ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO- CONTINENTE ASIÁTICO
Texto & Fotos de Mário Menezes
Tal como os museus, os monumentos são alguns dos ex-libris das cidades, dos países, dos continentes, até mesmo do Mundo, pois alguns são considerados Património da Humanidade. São por isso locais bastante procurados e de romaria de milhões viajantes à escala global. Quem os visita fá-lo independentemente de ser ou não perito em arte, arquitetura ou em qualquer outra área científica ou artística. Fá-lo muitas vezes para desfrutar de uma vista panorâmica. Posar junto dos monumentos, tirar selfies com eles também é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição. Muitos monumentos acabam por ser também museus, tanto pelo seu exterior como pelo seu interior. Muitos albergam obras de arte, algumas inamovíveis, mas com valor incalculável.
Grandiosos monumentos existem pelo Mundo fora. Uns mais antigos, outros mais recentes. Não devemos esquecer que muitos foram erigidos com recurso a trabalho de escravatura, sacrificando diversas vidas humanas. Desde os tempos dos faraós aos tempos da televisão a cores.
Dos mais de 50 países em que estive, tive a oportunidade e o privilégio de ter visitado alguns dos mais famosos monumentos que escreveram História e que são ex-libris de vários países, cidades ou continentes. Seria impensável mencionar todos.
Aqui segue uma lista dos que considero como os mais importantes.
Praça Tiananmen – Pequim – China
Esta praça é o epicentro da China que juntamente com a Praça Vermelha de Moscovo, são as praças mais importantes e mais poderosas do Mundo. A sua História foi escrita com sangue, e por isso é tão conhecida no Ocidente. A 4 de Junho de 1989, o exército abriu fogo perante manifestantes, que se mobilizavam de forma pacífica contra a repressão e corrupção do Regime. Muitos deles eram jovens estudantes, que foram assassinados às mãos do Governo Comunista, que por lá se vai mantendo e desrespeitando os Direitos Humanos.
As suas dimensões, tornam-na como uma das maiores praças do Mundo. Tal como a Praça Vermelha, o seu tamanho e arquitetura soviética provocam medo cénico ao visitante. Patrulhada por um grande aparato de polícias e militares, todos eles com cerca de 1,90m de altura, com ar sisudo, alguns munidos de extintores, pois as autoimolações são uma forma de protesto comum na China, sobretudo os Tibetanos. A entrada na Praça de Tiananmen está sujeita a controlo de identidade e revista de segurança. Abre portas ao nascer, e fecha ao pôr do sol. A cerimónia, consoante se trate, do hastear ou do arriar da bandeira da China, para o qual os visitantes se juntam a observar, é uma manifestação de orgulho Nacional, em frente da foto, no extremo Norte, de Mao Tsé Tung, fundador da República Popular da China. O seu corpo está colocado num mausoléu, um edifício enorme que é possível visitar. A visita não dura mais de dois minutos, mas são certamente os dois minutos mais intensos de qualquer viagem à China, pois assistir aos visitantes fazendo vénias à sua estátua na entrada e depositando nela flores, antes de se dirigirem em passo acelerado sem paragens por um corredor de onde se avista uma sala pouco iluminada, cercada por vidros, onde se encontra o caixão, junto com guardas em sentido, causa arrepios.
No lado Oeste da praça, encontra-se o Museu Nacional da China é um dos maiores e mais visitados do Mundo. Do lado Este, o Grande Salão do Povo, onde ocorrem as reuniões do Partido, do Governo por conseguinte, mas não é aberto ao público. No centro da praça, existe o “Monumento dos heróis do povo” que possui 38 metros de altura e também está cercado de forças de segurança. No extremo Sul, o Portão de Qianmen que fez parte da muralha da cidade. Saindo do perímetro da praça, atravessando a Avenida Chang’an pela passagem inferior, chegamos à Porta de Tiananmen onde se encontra o quadro de Mao Tse Tung e desde aí é possível observar a vista panorâmica.
Cidade Proibida – Pequim – China
Na China qualquer coisa por lá é tida como “a maior do Mundo”…
A Cidade Proibida é uma cidade dentro de outra cidade. O nome de Cidade Proibida surgiu pelo facto de apenas o imperador, sua família e empregados especiais terem permissão para entrar lá dentro.
Saindo da Praça Tiananmen, onde a grande parte dos nossos dias em Pequim são passados, atravessando a Avenida Chang’an pela passagem inferior, chegamos à Porta de Tiananmen onde se encontra o quadro do Grande Líder, Mao Tse Tung. Largos metros à frente, pela Portão Meridian chegamos à Cidade Proíbida.
É o maior palácio do Mundo. Possui cerca de 1000 edifícios que ocupam 720 mil m² de área. Julga-se que (eu não as contei…) possui 9999 divisões, entre quartos e salas, dado o número 9 ser o número da sorte para os Chineses. A sua construção levou 14 anos e foi ordenada pelo imperador Chengzu da dinastia Ming em 1406.
O Último Imperador, Pu Yi, retratado no cinema por Bernardo Bertolucci, foi ali rodado. É um encanto, é inesquecível visitar a Cidade Proibida. A Sala do Trono, onde o filme tem a comovente cena final, é o local mais fotografado, onde a multidão se amontoa para conseguir de longe, do lado de fora, a melhor selfie. Dizem eles que os tijolos do soalho são mais caros que o ouro. Com a Revolução, Pu Yi acabou os seus dias como jardineiro, possivelmente pelos jardins Imperiais, mesmo ali ao lado.
Grande Muralha da China – Jinshanling – China
Na China tudo é grande, e claro, a Grande Muralha é mais monumento à sua imagem.
Existe há cerca de 2200 anos, possui mais de 21 mil km e é visível do Espaço. Um conjunto de séries de fortificações feitas de pedra, tijolo, terra compactada, madeira ou outros materiais, com 8 m de altura e 4 m de largura. A sua construção custou a vida a mais de 300 mil trabalhadores, ao longo de centenas de anos que durou. Os Chineses afirmam que é o maior cemitério do Mundo! Foi erigida com objetivo proteger o país dos invasores, mas também ocupar prisioneiros e soldados que com o fim das guerras ficavam sem trabalho.
Jinshanling é uma das 3 localidades acessíveis de Pequim, a mais distante, a cerca de 150Km, para visitar a Grande Muralha. É tida como a mais pitoresca. É acessível através de tour organizado de um dia, com saída pelas 6 horas da manhã, pois mais tarde para sair da cidade, o trânsito é caótico. O caminho de ida e volta é feito em autoestrada e sujeito a vários checkpoints policiais.
Os visitantes fazem uma caminhada com cerca de 5Km subindo e descendo a mesma e desfrutando da paisagem. Aquele troço separa a China da antiga Manchúria. Se tiverem sorte e apanharem céu limpo, e em alturas como o Ano Novo Chinês, em que muitos Chineses deixam as grandes cidades rumando às suas terras de origem, poderão tirar belíssimas fotografias e quando regressarem dirão que tiveram a Muralha da China só para vocês.
Grande Buda (Tian Tan) – Ngong Ping – Hong Kong
Hong Kong até hoje é o local do continente Asiático que mais me encantou. É considerada a cidade com maior número de arranha céus do Mundo. Até 1997 pertenceu ao Reino Unido, hoje tem o estatuto de “Região Administrativa Especial” tal como Macau, o que não lhe confere a Independência da China (continental) apesar de possuir por exemplo Governo próprio, moeda própria, hino, bandeira e leis próprias por exemplo sem aplicação da pena de morte. A China é um país com dois sistemas, Comunismo e Capitalismo, e em Hong Kong o último que impera em larga escala. Quando subimos ao Pico Victoria e observamos a vista panorâmica sobre a cidade, e ao cair da noite as luzes dos edifícios, lá em baixo, a acenderem alternadamente ficamos deslumbrados.
Em Ngong Ping, um planalto no ponto mais alto da Ilha de Lantau, a cerca de 50 km do centro financeiro de Hong Kong, encontra-se o Buda Tian Tan na posição sentado. Uma estátua de bronze, formada por 202 peças, com 34 m de altura e pesando 250 toneladas, sendo considerada a maior estátua do Mundo de um Buda sentado. Foi inaugurada em finais de 1993 e simboliza a relação harmoniosa entre o Homem e a natureza, as pessoas e a Religião. A base da estátua, que tem a forma de uma folha de lótus, encontra-se rodeada, ao longo da plataforma onde se acede, por pequenas estátuas de Deuses que representam a Imortalidade. Aceder a essa plataforma, subindo uma escadaria com 268 degraus, e desfrutar dessa vista panorâmica, juntamente com a visita ao Pico Vitória são os momentos supremos de uma viagem a Hong Kong.
O Grande Buda faz parte do Mosteiro “Po Lin” (cá em baixo da escadaria) que é o principal centro de Budismo em Hong Kong. O mosteiro foi fundado por três monges em 1906. Inicialmente foi chamado “The Big Hut” mas em 1924 passou a chamar-se “Po Lin”, que significa Lótus Precioso. O complexo do mosteiro contém um templo, as casas dos monges, um restaurante vegetariano e várias lojas que vendem incenso para usar nos rituais, e até os turistas, não sendo budistas, também praticam. No templo encontram-se três estátuas de Buda que representam o passado, o presente e o futuro, e diversas inscrições Budistas. Por lá também circulam livremente vacas. A minha primeira reação foi medo, mas depois verifiquei que são animais dóceis e afáveis…
É possível aceder ao local de teleférico ou de autocarro. Infelizmente não tive escolha, o teleférico encontrava-se parado para manutenção. Um dia que regressar a Hong Kong terei de voltar a Ngong Ping e fazer essa viagem de teleférico. Dura cerca de 25 minutos a avaliar pelo cenário envolvente, deve ser encantadora…
Ruínas de S. Paulo – Macau
Tal como Hong Kong, Macau é outro território com estatuto de Região Administrativa Especial da China. Foi território Português até 1999. Nos últimos anos transformou-se numa meca dos jogos de azar, recebendo os seus casinos mais visitantes que os de Las Vegas. Normalmente os turistas Portugueses visitam Macau em um dia num bate volta desde Hong Kong. Em 2017 de Catamarã a viagem durava cerca de 1 hora. É necessário apresentar o passaporte e preencher o formulário de emigração, tanto na chegada a Macau como a Hong Kong no regresso. Macau, tem os seus encantos, sobretudo para nós Portugueses. Existem diversos Monumentos e Igrejas espalhados pelo Centro Histórico, percorrido por turistas Chineses ávidos de conhecer a Europa, que afinal por ali existe uma pequena amostra do seu sul. Mesmo sem encontrar por aqueles lados quem fale a língua de Camões, quando percorremos aquelas ruas, algumas com calçada Portuguesa e com indicações em Língua Portuguesa, sentimos que chegamos a uma pequena cidade em Portugal, quando na realidade nos encontramos a milhares de quilómetros e num fuso horário bem diferente. Fora do Centro Histórico, na Ilha de Taipa, encontram-se os Casinos.
Como viajante orgulho-me de ter juntado Macau ao meu rol de países visitados, apesar de não ser dos locais que mais me encantou. Muitas vezes digo a brincar que comparar Macau com Hong Kong, é como comparar Lisboa com Loures…
As Ruínas de São Paulo são o ex-libris de Macau. Estão inscritas como Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Trata-se das ruínas da antiga Igreja da Madre de Deus e do Colégio de S. Paulo, importante complexo do século XVI destruído por um incêndio em 1835. Foram construídas pelos Jesuítas, sendo o lugar alcunhado como a “Acrópole de Macau”. A fachada de granito, daquela que foi a maior e a mais bela das igrejas de Macau, e a sua escadaria monumental de 68 degraus é o que podemos observar. E mesmo ali ao lado vendem-se bifanas e pastéis de nata, como se diz por lá, “pork chop bon” e “Portuguese egg tart”, o que nos faz sentir em casa!
Em Lisboa, no ano de 1998 ocorreu uma Exposição Universal, a “Expo´98”. O Pavilhão de Macau possuía entrada uma réplica deste monumento que fez imenso sucesso. Desde 2004 o mesmo foi transferido para o Parque da Cidade de Loures e hoje é considerado o ex-libris da cidade de Loures.
Kinkaku-ji (Pavilhão Dourado) – Quioto – Japão
O Japão é um país que nos encanta, mas em beleza perde para a China. As cidades gigantescas de Tóquio e Osaka cansam-nos de tão modernas que são, com arranha céus, com milhares de pessoas pelas ruas, com uma organização e um conceito de cidadania como não há igual no Mundo. No Japão até uma casa de banho pode ser considerada uma lição de tecnologia, de vida e de boas maneiras. Casas de banho no Japão, não são monumentos, mas são monumentais!
Quando chegamos a Quioto sentimos um enorme alívio pois “finalmente” encontramos uma cidade “bonita”, com cultura ancestral e histórica, ou não se trate de uma antiga capital do Japão. Foi esse facto que em 1945 a salvou da bomba nuclear.
Quioto, a cidade das gueishas, possui cerca de 3000 templos e santuários budistas e xintoístas, sendo 16 registrados como Património da Humanidade pela UNESCO. O Templo do Pavilhão Dourado, o “Kinkaku-ji”, é o mais importante e provavelmente o edifício mais procurado do Japão. Faz jus ao nome, grande parte é forrado a folha dourada. Um templo com muita História e de uma beleza sem igual. Possui no telhado uma “fenghuang” (Fénix Chinesa) dourada. Fica localizado no meio de um lago espelhado (Kyōko-chi), dentro de um complexo constituído por um jardim. A vista de qualquer lado é impressionante e cada imagem vale mesmo por mil palavras.
Parque Memorial da Paz – Hiroshima – Japão
Nos tempos que correm, o apelo à paz deve ser uma constante. Assim, introduzir este memorial neste rol é obrigatório. Visitar Hiroshima é dedicar parte do nosso tempo a refletir sobre a paz. As armas nucleares foram utilizadas pelo Homem contra o seu semelhante por duas vezes. Em 1945, Hiroshima foi a primeira cidade do Mundo a sofrer um ataque nuclear, Nagasaki foi a outra. Só em Hiroshima, a bomba matou instantaneamente mais de 70.000 pessoas e outras tantas morreram devido a ferimentos graves e à radiação, e ainda hoje muita gente sofre as consequências físicas e mentais.
O Parque Memorial da Paz é um parque urbano que contém diversos memoriais, para que as consequências da Guerra Nuclear em Hiroshima nunca sejam esquecidas e sejam sempre lembradas, apelando assim a uma reflexão profunda de todos os visitantes. Ao percorrê-lo encontramos por exemplo, o Sino da paz, que somos convidados a tocar para que seja ouvido por toda a gente em todo o Mundo e para que armas nucleares não voltem a ser usadas pelo Homem contra o seu semelhante. De todos estes memoriais e monumentos presentes, o mais famoso é o Monumento em Memória das Vítimas Coreanas da Bomba Atómica, que além destas também homenageia as vítimas do colonialismo Nipónico. Um local onde as homenagens protocolares são anualmente realizadas e começam com um minuto de silêncio à hora exata em que a bomba atómica foi lançada pelos Estados Unidos. Dada a sua forma em “U” invertido, através dele, consegue-se ver a Chama da paz que está permanentemente acesa e o “Genbaku”. O “Gembaku” é o local que mais chama a atenção. São as ruínas de um edifício construído para a promoção industrial da cidade. Foi mantido assim como forma de homenagear as vítimas desta tragédia. A bomba explodiu a cerca de 150 metros do mesmo.
Junto ao Parque Memorial da Paz, existe o Museu Memorial da Paz que é obrigatório visitar.
Taj Mahal – Agra – Índia
Cada viajante tem o direito a ter a sua opinião, os outros só terão que aceitar. Puxando pelos “meus galões”, com mais de 50 países estrangeiros que visitei e com dezenas de crónicas de viagem que tenho escrito, tenho estatuto para afirmar que viajar para a Índia só se justifica para visitar Goa, Mumbai e o Taj Mahal, pois o resto é muito sofrível. A cidade de Agra, onde o Taj Mahal se encontra, pouco mais possui que interesse visitar. É uma cidade superpovoada, escura, suja e poluída. Nas imediações do monumento não é permitida a circulação de veículos que não sejam de tração elétrica. Muitas vezes são colocados andaimes nos minaretes do Taj Mahal para se proceder a limpezas, pois devido à poluição, os mesmos ficam com tonalidade amarela. Tive sorte pois encontrei o monumento intacto.
O Taj Mahal normalmente é visitado ao nascer do Sol e é local para passarmos no mínimo uma manhã. Ali o tempo passa muito rápido. Quando pela primeira vez vemos o monumento, construído em mármore branco, a aparecer perante nós no meio da neblina matinal, sentimos que todos os “sofrimentos” para ali chegar valeram a pena! Existe também a possibilidade de visitar em noite de Lua cheia. Dizem que é um sonho…
A visita ao Taj Mahal dispensa apresentações, mas o seu interior, onde curiosamente não deixam fotografar, não tem interesse algum, pois além do mausoléu, a decoração nada nos diz e o espólio é inexistente.
Trata-se de um monumento ao amor! Embora para nós esse “amor” seja difícil de entender…Mandado construir pelo Imperador Shah Jahan em memória de sua (leiam bem ) esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal . Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna. A obra foi efetuada entre 1632 e 1653 com a mão de obra de 20 mil homens trazidos de várias cidades do Oriente.
A Índia é um país mormente Indu, mas em Agra reina o Islamismo. Inclusivamente o monumento possui nas fachadas, diversas inscrições em Árabe, retiradas do Alcorão.
Palácio Real – Banguecoque – Tailândia
Em língua Tailandesa é chamado de “Phra Borom Maha Ratcha Wang”, aquele que é certamente o local mais importante de Banguecoque. Um conto de fadas ao estilo Oriental dado a arquitetura dos edifícios presentes, à sua decoração, à cor amarela dourada predominante e também aos Templos Budistas, sendo o Esmeralda (Wat Phra Kaeo) o de maior destaque. Um complexo gigantesco carregado de magia onde se inclui o “Phra Maha Monthienm”, um grupo de edifícios onde ficava a residência do Rei, a “Phra Thinang Amarin Winit chai”, onde se localiza a sala do trono e o “Phra Thinang Chakri Maha Prasat”, um salão real construído por um arquiteto Inglês, que mistura os estilos Europeu e Tailandês. O Museu e o templo do Buda Esmeralda, com dois andares, que guarda artefatos dos anos de construção e ocupação do Grande Palácio, assim como esculturas e outros objetos artísticos, e o Pavilhão de Regalia, onde se encontra parte do Tesouro Nacional. Na Tailândia o Rei tem uma adoração extrema e qualquer forma de crítica ou sátira à sua figura é um considerado um crime grave e severamente punido.
Um local que marca a minha história de vida e de viajante, ali passei parte do dia do meu 40º aniversário. O “país dos sorrisos” foi o primeiro país do continente Asiático que visitei.
Mesquita do Sheikh Zayed – Abu-Dhabi – EAU
Os Emirados Árabes Unidos, país que há cerca de 40 anos era constituído por pequenas aldeias de pescadores e pelo Deserto, são nos dias de hoje conhecidos pelo Dubai, a sua maior cidade, pelas suas extravagâncias que desafiam a natureza. A sua capital é Abu-Dhabi, que é outra selva de pedra. No entanto, o país tem uma História e uma cultura bastante interessante e que vai muito além das suas grandes cidades que cresceram desmesuradamente na orla marítima do Golfo Pérsico à custa do “petrodolar”.
A visita a Abu-Dhabi, a cerca de 140 Km do Dubai, vale sobretudo pela Mesquita do Sheikh Zayed. Estamos num país Muçulmano, que recebe bem quem o visita. Assim, devemos respeitar a lei, os costumes e as regras de etiqueta. Uma mesquita é um local de oração e devemos ter isso em conta. É uma benesse ser permitido a um turista visitar gratuitamente um local desta natureza e com esta grandeza, pois pelo Mundo fora há locais deste nível, em Meca na Arábia Saudita por exemplo, que por motivos religiosos são vedados ao turismo.
Inaugurada em finais de 2007, é uma das mesquitas mais impressionantes do Mundo, pelas suas dimensões e pela sua beleza. Rodeada de jardins, possui 4 minaretes com mais de 100 m de altura, 80 cúpulas de mármore que se elevam sobre um teto suportado por 1000 pilares. Para a construção foram necessárias cerca de 90 mil toneladas de mármore branco, no qual se realizaram vários desenhos florais com incrustações de pedras semipreciosas.
A obra é uma mescla de estilos arquitetónicos: Mameluco, Otomano, Mourisco, Indo-islâmico e Fatímida. No salão principal, sobressaem os enormes candeeiros de cristal “Swarovski” decorados com ouro de 24 quilates, o maior possui 40 quilos de ouro e pesa 11 toneladas. O tapete que cobre a sala principal é o maior do Mundo e para o fabricar foram necessários 1200 artesãos que durante dois anos, teceram bilhões de nós com os melhores algodões trazidos do Irão e da Nova Zelândia.
Guardo as memórias para a posteridade e a minha foto com um turbante e a Mesquita do Sheikh Zayed como pano de fundo.
to be continued…
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