Nordeste Transmontano – Aldeias e paisagens naturais da região de Bragança
Em Bragança, as tradições têm origens milenares. Nesta bela cidade encontra uma diversa oferta cultural, onde os desfiles de caretos e os museus expõem tanto a herança etnográfica da região, bem como obras de importantes artistas consagrados.
Bragança conserva um património ímpar num centro histórico compacto, que facilmente se percorre a pé. As suas pedras gastas são testemunhas de uma História de séculos, onde a Torre de Menagem quatrocentista se destaca num dos mais harmoniosos e bem preservados castelos do país, que abriga um conjunto monumental digno de nota pela sua originalidade, como a enigmática Domus Municipalis. Para lá das muralhas, as ruas empedradas guiam o viajante por um rosário de templos e as aldeias de Montesinho e Rio de Onor preservam tradições e construções que merecem uma visita atenta.
Dentro do Distrito de Bragança é possível visitar:
A cidade de Bragança e arredores || O Parque Natural de Montesinho e principais localidades (Gimonde, Rio de Onor, Montesinho e Vinhais) || Vimioso || A cidade de Miranda do Douro e arredores || Mogadouro || Alfândega da Fé e observar a beleza da Serra de Bornes || Torre de Moncorvo || Freixo de Espada à Cinta || A cidade Macedo de Cavaleiros e arredores || A cidade de Mirandela || A Vila de Vila Flor || A Vila de Carrazeda de Ansiães.
A cidade de Bragança e arredores:
Bragança – Sede de distrito, encontra-se nas montanhas do nordeste transmontano. A sua economia baseia-se na agricultura (nomeadamente na produção e transformação de castanha), pecuária e no aproveitamento do Alto-Sabor, com o fornecimento de água e produção de energia eléctrica. Cidade bem localizada na fronteira com Espanha; a cerca de 358km de Madrid, 86 km de Zamora, 159km de Salamanca e 209km do Porto; ligadas por óptimos acessos.
Panorâmica da cidade de Bragança
Dentro da cidadela num conjunto arquitectónico medieval destacam-se o Castelo de Bragança com a Torre de Menagem quatrocentista num dos mais harmoniosos e bem preservados castelos do país com o seu Museu Militar no interior; a Domus Municipalis, que se destaca por ser o único exemplar de arquitectura civil em estilo Românico na Península Ibérica, e que terá acumulado as funções de cisterna com a de local de reunião dos “homens bons” do concelho; o pelourinho medieval incrustado num berrão (estátua zoomórfica com origem em povos castrejos). Dentro das muralhas do Castelo e ao lado da Domus Municipalis encontra-se ainda a Igreja de Santa Maria, de estilo original românico mas que terá sido modificado ao longo dos 2 séculos seguintes e que resultou num estilo barroco bem presente na fachada principal que possui um portal barroco de tipo retabular, traduzindo no granito a talha dourada dos altares. E ainda pode visitar o Museu Ibérico da Máscara e do Traje.
Para lá das muralhas, as ruas empedradas guiam o viajante por entre outros monumentos como Igrejas e/ou Conventos e magníficos solares, edificados entre os séculos XVI e XVII, que hoje albergam instituições públicas. Destacam-se: a Igreja e o Convento de S. Francisco; a Igreja de S. Vicente; a Igreja da Misericórdia; a Igreja de Nossa Senhora das Graças; Igreja de S.Bento (antigo convento); Igreja e Convento de Santa Clara; a Igreja da Sé, com um claustro renascentista e sacristia merecedores de um olhar mais atento; o Museu de arte e arqueologia do Abade de Baçal.
Pode também conhecer o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais. São mais de uma centena de pinturas e desenhos do percurso artístico de Graça Morais. Fica situado na Rua Abílio Beça, nº105, junto ao centro da cidade de Bragança.
Em termos de festividades, é no mês de Agosto que se realiza a Feira Medieval no Castelo de Bragança. Nos últimos anos tem-se realizado o Carnaval Ibérico, que junta os diferentes tipos de trajes típicos e tradições carnavalescas da região transmontana e da vizinha Espanha, num desfile animado pelo centro histórico da cidade culminando com a queima do “diabo” ao pôr-do-sol.
Para mais informações acerca de Festas e Romarias, consulte aqui.
Nas redondezas encontram-se ainda o Mosteiro de Castro de Avelãs, cuja cabeceira de planta circular revestida a tijolo é exemplar único em Portugal do estilo românico-mudéjar e a Igreja de Santo Cristo do Outeiro, com um interior em talha barroca e pintura sacra.
Na gastronomia, o fumeiro, pratos e entradas com cogumelos silvestres, o folar transmontano, o cozido à Transmontana, o butelo com casulas, a feijoada à Transmontana, o lombo de porco assado com castanhas, o cabrito branco de Montesinho, o cordeiro assado na brasa, a posta Mirandesa, o leitão da raça bísaro assado, os peixinhos do rio, truta de escabeche e o bacalhau assado na brasa com batata a murro são os principais pratos gastronómicos.
No artesanato encontramos trabalhos de cobre, burel, couro, madeira, a tecelagem, a cestaria e a olaria.
Parque Natural de Montesinho e principais localidades:
Aldeia de Gimonde
Aldeia pitoresca por onde passa o Rio Onor e atravessada por uma ponte românica feita em pedra constituída por 6 arcos redondos e ainda hoje usada.
Além disso, é conhecida pelo seu tipo de pão e restaurantes. Os moinhos, a forja e o lagar, por vezes comunitários, são outros dos locais que pode visitar e inclusive aprender a confeccionar o famoso pão da região.
É uma aldeia muito bem localizada relativamente próxima à cidade de Bragança e é natural encontrar os famosos restaurantes cheios o ano todo.
Restaurantes recomendados:
Restaurante O Abel; com as tradicionais carnes transmontanas grelhadas na brasa como a posta à mirandesa e como sobremesas a deliciosa tarte de castanha ou o pudim de queijo de criação e confecção próprios; e o Restaurante Típico D. Roberto onde pode provar a trilogia de porco bísaro, pratos de caça ou ainda os peixinhos do rio e truta de escabeche, nas sobremesas destaca-se o pudim de castanha.
Aldeia de Rio de Onor
Aldeia emblemática e pitoresca fazendo fronteira com Espanha através do seu rio (Rio Onor), a aldeia ganha a designação de Rio de Onor do lado de Portugal e Rihonor de Castilla do lado de Espanha.
São duas aldeias comunitárias e as populações de ambos os lados vivem essencialmente da agricultura e da pastorícia. O sistema comunitário de base mantém-se nalguns aspectos do quotidiano da população sob a forma de posse colectiva de alguns bens como os campos, os moinhos, o forno a lenha, a forja, os rebanhos e pelo modo de administração rural, levada a cabo por dois mordomos designados pelo conselho (assembleia que reúne representantes de todas as famílias, os vizinhos), actualmente em esquema de rotação cíclica, de modo a que todos possam exercer as funções. Era tradição um português casar com um castelhano de cada um dos lados. Nesta zona as gentes utilizam um dialecto próprio o rionorês (uma mistura de português com castelhano).
Em rio de Onor, descubra a Ponte Romana, a Igreja Matriz, o forno, a forja e os moinhos comunitários. As casas típicas serranas são em xisto e varandas alpendradas. Pode aproveitar a sua praia fluvial e/ou fazer o Roteiro da Baixa Lombada e Onor, que atravessa as aldeias de Baçal, Sacoias, Aveleda e Varge.
Aldeia de Montesinho
A aldeia mais carismática do Parque e a que leva o nome da serra que a acolhe. O aglomerado habitacional bem conservado em granito com telhados em lousa e varandas em madeira configura-se alongado e paralelo ao curso da ribeira de Vilar. Fica localizada a 1030 metros de altitude, sendo uma das aldeias mais altas de Portugal.
Parque Natural de Montesinho
A serra de Montesinho no concelho de Bragança e Vinhais constitui um importante refúgio para variadíssimas espécies de fauna e flora da região e, uma das mais importantes de Portugal.
Alojamento recomendado
Casas de Campo e Agro-Turismo de A. Montesinho Turismo
Gimonde, Bragança- GPS: N 41º 48’ 159” / W 6º 41’ 795”
www.amontesinho.com; www.quintadascovas.pt
Booking – Alojamento
Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos
Iati- Seguro de Viagem