Munique e Fussen, pérolas da Baviera, o melhor da Alemanha!
Texto & Fotos de Mário Menezes
Munique
Já falei tantas vezes das minhas viagens à Alemanha que seria uma enorme injustiça não falar da Baviera. Desta vez o melhor fica para o fim. Mesmo que estas memórias contenham mais de uma década!
Munique é muito provavelmente, das grandes cidades Germânicas, a mais bonita e pitoresca! Foi a que mais me encantou. Cidade com requinte, onde se nota que o nível de vida é alto. Os habitantes, aparentam ser abastados e são bastante alegres e afáveis, à semelhança da generalidade do país. A forma como os animais são tratados diz muito sobre o nível desta nação. É normal vermos pessoas com vários cães viajando nos transportes públicos. Também dentro dos restaurantes e zonas comerciais, é normal vermos os cães a acompanharem os donos. Nos supermercados, pois há alimentos, logo a entrada de animais não é permitida, à porta existe um local onde os donos os podem deixar, um “dog parking” assim dizendo.
Munique é a capital do Estado da Baviera, um dos mais ricos e o mais conservador de todos. Bento XVI, antigo Papa nasceu no Estado da Baviera, tendo-se tornado arcebispo de Munique.
Foi em Munique que Hitler iniciou a carreira política que se revelou trágica para a Humanidade. Apelando a valores patrióticos, do trabalho e sociais, foi subindo na consideração popular, teve as multidões ao seu lado, e assim nasceu um monstro. Hitler que começou a discursar em cervejarias perante centenas de apoiantes. A “Bürgerbräukeller” era uma grande cervejaria, já há muito demolida, foi um dos pontos preferidos de encontro dos membros do Partido Nazi.
Munique reivindica o título de capital Mundial da cerveja. Anualmente, no mês de Setembro e durante duas semanas, terminando no último Domingo de Outubro, realiza-se a “Oktoberfest”. Um famoso festival de cerveja que atrai milhões de turistas à cidade e onde se consomem milhões de litros de cerveja e toneladas de comida. Nesta altura do ano, dada a procura, os preços dos hotéis são muito inflacionados.
Das inúmeras cervejarias existentes na cidade, a Hofbräuhaus é de longe a mais famosa e é a ela que todos os caminhos vão dar! Razões históricas, ligadas ao Século XIX quando a Baviera era um reino. Mais tarde à atividade política dos Nazis. Destruída pelos bombardeamentos da II Guerra Mundial, renasceu das cinzas e hoje é a cervejaria mais importante em todo o Mundo! O local é animado e chique! A decoração clássica interior e as pinturas nos tetos sobressaem. Mas acima de tudo a simpatia e a boa disposição de quem a frequenta. Ao som de uma banda que toca música tradicional, podemos desfrutar das especialidades regionais como por exemplo o “bretzel” (pão em forma de nó), “obatzda” (creme de queijos picante), “schnitzel” (panado de porco), “haxen” (pernil de porco assado), “einsbein” (joelho de porco), salsichas “bratwurst” (tradicional) e “weisswurst” (branca) onde a mostarda não pode faltar, e vários pratos de carnes onde o porco é rei, acompanhados por “Kartoffelpüree” (puré de batata) ou kartoffelknödel (pastel de batata), chucrute (repolho fermentado) ou “rotkohl” (repolho roxo). Tudo bem regado! Cervejas servidas em canecas, algumas com 1 litro, chamadas de “mass”! A dunkle (escura), a “helles” (amarela) e a “weiss”, para mim a melhor, uma cerveja de trigo de cor amarela “gema de ovo”. E é mesmo a cerveja o motor de tamanha felicidade! Por ali os empregados carregam ao mesmo tempo vários litros de cerveja (quatro em cada mão) em direção às mesas onde os clientes se sentam em bancos ao comprido! Contaram-me que existe uma sala onde são guardados os casacos que são esquecidos por lá, pois o consumo excessivo de cerveja pode ter esses efeitos secundários, assim como idas à casa de banho, onde os caminhos que levam aos urinóis estão bastante congestionados! Como nós dizemos, “a cerveja não se compra, aluga-se”! Os Alemães são um povo bastante afável e divertido, falam Inglês e recebem bem quem visita a sua pátria. A Hofbräuhaus é um local deveras acolhedor e de onde é impossível sairmos de mal com as nossas vidas!
Munique foi a última paragem de uma viagem pela Europa. Aqui cheguei desde Praga para um estadia de 3 noites. Acabou por saber a pouco e o desejo de voltar tem sido permanente. 3 noites que em tempo útil deu, um dia e meio para visitar Munique e um dia para visitar Fussen.
Munique, como qualquer grande cidade, tem a sua praça importante, a “Marienplatz”, coração do seu centro histórico, onde obrigatoriamente se passa. Dominada pelo edifício da “Neues Rathaus”, a Câmara Municipal. É lá para o alto que todos os olhares dos turistas se centram, e mais recentemente os seus smartphones apontam. O “Rathaus-Glockenspiel”, o relógio e carrilhão, é como uma caixa de música. Ao som dos seus 43 sinos que tocam na torre, os bonecos, personagens em tamanho real movem-se e encenam dois acontecimentos da história da cidade: um casamento real, um duelo de cavaleiros do ano 1568 e uma dança tradicional que teve origem na época da Peste Negra.
No centro da praça existe uma coluna, a “Mariensäule”, considerada o marco “zero” da cidade. Foi construída para comemorar a expulsão das tropas suecas da região, durante a Guerra dos 30 anos, no século XVII. No topo está a Virgem Maria que dá o nome à praça.
Um dos pontos de observação, lá do alto para Marienplatz e para as áreas circundantes é a torre da Igreja de São Pedro ali nas imediações. Por exemplo, para a Catedral onde o antigo Papa Bento XVI celebrava missas.
Pelas imediações da “Marienplatz” se passa a maior parte do tempo. Munique tem uma grande oferta histórica e cultural e por aqueles lados, caminhando um pouco conseguimos visitar o mais importante. Como por exemplo a Ópera do Estado da Baviera, e um famoso palácio, a Residência dos antigos Reis da Baviera.
Munique tem vários museus importantes, como por exemplo, o Museu Nacional da Baviera, mas o maior destaque vai sem dúvida para o “Deutsches Museum”, onde chegamos depois de atravessarmos o Rio Izar, que banha a cidade. Um museu que é um hino à ciência e à tecnologia. E à engenharia, pois claro! Com mais de 18.000 objetos expostos, e uma biblioteca com cerca de 850.000 livros com enorme valor histórico e cultural. Necessito urgentemente regressar a Munique para o visitar condignamente pois a minha visita foi muito curta. O “Deutsches Museum” merece lá passar pelo menos um dia, no entanto para o visitar completamente, as cerca de 50 seções, é necessário no mínimo uma semana! A exposição tem áreas sobre a extração do minério, diversos ramos da física, como por exemplo a eletricidade, o eletromagnetismo e a física nuclear, o meio ambiente, a indústria têxtil, o fabrico do papel, instrumentos musicais, meios de transporte, como por exemplo comboios e aviões, onde os motores e turborreatores não faltam, a indústria petrolífera, a indústria vidreira, a indústria metalomecânica, a indústria cerâmica e até mesmo uma área dedicada à matemática. Sobretudo tecnologia atual e não somente do ponto de vista histórico. Tomaria eu, no tempo que estudei no ISEL ter tido esta oportunidade de visitar um local semelhante. Equipamentos de metalomecânica, como por exemplo tornos e fresas, com os quais se fabricam órgãos de máquinas (veios e rodas dentadas por exemplo) estão ali expostos e muitas crianças pela mão dos seus progenitores já percorrem aquelas alas e convivem com tudo isso! A Alemanha é a pátria da tecnologia, da indústria, da maquinaria pesada, algo que é intrínseco naquele povo desde a tenra idade. Um país altamente industrializado que exporta para todo o Mundo. “Made in Germany” é garantia de qualidade das marcas. Contrariamente aos países do sul da Europa que sofrem o fenómeno da desindustrialização e apostam cada vez mais no turismo, alojamento local, hotelaria e restauração, o que se vem atualmente a comprovar, ser uma Economia com pouca sustentabilidade.
Munique é sede de inúmeras empresas Alemãs. A Alemanha possui no setor automóvel algumas das marcas mais importantes do Mundo. Por exemplo a “Bayerische Motoren Werke AG” conhecida internacionalmente como “BMW”. A marca de carros de luxo possui o seu museu, “BMW Welt” cuja visita tem bastante importância do ponto de vista histórico, onde estão expostos vários modelos que fizeram furor nas estradas, num edifício moderno localizado a dois passos do Parque Olímpico.
O Parque Olímpico é apenas uma das zonas verdes da cidade, com diversos lagos. A Alemanha é um país que visto do ar é verde e esta zona, entre outras como por exemplo o “Englischer Garten”, fazem jus a isso. Porém, no Inverno tudo está coberto de neve e os lagos em grande parte congelados.
Ali existe uma torre, a “Olympiaturm” onde é possível subir e apreciar a paisagem lá do alto dos seus 290m.
Munique foi sede dos Jogos Olímpicos de 1972 tendo para isso sido construído este complexo cujo Estádio Olímpico é o centro nevrálgico.
A Alemanha (RFA) organizou em 1974 o Campeonato do Mundo de futebol, tendo vencido na final, realizada no Estádio Olímpico de Munique, por 2-1, a toda poderosa “Laranja Mecânica”, a Seleção Holandesa capitaneada por Johan Cruyff que foi a melhor equipa da competição. Mas nesse dia Gerd Müller foi o herói ao marcar o golo da vitória!
Em 1988 Campeonato da Europa decorreu na Alemanha (RFA) mas desta vez a melhor equipa, a “Laranja Mecânica”, depois de derrotar a equipa Germânica nas meias-finais, venceu neste estádio, na final, a poderosa URSS por 2-0 “vingando” a derrota no jogo inaugural. O segundo golo é um verdadeiro poema ao futebol escrito por Marco Van Basten, sendo até aos nossos dias considerado o melhor golo da história dos campeonatos Europeus. Koeman, Gullit, Rickard também vestiam de laranja e espalharam magia por aqueles palcos.
Em 1997 ali foi disputada a final da Liga dos Campeões ganha pelo Borussia de Dortmund por 3-1 perante a Juventus. Paulo Sousa, tornou-se campeão Europeu novamente, pois no ano anterior tinha ganho a competição ao serviço dos Italianos. Quatro anos antes, o todo-poderoso AC Milan caiu aos pés do “Olympique” de Marselha que pela primeira vez levantou a famosa “taça das orelhas compridas”, a Taça dos Clubes Campeões Europeus, agora chamada Liga dos Campeões. Boli marcou o único golo, mas os dias que se seguiram foram catastróficos para esse clube. Assombrado por escândalos de corrupção e doping, uns que se provaram no imediato e outros nunca se provarão, acabou por descer de divisão e por pouco não perdia esta taça que conquistou em campo.
Em 1979 outros clubes dominavam na Europa, e foi o Nottingham Forest a levantar ali a Taça dos Campeões Europeus, depois de vencer o Malmo também por 1-0 com Trevor Francis a marcar.
O estádio é marcado pela sua arquitetura que se encontra harmonicamente enquadrada na paisagem pela sua cobertura acrílica transparente, que nos dias de hoje é possível caminhar nos passadiços sobre ela, em visitas organizadas. Infelizmente quando ali estive, apenas me foi possível observar o estádio do exterior. Um dia que regressar a Munique farei tudo para poder juntá-lo ao meu palmarés de estádios de futebol. Este é mítico e com história!
O “Fussball-Club Bayern München”, o maior clube da cidade (e do país) e o “TSV 1860 München” realizavam ali os seus jogos em casa, até 2005. O “TSV 1860 München” atravessa momentos delicados na sua história, ao contrário do seu rival que domina internamente e na Europa, ele vai competindo nos Regionais.
Na Alemanha o Hockey sobre o gelo é um dos desportos nacionais. Em Munique, o “EHC Red Bull München” é a equipa da cidade. Outrora chamado de “Eishockeyclub HC München 1998”. Os jogos em casa são realizados no “Olympia Eishalle”, um pavilhão multiusos que se localiza no Parque Olímpico, onde pela primeira vez na vida tive oportunidade de ver ao vivo um jogo desta modalidade!
O moderno estádio Allianz Arena passou em 2005 a ser a casa dos maiores clubes da cidade. Porém, atualmente, apenas o Bayern o utiliza. Inaugurado em 2005 foi então considerado o mais belo estádio do Mundo, título esse que desde 2008 é reivindicado pelo Estádio Olímpico de Pequim, o famoso “Ninho de Pássaro”. O estádio visto de fora parece uma boia branca, de noite é iluminado e as cores vão mudando, pois os 1056 painéis à prova de fogo com o formato de diamantes que o constituem possuem leds. O seu interior foi construído de forma a tornar o ambiente “infernal” para as equipas adversárias. Baseado nos estádios Ingleses, as bancadas terminam a poucos metros do relvado e chegam a ter 34º de inclinação! Atrás das balizas, ao alto existe uma rede com malhagem fina de cor preta com vista a proteger os espetadores, pois na Alemanha esse requisito nos estádios é obrigatório.
Um estádio que ainda não possui o historial mítico do Estádio Olímpico de Munique, mas para lá caminha a passos largos. Foi palco de jogos do Campeonato do Mundo de futebol de 2006, organizado pela Alemanha já unificada. Ali jogaram-se, entre outros, o jogo de abertura onde a Alemanha venceu a Costa Rica por 4-2 e também a meia-final onde Portugal perdeu 1-0 com a França, com Zidane a marcar de penalty. Mais tarde, foi palco da final da Liga dos Campeões de 2012 onde o Bayern perdeu com o Chelsea nos penaltys, depois de 1-1 ao fim de 120 minutos de jogo. Didier Drogba foi o homem do jogo. Depois de ter feito o golo do empate ao minuto 88 no tempo regulamentar, marcou o penalty decisivo que garantiu a primeira Liga dos Campeões da História dos “Blues”.
O Allianz Arena localiza-se na periferia da cidade mas é facilmente acessível de transportes públicos, sendo “Fröttmaning” a estação de metropolitano (U-bahn) mais próxima. Ali também existia um terminal rodoviário, “Busbahnhof Fröttmaning”. Acabadinho de chegar de Praga, à hora de almoço, o Allianz Arena foi a minha primeira paragem. Deixei as malas guardadas num cacifo e não perdi tempo.
A visita ao estádio iniciava-se com o visionamento de um vídeo promocional sobre a grandiosidade da obra de engenharia que ele constitui. Passava pelas bancadas, balneários, túnel de acesso ao relvado que possui uma famosa escotilha e também a sala de imprensa. Atualmente é possível visitar também o Museu do Bayern.
Viajar é fazer amizades pelo Mundo fora e aqui fiz amizade com um casal Brasileiro. O Edmundo e a Cíntia. Tal como eu, loucos por visitar estádios de futebol. Ambos na vida já seguiram caminhos diferentes mas com as redes sociais vou mantendo sempre o contacto com ambos. A Cíntia, que tem origens Lusitanas na família, entretanto já passou por Lisboa, numa “stopover” a caminho de Bruxelas. Era Verão, eu estava no Algarve pelo que não nos pudemos encontrar. Outras oportunidades existirão!
Fussen
Munique localiza-se à beira dos Alpes, a cadeia montanhosa mais alta e mais extensa que se encontra inteiramente na Europa, atravessando vários países. É o ponto de partida para explorar uma das regiões mais belas do Mundo, com inúmeros lagos, castelos, palácios, montanhas, pequenas vilas e aldeias. De verão tudo é verde e de inverno tudo é branco!
Desde Munique, um dos destinos mais comuns, e talvez o mais interessante, é Fussen. Localiza-se a cerca de 130Km, acessível de comboio. Cerca de duas horas de viagem. Acordando cedo, é possível ir e voltar no mesmo dia.
Fussen é famosa pelo Castelo de Hohenschwangau e pelo Castelo de Neuschwanstein. Uma zona carregada de magia. Para visitar castelos e palácios, a Europa é o continente certo! E dos muitos que existem no Velho Continente, estes dois são dos mais importantes. O nosso Palácio da Pena em Sintra, que também está colocado nesse rol, tem uma conceção e enquadramento na paisagem, muito semelhante a estes dois Castelos, que na realidade também se podem considerar palácios pois foram construídos como residências reais luxuosas.
Descendo do comboio no centro histórico, é necessário tomar um autocarro que nos deixa mesmo à porta do guichet turístico onde levantamos os bilhetes que devem ser marcados com bastante antecedência, no site oficial, para o dia e hora em que a visita se inicia. Devemos marcar um pacote que inclua a visita a ambos.
Para entendermos o enquadramento histórico, teremos de recuar ao século XIX. A Baviera era um reino. O Castelo de Hohenschwangau é a primeira paragem, sobretudo por razões de acesso. Foi residência oficial de Verão, e aqueles lados, zona de caça, do Rei Maximiliano. E também da sua esposa, Maria, e dos seus dois filhos: Ludwig que mais tarde se tornou o Rei Ludwig II e Otto que mais tarde se tornou o Rei Otto (da Baviera). Ambos tinham distúrbios mentais graves. Provavelmente por motivos de consanguinidade, pois naqueles tempos os casamentos eram motivo de conveniência, era urgente procriar e continuar a linhagem, e familiares muito próximos acabavam por constituir matrimónio.
Mas é a vida do Rei Ludwig II, que aos 18 anos ascendeu ao trono, o motivo que nos leva a visitar este local. O Rei Ludwig II era apelidado de “Rei Cisne” ou “Rei de Conto de Fadas”, e não era caso para menos. A forma como em tempos de crise e conflitos, a Baviera estava a ser subjugada pela Prússia e mais tarde acabou por pertencer pelo Império Alemão, ele esbanjava todo o dinheiro do tesouro em obras desta natureza, apesar de desaconselhado pelos seus ministros, continuava a gastar desmesuradamente, pedindo empréstimos e a endividar cada vez mais a Coroa. Tendo sido declarado como insano e deposto, acabou por morrer afogado no Lago de Starnberg daí a poucos dias, em circunstâncias até hoje desconhecidas. O seu irmão acabou por tomar o trono mas dado o seu estado de debilidade mental, nunca passou de uma figura decorativa, pois foram o seu tio Luitpold e o seu primo Ludwig (III) que assumiram as responsabilidades da Coroa.
Aquela região deu ao Mundo grandes compositores. Richard Wagner foi um deles. E foi a admiração que Ludwig sentia por Wagner que fez com que o Castelo Neuschwanstein fosse erguido. No fundo é uma história de amor, segundo se consta, apenas espiritual e não físico, entre dois homens que tão bem é explicada, com muitos eufemismos, nos audioguias à medida que percorremos as salas. A visita ao Castelo de Hohenschwangau inclui os vários aposentos entre os quais um deles em que Ludwig supervisionava à distância pela janela os trabalhos de construção do Castelo de Neuschwanstein e uma outra onde Wagner tocava piano para ele! Ludwig ficou noivo de Sofia Carlota, sua prima, mas nunca chegaria a contrair matrimónio! A sua orientação sexual fez com que tivesse muitas amizades íntimas com outros homens, mas o seu grande amor era Wagner, e a prova está à vista e permanece para sempre:O Castelo Neuschwanstein!
A visita ao Castelo Neuschwanstein é o ponto mais importante de qualquer viagem à Alemanha! É necessário caminhar cerca de 1500m desde o guichet turístico, mas é possível fazê-lo de fiacre, pois o caminho é íngreme. A viagem até ao Castelo Neuschwanstein ainda ganha mais magia!
Neuschwanstein, que traduzindo significa “grande cisne branco”, é o edifício mais fotografado da Alemanha. O Castelo da Cinderela, que está presente em todos os parques da Disneyland, é inspirado nele. Se visto de fora, a sua forma e enquadramento na paisagem deixa qualquer um de nós perplexo, a visita ao seu interior é um verdadeiro conto de fadas. O complexo estende-se por 6000m2, possui 4 pisos e várias torres com 80m de altura. Muitas das suas salas são inspiradas em óperas de Wagner. Uma das salas do castelo reproduz quase na realidade, uma gruta, com estalactites e estalagmites, e até possuía uma cascata que funcionava durante o reinado de Ludwig. A Sala do Trono é ainda mais impressionante! Não tem trono, porque Ludwig foi deposto antes que o trono ficasse completo, e por isso nunca foi colocado.
Apesar de ser contra a vontade de Ludwig, depois da sua morte os “curiosos” visitarem o seu Castelo, onde tão pouco tempo lá viveu, considerando a sua insanidade mental, urge contrariar esse seu desejo que deixou expresso, pois entrar ali dentro é uma experiência inesquecível e maravilhosa. Memórias que nunca sairão da nossa imaginação mas que não pudemos registar nas nossas fotografias. O interior do Castelo de Neuschwanstein, é um dos exlibris espalhados pelo Mundo, onde fotografar é proibido!
O Castelo de Neuschwanstein é seguramente um dos 10 mais belos locais em que qualquer viajante possa ter estado, mesmo que conte com algumas dezenas de países visitados no seu palmarés.
Links
Voos:
A Ryanair possui rotas diretas para o Aeroporto de Memmingen que dista cerca de 120Km. Daqui a forma mais prática de chegar ao centro da cidade de Munique é de autocarro, o “Allgäu Airport Express”.
A TAP e a Lufthansa voam diretamente de Lisboa para Munique, aterrando no aeroporto principal, o Aeroporto internacional Franz Josef Strauss. Daqui até ao centro da cidade a forma mais rápida é de comboio suburbano (S-bahn). Este aeroporto é dos mais movimentados da Europa, o segundo mais movimentado da Alemanha (o primeiro é o de Frankfurt), pelo que fazer um “stopover” em Munique de alguns dias numa viagem para outros destinos mais longínquos é uma opção acertadíssima.
Comboios:
A Companhia Ferroviária Nacional possui a opção de adquirir bilhetes regionais, de um dia, para viagens ilimitadas dentro do Estado da Baviera. É a forma mais económica de viajar entre Munique e Fussen. Os horários podem ser consultados no site oficial.
Autocarros:
Desde várias cidades internacionais (Praga por exemplo) para Munique é possível viajar nos autocarros da “Student Agency”. Excelente serviço e autocarros com lugares espaçosos e muito confortáveis. Em Munique atualmente a estação central de autocarros é a “ZOB – Hackerbrücke”.
Hotel:
Recomendo o “Meininger hotel”. Bom serviço, staff atencioso, económico e localizado perto da Estação central de comboios (Hauptbahnhof) e da Estação central de autocarros (ZOB – Hackerbrücke). Sobretudo para quem tem de acordar cedo para viajar para Fussen é uma escolha acertadíssima.
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