias, a chuva é miudinha, faz lembrar que entramos numa cabine de banho turco, mas com gotículas frias ao invés do vapor de água.
Rezam as lendas que em Edimburgo os fantasmas habitam escondidos em recônditos secretos dos pubs, casarões, hotéis e pelos becos das ruas. A saga de Harry Potter, o bruxo mais famoso do mundo, escrita por J.K. Rowling, tem passagens em Edimburgo, sendo uma delas na suíte do luxuoso Hotel The Balmoral, um dos edifícios mais fotografados. É possível fazer tours organizados cujos guias contam essas histórias e levam o visitante a locais sinistros como é o caso dos “vaults”, galerias húmidas e sufocantes que formam algo como uma cidade subterrânea. Estas galerias foram descobertas no século passado, quando um morador encontrou “uma porta” para essa cidade perdida enquanto demolia uma parede ao fazer obras em casa. Diversos objetos como pratos, talheres, copos, calçados e até mesmo ossadas humanas foram encontradas nessas galerias subterrâneas, indicando que o local já abrigou muita gente. Os “vaults” possuem diversas escotilhas conectadas por corredores, largos e estreitos, que em tempos abrigaram muitas das pessoas marginalizadas, a ralé da sociedade: ladrões, assassinos, ciganos ou prostitutas.
A caça às bruxas também faz parte da história da cidade, nos séculos XVI e XVII, Edimburgo foi uma das cidades da Europa que mais torturou e matou mulheres acusadas de bruxaria.
A cidade alberga também cemitérios famosos como o Greyfriars Kirkyard onde jazem ilustres escoceses. J.K. Rowling inspirou-se em alguns dos nomes inscritos nas lápides para criar personagens da saga Harry Potter.
Tudo isto e muito mais acerca da cidade, podemos aprender quando visitamos o Museu de Edinburgo e o Museu da história do povo.
Greyfriars Bobby foi um famoso habitante da cidade. Um cão de raça Skye Terrier que passou cerca de 14 anos junto do túmulo do seu dono em Greyfriars Kirkyard. Bobby morreu em 1872, mas não pôde ser enterrado dentro do cemitério, pois tratava-se de um lugar consagrado. Foi enterrado dentro dos portões da igreja, num pedaço de solo não consagrado, a 70 metros do túmulo de seu dono. Um ano após a sua morte, foram erguidas uma fonte e uma estátua em sua homenagem, que são motivo de romaria à semelhança da estátua de Hachikō, na Shibuya em Tóquio. O bicho inspirou várias obras literárias como “Greyfriars Bobby”, de Eleanor Atkinson e os filmes “Greyfriars Bobby: The True Story of a Dog” e “The Adventures of Greyfriars Bobby”. O Museu de Edimburgo tem uma parte dedicada ao Bobby, expondo os objetos que ele utilizava: a coleira e a tigela onde comia. Sem dúvida que os animais são os nossos melhores amigos.
A Dolly foi outro animal nascido na Escócia que se libertou da “lei da morte”, literalmente, pois nem o seu corpo descansa em paz. Uma ovelha, que foi o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso a partir de uma célula somática adulta. Ela está embalsamada e pode ser vista no Museu Nacional da Escócia numa plataforma que está sempre a girar. Além da Dolly, o museu mostra a história do país desde as suas origens geológicas até aos dias de hoje. A exposição, onde não faltam múmias do Antigo Egipto como qualquer museu britânico que se preze, inclui também diversas áreas relacionadas com Geologia, Arqueologia, História natural, Ciência, Tecnologia e Arte. Três museus muito interessantes e cuja entrada é gratuita.
As principais ruas da zona antiga da cidade, local onde os turistas permanecem são The Royal Mile e Princes Street, ambas com edifícios históricos. The Royal Mile, é tida como a rua mais importante de Edimburgo, como o nome indica, mede cerca de uma milha, unidade escocesa superior à inglesa, ou seja 1.814,2 metros, tendo nos seus extremos o Castelo de Edimburgo e o Palácio de Holyroodhouse. É dividida em seis zonas: Castlehill, Castle Esplanade, Lawnmarket, High Street, Canongate e Abbey Strand.
Percorrendo a Royal Mile, encontramos diversas vielas (closes) e pátios (courts) e diversos edifícios importantes como a Catedral de Santo Egídio, igreja protestante, dedicada ao padroeiro da cidade.
O Castelo de Edimburgo é o local mais visitado da cidade, sobretudo devido à sua localização numa colina (Castle Hill) de onde as vistas panorâmicas são impressionantes. Para visitar esta fortaleza são necessárias algumas horas pois no seu perímetro encontram-se diversos edifícios com exposições: as Honours of Scotland (Honras da Escócia), assim são conhecidas as Joias da Coroa, compostas pela Coroa, a Espada do Estado e o Ceptro, que são conservados em perfeito estado como um dos conjuntos de objetos reais mais antigos do cristianismo. A Pedra do Destino, um importante símbolo nacional, pois sobre a mesma eram coroados os reis escoceses. Foi roubada pelo rei Eduardo I da Inglaterra em 1296 e permaneceu em Londres durante 700 anos, só em 1996 foi trazida de volta à Escócia. O Palácio Real, há muito desativado, o Memorial Nacional da Guerra da Escócia que é um edifício erigido em memória daqueles que perderam a vida nos conflitos ocorridos desde a I Guerra Mundial. O One o’clock gun, o tal canhão que dispara todos os dias às 13 horas, exceto dia de Natal, Sexta-Feira Santa e aos domingos, o Mons Meg, um enorme canhão do século XV com muitíssimo poder de fogo que protegia o local durante o reinado de Jacob II da Escócia, tendo sido utilizado durante a guerra contra os ingleses. As Prisões de guerra, que mostram como sobreviviam em péssimas condições os prisioneiros dos sótãos do castelo. O Museu Nacional da Guerra, que relata 400 anos de história militar do país, exibindo diversos objetos como armas, armaduras, roupa tradicional escocesa usada durante as batalhas, objetos pessoais e cartas enviadas aos familiares pelos soldados que estavam em missões de longa distância. Existe também um pequeno cemitério onde eram enterrados os cães do exército e uma capela, a Capela de Santa Margarida, rainha consorte da Escócia, esposa de Malcolm III da Escócia, venerada santa da Igreja Católica.
No extremo da Princess Street encontramos Calton Hill. A razão de Edimburgo ser alcunhada de “Atenas do Norte”. Trata-se de uma colina que possui um antigo observatório astronómico e diversos monumentos, nomeadamente o Monumento Nacional da Escócia, semelhante ao Parthenon, um memorial aos soldados e marinheiros escoceses mortos nas Guerras Napoleónicas, o Monumento de Dugald Stewart, um memorial ao filósofo escocês Dugald Stewart e o Monumento de Nelson, uma torre comemorativa em homenagem ao vice-almirante Horatio Nelson, que perdeu a vida na Batalha de Trafalgar, derrotando Napoleão Bonaparte, impedindo a sua ofensiva na conquista do Reino Unido. À semelhança do Castelo, por lá existe um canhão famoso, o Canhão Português! O mesmo data da altura da Dinastia dos Filipes, quando Espanha governava Portugal. Este canhão está ligado ao tempo da Expansão europeia. Possui o Brasão Real Espanhol, tendo sido enviado no século XVII para servir nas Índias portuguesas. O canhão caiu nas mãos dos governantes do Arakan (Alta Birmânia atual Myanmar) de onde em 1785 foi levado para Mandalay (Myanmar). Em 1885, a Alta Birmânia foi conquistada pelas forças britânicas e o canhão foi exibido numa Feira internacional de Edimburgo em 1886, tendo posteriormente sido levado para Calton Hill.
O local é muito ventoso, a colina localiza-se próxima da Catedral de Santa Maria uma igreja católica. A visita vale sobretudo pelas vistas magníficas sobre a cidade, sobre o mar e seus arredores, sendo aquele que considero o mais pitoresco de Edimburgo, muito superior ao Castelo de Edimburgo com a vantagem de Calton Hill ser de acesso gratuito.
Passeando pela Princes Street podemos encontrar os jardins, o Monumento a Scott, homenageando o escritor nacional Sir Walter Scott, vários edifícios importantes e também a Galeria Nacional da Escócia. O nome da obra de Nicolas Poussin, “O sacramento do casamento” chamou-me a atenção, mas por lá podem ser vistas obras de famosos pintores como Claude Monet, Henri Martin, Frederic Edwin Church, Rembrandt, Vincent van Gogh. A entrada é gratuita!
De Edimburgo fiquei com uma ideia geral, tendo visitado o mais importante. A cidade prolonga-se para longe, nos seus arredores banhados pelo Mar do Norte podemos observar 3 famosas e importantes pontes, a Forth Road Bridge, a Forth Bridge e a The Queensferry Crossing. Glasgow foi a paragem seguinte.
HIGHLANDS (tour de um dia desde Edimburgo)
O Norte da Europa é caracterizado por paisagens verdejantes, de povoamento deserto e a perder de vista. As Highlands (Terras Altas da Escócia) não fogem a essa regra. Montanhas, planícies e lagos, o clima característico com céu nublado e queda de chuva miudinha são uma constante. Diversos castelos fazem parte do mapa e por esses lados foram rodados alguns filmes e séries, “The Braveheart” e “Outlander” são exemplos. A região cuja capital é Inverness, foi até ao século XVIII um sistema feudal de famílias, conhecidos por clãs escoceses. Até ao século XIX possuía grande concentração de habitantes, no entanto o aparecimento da Revolução Industrial causou a migração massiva para áreas urbanas, hoje a densidade populacional é de 8 pessoas por quilómetro quadrado. Para explorar a região são necessários alguns dias, no entanto a maior parte dos turistas que visitam a Escócia, visitam as Terras Altas em tours de um dia desde Edimburgo ou Glasgow, as maiores cidades.
O tour que fiz incluiu além do Lago Ness, o Lago Lubnaig, a Represa do rio Laggan, o Lago Achtriochtan, o Lago Leven, a vila de Glencoe, localizada junto de um vale profundo esculpido por glaciares e vulcões e a vila de Pitlochry.
A principal atração das Highlands é o Lago Ness, um lago com cor escura, por esse facto conhecido como Lagoa Negra, de enorme profundidade, o ponto máximo encontra-se a 230 metros. Não sendo propriamente um lago bonito como por exemplo o Lago Bled na Eslovénia, a visita vale pela sua mística. Consta-se que por lá habitou um ser cripto zoológico conhecido como Monstro do Lago Ness, carinhosamente chamado de “Nessie”, já explorado por Hollywood, um filme 1954 de terror a preto e branco, por cá chamado “O Monstro da Lagoa Negra”. Este filme serviu para o Estado Português, através da sua televisão estatal, a RTP, em 1985 fazer a maior fraude de sempre aos seus telespectadores, com a venda de óculos 3D que não passavam de uns óculos de cartolina e papel celofane de duas cores. Iria ser uma experiência única de cinema em 3 dimensões, mas acabou por ser um enorme fiasco.
Quanto ao monstro, segundo os Escoceses, conseguem vê-lo no lago, se primeiro beberem uma garrafa de whisky!
No regresso a Edimburgo, já de noite pude atravessar a Forth Road Bridge, uma ponte suspensa semelhante à nossa Ponte 25 de Abril, de onde se podem observar as ourtras duas pontes, ao lado, a Forth Bridge e a The Queensferry Crossing.
Neste dia passado nas Highlands, não faltaram as vacas de raça Highland cattle, o famoso e muito apreciado gado bovino escocês. O Nessie é que não deu sinais de vida, ficarei para sempre sem saber da sua existência, mas o dia foi memorável
COMER E BEBER
Impossível não associar a Escócia ao whisky. A bebida nacional, existindo por lá, cerca de 140 marcas. Quem viajar para a Escócia convencido que por lá o whisky se vende ao “preço da uva mijona”, esqueça! A bebida alcoólica é taxada de forma altíssima, por questões de saúde pública e assim evitar que os mais novos consumam. Uma garrafa pode custar alguns milhares de Libras, mas em algumas destilarias, é possível provar um copo por muito menos. Muitas marcas não se encontram facilmente em Portugal, pelo que fiz questão de provar uma delas. Blair Athol, foi o que experimentei, apenas para marcar o momento, pois não sou entendido no assunto. Para isso seria necessário estudá-lo a fundo e investir algum tempo e dinheiro a visitar destilarias, pois existem diversos tipos de whisky de diversas regiões produtoras.
A gastronomia das ilhas britânicas não deixa saudades. É sobretudo tipo de comida de pub, que é basicamente o mais consumido no Reino Unido, certamente é feita com produtos congelados. Um pub foi obviamente concebido para servir bebidas alcoólicas, e as refeições que por lá são servidas, é natural que a matéria-prima seja à base deste tipo de produtos, fáceis de armazenar por longos períodos e para confecionar aqueles pratos adequa-se na perfeição. Ir a um pub para comer uma refeição também é um ritual, mesmo sabendo de antemão o que nos irá ser servido, e não deixa de ser um enorme prazer para qualquer turista que visite o Reino Unido.
Haggis é o prato nacional da Escócia. Trata-se de bucho de ovelha cozido, recheado com as suas miudezas (coração, fígado e pulmões) ligadas com farinha de aveia, sebo, cebola, sal e especiarias. É proibida a importação de pulmões de ovelha nos EUA, para enorme desgosto dos americanos de origem escocesa lá residentes, que ficam por isso privados de desfrutar a sua iguaria predileta! Haggis pode aparecer como topping de outros pratos, hamburgers por exemplo, ou servido em cima de puré de nabos ou de batata, haggis, neeps and tatties assim chamado. “Address to a haggis”, é um famoso poema de Robert Burns que homenageia esta iguaria. Haggis aparece no recheio do chicken balmoral, um peito de frango, depois envolto em bacon e servido com whisky ou molho de pimenta.
As tartes são outras da especialidade, onde se destaca a Scotch pie, uma tarte recheada com carne de carneiro picada, carne bovina ou mesmo carne de cordeiro.
Stovies, é um guisado de carne e batata. O verbo “to stove” é o equivalente na língua local, a “to stew” na língua inglesa, que significa estufar. É confecionado lentamente numa panela fechada com gordura (banha ou manteiga) e com outros líquidos, como leite, caldo ou geleia de carne.
Além da sopa de tomate, a scotch broth é uma das sopas mais tradicionais, feita geralmente com cevada, carne de cordeiro, de carneiro ou de vaca, batatas, leguminosas secas, repolho e alho francês.
SOUVENIRS
Impossível não falar da Escócia sem referir as suas tradicionais vestes. O kilt, é imediatamente associado. É um traje usado em ocasiões especiais, festas e cerimónias, apesar disso não é de todo incomum nos cruzarmos na rua com homens assim trajados, sobretudo em locais turísticos. É possível adquirir essas vestes em lojas típicas de produtos escoceses, se pretendemos qualidade e estivermos dispostos a pagar por ela, pois o tecido fabricado no país é muito diferente do que se encontra em lojas de souvenirs, onde abundam os produtos de origem asiática, obviamente mais baratos. Viajei para a Escócia, mas voltei com o desejo antigo de tirar uma foto trajado dessa forma. É possível fazê-lo, mas custa caro! Dos muitos souvenirs existentes, o Kilt é um deles, mas limitei-me a trazer comigo um boneco assim trajado. O Nessie é um souvenir tradicional, um boneco de pano que nada nos assusta!
VIAJAR PARA A ESCÓCIA
A Easyjet e a Ryanair, voam diretamente de Portugal para a Escócia, para Edimburgo e para Glasgow, sendo possível com antecedência encontrar tarifas muito simpáticas. Do Aeroporto de Edimburgo facilmente se acede ao centro da cidade de transportes públicos, mesmo depois da meia-noite, existem “night buses”. Os pontos mais importantes de Edimburgo percorrem-se facilmente caminhando, pelo que a única vez que utilizei transportes na cidade foi entre o aeroporto e o hostel.
VIAJAR PELA A ESCÓCIA
Entre Edimburgo e Glasgow, a forma mais fácil de o fazer é de comboio, existindo mais de 180 ligações diárias.
As companhias Cross Country, ScotRail e London North Eastern Railway.
A viagem dura cerca de uma hora. O preço varia consoante a hora e a antecedência, podendo ser adquirido online ou na bilheteira. De comboio também se pode percorrer o país, ou não tenha sido nas Grã-Bretanha que este meio de transporte foi inventado…
DORMIR
Sendo Edimburgo uma cidade cara, o preço do alojamento não foge à regra. É possível encontrarmos alojamento económico, leia-se abaixo dos 40€/noite em sistema partilhado, com pequeno-almoço. A cadeia de hostels Kickass possui diversas opções neste âmbito. É possível dormir em cápsulas semelhantes ao sistema nipónico, pagando um pouco mais, mas garantindo mais privacidade. Em Grassmarket no centro da cidade encontramos dois destes hostels.
TOURS
É possível através do web site do Kickass hostel marcar tours de um dia às Highlands. O passeio pelo Lago Ness é pago à parte e custa cerca de 17 £.
O tour que marquei foi o “Loch Ness, Glencoe and the Highlands Small-Group Day Tour from Edinburgh” e custou cerca de 100 £. Recomendo fazer, assim ficarão com uma panorâmica geral das Highlands, o que no meu caso chegou perfeitamente, tendo em conta o tempo que estive na Escócia, que foram 3 noites em Edimburgo e 3 noites em Glasgow. Para explorar a região e conhecer alguns dos seus famosos castelos, ilhas, cidades e vilas, são necessários vários dias e obviamente alugar um carro. Há pessoas apaixonadas pelas paisagens escocesas e pela cultura escocesa, uma colega minha, arquiteta paisagista, passou cerca de um mês na Escócia. Louvo-a por isso, pois não teria arcabouço cultural para tanto!
Para alojamento em Edimburgo, consulte aqui.
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