Por terras Sérvias: Belgrado e Nîs
Texto & Fotos de António Ribeiro
A Sérvia, não trouxe boas recordações em relação a simpatia dos seus habitantes, apesar de não ter tido problemas em falar inglês, e de ter gostado de tudo o resto, para estes lados hospitalidade é coisa que não encontrei…
Visitei Belgrado, vindo de Skopje, (na Macedónia do Norte), fui até Nîs, uma cidade universitária, a terceira maior cidade da Sérvia; daqui fui para Milão, onde no dia seguinte fui para Portugal.
A Sérvia era o principal país da Jugoslávia, esta poderosa Nação dos Balcãs, em que faziam parte a Sérvia, Croácia, Bósnia Herzegovina, Macedónia, Montenegro, Eslovénia e o Kosovo, país que não é reconhecido pela Sérvia.
Desde a guerra no início de 1991, se começaram a separar, Croácia, e Eslovénia primeiro, logo seguido da Macedónia, seguindo-se a Bósnia Herzegovina; em 1998, com a tentativa de separação do Kosovo, graças à ajuda da OTAN, liderado pelos E.U.A. Kosovo foi declarado oficialmente país em 2008 embora não o seja reconhecido por alguns países como Sérvia, Brasil, Rússia, ou Espanha
Mais tarde Montenegro e Sérvia separam-se e, desde 2006 oficialmente deixou de existir a Jugoslávia.
Belgrado, famosa pela sua vida noturna contagiante, também tem muita coisa para oferecer. Fiquei três dias, acho mais que suficiente; Comecei pela famosa rua pedonal do Comércio “Knez Mihailova”, daqui segui até ao parque Kalemegdan, o principal parque este que está dentro da Fortaleza de Belgrado, onde se encontra o museu militar e a estátua “Victor”, um parque ou toda a fortaleza, como queiramos considerar, que conta com uma vista privilegiada sobre o famoso rio Danúbio, e o Sava, que aqui desagua, e atravessa a Eslovénia, Croácia e Bósnia Herzegovina. Seguindo para junto do/dos rios, temos a Igreja Ružica, (uma igreja em que as paredes estão cobertas com Hera), uma igreja ortodoxa, dedicada ao nascimento da virgem maria; temos vista para a Torre Nebojsa. Dentro desta fortaleza podemos explorar e ver ainda mais monumentos, assim como descansar pelos espaços verdes.
Na sua Principal praça, a Praça da República, ( onde liga a rua Knez Mihailova ), temos o Museu Nacional da Sérvia e a estátua do Príncipe Mihailo, daqui podemos descer e ir até ao bairro boêmio, repleto de bares e restaurantes, de seu nome Skadarlija, um bairro, que fica na cidade velha, e mantém o seu estilo mais original. Apesar de aqui ser o bairro Boémio mais famoso, a parte mais “louca”, e mais jovem, com discotecas e bares cheios de jovens locais e turistas, já se localiza mais próximos das margens do rio Danúbio, e até mesmo literalmente no rio, pois existem bares que são barcos atracados no rio Danúbio.
A Assembleia Nacional da Sérvia, também merece visita, um belo e edifico, que de noite tem uma beleza realçada, logo a seguir a Igreja de S. Marcos, uma das principais atrações da cidade; embora nesta zona, mais uma vez tenhamos muito mais para explorar, desde monumentos, e museus, como o automóvel, Ivo Andric ou o de história da Sérvia. Se tiverem tempo, tudo se pode fazer a pé, temos muito para ver; mais afastado um pouco, mas se seguirem numa rota (podem usar várias Aplicações, como o Triposo, o Maps.me, Citymap2go, etc; criando assim uma rota com os locais que querem visitar.
Mais distante temos o famoso Museu Tesla Nikola, o museu de ciências, que contém documentos originais entre outros de Nikola Tesla, o famoso inventor (de etnia Sérvia, embora na aldeia onde nasceu, ser actualmente território Croata) que se destacou em várias criações no campo do electromagnetismo, e electromecânica, tais como a bobine, o motor de indução, o famoso carro elétrico Tesla, a corrente alternada, entre muitas mais.
O templo Sveti Sava, (talvez o ponto a visitar mais distante), um dos pontos obrigatórios a visitar. É o maior templo ortodoxo na Europa, tem este nome pois é uma homenagem ao criador da Igreja ortodoxa e primeiro arcebispo da Sérvia, S. Sava.
Já junto ao Danúbio, onde a cidade tem mais vida, com barco atracados, que servem como Hotéis, e trazem turistas de outras cidades/Países por onde este rio, (o maior da Europa) passa. Aqui encontramos também a parte mais moderna e nova da cidade, ou atravessando nas várias pontes para a outra margem, onde temos por exemplo o museu de arte contemporânea, e em que nascem luxuosos condomínios com edifícios modernos cheios de vidro em contraste com a outra margem do rio.
Último dia, depois de provar o famoso Burek, que é o pequeno-almoço obrigatório aqui, uma massa folhada, recheada com carne picada, ou queijo, ou verduras, que acompanha normalmente com um iogurte, uma delícia, eu comi o de carne picada, hora de seguir para Nîs.
A cidade Universitária, e 3ª maior do País visita-se numa tarde, tem uma bela porta de entrada na Fortaleza, com a ponte sobre o rio Nisava, em frente a esta, dentro da fortaleza, podemos ver ruínas e construções históricas, tendo também uma vista sobre a cidade; a sua praça principal, onde converge sua rua comercial principal, um rua pedonal repleta de comércio, ou a rua principal, onde para além de comércio e serviços, encontrei vários bares e uma pérola que era uma espécie de rua “Street food”, com deliciosas iguarias, por cerca de 3€, comi um enorme hambúrguer, muito melhor que o de qualquer cadeia de fast food; mais distante havia a torre das caveiras, ou um parque enorme memorial Bubanj. Á noite uma cerveja tradicional e local, num bar, onde foi fácil comunicar, dado haver aqui muitos estudantes
Dia seguinte, dia de partir para Milão, onde de seguida regressei a Portugal.
Dicas e notas:
Para Belgrado, podemos chegar na nova rota pela wizzair desde Lisboa, (ou na wizz que, para Milão, Barcelona, várias cidades Alemanha, Londres ou Paris, entre outras, mas nestas podemos fazer uma escala mais barata), podemos também ir pela Easyjet, para Genebra, Berlim e Basileia, ou pela Vueling, para Barcelona).
Na Sérvia, é necessário passaporte, e aconselho a nestes casos ir ao portal das comunidades e guardar o número da embaixada, “just in case”.
A noite em Belgrado é fantástica, no entanto recomendo precauções.
Na Sérvia usa-se o alfabeto cirílico, embora com facilidade se veja o latino, dado que também é oficial; a moeda é o Dinar (RSD), 1€ -118RSD, quando lá estive praticamente só havia notas, tenham atenção, às conversões, baralha um pouco por serem montantes maiores, mais uma vez aconselho a usar o Revolut (ou N26, Moey, Curve e outros similares), para levantarem nos atm’s, é uma cidade bastante barata, em relação a Portugal, consultem a App “cost of living”, onde podem comparar os preços e custos de vida.
O indicativo telefónico é + 381; e o fuso horário é de + 1h em relação a Portugal.
Não existe metro em Belgrado (nem em Nîs), mas a parte mais turística dá para fazer a pé, recomendo um alojamento no centro, sendo este bastante em conta, podendo encontrar hostels por cerca de 10€ noite.
Para alojamento em Belgrado, consulte aqui.
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