Helsínquia – Uma lindíssima manhã de Inverno
Texto & Fotos de Mário Menezes
A Finlândia é tido como um lindíssimo país. Segundo dizem, é o país dos mil lagos. Helsínquia é seguramente o seu parente pobre.
A cidade é pequena e tem pouco interesse. Uma manhã é mais que suficiente para percorrer os seus pontos principais.
Quem visita Helsínquia, em geral, fá-lo de passagem. Numa escala em cruzeiro, ou em trânsito desde São Petersburgo ou das Capitais Bálticas (Tallin, Riga e Vilnius).
No meio de tantas cidades bonitas, com a cidade dos Czares a ganhar com larga vantagem a todas, percebe-se porque motivo a capital Finlandesa seja alcunhada de “Feíssima cidade”.
Os habitantes têm uma educação e uma simpatia fora de série! Todos falam Inglês. Os países do Norte da Europa são dos mais civilizados do Mundo e onde a corrupção é praticamente inexistente. Acima disto só os Nipónicos!
Ao Sistema de Educativo da Finlândia, Michael Moore já se referiu no seu filme, o documentário “Where to Invade Next”.
Um local extremamente caro: Transportes, comer e dormir. A entrada no Euro, segundo se queixam os Finlandeses, fez aumentar sobremaneira os preços. Muito mais caro que Estocolmo, a capital Sueca, onde tinha estado anos antes.
Ao contrário de Helsínquia, Estocolmo é um encanto! Bem maior e necessita de muito mais dias para ser visitada.
A minha curta passagem por Helsínquia foi no primeiro dia de Fevereiro de 2012,altura em que visitei os países Bálticos. Ale dormi uma noite. No dia seguinte, ao início da tarde, seguiria de comboio para Turku, cerca de 2 horas de viagem, para daí tomar o voo para Gdansk (Polónia).
Já o sol se tinha posto e ali desembarquei de um Ferry Boat da Eckerö Line, uma viagem com cerca de 4 horas desde Tallinn pelo o Mar Báltico.
A manhã seguinte começou ainda de noite. À boa maneira Finlandesa não poderia deixar de fazer uma sauna. A sauna que foi criada por estes povos do Norte da Europa, existe em quase todos os cantos. Até nos aeroportos! Grande parte dos prédios possuem uma sauna comum para todos os moradores. Os hotéis, e os hostels não fogem a essa regra.
Depois de tomar o pequeno almoço buffet saí para a rua. Vyökatu, o nome da paragem do elétrico junto ao hostel onde deixei a bagagem. Vyökatu um nome estranho que jamais conseguiria fixar. Tive de o levar escrito num papel por uma funcionária da receção! Tal como o nome estranho de “Katajanokka”, a zona da cidade a que pertence aquela rua. O Finlandês é das línguas mais difíceis de aprender. Eles reconhecem isso.
Ali nas imediações está localizada parte da zona portuária e a marina. O sol nascia do lado do mar e segundo me disseram, estava uma bela manhã de inverno, uma expressão local. O céu azul contrastava com o branco das ruas e do mar que estava gelado. O edifício da Câmara Municipal de Helsínquia (Helsingin kaupungintalo) fica mesmo de frente para o mar e as bancas de venda de peixe, espécies nórdicas como salmão ali abundam. À mesa por aqueles lados, devido à influência Sueca, pois o Sueco naquela região também é língua oficial, o “Smörgåsbord”, uma refeição em self service onde se consomem inúmeras variedades de peixe, é rei.
Os dois edifícios mais conhecidos de Helsínquia são as majestosas Catedrais: A Catedral Evangélica Luterana (Helsingin tuomiokirkko) e, a Catedral Ortodoxa, de Uspenski.
Pelas ruas de Helsínquia nos tempos da Guerra fria foram rodados vários filmes cuja ação decorria na Rússia. “White nights” de 1985, é disso um exemplo. O filme que relata a vida de Mikhail Baryshnikov, um bailarino Soviético que consegue fugir durante a sua atuação no teatro Kirov (atual Mariinsky) em Leninegrado (atual São Petersburgo) , para a embaixada dos EUA e desertar daquele regime Comunista. Uma das cenas da sua parte final, mostra uma perseguição automóvel, que entra por uma rua que dá acesso à Catedral de Uspenski.
A Catedral Evangélica Luterana fica no local mais visitado da cidade. Um edifício que sobressai lá no alto da Praça do Senado. Ali existem outros edifícios de arquitetura neoclássica o da Universidade de Helsínquia e um conjunto de outros edifícios governamentais.
O Estádio Olímpico de Helsínquia foi a a paragem seguinte. Este estádio de futebol que juntei ao meu palmarés foi palco dos Jogos Olímpicos de Verão de 1952. Na altura albergava cerca de 70.000 espetadores, sendo atualmente a lotação cerca de 42.000. Consegui entrar e ver o relvado e as bancadas, tudo coberto com um enorme manto de neve.
Um passeio pelas áreas verdes do Parque Central de Mäntymäki junto ao Lago de Tölöviken foi a última parte desta manhã Invernal. As zonas verdes que afinal eram brancas, tal como as águas do lago que se encontravam congeladas. Assim ficou marcada a minha despedida de Helsínquia e da Finlândia.A estada foi curtíssima, faz parte dos países que visitei por menos de 24 horas, mas ficou marcado com foi o local do Mundo mais a Norte em que estive!
Links:
Travessia entre Tallinn e Helsínquia: A companhia Eckeroline possui alternativas mais rápidas (catamarã) e mais demoradas (ferry boat). No meu caso que saí de Tallinn ao final do dia, escolhi a mais económica. Existe também a possibilidade de viajar passando a noite a bordo o que pode ser vantajoso pois a estada em Helsínquia é muito cara. Ao final do dia é possível regressar a Tallinn. Esta para mim é a melhor forma de conhecer Helsínquia.
Hostel:Escolhi o Eurohostel que se revelou uma escolha perfeita.
Companhia de comboios Finlandesa» aqui.
Voos: A companhia aérea low cost Wizzair voa para vários destinos, desde Turku, a cerca de 2horas de Helsínquia, viajando de comboio.
A Educação na Finlândia segundo o documentário de Michael Moore “Where to Invade Next”.
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