SILVES
Concelho do Distrito de Faro, com uma população de cerca de 37 000 habitantes, e com uma superfície de 679 Km2 situa-se no Barlavento (parte ocidental) do Algarve, ao Sul de Portugal (a 260Km de Lisboa), numa zona intermédia entre o Litoral e a Serra conhecida por Barrocal. Banhada pelo rio Arade, que em Portimão desagua, a cidade apresenta-se em anfiteatro pela colina do castelo que atinge os 55 metros. O seu principal sector económico é o terciário com a produção de azeite, amêndoas, legumes, cereais e figos, tendo como polo de desenvolvimento o turismo.
Área habitada desde a Idade da Pedra, é atribuída ao Fenícios a sua fundação. Ocupada pelos Árabes, tornou-se a mais importante cidade do Algarve, atingindo o seu apogeu sob o governo de Ibur Caci, no século XII, altura em que nela floresceram poetas, homens da ciência e filósofos.
Segundo a história, em 1189, o filho de D. Afonso Henriques, D. Sancho, com a ajuda de Cruzados da 3ª Cruzada, toma pela sede a gloriosa Xelb (nome da época árabe) ao fim de um cerco de mês e meio. Mas só em meados do século XIII se tornou conquista definitiva, reinava D. Afonso III. Fê-la concelho por carta de foral de 1266 e deu início, sobre a Mesquita Maior, à construção da Sé cristã. São no entanto do século XV as grandes obras da actual igreja matriz, não nos esquecendo, das quais são do século XVIII. Da época do rei D. Manuel ficará a carta foral de 1504, a Cruz de Portugal, a capela-mor da Igreja dos Mártires ou a porta lateral da Igreja da Misericórdia.
Silves foi capital do Algarve até 1577, possui um belo castelo de construção árabe edificado em taipa e em grés vermelho, pedra abundante da região.
Monumentos
Muralhas de Silves – O castelo de Silves é uma das principais fortificações muçulmanas em Portugal. Principiada a construção nos inícios da dominação islâmica na Península Ibérica, sucederam-se reformulações até ao séc. XI, momento de apogeu de Silves, quando, sob o governo de Al-Mutamid, se torna capital de taifa. Deve datar deste período a configuração geral do perímetro amuralhado que se manteve até hoje.
Sé Catedral- A antiga Sé Catedral de Silves remonta à época da definitiva reconquista da cidade pelos exércitos cristãos ocorrida no século XIII. Embora tenha sido nomeado bispo após a primeira conquista no tempo de D. Sancho I (1189), D. Nicolau de seu nome, um dos cruzados que na dita conquista participaram, a efémera dominação da cidade não permitiria a construção do templo cristão. Só nos finais do século seguinte, resolvidos os problemas de soberania sobre o Algarve surgidos entre Afonso III de Portugal e Afonso X de Castela, muito provavelmente se iniciou a construção daquela que seria a catedral recém-criada diocese algarvia. Foi talvez D. Dinis o rei que maior influência teve na sua obra, isto a dar fé a uma lápida encontrada referindo Domingos Joanes falecido em 1280 como o seu primeiro mestre-de-obras e a visita do rei a Silves em 1282.
Cruz de Portugal – Mede actualmente cerca de 3 metros de altura e o seu aspecto revela traços supostamente do estilo gótico florido e do estilo manuelino, num minucioso trabalho de decoração. É feita em calcário branco-amarelado, pouco resistente e muito poroso, e possui grandes traços de erosão. Encontramos numa das faces um Cristo crucificado e na outra um Cristo descido da Cruz e nos braços de sua mãe.
Ponte Velha – A actual ponte sobre o rio Arade localizada na cidade de Silves, foi levantada no século XV. A primeira referência documental se encontra nas Cortes de Lisboa de 1439, em que os enviados de Silves se referem aos trabalhos de reconstrução de uma ponte. Outros documentos indicam que a ponte estava ainda em construção em 1459 mas que em 1473 já estava terminada.
Igreja dos Mártires – Fundada no século XII, mas de nada resta da traça inicial. Com uma fachada setecentista, nesta capela estão sepultados os cruzados que morreram durante a primeira tomada da cidade aos Mouros por D. Sancho I em 1189.
Igreja da Misericórdia – Em 1491, Silves passou a pertencer à casa das rainhas de D. Leonor por doação de D. João II. A igreja foi então mandada construir para servir a Santa Casa da Misericórdia. Da estrutura original, ainda há a formação de porta em estilo manuelino, e da fachada despojada de qualquer outra ornamentação significativo.
Palácio Grade – Construído em 1907 em Silves pelo Visconde de Lagoa, obedece às características de arquitectura europeia predominante desde a segunda metade do século XIX.
Festas e Romarias
Festas em Honra de N. Senhora das Dores (Agosto);
Romaria do Algoz (Agosto);
Festas de São Luís (Agosto);
Feira de Artesanato (Setembro);
Feira Anual da Senhora da Saúde S. Bartolomeu de Messines (Setembro)
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