Itinerário de Viagem
Estórias da Namíbia com António Pedro Moreira
“Se o sol se põe todos os dias, que importa vê-lo?”, passa pelo subconsciente das pessoas regularmente.
Provavelmente porque não estão sentadas numa das maiores dunas do mundo rodeadas de dunas irmãs, com amigos recém-criados e um sentimento de surpresa a cada dia.
A Namíbia inspira belos sentimentos em todos os que a visitam. Tendo das menores densidades populacionais do mundo, oferece-nos um vasto leque de entretenimento, imagens inspiradoras, jogos de cores e planaltos perfeitos.
Ao longo das nossas travessias entre destinos verás tantos animais que se pode dizer que farás um safari de 3200km! Mas há alguns que não se veem assim tão facilmente, pelo que nos deixaremos perder no Parque Etosha, um dos melhores safaris do mundo. Deixar-nos-emos levar em caminhadas no Waterberg Plateau, esperando ver dos animais que apenas ali são mais frequentes. Subiremos às dunas de Sossusvlei com um terrível esforço, compensado imensamente pela vista que temos de seguida e sentar-nos-emos no limite do Fish River Canyon, um desfiladeiro que acaba por ser das maiores atrações do Sul de África.
Resumindo, um conjunto de atracões que não cairá no esquecimento de ninguém!
Destaques
• Perde-te pelas estradas de terra batida do Etosha, na esperança de ver centenas de espécies que aí fazem a sua casa;
• Sobe a Big Daddy, uma das maiores dunas do mundo e descansa sentado observando a surrealidade do DeadVlei;
• Senta-te de pernas a balançar para o Fish River Canyon, umas das maiores atrações do Sul de África;
• Faz os roteiros de caminhada do Waterberg Plateau entre os animais que só se conseguem avistar neste parque;
• Visita a cidade fantasma de Kolmanskop e aprende sobre a febre dos diamantes de há décadas atrás.
O que está incluído
Dias: 14
Alojamento: 4 noites em albergue, 1 noite em hotel, 8 em jipe 4×4 equipado para campismo.
Transportes: cerca de 4000 km de jipe 4×4 de campismo, todos os transferes dentro das datas do programa;
8 Refeições: 4 pequenos-almoços e 4 jantares;
Seguro de viagem nas datas do programa;
Acompanhamento e orientação durante toda a viagem pelo António Pedro Moreira;
Grupos: 5 (no mínimo), 11 (no máximo)
Preço: consulte aqui.
O que não está incluído
Passagem aérea internacional;
Visto: não aplicável;
Suplemento single: consultar;
Alimentação não especificada;
Atividades extra;
Visitas não especificadas;
Despesas de caráter pessoal;
Gorjetas
Próximas datas: consulte aqui.
Itinerário
Dia 1: Chegada a Windhoek
Com diferentes viajantes chegando a diferentes alturas, tiramos o primeiro dia para relaxar da longa viagem.
Serás recebido por mim, Pedro, no aeroporto seguindo para o albergue, conhecendo aí o resto das pessoas com quem vais passar das melhores quinzenas da tua VIDA, bem como inúmeros viajantes que se encontram a atravessar África. Windhoek prima por ser um ponto nevrálgico, onde não é raro encontrarmos ciclistas a atravessar o continente, viajantes que se perdem por meses a fio pela África-Mãe.
Uma vez relaxados e preparados para uma incursão noturna, jantamos no restaurante mais espetacular que eu já vi e onde os mais aventureiros podem experimentar vários animais como…zebra! Da louca decoração, destaca-se um Mini que um par de portugueses conduziu de Moçambique!
Alojamento: albergue
Alimentação: –
Dia 2: Windhoek
Começamos a viagem numa das cidades menos africanas de África, Windhoek. Esta não tem o caos ou a poluição de muitas cidades deste continente, e isso acaba por ser o seu lado mais interessante. Perceber, ou tentar perceber, como é possível uma evolução tão distinta. É uma cidade agradável onde podemos apreciar arquitetura com toques claramente alemães, mas onde também podemos visitar o bairro de Katutura e perceber a segregação que existia neste país até ao levantamento do apartheid, e a que ainda hoje existe, aos meus humildes olhos, que se pode perceber em quase qualquer rua da cidade.
Alojamento: albergue
Alimentação: pequeno-almoço
Dia 3: Waterberg Plateau
Ao terceiro dia chega a altura de abraçarmos a estrada! Seguimos para Norte em direção ao Waterberg Plateau. Sem os tradicionais animais que as pessoas gostam de ver, como elefantes ou leões, este parque com o seu planalto de 50Km de comprimento, oferece a possibilidade de ver mais de duzentas espécies de aves, bem como girafas, zebras, e outros animais mais raros, como o rinoceronte branco, cuja visualização não é garantida. No entanto, o que realmente nos puxa para esta maravilha são as caminhadas com paisagens de cortar a respiração.
Depois de montarmos as nossas tendas e relaxarmos um pouco, embarcamos na nossa primeira caminhada, fazendo o Giraffe Crossing, de 5Km. Voltando ao nosso acampamento temos o braai (churrascada) para fazer. Vemos o pôr-do-sol e depois sentamo-nos à volta da fogueira. Eu encarrego-me da grelha, não há crise!
Alojamento: campismo
Alimentação: pequeno-almoço e jantar
Dia 4: Waterberg Plateau
Acordamos pela manhã cedo e lançamo-nos na natureza uma vez mais!
Desta vez espera-nos o Caminho Histórico de 2,2 km e de seguida o Dassie Trail, de 3,2km. Paramos para almoçar no Wilderness Lodge e para aqueles a quem as pernas já doem, podem regressar pelo Anderson Trail, de 2,8km. Os resistentes, podem continuar e fazer o Fountain Trail, regressar pelo Porcupine Highway, num total de 2km e voltar à base pelo Anderson Trail.
Depois de um dia longo de caminhada relaxamos um pouco e voltamos a atacar o braai!
Espera-nos, no dia seguinte, o safari no Parque Etosha!
Alojamento: campismo
Alimentação: jantar
Dia 5: Parque Nacional Etosha
No quinto dia saímos pela manhã e paramos para almoçar na agradável cidade de Tsumeb. Fazemos uma rápida visita para podermos continuar a perceber cada vez melhor a bela e incomum organização das cidades namibianas. Depois…o “Lugar da Água Seca”! Parece não fazer sentido, mas é poético e é a tradução da palavra “Etosha”.
Na árida vastidão do Norte da Namíbia o Etosha é umas das melhores atrações do Sul de África e um dos melhores parques para visualização de VIDA selvagem do mundo. Com zebras e gazelas espalhadas todo o horizonte, tropeçamos em girafas. Nos pequenos lagos podemos avistar leões, elefantes, o rinoceronte preto, correntemente em perigo de extinção, antílopes e mais de cem espécies de outros mamíferos, bem como mais de trezentas espécies de aves e dezasseis espécies de répteis.
Entramos neste parque com a dimensão de dois terços do Alentejo pela Von Lindequist Gate, seguindo até ao nosso pouso, o Parque de Campismo Halali, fazendo os desvios que nos apetecerem para os poços onde os animais vão beber. Com o seu poço iluminado depois do pôr-do-sol, o Parque de Campismo Halali, entre a nossa entrada e o nosso pouso do dia seguinte é um sítio privilegiado para a visualização de leopardos entre outros animais.
Depois do nosso tradicional braai, talvez uma conversa ao sabor do vinhito que trouxemos do supermercado em Tsumebe por fim dormimos para despertar para mais um dia de realeza animal.
Alojamento: campismo
Alimentação: –
Dia 6: Parque Nacional Etosha
Acordando, passamos mais um dia a navegar em direção ao Parque de Campismo de Okuakejo, mais uma vez com os desvios que nos apetecer para os poços e pequenos lagos onde esperamos ver os animais mais incomuns. Tal como o Halali, o Parque de Campismo de Okuakejo tem um poço iluminado de onde é frequente ver-se o rinoceronte negro bebendo ao lado de elefantes e leões.
Alojamento: campismo
Alimentação: jantar
Dia 7: Skeleton Coast
“As Areias do Inferno”,foi como os portugueses chamaram a este pedaço de mundo, há muito, muito tempo, pois quando um barco dava à costa estava perdido. O nome em inglês (Costa de Esqueletos) não augura nada de muito melhor em relação às embarcações. Isto deve-se à natureza da costa em si, com superfícies marítimas pouco profundas de pedra e areia, ainda menos convidativas quando misturadas com o nevoeiro traidor que por vezes por ali paira.
A Namíbia é uma espécie de safari grátis. No entanto, não se vêem elefantes ou leões com facilidade, razão pela qual visitámos o Etosha. Contudo, as viagens são frequentemente adornadas por visões de oryxs,
gazelas, zebras e até girafas, deixando-nos esquecer que o propósito dessa viagem era só chegar a outro sítio.
Tão belo quanto isto são as paisagens, e este percurso que faremos entre o Etosha e Swakopmund prima especialmente, não por ser exponencialmente melhor que os restantes, pois isso os reduziria à normalidade, por ser um tipo de paisagem peculiar. Basta dizer que entre o nosso alojamento e Swakopmund, a estrada é de sal!
Assim, passamos parte deste sétimo dia em viagem, até no nosso hotel onde, para variar, dormiremos em caminhas. O nosso alojamento está localizado com vista para o mar. Uma vez chegados, dependendo da vontade do grupo poderemos viajar um pouco para Norte, apesar de não fazer parte integrante do nosso itinerário.
Alojamento: hotel
Alimentação: jantar
Dia 8: Swakopmund
Pela estrada de sal fora, a caminho de Swakopmund, passamos por Cape Cross, ou Cabo Cruz, assim chamado por, em 1486, o nosso Diogo Cão aí ter erguido um padrão como uma cruz, marcando o ponto mais meridional alcançado pelos europeus em África, até então. No Cabo Cruz visitamos a reserva com centenas de lobos-marinhos gordos que vivem à pala do excesso de peixe que vem na corrente de Benguela sem saber o que os espera. É uma das maiores colónias de lobos-marinhos do mundo!
Daí seguimos para Swakopmund, o destino mais comum de férias entre os namibianos e a capital de desportos radicais do país. É uma cidade agradável, com bonitos edifícios e poderia passar por uma qualquer cidade alemã, não fossem as palmeiras e o fenótipo da maioria da população.
Depois de nos instalarmos no nosso albergue, passeamos pela cidade, encontrando no fim um qualquer restaurante para o repasto.
Alojamento: campismo
Alimentação: pequeno-almoço
Dia 9: Sossusvlei
Deixamos a manhã do nono dia livre. Quem quiser pode dar mais uma caminhada pelo cais, dormir mais um pedaço ou… podem fazer aquilo pelo que Swakopmund é mais conhecida, a capital dos desportos radicais da Namíbia. Entre as atividades disponíveis conta-se sandboarding dunas abaixo, voos cénicos, salto de para-quedas ou corridas de moto 4 pelas dunas.
Depois do almoço começamos a épica jornada até Sossusvlei! Se sairmos a uma boa hora damos um salto a WalvisBay para ver as colónias de flamingos na costa. Daí fazemos um desvio de 3Km para ver a famosa Dune 7 e finalmente seguimos deserto adentro. Paramos em Solitaire, uma pequena aldeia típica do meio do deserto com uma padaria com inesperadas iguarias.
Chegamos a Sesriem, o ponto de partida para Sossusvlei, a maior atracão deste país! Montamos a tenda, recolhemos alguma lenha e mais um braai!
Alojamento: campismo
Alimentação: –
Dia 10: Sossusvlei
Sossusvlei…
Sossusvlei é como um barco que nos leva de viagem sem sairmos do sítio. Uma miríade de imagens que misturam surrealidade com encanto de tal forma que torna a respiração pesada.
Levantamo-nos cedo para ir ver o nascer do sol na Dune 45, a famosa duna que faz parte das capas de tantos guias deste país. Seguimos até HiddenVlei e aqui deixamos o carro. Caminhamos 2Km, subimos uma pequena duna e, descendo do outro lado, damos com algo parecido com uma piscina de água branca sólida com árvores falecidas pelo meio, rodeadas de uma duna com, provavelmente, um grupo de gazelas a comer qualquer coisa.
Voltando para trás, entramos no carro novamente e vamos até DeadVlei. Aqui caminhamos uns 500 ou 800m e vemos DeadVlei. E DeadVlei, pá… DeadVlei é a verdadeira cena! A piscina deste tem o leve formato de uma caveira…e tem mais árvores que HiddenVlei…e tem a verdadeira Big Daddy, uma das maiores dunas do mundo. Aqui, quem tiver coragem (e eu vou lá estar para, sem puxar muito, tentar encontrar essa coragem
em vós) pode subir. É um tormento, não vou dizer o contrário. São cinquenta minutos de arrependimento por tentar tal empreitada. Mas chegando lá cima só queremos ter mais um par de olhos para poder absorver aquilo tudo ao mesmo tempo. Sentamo-nos, descansamos e sentimos o privilégio de estar ali.
Sossusvlei é mais um vlei mas, por alguma razão, acaba por dar o nome à região, apesar de não ser tão espetacular quanto o DeadVlei. Sei que isto não é coisa que se escreva, mas é a verdade! De qualquer maneira damos lá um salto depois do encanto de DeadVlei e voltamos para a Dune 45 para o pôr-do-sol.
Alojamento: campismo
Alimentação: –
Dia 11: Luderitz
Passamos a manhã em viagem até Luderitz, passando Aus pelo caminho, um dos poucos sítios no mundo onde se pode avistar, com facilidade, cavalos selvagens. Chegando a Luderitz, depois de nos instalarmos no nosso albergue, passeamos pela cidade.
Luderitz é uma pequena cidade costeira que tem o deserto do Namibe de um lado e a ventosa costa sul atlântica do outro. Misturando este facto com a surrealidade da artnouveau alemã de tantos edifícios ou a arquitetura das igrejas luteranas de início de século, temos uma pequena localidade catita onde nos podemos entreter um par de horas em calmas caminhadas por ruas como Diaz (o nosso Dias) Street, Shark Island, a península de Luderitz ou pelo cais.
Voltamos para o nosso albergue onde darei o meu melhor para cozinhar algo que agrade a todos ou…escolhemos um qualquer restaurante se a esta altura alguém já estiveres a duvidar dos meus dotes culinários.
Alojamento: albergue
Alimentação: –
Dia 12: Kolmanskop e Fish River Canyon
O talento do governo namibiano é que, quando muitos países têm uma cidade abandonada, que dificilmente passará disso, este vê o real potencial e esforça-se por torná-la num ponto de interesse. Foi o que fizeram com Kolmanskop.
Esta cidade, assim chamada devido ao afrikanerJani Kolman foi construída na altura da febre dos diamantes.
É uma vila, na verdade, com uma linha de comboio que trazia as senhoras até ao centro (caminhando seria uns estafantes seis minutos), salões de bowling, talho, salões de festas… As casas são de diferentes dimensões de acordo com os estatutos da altura…a do médico, a do chefe…e as cabanas ao fundo onde os trabalhadores namibianos dormiam.
Temos uma visita guiada de cerca de hora e meia onde aprendemos como funcionava e nos deixamos levar na imaginação, questionando-nos como algo pode perecer tão fantasticamente. As casas estão cheias de areia e é algo que eu nunca tinha visto, a maneira como a natureza acaba, no fim, e sempre, por reclamar o seu território.
No final da visita, e depois de nos aventurarmos sem guia pelas casas esquecidas, chega a altura de partirmos para o nosso último destino – o FishRiver Canyon.
Alojamento: campismo
Alimentação: –
Dia 13: FishRiver Canyon (Hobas)
Que maneira de acabar esta viagem, numa das maiores atracões do Sul de África. Este canyon com os seus 160km de comprimento e profundeza de até 550 metros oferece das melhores oportunidades de trekking que se pode encontrar. Não nos vamos aventurar no trekkingpois é uma aventura de quatro dias, mas faremos o melhor possível que não estará tão distante dos seus encantos. Em Hobas, a parte onde entramos no Canyon, temos à nossa disposição cinco miradouros, cada um melhor que o anterior. No penúltimo, há uma parte que descobri onde podemos caminhar um pouco mais à frente e ter talvez o almoço mais inspirador de sempre, com desfiladeiro a toda a volta. Mas seguro, na boa!
Em direção a casa, porque não queremos conduzir mil horas seguidas paramos em Keetmanshop para o descanso dos guerreiros e um bom jantar.
Alojamento: albergue
Alimentação: –
Pela manhã partimos em direção a Windhoek, sendo o aeroporto a nossa paragem final, para quem tiver voo neste dia. E acabou! Quão incrível foi?
Alojamento: –
Alimentação: pequeno-almoço
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