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12 Dez

ALDEIAS DE XISTO DA FIGUEIRA

 

Momentos de SER e ESTAR na Aldeias de Xisto da Figueira e arredores

Naquele fim de semana apetecia-me estar sozinha.

Sair do quotidiano “maluco” para me obrigar a descansar ..a ouvir-me a mim própria..a sentir o meu Eu…apetecia-me andar descalça na natureza, deitar-me e quem sabe rolar por alguma planície!

Não podia escolher melhor um bungalow da Azenha perto da Praia Fluvial do Malhadal, a cerca de 8km de Proença a Nova.

E querem saber de um episódio engraçado. O rapaz da receção deu-me quase todas as indicações utilizando o termo “vocês isto” ..vocês aquilo”..até que eu o chamei à atenção e lhe disse : “pode falar no singular pois estou sozinha “ e ele respondeu “ ah desculpe é que ninguém vem sozinho e então daí o habito de explicar no plural “…pronto e lá continuou por um bom bocado vocês isto..voçês aquilo!

Nos meses de verão dizem as gentes de lá que aquele lugar é animado.

Eu estava no meio do nada, sem uma viva alma por perto, mesmo em frente da minha “casinha” havia um riacho com uma queda de água. Rapidamente deixei os meus pertences no quarto e fui explorar/fotografar aquele lugar…

Era tudo o que procurava… sentei-me naquelas pedras em frente à queda de água, tirei as sapatilhas e as meias e senti aquelas águas frias mas límpidas. Aqueles momentos foram únicos..momentos de presença.

 

aldeia xisto

Casa do Açude – Eventur – Malhadal

 

A cerca de 200m tinha a praia fluvial do Malhadal, outro pequeno paraíso, onde tem um trilho que acompanha o rio.

Caminha-se sem destino…sem pensamentos, apenas o Aqui e Agora.

aldeia xisto

Praia fluvial do Malhadal

 

Claro que no meio deste lugar silencioso e de extrema beleza o telemóvel não foi desligado e troquei algumas mensagens com uma pessoa amiga que me perguntava se preferia estar sozinha.

Não prefiro estar sozinha mas por vezes gosto muito de estar, ouvir-me a mim própria, parar para ouvir a minha respiração e abraçar-me.

Parece louco não?! Mas foi o que fiz por ali..é o lugar ideal para conversarmos com o nosso EU.

E nem sempre estarmos com alguém significa estarmos acompanhados. Hoje escolho quem está comigo, seja em que momento for… e para além disso penso ter espírito de viajante, ou seja, ir e estar sozinha não é obstáculo para ir onde quer que seja.

No domingo acordei a ouvir o som da chuva no riacho, abri a pequena janela que dava para o rio e contemplei aquele cenário por minutos e voltei para a cama saboreando o calor que estava por baixo daquelas cobertas. O Bungalow tem recuperador a lenha, micro-ondas, fogão e lavatório.

Depois da preguiça passar, resolvi comer qualquer coisa e fui até à Aldeia de Xisto da Figueira.

Esta Aldeia vale a pena perder-se por ali…para amantes de trilhos da natureza aquela região é repleta deles.

Para quem gosta de fotografia, pode perder-se em detalhes e nas ruelas daquela aldeia recuperada e que ainda no seu centro tem várias casas que servem de alojamento para o gado.

aldeia xisto

Aldeia de Xisto da Figueira

 

Para quem gosta de gastronomia não pode perder o único restaurante naquela Aldeia, Casa da Ti Augusta e que convém marcar se for durante o fim de semana. Pratos típicos como o Maranho e o Cabrito são um exemplo.

aldeia xisto

Casa da Ti Augusta

 

Ali perto tem a Praia Fluvial da Froia que vale muito a pena a paragem e um mergulho e ficar ali por instantes apenas contemplando a natureza.

Depois de ter todos os sentidos mais que apurados e de me ter “amado” estava na hora de seguir caminho até ao meu “poiso” habitual…

Mas parece que o dia ainda não tinha terminado…passei uma placa que dizia “ Covas do Alvito”, uma placa que pela cor e características indicava ser uma aldeia recuperada. Já tinha andado cerca de 3 km e a pensar na placa que tinha deixado para trás. Foi mais forte que eu e voltei para trás.

Até chegar lá tive de parar 2 vezes e perguntar a uns velhotes onde era…vale muito a pena, mas não arrisquem ir de carro (moto, Bike ou a pé). São 2km de estrada estreita e terra batida e não há sitio para fazer inversão de marcha.

Eu arrisquei e fui de carro..vai-se lá saber porquê.

E então o que encontrei?

Covas do Alvito é um lugar desabitado, longe de tudo e de todos, com a passagem de um ribeiro, cerca de 5 casas de xisto recuperadas e com detalhes interessantes. Uma aldeia com um magnetismo indiscritível.

Subi a um monte para fotografar e começou a chover..corri para o carro e quando ia entrar detive-me ali…naquele espaço onde me apeteceu cometer uma loucura..apeteceu-me e cometi ! Abri os braços, rodopiei  até não conseguir equilibrar-me mais ..sentindo a chuva naquele lugar onde ninguém vai e onde tudo está !

E foi o meu momento intenso de final de viagem!.Ficar Louco de vez enquando é necessidade básica para permanecer são !

 

 

– Texto e imagem de Cláudia Videira –

www.facebook.com/claudia.videira.25

 

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