SINTRA (PORTUGAL) – CONVENTO DOS CAPUCHOS
SINTRA, com a sua imponente serra salpicada de palácios, igrejas e quintas senhorais, que se estende em ondas de verde até ao oceano. O fascínio dos aglomerados urbanos da Vila Velha, da Estefânia e das aldeias que dão colorido à charneca saloia, constitui um local privilegiado por excelência, de inegável beleza e interesse cultural e natural.
Elevada a Paisagem Cultural do Património da Humanidade, atribuída pela UNESCO em 1995, Sintra é um imenso livro aberto cheio de imagens do passado, emolduradas numa Natureza fascinante.
Convento dos Capuchos
O “Convento dos Capuchos” ou “Convento da Cortiça” foi fundado em 1560 por D. Álvaro de Castro, conselheiro de Estado de D. Sebastião, com o nome de Convento de Santa Cruz da Serra de Sintra. É notável pela extrema pobreza da sua construção, que materializa o ideal da Ordem de São Francisco de Assis, e pelo uso extensivo da cortiça na proteção e decoração dos seus pequenos espaços.
Abandonado em 1834, com a extinção das ordens religiosas que o regime liberal determinou, foi adquirido pelo Conde de Penamacor e, mais tarde, por Francis Cook.
Edificado no respeito pela harmonia entre a construção humana e a construção divina, funde-se com a natureza, indissociável da vegetação e incorporando na construção enormes fragas de granito. Diz-se que Felipe I de Portugal (II de Espanha) depois de visitar Sintra e o Convento dos Capuchos, em 1581, terá comentado que em todos os seus reinos havia dois sítios de que mais gostava: o Escorial pela sua riqueza e o Convento dos Capuchos por ser tão pobre. “De todos mis reinos, hay dos sitios que mucho estimo, el Escorial por tan rico y el Convento de Santa Cruz por tan pobre”. A mata que o rodeia foi, durante séculos, acarinhada e mantida pelos religiosos que habitaram o Convento, tendo sobrevivido à gradual desflorestação da serra de Sintra. Constitui, assim, um exemplo notável da floresta primitiva da serra de Sintra, sendo essencialmente constituída por carvalhos caducifólios, com elementos do maquis mediterrânico, associados a uma grande profusão de fetos, musgos e plantas epífitas e trepadeiras que tudo envolvem e recobrem num denso emaranhado vegetal.
Pela sua raridade, estado de conservação e porte de muitos exemplares, esta mata representa um importante valor natural que importa salvaguardar.
Coordenadas: 38º46’59″N / 9º26’09” W
Preços e Horários – Informação Aqui.
Aberto todos os dias do ano (exceto 25 de dezembro e 1 de janeiro). Os preços estão sujeitos a alterações.
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