Reykjavik, porta de entrada da magnifica Islândia
Texto & Fotos de António Ribeiro
A capital da Islândia é a porta de entrada da terra do fogo e do gelo, sendo por aqui que praticamente todos chegam, penso aliás que apenas alguns cruzeiros no norte da Europa podem passar aqui, fora disso teremos mesmo de ir de avião; o aeroporto internacional da Islândia (keflavik – KEF), fica a cerca de 50 km de Reykjavik.
Embora não sendo uma cidade muito grande, esta capital que alberga mais de dois terços da população Islandesa é sem dúvida uma cidade a visitar, além de ser muito acolhedora e pitoresca é bem tranquila e agradável de visitar, um bom punhado de atrações e claro inserida neste país fantástico do qual já falei anteriormente, a Islândia.
Começando naquele que será provavelmente o cartão postal da cidade, que é a igreja Hallgrímskirkja, é uma igreja de betão com um formato arrojado, com uma altura de 74.5 metros, esta igreja evangélica – luterana foi projetada pelo arquiteto Guojón Samúelsson, a sua construção iniciou em 1945, tendo sido inaugurada posteriormente em 1986. A entrada na igreja em si é gratuita (e, é bastante bonita), sendo pago a subida ao topo da torre, esta custa 1200 ISK – praticamente 8€; confiram o horário antes de ir, pois no período de inverno o horário é mais reduzido.
Do cimo da torre, a vista sobre a cidade é fantástica, podendo admirar as ruas e as casas típicas e bastante pitorescas, com o mar como pano de fundo; creio que o valor compensa bem pela vista soberba.
Em frente à igreja fica a estátua de Leifur Eiríksson, que é um herói islandês, acredita-se que tenha sido ele, ainda na era viking, o primeiro Europeu a chegar à América. Descendo pela rua em frente, na Frakkstigur, vamos descer ligeiramente até junto do mar, ao fundo da rua, no limite da cidade com uma avenida junto da costa fica outro monumento em destaque que é o Sun Voyager, é uma estátua em aço (inox), com um formato de um barco, é um local icónico na cidade (certamente aqui fica uma foto muito boa), esta obra foi criada pelo escultor Jón Gunnar Árnason, sendo sem dúvida uma obra muito bonita.
Não muito longe do Sun Voyager, junto do mar, fica a sala de concertos da cidade, o Harpa (concert hall) é um edifico todo em vidro com um design bonito, que ganha uma beleza superior à noite com a iluminação em várias cores. Continuando mais um pouco, nota ainda para o Museu Falológico Islandês (bilhetes 2200 Isk- 15€); o Museu da Fotografia e o Museu de Arte Hafnarhús, os bilhetes custam 2050 ISK – 14€, aberta das 10:00 – 17:00 (quintas até às 20:00); nota ainda para um museu que achei peculiar ( a cerca de 500 metros do Harpa), o Punk Museum Iceland. este museu fica praticamente ao lado de um jardim onde por sua vez fica a casa / escritório do primeiro ministro Islandês (Stjórnarráð); aqui perto, fica ainda a Casa da Cultura e a praça Laekjartorg.
Caminhando agora mais um pouco para o coração da cidade destaco um dos locais que mais gostei, o lago Tjörnin, junto deste lago lindíssimo onde além de cisnes e patos que por aqui passeiam e alegram todo o cenário; ficam ainda junto deste lago, a estátua “monument to the unknowon Bureaucrat” e a Câmara Municipal da cidade, o edifício da câmara conta ainda com um ponto de informações turísticas e um mapa 3D da Islândia, e foi inaugurado em 1992; nota ainda para que próximo daqui ficam também o Parlamento da Islândia e a Catedral de Reykjavik (Dómkirkjan), uma igreja bastante bonita, de estilo neoclássico e com o telhado esverdeado, foi construída entre 1787 e 1796.
Deste lado do lago Tjörnin, olhando para a outra margem, fica uma bonita igreja de telhado também esverdeado ( num estilo revivalista gótico), a Igreja Frikirkjan uma foto da igreja com o lago como complemento é delicioso (também muito usado como cartão postal da cidade); junto da igreja fica ainda a Galeria Nacional os bilhetes custam 2000 Isk , menos de 14€.
Não muito longe da Câmara Municipal, fica ainda a Basílica do Cristo Rei (Landakot) uma basílica católica (creio que é a única católica na cidade), num estilo neo gótico, chegou a ser a maior igreja do país, podemos visitar esta basílica gratuitamente.
Podemos ainda (e devemos) vaguear pelas ruas de Reykjavik, desbravar todas as ruas com estas pequenas casas (algumas em madeira) coloridas, bem pitorescas e com ar acolhedor, pequenos cafés, restaurantes, galerias de arte etc; um destaque vai para a rua Laugavegur, umas das mais famosas da cidade, contudo e como gosto de dizer, perdermo-nos pelas ruas e ruelas de uma cidade tem uma magia especial, além de pequenos recantos e locais que podemos descobrir, faz-nos sentir locais, deixarmo-nos entranhar na cidade.
Ligeiramente mais afastado do coração da cidade destaco ainda o Museu Marítimo bilhetes custam 2050 ISK – 14€, a sua primeira exposição foi em 2005, sendo ainda que em fevereiro de 2008 conta com um antigo navio da Guarda Costeira; este museu fica próximo do antigo porto, nesta zona do antigo porto, ficam lojas, vários restaurantes e cafés, é uma zona pitoresca e bem agradável.
Próximo ainda do museu marítimo, fica o Aurora Reykjavik um museu onde de forma digital (creio que em 3D), podemos ver as luzes do norte (aurora boreal), de uma forma mais interativa e claro com a certeza que a vamos ver, pois nos tours nem sempre é possível, os bilhetes custam 2500 ISK – 17€; e o Saga Museum, um museu que recria os momentos mais importantes na história da Islândia ,os bilhetes custam 3000, cerca de 20€.
Ainda junto do lago Tjörnin, temos o parque Hljómskála, um local agradável para passear; caminhando um pouco daqui (para fora do centro da cidade), temos o Museu Nacional da Islândia, o museu conta com três pisos contando com mais de 2000 obras de arte e peça, é uma principais locais para ver a história e arte do país, os bilhetes custam 2500 ISK – 17€, junto deste museu nota para a Universidade da Islândia.
Não muito longe daqui nota para a reserva natural Vatnsmýrin (daqui segue a água para o lago Tjörnin; passei aqui de trotinete, achei bem interessante, sobretudo para amantes da natureza, ou os ue queiram simplesmente relaxar por aqui) e junto desta reserva a Nordic House.
Junto do Terminal de Reykjavik, onde param vários bus (um deles Airport Direct, que vem do aeroporto) e onde opera o operador de tours Reykjavik Sightseeting bem como onde fica o Hostel onde fiquei e que recomendo, o Bus Hostel; fica uma das atrações mais visitadas e mais impactantes da cidade, o planetário/ museu Perlan, é dos locais mais visitados na cidade, além de museu que mostra as maravilhas da Islândia num cenário interativo e um museu muito completo sobre várias riquezas naturais do país; além do museu tem exibições permanentes sobre os vulcões e as auroras boreais (esta é numa espécie de planetário) e aquela que para mim é sem dúvida a melhor, que é a caverna de gelo, tem cerca de 100 metros de comprimento e mostra como é o interior de um glaciar, é uma visita fantástica, as paredes e teto são todas em gelo (apenas uma parte de grelha metálica no pavimento para poder caminhar); no topo, já no exterior temos um deque de observação, pois o Perlan situa-se no topo de uma colina tenso por isso uma vista privilegiada sobre toda a cidade. Os bilhetes gerais custam 4690 ISK, que corresponde a cerca de 32 €.
Algumas notas ainda para outros locais como o farol (amarelo) Höfoi; a igreja Háteigskirkja, que fica próxima do parque Klambratún, neste parque fica ainda o Museu de Arte Kjarvalsstaoir; outros locais podem ainda ser adicionados numa visita a esta simpática cidade, mas creio que num dia completo podemos ter uma boa visita a Reykjavik, dando mais tempos posteriormente para explorar toda esta ilha da terra do fogo e do gelo, que é a Islândia
A gastronomia Islandesa, está fortemente ligada à sua geografia, sendo a pesca (peixe) o seu forte, embora conte com alguns pratos de carne, pois a pecuária é também uma atividade no País.
O bacalhau é uma das estrelas, embora a forma de o cozinhar e conservar seja muito diferente de nós em Portugal, pelo que vi o mais tradicional é frito (até gostei, mas creio que temos receitas melhores para comer este peixe), sopas de peixe e sopa de lagosta, também são populares; um prato famoso por aqui, mas pelo que parece não tem a reputação de ser saboroso, é o Hákarl (carne de tubarão “apodrecida”); Harofiskur, uma espécie de snack de peixe seco (muito rico em proteína e também bastante bom); Kjötsúpa, uma sopa de legumes e carne; Plokkfisku, um guisado de peixe e legumes sobretudo batatas e cebolas; os iogurtes Skyr, que também já chegaram a Portugal, comi alguns por aqui, e eram muito bons, estes são alguns dos exemplos do que podemos comer na Islândia.
Aqui a comida é muito cara; eu (no porto antigo) por uma sopa de peixe com pão e bebida, paguei quase de 3100 ISK, cerca de 21€, o bacalhau frito (fish and Ships) no aeroporto, creio que 2100 ISK, pouco mais de 15€ (sem bebida); vi algumas placas na cidade em restaurantes com pratos tradicionais a 2500 ISK ( cerca de 17€), ao qual acresce as bebidas, por isso dificilmente vamos fazer uma refeição por menos de 20€;
Nos supermercados, podemos encontrar algumas refeições prontas a um preço mais simpático, algumas delas tradicionais e com boa qualidade.
Viagens Felizes
Dicas e Notas:
Caso queiram visitar várias atrações e museus, uma boa opção é comprar o Cartão Reykjavik, que além de transportes grátis dentro da cidade (não inclui a linha 55 que vai para o aeroporto e todas as que vão para fora da cidade) oferece entrada grátis em alguns locais e descontos em muitos outros,
tem de 24h, 48h e 72h, o preço por adulto para 24h (que penso ser o suficiente), custa 4400 ISK, cerca de 30€; informações e compra aqui, fica em conta sobretudo para quem quer fazer uma visita mais completa, e para visitar vários museus e tendo ainda a vantagem de bus gratuito.
A cidade é super segura e tranquila; aqui a comunicação é fantástica, aliás acho que não deve haver ninguém que não fale inglês ( e com um nível excecional); o transporte é feito apenas por bus, a rede pelo que vi é bastante completa, a companhia Straeto, é a companhia de bus público que assegura o transporte na capital e entre esta e o resto da ilha. Creio que praticamente se pode visitar o essencial de Reykjavik a pé, caminhando um pouco, no entanto acho que uma boa alternativa a caminhar ou a andar de bus, (sendo até mais prático para alguns pontos mais distantes), é usar uma trotinete, pelo que vi temos duas opções a Zolo ou a Hopp, eu pessoalmente usei a Zolo, não achei a aplicação muito funcional comparando com a Bolt que uso mais vezes; a Hopp pelo que vi tem mais unidades espalhadas pela cidade.
Embora tenhamos voos diretos do Porto e de Lisboa pela recente companhia aérea low-cost Play, num voo que demora cerca de 4h, custando uma média de 100€ por trajeto (em algumas pesquisas que fiz, a viagem de ida e volta ronda os 230€); a opção mais económica, que não sendo tão prática pode compensar mesmo tenhamos de pernoitar noutro local é de fazer dois voos separados para cada trajeto, Milão ou Londres são ótimas opções, pois quer de Portugal ou Islândia o trajeto fica barato, eu no total dos 4 voos, em que fui do Porto – Londres – Reykjavik e regresso, paguei menos de 80€ no total, mesmo que tenha de dormir num dos destinos pode sair em conta, as companhias Wizz Air e Easyjet oferecem boas rotas para Reykjavik.
Do aeroporto internacional para o centro da cidade podem ir de bus, pelas companhias (shuttle) Flybus ou na Airport Transfer, o tempo de viagem é cerca de 45 minutos, sendo que a flybus opera mediante os voos e vai para a paragem principal de bus – Reykjavik BSI; a Airport Transfer parte a cada hora e vai para o terminal Reykjavik (ambas as paragens na cidade distam cerca de 1 km) os bilhetes em ambas as companhias custam cerca de 3390 ISK, perto de 23€. A companhia de bus público Straeto (linha 55) também vai até ao centro da cidade (podem planear a rota no site, ou baixar a aplicação, podendo depois usar a mesma), os horários são menos e leva mais tempo embora seja mais barato, custando cerca de 1960 ISK, em torno de 13€.
Tal como recomendo sempre, aconselho usar um cartão semelhante ao Revolut, para evitar taxas; contudo (e até porque em algumas ATM me pediam comissão) na minha experiência, não vão necessitar de numerário, pois os pagamentos facilmente podem ser feitos com o “contactless” do cartão, e as entradas em locais, tours, etc podem ser reservados online.
Na Islândia o fuso horário é de menos 1h que em Portugal, a moeda é a coroa Islandesa (ISK), 1€ – 145.5 ISK (Kr); o indicativo é+354 e o domínio de internet é .is
Operadores turísticos de tours (os que eu fiz):
Bustravel : Aqui
Reykjavik excursions : Aqui
Reykjavik sightseeing : Aqui
Holiday tours : Aqui
Artic adventures : Aqui , embora a reserva tenha sido nesta companhia quem operou foi a Your day tours : Aqui
websites:
Visit Iceland (Reykjavik) : Aqui
Visit Reykjavik : Aqui
Iceland Magazine : Aqui
Reservas (click):
Booking – Alojamento
Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos
Iati- Seguro de Viagem
BookAway- Reserva de bilhetes Bus, Ferry, Comboio