Passeio pela Escócia, visitando Edimburgo
Texto & Fotos de António Ribeiro
Visitei a Escócia em 2014, pela altura da Páscoa, foi um local que me agradou bastante principalmente pela simpatia e hospitalidade que tive.
A Escócia tem a sua cultura bem vincada e penso que mesmo embora pertencer ao Reino Unido, as diferenças são bastantes.
Cheguei a Edimburgo vindo de Praga, e fiquei por 3 dias, recomendo no mínimo dois e se puderem vão até Glasgow, a viagem é relativamente rápida, cerca 40 minutos de comboio, ou 1h e 15 minutos de bus.
Edimburgo é muito acolhedora, apesar de não ser muito grande a cidade está repleta de história tendo muitos e belos locais e monumentos para visitar.
Fiquei no início da “Princess street”, uma das principais ruas da cidade e artéria principal de entrada na cidade, não muito longe dali estava no alto, o Castelo de Edimburgo, muito provavelmente o seu principal (e obrigatório) ponto turístico.
O castelo de Edimburgo é uma bela fortaleza no topo da colina “castle hill”, que está bem visível no Skyline desta cidade, a sua enorme encosta protege o castelo, sendo apenas possível aceder a este por uma entrada, que é a sua mais importante rua a “Royal Mile”.O Castelo tem muita história e é sem dúvida alguma algo que devem visitar, podem aqui passar facilmente pelo menos 2-3 horas, eu que ligo pouco a história adorei, quer dentro das suas muralhas ou dentros das várias salas do castelo como o museu Nacional de guerra e a capela “st. Margaret”, podemos ter uma visita bem agradável nesta fortaleza do tempo medieval, para saber mais sobre a história consulte o site oficial : os bilhetes online são mais baratos, custando 15.5£ no castelo custam 17.5£.
A rua Royal Mile (milha real), bem no coração da parte mais antiga e medieval da cidade, onde temos para além de pequenas ruas que descem daqui até junto da Princess street muitas atrações, é a rua mais importante e tem quase 2 quilómetros, mais precisamente 1.814,2 metros (que é uma milha escocesa daí o seu nome), vai desde o Castelo até ao palácio “holyroodhouse”.
Este palácio que inicialmente era um mosteiro, conta com uma abadia e ainda hoje é residência oficial da rainha de Inglaterra, os bilhetes para a visita custam cerca de 16.5£. Percorrendo a Royal Mile, temos várias atrações, desde o ” Scotch whisky experience”, seguindo em frente, no chão temos um mosaico formando um coração, o “Heart of Midlothian” junto da catedral de S. Egídio (“st. Glis”), a catedral é dedicada ao santo padroeiro da cidade e a entrada é gratuita, aqui bem próximo temos a Biblioteca Nacional e ligeiramente mais à frente, a igreja e museu “Greyfriars Kirkyard” (que fala do famoso cão raça Terrier que ficou 14 anos junto do túmulo do seu dono) perto também temos o museu Nacional da Escócia; seguindo pela Royal Mile, antes de chegar ao Palácio Holyroodhouse, temos ainda a rua “Canongate” que aqui conecta, o museu de Edimburgo e o edifício do parlamento.
Podemos explorar toda esta zona histórica e medieval mais um pouco, existem sempre recantos, ruelas e casas que nos fazem tirar fotos e mais fotos, podemos recuar no tempo e sentir a magia desta cidade.
Calton Hill, é uma enorme colina onde podemos ter uma fantástica vista sobre a cidade e o Castelo, aqui temos um punhado de atrações; o Monumento Nacional, que apesar de inacabado (faz lembrar Atenas) merece a visita; o observatório da cidade; o monumento a Nelson, uma torre construída em 1815 em homenagem ao vice-Almirante Horatio Nelson e aquele que é um dos cartões postais da cidade, o monumento “Dugald Stewart” que é um memorial ao filósofo de seu nome e foi construída em 1831.
Descendo de volta para junto da Princess street temos também um ícone bem famoso da cidade, o “Scott monument”, um monumento que homenageia o escritor escocês Sir Walter Scott, é uma torre de estilo gótico, com cerca de 60 metros de altura e a estátua do escritor na base; não muito longe daqui temos a estação de comboios Waverley, a principal da cidade.
A zona de “the Mound” (uma encosta que basicamente liga a parte velha e a nova da cidade), junto dos jardins da Princes Street e onde temos a Galeria Nacional da Escócia, um belo edifício neoclássico com a vantagem da entrada ser gratuita, eu quando fui inclusive tinha uma exposição no exterior; nos jardins podemos relaxar e observar o castelo.
Paralelas à Princess street temos as ruas “George Street” e “Rose street”, com bastantes lojas de comércio, ficando ao fim delas a praça “saint Andrew” que merece uma visita.
Mais afastado do centro de Edimburgo temos por exemplo a catedral ” St, Mary”, o “one o’ clock gun” (que dispara todos os dias às 13, exceto aos domingos); a galeria Nacional de arte moderna; o castelo ” lauriston”; para quem gosta de arquitetura e/ou pontes temos ligeiramente mais afastado a ponte ferroviária “forth”, está no estuário do rio com o mesmo nome e é uma ponte de treliça metálica com 2,5km, é uma grande obra de engenharia.
Eu mais afastado da cidade decidi ir ao HMY Britannia ( “Royal Yacht Britannia”), que foi o navio oficial da Casa Real Britânica, tendo sido desactivado em 1997, tendo estado ao serviço durante 44 anos, agora ancorado no porto de “Leith”, é como que um museu real, com a sala de banquetes, quartos,etc; na visita temos direito audioguia (temos em Portugês) e os bilhetes custam cerca de 17£, para chegar aqui podemos apanhar o bus 22 sendo a paragem “Ocean terminal”, e gostei bastante da visita.
Para uma visita mais aprofundada, como aconselho sempre, podem usar apps onde podem criar uma rota, marcando os pontos turísticos e depois usar offline com o GPS (triposo, maps. me, etc).
Fiz um Pub Crawl, e realmente Edimburgo tem uma noite fantástica, a zona mais histórica e junto do castelo são as melhores, (noutra noite fui sozinho a alguns bares na zona da princess street) recomendo fazer o Pub Crawl, que tem o ” meeting point” na Royal Mile, mas caso não, optem por isso simplesmente vivam a diversão noturna da cidade, a oferta é muita e os bares têm sempre um espírito alegre, bem diferente do que estamos habituados, bebam muitas Pint’s de cerveja e para quem gosta um bom whisky Escocês.
A gastronomia Escocesa tem bastantes sopas e pratos ricos em gordura, com o forte nas carnes, sobretudo de vaca, cordeiro e de aves, o prato mais típico é o “Haggis”, basicamente é um cozido com miudezas de cordeiro (estômago, fígado coração e pulmões); eu comi entre outros uma vitela (“beef”) com molho em redução de vinho tinto, sopa tradicional e claro como as refeições são ligeiramente caras, cozinhei algumas coisas no Hostel; podem encontrar também pub’s com refeições acessíveis.
Dicas e Notas:
Temos voos diretos para Edimburgo de Lisboa pela Easyjet e na Ryanair podemos ir do Porto, Lisboa ou Faro; fiz algumas pesquisas e penso que a TAP não tem nenhum.
Para ir do aeroporto para o centro da cidade podemos ir de Bus ou de tram, a viagem demora cerca de 30 minutos, os bilhetes ficam na casa dos 6€, confirmem horários e preços nos links (eu na altura fui no bus citylink,
Penso que podem fazer praticamente tudo a pé, caso queiram ir para mais longe do centro como para o Royal Yacht Britannia, temos para além do tram os buses públicos que têm uma boa rede (Lothian bus e Edinburgh trams, os links estão em cima), os preços de viagem simples são entre 1.5€ e 2€.
A moeda na Escócia é a libra esterlina (GBP), apesar de serem diferentes das de inglaterra e dizer banco da escócia podem usar na mesma as de Inglaterra; 1€ – 0.905 £ (GBP)
O domínio de internet é: .scot e/ou .uk e o indicativo é +44
Quando eu fui bastava o B.I., mas agora como sabem com a situação do Brexit, mudou, o passaporte à partida será necessário, mas confirmem no site da embaixada como vai estando a situação.
A cidade é relativamente cara (embora tenha achado mais barata que Londres); de preferência prefiram ficar num alojamento próximo da Princess Street (ou ruas paralelas claro) aqui passam os transportes todos, de qualquer modo aconselho a ter pelo menos o Castelo como referência, nessa zona mais antiga e também mais cara, podem ter uma localização também muito boa.
Para alojamento em Edimburgo, consulte aqui.
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