Banguecoque e suas redondezas – O início do meu sonho Tailandês
Texto & Fotos de Mário Menezes
E dizia António Gedeão que “o sonho comanda a vida”. Comemorar um aniversário na Tailândia foi uma ideia concebida num sonho.
Corria o ano de 2003 e encontrava-me a dar aulas no Barreiro. Era a terceira vez na minha vida profissional, e até hoje a última, que exerci funções de docente contratado. Meses antes exercia a minha profissão de Engenheiro técnico, na área do gás natural como projetista. Tinha ficado desempregado, consequência da recessão económica que naqueles tempos se vivia, e respondendo a um anúncio de jornal surgiu-me a oportunidade de voltar aos tempos de professor.
Durante esses dias, recebi uma convocatória para prestar provas, num concurso que fizera um ano antes, para a Câmara Municipal de Lisboa para a minha categoria profissional. Sem muita esperança de lá chegar, pois é voz corrente que as admissões de pessoal nas entidades públicas são maioritariamente para “apadrinhados”, sendo os concursos uma mera formalidade, muitas vezes feitos “à medida” de quem interessa lá colocar nos quadros, sobretudo prestadores de serviços sem vínculo. Sem nada a perder, resolvi marcar presença depois de passar vários dias e preparar-me, estudando afincadamente a Legislação aplicável aos Funcionários da Administração Pública e um livro sobre Manutenção Industrial. Aparecemos dois candidatos nas provas escritas, o mesmo número de vagas a concurso. Bastaria ter nota positiva e posteriormente passar na entrevista, e em breve poderia entrar para o meu atual empregador.
E foi num desses dias que tive um sonho lindo. Eu estava na Tailândia a passear. A Tailândia nem era dos países que mais ansiava visitar, mas desta forma ficou decidido que em 2005 quando fizesse 30 anos, iria comemora-los na Tailândia. Tudo correu conforme previsto, menos a última parte. Exatamente um mês antes do meu 30º aniversário, o Tsunami que abalou aquela região do Mundo, fez-me mudar de planos e de destino, Cuba foi a alternativa. A Tailândia ficou “na gaveta” e os anos seguintes, dado o “boom” dos preços baixos das companhias aéreas “low cost”, o “Velho continente” foi o meu destino!
Devido a este lindo sonho e à concretização desse objetivo de carreira, desde essa altura que tenho comemorado o meu aniversário a viajar.
Quis o destino que a Tailândia fosse o país a ver-me nascer 40 anos depois. E como “não é todos os dias que se fazem 40 anos”, a celebração foi de arromba, ao contrário dos anos anteriores, desta vez num destino quente, longínquo e exótico. E o sonho que tive, quase doze anos depois, tornou-se realidade!!! O regresso pelos Emirados Árabes Unidos , onde fiquei 3 dias, acabou por coroar da melhor maneira esta linda história de vida.
A Tailândia é mesmo o paraíso! Uma loucura! Um mundo completamente diferente.
Todos os dias é Verão, encontram-se, e reencontram-se a centenas de quilómetros, pessoas de todos os cantos do Mundo, é um local seguro no tocante a criminalidade violenta, todas as noite são agitadas e animadas, a gastronomia, sobretudo as frutas, até o Durian(!!!!) que cheira mal, são do melhor. Massagens era tratamento quase diário, para descansar ao final de um dia de trabalho, aliás, de passeio! Algumas de duas e de três horas, por pouco mais de dez Euros. Paisagens de sonho onde se incluem as praias e ilhas e a magia dos templos budistas que contagia qualquer um. A Tailândia parece ser o recreio do Mundo. Não há local algum que conjugue todas aquelas características.
Como diz o Rui Veloso “toda a alma tem a sua face negra” e a Tailândia também a tem. Na capital, Banguecoque, os tuk-tuks que devemos evitar desde as abordagens que nos fazem na rua, pois enganam os turistas, os níveis de poluição, o trânsito caótico, desordenado e sem regras que constitui perigo para qualquer um que atravesse a estrada, mesmo na passadeira com o peão verde, e claro, o turismo sexual. Neste último aspeto é chocante observar a idade que aparenta quem se “vende” em locais de animação noturna ou mesmo à luz do dia. Também é caricato vermos estrangeiros com idade avançada, de mão dada com jovens Tailandesas. Ali aluga-se uma namorada por algumas horas, por uma noite ou mesmo por vários dias ou semanas. É normal vermos no aeroporto elas a acompanha-los com a mão no ombro para se despedirem. Prostituição que existe em todo o lado, e muitas vezes difícil de distinguir, dado muitas delas, aperaltadas, de fino trato, conversam muito bem e ostentam smartphones de última geração. Uma forma de ganhar dinheiro fácil, consequências da pobreza e dos baixos salários. Atenção que muitas não são mulheres, ou não estejamos num país que as “ladyboys” também fazem parte da cultura e muitos que buscam o “prazer da carne”, podem “comprar gato por lebre”. Na verdade, vestidas e mesmo olhando bem, não é fácil nem consensual saber se fêmea!
A “Terra dos mil sorrisos” ao contrário do que dizem, não tem os habitantes mais simpáticos. Muitos vieram dos campos e agora trabalham no turismo, e ainda preservam alguma rudez e falta de boas maneiras. É um país que está a ser afetado pelo excesso de turismo, que se tornou “demasiadamente comercial” onde o viajante, que por estar na Ásia busque algo “ancestral” fica em parte dececionado. Os elefantes por exemplo, devido ao turismo, existem mais exemplares em cativeiro do que selvagens e os maus tratos que lhes são infligidos, para transportarem turistas, constituem outra face negra deste país, na altura pouco conhecida e divulgada mas que nos tempos atuais começa a ser desmascarada, e este tipo de tradição a ter cada vez menos adeptos.
Contacto com drogas é punido severamente. Seja posse, consumo ou tráfico. Este último com pena de morte. As penas de prisão, de dezenas de anos, são cumpridas em condições insalubres e desumanas. A face mais negra da Tailândia que ninguém deve passar. O paraíso transforma-se num inferno rapidamente a quem prevarica. As leis anti droga no sudeste Asiático são das mais severas do Mundo, o que torna a Tailândia um país considerado seguro. Comparemos com a América do Sul onde o narcotráfico diariamente mata milhares de pessoas inocentes ou com a Europa e com os EUA, onde o consumo de drogas destrói a sociedade.
Em duas semanas na Tailândia desfrutei do melhor deste país, que se tornou o mote entrada para outras viagens ao Continente Asiático, tido como o mais fascinante e multicultural de todos os Continentes. Sem dúvida que nesse aspeto supera todos, perdendo apenas a nível cultural, museus e monumentos para o Velho Continente. A Ásia é mesmo uma loucura, a começar pelas cidades caóticas com dezenas de milhões de habitantes, onde a “street food” é cultural, e nem as regras de higiene e segurança alimentar tão rígidas na União Europeia e fiscalizadas pela ASAE em Portugal, têm qualquer cabimento, mesmo nos restaurantes mais caros.
Banguecoque (5 noites)
25 de Janeiro de 2015, 35ºc, véspera do meu 40º aniversário, pouco passava do meio dia e o Airbus A-380 da Fly Emirates que me transportava tocava a pista do gigantesco Aeroporto de Suvarnabhumi. Com a ressaca dos efeitos do jet lag de 7 horas de diferença horária e o cansaço de mais de 16 horas de uma viagem intercontinental dirigi-me para a piscina do meu hotel nas imediações da Rua “Khaosan” para um refrescante mergulho. Aquela zona é o local ideal para qualquer turista ficar alojado. As atrações turísticas principais, palácios e templos ficam pertíssimo, sem necessidade de enfrentar o trânsito caótico e desordenado da capital Tailandesa e as horas de ponta com transportes públicos a abarrotar.
“Khaosan” é uma das ruas mais famosas do Mundo. Foi por aqueles lados que Leonardo Di Caprio, o ator que dá corpo a “Richard”, também pernoitou e alguém lhe mostrou o mapa para conhecer a famosa “Beach”, nesse filme estreado em 2000 que catapultou em definitivo a Tailândia para a ribalta. Cenas que de facto foram rodadas bem longe, em Phuket, mas como o cinema é a arte da ilusão todos ficamos convencidos que foi na Rua “Khaosan”. Aquela rua que de esbelta nada tem, assim como a zona circundante, é carregada de vida e de movimento, onde os turistas estrangeiros desfrutam das animadíssimas noites. Muitos bares, restaurantes e discotecas, assim como casas de massagem tailandesa, uma técnica ancestral de relaxamento e muito saudável.
Ali também se compram cópias de documentos oficiais, como cartas de condução de diversos países, diplomas de universidades famosas e entre as inúmeras bancas de “street food” há uma de insetos, larvas e escorpiões fritos. O calor é intenso de dia e de noite, e os calções são indumentária generalizada. Bem longe do escritório, dos projetos e das obras e das longas folhas de Excel com medições e dos massudos cadernos de encargos, ali só existia uma palavra-diversão.
Murray Head cantava nos nossos saudosos anos 80 que “One night in Bangkok”, “and the world’s your oyster” e também “makes a hard man humble” e pelo que se vê ali, é só uma amostra do que acontece naquela louca cidade!
Por aquelas ruas abundam agências de viagens onde é possível marcar inúmeros tours, viagens internacionais (Myanmar, Laos, Camboja e Vietname) e transferes para os aeroportos, a preços excelentes. Assim como alojamento para mochileiros que viajam por esta zona do Mundo sem nada planeado com antecedência, o chamado “mochilão”! Di Caprio mostrou como se faz!
Tours cuja saída é ainda de madrugada por forma a evitar os engarrafamentos.
A visita ao “Phra Borom Maha Ratcha Wang”, ou seja o Palácio Real foi programa de aniversário. Provavelmente o local mais importante de Banguecoque. Um conto de fadas ao estilo Oriental dado a arquitetura dos edifícios presentes, à sua decoração, à cor amarela dourada predominante e também aos Templos Budistas, sendo o Esmeralda (Wat Phra Kaeo) o de maior destaque. Um complexo gigantesco carregado de magia onde se inclui o “Phra Maha Monthienm”, um grupo de edifícios onde ficava a residência do rei, a “Phra Thinang Amarin Winit chai”, onde se localiza a sala do trono e o “Phra Thinang Chakri Maha Prasat”, um salão real construído por um arquiteto Inglês, que mistura os estilos Europeu e Tailandês. O Museu e o templo do Buda Esmeralda, com dois andares, que guarda artefatos dos anos de construção e ocupação do Grande Palácio, assim como esculturas e outros objetos artísticos, e o Pavilhão de Regalia, onde se encontra parte do Tesouro Nacional.
Em frente ao Palácio Real, encontramos o “Sanam Luang”, um área verde que serviu de cenário ao filme “Kickboxer”, na parte inicial, onde o irmão do Van Damme se treinada para enfrentar Tong Po, mal sabendo o que estaria para lhe acontecer.
Por ali também encontramos Museu Nacional um dos maiores do Sudeste Asiático, onde podemos aprender algo sobre a arte e a História e fundação deste reino, que apesar de ter sofrido várias guerras, nunca foi colonizado por Europeus.
O “Wat Pho”, conhecido no Ocidente como o Templo do Buda Reclinado, é outro ponto de passagem obrigatório. O enorme Buda deitado, coberto de ouro.
Acessível facilmente de barco pelo Rio Chao Phraya fica a famosa prisão de Bangkwan. Não é um local de sonho. É mesmo um inferno!!!! Uma das prisões mais atrozes do Mundo!
Conhecida na Tailândia como “Big tiger” porque engole homens vivos e no ocidente como “Bangkok Hilton” devido uma série de televisão (homónima) de 1989 é um local que dá arrepios. E foram muitos pesadelos que tive quando em adolescente vi essa série pela primeira vez. Nicole Kidman, encarnava Katrina, uma jovem australiana, linda e inocente, era a personagem principal. Enganada por um traficante de droga, que se fazia passar por fotógrafo, com quem teve um romance, e por confiar em demasia nele, foi convidada a acompanha-lo numa viagem aérea e a transportar uma mala contendo material fotográfico. Sem que ela imaginasse, a mesma continha droga por dentro de um forro falso, e aí começou o calvário da jovem inocente. Foi parar a uma prisão Tailandesa de condições insalubres e a necessidade de subornar os guardas era uma constante para ter alguns privilégios e condições menos desumanas. Sem conseguir provar a sua inocência e condenada à morte num julgamento sumário, consegue fugir e voar para a Austrália.
Ainda hoje diversos estrangeiros têm “transfer gratuito” do aeroporto para aqui devido à “mercadoria” detetada na alfândega. Em 2004 a BBC emitiu uma reportagem, “The real Bangkok hilton” sobre a vida ali dentro.
Na altura fazer selfies à porta da prisão de Évora era moda. Eu não resisti fazer ali a minha a milhares de quilómetros de distância e não escapei à repreensão de um guarda pois ali é proibido tirar fotos!!! Junto à porta principal. Existe outra porta nas traseiras, chamada de “porta fantasma” que só abre após as execuções, para os caixões com os cadáveres saírem.
Muitos turistas, sobretudo que viajam através de agências, ficam alojados no Centro Financeiro. Ali fica um dos locais famosos de diversão noturna. O “Soi Cowboy”.Tive a sorte de conhecer um casal Britânico que regularmente viaja para a Tailândia e me convidaram para ir com eles lá beber um copo de noite. A Janine e o Martin. Muito divertidos, e amantes de cavalos e que marcam presença regularmente em Portugal na feira da Golegã. Um local onde o turismo sexual atinge níveis chocantes. Miúdas que aparentam ainda ser menores enchem os bares procurando turistas e executivos. É normal vê-los de fato e gravata, transportando uma pasta de laptop, com elas de mão dada a caminho dos hotéis de luxo. Por aqueles lados o filme “The Hangover, part II” foi rodado. Outro local famoso de diversão noturna e de turismo sexual é o Patpong a cerca de 5Km dali. O lado mau do turismo neste país, para onde muitos pedófilos viajam e que as autoridades locais fazem “vista grossa”. Felizmente há países que combatem este fenómeno, a Suécia e a Austrália por exemplo, punem os seus cidadãos por se deslocarem ao estrangeiro para praticarem estes delitos. Penas de prisão e cassação do passaporte são algumas das medidas aplicadas. A zona moderna da cidade não é propriamente interessante. Serve sobretudo para sentirmos a atmosfera de uma megalópole Asiática, com prédios altos, longas avenidas e viadutos. Trânsito caótico a toda a hora. Um dos exemplos é o Silon.
Estádios de futebol é uma paixão. Sendo na Tailândia o Muay Thai o desporto rei, tive a oportunidade de dar largas ao meu capricho de amante de futebol. Aconteceu por mero acaso, visitei o Estádio Suphachalasai, tido como Estádio Nacional que recentemente ficou famoso pois o Papa Francisco quando visitou a Tailândia, ali celebrou missa. E por falar em Muay Thai, para assistir aos combates em Banguecoque, os preços praticados para estrangeiros são exorbitantes. O Estádio Rajadamnern ou o Estádio Lumpinee são tidos como os melhores locais.
Banguecoque, é um local único. Primeiro estranha-se (e muito) e depois entranha-se! Mormente para quem esteja habituado a viajar nas grandes capitais da Europa. Dado a sua construção em ritmo acelerado, os transportes públicos são pouco eficientes devido ao tráfego intenso. A adaptação à mobilidade não é imediata. O metropolitano, chamado de “BTS Skytrain” encontra-se em expansão e serve apenas as áreas modernas da cidade, assim como o Airport Rail Link uma rede de transporte ferroviário que liga o Aeroporto de Suvarnabhumi, usado sobretudo para voos internacionais de longo curso, à rede BTS Skytrain. Autocarros, e carreiras regulares de barco existem e estas últimas são um meio de transporte muito agradável porque podemos observar os templos desde desde o rio, e ao cair da noite torna-se mágico. Os táxis e tuk tuks, abundam, mas é necessário regatear o preço antes da corrida e ainda corremos o risco de nos levarem para outros locais da cidade e nos cobrarem mais dinheiro. Sobretudo os tuk-tuks, o transporte mais conhecido daqueles países, são de evitar, não só pelo preço especulativo que praticam com turistas estrangeiros como por situações registadas de roubos e chantagem. As autoridades fazem “vista grossa” a isto tudo…
As ruas estão permanentemente congestionadas e os viadutos, que à maneira Asiática cruzam a cidade do alto também estão com filas intermináveis. Por exemplo, nos deslocarmos da Rua “Khaosan” de transfer para o Aeroporto de Don Mueang, que é utilizado sobretudo para voos domésticos durante o dia, podemos levar mais de 2 horas!
E para o último dia guardei templo Wat Arun. Fica localizado na outra margem do Rio Chao Phraya. É acessível de barco, carreiras regulares, com paragem nas imediações da Rua “Khosan”, que percorrem a zona fluvial e os canais. Já na noite anterior o tinha visto iluminado quando regressava ao hotel de um passeio pela zona moderna. Este é o templo com vista mais pitoresca, sobre a zona antiga da cidade e foi o local escolhido para me despedir destes dias passados na louca capital. Seguiu-se o Norte da Tailândia, Chiang Mai, Chiang Rai e o Triângulo Dourado, e mais tarde o Sul, Phuket e conhecer algumas das praias de sonho das ilhas.
Tours desde Banguecoque
Ayutthaya
Um dia carregado de magia passado na antiga capital do Reino do Sião, assim se chamava à Tailândia. A capital anterior era Sukhothai. Atualmente é Banguecoque.
Ruínas dos antigos templo, destruídos por guerras, e inúmeras estátuas de budas tornam a visita a Ayutthaya imperdível e inesquecível. Se busca algo ancestral na Tailândia tem aqui o local perfeito para isso. Quem visita Sukhothai, fá-lo normalmente em viagem por via terrestre, pois fica a meio caminho, cerca de 400Km, entre Banguecoque e Chiang Mai. Já Ayutthaya fica a cerca de 80 Km de Banguecoque e facilmente se visita em um dia para os turistas que pernoitam na capital. Dado a oferta e os preços de tours organizados nas agências de turismo nas imediações da rua “Khaosan”, um tour organizado é a escolha certa pois no mesmo “pacote” é possível incluir outros locais e deste modo rentabilizar o tempo. Também existe a possibilidade de fazer cruzeiros desde Banguecoque pelo Rio Chao Phraya.
Um local cheio de paz e espiritualidade, só perturbada pelas centenas de turistas que aqui afluem, ou não se trate a Tailândia um dos dez países mais visitados. O Parque Histórico de Ayutthaya considerado Património Mundial pela Unesco desde 1991.
Alguns dos mais famosos monumentos são, o Wihan Phra Mongkhon Bopit um mosteiro Budista que possui uma das maiores imagens de Buda no seu interior, o Wat Lokkayasutha (um Buda reclinado), o Wat Phrasisanphet que ocupa o lugar do Antigo Palácio Real e o Wat Ratchaburana. Os dois últimos foram cenários do filme Kickboxer. Por ali, Van Damme treinou para defrontar Tong Po no combate final.
Palácio Real de Verão (Bang Pa-In Royal Palace)
No regresso a Banguecoque de Ayutthaya a paragem no Palácio Real de Verão. Situado às margens do Rio Chao Phraya, na vila de “Bang Pa-In” fica este local de visita obrigatório. O Palácio de Verão dos Reis da Tailândia. Também conhecido por “Bang Pa-In Summer Palace”, fica localizado dentro de um parque bem cuidado e com vários sentinelas. Com sorte vemos rendições de guardas com um ritual próprio mesmo, ao nosso lado.
Sendo raramente utilizado pela família real, encontra-se aberto ao público. Chama-se Palácio “de Verão” no entanto é difícil entender essa denominação, uma vez que na Tailândia, todo o ano, as temperaturas são superiores a 30ºc…
Construído em 1632 pelo rei Prasat Thong, tendo sofrido danos das guerras contra os Birmaneses no século IIXX e depois ficado ao abandono. Então o seu sucessor, no século IXX, o Rei Rama V o recuperou. Dada a sua paixão pela ocidentalização, levou à mistura de estilos arquitetónicos Europeu, Tailandês e Chinês que se mantém até hoje. E junto a um lago ornamental podemos encontrar os pavilhões e tirar excelentes fotos com os mesmos. A visita ao interior de um deles, o de estilo Europeu é permitida. É obrigatório tirar os sapatos e terminantemente proibido filmar ou fotografar. Ali existem objetos pessoais do rei. Na Tailândia a figura do rei é altamente respeitada e existem punições severas, longas penas de prisão, a quem não o fizer, mesmo que seja por brincadeira. Daí que no interior encontramos objetos em marfim, mas como são do Rei…
Kanchanaburi
Um dos locais mais importantes para quem visita a Tailândia é a Ponte do rio Kwai.
No Ocidente é conhecida por um célebre filme com uma banda sonora famosa. Mas desenganem-se. O filme induz as pessoas em erro pois aborda acontecimentos dramáticos de forma folclórica. Kanchanaburi foi um local horrível, fazendo parte do mapa da II Guerra Mundial. Ali, prisioneiros de guerra foram torturados, obrigados a trabalhar em plena selva até à morte sob um intenso calor, em condições insalubres, sujeitos a doenças como a malária, para construir aquela obra que tinha interesses militares estratégicos para os Japoneses. Assim como a ferrovia de acesso, conhecida pela “Ferrovia da Morte”.
Em Kanchanaburi, a visita ao museu sobre a construção da Ponte e o cemitério de guerra nas imediações são locais que nos deixam muito sentidos! Ainda é possível observar um pequeno troço da antiga ponte. Quem viu o filme de 1957 sabe que ponte foi destruída.
Ver, ou rever o filme “A Ponte do rio Kwai” é obrigatório antes de viajar para a Tailândia. Mais recentemente, estreou entre nós “Uma Longa Viagem” (The Railway man) baseado no livro de “Eric Lomax”, um oficial britânico que é capturado pelos japoneses em Singapura e levado para trabalhar naquela ferrovia. Durante anos sofrendo o trauma psicológico das suas experiências de guerra, com a ajuda da sua esposa e do melhor amigo, decide encontrar e enfrentar um dos seus captores. Ele regressa à cena onde foi torturado e consegue localizar o seu captor, Takashi Nagase e deste modo libertar-se do ódio e perdoar-lhe. O filme tem partes rodadas no interior do museu e também pela Ferrovia da Morte.
A ponte ferroviária existente foi a que substituiu a que foi destruída, é hoje um local de romaria de turistas, onde tirar fotos divertidas é um dos passatempos. Ali passa o comboio, não muitas vezes por dia. É possível viajar entre Kanchanaburi e Banguecoque de comboio pela Ferrovia da Morte e até cruzar a Ponte sobre o Rio Kwai, no entanto existem poucas carreiras a fazerem esse percurso e a viagem demora cerca de 3 horas, pelo que para visitar Kanchanaburi marcar um tour de um dia desde a capital é a opção mais certa, e também porque o tour permite visitar outras atrações turísticas famosas distantes de Kanchanaburi, como é o caso de Damnoen Saduak.
Mercado flutuante de Damnoen Saduak
Incluindo no tour de Kanchanaburi é um tipo de local sobejamente conhecido em todo o Mundo.Uma coisa ancestral que de momento é sobretudo e sobejamente comercial. Se o objetivo for fazer compras poderá ser o local certo. Dentro de um barco percorremos os diversos canais com as diversas bancas de comida e souvenirs. Vale pela experiência pois é um local sui generis. Atenção que as compras neste tipo de ambiente, é necessário saber muito bem os justos preços e regatear sempre. Esta última parte é difícil dado andarmos dentro da embarcação a saltar de banca em banca. A entrada neste cenário,e o necessário transporte de barco é pago.
Existem outros mercados, “Railway markets” em que o comboio passa juntinho das bancas e muitas vezes é necessário os vendedores desfazerem tudo antes dele passar, voltando a montar tudo de novo.
Campo de elefantes de Damnoen Saduak
Um tipo de atração cada vez mais polémica nos últimos anos. Um dos lados mais comerciais da Tailândia e infelizmente à custa do sacrifício de animais. Incluindo no tour de Kanchanaburi não deixei de experimentar. Hoje não o faria pois nos últimos anos têm sido divulgados maus tratos a animais em prol deste negócio. A primeira vez, última e a única, que andei de elefante. É um pouco esquisito, um animal de grande porte ao caminhar dá enormes estrondos no chão e não é muito confortável a experiência. O condutor tentou-me vender objetos em marfim que recusei.
Links:
Antonio Gedeão – Pedra filosofal
Murray Head – One Night In Bangkok
The real Bangkok Hilton – Reportagem BBC
Bangkok Hilton (série 1989)
The Hangover , part II – trailer
Kickboxer (1989) – algumas cenas rodadas em Ayutthaya
Serviço bastante razoável, localização perfeita. Escolha económica e acertada.
Este local, que faz roupa por medida, fica localizado no interior do hotel. Recomendo os serviços. Os artigos, sobretudo os tecidos, têm qualidade e o preço comparativamente a países Europeus é bastante barato! Vi vários turistas clientes habituais. Evitem alfaiates cujos condutores de tuk-tuk vos tentem levar.
Palácio de Bang Pa-In – render de guardas
A Ponte do Rio Kwai, banda sonora
voos:
Emirates – De Lisboa para Banguecoque via Dubai, a companhia aérea com um serviço de excelência. Até hoje a melhor companhia aérea que voei. Dá descontos a sócios do Benfica.
Air Asia – Voos dentro da da Tailândia, uma companhia “low cost” do continente Asiático.
Para alojamento em Banguecoque, consulte aqui.
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