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27 Jun

A POLÓNIA DE CHOPIN, JOÃO PAULO II, LECH WALESA E DO HOLOCAUSTO

 

A Polónia de Chopin, de João Paulo II, de Lech Wałęsa e do Holocausto

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

A primeira vez que atravessei a antiga “Cortina de Ferro” conheci Praga e Budapeste com passagem por Bratislava. O “Leste” Europeu foi para mim um amor à primeira vista. A Polónia foi o destino que se seguiu. Era impossível resistir à tentação de continuar esta saga.

 

“De Leste” são erradamente chamados aqueles países, pois na realidade ficam no centro da Europa. O domínio da URSS até ao início dos anos 90 sobre os mesmos leva a que ainda nos dias de hoje assim sejam rotulados dessa forma depreciativa. Quem visita esses países se cumprir as boas maneiras nunca se deve referir aos mesmos como “Leste”, como acontece com os turistas Americanos que são imediatamente alcunhados de ignorantes quando mencionam a localização geográfica como “Eastern Europe” em vez de “Central Europe”.

 

Poznan

 

Pois bem, a Europa para lá da antiga “Cortina de ferro”, na minha modesta opinião, em termos culturais e em beleza, ganha de goleada à restante! Além dos preços bem mais acessíveis, sobretudo na hotelaria e restauração, transportes e outros locais como museus e monumentos. Podemos, por exemplo assistir a espetáculos de ópera e ballet de enorme qualidade, ainda que não sejamos apreciadores ou especialistas no assunto, pagando pouquíssimo, e se quisermos desfrutar do verdadeiro sentido de Inverno, ele é bem mais intenso, mais completo e mais belo por estes lados. Em qualquer destes países, com o mesmo orçamento, podemos fazer umas férias mais longas e com mais qualidade comparativamente a outros como Inglaterra, França, Bélgica ou Holanda, até mesmo o Norte da Itália, em que sentar à mesa num restaurante é um luxo!

 

Varsóvia-Bairro de Praga-Igreja ortodoxa

 

A Polónia foi um país que visitei por duas vezes e voltar está nos meus planos pois muito ficou por conhecer. Um país verde, muito bonito,  acolhedor, seguro, com muita história, bons transportes e com habitantes muito afáveis.
E com muito boa mesa. “Zurek”, a sopa nacional, também pierogi (género de ravioli), bigos (acompanhamento, género de Chucrute), zrazy (bifes enrolados), kotlet schabowy (panado de porco), golonka (joelho de porco guisado), Żeberka w miodzie (entrecosto com mel) e diversos pratos de borrego são algumas das especialidades que experimentei. Há também as Pączek, um género de bola de Berlim. Vodka é a bebida Nacional, sendo reclamado pelos Polacos como a melhor vodka do Mundo. Bebida, cujo nome deriva da palavra russa “voda”, que significa “água” pois tradicionalmente é inodora, incolor e insípida. Bebe-se gelada de um trago e é um excelente aperitivo e não abusando, ajuda-nos a suportar as  temperaturas Invernais.

 

Varsóvia -Praça do Mercado

 

VARSÓVIA

 

A cidade onde em 2011 comemorei o meu 36ºaniversário.

Capital da Polónia, uma cidade grande, demasiadamente moderna para ser uma cidade Europeia. Assim como por exemplo, Roterdão na Holanda.

 

Varsóvia-Rio Vístola

 

É o parente pobre da Polónia. Não merece muito mais que um dia para a visitar. A Polónia é um país lindíssimo mas Varsóvia tirando o centro histórico, pode considerar-se um local de curta paragem. A pé percorre-se tudo o que interessa conhecer.

Varsóvia, cuja beleza era comparável a Paris, foi quase totalmente destruída pela II Guerra Mundial e o Centro Histórico também chamado de “Cidade Velha”, “Stare Miasto” em Polaco, foi totalmente reconstruído mantendo a sua traça original, sendo considerado Património Mundial, Histórico e Cultural, pela UNESCO desde 1966. Um conjunto de ruelas calcetadas e edifícios coloridos de arquitetura medieval. A “Praça do Mercado”, traduzido de “Rynek Starego Miasta” como os Polacos chamam a estes locais centrais em várias cidades. O Castelo Real , “Zamek Królewski”,  um edifício que serviu de residência aos antigos reis. Em frente à Coluna de Sigismundo que contém a estátua do Rei Sigismundo III Vasa, que em 1596 transferiu a capital da Polónia de Cracóvia para Varsóvia. As antigas muralhas, a Barbacã de Varsóvia, que dão um charme a esta zona da cidade e a separam da zona nova.

O Palácio Presidencial fica ali perto. Um edifício de arquitetura neoclássica que sofreu ao longo dos anos várias remodelações. Ali é atualmente a residência oficial do Presidente Polaco. Um edifício com bastante História.

 

Varsóvia- Palácio Presidencial

 

Atravessando o Rio Vístula, o maior rio da Polónia, que divide a cidade, chegamos ao bairro de “Praga”, que nada tem a ver com a capital Checa. É um bairro que é desaconselhado visitar, sobretudo à noite por razões de segurança, dado a zona norte, albergar a classe mais pobre da cidade e o risco de assaltos ser elevado. Atualmente neste Bairro, perto do Rio Vístula, fica localizado o Estádio Nacional de Varsóvia que na altura estava em construção. Palco de várias partidas do Euro 2012, teve um custo de construção superior a todos os estádios do Euro 2004, e lá como cá as críticas ao esbanjamento de dinheiros públicos em eventos deste género é discussão corrente.

 

Varsóvia-Coluna de Sigismundo

 

O Gueto de Varsóvia é um local de visita obrigatória. Este foi o maior Gueto para confinamento dos judeus, estabelecido pelos Nazis na Polónia durante o Holocausto. Daqui seguiam para os campos de concentração. Ali decorre a ação do filme de Roman Polanski, “O Pianista”.

 

Varsóvia-Muros do Gueto

Varsóvia-Antigas muralhas a Barbacã

 

Fryderyk Franciszek Chopin é um ativo cultural na Polónia. Nascido a cerca de 50Km de Varsóvia, filho de um Francês e de uma Polaca foi um músico pianista famoso. Naquele tempo já as mulheres Polacas destruíam corações no Ocidente Europeu! A Polónia é um país cujas habitantes estão entre as mais bonitas do Mundo. Uma visita ao Museu Chopin é uma boa aposta para nos enriquecer. Localizado num edifício onde a sua família viveu, alberga uma exposição de objectos, peças, esculturas, manuscritos e cartas pertencentes a Chopin e que retratam a vida e o percurso musical do compositor. A exposição conta como foi a sua infância em Varsóvia, a suas  vivências em Paris e os seus últimos anos de vida. É possível posar com um piano onde Chopin compôs diversas obras. Tirando as tristes marchas fúnebres, existem obras muito interessantes como a “Nocturne op.9 No.2” . No início dos anos 90, por cá houve um político, na altura era Secretário de Estado da Cultura, um flop, que virou anedota nacional quando referiu que adorava ver um concerto de Violino de Chopin.

 

Varsóvia-Museu Chopin

 

A zona nova da cidade fez-me lembrar a nossa Portela de Sacavém. Prédios tipo “caixotes cúbicos” sem varandas, altos, retilíneos, todos iguais. Destaca-se o Palácio da Cultura de arquitetura Soviética, também chamado de “Bolo de Noiva”. Em Moscovo existem edifícios iguais que são ícones da cidade. Este edifício que não desperta paixões nos Polacos, dado estar relacionado com o domínio Soviético. Esteve em vias de ser demolido, e atualmente serve como centro de exposições e possui um complexo de cinemas. É possível subir a um miradouro e ver a vista sobre a cidade, mas como na altura era Janeiro e tudo à volta era branco da neve que caíra dias antes, com nevoeiro matinal, o sol estava escondido e o céu não era azul, a  mesma não impressionou.

 

Varsóvia-Palácio da Cultura

 

Varsóvia-Palácio da Cultura – vista do miradouro

 

Em Varsóvia escolhi ficar em Marszałkowska, uma enorme avenida que passa mesmo junto ao Palácio da Cultura pelo que ali foi a minha primeira paragem. À chegada, de noite, não resisti a posar com ele. A Estação de comboio fica muito perto e daí segui para Cracóvia.

 

Varsóvia-Castelo Real

 

Links

Voos: Companhia aérea que voei de Hamburgo para Varsóvia, pois visitei a Polónia numa viagem por vários países da Europa. Desde Lisboa atualmente existem low costs com voos diretos, a ryanair e a wizzair.

Hotel: Escolhi o Hotel Metropol, localizado nas imediações da estação de comboio. Assim para viajar de Varsóvia para Cracóvia, uma pequena caminhada era suficiente para apanhar o comboio. O local é no coração da zona nova da cidade, em frente ao Palácio da Cultura. A pé facilmente acedemos a todos os locais mais importantes.

Viagens de comboio: Atualmente a rede ferroviária tem sido melhorada e os serviços mais completos, sobretudo venda online.

Chopin – Nocturne op.9 No.2

 

Varsóvia-Gueto-Monumento à revolta de Varsóvia

 

CRACÓVIA

 

Esta é provavelmente a cidade mais importante da Polónia. A antiga capital. Uma cidade pequena localizada numa região com muita oferta turística, cultural, histórica e religiosa.  Dista cerca de 300 Km de Varsóvia, que nos dias de hoje se percorrem em cerca de 3 horas de comboio.

A cidade é pequena mas lindíssima, com uma beleza comparável a Praga. Um dia dá para percorrer os locais mais famosos. Por aquelas ruas coloridas, foi rodado o filme “A Lista de Schindler” a preto e branco, que relata factos verídicos. Também foi por Cracóvia que o antigo Papa, João Paulo II iniciou a sua vida religiosa.

 

Cracóvia

 

Cracóvia – Catedral de Wawel- considerada o centro espiritual da Polónia

 

O Edifício da antiga Fábrica de panelas de um antigo industrial Checo, Oskar Schindler que por ali se estabeleceu e salvou mais de 1200 de judeus da morte às mãos dos Nazis nos campos de extermínio, é dos pontos obrigatórios. A fábrica alberga vários artigos lá fabricados,o gabinete de Oskar Schindler e o da sua secretária com a máquina de escrever que ainda permanece. Afinal ali o Mundo mudou para melhor.

O local alberga uma exposição sobre a cidade de Cracóvia sob a Ocupação Nazi  que nos mostra a história da cidade desde o final de 1939 até à época comunista, regime que a dominou desde o final da II Guerra Mundial até ao inícios dos anos 90. Ao longo da visita, observando as  imagens e sons lá presentes, somos  transportados até o duro período que os judeus viveram na Polónia durante a ocupação Nazi.

 

Cracóvia-Fábrica de Schindler – Gabinete do proprietário

 

Cracóvia- Fábrica de Schindler -placa

 

Na zona central da cidade fica a famosa Praça do Mercado (Rynek Główny). No centro, além da Estátua de Adam Mickiewicz, o poeta nacional, da Torre da antiga Câmara Municipal (Wieza Ratuszowa) que é a única parte que se conserva da mesma, encontra-se o edifício do mercado central (Sukiennice).  A torre da câmara municipal (Wieża Ratuszowa) e a Basílica de Santa Maria (Kościół Mariacki) com as suas  as torres góticas, são também os locais mais famosos. Nesta Basílica, todas as horas toca um trompete lá do alto.  A melodia é bruscamente interrompida em memória a um trompetista que foi assassinado quando tentava alertar os cidadãos da invasão da cidade. A Praça do Mercado é local de romaria, muito animado com imensos restaurantes, bares e uma vida noturna centrada pela ruas que ali confluem.

 

Cracóvia – Basílica de Santa Maria na Praça do Mercado

 

Cracóvia-Estátua de Adam Mickiewicz

 

Cracóvia-Muros do Gueto

 

Cracóvia-Torre da antiga Câmara Municipal Wieza Ratuszowa na Praça do Mercado

O Castelo Real de Wawel é outro dos locais obrigatórios. Um complexo que alberga várias atrações no seu interior, destaque para a Catedral de Wawel, considerada o centro espiritual da Polónia e o Palácio Real, a primeira residência dos Reis da Polónia. A vista do Castelo sobre o rio Vístula ao pôr do sol é encantadora.

 

Cracóvia – Castelo de Wawel

 

Cracóvia -Castelo de Wawel – Palácio Real e Catedral de Wawel

 

Cracóvia-Vista para o Rio Vístula desde o Castelo de Wawel

 

Nos arredores existe o campo de concentração de Plaszow, tão bem retratado no filme de Spielberg. A varanda onde o sádico capitão Amon Göth se divertia a abater os prisioneiros a tiro, ainda lá se encontra. Depois de ter visitado Auschwitz não tive coragem de voltar a entrar num local do género.

 

Cracóvia-Vista para o Rio Vístula desde o Castelo de Wawel

 

Cracóvia é ponto de partida para visitar vários locais. Zakopane, uma estância de ski e Częstochowa um famoso Santuário Católico, ambos a cerca de hora e meia de viagem.

 

Cracóvia-Vista para o Rio Vístula desde o Castelo de Wawel

 

Os 3 dias que fiquei em Cracóvia, 2 foram distribuídos pela cidade e pelas Minas de sal de Wieliczka. Esta foi a primeira paragem. Aproveitando ter chegado de Varsóvia a Cracóvia de comboio ao início da tarde, dexei bagagem nos cacifos da estação (Kraków Główny) e sem perder tempo apanhei um comboio suburbano para Wieliczka. As famosas minas de sal ficam a algumas centenas de metro da Estação.

Trata-se de um dos locais mais visitados da Polónia. As minas de sal mais antigas do mundo que foram exploradas ininterruptamente desde o século XIII até aos nossos dias. Declarado Património da Humanidade pela UNESCO em 1978.

As minas, famosas pela “Catedral subterrânea de sal da Polónia”, encontram-se a 327 metros de profundidade e possuem centenas de quilómetros de galerias, ao longo das quais há câmaras e capelas com lindas figuras esculpidas que ilustra a história da Exploração mineira do sal.

 

Minas de sal de Wieliczka -paredes de sal das galerias – Mural esculpido em sal

 

A visita guiada inclui o passeio através de 3,5 quilómetros de galerias, mostrando 22 câmaras com lagos subterrâneos, antigas ferramentas e máquinas e diferentes esculturas e baixos-relevos feitos por mineiros com blocos de sal.
O momento alto é a visita à Capela de  Santa Cunegunda da Polónia  (Święta Kinga) , uma impressionante sala de 54 metros de comprimento que conta com uma bela decoração feita simplesmente à base de sal. Ali o visitante era recebido com a música da “Cavalgada das Valquírias” e  efeitos de luzes. A estátua do Papa João Paulo II e o a da Última Ceia sobressaem.

 

Minas de sal de Wieliczka -p aredes de sal das galerias

 

Desde Cracóvia, é obrigatório visitar os Campos de Concentração e Extermínio de  Auschwitz e Birkenau. Um local que qualquer ser Humano deverá vistar uma vez na vida. Ali conheceremos o limite nossa essência maléfica. O que os nossos antepassados, seres vivos como nós, foram capazes de fazer ao seu semelhante. Na altura que visitei (Jan/2011) era fácil aceder de autocarros de carreira desde a estação central de autocarros. A viagem demorava cerca de 1h30 para cada lado. As visitas eram gratuitas e existia um Shuttle gratuito entre Auschwitz e Birkenau. Hoje é aconselhado marcar visitas guiadas desde Cracóvia pois há um número limite de visitantes diário. Este para mim é o local mais importante da Polónia para ser visitado. Um dia triste num local que representou o Inferno na Terra, e que hoje nos deixa psicologicamente arrasados.

 

Auschwitz-entrada

 

Birkenau-entrada

 

Links

Hostel: Escolhi o Freedom Hostel, com boa relação qualidade/preço. Na altura por 3 noites, em quarto individual com WC e duche e pequeno almoço paguei cerca de 55€ .Boa localização e perto das paragens de transporte público, elétrico e autocarro. De madrugada, por cerca de 2,5€ de táxi era possível regressar desde a Praça do Mercado que fica a cerca de 2Km. Existe uma linha direta de elétrico (tram) até à estação de comboio.

Voos: Desde Lisboa atualmente existem low costs com voos diretos.pela Ryanair. Na altura eu segui para Dublin. Cracóvia tem comboio até ao aeroporto.

 

Cracóvia-De comboio a caminho. Não era o comboio para o trabalho

 

TRICIDADE: GDANSK, GDYNIA E  SOPOT

 

No Inverno de 2012 aproveitei a minha visita aos Países Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) e Helsínquia para no regresso a casa passar por Gdansk. A passagem foi curta e aqui dormi duas noites. Aproveitei para conhecer as 3 cidades que constituem esta região metropolitana, também chamada de Tricidade, “Trójmiasto” em Polaco.

Gdansk, Gdynia e Sopot, são as 3 cidades que em conjunto albergam uma população superior a 1 milhão de habitantes. Estâncias de Veraneio, mas na altura a temperatura atingia os -18ºc, nas praias o mar estava congelado, assim como os canais da cidade.
Uma região que é chamado “O Algarve da Polónia”, dado a romaria no meses de Verão, de turistas nacionais aquelas praias. Sopot, a capital do entretenimento é inclusivamente comparado a Vilamoura dado ser destino de Polacos mais abastados.

 

Gdansk-Canais gelados

 

Gdansk-Canais gelados

 

Gdansk-Canais gelados

 

O tempo que dediquei a elas foi curto, mas era impossível enquadrar aqui mais dias por limitações óbvias. Afinal quando cheguei a Gdansk estava em viagem pela Europa há quase duas semanas.

 

Gdansk- Porta e torre Stagiewna

 

Gdansk

 

Gdansk-Antigos Estaleiros Lenine-Entrada

 

Gdansk-Antigos Estaleiros Lenine-Memorial e referências ao Sindicato (Solidarność) e ao Papa João Paulo II

 

Gdansk-Antigos Estaleiros Lenine-Monumento aos trabalhadores do estaleiro mortos durante as revoltas de 1970

 

Gdansk-Centro da cidade

 

Gdansk-Muros dos Antigos Estaleiros

 

Gdynia-Mar gelado

 

Gdynia-Navio museu, ORP Błyskawica

 

Gdansk é uma cidade lindíssima, com casas coloridas de arquitetura medieval que contrastavam com o branco gelado dos canais. Em Gdansk o rio Vístula, o mesmo de Varsóvia e Cracóvia, vai desaguar no mar Báltico.

 

Gdansk-Vista para a zona dos Estaleiros

 

Uma cidade com muita História, pois foi por aqueles lados que Lech Wałęsa, antigo Presidente Polaco, começou a sua carreira política. Os Estaleiros são ponto de visita obrigatória. Outrora chamados de “Estaleiros Lenine” durante o domínio da URSS foram palco de revoltas e manifestações por melhores condições de trabalho e também de revolta contra esse antigo regime.  O Sindicato então criado, chamado de “Solidarność” criado em 1980 com o apoio da Igreja Católica ajudou a varrer dali o Comunismo ou o que dele restava. Hoje o Partido Comunista e a Extrema Esquerda não são bem vindos por aqueles lados à semelhança dos Partidos de Extrema Direita. É possível visitar o que resta dos Antigos Estaleiros bem como um museu dedicado à Resistência e a esse Sindicato.

 

Gdansk-Museu dedicado ao sindicato (Solidarność) e à Resistência – Entrada

 

Gdansk-Museu dedicado ao sindicato (Solidarność) e à Resistência

 

Gdansk-Museu dedicado ao sindicato (Solidarność) e à Resistência-Lenine

O Museu do âmbar é outro local de visita obrigatório. O âmbar, aquela resina que existe há milhões de anos no planeta. Quem viu o filme “Parque Jurássico” consegue perceber que já existia no tempo dos dinossauros. Ele existe em abundância nestas regiões banhadas pelo Mar Báltico. Em Gdansk é manufaturado depois de ser apanhado em bruto nas florestas, mormente na Lituânia.Também existe no Kaliningrado (Rússia).
É exportado para todo o Mundo. Em várias tonalidades amareladas, com ele se fabricam jóias lindíssimas.  Este é o museu mais antigo dedicado a estas preciosidades. Fica localizado  numa torre medieval que em tempos albergou uma prisão onde a tortura se praticava.

 

Gdansk

 

O moderníssimo Estádio de Gdansk com arquitetura inspirado no âmbar foi uma visita marcante. Dos muitos estádios de futebol que visitei, este marcou-me para sempre. Localizado distante do centro da cidade, acessível de elétrico. Uma manhã com frio cortante e andava eu por ali a tentar entrar para vê-lo por dentro. Por sorte entrei pela porta principal e encontro um grande aparato de pessoas que o iam visitar. Perguntei “Are they tourists?”, e amavelmente me responderam “no..it´s the minister, but you can go”. E não é que visitei o estádio numa comitiva ministerial! O país preparava-se para o Euro 2012 e os estádios novinhos em folha estavam a ser ultimados.  Há coisas que só acontecem uma vez na vida, e como o futebol tem uma relação comigo divina e divinal, isto tinha mesmo de me acontecer.
A ministra do Desporto da Polónia na altura, Joanna Mucha, na sua visita a Gdansk, no dia seguinte foi capa dos jornais locais. E eu não resisti a tirar uma foto com a manchete diária desse jornal para espanto de um jovem casal polaco que se encontrava no café. Depois lá expliquei que tinha estado com ela e mostrei as fotos no smartphone.

 

Gdansk-Estádio

 

Gdansk-Estádio-interior-à esquerda a comitiva ministerial

 

O Museu da cidade também foi local de visita. Um local que relata a história desta cidade marítima.

 

Gdynia, acessível de comboio, a cerca de meia hora de viagem, foi o programa de uma tarde. Uma cidade centrada na praia. O Museu Marítimo Nacional é o local mais importante para visitar. É dedicado à marinha de guerra Polaca. Fica mesmo juntinho à praia. onde aproveitei para caminhar sobre as ondas do mar gelado, ali junto ao areal que também estava gelado.
O tempo não deu para mais e no regresso a Gdansk, já de noite fiz uma paragem em Sopot. O frio e a escuridão eram dissuasores  de ir mais longe e limitei-me a visiar as “Casas Tortas”, “Krzywy Domek” em Polaco, um dos edifícios com a arquitetura mais estranha do Mundo. Ali funciona uma zona comercial. Sopot é sobretudo uma zona de praia e muito arborizada. No Verão acredito que mereça ali passar um dia, mas de Inverno à noite, não fui mais além.

 

Gdynia – Polónia

 

Sopot-Krzywy Domek (Casas Tortas)

 

Links:

Voos: Voei para Gdansk, desde Tuku (Finlândia) para onde viajei de comboio desde Helsínquia, pela Wizzair.

Hostel: Esta foi a minha escolha http://www.gdanskhostel.com.pl/.Sobretudo económico e muito bem localizado. Fiquei num quarto num sótão com casa de banho no corredor.

 

Gdansk-Zona central

 

POZNAN

 

A cerca de 3h30 de comboio desde Gdansk esta foi a minha última paragem na Polónia. Aqui dormi uma noite e no dia seguinte a meio da tarde, o destino final era Berlim, a cerca de 4h30 de comboio, de onde após uma noite no aeroporto, de madrugada regressei a casa.

 

Poznan-Carreiras de elétrico

 

Poznan-A Catedral vista de uma ponte sobre o Rio Varta gelado

 

Era noite de sexta feira e encontrei uma cidade com uma vida noturna muito animada. Com muitos jovens universitários e muitas “cotas Polacas”.

 

Poznan-Cotas Polacas

 

À semelhança de outras cidades na Polónia, Poznan tem a sua Praça do Mercado na zona central da cidade. Daqui na manhã seguinte iniciei a visita pela zona histórica e também aproveitei para visitar a Catedral, uma das igrejas mais antigas neste país em que a Religião Católica tem fortíssima influência. E foi daqui que me despedi destes dias na Polónia.

 

Poznan-Catedral-interior

 

Poznan

 

Claro que o Estádio de futebol não podia faltar. Mais um que juntei ao meu palmarés, este onde joga o Lech Poznan que é propriedade do Município também foi palco de jogos do Euro 2012. Acessível de elétrico, meio de transporte que as cidades Polacas são muito bem servidas.

 

Poznan-Estádio Municipal-interior

 

Poznan-Estádio Municipal-interior

 

Poznan-Estádio Municipal – exterior

 

Links: 

hotel: Este foi o local escolhido, o AMW Hotel. Valeu pela localização e preço em conta. Fácil aceder desde a Estação de comboio com transporte direto de elétrico. Foi esse um dos critérios que mais tive em conta na escolha do hotel.

 

Poznan- Polónia

 

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Chamo-me João Almeida, moro em Sintra (Portugal), e sou um AMANTE DE VIAGENS. Uma paixão que existe faz longos anos. A minha missão com esta página é de ajudá-lo a realizar o seu próximo destino! Saiba mais sobre mim e sobre o site.

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