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ALGUNS DOS MANJARES PELO MUNDO - CONTINENTE EUROPEU

ALGUNS DOS MANJARES PELO MUNDO - CONTINENTE EUROPEU

Susana Correia

ALGUNS DOS MANJARES PELO MUNDO - CONTINENTE EUROPEU


Texto & Fotos de Mário Menezes


 


Sou um grande comilão, aliás quem me conhece sabe disso logo desde os primeiros momentos que convive comigo. Até à idade da reforma não me hei-de esquecer de uma situação: fomos almoçar, um grupo de colegas de trabalho, feijoada à Brasileira e dois deles pediram maruca cozida...Impressionou-me o grande poder de "sacrifício" que eles possuem!  Eu não seria capaz, detesto peixe cozido e comê-lo junto a outros que se banqueteavam com feijoada à Brasileira, com farofa e tudo a que tinha direito, soaria a requintes de malvadez...mas eles já se devem ter arrependido da maruca pois como sou muito repetitivo, não me tenho calado com isso e a história já se alastrou a outros departamentos e até a empresas fornecedoras. Maruca já é um estribilho...Óbvio que o prazer da comida se paga, a curto prazo, na balança, uma das coisas que não conseguimos enganar, a outra é o espelho.  Nas viagens que faço ando muitos quilómetros a pé, desde manhã até ao deitar, pelo que mesmo com as asneiras que vou fazendo, acabo por desgastar as calorias ingeridas, inclusivamente até perco uns quilinhos...


As frases não são tão pouco da minha autoria mas concordo com elas: "somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos" e "viajar é a única coisa onde se gasta dinheiro, e nos torna mais ricos".  Quando vamos para fora, as nossas necessidades fisiológicas e alimentares mantêm-se inalteráveis. Elas são responsáveis pela maior fatia do custo das nossas viagens: alojamento e alimentação, mesmo tentando pernoitar em locais mais económicos e nos alimentarmos de fast food, portanto comer mal, o que em curtas escapadelas até se suporta. Mesmo assim, fast food também pode ser considerado como gastronomia e até pode ser bastante variado.  Fast food é muito além dos McMenu's que sabem ao mesmo em qualquer parte do Mundo. Às vezes até são bons para "desenjoar" das comidas picantes e com temperos intensos.


"Comemos para viver, não vivemos para comer" mas também "somos aquilo que comemos" e já li que "somos aquilo que viajamos". Nas nossas viagens os hábitos alimentares inevitavelmente se modificam.  Seja por fatores psicológicos, seja devido ao jet lag, seja devido à geografia, seja devido às nossas rotinas, seja devido ao que for, viajar é uma excelente oportunidade de experimentar coisas novas, a gastronomia dos vários países é também cultural.  Afinal "a experiência é a fonte de todo o conhecimento" e uma parte do meu orçamento é destinada a provar algo típico. Jamais numa viagem turística a qualquer país nos tornamos peritos na sua gastronomia, um livro de receitas típicas de qualquer um, é um "calhamaço", mas o facto de citarmos nomes de diversas iguarias internacionais que provamos, já é um excelente começo!


Ao longo dos diversos países que visitei, procurei na medida do possível experimentar novos pratos, bebidas, sobremesas, enfim, novos sabores, dentro dos meus limites, orçamentais e também fisiológicos e até mesmo ideológicos.


A gastronomia é um prazer, mas não é o objetivo principal das minhas viagens. Em muitos países sentar-nos à mesa de um restaurante tem preços proibitivos, sendo o fast food o recurso mais em conta na maior parte dos dias. O tempo disponível, a vontade de aproveitar ao máximo as horas de sol, os horários das atrações turísticas, museus e monumentos, ou das atrações da natureza que em geral ficam distantes das cidades, ou mesmo dar um mergulho no mar, na piscina do hotel ou mesmo nas Termas de Széchenyi em solo Magiar, são fatores determinantes, pelo que ao jantar no final de um dia de grande reboliço, depois de passar pelo quarto do hotel, tomar um duche reconfortante e trocar de roupa, é a altura ideal para desfrutar do prazer de uma refeição "com dignidade" e se for seguida de um espetáculo o dia passado no estrangeiro ainda fica mais completo e memorável!


Orgulho-me de pertencer a um país que tem provavelmente a melhor gastronomia do Mundo e que ainda não conheço na totalidade. As amizades que vou fazendo além-fronteiras, quando as reencontro em Portugal, faço questão que conheçam a nossa gastronomia. A nossa sardinha assada por exemplo já é conhecida na Rússia...


Seguem alguns dos pratos típicos de países Europeus que visitei, muitos que provei e que recomendo experimentar. E se tentarem memorizar alguns nomes passarão no exame com distinção.


 



 



 

INGLATERRA



 


Afirmar que Inglaterra, e, por conseguinte, os restantes países pertencentes ao Reino Unido, não possuem gastronomia é consensual e nem sequer é ofensivo. Os Britânicos são os primeiros a reconhecer este facto, sobretudo quando visitam o nosso país. Por aqueles lados, a cultura dos pubs é fortíssima, ao final do dia estão cheios, as pessoas saem do trabalho (a vida por lá começa e acaba bem mais cedo...) e é uma enorme romaria.  O "pint", que corresponde a 568 ml, é certamente a unidade de medida fora do Sistema Internacional (SI) mais conhecida no Mundo inteiro. Entrar num pub e pedir um "pint" de cerveja à pressão, ou para os mais equilibrados, um "half pint", é tradição. Existem várias marcas de cerveja Britânicas, muito sinceramente algumas são fraquíssimas, quase sem gás, pouco frias e até parecem mortas. "Em Roma sê Romano" e nenhum turista resiste ao final de um dia entrar e sentir a atmosfera de um pub tipicamente Britânico e beber uma "jola" como se diz em bom Português...


As refeições servidas nos pubs são também as mais tradicionais no Reino Unido. Além do fish and chips (peixe frito com batata frita) há pratos de carne de vaca e de frango.  Os bifes, preparados de diversas formas são bastante apreciados em Terras de Sua Majestade, daí os seus habitantes serem por nós alcunhados de "Bifes" e "Bifas", estas últimas sobretudo no Algarve...


fish and chips é um prato com reminiscências do século XIX, quando a pesca por arrasto no mar do Norte se desenvolveu, e deste modo tornou-se fácil encontrar um alimento barato e de preparação rápida para a classe operária. Dos vários peixes utilizados nesta iguaria, o bacalhau é um deles, apesar de muitos estabelecimentos de forma fraudulenta usarem peixe panga, proveniente do Vietname, vendendo assim "gato por lebre".


Dos bifes, experimentei o British steak & ale pie, e o famoso Sunday roast, o típico manjar de almoço Domingueiro. Duas refeições típicas de pubs, o primeiro trata-se de uma torta recheada com bife estufado, leia-se mais molho que carne, servido com batata frita e legumes cozidos, o outro trata-se de bife grelhado acompanhado também de legumes cozidos (mas servidos num prato separado) e Yorkshire pudding que é uma espécie de  pão, feito com farinha, ovos e leite, assado em formas de metal, as mesmas que são usadas para fazer queques, untadas com gordura. Os pratos são acompanhados com o molho "chippie sauce" servido numa pequena caneca. Trata-se de um molho castanho escuro, feito com tomate, melaço, tâmaras, maçãs, tamarindo, especiarias, vinagre e por vezes passas.


Daquilo que percebo de cozinha e depois de há uns anos, ter conhecido a Susan, uma Australiana Escocesa, em Amesterdão, de ter estado com ela em Lisboa e levá-la a provar, entre outras coisas, um cozido à Portuguesa, recordo que ela afirmou que nunca tinha comido nada tão delicioso e que a comida na Escócia não tinha sabor.  Agora conclui facilmente que este tipo de comida de pub, que é basicamente o mais consumido no Reino Unido, certamente é feita com produtos congelados. Um pub foi obviamente concebido para servir bebidas alcoólicas, e as refeições que por lá são servidas, é natural que a matéria prima seja à base deste tipo de produtos, fáceis de armazenar por longos períodos de tempo e para confecionar aqueles pratos adequa-se na perfeição. Ir a um pub para comer uma refeição também é um ritual, mesmo sabendo de antemão o que nos irá ser servido, e não deixa de ser um enorme prazer para qualquer turista que visite o Reino Unido.


Apesar do Reino Unido não possuir gastronomia, em Londres podemos provar especialidades de vários cantos do Mundo, mesmo em forma de fast food, incluindo de países que não temos qualquer intenção de visitar. Nos mercados, nomeadamente no Borough Market junto à estação de London Bridge, podemos encontrar muitos alimentos frescos, peixe, carne, frutas, até mesmo frutas do Sudeste Asiático como o durian! Em Londres, os preços da alimentação são estupidamente caros, resta ao turista decidir onde e como quer gastar as suas Libras!


 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 



 


Em Liverpool o prato típico chama-se "scouse", sendo a razão pela qual os habitantes da cidade são alcunhados de "scoucers", e a língua Inglesa por lá falada dado ser tão difícil de compreender, devido ao sotaque característico, ser chamada de "scouse", e por muitos considerada com um dialeto, pois tem palavras diferentes da língua de Shakespeare que aprendemos na escola! O prato "scouse" é um guisado, feito de pedaços de carne, geralmente bovina, com batatas, cenouras e cebola, que está associado à zona portuária da cidade. Enquanto por cá os guisados, associados às zonas portuárias, aos pescadores e marinheiros, são feitos com sobras de peixe e chamados de "caldeiradas", por aqueles mares provavelmente os peixes são de tamanhos bem maiores e os guisados são de carne, das sobras que se encontram em terra. Em Liverpool o scouse é rei, sendo fácil de encontrar em qualquer pub ou bar. O nome de scouse é derivado da palavra "lobscouse" que por sua vez é originário de "lapskaus" originária das línguas norueguesa.


 



 



 



 



 


 

ESCÓCIA



 


Impossível não associar este país ao whisky, a sua bebida nacional, existindo por lá, cerca de 140 marcas. A bebida é taxada de forma altíssima, por questões de saúde pública e assim evitar que os mais novos consumam. Uma garrafa pode custar alguns milhares de Libras, mas em algumas destilarias, é possível provar um copo por muito menos. Muitas marcas não se encontram facilmente em Portugal, pelo que fiz questão de provar uma delas. Blair Athol, foi o que experimentei, apenas para marcar o momento, pois não sou entendido no assunto. Para isso seria necessário estudá-lo a fundo e investir algum tempo e dinheiro a visitar destilarias, pois existem diversos tipos de whisky de diversas regiões produtoras.


Haggis é o prato nacional. Trata-se de bucho de ovelha cozido, recheado com as suas miudezas (coração, fígado e pulmões) ligadas com farinha de aveia, sebo, cebola, sal e especiarias. É proibida a importação de pulmões de ovelha nos EUA, para enorme desgosto dos americanos de origem escocesa lá residentes, que ficam por isso privados de desfrutar a sua iguaria predileta! Haggis pode aparecer como topping de outros pratos, hamburgers por exemplo, ou servido em cima de puré de nabos ou de batata, o haggis, neeps and tatties. "Address to a haggis", é um famoso poema de Robert Burns que homenageia esta iguaria.


Haggis aparece no recheio do chicken balmoral, um peito de frango, depois envolto em bacon e servido com whisky ou molho de pimenta.


Scotch pie, é uma tarte recheada com carne de carneiro picada, carne bovina ou mesmo carne de cordeiro.


 



 



 



 



 



 



 



 



 


Stovies, é um guisado de carne e batata. O verbo "to stove" é o equivalente na língua local, a "to stew" na língua inglesa, que significa estufar. É confecionado lentamente numa panela fechada com gordura (banha ou manteiga) e com outros líquidos, como leite, caldo ou geleia de carne.


Além da sopa de tomate, a scotch broth é uma das sopas mais tradicionais, feita geralmente com cevada, carne de cordeiro, de carneiro ou de vaca, batatas, leguminosas secas, repolho e alho francês.


 



 



 



 

IRLANDA



 


É voz corrente afirmar, de forma depreciativa, que o Reino Unido não tem gastronomia, mas os Irlandeses afirmam que o seu país tem! Eles há muito que saíram do Reino Unido...

Ao falarmos de Dublin é impossível não referir a cerveja Guinness, que é preta, sendo considerada como a rainha de todas as cervejas, e por ali há várias marcas. Não sendo um apreciador deste tipo de cerveja (prefiro loiras), durante a minha estada em Dublin bebi todos os dias Guinness e naquele ambiente soube-me sempre bem. Cerveja de barril, pois por cá quando compro cerveja Guinness de lata ou de garrafa, não me sabe bem!  A cerveja Guinness é quase única e exclusivamente produzida com matéria-prima da região, sobretudo a água do Rio Liffey, das suas nascentes nas Montanhas Wicklow. O malte e a levedura também são de origem Irlandesa. O lúpulo é importado da Chéquia.

O whisky também reina por lá. O whisky Irlandês, o Jameson, é produzido, primeiramente através de fermentação, processo semelhante ao fabrico da cerveja, sendo a matéria prima a cevada e o malte, e posteriormente por destilação, sendo que o whisky Irlandês é destilado por 3 vezes, ao passo que o whisky Escocês é apenas destilado uma vez. O Whisky Irlandês é usado para fazer o Irish coffee, o famoso café Irlandês, misturando-se num cocktail, com café quente e açúcar, levando creme batido por cima, e também o Baileys Irish Cream.


Comecei este texto com bebida pois a gastronomia do país é indissociável dos pubs, algo cultural no povo Irlandês. Consumir refeições num pub é típico! A batata que foi introduzida no país, na segunda metade do século XVI, é consumida em grande escala e os guisados são os pratos mais comuns, pois são indicados para enfrentar o clima frio e chuvoso. O Irish lamb stew, é um guisado de borrego servido num pote, é o prato nacional. Existe também o Irish beef Guinness stew, um guisado típico de carne de vaca com puré de batata. A Irish style farmhouse vegetable soup, uma sopa de legumes, também é típica. A manteiga e o pão fatiado são sempre colocados na mesa. Tudo delicioso, mas nada barato. Dublin é uma cidade cara. A Irlanda é uma ilha e os salários praticados estão ao nível dos mais altos da Europa, mas contrariamente às minhas expetativas, na Irlanda comi bem!


 



 



 



 



IRLANDA DO NORTE



 


Pertencente ao Reino Unido, mas à semelhança da Irlanda, em termos gastronómicos possui alguns pratos típicos que são um regalo provar. "A Good Day Starts with a good Breakfast" é uma expressão popular por aqueles lados e todos sabemos bem o seu significado. Ao pequeno-almoço é consumido o prato mais emblemático do país. O Ulster fry, a fritada de Ulster, a região mais a norte do país. É constituído por  toucinho, ovos, salsichas, sendo tradicionalmente tudo frito em banha. Acompanha com tomate, pedaços triangulares de pão com fermento e pão de batata, um pão achatado preparado numa fritadeira, com batata, farinha e soro de leite coalhado. Pode também incluir batata frita, feijão, cogumelos, outros tipos de pão, panquecas e um tipo de morcela, conhecida localmente como black pudding. Se estiverem por Belfast, para provarem o Ulster fry, aconselho vivamente o Maggie Mays mas preparem-se para esperar pela mesa pois o local é muito concorrido. Serão amavelmente recebidos por uma jovem e simpática equipa que vos tratará muito bem, sobretudo se forem Portugueses, país cujos proprietários da casa têm bastante apreço.


 



 



 



 



 


Em Belfast, existe o presunto tradicional, o Belfast ham. É fabricado com a perna do porco desossada, salgada, depois fumada sobre turfa ou zimbro o que lhe confere um sabor picante e caraterístico. Belfast ham and cabbage é um prato que poderá ser pedido, trata-se do presunto servido com repolho. Sopas de legumes, ensopados de borrego também são tradicionais por lá, assim como o fish and chip, pratos consumidos em larga escala na Irlanda e na Grã Bretanha.


 






 

FRANÇA



 


É considerada a rainha da gastronomia Mundial. Os seus vinhos e os seus queijos são apreciados em todo o lado. O queijo não pode faltar numa mesa, já Asterix dizia que "un bon repas sans fromage, c'est une bête qui n'a qu'un oeil, c'est un oiseau sans plumage, une forêt sans écureuil". Quanto ao vinho, Bordéus é considerada como a capital Mundial. Vinhos e queijos internacionais, Franceses incluídos, conseguimos facilmente encontrar em qualquer hipermercado, nos dias de hoje com a pertença à União Europeia tudo chega facilmente até nós e a preços acessíveis.


Gastronomia Francesa é associada à "haute cuisine", cuja capital é Lyon. A cidade é tida como o coração gastronómico de França, pois nela encontramos diversos restaurantes que oferecem experiências gastronómicas de famosos chefes e também com estrelas Michelin.


A França, acumula o título de país mais visitado do Mundo, com o de destino gastronómico de eleição, porém grande parte dos turistas que a visitam, além da baguette e do croissant ou do brioche, pouco mais conhecem. Os preços dos restaurantes estão entre os mais caros da Europa. Passear por Paris com uma baguette debaixo do braço e uma bebida em lata na mão é uma das imagens de marca dos turistas. Quanto ao fast food, destaque para a cadeia de restaurantes "Nebab" que lideram o mercado do donner kebab.  No prato com batata frita e salada, ou no pita (pão) conforme foi inventado na Alemanha pela comunidade Turca lá residente, é uma iguaria largamente difundida pelo Mundo fora e uma das opções que nos permite "matar a fome" a preços acessíveis.


Pratos tipicamente Franceses, no seu país, já experimentei alguns: A bouillabaisse Marselhesa. Uma sopa de peixe, um género de caldeirada. À semelhança das nossas caldeiradas, a bouillabaisse foi criada por pescadores que após separarem os peixes para a venda, usavam as sobras para fazer um ensopado, utilizando também ervas aromáticas da região, as ervas de Provence por exemplo. A bouillabaisse é servida num prato de sopa, acompanhado de pão torrado, rouille (molho feito com gema de ovo, azeite, pão ralado, alho, açafrão e pimenta caiena) e queijo Gruyère ralado. É gostosa. Recomendo.  Mas atenção. É cara, muito cara e vale pela experiência. Para matar a fome de um tipo com o meu calibre eram preciso umas 3, pelo menos. Sustentar-me a bouillabaisse em Marselha, é pior que "sustentar um burro a pão de ló"! A cidade possui diversos restaurantes na zona do Porto Velho que servem a famosa bouillabaisse, assim como diversos peixes e mariscos.


cassoulet, um género de feijoada, prato típico da Occitânia, nomeadamente de Toulouse. Além dos típicos temperos da região, normalmente o prato leva carnes salgadas e lentamente cozidas na sua própria gordura (confit) nomeadamente confit d'oie (de ganso) ou confit de canard (de pato), assim como salsichas, linguiça, carne de porco, de perdiz ou de cordeiro.


Os crêpes, assim se escreve em Francês, são uma especialidade típica da Bretanha. Estando por Rennes é possível escolher um dos muitos restaurantes que servem este manjar. Foi por aquelas terras que os crêpes foram criados, depois do trigo sarraceno ter sido introduzido no século XII. Dali se deram a conhecer em todo o Mundo, com as devidas adaptações. Os crêpes de farinha branca só apareceram no início do século XX, quando a farinha de trigo se tornou acessível, tal como o açúcar. A farinha branca é usada somente na confeção da massa dos crêpes doces. A massa dos crêpes salgados é de trigo sarraceno, daí ser escura. Estes são recheados por dentro e por fora, podendo levar por cima, queijo, molho de tomate, ervas aromáticas, ovos estrelados ou bacon.  O crêpe é tradicionalmente acompanhado de uma poiré, assim se chama a sidra, que é uma bebida regional, sendo confecionada por aqueles lados com sumo de pêra fermentado, em vez do sumo de maçã.


Mais a norte, já na Normandia, quem visita o Monte St Michel é tradicional provar os moules-frites, mexilhões confeccionados numa panela com azeite, temperos e salsa, acompanhados de batatas fritas. No restaurante onde provei, o mexilhão era de excelente qualidade, não tive quaisquer problemas, apesar de ser uma das coisas que é arriscado comer longe de casa.  Moules-frites, é um prato de origem Belga, mas segundo algumas sondagens é o segundo prato preferido dos Franceses, só perdendo para o magret de canard, um prato de peito de pato, crocante, acompanhado por molhos doces.


Em relação à doçaria, posso recomendar o gâteau Nantais” que é semelhante ao nosso pão de ló, mas humedecido com rum e limão, e o fondant baulois que é um delicioso bolo de chocolate, duas especialidades típicas de Nantes. Se viajarem apenas com mochila e sem mais nada, podem adquirir estas especialidades no aeroporto, nas freeshops antes de se dirigem à porta de embarque.


 



 



 



 



 



 



 



 



 


Em Bordéus, além do vinho, não esquecer de provar o Canelé de Bordeaux.  Durinhos por fora e fofinhos no interior, semelhantes a um pudim, este doce é composto de massa aromatizada com rum e baunilha e coberto por uma crosta caramelizada. Julga-se que a sua origem ocorreu há uns séculos atrás no Convento da Anunciada, localizado no centro da cidade. É um símbolo da cidade de Bordéus e da região da Occitânia.


 



 



 

ESPANHA



 


De longe o país estrangeiro que mais vezes visitei. Já perdi a conta! Apesar de vizinhos e nos considerarem como “nuestros hermanos”, a gastronomia apesar de se enquadrar na dieta mediterrânica, é diferente da nossa. Ao contrário dos muitos países europeus que visitei, onde vários deles possuem pratos comuns na sua gastronomia, saindo de Portugal não encontramos nada igual na mesa. Isso faz da nossa gastronomia como única, e talvez a melhor do Mundo porque muita da sua matéria-prima só existe no próprio país, o peixe, por exemplo, que só existe com essa qualidade nas nossas águas frias e Atlânticas, e consumimo-lo poucas horas depois de pescado!


 



 



 


Espanha, não era de todo um país que considerava que se comesse bem. Quanto mais visito Espanha mais me vou adaptando ao modo deles comerem...tenho ideia que os Espanhóis não comem, eles petiscam! Apesar da língua ser parecida com a nossa, quando lemos a carta de um restaurante em Espanha temos sempre dificuldade em escolher. Os nomes não são assim tão óbvios.


 



 


São tapas, racionesbocadillos ou montaditos e as refeições muitas vezes são “dos platos” que no fundo são dois pires! O jamon (presunto) é excelente, o do tipo Ibérico chega a custar umas centenas de Euros o kg, assim como os enchidos. Pedir uma “tábua” acompanhada por uma “caña de cerveza” da marca CruzcampoEstrella Damm ou Mahou é um regalo! Em Madrid, e não só, o “Museo del Jamon” é o local ideal para desfrutar, por exemplo, uma tapa, pa amb tomàquet, que é isso mesmo, pão com tomate, uma especialidade catalã. O pão mais consumido é sobretudo do tipo baguettes de trigo.


paella é o prato mais famoso. Já tive oportunidade de provar num restaurante em Benicasim, um povoado pertencente à Comunidade Valenciana, região de onde este prato é oriundo. A paella original não é a paella com mariscos. Existem diversas variações do prato, pois o original é confecionado em lume de lenha, com verduras, condimentos, como o açafrão e carne, incluindo a de coelho e também caracóis, não misturando carnes e mariscos. O prato vai sendo adaptado ao gosto dos visitantes nacionais e internacionais, existindo diversas casas que servem a iguaria ao estilo de comida rápida. Existe também o arròs negre (arroz negro) preparado de forma semelhante à paella, que leva mariscos, chocos e o negro é oriunda da tinta destes últimos. Longe da sua região, tive oportunidade de o provar em Sevilha, no La Paella.  Arroz como acompanhamento não parece ser muito usado, além da paella desconheço mais pratos que sejam confecionados com arroz. Para confecionar paella, o arroz que deve ser utilizado é o "arroz bomba", que tem um grão mais curto e mais arredondado, sendo oriundo da zona do Parque Natural de La Albufera.


 



 



 


Na Andaluzia, os calamares são manjar tradicional. Se forem feitos com lulas são excelentes, no entanto a pota é mais usada e muitas vezes fritos em óleos já “massacrados”. Dos diversos peixes fritos (choco incluído) que se consomem, experimentei o adobo sevillano, que é feito com cação marinado, sendo passado por farinha antes de ser frito. As especialidades andaluzas incluem o famoso gaspacho, uma tradicional sopa fria e parece-me ser das poucas sopas existentes. "Adoro isso, a minha sogra mima-me com calamar, choco, puntillita y boquerone" diz um amigo meu cuja namorada é sevilhana e que por lá passa grandes temporadas!


 



 



 


Em Oviedo provei a fabada asturiana, típica das Astúrias. Um género de feijoada, com feijão fava (fabes) mas muito aquém de carnes e enchidos, acompanhado com sidra, servida para os copos com a garrafa colocada no alto. Nas Astúrias, o cordeiro também é rei, assado no forno, mas sem temperos como nós fazemos, assim como a parrilla (assado de carnes no carvão) que em 2006 foi a minha refeição do dia de Natal. Os callos à la madrilena não tenciono experimentar, um guisado feito com tripas, tradicionalmente de porco ou vaca, embora atualmente se use cordeiro.  Sardinha assada é tradicional em Santander, servida nos restaurantes junto da praia do Sardinheiro, no entanto é assada na plancha (chapa) em vez de ser no carvão como nós gostamos e que as faz libertar aquele fumo com aroma característico. E é sardinha Cantábrica, de mar não do oceano…Na Galiza, sobretudo nas Rias Baixas, perto de Pontevedra, o mexilhão é consumido em larga escala, pois a região é o maior produtor Mundial deste bivalve. Mariscadas também são típicas em terras Galegas.


 



 



 


carrillada, é a parte da bochecha do porco, cozinhada e adocicada em molho de vinho. Confesso que para matar a fome a um tipo do meu calibre, eram precisas mais duas, pelo menos! Em Valência, após pedir e pagar cerca de 15€ por este prato, tive muitas saudades de uns rabos de bacalhau à minhota, que me serviram em Alcântara num restaurante de um amigo de um colega meu!


O tradicional cocido à la madrilena foi a última iguaria que experimentei. Esperei mais de 20 anos por esse momento! Se estiverem num dia de Inverno por Madrid, num Domingo, o local ideal é a “Taberna La bola” em pleno centro histórico. É necessária a marcação, pois o local tem imensa procura, sendo conhecido por servir o melhor cocido à la Madrilena do Mundo. Semelhante ao nosso cozido à Portuguesa, é cozinhado num pote em brasas, leva enchidos, vegetais e grão. É servido primeiramente a sopa, portanto o caldo da cozedura e posteriormente as carnes com molhos e pickles. Recomendo, mas sem entrarem em comparações nacionalistas do género “o nosso é que é bom”! Tudo tem o seu tempo e o seu lugar.


torrão de Alicante é provavelmente o doce mais famoso, assim como o merengue madrileno e as tortas de Santiago de Compostela. Torrão consome-se sobretudo no Natal, sendo nos dias seguintes ao mesmo, a melhor altura para o adquirir nos supermercados, pois encontra-se a preço de saldo! Existem várias variedades de torrão, além do tradicional em amêndoa, há por exemplo o de amendoim, de chocolate ou mesmo com pistachio, e também bolos recheados com torrão.


 



 


Churros, um género de farturas, mas mais fininhas, que se molham em chocolate quente são tradicionais em toda a Espanha. Fazer uma pausa numa churreria é obrigatório!


Os vinhos espanhóis são considerados dos melhores do Mundo, podendo ser encontrados à venda em muitos países. Quando vou a Espanha de carro, além de encher o depósito, trago sempre um belo carregamento de vinhos sobretudo das regiões da Rioja e da Catalunha!!! E de cerveja também, pois prefiro as marcas espanholas às nossas! No Mundo inteiro o vinho Jerez é provavelmente o vinho espanhol mais conhecido, chamado pelos britânicos de "cherry". Trata-se de um vinho licoroso, produzido na região de Jerez de La Frontera, possuindo uma história com mais de 3 mil anos! O sabor que o caracteriza é muito diferente do nosso docinho vinho do Porto...


 



 



 

BÉLGICA



 


A Bélgica este pequeno país onde o Neerlandês é falado a norte e o Francês a sul, sendo falado também o Alemão, é um paraíso de cerveja! Há mais de 3 mil marcas diferentes. Cerveja, wafle, chocolate, mexilhão e batata frita é provavelmente o que os estrangeiros conhecem da gastronomia deste país. Pouco mais relevante deve existir...


Julga-se que a batata frita foi ali inventada. Batatas Belgas, conhecidas em todo o Mundo, as friet (ou frites) são consumidas também na rua como fast food, vendidas em quiosques especializados chamados de fritkot (ou frituur). Secas, crocantes por fora e macias por dentro, são um regalo. O segredo é o tipo de batata, a "bintje" que possui alta quantidade de amido e permite uma boa resistência ao cozimento, sem absorver muito óleo. São lavadas em água fria e depois secas num pano antes da fritura. E quanto à fritura aqui vai o verdadeiro segredo.  É feita em gordura bovina e não em óleo vegetal, e em duas etapas: num primeiro banho, mais demorado, a uma temperatura de 130ºc, a operação que se chama bringir. Depois disso, a batata descansa, arrefece e na hora de servir é frita novamente a 180ºc até dourar. Esta é a razão porque muitas fritadeiras das cozinhas industriais são duplas. Uma parte para bringir e a outra para fritar! Quando compramos no supermercado batata frita congelada, ela é também chamada de batata pré frita, pois após a primeira fritura ela foi congelada. A importância da batata frita é tão grande neste país que existe um museu a ela dedicado, o Frietmuseum em Bruges.


O prato Nacional são os mosselen-friet chamados assim em grande parte do país que fala a língua a língua Neerlandesa, mas são também chamados de moules-frites no lado Francófono. Tal como em França são mexilhões confecionados numa panela com azeite, temperos e salsa, acompanhados de batatas fritas, Belgas pois claro!


Em relação aos doces, os wafles, por cá conhecidos por gaufres, e assim também chamada pelos Francófonos, são um regalo. Esta iguaria mundialmente famosa é um género de panqueca de massa doce, podendo ser recheada por cima com gelado, chocolate ou qualquer outro sabor.  O chocolate Belga deu-se a conhecer ao Mundo no século XVII, e desde aí que é imperdoável um turista não o comprar. É inclusive vendido a peso em diversas lojas especializadas, nomeadamente em Bruxelas junto à Grand Place. Quanto à cerveja aconselho uma ida ao Delirium a dois passos da Grand Place, o bar que vende a maior variedade de cervejas do Mundo e é isso mesmo, faz jus ao nome, um verdadeiro delírio!


 



 



 



 

PAÍSES BAIXOS



 


A gastronomia não é o seu forte. Muito à base de fritos onde as batatas Belgas, as tais batatas que são fritas duas vezes, abundam. O Dutch snack é o mais popular, um conjunto de snacks fritos que se temperam em molhos, entre os quais o croquete, que é tipicamente Neerlandês e entrou há muitos anos na nossa alimentação! Os muitos restaurantes de gastronomia Indonésia são a melhor parte, ou não fosse a Indonésia uma antiga colónia Neerlandesa. Em Amesterdão podemos provar o verdadeiro nasi goreng, estando bem longe da Ásia! As cervejas de inúmeras marcas sabem sempre bem para acompanhar qualquer refeição ou mesmo numa esplanada, dos muitos cafés que existem na cidade. Tomar café também é tradicional, sendo normalmente, nos países de Benelux, servido com uma bolacha.


 



 

ITÁLIA  E SAN MARINO



ITÁLIA e SAN MARINO


 


Adorei o país, e desde 2007 que o tenho visitado por diversas vezes. É um museu a céu aberto. San Marino e o Vaticano, os dois enclaves, também são locais soberbos, cada um à sua maneira, mas em relação ao último duvido que alguém prove a gastronomia local, se é que ela existe, ou se esse conceito é ali aplicável...aliás, já li algures que "comer no Vaticano é assunto polémico que varia de Papa para Papa. Alguns, comeram como reis, outros condenaram a gula, e fizeram da fome uma penitência ou forma de contato com a espiritualidade".


 


Duas coisas me desiludiram inicialmente: a antipatia dos Milaneses, o que ao longo dos anos parece ter desaparecido, e a gastronomia sobretudo porque neste aspeto as minhas expectativas eram altíssimas! As últimas vezes que visitei Itália "fiz as pazes" com ambas! A Itália é conhecida como o país da "pizza" e da "pasta". Sobretudo esta última, explicaram-me num restaurante que dá muito trabalho a confecionar. Não é como nós fazemos cá, ao comprar molhos enlatados no supermercado e aquecê-los no micro-ondas. Confecionar um molho "pesto", um "carbonara", ou lá o que for, demora algum tempo!


 



 



 


pizza, considerado o maior embaixador gastronómico do país, em muitos locais parecia ser tratado como um prato de terceira categoria! A pizza é uma especialidade napolitana, que tradicionalmente é redonda e de massa fina e estaladiça. Em Nápoles existem outros géneros de pizzas, por exemplo, o ripieno conhecido por cá como calzone e a pizza frita, como o nome indica é frita, ao invés de ir ao forno, tal como um pastel! Ainda por Nápoles, provar o spaghetti alla puttanesca é obrigatório, um prato inventado por aqueles lados, em meados do século passado, a pasta é feita com tomate, azeite, azeitonas, anchovas, pimenta, alcaparras e alho. A palavra "puttanesca" deriva da palavra "puttana" que significa prostituta, pelo que se julga que o prato pode ter sido inventado num dos muitos bordéis que existiam no Quartieri Spagnoli, famoso bairro com ruas estreitas, onde existem muitos restaurantes, mas também muitas lambretas em alta velocidade...


 



 



 



 



 


pinse, é uma especialidade romana, que é algo muito semelhante à pizza, mas com a massa mais fofa, com um tempo de cozedura maior e com formas diferentes, sendo muitas vezes vendida à fatia. Além das tais fatias de pizza ou pinse que se podem comer pedido ao balcão, conheço a piadina romagnola, típica especialidade da região de Emilia-Romagna e da República de San Marino, um "wrap", portanto uma massa fina de pão branco, que era tradicionalmente cozida num prato de terracota, chamado "teggia" ou "testo" na língua local, atualmente é utilizado o grelhador elétrico, sendo servido fechado e recheado com queijo, vegetais, presunto, por exemplo. Também na onda o "take away", se estiverem por Milão, nomeadamente no Navigli, não deixem de provar a arancina, especialidade siciliana, um pastel de arroz frito, com um diâmetro com cerca de 10 cm, recheado com carne picada de tomate, queijo mozzarella, ervilhas ou outros ingredientes. Visitar a Sicília está nos meus planos, pelo que na devida altura farei as devidas considerações. Itália é um país com uma enorme linha de costa, o peixe também é parte da gastronomia. Se estiverem em Peschiera del Garda, próximo do Lago di Garda, poderão saborear uma fritada de peixe no Frittodivino, serão certamente bem atendidos pelos proprietários, naturais de Verona. Servida num copo de papel, contém várias variedades de peixe frito, como por exemplo sardinhas, lulas, polvo, camarão ou bacalhau. Itália tem uma enorme linha de costa pelo que peixe não falta nas bancas e nos mercados em cidades próximas do mar!


 



 



 


Quem visita Itália irá certamente tentar distinguir as denominações dadas aos estabelecimentos de restauração: Ristorante, trattoria, tavola calda, tavola fredda, rosticceria, pizzaria ou osteria são apenas algumas. Sentar à mesa, sobretudo no Norte, sai caro, então em locais como Veneza, nem é bom pensar! É cobrado “coperto”, ou seja, uma taxa por utilizar os talheres (deve rondar os 3€). Além disso, é também cobrada uma taxa de serviço (pode passar de 10%) sobre o valor total. O que se come, e a forma como se come, nos restaurantes em Itália difere dos restaurantes Italianos fora do país! A pasta e a carne ou o peixe são servidos separadamente, ou seja, pagam-se dois pratos. Eles comem primeiro um e depois o outro e não um a acompanhar outro. Existe também o “antipasti” que pode ser por exemplo uma salada (caprese ou panzanella por exemplo) ou um queijo "mozzarella bufallina" que é consumido antes do primeiro prato. Normalmente a pasta é isso mesmo, massa e molho. O segundo prato são uns pedacitos de carne enfeitados! As bebidas alcoólicas são caríssimas! O primeiro prato pode custar por exemplo 15€ e o segundo 25€, é fazer as contas. Em Portugal os restaurantes nos últimos tempos têm aumentado brutalmente os preços, pelo que quem atualmente visita Itália já não nota assim uma diferença tão grande, como eu notei em 2007, tempos em que por 5€ em Portugal se comia uma refeição completa...


 



 



 



 



 


No dia do meu 33º aniversário almocei num restaurante americano, o Road house na Estação Roma Termini, um grande bife e a foto está guardada para a posteridade! Repeti a experiência mais vezes noutras paragens, de comemorar o aniversário estrangeiro a banquetear-me com um grande bife! Nada a ver com comida italiana, em que os nós os dois andávamos de costas voltadas, pelos motivos que expus...


 



 


Os gelados foram dos melhores que comi na vida! E no inverno eram muito baratos! Em países onde a influência histórica da Itália é sentida, os gelados também são excelentes. O torroncino (semelhante ao torrão de Alicante) e os chocolates é algo que devemos comprar para trazer para casa e deste modo recordar umas férias maravilhosas. O vinho italiano também é famoso, sendo o Chianti que é produzido na região da Toscana, o mais conhecido pelo Mundo fora.


 



 


Limoncello, um licor de limão produzido no sul do país, nomeadamente nas regiões de Campânia e da Sicília, é uma das bebidas mais famosas. Mas é Sorrento que afirma que fabrica o melhor de todos, sobretudo pela qualidade dos limões da região. Em Sorrento existem inúmeras lojas onde poderão provar esta maravilhosa bebida. Se viajarem de avião com bagagem de mão, e dada a limitação de líquidos a transportar, poderão adquirir bebidas no aeroporto antes de embarcarem, no entanto se viajarem de automóvel, não foi o meu caso, poderão atestá-lo com umas belíssimas garrafas. Recomendo a cadeia de lojas Tesori di Sorrento e Signorvino paraísos de garrafas, onde amavelmente me ofereceram algumas provas. Tanto vinho italiano como cerveja italiana já provei, dentro e fora de Itália, nomeadamente o Chianti! A cerveja italiana mais famosa é provavelmente a Birra Moretti, mas há outras excelentes marcas que dificilmente encontramos fora de Itália, inclusivamente oriundas das ilhas.


 



 



 


É impossível não referir o café expresso. Ao que parece foram os Italianos que inventaram esta forma de produzir café. Já tive em casa uma máquina dessas da marca "Minimoka". A dita cuja chegou a tirar mais de dez cafés num dia só para mim. Já desde os 11 anos de idade que tenho o hábito de ir a um café e pedir uma bica, sem açúcar. Uma "italiana" é uma bica mais curta, e de facto em Itália é mesmo assim que servem o café!


 



 



 



 



 



 



 



 



 

ALEMANHA



 


Ao contrário de Franceses, Espanhóis ou Italianos, os Alemães são uns alarves a comer! Ao contrário das minhas expetativas em relação à comida na Itália, na Alemanha eram baixas. Nada mais errado! Na Alemanha come-se muito bem! Tal como em qualquer país do Centro e Leste Europeu, incluindo os países Bálticos. Um dos países onde o porco é rei! A cerveja é rainha! Por lá existem mais de mil marcas diferentes! Cada cidade tem a sua cerveja tradicional! Munique é a capital Mundial da cerveja!  Cervejas servidas em canecas, algumas com 1 litro, chamadas de “mass”!  A dunkle (escura), a helles (amarela) e a weiss

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