Três dias económicos pelo luxo da Cote d´Azur
Texto & Fotos de Mário Menezes
Mais uma curta escapadela Outonal com sabor a Verão. O 5/10, um feriado que voltou a ser gozado, e porque não a viajar?
Uma escapadela a Nice, onde fiquei alojado duas noites. A bordo da Easyjet, marcado com cerca de 9 meses de antecedência, por menos de 65€, ida e volta. Nice é o coração da “Cote d´Azur”, também chamada de Riviera Francesa. Uma região que merece mais dias para ser visitada, com muitas praias, refúgios de famosos milionários, que se enchem na época do calor. Nice é ponto de partida para conhecer esses locais. Ali o azul é mesmo a cor do mar. Costa Mediterrânica, mar calmo e com temperatura agradável. Uma altura com pouco afluxo turístico e que se revelou perfeita.
Nice
Dizem os turistas que “Nice is nice”. Eu subscrevo.
Uma cidade pequena, virada para o mar. A maior avenida, a “Promenade des Anglais”, um género de calçadão ao longo da praia e a Colina do Castelo são os pontos principais.
E ao final do dia em que a República Portuguesa comemorou 107 anos, que bem me soube dar ali um mergulho nas águas azuis. Praia de cascalho, mas a água do mar estava maravilhosa. Acabado de aterrar no Aeroporto de Nice – Côte d’Azur foi esta a primeira paragem, seguindo-se a subida a miradouro da Colina do Castelo. A noite começara a cair e no dia seguinte no programa matutino iria voltar a visitar estes locais, aproveitando a luz do dia. Nessa noite ainda encontrei uma pessoa, uma diretora da “Daikin” que conheço dos meus contactos profissionais, e que ali estava em negócios com clientes. O Mundo é mesmo pequeno!
A Colina do Castelo, onde existem as ruínas de um antigo castelo que foi demolido no século XVII. Com vários trilhos que sobem cerca de 100 metros até o topo.Ali pode ser vista a catedral antiga, o cemitério do castelo, uma pequena cascata e também as ruínas que mostram um pouco da História da cidade. O mais importante são as vistas panorâmicas de Nice, do mar, para o lado do Passeio dos Ingleses e para o lado do porto. O resto da manhã foi passado na praia e a tarde foi destinada ao Mónaco, cerca de 20Km.
A manhã seguinte serviu para passear pelo centro da cidade. Descendo pela Avenida Jean Medicin, a principal zona comercial da cidade, encontramos a Basílica da Notre-dame de l’assomption e mais a baixo, a Praça Masséna onde ficam Fonte do Sol e a Fonte Espelho de água. O tempo não deu para mais, nesse dia à noite regressava a casa e ainda pretendia dar um salto a Cannes, cerca de 30Km e deste modo “sacrifiquei” um pouco Nice.
Mónaco
O segundo Estado soberano mais pequeno do Mundo, terra de milionários, um paraíso fiscal. Dominado por uma Monarquia onde não faltam escândalos, é também conhecido em todo o Mundo por um Grande Prémio de Fórmula 1 que se realiza anualmente, e pelo Casino de Monte Carlo.
O Principado do Mónaco é pequeno, a pé percorre-se tudo e durante a tarde que destinei a conhecer esta nova nação em que coloquei os pés, passei pelos pontos mais importantes.
O Estádio Luís II foi o ponto de partida. Fica juntinho à fronteira com a França. A casa do AS Mónaco, clube com tradição no futebol Europeu e por onde passaram grandes jogadores Portugueses. Quando vemos os jogos na televisão realizados neste estádio, podemos ter a certeza que na baliza que fica do nosso lado direito do ecrã, se uma bola for rematada e sair do estádio, é muito provável que vá parar a França. Aqueles prédios que vemos lá fora, já ficam território Francês. Infelizmente o estádio estava fechado e não deu para visitar por dentro.
O Palácio do Príncipe de Mónaco, localizado no Rochedo do Mónaco, de onde é possível observar de um lado o Porto de Fontvieille e do outro a Marina. E saindo do Palácio podemos entrar nas ruas do circuito do Grande Prémio. Pela Avenue du Port, passando por uma das famosas curvas onde está a Estátua de Juan Manuel Fangio, um antigo campeão de Fórmula 1. Seguindo pela “Boulevart Albert Premier”, entramos no famoso Túnel Larvotto por onde os carros de F1 saem no Grande Prémio do Mónaco, e percorrendo-o até ao final, encontramos a zona onde entram.
O luxuoso Casino Monte-Carlo com os seus interiores sumptuosos e a estátua da “Fortuna” à porta, e nas imediações as luxuosas lojas “Les Pavillons Monte-Carlo”. Nem na Via Montenapoleone de Milão, na 5ª Avenida de NY ou no GUM de Moscovo me senti tão “mal” como aqui. Os preços nas montras nem sequer estão à vista!!!! Nem ousei entrar nas lojas a perguntar o que quer que fosse por vergonha, limitei-me a tirar fotografias!
O parque automóvel que circula nas ruas, é de luxo, e na porta do Casino estava estacionado um Lamborghini branco, propriedade do Governo da Arábia Saudita.Que estatuto!!! E ao início da noite é um corropio de carros de luxo a deslocarem-se para a zona do Casino.
Um ano que visitei duas “mecas do jogo”, o Mónaco e Macau, e nem um cêntimo deixei em qualquer uma. Gosto de visitar Casinos, mas definitivamente, o jogo não me atrai!
Uma tarde não deu para mais, ficou em aberto regressar no dia seguinte e conhecer o que faltava até à Praia do Larvotto o que acabou por não acontecer, pois decidi destinar esse tempo a Cannes. De qualquer forma, penso que vi o principal e o suficiente do Mónaco.
Cannes
A cerca de 30 Km de Nice, cerca de 40 minutos de comboio. O percurso da via férrea é muito semelhante à linha do Estoril, com várias curvas e junto ao mar.
Caminhando desde a estação de comboio uma passagem pela “Notre-Dame Bon-Voyage” (e não era caso para menos!) em direção ao Château de la Castre. Daqui podemos desfrutar da vista para a cidade, para o lado do Porto Velho, a zona mais famosa, e para o lado contrário, para a Praia du Midi.
Cannes é conhecida pelo festival de cinema. E lá estava o recinto do festival com o Passeio da Fama. Não deixei de colocar a minha mão no cimento onde a Sharon Stone, atriz das pernas descruzadas do “Instinto fatal”, o fez.
A Promenade de la Croisette é a avenida marginal onde se situam as praias (privadas e públicas) os hotéis e as lojas de luxo.
E foi com uma ida a banhos na Praia Macé que dei por encerrados estes dias na Riviera Francesa.
Segui de comboio para o aeroporto de Nice de onde regressei a casa.
Cannes, em beleza não fica atrás de Nice, e sem dúvida que mereceu uma visita, mesmo “sacrificando um pouco” o restante itinerário.
O tempo que tive foi condicionado pelo voo de ida ter sido ao início da tarde, mas acabou por ser muito bem gerido e nesses 3 dias (2 noites) consegui juntar 3 “pérolas” de luxo do turismo da Cote d’Azur ao meu palmarés.
Links
Voos: Companhia aérea de baixo custo com voos diretos de Lisboa para Nice.
Hotel: Escolhi o hotel Comtedenice, aproveitando os créditos que tinha na plataforma de reserva de hotéis. Tem boa localização e boa relação qualidade -preço.
Transportes: Nice-Cannes e Nice-Mónaco de comboio. Nice-Mónaco, autocarro (mais barato).
De Cannes para o Aeroporto de Nice há autocarros diretos, porém, de comboio é bem mais económico. A estação mais perto do Aeroporto é “Nice Saint-Augustin” a cerca de 1,5 Km de caminhada até ao terminal.
Para alojamento na região Cote d’Azur, consulte aqui.
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