Alguns dos meus estádios de futebol pelo Mundo
Texto & Fotos de Mário Menezes
Viajar e futebol são duas das minhas grandes paixões.
Quando visito um país, gosto de visitar os estádios de futebol.
Comparar a realidade ao vivo, com aquela que vejo na TV. Muitas vezes depois de visitar um estádio a percepção de ver o jogo na TV ali passado muda radicalmente. Ali ao vivo cenário parece bem mais pequeno.
Em 50 países estrangeiros que visitei, os estádios foram em muitos deles, locais de destaque. Fossem eles modernos, fossem eles grandes obras arquitetónicas ou de engenharia, fossem eles palcos de jogos míticos que fizeram parte da História do futebol, a visita a cada, foi um conjunto de sensações únicas e recordações inesquecíveis!
Assim, aqui vai uma gloriosa lista, agrupados por países, de muitos dos estádios que visitei e dos quais guardo o registo fotográfico. Alguns que paguei para fazer o tour, outros consegui entrar pedindo por favor a alguém e outros “pela porta do cavalo”…
CHINA
ESTÁDIO NACIONAL DE PEQUIM – “NINHO DE PÁSSARO” – PEQUIM
Este é provavelmente o estádio mais bonito do Mundo! Daqueles que nunca pensei ser possível lá ir… Marcou para sempre a minha viagem à China, um país que não estava na minha lista há bem poucos anos.
O único jogo de interesse para a História do futebol, sim porque os Jogos Olímpicos o futebol é o parente pobre, foi o primeiro jogo oficial do Mourinho no Inter. Perdeu ali com a Lazio a final da Supertaça de Itália de 2008 e com polémica à mistura. Veio a público que as comitivas dos dois clubes gastaram mais de 10 mil Dólares em vinho!
A prova mais patente de que realizar na Ásia jogos de competições oficiais de equipas Europeias só servem interesses comerciais…
JAPÃO
SAPPORO DOME – SAPPORO
Um estádio ultramoderno.
Foi até ao ano 2019 o estádio de futebol que mais desejava visitar. Pela sua grandeza tecnológica. Sim, porque história tem pouco interesse. Aqui realizaram-se algumas partidas do Mundial 2002, nomeadamente os 8-0 que a Alemanha deu à Arábia Saudita e o Inglaterra 1 Argentina 0, golo do Beckham de penalty. Também possui um observatório de onde a vista sobre a cidade impressiona.
Nunca imaginei poder visitar este estádio. Primeiro porque é duplamente longe. Sofre em relação a nós de dupla insularidade. Fica numa outra ilha do Arquipélago do Japão. A Ilha de Hokaido. De Tóquio, que fica a sul, só de avião ali se chega, caso contrário a viagem é longa e cara. Depois porque o Japão não é propriamente um país barato e as principais atrações turísticas ficam para sul de Tóquio.
Engrandeceu imenso a minha passagem pelo Japão e à visita ao festival de neve e gelo Sapporo.
TAILÂNDIA
ESTÁDIO SUPHACHALASAI – BANGUECOQUE
O primeiro estádio asiático que entrei. Foi mais por capricho…
Um estádio sem História conhecida internacionalmente até há bem pouco tempo, quando o Papa Francisco ali celebrou missa.
CANADÁ
ROGERS CENTER – TORONTO
Um local ultramoderno que o futebol Português conhece bem. Ali ganhamos a primeira competição internacional de seniores. No tempo que Mundiais e Europeus, só víamos pela televisão os outros jogarem.
Na altura chamava-se Skydome e era dos mais modernos do Mundo. Foi falado nas TVs como exemplo para os estádios Europeus se transformarem em espaços rentáveis prontos para receberem eventos extra futebol. Numa altura em que o futebol na TV era em sinal aberto e havia estádios em Portugal com 120.000 lugares.
ARGENTINA
ESTÁDIO MONUMENTAL ANTÓNIO VESPUCIO LIBERTI – BUENOS AIRES ; LA BOMBONERA -BUENOS AIRES ; ESTÁDIO LIBERTADORES DE AMÉRICA – BUENOS AIRES
A região metropolitana de Buenos Aires tem inúmeros estádios importantes. Apenas consegui visitar estes 3.
O Monumental, foi onde passei parte do dia do meu 45º aniversário quando estive a viajar pela Argentina.
A casa do River Plate, palco da final do Mundial de 1978 e de uma grande humilhação, uns anos depois da equipa “Albi celeste”, quando encaixou 5-0 da Colômbia. A visita ao estádio inclui também o museu e como era o meu aniversário, não paguei!
Ir a Buenos Aires é obrigatório visitar este bairro, El Caminito. Podem ir à vontade de dia. Há muitos polícias e turistas. De noite, é totalmente desaconselhável. O estádio é mítico. La Bombonera, porque se assemelha a uma caixa de bombons! Este estádio é famoso pelas celebrações de golo que são audíveis em vários bairros de Buenos Aires. Ali brilhou Maradona. O clube que ali joga é tido como o clube dos pobres, o Boca Juniors. O bairro é sujo e poluído. Claro que no dia anterior quando visitei a casa do River Plate, tido como o clube da alta sociedade, quem lá estava avisou-me para levar uma máscara. E um médico amigo meu Argentino, adepto do River Plate quando viu nas redes sociais que eu andava pela Bombonera, disse que a seguir eu teria de ser desinfetado. Atenção, ainda se dizia que esse virus nunca chegava a Portugal.
O Estádio Libertadores América é a casa do Independiente. Um clube com pergaminhos no futebol sul Americano. Um estádio construído com inspiração em Old Trafford, a casa do Manchester Untes. Ali foi jogada a 1ª mão da final da Copa Sudamerica ganha ao Flamengo. O estádio fica a uns 100 metros do estádio do rival Racing Avellaneda, onde não consegui entrar…
URUGUAI
ESTÁDIO CENTENÁRIO – MONTEVIDEU
Velhinho e em ruínas mas é um estádio com muita História! Visitei-o quase de fugida mas mesmo assim foi um dos locais mais importantes que estive no panorama futebolístico. Ainda há pouco a equipa da casa, o Uruguai foi ali “trucidada” pelo Brasil, na qualificação para o Mundial 2018.
CHILE
ESTÁDIO NACIONAL JULIO MARTINEZ PRÁDANOS – SANTIAGO
Um local de respeito! Sobretudo porque ali sofreram pessoas inocentes. E “o futebol é a coisa mais importante das coisas menos importantes”. Quem visita Santiago deve passar neste local de culto. Aqui esteve para ser jogada a final da Libertadores 2019 que viria a sagrar campeão o Flamengo de Jorge Jesus, mas devido aos conflitos, manifestações e confrontos que assolaram o país, o jogo foi transferido para Lima (Peru).
PAÍS DE GALES
Um estádio que tem um passado com maldições e bruxarias, mas não deixa de ser um estádio mítico (e místico) na História do futebol. No entanto ali o desporto rei é o rubby. Quem visita a pequena cidade de Cardiff é impossível não reparar nele. Em 2017 foi palco da final da Champions e quem perdeu ficou no balneário sul…
ALEMANHA
ESTÁDIO OLÍMPICO BERLIM – BERLIM ; ALLIANZ ARENA – MUNIQUE ; VOKSPARKSTADION – HAMBURGO ; RHEINE ERGIE STADIUM – COLÓNIA ; ESPRIT ARENA – DUSSELDORF ; SIGNAL IDUNA PARK – DORTMUND ; COMMERZBANK ARENA – FRANKFURT
A seguir à Espanha, a Alemanha é o país estrangeiro que mais estádios conheço.
O Estádio Olímpico de Berlim com grande mística política e futebolística pois foi onde Zidane acabou a carreira à cabeçada na final do Mundial de 2006 ganha aos penaltis pela Itália foi o local escolhido para o meu dia do 34º aniversário.
Nesse ano visitei também um dos mais bonitos estádios do Mundo, o Allianz Arena de Munique, um palco com más memórias para o futebol Português, no entanto aguardemos por 2021 quando para o Euro 2020 lá jogarmos contra a Alemanha. Aqui fiz amizade com um casal de Brasileiros o que fica registado nas minhas memórias de viajante.
O Volksparkstadion de Hamburgo, que visitei em 2011 era chamado de Imtech Arena.Um bonito estádio marcado por um momento histórico, um grande golo de Lucho Gonzalez num jogo da Champions. E mais recentemente pela descida de divisão da equipa da casa. Um dos históricos da Bundesliga que nunca tinha descido…
Em 2012 juntei o Rheinenergie stadium de Colónia e o Esprit Arena de Dusseldorf. Se o primeiro tem Historial ligado ao Mundial de 2006, já o segundo é conhecido por um incidente de Luisão com um árbitro num jogo amigável. Um acidente fortuito que lhe saiu caro…
Mas nesse ano de 2012 o mais importante foi mesmo o Signal Iduna Park de Dortmund. Um estádio famoso pela bancada topo em que a coreografia dos adeptos é impressionante. Conhecido no meio futebolístico como “O Muro” dadas as sua configuração, lotação e altura das bancadas. A vista guiada que fiz, tive de abandonar a meio sem tempo de visitar o museu do Borussia de Dortmund, pois iria viajar para Vílnius daí a poucas horas. Uma curiosidade, a visita guiada inclui uma passagem pelas celas. Ficam no topo contrário da celebre bancada. Quem prevarica vai lá parar, e segundo me contaram, em todos os jogos há sempre clientes…
Frankfurt foi a última cidade que visitei na Alemanha e também o último estádio, o Commerzbank Arena. Aterrar em Frankfurt após um voo de 12 horas e visitar este estádio foi maravilhoso e inacreditável!
UCRÂNIA
ESTÁDIO OLÍMPICO KIEV – KIEV
Um estádio mítico que visitei em 2014.
Ali Cristiano Ronaldo fez o último jogo pelo Real Madrid e ganhou a final da Champions ao Liverpool. Anos antes, a Espanha foi ali bicampeã da Europa. E muito tempo antes, o FC Porto garantiu ali a presença na final de Viena, onde se sagrou campeão Europeu,
O estádio encontra-se remodelado e é um ponto de visita obrigatório na capital Ucraniana.
POLÓNIA
STADION ENERGA – GDANSK; STADION POZNAN – POZNAN; TARCZYNSKI ARENA – WROCŁAW
Em vésperas do Euro 2012 andei por estes lados. Gdansk e Poznan. O novinho em folha agora chamado Stadion Energa aguardava uma visita de uma comitiva ministerial. Andava eu por lá a tentar ver por dentro o relvado e deixaram-me entrar! Que loucura. Visitei o estádio com a Ministra do Desporto, Joanna Mucha e o Ministro da Segurança e Administração Interna da Polónia, Jacek Cichocki. Que honra! Ali vai ser jogada a final da Liga Europa este ano. E dos vários jogos do Euro 2012 lembro-me da conferência de imprensa do Cassano que lhe valeu uma multa pesada por ataques homofóbicos…
Já o Estádio de Poznan limitei-me a tirar uma selfie no interior. Por ali passou a caminhada do Sporting de Braga rumo à final da Liga Europa de 2011 num jogo debaixo de neve.
Passados doze anos, visitei Wrocław e o seu estádio municipal, chamado atualmente (naming) de Tarczynski Arena, também construído para o Euro´2012, tendo sido palco de 3 jogos dessa competição. Dada a sua localização, à entrada da cidade, servido por uma via rápida e por uma moderna linha de elétricos (tramway) a sua arquitetura foi pensada para dar ideia, que chegamos a cidade dinâmica. A fachada é coberta de malha de vidro ancorada por anéis de aço e revestida com teflon, possuindo iluminação de cores que alteram. Com capacidade para cerca de 45 mil espetadores, distribuídos por um único anel, é onde o Śląsk Wrocław disputa os seus jogos em casa. A visita ao estádio engloba as bancadas, o banco de suplentes, o túnel de acesso, os balneários da equipa da casa, e outras tantas áreas que normalmente se visitam em estádios pelo mundo fora, e ainda as celas, para detenção de para quem prevarica! A visita inclui o museu do Śląsk Wrocław, clube de futebol fundado por militares em 1947, conta como principais troféus dois títulos de campeão nacional, duas taças e duas supertaças nacionais, e uma Taça da Liga.
ITÁLIA
ESTÁDIO SAN SIRO/GIUSEPPE MEAZZA – MILÃO;
Estádio Artemio Franchi – Florença;
ESTÁDIO OLÍMPICO DE ROMA;
Estádio Diego Armando Maradona- NÁPOLES;
ESTÁDIO RENATO DALL´ARA-BOLONHA
Itália é a pátria do futebol. Até a forma do país faz lembrar o desporto rei. Conhecer este país foi fantástico. Estava a fazer uma visita guiada ao Estádio de SanSiro, quando começou a nevar. Foi a primeira vez que na vida vi nevar. 25/1/2007. Um estádio mítico onde brilharam grandes estrelas. O Milan de finais dos anos 80 que destroçava adversários. Estádio que muda de nome para Giuseppe Meazza quando o Inter joga ali. O Mundial de 1990 e várias finais da Champions trouxeram História a este palco. Ali vi dois jogos. Um estádio que em breve vai ser demolido….ficam as memórias!
Florença é conhecida por ser o Berço do Renascimento, mas também é conhecida pela Fiorentina que disputa os seus jogos no Estádio Artemio Franchi. Um estádio velhinho mas com História. Assistiu a jogos do Campeonato do Mundo de 1990 mas também à falência da Fiorentina em 2002. O clube reergueu-se e atua novamente na “Série A”.
O Estádio Olímpico de Roma onde estive no ano seguinte. Ali também vi dois jogos. Um momento inesquecível lá entrar pela primeira vez. Desde a final do Mundial de 1990 que as lágrimas de Maradona no final daquele jogo polémico e os golos de Schillaci naquele palco durante a competição não me saiam da cabeça.
No dia seguinte visitei o Estádio Diego Armando Maradona em Nápoles. Em tempos chamado de Estádio de San Paolo. Ali brilhou Maradona e ali uma nação chorou quando Aldo Serena falhou aquele penalty maldito que impediu a “Squadra Azurra” de marcar presença na final do Mundial que organizou. Consta-se que nesse dia começou a queda do Astro Maradona, perseguido pelos lobbys da FIFA. A final conveniente era Alemanha-Itália…
O Estádio Olímpico de Roma onde estive no ano seguinte. Ali também vi dois jogos. Um momento inesquecível lá entrar pela primeira vez. Desde a final do Mundial de 1990 que as lágrimas de Maradona no final daquele jogo polémico e os golos de Schillaci naquele palco durante a competição não me saiam da cabeça.
No dia seguinte visitei o Estádio San Paolo em Nápoles. Ali brilhou Maradona e ali uma nação chorou quando Aldo Serena falhou aquele penalty maldito que impediu a “Squadra Azurra” de marcar presença na final do Mundial que organizou. Consta-se que nesse dia começou a queda do Astro Maradona, perseguido pelos lobbys da FIFA. A final conveniente era Alemanha-Itália…
ESTÁDIO RENATO DALL´ARA-BOLONHA
Inaugurado em 1927 é um estádio com muita história. Ali já se disputaram partidas de dois campeonatos do Mundo de futebol, 1934 e 1990. Deste último, que vimos tudo em direto em televisão a cores e em sinal aberto, ninguém esquece o dramático jogo dos 1/8 de final, Inglaterra-Bélgica quando nos últimos instantes do prolongamento, David Platt num remate à meia volta bateu Michel Preud´homme, evitando assim que o jogo com o resultado em branco seguisse para o desempate por penalties. Italia´90 foi um campeonato do Mundo que não deixou saudades, com fraco nível de futebol jogado, poucos golos e com várias eliminatórias decididas dessa forma e uma final decidida por um penalty muito duvidoso. O árbitro Mexicano que dirigiu a final, nasceu no Uruguai, Edgardo Codesal, um nome que nunca mais ouvimos falar! E foi a partir daí que a vida futebolística de Maradona começou a regredir!
Apesar de se tratar de um estádio Municipal é a casa do Bologna Football Club 1909, clube com pergaminhos em Itália, por onde passaram várias estrelas, como por exemplo Roberto Baggio. Destaca-se por possuir uma torre, o seu grande símbolo, à semelhança das muitas espalhadas pela cidade, que na Idade Média foi chamada de “cidade das cem torres”.
TURQUIA
VODAFONE ARENA- ISTANBUL; ESTÁDIO OLÍMPICO ATATURK-ISTANBUL
Istanbul é uma megalópole que alberga adeptos dos mais fanáticos da Europa. Na Turquia para ir ao futebol é preciso ter um cartão de adepto por questões de segurança pública.
Visitar o Estádio Ataturk onde em 2005 houve aquela final mítica extraordinário.
Também a visita ao Vodafone Arena foi interessante mas não tem a História do outro estádio. Recordei o empate do meu Benfica num jogo dramático. Na altura Talisca jogava no Besiktas e no museu deixei expresso o desejo de o voltar a ver de vermelho e branco!
GRÉCIA
ESTÁDIO OLÍMPICO DE ATENAS – ATENAS
Um palco de míticas finais Europeias. Ali caiu com estrondo o “dream team” do Barça aos pés do Milan de Capello em 1994. Depois das obras levadas a cabo para os Jogos Olímpicos de 2004, sob o projeto de Santiago Calatrava, o Milan voltou a fazer das suas. Vingou a final de 2005 e venceu o Liverpool. Recordei ali na bancada central, estes momentos que vi na TV na visita que há menos de um ano ali fiz.
SÉRVIA
ESTÁDIO RAJKO MITIC – BELGRADO; ESTÁDIO PARTIZAN-BELGRADO
Ficam a curtíssima distância. A casa do Estrela Vermelha e a do Partizan. Num dia de muita neve, véspera do meu 39º aniversário, visitei os dois. No primeiro também visitei o Museu. São clubes que se odeiam mas fui muitíssimo bem recebido em ambos. A Sérvia foi dos países que encontrei o povo mais afável e o futebol não foi exceção.
Recentemente a nossa Seleção Nacional jogou em Belgrado um jogo importante na caminhada para o Euro 2020 que se vai realizar em 2021. O jogo foi no Estádio do Estrela Vermelha. Já o Estádio do Partizan foi palco de um jogo de qualificação para o Euro 2016, entre Sérvia e Albânia, em que as memórias transcendem o espírito do futebol.
ESLOVÉNIA
ESTÁDIO LJUDSKI VRT-MARIBOR
O estádio mais moderno da Eslovénia. Um recinto multiusos, localizado perto do centro de Maribor, a segunda cidade do país. É uma das sedes da Seleção Nacional Eslovena de futebol e a casa do clube local, o NK Maribor, o clube mais titulado do campeonato Esloveno. O NK Maribor conta presenças na Liga dos Campeões, chegando por duas vezes à fase de grupos, tendo na época 2014/2015 defrontado o Sporting na mesma. Em Maribor o jogo terminou empatado a uma bola, com Luka Zahovic, na altura com 18 anos de idade, filho do conceituado Zlatko Zahovic, apontado o tento da igualdade já perto do final, e comemorando de forma efusiva. Na flash interview, Luka, nascido em Guimarães, quando o pai vestia a camisola Vitoriana, tendo jogado na juventude nos escalões de formação do Benfica, explicou em Português perfeito a alegria que sentia por marcar ao Sporting.
O estádio é um ponto turístico da cidade, inaugurado em 1952, sofreu ao longo dos anos diversas remodelações para se tornar num recinto moderno. Os seus cerca de 11.500 lugares são totalmente cobertos, sendo a bancada oeste, onde se encontra colocada a imprensa, sido renomeada de “Marcos Tavares” homenageando o futebolista Brasileiro que vestiu as cores do clube por vários anos. A forma da cobertura dessa bancada, contrastando com as outras, é um marco arquitetónico importante.
CROÁCIA
ESTÁDIO MAKSIMIR-ZAGREB
Localizado ao lado de uma grande área verde da cidade, o Parque Maksimir, daí ter herdado o nome, é casa do GNK Dinamo Zagreb um clube centenário, o mais titulado do campeonato Croata, e também é aqui que habitualmente a Seleção Nacional da Croácia, realiza os seus jogos. A saúde financeira do clube não vai de vento em popa, há vários anos que procura reformar o estádio, tornando-o num palco moderno, confortável e funcional, no entanto as obras têm consecutivamente parado. Para piorar as coisas, o terramoto que assolou Zagreb em 2020, deixou as suas marcas, causando danos estruturais e impediu por algum tempo a sua utilização, continuando a bancada Este ainda interditada. Este palco foi inaugurado em 1912, tem uma arquitetura particular, pois as bancadas são todas diferentes e não possuem cobertura. Na época 2018/2019, o Benfica jogou ali uma partida a contar para a Liga Europa, tendo perdido por 1-0. Os adeptos benfiquistas que se deslocaram a Zagreb para assistir a esse jogo, desaconselham a ir ao futebol neste país. Claques associadas a movimentos Nazis, que têm causado distúrbios por onde passam, semeando o medo e causando insegurança aos adeptos visitantes…
POLJUD STADIUM-SPLIT
Casa do HNK Hajduk Split, um clube que possui laços de amizade com o Benfica. Tudo remonta a 1994, num jogo da fase de grupos da Taça dos Campeões Europeus, três adeptos da claque No Name Boys, que se deslocaram a Split, perderam a vida num acidente de automóvel no regresso a casa depois do jogo: Jorge Maurício, o mais carismático, conhecido por “Gullit”, Tino e Rita, os outros dois. Semanas depois, no jogo em que o Benfica recebeu o Hajduk Split, a claque do clube Croata, fez questão de se deslocar ao topo Sul, e entregar aos No Name Boys uma coroa de flores. Os No Name Boys posteriormente exibiram uma tarja que tinha escrito “Freedom for Croatia”, uma altura em que aqueles países viviam em conflitos separatistas.
A minha visita ao estádio serviu também para homenagear Rita, Tino e “Gullit”, pelo que fiz questão de colocar o meu cachecol do Benfica. Este estádio que alberga cerca de 35 mil espetadores, é o que oferece melhores condições de modernidade e conforto, sendo por isso utilizado regularmente nos jogos da Seleção Nacional da Croácia. Foi inaugurado por Josip Tito em 1979, para sedear os Jogos Mediterrâneos realizados nesse ano. Reconhecido como património Cultural desde 2015, a sua imagem de marca é sua forma arquitetónica, inspirada numa concha, sendo as florestas e a costa do Mar Adriático que circundam a cidade de Split, visíveis do seu interior, como podemos comprovar nas transmissões televisivas.
MONTENEGRO
ESTÁDIO POD GORICOM – PODGORICA
Do Montenegro em termos futebolísticos a nossa memória associa os nomes de Predrag Mijatović e Dejan Savićević. Foi a capital, Podgorica, em tempos chamada de Titogrado que os
viu nascer. No FK Budućnost Podgorica iniciaram a carreira. É no Estádio Pod Goricam que esse clube disputa os seus jogos em casa, bem como a Seleção nacional do Montenegro, uma Seleção Nacional que competia ainda há poucos anos como “Sérvia e Montenegro” e mais remotamente como “Jugoslávia”, mesmo depois da separação da Eslovénia e da Croácia. Acabei por juntar este estádio por mero acaso, num passeio por Podgorica, cidade que além do estádio, do rio, das pontes e dos edifícios governamentais, pouco mais tem de interesse. Interessante foi a forma como consegui ver o relvado. Desde um health club lá existente, em que me facilitaram subir a uma janela para tirar uma selfie! Assim já posso afirmar que visitei o estádio!
Inaugurado em 1945, foi completamente incendiado durante a década de 1950 sendo reconstruído mais tarde. Possui capacidade para cerca de 11.000 espetadores. Entrou para a ribalta pelos piores motivos. Em 2015, numa partida de qualificação para o Euro 2016, entre as seleções do Montenegro e da Rússia, o guarda redes Russo, Igor Akinfeev, foi atingido na cabeça por uma tocha tendo a partida terminado imediatamente por falta de condições de segurança. A Rússia acabou por vencer por 3-0 mas na secretaria…
RÚSSIA
ESTÁDIO LUZNIKI – MOSCOVO; ESTÁDIO PETROVSKY – SÃO PETERSBURG
Dois palcos míticos que visitei em 2013. O Estádio Luzniki em tempos chamado Estádio Lenine, tem a estátua dessa personagem importante na História desse país, à porta. Foi palco das Olimpíadas de 1980, da final da Champions de 2008 e após uma profunda e muito dispendiosa remodelação em que a fachada foi integralmente mantida, de vários jogos do Mundial de 2018, incluindo o da final. Um estádio olímpico que hoje é do tipo “Arena”.
O Estádio Petrovsky em São Petersburgo foi a casa do Zenit, que recentemente se mudou para um estádio ultra moderno e tido como o mais caro do Mundo, o Gazprom Arena.
Fica numa ilha e tem uma arquitetura de inspiração soviética, onde se destacam as 4 enormes torres de iluminação. Ali o Benfica venceu o Zenit numa eliminatória muito disputada da Champions de 2017 e ganha em pequenos detalhes.
ESPANHA
Wanda Metropolitano- Madrid
Estádio Wanda Metropolitana, Estádio Santiago Bernabéu, Estádio Vicente Calderón
(já demolido), Estádio de Vallecas – Madrid;
Camp Nou, Estádio Olímpico Lluís Companys- Barcelona;
Estádio de Balaídos-Vigo;
Estádio Vero Boquete de San Lázaro- Santiago de Compostela;
Estádio Municipal de Riazor- La Corunha;
Estádio Anoeta- San Sebastian;
Estádio Olímpico de La Cartuja, Estádio Benito Villamarín, Estádio Ramon Sanchez-Pizjuan – Sevilha
Estádio Mestalla – Valencia.
Espanha é o país da Europa que mais estádios entrei. Ao todo mais de 10, entre os quais os míticos Santiago Bernabéu e o Camp Nou já no longínquo ano de 1997.
O estádio mais recente que visitei em Espanha, que é também o mais moderno neste país, é a Wanda Metropolitano a nova casa do Atlético de Madrid. Palco da final da Champions de 2019 e pouco mais de História tem. Visitei este palco, meses antes desse jogo.
De todos os estádios Espanhóis, o Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid foi o que mais me impressionou. Como eu compreendo Jorge Valdano quando proferiu pela primeira vez a expressão de “medo cénico”! Um estádio cheio de memórias e palco da mítica final do Mundial de 1982. De momento encontra-se em remodelação, o que o tornará no estádio mais moderno do Mundo. O Estádio Vicente Calderón já demolido era outro dos míticos estádios de Madrid, porém nos últimos anos passou a ser conhecido pelos escândalos extrafutebol. Recentemente o Atlético deixou esses tempos negros para trás e encontra-se novamente na ribalta. Em Vallecas, um bairro da capital Madrilena associado à classe média baixa, existe um clube de futebol, o Rayo Vallecano, onde jogou Hugo Maradona, recentemente falecido, irmão de D10S que é imortal! Clube por onde passaram diversos jogadores Portugueses, como por exemplo Tiago Pereira, que após ser dispensado do Benfica de Souness e Vale e Azevedo, rumou a Vallecas, sendo importantíssimo neste clube, tendo sido autor de um golo que marca a sua História, na época 1998/1999, no último jogo e que ajudou a garantir a subida à “La Liga”. O Estádio de Vallecas foi “a baixo” nesse dia.
O Camp Nou em Barcelona, é um estádio com a sua História ligada ao futebol e à luta pela liberdade. Ali durante o tempo do regime Franquista era o único local onde o Catalão era falado. “Més que un club” é a mítica frase que associamos ao “Barça”. O recinto irá entrar em obras em breve e o clube da casa irá jogar durante uma época em Montjuic, no Estádio Olímpico Lluís Companys, palco dos Jogos Olímpicos de 1992. Quando reabrir, será um recinto moderno e monumental, e irá chamar-se “Spotify Camp Nou”.
Na Galiza já residiram clubes temíveis. O Celta, de Vigo que no Estádio de Balaídos chorar mais de 6 milhões de Portugueses quando em 1999 aplicou 7-0 ao Benfica. Mais a Norte, em Santiago de Compostela, o Estádio Vero Boquete de San Lázaro, onde atua o Compostela, assistiu a uma obra prima de Ronaldo “O Fenómeno”, em 1996 altura em que se catapultou para o topo do futebol Mundial, e o Compostela jogava entre os grandes. Mais a Norte, na lindíssima “Cidade Cristal”, La Corunha, junto à praia com o mesmo nome, ergue-se o Estádio Municipal de Riazor. Em 2000 o Deportivo ali celebrou o seu primeiro título de campeão, mas seis anos antes a cidade chorou o fracasso. Na última jornada e no último minuto de jogo, Miroslav Đukić falhou um penalty e com isso La Corunha viu o título ir parar a Barcelona.
No País Vasco, em San Sebastian residia uma equipa temível, a Real Sociedad. O seu novo estádio, o Estádio Anoeta, de momento remodelado, mas depois da sua construção foi durante muitos anos considerado o estádio mais moderno de Espanha.
Na Andaluzia, o Estádio Olímpico de La Cartuja, localizado em La Cartuja, recinto da Expo ́92, em Sevilha, foi palco da final da Taça UEFA de 2003 e mais recentemente de jogos do Euro´2020. Sevilha é uma cidade que respira tourada, flamenco e futebol, os seus dois clubes Real Betis Balompié e Sevilla FC jogam respetivamente no Estádio Benito Villamarín e no Estádio Ramon Sanchez-Pizjuan. A visita a estes recintos é obrigatória para qualquer adepto de futebol, sendo necessário marcar um tour com antecedência. Destaque para a visita ao museu do FC Sevilla onde se expõem as várias Taças da Liga Europa conquistadas, algumas com muitos erros graves de arbitragem à mistura, e também a Supertaça Europeia conquistada no Mónaco em 2016 perante o Barcelona, onde Messi já emergia na constelação de estrelas. António Puerta e José António Reyes, dois jogadores tragicamente e prematuramente desaparecidos também se encontram referenciados, bem como Diego Maradona que também representou este clube, infelizmente também já deixou o nosso mundo. No balneário não resisti a posar com os chinelos do Sérgio Ramos, jogador que regressou ao seu clube do coração para terminar a carreira, cheia de troféus, mas cheia também de expulsões! Betis e Sevilla, dois clubes rivais, que já desceram de divisão, mas também já se sagraram campeões da Liga principal e conquistaram outros troféus importantes a nível interno, como a Taça do Rei e a Supertaça Espanhola, estando esses troféus em lugar de destaque nos respetivos museus.
Em Valência o clube principal da cidade, o Valência CF de momento constrói um novo estádio, mas terá um longo caminho a percorrer até atingir a mística e o historial do Estádio Mestalla. Tive oportunidade de ali entrar no ano 2000, infelizmente as fotos, de rolo na altura ficaram estragadas, tive de regressar quase 23 anos depois para poder fazer uma foto, desta vez não passei da porta. Claudio Lopez, Canizarrez, Mendieta, Aimar, Angulo, Kily González, Ayala, Angloma, foram algumas das estrelas que por lá brilharam em finais do século anterior e início do presente século, altura em que clube foi a duas finais da Champions League, em 2000 e 2001 e conquistou a Liga Europa em 2004, ano em que também ganhou La Liga, onde os “Galáticos” eram super favoritos!
FINLÂNDIA
ESTÁDIO OLÍMPICO HELSÍNQUIA – HELSÍNQUIA
Um estádio que vale mais pelo seu valor arquitetónico do que pela História no futebol. Um país em que o futebol nem tem grande importância e que o desporto rei é o hóquei no gelo. Mesmo assim recordo uma derrota do Benfica nos tempos em que o meu clube atravessava o deserto e em que os plantéis não deixavam saudades, nem tão pouco os dirigentes.
Uma visita rápida em 2012 fez-me reviver esse triste jogo.
NORUEGA
O Rosenborg Ballklub é o clube mais titulado da Noruega e muito provavelmente o mais conhecido. A pequena e bonita cidade da qual pertence é Trondheim, localizada perto de um fiorde, no centro do país, a cerca de 500Km a norte da capital Oslo. O clube saltou para a ribalta devido às suas campanhas na Champions League, onde era um dos habituais nas fases de grupos, em finais do século passado e início do presente. Era um osso duro de roer, pois a viagem para a maioria dos adversários é longa e Trondheim nessa altura é gelada, nevosa e escura, quase não existindo luz solar. Foi no Lerkendal que Iker Casillas se estreou internacionalmente, tinha apenas 16 anos, em 1997, e foi suplente não utilizado. Santiago Canizares foi titular, mas o Real Madrid perdeu 2-0. Viria, contudo, a sagrar-se campeão Europeu nessa época.
No Lerkendal brlharam nomes como Sigurd Rushfeldt, o tal que o Benfica contratou em 1999 mas só vestiu a camisola encarnada na sala de imprensa quando foi apresentado, o dinheiro para o pagar não apareceu e o mesmo rumou ao Racing Santander. John Carew, que também brilhou no Valência e na Premier League e atualmente é ator. Azar Karadas, esse sim, vestiu o manto sagrado e foi campeão nacional em 2005, e depois nunca mais se ouviu falar dele. Mais recentemente Casper Tengstedt foi contratado pelo Benfica ao Rosenborg, tendo deixado muitas saudades no Lerkendal.
O estádio situa-se no bairro de Lerkendal, a cerca de 2Km do centro da cidade. Possui cerca de 21.000 lugares e é por isso o segundo maior do país. Foi inaugurado em 1947, sendo inicialmente um complexo construído com bancadas em madeira, material de construção de casas que é tradicional por estas paragens. Ao longo dos anos sofreu inúmeras remodelações, fruto dos lucros das vendas de jogadores e dos milhões oriundos das participações na Champions League. Por isso em 2016 foi palco da final da Supertaça Europeia, ganha pelo Real Madrid perante o Sevilha.
Destaca-se na entrada a estátua de Nils Arne Eggen, que foi jogador e mais tarde treinador, sendo reconhecido como o de maior sucesso, pelos títulos de campeão nacional que conquistou e pelas boas presenças na Champions League. O homem deve ter levado o nome de Trondheim a todo o lado, falo por mim, não fosse o futebol, nunca tinha ouvido falar!
O Lerkendal ostenta o título de estádio mais a norte que visitei, e nessa visita tive a sorte de tirar uma selfie com jogadores do plantel do Rosenborg, da época que ainda decorria 2022/23.
FRANÇA
ESTÁDIO CHABAN-DELMAS – BORDÉUS
Visitar um estádio de futebol em França estava a ser uma missão impossível! Estavam sempre fechados!
O enguiço foi quebrado quando em 2018 visitei Bordéus e o Estádio Chaban-Delmas. Um palco mítico dos anos 80 e numa altura em que ainda era chamado de Parc Lescure. Nesses tempos, ali brilharam Stopyra, Tigana, Giresse ou Lacombe ao serviço do Bordéus que dominava o futebol em França. Mais tarde ali brilhou Pauleta, o nosso furacão dos Açores. Ali passou o Benfica numa caminhada para a final da Liga Europa em 2013 tendo vencido por 3-2 e deste modo vingou a eliminação das competições Europeias em 1986. Recebeu jogos do Mundial de 1998 onde se destaca a vitória da França sobre África do sul na sua caminhada para a glória.
MALTA
ESTÁDIO NACIONAL DE TA’QALI
Malta, uma “pérola” no Mediterrâneo, um pequeno país, que apesar da colonização recente dos Britânicos, no desporto, o bom futebol não lhe foi deixado como herança.
A Seleção Nacional de futebol é das mais fracas no ranking da UEFA assim como os clubes Malteses.
O Estádio Nacional de Ta’Qali é a casa da Seleção Nacional Maltesa e também ao longo dos tempos tem sido palco de jogos dos clubes do campeonato de Malta em competições Europeias.
Localiza-se na cidade de Ta’Qali, que se encontra muito perto de Medina e Rabat, dois dos locais mais turísticos.
O recinto encontra-se integrado num complexo desportivo. Foi modernizado em 2002, uma nova bancada foi construída, a “Millennium stand”. Possui capacidade para 17.000 espetadores.
Famoso para nós Portugueses, desde 1985, a nossa Seleção Nacional de futebol (pré e pós Saltillo) na qualificação para Europeus e Mundiais por ali passou, sempre com vitórias. A última ocorreu em 2008 na caminhada para o Mundial de 2010, vencemos ali por 4-0, o que acabou por ser decisivo na qualificação.
Os clubes Portugueses também por ali passaram. Em 1991, por exemplo o Benfica, na 1ª eliminatória da TCE, ali goleou o Hamrun por 6-0, com um “poker” de Sergey Yuran, jogador recém-contratado.
Este estádio marcou o meu regresso a estas andanças, de viagens e estádios de futebol no estrangeiro, ao fim de quase 20 meses de paragem, devido à pandemia do COVID-19.
Links:
Malta – Portugal (1993), golo de Rui Águas
IRLANDA
Estádio AvivA ; Croke Park – Dublin
Também é conhecido por “Dublin Arena”, foi construído em 2010, com as suas caraterísticas de possuir uma enorme quantidade de vidro nas fachadas. Foi palco da final da Liga Europa de 2011 e foi um dos estádios escolhidos para receber a fase final do Euro ́2020, acabando por ser preterido, pois devido à pandemia do Covid, o tempo (realizou-se em 2021) e os locais (países) do torneio tiveram de ser alterados. É casa da Seleção Irlandesa de Râguebi e da Seleção Irlandesa de Futebol. Além do vidro nas fachadas, o estádio tem uma arquitetura particular. Os topos norte e sul são assimétricos. As bancadas do topo norte possuem bem menos lugares que os do topo sul, devido à proximidade de habitações nessa zona e deste modo evitou-se que a construção do estádio impedisse a incidência dos raios solares nas mesmas.
Outrora as equipas jogavam em Lansdowne Road que, entretanto, foi demolido. Lansdowne Road é agora o nome da estação de comboio suburbano “DART” na qual descemos para aceder ao Estádio Aviva.
Na Irlanda o Futebol que é desporto rei é o Futebol Gaélico que juntamente com o Hurling são os desportos mais populares. O Croke Park é o local mais importante onde as finais destes torneios são jogadas. Tem capacidade para mais de 80.000 espetadores fazendo dele o quarto maior estádio da Europa e o maior que não é usado para futebol. Os adeptos das equipas que se defrontam assistem aos jogos todos juntos e não existem problemas de segurança como no futebol. Ali também se realizam outros acontecimentos como concertos. Em 2012 o Papa Bento XVI celebrou ali missa.
O Croke Park proporciona visitas guiadas, que incluem relvado, bancadas, balneários e é uma enorme atração turística na cidade, recebendo muitos visitantes.
ESCÓCIA
CELTIC PARK – GLASGOW ; IBROX STADIUM – GLASGOW ; HAMPDEN PARK – GLASGOW
ESCÓCIA – CELTIC PARK – GLASGOW
Comparado com Edimburgo, a cidade de Glasgow não é bonita, e além do futebol pouco mais tem de interessante. Este é um dos 3 estádios da cidade, cujo amante de futebol terá mesmo de visitar. Prepare cerca de 20 Libras para cada um!
Também chamado de “Parkhead” e alcunhado de “Paradise” devido a uma frase proferida por um jornalista aquando da sua construção em 1892, “mudança de um cemitério para o paraíso”, pois o anterior estádio ficava do lado contrário da rua, é a casa do Celtic Football Club, uma das duas equipas com maior palmarés no país. Possui adeptos dos mais fervorosos do Reino Unido, comparáveis aos do Liverpool devido ao apoio incansável à equipa em todos os jogos, e também por entoarem a música “We will never walk alone”. Assistir a um jogo em Celtic Park é tida como uma das maiores experiências que um adepto de futebol pode viver. Muitos dos adeptos do Celtic são de origem Irlandesa, assim como o seu fundador, Andrew Kerins, conhecido por Brother Walfrid. À porta encontramos a sua estátua e também a do antigo treinador Jock Stein, campeão europeu em 1967, e as dos jogadores que fizeram parte dessa equipa, Jimmy Johnstone, a maior figura de sempre e Billy McNeill, guarda-redes e capitão.
Para visitá-lo só mesmo em visita guiada e aconselha-se marcação antecipada. O tratamento dado aos visitantes é de enorme cordialidade, recebidos à porta do estádio pelo guia e no final o mesmo faz questão de se despedir individualmente de cada um.
A visita inicia-se na sala de troféus com a mostra de taças conquistadas pelo clube com destaque para a Taça dos Campeões Europeus ganha em 1967 ao Inter de Milão no nosso Estádio Nacional. Bancadas, balneários, túnel de acesso, relvado, banco de suplentes e a sala de imprensa são alguns dos locais incluídos na visita.
ESCÓCIA – IBROX STADIUM – GLASGOW
Casa do Rangers Football Club conhecido internacionalmente como Glasgow Rangers, o grande rival do Celtic FC. Apesar do seu historial com mais de 150 anos, em 2012, entrou numa situação de falência tendo sido relegado para escalões inferiores. Em 9 anos, renasceu das cinzas, subiu vários escalões e tornou-se campeão da Scottish Premiership, a liga principal.
Ali ocorreram duas tragédias, uma em 1902, devido ao desmoronamento de uma bancada de madeira e outra em 1971, quando um linchamento foi causado pela queda de uma multidão que descia uma escada para sair do estádio ainda antes do jogo terminar. Devido a isso, foram ao longo dos tempos levadas a cabo diversas remodelações, tendo em 1997 o recinto a forma atual. A bancada principal, é denominada Bill Struth, em homenagem a um dos maiores dirigentes do clube, com a sua fachada em tijolos vermelhos é considerada como um edifício classificado.
Para visitá-lo, somente em visita guiada e aconselha-se marcação antecipada, sendo o tratamento dado aos visitantes semelhante ao Celtic Park.
A visita centra-se sobretudo na bancada Bill Struth, pois na mesma encontram-se os balneários em estilo retro com várias madeiras, a sala de troféus, o gabinete do antigo administrador e a sala azul, um género de salão nobre. As bancadas, os balneários, o túnel de acesso, o relvado, o banco de suplentes e a sala de imprensa são alguns dos outros locais incluídos na visita.
ESCÓCIA – HAMPDEN PARK – GLASGOW
Sendo a casa do Queen ‘s Park Football Club é conhecido por ser o estádio nacional e palco dos jogos da Seleção Escocesa de futebol. É palco em todas as épocas das finais da Taça da Liga e da Taça da Escócia, este último é o troféu mais antigo da história do futebol. A primeira partida desse jogo que encanta o mundo foi jogada nas suas imediações, a 30 de Novembro de 1872 , Inglaterra e Escócia empataram a zero. Sediou a final da Champions de 2002 onde Zidane pintou um poema, aquele que é considerado por muitos como o melhor golo da história das finais dessa competição, que garantiu aos Real Madrid ser campeão europeu pela 9ª vez. Em 2007 foi palco da final da Taça UEFA ganha pelo Sevilha (sem batota) perante o Espanyol no desempate por penaltis, a segunda do seu historial. Sediou também jogos do Euro 2020, disputado no ano seguinte devido à Pandemia.
Foi o maior estádio do mundo até 1950, quando o Estádio Maracanã no Rio de Janeiro foi inaugurado, tendo com record de assistência de cerca de 157 mil espetadores, em 1937 num jogo entre Inglaterra e Escócia. Atualmente a sua lotação é cerca de um terço.
Só é possível visitá-lo em visita guiada sendo conveniente marcação prévia. A mesma percorre locais como balneários, incluindo o da equipa de arbitragem, onde podemos tocar usada para que os jogadores compareçam na boca do túnel para entrarem em campo. As bancadas, incluindo os lugares da família real, o relvado, o banco de suplentes e a sala de imprensa, sala de aquecimento que é usada para montar os camarins quando ali são levados a cabo espetáculos musicais, são alguns dos outros locais incluídos na visita. O tratamento dado aos visitantes é de enorme cordialidade, ou não sejam os Escoceses povo e fino trato.
No seu interior existe um museu dedicado ao futebol escocês, que exibe diversos artefactos incluindo a Taça da Escócia.
LIECHTENSTEIN –
É a casa do Fussball Club Vaduz e da seleção nacional do Liechtenstein sendo por isso o estádio mais importante do principado. Faz parte de um complexo desportivo junto do Rio Reno e por conseguinte junto à fronteira com a Suíça. Possui capacidade para pouco mais de 6 mil espetadores sentados, o que o torna o menor estádio do mundo certificado pela FIFA para partidas internacionais. Mítico para a nossa Seleção nacional que arranca sempre grandes goleadas quando lá joga nas partidas de qualificação para Campeonatos da Europa e do Mundo.
BRASIL
Estádio Maracanã (antes da remodelação); Estádio Vasco da Gama – Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro é uma das capitais de futebol Mundial. Em 1999 tive oportunidade de visitar a Cidade Maravilhosa e não pude perder a oportunidade de visitar o Maracanã e ver jogar o Flamengo e o Romário. Este estádio cheio de mística é uma grandiosa Catedral do futebol. O estádio mais importante do continente Americano no panorama futebolístico. O nome oficial é Estádio Jornalista Mário Filho, sendo conhecido por Maracanã, palavra oriunda de “maraka ́ña” da língua Tupi-guarani, que significa, semelhante a um chocalho, pois antes da construção do estádio, existia no local grande quantidade de aves chamadas de Maracanã-guaçu, que emitem sons semelhantes ao de um chocalho. O estádio é perfeitamente redondo, as bancadas “alargavam” ao invés dos modernos recintos que “sobem”. Foi considerado o Maior estádio do Mundo. Teve uma capacidade para 200 mil espetadores e rezam as crónicas que na final do Campeonato do Mundo de 1950 levou muitas mais. Um dia triste para a nação Brasileira, conhecido por “Maracanazo”, pois o Brasil perdeu para o Uruguai. O empate servia, pois, o torneio disputava-se em moldes diferentes dos atuais. O Brasil esteve a ganhar 1-0. O Uruguai empatou por Schiaffino e depois Alcides Edgardo Ghiggia Pereyra, conhecido no Mundo do futebol por Ghiggia, fez o golo da vitória a 11 minutos do fim. Quem assistiu ao jogo afirma que nessa altura se fez um “silêncio ensurdecedor”. Ghiggia, Frank Sinatra e o Papa foram os únicos que conseguiram silenciar o Maracanã! Ghiggia, faleceu em 2015 aos 88 anos e numa situação económica de pobreza, sempre foi acarinhado por Brasileiros inclusivamente, tendo a sua marca no passeio da fama no novo estádio do Maracanã. Sim, porque o estádio entretanto sofreu remodelações profundas para se tornar um recinto com as caraterísticas atuais e ser palco da final do Campeonato do Mundo de 2014. Atualmente a sua capacidade ronda os 80 mil espetadores, todos sentados. Guardo para a posteridade a foto que tirei num jogo com o Flamengo, com o meu primo Luiz, carioca, adepto “rubro negro” e que recentemente nos deixou.
O Vasco da Gama é o eterno rival do Flamengo. É o clube da comunidade Portuguesa no Rio de Janeiro, o seu hino começa igual ao nosso Hino Nacional, “A Portuguesa”. Estes são os dois maiores clubes da cidade. Fluminense e Botafogo são os outros. Localiza-se no bairro de São Januário sendo conhecido como Estádio São Januário e é a casa do Vasco da Gama. Foi inaugurado em 1927, sendo até hoje o maior estádio particular do Estado do Rio de Janeiro. É reconhecido por lei como de interesse histórico, cultural, desportivo e social para a cidade, pois possui a sua fachada em estilo neocolonial.
INGLATERRA
Wembley (já demolido) ; Estádio Stanford Bridge Londres; Estádio Anfield ; Estádio Old Trafford
O futebol foi inventado pelos ingleses, logo Wembley é considerado o estádio mais importante do Mundo, a catedral do Futebol Mundial. Em 1998 tive oportunidade de visitar Londres e como é óbvio, fazer uma visita guiada ao mítico palco foi um dos momentos mais importantes. O antigo estádio de Wembley foi demolido e no seu lugar nasceu um complexo ultramoderno, também chamado de Wembley.
À entrada do estádio as suas torres eram a sua imagem de marca. Lá dentro, naquele relvado brilharem grandes craques e além dos acontecimentos futebolísticos também tiveram lugar outras atuações com destaque para o concerto dos Queen em 1986 e o “Live Aid” que juntou em 1985 diversos artistas de todo o Mundo, onde os 20 minutos de atuação da banda de Freddie Mercury fizeram História.
A visita ao estádio incluía diversos locais como o túnel de acesso, o camarote real e a subida dos 39 degraus até ao palanque onde os vencedores das finais recebiam os troféus. A visita começava por mostrar um vídeo do golo marcado por Geoff Hurst, na final do Mundial de 1966, decisivo para a conquista do troféu pelos Ingleses, e que ainda hoje não há certeza absoluta se a bola entrou ou não entrou na baliza da RFA.
Além de Wembley, Londres é pródiga em palcos míticos do panorama futebolístico. Consegui visitar Stamford Bridge e ainda assistir a uns minutos de um jogo da “Premier Legue”, sem pagar! Em 1998 ninguém esperava que o Chelsea fosse parar à mão de Oligarcas Russos. O resto é História. Com muitos títulos mas de momento com muito receio dos tempos vindouros…
Em Manchester visitar a casa do Manchester United Football Club (MUFC) também conhecida pelo Teatro dos sonhos, é uma obrigação e um sonho tornado realidade para qualquer adepto de futebol. Localizado no distrito metropolitano de Trafford na periferia da cidade, razão pela qual os adeptos do clube rival, o Manchester City Football Club (MCFC), se auto intitulam como adeptos do verdadeiro clube de Manchester, pois a sua casa, o Etihad Stadium localiza-se na zona central de Manchester. O recinto do MUFC foi construído em 1909 e desde aí tem sofrido várias remodelações, sendo a sua capacidade atual de cerca de 71 mil espetadores o que o torna como o maior estádio da Premier League. Um recinto mítico, de conceção “à inglesa”, de forma retangular, com as bancadas a terminarem junto do relvado e os bancos de suplentes “embutidos” nas mesmas. A sensação acústica e de proximidade faz deste recinto um verdadeiro local de eleição para ver um grande jogo de futebol. São denominadas em homenagem a duas das maiores figuras da história do MUFC, as suas bancadas laterais: Sir Alex Ferguson que coincide com a entrada principal do estádio, e Sir Bobby Charlton a oposta. As outras duas bancadas, o topo oeste é denominado de Stretford End, dado a mesma se encontrar junto de Stretford, cidade da área metropolitana da Grande Manchester, a outra já foi chamada de Score Stand pois ali estava instalado o marcador do estádio, mas atualmente é chamada de East Stand. Na zona exterior do estádio, considerada um museu a céu aberto, encontramos diversos murais, fotos e estátuas de grandes figuras da história do MUFC: George Best, Denis Law, Bobby Charlton, Matt Busby e Alex Ferguson, conjuntos de jogadores que fizeram história como “The class of 92”, a “fornada” de Ryan Giggs, Nicky Butt, David Beckham, os irmãos Neville (Gary e Phil) e Paul Scholes e a equipa de 1958, destroçada pelo fatal desastre aéreo de Munique. Visitando no interior do estádio o museu do MUFC, é possível obter mais informação acerca da sua história, sendo muito comovente a ala dedicada às vítimas do tal acidente aéreo. Os grandes jogadores e as grandes conquistas, e o mural de treinadores, que ao lado de Ferguson, quase não existe mais espaço na parede! Engraçado que nas grandes figuras, está lá presente o Wes Brown, que já encontrei bem alegre e comunicativo na noite de Albufeira! O museu é pequeno dada a grandeza do clube. Há que ter em conta que se trata de um clube de futebol e não como os nossos clubes, sem qualquer facciosismo, considerados, e ainda bem, como clubes ecléticos por competirem em diversas modalidades desportivas e conquistando nelas troféus internacionais. Além da visita ao museu, o tour pelo estádio inclui o mítico túnel de acesso onde ouvimos o hino do MUFC, a sala de imprensa, o relvado, o banco de suplentes onde Cristiano Ronaldo acabou os seus dias por lá e o balneário da equipa do Manchester United onde em tempos David Beckham foi atingido por uma bota pontapeada por Alex Ferguson, dizendo as “más línguas” que isso precipitou a sua ida para o Real Madrid…Uma bebida no Red Cafe é o corolário perfeito de uma manhã bem passada.
A casa do Liverpool Football Club (LFC) é outro dos palcos míticos que qualquer adepto de futebol sonha visitar. Fica localizado a cerca de 4 Km do centro da cidade, no bairro de Everton, do qual o seu rival, o Everton Football Club (EFC) adotou como nome. Anfield foi também a casa do EFC nos seus primeiros anos de existência, porém o clube recusou a pagar o aumento de renda para aí jogar e decidiu construir o seu próprio estádio, a cerca de 1 Km, e assim nasceu o Goodison Park.
Anfield, é um recinto mítico, de conceção “à inglesa”, de forma retangular, com as bancadas a terminarem junto do relvado e os bancos de suplentes “embutidos” nas mesmas. A sensação acústica e de proximidade faz deste recinto um verdadeiro local de eleição para ver um grande jogo de futebol. Está de momento a sofrer obras de ampliação por forma a aumentar a sua lotação dos topos, tornando possível em todo o estádio albergar cerca de 60 mil espetadores. Abandonada a ideia de construir um novo estádio, Anfield que foi construído em 1884, tendo ao longo dos anos sofrido diversas transformações, será eternamente a casa do LFC. As suas bancadas são denominadas de Spion Kop, que herdou o nome mítico de “Kop”, famosa bancada demolida para adaptar o estádio às exigências da UEFA com vista aos jogos do Euro´96, a Main Stand, a bancada principal, a Sir Kenny Dalglish Stand homenageando esta grande figura do LFC e a Anfield Road End, junto da rua adjacente ao Parque Stanley, a tal que dá o nome ao estádio e contém o mítico portão com a frase “YOU WILL NEVER WALK ALONE” lema do clube e letra do seu hino. Vários estádios ingleses possuem uma Kop, bancada de nível único, no topo, que é o centro nevrálgico do estádio, pois é aí que se encontram os adeptos mais fervorosos. A antiga Kop era de peão e comportava bem mais espetadores do que a sua lotação nominal. Da Kop de Anfield, são levadas a cabo as famosas coreografias que o tornam um local místico e mítico. O nome Kop remonta ao ano 1900 quando os Ingleses combatiam na África do Sul, a Guerra dos Bôeres, e numa determinada altura o exército britânico tentava tomar estrategicamente uma colina chamada Spoin Kop, tendo custado a vida a 300 homens. A Kop situa-se junto da entrada que contém o outro portão, que homenageia Bob Paisley e a estátua de Bill Shankly, duas das maiores figuras da história do clube. Pelo recinto que também pode ser considerado um museu a céu aberto, encontramos estátuas de Bob Paisley e Emlyn Hughes, diversos murais onde se destaca o dos campeões. O tour pelo estádio inclui vários pontos míticos como as bancadas, a famosa Kop, o túnel de acesso, o relvado, os balneários e a sala de imprensa. Inclui também a visita ao museu, que, no entanto, é muito reduzido tendo em conta a grandeza do clube. Destacam-se na entrada um memorial às vítimas da tragédia de Hillsborough de 1989 e no interior, um outro às vítimas de Heysel de 1985. Os troféus conquistados internacionalmente estão em grande destaque, as 6 taças de campeão europeu, e uma referência a Steven Gerrard, enorme capitão, obreiro do “Milagre de Istambul” em 2005.
SUÉCIA
Estádio Rasunda (já demolido) – Estocolmo
O Estádio Rasunda, que entretanto foi demolido e deu origem a um estádio de futebol ultramoderno, o “Friends Arena”. Foi palco da final do Campeonato do Mundo de 1958, entre Suécia e Brasil, tendo nesse jogo, um jovem de 17 anos feito a sua aparição com um “bis”. O jovem chamava-se Edson Arantes do Nascimento, conhecido no Mundo do futebol por Pelé, o Rei Pelé!
PAÍSES BAIXOS
Johan Cruijff Arena – Amesterdão
Outrora chamada de Amsterdam Arena, a Johan Cruijff Arena é um dos pontos obrigatórios a visitar para os amantes do desporto rei. O tour pelo estádio e a visita ao Museu do “Amsterdamsche Football Club Ajax”, deixa qualquer adepto de futebol em delírio. Um moderno estádio inaugurado em 1996, cuja cobertura abre e fecha, foi em tempos considerado o mais moderno da Europa. Outros recintos que entretanto foram construídos basearam-se na sua conceção e funcionalidade, como por exemplo Estádio Alvalade XXI em Lisboa, mas além dos problemas do relvado, com a falta de luz solar devido à cobertura das bancadas, pouco mais tem que se pareça.
LETÓNIA
Estádio Skonto – Riga
Num país em que o desporto rei é o hockey sobre o gelo, o futebol passa ao lado, no entanto a Letónia já teve no caminho das grandes competições internacionais quando em 2004 marcou presença no campeonato da Europa de futebol, realizado em Portugal, deixando para trás a Turquia na fase de qualificação, não passando depois da fase de grupos, apesar de ter empatado com a Alemanha. Da equipa Letã apenas recordamos o guarda redes, Aleksandrs Koļinko, pelo facto de jogar com dois pares de meias como o saudoso Jorge Perestrelo referia nos seus comentários.
O Estádio Skonto, localizado no centro da lindíssima capital Riga, ficou famoso por um jogo entre Portugal e a Letónia de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2006 uma jovem em topless ter invadido o relvado para se aproximar de Cristiano Ronaldo. A Seleção Nacional voltou a jogar ali, em 2017 na qualificação para o Mundial 2018 e também o Sporting na Liga Europa em 2009 contra o Ventspils em “casa emprestada”.
AÚSTRIA
Estádio de futebol Ernst-Happel – Viena
Também chamado de Estádio do Prater, devido à sua localização, foi palco de jogos memoráveis para o futebol Mundial e também para o futebol Português. Ali realizaram-se várias finais da Champions. Em 1987, foi ganha pelo FC Porto contra todas as expetativas ao todo poderoso Bayern Munique com um dos golos marcado de calcanhar por Rabah Madjer. Em 1990,o Benfica perdeu ali uma das finais desta competição, com o AC Milan, a melhor equipa do futebol Mundial na altura, com Van Basten, Gullit e Rijkaard, Franco Baresi e Maldini. O Ajax em 1995 também se sagrou ali campeão Europeu perante o poderoso AC Milan. Patrick Kluivert um adolescente de 18 anos foi o herói desse jogo. Uma equipa de sonho em que vários jovens figuravam. Edgar Davids, Seedorf, Van Der Sar, De Boer (Frank e Ronald) ou Overmars. Em 2008 ali se realizou a final do Campeonato da Europa, com Fernando Torres a dar o título à Espanha, “La Roja” perante a Alemanha. O “tiki taka” aí começou a encantar o Mundo, com Xavi e Iniesta, e Casillas na baliza. Tive oportunidade de entrar e posar com o topo do estádio onde todos esses golos decisivos foram apontados.
BÉLGICA
ESTÁDIO REI BALDUÍNO – BRUXELAS
É o estádio nacional, o local onde a Seleção Nacional de futebol belga disputa os seus jogos em casa, tendo sido construído em 1930, e sofrido várias remodelações ao longo dos anos. Situa-se no Planalto de Heysel, daí ser conhecido por Estádio de Heysel. O nome de Heysel causa arrepios em qualquer adepto de futebol. O estádio é famoso pelos piores motivos, pois foi palco de uma tragédia monstruosa no dia da final da Taça dos Campeões Europeus de 1985, entre Liverpool e Juventus, conhecida como a Tragédia de Heysel. Adeptos ingleses, nesses tempos não se recomendavam, tinham um comportamento violento, bebiam em excesso antes dos jogos e destruíam tudo por onde passavam, eram chamados de “Holligans”. Os Italianos, conhecidos por “Tiffosi” também não eram flores que se cheirassem. Antes do jogo, já o exterior do estádio havia sido palco de desacatos e destruição, depois no interior, adeptos do Liverpool resolveram atacar os adeptos da Juventus, encontravam-se na mesma bancada, separada por uma grade, que acabou por ceder. Os adeptos da Juventus, acabaram por ser espezinhados, linchados e empurrados contra um muro que também acabou por ceder, arrastando vários deles na queda. 39 mortos e 600 feridos, o trágico balanço. Não obstante a tragédia, talvez para evitar que as coisas piorassem, o jogo realizou-se, sendo o resultado o menos importante, e o nem o facto do penalty, convertido por Platiny, que deu origem à vitória da Juventus por 1-0, ter sido mal assinalado, se discute! As autoridades britânicas, encabeçadas pela toda-poderosa Margaret Thatcher tiveram mão pesada, criaram leis com vista a banirem claques dos estádios, e corroboraram com a UEFA na responsabilização dos Hooligans pela tragédia, que decretou severas penalizações aos clubes ingleses, pois durante 5 anos ficaram proibidos de participarem em competições europeias.
Anos depois de ser remodelado, foi palco de jogos do Euro ́2000, onde Portugal perdeu contra a França campeã do Mundo, o acesso à final devido a um penalty, este ainda hoje se discute, de Abel Xavier, já no prolongamento do jogo. Zidane converteu, Portugal perdeu por “golo de ouro”, que na altura vigorava.
Só agora entra nesta lista dos estádios que visitei. Em 2006 fiz o tour deste estádio, estive inclusivamente no local onde o árbitro auxiliar viu a célebre e polémica mão na bola, e acabou por chamar o árbitro, Günter Benkö que imediatamente marcou penalty.
Infelizmente as fotos que tirei, eram “de rolo”, ficaram estragadas. Em 2024, regressei a Bruxelas, para conhecer melhor a cidade, então pude tirar uma foto panorâmica do alto do Atomium, edifício mais famoso da capital belga, que se localiza nas proximidades. O estádio encontrava-se em obras, sendo impossível visitar.
PORTUGAL
Como estes artigos são lidos em todo o mundo, é justo que aqui sejam introduzidos estádios do meu país. Sem clubismos, pois espero um dia visitar o estádio do Dragão e o seu respetivo museu. Em Portugal já entrei em muitos estádios, mas aqui descrevo os que considero os mais místicos! Alguns dos outros junto apenas fotografias que fui tirando ao longo dos anos, daí o estilo “retro”…
ESTÁDIO DO SPORT LISBOA E BENFICA – LISBOA
É o maior estádio de Portugal, casa do Sport Lisboa e Benfica o clube português com mais adeptos e mais conquistas. Foi inaugurado em 25/10/2003, tive a honra de estar presente nesse dia, um jogo cujo adversário foi o Club Nacional de Football, universalmente conhecido como Nacional de Montevideo. Esperei cerca de 9 horas numa fila para comprar o bilhete! Foi construído para substituir o antigo estádio, que chegou a albergar mais de 120 mil espetadores. Este novo e funcional recinto desportivo tem capacidade para cerca de 63 mil. Tal como o anterior, é conhecido por Estádio da Luz pois situa-se nas proximidades da Igreja de Nossa Senhora da Luz, na freguesia de São Domingos de Benfica, e por Catedral pelos benfiquistas. É muito semelhante ao Estádio do Arsenal, em Londres, tendo sido feito à imagem desse, mas o custo de construção foi um quinto…
Palco de grandes eventos desportivos internacionais, com destaque para duas finais da Champions League, a de 2014 e a de 2020, esta última à porta fechada devido à pandemia COVID 19, a final do Euro 2004 e diversos jogos dessa competição. Palco de jogos do Benfica e da Seleção nacional de futebol, tendo já consagrado, além do clube da casa, outro campeão nacional, o Futebol Clube do Porto, por duas vezes, daí ser alcunhado por “Salão de Festas” por estes rivais.
Obra do arquiteto australiano Damon Lavelle, é inspirada nas 7 colinas da cidade de Lisboa e também na luz! Já foi considerado como o mais belo estádio da Europa, sobretudo pelo seu interior. Recentemente modernizado proporciona espetáculos de luzes “led”, que acendem e apagam, antes dos jogos e com novos ecrãs, também ao longo dos anéis, que mostram imagens de grandes momentos de glória do clube.
Além de ser um habitual espetador dos jogos do meu clube, já efetuei visitas ao estádio, que incluem o túnel de acesso, os balneários, a sala de imprensa por exemplo, além de já ter tido a oportunidade durante um evento entrar ali dentro de bicicleta pela garagem onde entram os autocarros que transportam as equipas, até à entrada dos balneários! O Museu Cosme Damião, nome que homenageia o fundador deste glorioso clube, faz parte do complexo, exibindo uma exposição sobre a sua história, que começou a ser escrita em 1904, até aos dias de hoje, com referência aos troféus ganhos, lá expostos, e também aos nomes dos clubes adversários, pois sem eles não faria sentido a existência de qualquer clube.
À entrada na porta principal, destaque para a águia, o símbolo do clube, nas traseiras, a Praça centenário onde encontramos a estátua de Eusébio da Silva Ferreira, o maior jogador da história do clube, e logo após a entrada pela porta 18, a estátua de Béla Guttmann, o tal treinador que se diz ter lançado uma maldição, quando afirmou que o Benfica não voltará a ser campeão Europeu nos próximos 100 anos, e um memorial a Miklós Fehér, jogador húngaro que faleceu em 2004 de ataque cardíaco durante um jogo.
ESTÁDIO DE ALVALADE – LISBOA
Casa do Sporting Clube de Portugal, localizado na freguesia do Lumiar, devendo o nome ao seu fundador, que em 1906 juntamente com um grupo de pessoas aristocratas, decidiu fundar um clube que fosse “um grande clube, tão grande como os maiores da Europa“. Foi inaugurado em 2003, para substituir o antigo estádio que chegou a albergar mais de 70 mil pessoas. Este novo estádio fica-se por pouco mais dos 40 mil. Obra da autoria de Tomás Taveira, arquiteto português que não foi só essa arte que lhe deu a fama, e o proveito correspondente! Trata-se de um moderno palco, sendo considerado de “5 estrelas” pela UEFA, tendo sido palco de jogos internacionais importantes, como por exemplo a final da Taça UEFA de 2005 ganha pelo CSKA de Moscovo ao Sporting, de muito má memória, jogos do Euro ́2004 onde se destacam uma meia final e outros jogos da fase final da Champions League de 2020, disputada em Lisboa, num modelo alterado para essa época pela UEFA, devido à pandemia COVID 19.
Impossível não referir que os adeptos dos clubes rivais alcunham este estádio de “Casa de banho”, devido aos azulejos que decoram as paredes, fazendo lembrar os urinóis públicos, assim era o aspeto inicial. De momento, esses azulejos encontram-se a serem retirados, tal como as antigas cadeiras coloridas das bancadas, para darem impressão de estarem ocupadas, quando na realidade estavam vazias, estão sendo substituídas por cadeiras verdes, ficando assim o verde como a única cor em todo o estádio.
Palco dos jogos em casa do Sporting e também de diversos jogos da Seleção Nacional de futebol, e pela sua proximidade, é um dos meus locais prediletos para ver futebol, sobretudo pelo histórico de resultados das cores que torço!
ESTÁDIO DO RESTELO – LISBOA
Tido por muitos como o mais bonito estádio de Portugal, devido à vista do seu interior para Belém, parte dessa zona Ribeirinha de Lisboa, Ponte 25 de Abril e vários monumentos lindíssimos. É casa do CF os Belenenses o quarto clube ” grande” de Portugal, vencedor de um Campeonato Nacional e de três Taças de Portugal, a última em 1989 perante o Benfica. Ninguém esquece as camisolas azuis que tinham como patrocinador “O Trabalho”. À entrada encontramos placas alusivas a essas conquistas, aos jogadores e equipa técnica que escreveram a história do clube. Também ali existe a estátua de José Manuel Soares, conhecido como Pépe no mundo do futebol, um enorme jogador, que nos anos 1920 representou o clube tendo morrido prematuramente aos 23 anos de forma súbita enquanto trabalhava como torneiro mecânico. Sempre que o Belenenses defronta o Futebol Clube do Porto, os jogadores desta equipa, encabeçados pelo seu capitão, antes do início do jogo, depositam uma coroa de flores junto do seu busto. Um gesto da iniciativa do falecido treinador portista José Maria Pedroto, pois entendeu que poderia ajudar o seu clube a ganhar mais popularidade no sul do país.
O estádio foi inaugurado em 1956, alberga quase 20 mil espetadores, possui pista de tartan, sendo por isso um estádio olímpico. A cobertura das bancadas, exepto a do topo sul, em forma de ferradura é uma das suas imagens de marca. Atualmente este topo sul encontra-se em obras por forma a ser construída uma entrada por essa zona, através de um jardim.
ESTÁDIO NACIONAL DO JAMOR – OEIRAS
Localizado junto do Rio Jamor, que desagua no Rio Tejo, perto de Lisboa, numa zona verde e destinada à prática desportiva, onde se situa um centro de alto rendimento, é um dos estádios com mais mística do Velho Continente. Ali o Celtic FC venceu perante o Inter de Milão em 1967 a sua única Taça dos Clubes Campeões Europeus, sendo por isso ponto de romaria dos adeptos desse clube quando visitam Portugal.
Inaugurado em 1944, com uma arquitetura baseada no Estádio Olímpico de Berlim, possui atualmente capacidade para cerca de 38 mil espetadores. Totalmente descoberto, com poucas condições para albergar eventos desportivos de renome, nomeadamente grandes jogos de futebol, é todos os anos palco da Final da Taça de Portugal, apesar disso ser alvo de alguma discórdia. Em 1996 nesse jogo, foi palco de uma tragédia, um adepto do Sporting, num dos topos, morreu atingido por um very light enviado por um delinquente adepto do Benfica que celebrava um golo da sua equipa, no topo oposto.
ESTÁDIO MUNICIPAL DE BRAGA – BRAGA
É mais que um estádio, é uma verdadeira obra de arte já tendo recebido vários prémios. Autoria do Arquiteto Eduardo Souto Moura e do Engenheiro Rui Furtado, é chamado de “a Pedreira” visto a sua construção ser exatamente dentro de uma pedreira, não possuindo por isso bancadas de topo. A sua cobertura tem como inspiração as pontes construídas pela civilização Inca do Peru. Possui cerca de 30 mil lugares, sendo a casa do Sporting Clube de Braga que em tempos realizava os seus jogos no Estádio 1º de Maio, no centro da cidade. Por baixo do relvado existem vários pisos, um deles onde funciona um centro de congressos e exposições, em outro os balneários, acedendo as equipas de elevador ao terreno de jogo.
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